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Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol.

2 - Edição Especial Copyright © 2011 AERPA Editora


Curso de Introdução à Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010

M12A1 - MÓDULO 12 - AULA 1


PREPARAÇÃO DE POLPA DE PAPEL - OBTURAÇÃO E VELATURA MANUAIS
Plínio Santos-Filho; Malthus Oliveira de Queiroz; Carla Andrade Reis; Demilson Malta Vigiano
Andréa Mota Silveira; Pedro Campelo Cavalcanti; Antônio dos Santos Filho; Euma Décia Leônidas
Laboratório Escola CERPO Papel - Agência de Estudos e Restauro do Patrimônio - AERPA

Introdução A CMC é vendida geralmente em embalagens de


Neste módulo do curso, procederemos com a 100 g e é facilmente encontrada em lojas que vendem
apresentação de dois dos principais processos de papel de parede (onde é conhecida como Metylan) ou
restauração das folhas de papel. Alertamos que os lojas que vendem materiais para a culinária de sorvetes
procedimentos aqui apresentados requerem prática sob e bolos, pois é usada como um espessante alimentício.
a observação e supervisão de conservador-restaurador A textura macia dos sorvetes e cremes industriais deve-
experiente e são aqui mostrados por completude. se, em grande parte, ao CMC!
Descreveremos os pequenos reparos que podem ser
feitos no papel: a obturação manual e a obturação REVERSIBILIDADE - É a característica de um
mecânica, ou velatura, que requer um equipamento processo poder ser revertido ao seu estado inicial, ao
especializado, a Máquina Obturadora de Papel - MOP. primeiro estado físico da obra ou documento, pela
Também se faz necessário a apresentação de alguns remoção da intervenção, sem perdas e danos à obra. A
termos (1) e materiais específicos às atividades de conservação e restauro de documentos deve sempre ser
reenfibragem das regiões que tenham perdas ou rasgos. reversível, para poder prover a possibilidade de
Entenda-se reenfibragem como o processo manual ou melhores intervenções que por ventura o futuro possa
mecânico de recompor as áreas com perdas de papel prover às obras. Para que os procedimentos sejam
com uma nova quantidade calculada de fibras de reversíveis, são necessários produtos e materiais que
celulose. possam garantir as suas remoções sem influir na obra
tratada.
CARBOXI METIL CELULOSE (CMC) - É um
polímero semi-sintético (2), em que grupos PAPÉIS JAPONESES - No Japão são produzidos
CH2COONa substituem o OH na cadeia celulósica, papéis de variadas gramaturas e que ao longo dos
formando éteres. É usado pela viscosidade que dá às séculos têm servido às suas artes de escrita e gravura.
soluções aquosas. A CMC dissolve rapidamente em O papel japonês é tradicionalmente no Brasil um papel
água e é usada para controlar a viscosidade do líquido de baixa gramatura, um papel fino. As plantas
sem se transformar em gel. É usado como um japonesas como a amoreira, a mitsumata, o gampi e o
espessante de soluções e estabilizante de emulsões, kozo têm fibras muito longas nas suas entrecascas e
também atuando como um agente suspensório. É dão papéis de excelente resistência a rasgos devido ao
incolor, inodoro, não-tóxico e solúvel na forma de pó entrelaçamento das suas fibras. A maneira tradicional
ou grânulos. japonesa de preparar os seus papéis produz uma massa
isenta de resíduos ou lignina. Por terem muito baixa
Preparação da cola de CMC (3): gramatura, estes papéis são muito transparentes e finos.
As fibrilas, i.e., as fibras curtas menores, são quase
Carbox Metil Celulose - CMC = 10 gramas inexistentes nos papéis japoneses, pois o processo de
Água deionizada ou filtrada = 0,5 litros (meio litro) manufatura desses papéis não corta ou refina a
massa/pasta que forma as folhas. Os japoneses
A) Misturar a metilcelulose em um vidro vazio de boca maceram as fibras em vez de triturá-las.
larga com a água, mexendo para desfazer os grumos
que por ventura formem; VELATURA - É o procedimento de colocar por
B) Deixar descansar por 2 horas, tempo em que a colagem ou depósito de fibras em uma máquina
mistura ficará homogênia e gelatinosa. obturadora de papel - MOP uma folha auxiliar que
servirá como suporte mecânico e dará resistência física
OBS: Guarde o vidro fechado na geladeira. A cola à folha original. A cola metilcelulose - CMC - é usada
pode ser feita com menos água, para ser guardada na para as velaturas manuais, quando pedaços, tiras ou
geladeira com consistência mais espessa, mais grossa. folha de papel fino e de fibras longas, papéis japoneses
Para ser usada, em outro franco, mais água é ou de bananeira, são coladas no verso do original. Caso
adicionada para a diluição ao ponto desejado. Quando o original tenha os seus dois lados com informações,
necessitar de cola mais rala, coloque um pouco em escritos ou arte, papéis de fibras longas e de gramatura
outro vidro e dilua ao ponto desejado. muito baixa são usados, para não influir na leitura
Obviamente, quantidades menores de cola podem estética da obra. A velatura torna a folha mais resistente
ser misturadas como, por exemplo, 5 g de CMC para ¼ fisicamente por prover um filme que passa a servir de suporte
de litro (250 ml) de água e assim por diante. para o original. A folha de velatura que é incorporada ao
original tem características de maior estabilidade a
deformações estruturais e rasgos.

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OBTURAÇÃO - Consiste em preencher lacunas ou ser removida a qualquer momento com água, assim
perdas nas folhas quando restauradas. Esse processo é tornando a intervenção reversível.
também chamado de reenfibragem. O preenchimento A Máquina Obturadora de Papel – MOP, é um
das áreas com perdas é feito com uma pequena instrumento imprescindível aos laboratórios de
quantidade de polpa de celulose que é colocada conservação e restauro de acervos documentais (6).
cuidadosamente com uma espátula metálica e outros Mas a sua aquisição só se justifica financeiramente
instrumentos (que são comuns em consultórios de quando ela se faz necessária devido à grande
dentistas). quantidade de trabalhos de velatura/obturação.
Aqui, mostramos os passos para o uso da MOP no
dia a dia do laboratório de papel.

Procedimento para o uso da MOP:


Calcular a quantidade de polpa/massa necessária
para obturar um documento ou grupo de documentos.
Para isso, pode-se usar a planilha para cálculo de polpa
anexa a esta aula (4).

Uma mistura simples para polpa:


Uma boa polpa tem uma mistura de fibras longas e
fibras curtas. Surpreendentemente, os filtros de papel
para café contêm fibras longas de algodão de excelente
qualidade. Assim, ao bater quantidades, em peso, do
papel dos filtros de café e outros papéis, pode-se obter
uma massa de boa qualidade para trabalhos de
Uma pequena quantidade de polpa de papel é
obturação.
pressionada na área com perda. O excesso de água é
removido com a ajuda de papel mata-borrão
pressionado sobre o restauro. Polpa = fibra longa (30%) + fibra curta (70% outros
papéis + fibra bruta). Adicionar um pouco de carbonato
de cálcio (3% do peso da polpa) para carga e cola
Se a folha sendo tratada já passou por velatura na
CMC (10% do peso da polpa). Nota-se que os
sua totalidade, a obturação será feita nas pequenas
percentuais são calculados tomando-se como base o
aberturas já com o filme fino que cobre a folha e forma
peso total da polpa (30% + 70% = 100%).
a trama de fibras nas perdas. As perdas podem ter sido
A fibra bruta de trapo de excelente qualidade, 100%
causadas por insetos ou rasgos, tanto no interior quanto
algodão, produzida por batimento em uma batedeira de
nas bordas da folha. Uma vez colocada a polpa em uma
das aberturas, um polimento e achatamento da massa papel holandesa, é feita no Arquivo Nacional, RJ. Esta
massa de fibras puras pode também ser preparada pelo
da polpa é feito ao se pressionar um pedaço de filme
"papeleiro" experiente, o conservador-restaurador que
plástico rijo por sobre a nova polpa que ocupa a perda,
também sabe produzir folhas de papel de boa
e pressionando-se com a espátula.
qualidade.
Após uma análise do papel que se quer restaurar,
Obturação Mecânica como reforço
faz-se uma mistura das fibras longa e curta com outros
Trata-se do processo pelo qual o documento
papéis para que a polpa fique o mais próxima possível
fragilizado por diversos fatores de degradação e com
perdas de área é reestruturado fisicamente. Isso é feito do papel original. A polpa misturada é usada para as
com uma quantidade previamente calculada de fibras obturações e velaturas.
de celulose que formarão um filme fino por sobre todo
I. Livros com folhas produzidas por processos
o original, uma laminação com uma folha de
industriais de pasta mecânica e pasta química:
baixíssima gramatura (cerca de 6 g/m²) formada por
O livro industrializado, mesmo com áreas faltantes
processo de suspensão fibrosa em água deionizada.
nas suas páginas, possui gramatura uniforme em todas
Uma pasta/massa das mesmas fibras usadas na
as suas folhas. Assim, são escolhidas aleatoriamente
suspensão é aplicada para recompor as áreas faltantes,
um grupo de folhas (ou fólios) perfeitas ou com poucas
perdidas pela degradação do papel. A pasta será
adicionada ao novo suporte, ao filme fino, através de perdas. Este grupo é colocado na balança de precisão e
obturação manual das áreas com perdas, caso é anotada o peso total das folhas. Ao dividirmos pelo
número de folhas (ou fólios) teremos o peso médio de
necessário. A cola industrial CMC, muito usada na
uma folha individual (ou fólio). Também, medimos a
indústria alimentícia como espessante, é usada para
área total deste mesmo grupo de folhas, encontramos a
colar pequenos pedaços ou tiras do papel de baixa
área média, e então calculamos a gramatura média do
gramatura, papel japonês, de bananeira ou outros, no
papel usado no livro.
documento ou folha sendo restaurado. A CMC pode

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Etapas do trabalho de reenfibragem:

1. Cálculo da gramatura do original;


2. Cálculo da quantidade de fibras e do volume de
suspensão fibrosa necessária para obturar um
documento na MOP;
3. Misturar as fibras longas e curtas, tingidas para
imitar a cor do original a ser restaurados;
4. Preparar a suspensão de fibras para a MOP.

II. Livros cujas folhas foram produzidas por


processos artesanais - papel de trapo:
Deve-se separar os fólios e pesá-los um a um e
anotar os valores encontrados na “planilha para cálculo
do volume de solução de fibras” (4) e, então, seguir os
procedimentos escritos nas células da planilha. Assim,
obtemos os valores de peso para as fibras e o volume 3. O lado do fólio que fica voltado para cima será o que
da solução de suspensão. receberá a obturação ou velatura;
Pode-se somar as gramaturas dos 5 fólios mais
pesados (os mais pesados são normalmente aqueles em 4. Bater levemente na grade de aço da MOP para que a
melhor estado) e dividir por 5 para obter o valor médio água penetre no fólio. Em seguida, pega-se a
da gramatura do papel utilizado no livro. mangueira da MOP, verifica-se a força do jato da água
em um canto da MOP, de maneira que o jato não seja
forte e possa danificar o documento; molhar o fólio
Obturação utilizando a MOP com o jato da mangueira e a máquina ligada;

5. Depois do fólio umedecido, desligar a MOP. Esticar


delicadamente os fólios (cuidado para não rasgá-los);

6. Misturar bem a suspensão da polpa, que foi feita e


encontra-se em descanso. Colocar em um recipiente
separado a quantidade de polpa pedida na tabela de
cálculo para um (dois, etc.) fólio e deixar este
recipiente próximo da MOP, ao fácil alcance das mãos;

7. Com o fólio uniformemente esticado, religar a MOP


e baixar a grade plástica por cima do fólio (fólios);

1. Coloca-se a tela (silkscreen) na MOP ligada;

8. (A) Simultaneamente, com o pé direito no pedal ...

2. Umedecer a tela com a mangueira da própria


máquina (água deionizada); colocar os fólios;

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9. Quando a água chegar no limite, simultaneamente,


retirar o pé do pedal e levantar a grade, deixando a
água baixar e observando se há a presença de bolhas;

8. (B) ... e com a mão esquerda no centro da grade


plástica, deixar a água subir e cobrir a grade plástica;

10. Com a máquina ligada, pegar uma tela de


silkscreen (monyl) e colocá-la sobre o fólio obturado
(não arrastar a tela - depositá-la com cuidado), batendo
na tela delicadamente para retirar bolhas de ar e em
seguida, desligar a MOP.

