Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Perito Criminal:
Renato Pattoli
1.HISTÓRICO
Segundo constava, o material estaria relacionado ao Inquérito Policial em que constava como
envolvido MIZAEL BISPO DE SOUZA.
2.OBJETIVO DA PERÍCIA
A perícia tinha como objetivo detectar a presença de vestígios para o vínculo de autoria com a
materialidade dos fatos, a fim de concluir sobre a presença do suspeito do crime, bem como as
evidências de sua qualificação na execução do homicídio. Assim procedeu-se a busca de
possível material genético nos objetos relacionados aos fatos (como a arma do crime, calçados,
roupas) para comparação com materiais orgânicos deixados como vestígios da vítima ou da
natureza disposta no ambiente da prática criminal.
A partir dos exames foram encontrados partículas de chumbo compatível com os projéteis que
foram encontrados no carro e no rosto da vítima MÉRCIA NAKASHIMA, assim como
fragmentos ósseos e manchas de sangue (estes microscópicos e insuficientes para a realização
de exame de DNA). Havia também presente no calçado vegetação da espécie
Chaetophora Pisiformis invisível à olho nu, exatamente como a que se encontra no cenário do
crime do crime (Represa de Nazaré Paulista).
4.CONCLUSÃO
Estado de São Paulo
Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária
Superintendência de Polícia Técnico-Científica
Instituto de Criminalística
______________________________________________________________________________________________
Conforme inquérito policial, os sapatos foram encontrados pelos peritos que fizeram a perícia
na residência do acusado, numa pequena e escura dispensa abaixo da escada.
Devidamente coletados e preservados, o apetrecho contém material genético (pedaços de ossos
e sangue simultaneamente) que embora mínimo e não identificável, consistem em claras
evidências que o relacionam com a investigação do homicídio.
A alga, no entanto, é indício bastante categórico de insere circunstâncias peculiares à autoria no
delito investigado, na medida em que esse tipo de organismo é exclusivo de ambiente
subaquático e de baixa profundidade, típico de represas como a que compõe o cenário criminoso
onde foi desvelado o corpo da vítima. Segundo o biólogo Carlos Eduardo de Mattos Bicudo
(pesquisador do Instituto de Botância da Universidade de São Paulo (USP) ), e que fez a análise
da alga encontrada nos sapatos, esta só se reproduz em água doce e não pode sobreviver em
poças de água. O estado de conservação do vegetal por sua vez condiz com a época do crime,
pois o mesmo possui tempo de deterioração limitado a cerca de 30 dias, sendo que do óbito à
perícia não houve transcurso de tempo superior.
Em face do que foi detectado no exame laboratorial como prova, é possível dizer que o sapato
analisado estava com o autor do crime, que teve de entrar na água e empurrar o carro.
Não foi possível detectar se Mércia foi lançada desmaiada na represa de Nazaré Paulista, no
interior de São Paulo, e nem se foi agredida antes de morrer. Mas seção de genética ao detectar
os resíduos de sangue e ossos, permite suscitar possibilidade de agressão com fraturas por parte
do acusado.
Nada mais havendo a considerar, o Perito Criminal encerra o presente Laudo composto de 05
folhas digitadas e enumeradas, impressas somente no anverso e 01 ilustração digital. O material
encaminhado, exceto aquele consumido durante os exames (previamente relatado) será
devolvido em anexo à via deste Laudo de Exame Pericial a ser encaminhado à Delegacia de
Polícia destinatária dos exames.