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CHRISTIAN ANDERSEN
ISBN: 978-85-99680-05-6
REFERÊNCIA:
1. INTRODUÇÃO
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Menina dos Fósforos”, e “A Pequena Sereia”. Assim, busca-se, com a pesquisa, refletir
sobre o modo como os temas e as imagens polêmicas são tratados nos contos do
escritor, partindo-se do pressuposto de que a proposta dessas narrativas não é o
mascaramento da realidade, mas sim mostrar que a morte, o medo, o sexo, a violência,
os ritos de passagem, a miséria, a dor, o sofrimento, fazem parte da vida.
Entre 1835 e 1872, Andersen publicou, com o título geral de Eventyr, cerca de
168 contos infantis, entre os quais estão: “O Patinho Feio”, “A Pequena Sereia”, “O
Soldadinho de Chumbo”, “Os Novos Trajes do Imperador”, “Os Cisnes Selvagens”,
“Olé Lukoeje”, “O Guardador de Porcos”, “A Margaridinha”, “Mindinha”, “O
Pinheirinho”, “A Rainha da Neve”, “Os Sapatos Vermelhos”, “A Pastora e o Limpador
de Chaminés”, “A Menina dos Fóforos”, “João-Pato”, “Nicolau Grande e Nicolau
Pequeno”, “O Isqueiro Mágico”, “A Princesa e o Grão de Ervilha”, “As Flores da
Pequena Ida”, “As Galochas da Fortuna”, “O Rouxinol”, e outros.
No universo literário de Andersen não há a alegria e a leveza de atmosfera,
presentes na maioria dos contos dos irmãos Grimm e Perrault, como afirma Coelho
(1987). O que predomina em seus contos é um ar de tristeza ou dor, que é compensado
por uma ternura humana dirigida, principalmente, aos pequenos e desvalidos. Além
disso, as narrativas de Grimm são marcadas pelo mundo maravilhoso, e na maior parte
das de Andersen, é na realidade concreta do cotidiano que o maravilhoso é descoberto.
Andersen reinventou o conto de fadas para os novos tempos. Seu primeiro livro
de literatura infantil foi publicado em uma época em que as crianças já eram objeto de
preocupação por parte dos adultos. A sociedade que passou a valorizar a infância
atentava para a construção da vida de cada indivíduo, considerando seus pensamentos,
convicções, desejos e particularidades. A literatura, por sua vez, sofreu transformações,
as personagens não eram mais estereotipadas e as aventuras incluíam aspectos relativos
a tensões subjetivas. Como afirmam Corso e Corso (2006), Andersen colocou muito
conflitos emocionais modernos, incluindo o sofrimento subjetivo das personagens,
dentro de um formato que se beneficiou dos recursos dos contos maravilhosos. Assim,
recriou os conto de fadas para as necessidades de outros tempos e contribuiu para a
consagração do gênero.
De acordo com Coelho (1991), Andersen, essencialmente influenciado pelos
ideais românticos de exaltação dos valores populares, e pelos ideais de fraternidade e
generosidade humana, revela-se uma das vozes mais puras do espírito dos “simples”,
não do rudimentar e tosco, mas do singelo, do ingênuo que vive mais pelas emoções que
pelo intelecto.
Além disso, embora muitas das narrativas de Andersen aconteçam no mundo
fantástico da imaginação, a maioria está presa ao cotidiano. O autor viveu em uma
época em que a ascensão econômica se fazia por meio da industrialização e uma nova
classe de operários se formava. Assim, Andersen pôde perceber os contrastes daquela
sociedade, a abundância de um lado, e miséria de outro. Segundo Coelho (1991), as
histórias do escritor mostram que sua principal reação a essa situação foi mais de
resignação e refúgio na fé religiosa do que de revolta contra as injustiças sociais.
É importante observar que, na opinião da autora, a emotividade que perpassa no
mundo de ficção de Andersen e o seu poder de tocar a sensibilidade do leitor foram os
aspectos que mais diretamente contribuíram para que o escritor conquistasse sua glória.
Ainda hoje Andersen continua tendo um vasto público, pois aliou a ternura ao realismo,
não omitindo traços de violência ou deixando de tratar de temas polêmicos, inerentes à
vida.
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Uma das peculiaridades de Andersen é a mistura entre o maravilhoso e o
realismo presente em sua matéria literária. Nas narrativas, não há fadas, exceto uma em
“Os Cisnes Selvagens”, mas isso não impede a onipresença do maravilhoso em seu
universo. A maioria dos contos apresenta personagens, espaço e problemática presentes
na realidade.