8. (C) ... Quando a água começar a cobrir a grade, bater


na grade plástica (sem causar ondas na água) para que
as possíveis bolhas de ar se desfaçam; colocar a polpa e
espalhá-la com as mãos, ...

11. Delicadamente, alcançar a tela inferior ao fólio em


duas das suas pontas e, segurando as duas telas e na
pontinha do fólio (para que não deslize entre as telas),
retirá-lo da MOP. O lado do fólio que estava voltado
para cima na MOP permanecerá para cima por sobre
um feltro espesso. Telas, fólios, tela e feltros são assim
espaçados, em camadas, sobre a prancha suporte de
madeira laminada;

12. Segue-se colocando um ou dois feltros por cima, a


depender da espessura dos feltros, para receber o
próximo fólio;

8. (D) ... sem tirar a mão da grade plástica, continuar 13. Limpa-se a grade de aço da MOP para retirar o
batendo na grade, com o pé no pedal, deixar a água resto de polpa da obturação/velatura anterior e repete-
subir até o limite do tanque da MOP; se todo o procedimento para os demais fólios do lote;

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14. Terminado o procedimento e com todos os fólios declorada e filtrada ou desmineralizada até
devidamente arrumados na prensa entre as pranchas de remover o excesso de corante da polpa.
madeira laminada (prancha / feltro / tela / folho / tela /
feltro / ... / prancha), prensar por 20 a 40 minutos; Com as cores básicas de celulose tingida, podemos
realizar misturas de polpa que imitam papéis com tons
15. Passado o tempo de prensagem, retirar da prensa, envelhecidos. A polpa tingida servirá para confrontar a
trocar os feltros molhados por feltros secos e voltar em cor do documento original e para realizar enxertos
seguida para a prensa, onde será feita mais uma manuais, laminações, obturações mecânicas, etc.
prensagem de 20 a 40 minutos; Partimos de 5 (cinco) cores básicas, nas quais as
concentrações de pigmento utilizadas para atingir a
16. Passado o tempo da segunda prensagem, retirar da adsorção máxima pela celulose foi 2,5 g de corante
prensa, trocar novamente os feltros por feltros secos e para 500 g de celulose refinada.
levar os fólios (que estão entre as duas telas de
silkscreen e sobre um feltro para a secadora de papel,
onde permanecerão o tempo necessário para a sua
secagem (geralmente 48 h). 2,5g de corante castanho solar sandoz para 500g de
celulose branca refinada
Cálculo para Polpa - Planilha do Arquivo Nacional
2,5g de corante laranja solar sandoz para 500g de
O cálculo da quantidade de polpa é feito através de
celulose branca refinada
formulações já testadas e amplamente aplicadas e
aprovadas pelo Arquivo Nacional através de seus 2,5g de corante amarelo ouro sandoz para 500g de
técnicos (4). Eles desenvolveram uma planilha para o celulose branca refinada
cálculo do volume de solução de fibras e que é 2,5g de preto pyrazol sandoz para 500g de celulose
amplamente usada para trabalhos com a MOP. branca refinada
Na Planilha, encontramos parâmetros como a área
da máquina - MOP - utilizada (Am), que geralmente é 2,5g de corante castanho bayer sandoz para 500g
de 0,35 m2 (multiplicar o comprimento e a largura da de celulose branca refinada
abertura superior da MOP); calculamos a área da folha
que desejamos restaurar em metros quadrados (m2);
calculamos o peso da folha em gramas (g); calculamos Através de combinações proporcionais destas cores
a gramatura parcial em gramas por metro quadrado básicas chegamos a vários tons que imitam os variados
(g/m2); Gp = p1/af (peso da folha por área da folha); graus de envelhecimento dos documentos em papel.
calculamos a gramatura média Gm em gramas por Mas, podemos ainda produzir uma única cor que
metro quadrado; calculamos o peso do caderno p2 que poderá servir de base em outras combinações que
se quer restaurar; calculamos o peso de fibra em resultarão em tons bem aproximados dos documentos a
gramas P3 = Am x Gm; calculamos o peso final em serem restaurados.
gramas Pf = p3 - p2; calculamos o volume da solução
Vs = Pf/0,005 em ml.
Baseado nessa planilha e com os seus parâmetros Misturando:
devidamente calculados, podemos, através do peso
final de fibras e do cálculo do volume da solução Castanho solar: 1 parte
aquosa, distribuir o percentual de polpa bruta ou pura, Laranja solar: 1 parte
fibra longa e fibra curta dentro das proporções 30% e Amarelo ouro: 1 parte
70%, acrescentando 3% de carbonato de cálcio e 10% Preto pyrazol: 3 partes
de cola CMC. A prática faz o cálculo eficiente e rápido Castanho bayer: 1 parte
e até uma planilha eletrônica de computador pode ser
escrita para facilitar a operação no dia a dia do Resulta em um padrão de cor cáqui, que será
laboratório. ajustado com outras aparas de papéis (de qualidade
confiável) para obtermos cores que se aproximem dos
Tingimento da polpa de celulose branca tons de papéis envelhecidos.

