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XX Encontro Anual de Iniciação

Científica – EAIC
X Encontro de Pesquisa - EPUEPG

ANÁLISE E MAPEAMENTO DO USO DO SOLO DAS BACIAS


HIDROGRÁFICAS DOS CÓRREGOS GUAVIRÁ E MATILDE CUÊ,
MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR

Maicol Rafael Bade (PIBIC/CNPq/UNIOESTE), Vanda M. Martins, Anderson


S. da Rocha, José Edézio da Cunha (Orientador), e-mail:
edeziocunha@hotmail

Universidade Estadual do Oeste do Paraná/ Centro de Ciências Humanas


Educação e Letras/ Campus de Marechal Cândido Rondon/ PR

Palavras-chave: uso do solo, bacia hidrográfica, ocupação desordenada.

Geociências - Ciências Exatas e da Terra

Resumo
Os estudos sobre o mapeamento do uso e ocupação dos solos, em especial
na escala da bacia hidrográfica, vem se tornando, nas últimas décadas,
cada vez mais frequentes e indispensáveis, principalmente quando a
pesquisa visa subsidiar estudos referentes à (re)adequação, tanto do uso
incorreto e desordenado do solo urbano quanto do uso agrícola. Diante
dessas afirmações, o presente estudo, tem por finalidade mapear e analisar
os diferentes tipos de uso e ocupação dos solos nas bacias hidrográficas
dos Córregos Guavirá e Matilde Cuê da cidade de Marechal Cândido
Rondon – PR, com o auxílio de fotografias aéreas e imagens de satélite.
Este estudo possibilitou compreender a atual configuração espacial das
terras, relacionando às potencialidades e fragilidades de cada ambiente ao
adequado planejamento de seu uso, tornando-se assim uma importante
ferramenta para a administração correta e ordenada de seus recursos
naturais como solo, água e a vegetação, garantindo sua utilização
sustentável.

Introdução
Estudos pautados na análise e mapeamento do uso e ocupação dos
solos, em meios urbanos e periurbanos, são documentos que ajudam no
diagnóstico e no prognóstico de possíveis problemas derivados da expansão
urbana desordenada, particularmente aqueles referentes à ocupação das
médias e baixas vertentes. Nesses setores, a retirada da vegetação nativa,
quase sempre seguida da degradação das matas ciliares, dos solos e das
águas constituem os principais problemas oriundos da expansão urbana.
Vale ressaltar que esses estudos, quando realizados com enfoque nas
bacias hidrográficas, permitem compreender, de maneira integrada, tanto as

Anais do XX EAIC – 20 a 22 de outubro de 2011, UEPG, Ponta Grossa –PR.


ISSN:1676-0018 http://eventos.uepg.br/eaic/portal/
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causas e os efeitos dos impactos ambientais provocados pelo uso agrícola e


urbano, como as suas consequências socioambientais para a população.
Diante desta problemática Rosa (1990, p. 420) enfatiza que:
O mapeamento de uso e ocupação do solo em uma dada região
tornou-se aspecto de interesse fundamental para a compreensão
dos padrões de organização do espaço. Espaço este cada vez
mais alterado pelo homem e pelo desenvolvimento tecnológico.
Deste modo, existe a atualização constante dos registros de uso e
ocupação deste solo, para que suas tendências possam ser
analisadas, com o objetivo de fornecer subsídios às ações do
planejamento regional, municipal e até setorial.

Assim, o presente estudo, tem por finalidade mapear e analisar os


diferentes tipos de uso e ocupação dos solos nas bacias hidrográficas dos
Córregos Guavirá e Matilde Cuê da cidade de Marechal Cândido Rondon –
PR, com o auxílio de fotografias aéreas e imagens de satélite. Técnicas de
fotointerpretação e sensoriamento remoto serão utilizadas para a análise de
possíveis conflitos e equívocos oriundos da utilização inadequada do solo,
assim como para o reconhecimento detalhado das áreas urbanas,
industriais e agrícolas que se encontram em expansão na área de estudo.

Materiais e métodos
- Trabalho de campo: foram desenvolvidos caminhamentos em
campo, visando a identificação das condições antrópicas e naturais nas
bacias hidrográficas dos córregos Guavirá e Matilde Cuê.
- Mapeamento do uso do solo: foram utilizadas imagem de satélite
(Software Google Earth 2010) e imagens aéreas (ITC-PR, 1980), escala de
1:25.000, processadas pelo software Global Mapper 11.