É significativo observar que as narrativas de Andersen fluem entre a ternura e a
violência. Como já foi aqui referido, poucos autores demonstraram tanta ternura pelo
universo infantil, mas também poucos tornaram a violência tão presente. Os irmãos
Grimm já haviam suavizado a violência existente em certas histórias de Perrault, mas
ainda conservavam-na. Entretanto, na visão de Coelho (1991), nos irmãos Grimm, a
violência e o mal passam quase despercebidos ao leitor, pois estes, além de serem
envolvidos pela magia que domina todo o espaço, são totalmente vencidos pelo final
feliz, que os neutraliza. Já em Andersen, a derrota final da personagem é muito comum
e os finais negativos superam os desenlaces felizes.
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Outro momento no conto que pode ser entendido como um rito de passagem é a
fuga do patinho do convívio familiar, pois após um período de rejeição e maus-tratos o
patinho decide ir embora, e isso acarreta várias mudanças em sua vida, promovendo a
descoberta do novo, como o encontro com os gansos selvagens no brejo, a chegada na
casa da velha senhora, o momento na casa do camponês. Ao encontrar os gansos
selvagens no brejo, pela primeira vez a personagem se depara com a morte, pois
presencia o assassinato dos animais pelo caçador: “Bang, bang! ouviu-se nesse
momento acima deles, e os dois gansos selvagens caíram mortos entre os juncos e água
tingiu-se de vermelho...” (IDEM, idem, p.14). Além disso, a personagem sente medo
diante da situação: “Juncos e bambus deitaram-se para todos os lados; foi um horror
para o pobre patinho, que enfiou a cabeça embaixo da asa...” (IDEM, idem, p.15).
O patinho enfrenta muitas dificuldades desde que sai de perto de sua família até
seu encontro com os cisnes, o que permite sua identificação com um grupo que o aceita
como um igual. Assim, o momento em que Patinho Feio se transforma em cisne marca
sua chegada à maturidade e configura, portanto, outro rito de passagem: “... mas o que
ele viu na água cristalina? Ele viu debaixo de si sua própria imagem, mas não era mais
um pássaro cinzento, grosseiro, feio e sem graça, era um cisne” (IDEM, idem, p.23). O
reconhecimento com o novo grupo separa a vida do patinho da vida anterior.
Na visão de Zilberman (1992), a popularidade de “O Patinho Feio” decorre dos
vários aspectos que o caracterizam, como por exemplo, a sua estrutura narrativa, na qual
se cruzam a inventividade do escritor na criação da personagem e o aproveitamento de
padrões narrativos tradicionais, o da história de aventuras, no que diz respeito ao
desenvolvimento da trama, e do conto de fadas, na solução do conflito.
Outro aspecto decisivo do conto, conforme a autora, advém do significado que
ele tem para o leitor. A este cumpre assumir o papel do patinho, vítima da rejeição dos
outros por razões variadas, algumas irracionais, outras fruto do comodismo que leva à
marginalidade os que recusam incorporar papéis sociais convencionais.
Além disso, é válido ressaltar que o patinho, como personagem central, é
fundamental para a adesão do leitor ao texto. “A posição de filho, a busca da identidade
e a intolerância com suas opiniões por não serem de “gente grande” propiciam a
identificação do destinatário” (ZILBERMAN; MAGALHÃES, 1982, p.50). Assim,
pode-se considerar que o patinho é a personagem representação da criança. Sua
aventura consiste na busca da própria identidade e do lugar que irá localizá-lo perante os
demais. Dessa forma, ao encontrar essa identidade, o patinho se localiza e é aceito. O
conto fala da autodescoberta e da descoberta da própria identidade, o que é essencial
para o crescimento.
Outro tema polêmico abordado no conto é a rejeição. Como já foi aqui
observado, o patinho é maltratado por todos, inclusive pela mãe, a qual acaba desejando
não vê-lo mais por não suportar a estranheza que ele provoca: “E a mãe dizia: Se pelo
menos você estivesse longe daqui!” (ANDERSEN, 1992, p.12).
Ainda sobre este conto, é importante ponderar que, segundo Zilberman (1992),
poucas histórias trataram de modo tão condensado e, ao mesmo tempo, tão concreto,
uma das principais aspirações infantis. E o faz sob a perspectiva da criança, uma vez
que o narrador apresenta as ações sob o ângulo do Patinho Feio, personagem
representação da criança, e evita observações de cunho pedagógico ou lições morais,
deixando espaço para a interpretação do leitor e sua participação no universo ficcional.
Outro conto muito significativo no que diz respeito aos temas polêmicos é “Os
Sapatos Vermelhos”. Neste, Andersen aborda, além das muitas imagens violentas, o
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castigo, o medo, a tristeza, o sofrimento, a culpa e a religiosidade. Nesta narrativa, os
traços de crueldade chocam o leitor e fazem do conto um exemplo de como a literatura
destinada a crianças e jovens trata de temas polêmicos.
