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Carla Pimenta - Turma 3 DRELVT

Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

1. Pertinência da existência de um modelo de avaliação para as


bibliotecas escolares.
Na minha opinião e depois de ter efectuado as leituras e alguma reflexão sobre as
mesmas, a necessidade da existência de um Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares e a sua aplicação/implementação, vem da importância cada vez maior, que a
escola tem em conhecer “... o impacto que as actividades realizadas pela e com a
biblioteca escolar vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau
de eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de satisfação dos seus utilizadores.” 1

A implementação deste modelo irá fazer com que, por um lado, seja feita uma
reflexão das actividades desenvolvidas, tendo esta reflexão como principal objectivo a
melhoria do trabalho desenvolvido. Por outro lado, poderá tornar mais saliente e
valorativa da função que a BE e o que esta pretende representar nas escolas.

Se a BE fomentar as parcerias, a articulação e o trabalho colaborativo com toda a


comunidade educativa, desde a Direcção; coordenadores de escolas; professores
titulares de turmas; professores das Actividades de Enriquecimento Curricular; técnicos
operacionais; encarregados de educação e claro os alunos, está a promover a
valorização da biblioteca enquanto serviço propiciador de aprendizagens. Desta forma, a
pertinência de uma recolha sistemática de evidências, irá proporcionar a realização de
balanços que espelhem os pontos fortes e fracos, que posteriormente servirão de guia
para melhorar a prestação de serviços da BE, tentando colmatar os pontos fracos
encontrados, manter os pontos fortes ou mesmo definir novas metas, sempre numa
perspectiva de melhoria.

1
Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar. Rede de Bibliotecas Escolares, 2010

1
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2. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria.
Conceitos implicados.
Numa perspectiva de mudança o MAABE aparece como uma resposta à actual
necessidade das bibliotecas escolares se afirmarem e definirem o seu papel na escola.
Face às necessidades e solicitações, por parte principalmente dos alunos, pretende-se
que as BEs se actualizem, acompanhem as mudanças do quotidiano e que respondam
da forma mais eficaz às exigências/interesses dos seus utilizadores.

Este modelo “… sendo igualmente um princípio de boa gestão e um instrumento


indispensável num plano de desenvolvimento, permite contribuir para a afirmação e
reconhecimento do papel da BE, determinar até que ponto a missão e os objectivos
estabelecidos para a BE estão ou não a ser alcançados, identificar práticas que têm
sucesso e que deverão continuar e identificar pontos fracos que importa melhorar.” 2

No novo paradigma da acção educativa, a biblioteca escolar ergue-se com a


necessidade de se modernizar e potencializar o seu espaço. Assim, através publicação
da portaria e da criação do cargo de professor bibliotecário, com as suas funções
inerentes, e da actualização dos recursos da BE, estão garantidas condições suficientes
para “… sermos bem sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e no
conhecimento.” 3

Na actualidade as mudanças são constantes, ao nível dos interesses, de


objectivos a alcançar, de atitudes, valores incutidos pela sociedade e ao nível da
construção dos saberes que têm de estar numa constante actualização e que quer o
professor bibliotecário quer a biblioteca não podem deixar de acompanhar.

De acordo com alguns estudos feitos noutros países, em que a função da


biblioteca e do papel do professor bibliotecário já são bastante reconhecidos, mostram
que as bibliotecas escolares desempenham um papel fundamental no processo de
ensino/aprendizagem, reflectindo uma relação entre a qualidade de trabalho desenvolvido
na BE e os resultados escolares obtidos pelos alunos. Assim, a BE representa nada mais
do que um “… contributo para as aprendizagens, para o sucesso educativo, e para a
promoção da aprendizagem ao longo da vida.” 3

A missão de interagir no seio da comunidade educativa e com todas as suas


diferentes estruturas, torna a BE capaz de desenvolver um trabalho mais consolidado em
que todos lutam pela criação de estratégias e definem actividades conducentes à
melhoria das aprendizagens dos alunos e proporcionar melhores condições e alternativas
para orientar futuros cidadãos.

2
Modelo de auto-avaliação da biblioteca escolar. Rede de Bibliotecas Escolares, 2010
3
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares (tradução para Língua Portuguesa de M José
Vitorino)

Os conceitos, tidos em conta na elaboração e aplicação deste modelo, são:

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 A aplicação do modelo deve ser integrada nas práticas habituais da
biblioteca escolar, não devendo implicar sobrecarga de trabalho;

 A recolha de evidências sequenciada permitirá que se desenvolvam


instrumentos mais aptos a cada biblioteca e ao contexto em que esta se
insere.