Resultados e Discussão
Com base no mapeamento do uso do solo na bacia hidrográfica do
Córrego Guavirá (Figura 1), pode-se verificar que a área urbana consolidada
abrange 32% da bacia, enquanto que a área urbana em expansão ocupa
10% do perímetro. As áreas industriais constituem apenas 0,8%. As áreas
agrícolas apresentam-se com bastante expressividade (46%); as matas
ciliares 5%; as reservas legais com pouco mais de 2% e as áreas de
pastagem 4% da área da bacia.
Diante do exposto torna-se importante destacar as seguintes
ocorrências:
- Avanço urbano para as áreas de média e de baixa vertente situadas
ao leste da bacia do Córrego Guavirá;
- Uso irregular nas nascentes e cabeceiras de drenagem
ignorando-se, assim, as leis ambientais vigentes para esses locais;

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- Área industrial compreende uma parcela muito pequena na bacia:


apenas 0,8% da área total;
- Grande parte da área agrícola estende-se para os fundos de vale,
situados tanto no lado oeste como leste da bacia e impróprios para essa
forma de ocupação;
- A área de pastagem, apesar de compreender apenas 4% da área
total, concentra-se, quase que em sua totalidade, nos fundos de vale;
- A mata ciliar encontra-se em nível muito alto de degradação e na
mesma situação encontram-se as reservas legais. Juntos, esses tipos de
uso do solo somam apenas 2,2% da área da bacia de drenagem.

Reserva Legal Reserva


Legal

Figura 1 - Mapa de uso do solo da bacia Figura 2 - Mapa de uso do solo da bacia
hidrográfica do Córrego Matilde Cuê.

O mapeamento da bacia hidrográfica do Córrego Matilde Cuê


(Figura 2) evidenciou que a área urbana consolidada corresponde a 27% da
bacia e a área urbana em expansão a 14%. As áreas industriais ocupam
6%; as áreas agrícolas abrangem 35%; as pastagens 11%; as matas ciliares
4% e as reservas legais representam 3% da área da bacia.
A análise do mapeamento da área da bacia do Córrego Matilde Cuê,
permitiu destacar os seguintes aspectos:
- Concentração de atividades urbanas no setor norte da bacia, onde
geralmente se encontram as áreas mais altas e planas;
- A área de expansão urbana estende-se cada vez mais em direção
às nascentes da bacia de drenagem;
- Maior preocupação em relação às áreas industriais nessa bacia.
Essas, por sua vez, correspondem a um total de 6% da área de estudo e
encontram-se próximas de algumas nascentes e de bairros residenciais;
- As áreas agrícolas e de pastagens seguem praticamente a mesma
distribuição da bacia do Córrego Guavirá. Em geral se estendem até as
proximidades dos fundos de vale, comprometendo a qualidade e as áreas
destinadas à mata ciliar;

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- As matas ciliares e reservas legais esboçam a mesma realidade de


outras bacias do município. Ou seja, no que tange as áreas destinadas às
matas ciliares, não é respeitada a legislação vigente (de acordo com o artigo
2° do Código Florestal Brasileiro: lei Federal n.º 4.777/65, a largura de faixa
de mata ciliar deve seguir as seguintes dimensões: rios com menos de 10 m
de largura – 30m em cada margem; nascentes – raio de 50m). Estas se
encontram bastante alteradas e as áreas de reservas legais são
insignificantes quando comparadas com a área total da bacia analisada.

Conclusões
A distribuição das classes de uso do solo das duas bacias mantém
relações com as condições geoecológicas presentes na área. Essa relação
pode ser justificada tanto pelas ocupações urbanas que ocorrem
principalmente nas áreas de topo, quanto pelas áreas de pastagens que
ocorrem nas áreas de maior vulnerabilidade ambiental. A continuidade da
pesquisa, sobretudo a partir da análise e do mapeamento dos índices de
fragilidade ambiental, poderá trazer informações importantes que permitam
relacionar de maneira mais concisa a relação entre o uso do solo e o meio
ambiente.

Referências
BRASIL, Lei Federal (1965). Código Florestal Brasileiro – Lei nº. 4777,
DF: Congresso Federal, 1965.

ITC-PR - Instituto de Terras e Colonização do Estado do Paraná. Curitiba:


Aerosul, Levantamento aerofotogramétrico do Estado do Paraná em
escala 1:25.000, 1980.

ROSA, Roberto. A utilização de imagens TM/Landsat em levantamento


de uso de solo. In: VI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. INPE:
São José do Rio Preto, p. 419 425, 1990.

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