Em “Os Sapatos Vermelhos”, Karen, a personagem central, é uma menina muito
pobre que, ao perder a mãe, é adotada por uma velha senhora. Antes, porém, da morte
da mãe, Karen é presenteada pela sapateira da aldeia em que vive com um par de
sapatos vermelhos. A menina, como não tem outros, vai ao enterro da mãe com os
novos sapatos. Após adotar a menina, a velha senhora queima os sapatos vermelhos,
alegando que aqueles eram horríveis. Entretanto, com o passar do tempo, a obsessão da
menina pelos sapatos vermelhos só aumenta.
Quando atinge a idade de ser crismada, Karen ganha novos sapatos da velha
senhora. Como esta não enxergava bem, é enganada pela menina e compra-lhe sapatos
vermelhos, sem saber. Assim, Karen é crismada com os sapatos vermelhos e, na igreja,
todos olham muito para seus pés. A velha senhora, quando sabe do que ocorrera,
censura a menina e exige que esta só use sapatos pretos na igreja, ordem que a menina
não obedece. Um dia, porém, um velho soldado, de muletas, com barba comprida e
vermelha, junto à porta da igreja, se oferece para limpar os sapatos de Karen e diz: “-
Que lindos sapatos de baile! Que fiquem firmes no seu pé, quando dançarem!”.
(ANDERSEN, 2002, p.333).
Depois disso, a menina passaria muito tempo dançando, pois seus pés não lhe
obedeciam mais. Karen encontrou um anjo que lhe disse que ela deveria dançar sempre
e mostrar-se para as crianças vaidosas, para que estas tivessem pavor dela. Dessa forma,
a menina dançava sem parar e por todos os lugares, o que só teve fim quando um
carrasco cortou seus pés com um machado. Karen, então, passa a usar pernas de pau e
uma muleta, e se arrepende do valor que havia dado aos sapatos vermelhos.
Segundo Abramovich (1997) há muito o que se trabalhar com a criança ao lhe
contar “Os Sapatos Vermelhos”. O conto já tem início com um tema polêmico, a morte
da mãe da Karen. A menina fica órfã e é adotada por uma velha senhora que, algum
tempo depois, também morre. Assim, Karen se sente extremamente sozinha, uma vez
que esta segunda perda ocorre quando ela está dançando, momento de grande
sofrimento para ela.
Outro aspecto significativo no conto é a idéia do castigo, da punição, fortemente
ligada à religiosidade. O fato de Karen não conseguir parar de dançar é um castigo por
ter sido tão vaidosa, a ponto de só pensar nos sapatos vermelhos. As palavras do anjo
confirmam essa idéia:
Além disso, vale destacar que Karen vai ao Crisma com os sapatos vermelhos e,
mesmo na igreja, só pensa neles. Dessa forma, é possível considerar que todo o
sofrimento da menina é um tipo de punição por sua vaidade.
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vermelhos: era como se estes boiassem no cálice à sua frente. Ela se
esqueceu, até, de cantar o salmo e de rezar o “Padre Nosso”. (IDEM,
idem, p.333)
E ela dançava sempre. Sem descanso, sem parar, dançava pela noite
adentro. Os sapatos a levaram por sobre espinheiros e tocos de
árvores, que a deixaram coberta de sangue. Dançando através de um
tojal, chegou a uma casinha solitária. Lá, sabia-o morava o carrasco.
Bateu com o dedo na vidraça. (IDEM, idem, p.335)
A imagem mais cruel e violenta do conto é quando a menina tem seus pés
cortados com um machado:
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O órgão soava, e ternas eram as vozes das crianças no coro. A clara
luz do sol entrava, cálida, pelas janelas da igreja. Também o coração
de Karen se encheu de sol, paz e alegria. Sua alma voou para Deus,
num raio de sol. E ninguém mais perguntou pelos sapatos vermelhos.
(IDEM, idem, p.333)
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querendo também – como qualquer criança – comida, agasalho,
proteção, teto... querendo estar dentro duma casa e não apenas
enxergando seu interior pela janela e sendo protagonistas de uma
situação social injusta, cruel, desumana...Querendo ser recebidas com
carinho, com amor, por sua família – como acontece com aquelas
mais ricas – e desejando apenas que isso suceda enquanto ainda estão
vivas, e não depois de sua morte.
Dessa forma, mesmo abordando temas considerados tão polêmicos para crianças
neste conto, Andersen faz com que a ternura e a magia de sua arte superem o lado
negativo. Ao tratar de temas como miséria, morte, carências, o autor o faz sob a
perspectiva da criança, abrindo espaço para a sua interpretação.
“A Pequena Sereia” foi escrito em 1836-1837 e consolidou a fama de Andersen.
Em 1913, a cidade de Copenhague encomendou a estátua de bronze da Pequena Sereia,
que se tornou o monumento nacional da Dinamarca. De acordo com Warner (1999),
Andersen elaborou essa perturbadora história a partir de vários elementos de contos
orais e escritos tanto na tradição ocidental como na oriental, sobre ondinas e selkies,
gênios das águas, em que a criatura mágica podia viver na terra como mulher e ter um
companheiro mortal desde que cumprisse certas condições.
Em “A Pequena Sereia” todo o amor que a sereia sente pelo príncipe, que ela
salva do naufrágio, faz com que a personagem repudie sua espécie natural e se
transforme em mulher. Nesse processo, a Pequena Sereia é submetida às mais terríveis
dores, as quais ela suporta até o momento da morte. Assim, a narrativa trata de temas
como amor, escolhas, renúncia, sacrifício, dor, sofrimento e auto-anulação. A
personagem renuncia à sua condição de sereia por amor e essa escolha acarreta muito
sofrimento. A narrativa gira em torno do amor que a sereia sente pelo príncipe. É por
amor que ela decide deixar de ser sereia, mesmo que para isso tenha que renunciar à sua
voz. Depois que o vê pela primeira vez e por ele se apaixona, a personagem não pode
mais esquecê-lo e conviver com o fato de não possuir, como ele, uma alma imortal.
Há, no conto, muitas imagens de dor e sofrimento que demonstram como a
Pequena Sereia se sacrificou para torna-se humana: “... cada vez que seus pés tocavam o
chão, sentisse que pisava em facas afiadas (...) e embora seus pés delicados sangrassem”
(ANDERSEN, 2002, p.101).
Além disso, há imagens violentas, pois, aos preparar a beberagem, a bruxa corta
o próprio peito para usar seu sangue: “Em seguida, cortou o próprio peito, e deixou o
seu sangue negro gotejar no caldeirão” (IDEM, idem, p.99). Há, ainda, a imagem em
que a bruxa corta a língua da pequena sereia: “-Pronto! – disse a bruxa, e cortou a língua
da pequena sereia, que se tornou muda, não podendo mais nem cantar, nem falar”
(IDEM, idem, p.99).
Outro tema polêmico apontado no conto é a sexualidade, uma vez que a bruxa
do mar, ao dividir as pernas da Pequena Sereia, concede-lhe a sexualidade humana em
troca de sua voz. Para Warner (1999), o poder de sedução da linguagem feminina ainda
parece uma questão predominante no exercício da sexualidade das mulheres.
Um aspecto significativo a ser observado nos contos de Andersen é a construção
da personagem infantil. Em cada um dos contos aqui apresentados a personagem
principal é uma criança, ou uma representação desta, como no caso do Patinho Feio.
Vale ressaltar que antes de Andersen, nos contos de Perrault e dos Grimm, quase não
havia crianças no centro das narrativas. Em “O Patinho Feio” a personagem central é a
representação da criança, ou o que simboliza a sua condição. Há, no conto, a oposição
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entre o mundo da criança, representado pelo patinho, e o mundo dos adultos. A criança
se identifica com o Patinho Feio, que, diminuído perante os outros, é considerado o ser
menor.
Em “Os Sapatos Vermelhos” a personagem central é uma criança, e, embora esta
sofra terríveis punições, possui uma característica comum a muitas crianças – a
teimosia. Karen insiste em desobedecer às ordens da velha senhora, usando os sapatos
vermelhos, e se mostra uma criança muito teimosa.
No conto “A Menina dos Fósforos”, a personagem principal também é uma
criança e, como já foi aqui apresentado, esta representa muitas crianças carentes. O
leitor pode se identificar com a menina na medida em que também tem carências,
quando não financeira, de afeto, de atenção.
Além disso, a Pequena Sereia também é criança no início do conto, embora
cresça durante a narrativa e se transforme em mulher. Esta é descrita como uma criança
“estranha, quieta e meditativa”, mas se mostra impaciente ao desejar ardentemente
chegar aos quinze anos para visitar a terra pela primeira vez.
Dessa forma, ao centralizar as narrativas na criança, Andersen propiciou uma
maior participação do leitor no mundo ficcional. O escritor, na tentativa de criar um
universo literário infantil, parte da realidade concreta e, nesta, a criança descobre o
maravilhoso.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ANDERSEN, Hans Christian. Contos de Andersen. 7.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2002. Tradução de Guttorm Hanssen.
ANDERSEN, Hans Christian. O Patinho Feio. Porto Alegre: Kuarup, 1992. Tradução
de Tabajaras Ruas.
COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas. São Paulo: Ática, 1987. (Série Princípios).
WARNER, Marina. Da fera à loira: sobre contos de fadas e seus narradores. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999.
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