 A noção de valor dos resultados obtidos a partir da sua utilização e do


trabalho desenvolvido ao nível das aprendizagens e das competências, nos
vários domínios que a biblioteca tem de contemplar;

 Avaliação da qualidade da BE e não o desempenho do professor


bibliotecário. A auto-avaliação deverá contribuir para a melhoria do trabalho
realizado;

 A identificação dos pontos fracos e fortes levará à definição de acções de


melhoria, de qualidade e de estratégia de desenvolvimento ao longo do
processo. A auto-avaliação deverá ser aplicada de forma flexível e
adequada a cada escola e BE.

3 - Organização estrutural e funcional


A sua organização estrutural apresenta 4 domínios e os seus respectivos
subdomínios:

 Domínio A – Apoio ao desenvolvimento curricular

 A.1 - Articulação curricular da biblioteca escolar com as estruturas de


coordenação e supervisão pedagógica e com os docentes.

 A.2 - Promoção das literacias da informação, tecnológica e digital.

 Domínio B – Leitura e literacia

 Domínio C – Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à


comunidade

 C.1 – Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento


curricular.

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 C.2 – Projectos e parcerias.

 Domínio B – Gestão da biblioteca escolar

 D.1 – Articulação da biblioteca com a escola. Acesso e serviços


prestados pela biblioteca.

 D.2 – Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços.

 D.3 – Gestão da colecção/informação.

Quanto à sua organização funcional, os 4 domínios devem ser avaliados ao longo


de 4 anos, e todos eles têm obrigatoriamente de ser avaliados, não existindo assim
qualquer imposição de avaliar algum domínio num determinado ano, o que nos dá
alguma margem de decisão/organização no trabalho que pretendemos desenvolver.

4. Integração/Aplicação à realidade da escola/biblioteca escolar.


Oportunidades e constrangimentos
Na minha opinião, o MAABE face à realidade das minhas escolas, parece-me
bastante ambicioso, no entanto, contempla conceitos que podem constituir factores
facilitadores à sua execução.

Constrangimentos:

No meu caso, por ser um recurso partilhado pelas 4 bibliotecas escolares do


Agrupamento, estando uma semana em cada escola, parece-me demasiado difícil
organizar; planear/articular e trabalhar com: os elementos da Direcção; 4 coordenadores
de escola; 43 professores titulares de turma e respectivos alunos, etc.

Como o modelo baseia-se bastante essencialmente na recolha sistemática de


evidências, e no tratamento estatístico dos dados recolhidos, começo a sentir que será
demasiada sobrecarga, uma vez que é um processo que deve envolver toda a
comunidade educativa.

Oportunidades:

O investimento na formação dos professores bibliotecários ao nível da aplicação


deste modelo, pois tendo esta avaliação como principal objectivo, um processo de
melhoria na qualidade dos serviços prestados pela BE, esta tentativa, ao nível dos
resultados, deverá ser partilhada com a Direcção e apresentada e discutida com os
órgãos de gestão pedagógica, pois só assim será possível tomarem-se decisões
acertadas, tendo como base os resultados obtidos nessa avaliação e que poderá atribuir

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uma maior credibilização e valorização do trabalho que é desenvolvido pela biblioteca
escolar.

5. Gestão das mudanças que a sua aplicação impõe. Níveis de


participação da e na escola.
De acordo com a biografia do autor Ross Todd é ao professor bibliotecário que
cabe a função de mudar a forma de ver a biblioteca. Assim, ele será o primeiro
responsável por mudar ideias e atitudes pré-concebidas e deverá empenhar-se em criar
parcerias junto de toda a comunidade educativa e entidades locais, promovendo e
valorizando o trabalho e a importância da BE.

O mesmo autor, ainda refere que a BE e o professor bibliotecário devem fazer a


ponte que leva todos os alunos a construir o seu próprio conhecimento, formando
indivíduos informados e capazes de desenvolver novas compreensões, percepções,
ideias e espírito crítico.

Mais do que uma mera recolha de evidências, a aplicação do MAABE, deve


mostrar “… como o professor bibliotecário e a biblioteca escolar têm um papel crucial no
sucesso educativo dos alunos e na criação de atitudes, valores e de um ambiente de
aprendizagem acolhedor e efectivo.” (Tood, 2003)

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