1. Em uma quantidade de água suficiente para cobrir Mesclagem de fibras tingidas para imitar a cor do
com sobra a polpa seca, desagregar 500g de massa suporte a ser restaurado
seca de celulose ou 500g de aparas de papel sem
cor (branco) em água à temperatura ambiente e Deve-se produzir um catálogo de cores (banco de
bater em liquidificador durante 10 minutos; dados de tons mesclados). Inicialmente, faz-se uma
2. Adicionar o pigmento e bater por mais 5 minutos. comparação entre o documento original e um tom
Deixar descansar por 24 horas, lavar com água correspondente já existente no catálogo de cores.

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Exemplo: a cor que mais se aproximou das folhas do


livro ou documento avulso, comparada com o catálogo,
apresentou a seguinte combinação:

- Fibra longa tingida de castanho solar = 15%


- Fibra longa tingida de laranja solar = 5%
- Fibra longa tingida de preto pyrazol = 10%
- Papel branco = 20%
- Papel amarelo (Filifold, por exemplo) = 50%

Prepara-se uma pequena amostra no liquidificador


com as proporções acima diluídas e com 5% de carga
de carbonato de cálcio em água deionizada.
Acrescenta-se AKD 1 (Alkyl Ketene Dimmer - dímero
de alquilceteno) (5) e depois de seca, compara com a
cor do documento em questão. Sendo o resultado
satisfatório, basta multiplicar proporcionalmente essa Instrumentos para obturação manual são adquiridos em
amostra para encontrar a quantidade total calculada lojas especializadas em artigos para odontologia.
para recuperar o lote de documentos ou o livro.

Conclusão
Nesta aula vimos a prática das intervenções
manuais e à máquina para a restauração do papel. Esta
é a parte crucial da conservação e restauro de acervos
documentais em papel. Só a prática, junto a restaurador
experiente poderá formar bons restauradores de papel.
O nosso curso, mais uma vez lembramos, é
introdutório e não pretende "formar" restauradores. O
material aqui apresentado tem caráter informativo e
introdutório aos aspectos reais e aos procedimentos
pelos quais passam os profissionais da área.

Sala de Leitura
(1) Spinelli Júnior, Jayme. A conservação de acervos
bibliográficos & documentais - Jayme Spinelli Júnior. -
Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional,
Departamento de Processos Técnicos, 1997.

(2) CMC - Carboxi Metil Celulose


http://www.planetsite.com.br/shop/produto_consulta.as
p?PlanetSite=28&Produto=10635

(3) CMC - Como preparar


http://infolioartedolivro.blogspot.com/2007/08/como-
fazer-uma-cola-neutra.html

(4) Planilha de cálculo da quantidade de polpa para uso


na MOP - Máquina Obturadora de Papel

(5) http://portuguese.alibaba.com/product-gs/akd-
powder-266697726.html

(6) http://www.dinaman.com.br/produtos/produtos.htm

1
Trata-se de uma cola da indústria do papel, que não
pode ser batida porque pode haver o cisalhamento de
suas moléculas; deve ser armazenada em geladeira.

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