Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
O Direito de família é o que mais sofre influência da doutrina e da jurisprudência. Também sofre influência
dos costumes e das mudanças da sociedade. Tem influência de todos os institutos e dos princípios
constitucionais e existe um fenômeno da constitucionalização do direito civil.
Direito de Família: É um conjunto de normas jurídicas de ordem privada, ou do direito social ou misto, que
regulam as relações jurídicas (pessoais e patrimoniais), entre as pessoas unidas pelo parentesco, pelo
matrimônio, pela união estável, bem como unidos por todos os modos de constituição de família. Regula
também os institutos da tutela e da curatela.
Direito de Família – Civil V – Resumo para Provas
Princípios constitucionais norteadores do Direito de Família:
1º) Princípio da dignidade da pessoa humana – art. 1º, III CR/88: esse princípio é uma cláusula geral,
serve para tudo. Dignidade é o que a pessoa humana tem de ter para viver e exercer sua cidadania. Abrange
afeto, bem estar, respeito, saúde, desenvolvimento, patrimônio.
2º) Princípio da solidariedade familiar – art. 227 e 230 CR/88: estabelece um dever da família, da
sociedade e do Estado. Estabelece uma solidariedade entre os parentes.
3º) Princípio da pluralidade das entidades familiares – art. 226 CR/88: O Estado tem de proteger a
família em todas as suas modalidades por meio de normas.
As principais instituições sociais são: 1) Família;2) Instituições de ensino; 3)Instituição religiosa; 4)
Instituição jurídica; 5) Instituição econômica; 6) Instituição política;
A Família faz parte do primeiro grupo social que pertencemos, é o tipo de grupo social que tem a
composição em variados aspectos que se variam de acordo com o tempo e o espaço. Estas variações podem
estar relacionadas quanto ao tipo de família e autoridade ou quanto à forma de casamento, por exemplo.
3.1 Família matrimonial – originada pelo casamento civil. É o mais solene, deve observar os requisitos do
art. 1514 CC. Na CR/88 está no art. 226, p. 1º e 2º. Vide t/b art. 1535 CC. O casamento tem de ser realizado
com portas abertas. Os impedimentos são de ordem pública.
3.2. Família informal – formada por meio da união estável, prevista nos artigos 1723 CC e seguintes e no
art. 226, p. 3º CR/88.
Para construir a união estável a lei exige diversidade de sexo (está superado). A união estável é caracterizada
pela convivência pública, porém não carece de coabitação e nem de filhos. É formada com o objetivo de um
assistir o outro (ajuda moral, material). Não carece de contrato e nem de prazo. Não precisa de formalidade.
“Provando”, surgem todos os direitos e deveres.
Existe contrato de namoro, para ratificar que se trata apenas de namoro para não gerar efeitos de união
estável. Namoro é um fato social, que é diferente de união estável.
3.3. Família monoparental – p. 4º do art. 226 CR/88. É a mãe solteira ou pai solteiro + filhos. Ou seja:
genitor + prole.
3.4 Família homoafetiva – reconhecida pelo STJ por analogia em 2007. Reconhecida pelo STF em 2012.
Há jurisprudência. As pessoas não querem ficar à margem da lei.
3.5. Família socioafetiva – ainda não há legislação. Se justifica pelo elemento afeto. Exemplo, entre
padrasto e enteado.
4º) Princípio da isonomia entre cônjuges (para qualquer entidade familiar) – art. 5º, caput, inciso I e art.
226 CR/88.
5º) Princípio da isonomia entre filhos – art. 227, p. 6º CR/88. Antes da CR/88 havia diferenças entre filhos
legítimos, filhos adotados e filhos fora do casamento. A partir da CR/88 todos os filhos tem os mesmos
direitos e qualificações. Art. 1596 e 1799, CC e p. 4º do art. 1800 CC).
6º) Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente – art. 227 CR/88. É uma cláusula geral de
proteção da criança e do adolescente. Se aplica em razão do caso concreto.
7º) Princípio da paternidade responsável e do livre planejamento familiar – art. 226, p. 7º CR/88. Junto
com o livre planejamento, vem o dever da paternidade responsável.
8º) Princípio da monogamia – há controvérsia se a monogamia é ou não um princípio – art. 1521, VI CC
trás um rol de impedimentos para o casamento e Art 1723, p. 1º CC
Separação de fato = não convive mais com o cônjuge, mas não se separou oficialmente. A lei permite união
estável em paralelo a um casamento.
Direito de Família – Civil V – Resumo para Provas
Evolução do Conceito de Família:
Histórica e juridicamente, a sociedade alicerçou-se na tríade sexo, casamento e família, moralizando o
comportamento humano, como se, por meio de ficção legal, houvesse a possibilidade de somente reconhecer
a entidade familiar concebida sob tais cânones, independentemente da ordem dos desejos.
´Porém, é possível substituir a palavra casamento (pelo menos o casamento civil tradicional de matriz
exclusivamente heterossexual), pela palavra afeto, que representa muito mais do que uma finalidade, pois
representa uma verdade de novos núcleos familiares.
A família como base da sociedade:
A família constitui o núcleo da sociedade, devendo reconhecer o direito, as relações estruturadas em seu bojo
e determinantes para a sua formação, em observância à dignidade da pessoa humana.
Constituem direitos inerentes à família:
1.O reconhecimento jurídico e a proteção patrimonial 2. A concessão de alimentos 3. Os efeitos
sucessórios
2.A competência da Vara de Família 5. A condição de dependente do parceiro perante o Regime de
Previdência Social
A família na CF/88:
A Constituição da República de 1988 trouxe significativas transformações ao paradigma individualista e
patrimonial da família, admitindo outras formas para sua estruturação, que não apenas pelo casamento, em
decorrência da necessidade de adequação do arcabouço constitucional às novas demandas sociais, sob pena
de seu esvaziamento prematuro e ineficácia de seus comandos.
Espécies de família no ordenamento jurídico brasileiro: Matrimonializadas; Monoparentais; Uniões
estáveis hetero e homoafetivas; Outras possibilidades de formação da entidade familiar
Família no C.C. de 1916 Família na C.F/88
Matrimonializada Pluralizada
Patriarcal Democrática
Hierarquizada Substancialmente igualitária
Heteroparental Hetero ou homoparental
Biológica Biológica ou socioafetiva
Unidade de produção e reprodução Unidade socioafetiva
Caráter institucional Caráter instrumental
AÇÕES DE FAMÍLIA
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação,
reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de adolescente observarão
o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições deste
Capítulo.
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação.
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto os
litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o
juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto
no art. 694.
§ 1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado
de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo.
§ 2º A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
§ 3º A citação será feita na pessoa do réu.
§ 4º Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o
perecimento do direito.
Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento comum,
observado o art. 335 .
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de incapaz e
deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação parental, o
juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista.