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Infecção
11 – NÃO MORDAM E DEVOREM UNS DOS OUTROS
Introdução
Feche seus olhos. Imagine a terrível cena que tantas
vezes se repetia na arena romana: um pequeno e indefeso
grupo de cristãos, repentinamente atacados por feras
esfomeadas, diante do cruel e indiferente olhar da multidão
nas arquibancadas. As presas estraçalham os corpos, as
carnes dos nossos irmãos são abocanhadas pelas feras…
Isso é doloroso? Claro que sim. Mas quanto não seria
aumentado o horror da situação, se as feras fossem
repentinamente desmascaradas e se revelassem como
sendo, na realidade, outros cristãos!
Este foi o retrato que o amado apóstolo Paulo pintou dos
cristãos da Galácia, para os fazer entender como eles pareciam aos
olhos de Deus, nas horas em que se entregavam a fortes brigas e
contendas. O problema central das Igreja de Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo na Galácia, era que pessoas de fora tinham
chegado e estavam ensinando insistentemente que os cristãos não-
judeus tinham de adotar a circuncisão cerimonial do judaísmo e a
guarda da lei de Moisés.
Esse legalismo tinha de ser combatido. Mas na hora em que
Paulo escrevia sobre esse assunto, os cristãos da Galácia não
estavam se limitando a debater esse problema, procurando
sintonizar o pensamento do Corpo de Cristo com a vontade daquele
que é o Cabeça, Jesus.
Deixando de lado a causa a ser resolvida, eles estavam
condenando amargamente os defeitos e maneiras irritantes uns
dos outros. E, por se dedicarem a destruir uns aos outros, eles
eram incapazes de alcançar qualquer decisão pacífica.
Você percebe que isso é fácil de acontecer entre nós hoje? E
que acontece aqui e, talvez, você seja o provocador disso? O que
começa como uma simples troca de ideias divergentes sobre um
ponto de doutrina, uma visão administrativa, um envolvimento
maior nas atividades da igreja, por parte de um, ou uma maneira de
ser de um irmão, uma mensagem num grupo, ou no privado, uma
saída de um grupo, um puxão de orelha do pastor, tudo isso passa
para o campo das batalhas pessoais. Em vez de atacar os
problemas, os membros começam a atacar uns aos outros, como
fizeram os midianitas na presença do pequeno exército de Gideão,
em Juízes.
Na carta aos gálatas, Paulo adverte sobre o perigo desse tipo
de procedimento. Ele avisa que isto pode resultar na destruição do
amor e da unidade; e daí, os passos são poucos para a inutilização
da própria igreja, a IBCOLINA, está sendo inútil no presente
momento. De quem é a culpa? Você é culpado, você que não ama o
outro como ele é, da maneira que foi ordenado a amar, você que
não perdoa ou pede perdão a quem merece. É terrível que alguns
sejam capazes de desencadear, dentro do Corpo que Cristo tanto
ama, tantas mazelas progressivas: mordidas, devorações,
destruição.
O Mandamento
“Pois toda a Lei se resume num só mandamento, a saber:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. 15 Porém, se mordeis
e devorais uns aos outros, cuidado para não vos destruirdes
mutuamente! ”. - Gl 5.14,15.
Definição
Morder e devorar é o mesmo que expressar atitude de
rejeição, hostilidade e má vontade para com o irmão, por meio de
ataques sobre o seu caráter, valores, propósitos, crenças ou ações,
a fim de estabelecer alguma vantagem a quem ataca. Mas quem
ganha com isso? Você. NÃO. Você é cavalo de Satanás quando age
assim.
Observação: o contexto
Este mandamento emprega linguagem inusitada. Morder e
devorar são atividades próprias das feras, do gato em relação ao
rato, do leão em relação ao lobo, etc. É como se Paulo nos dissesse:
“quando vocês tratam desta maneira uns aos outros, estão
deixando de agir como seres humanos, e muito menos,
como cristãos””. Por amor a Jesus e ao Seu Corpo, a Igreja,
devemos prestem muita atenção a este mandamento, a fim de
proteger sua comunidade de cristãos, contra tão desastroso câncer
espiritual. Se ele está alojado em seu coração, arranque-o
nesta noite.
CONCLUSÃO
Valor do mandamento
O valor prático deste mandamento dispensa explicações. Os
cristãos são membros uns dos outros, você que odeia ou rejeita
alguém que está aqui dentro nesta noite está fora dessa ordem (Rm
12.5). Se você está nesse contexto de morder e devorar uns aos
outros, em certo sentido pratica a autodestruição. É impossível
que o Corpo de Cristo realize devidamente os seus ministérios
internos, e muito menos a sua tarefa de demonstrar ao mundo o
amor e a unidade, quando está envolvido em guerras internas.
Essa infecção é mortífera: ameaça a vida da igreja e torna
inacessível o alvo de glorificar a Deus. Mas, se a IBCOLINA, nesta
noite feliz, neste santo lugar, der ouvidos à advertência da Palavra
de Deus, o Corpo poderá manter a comunhão e resolver quaisquer
problemas de maneira agradável a Cristo, preservando o seu
testemunho.
Pr Antonio F Santos
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