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DES- CONSTRUÇÕES

Imagem: internet

A vida tem seus caminhos, no mínimo “estranhos” para nos indicar o que devemos
fazer, muitas vezes, não está nem em nossos planos, mas as coisas simplesmente
surgem, de uma forma inusitada e depois que estamos na situação nos damos conta
de que é exatamente o que precisamos.

Levantei disposta a “fazer faxina” na casa durante a manhã e, para minha surpresa,
uma amiga muito querida chamou-me no Messenger para conversar sobre a mãe, que
fez sua partida desse plano há pouco tempo.

Conversamos sobre vários assuntos, além desse e acabamos falando de um que gosto
muito, pois é extremamente instigante: Jesus.

Nunca fiz um curso de Religiões comparadas, mas gosto muito de estudar a nossa
história humana e as diversas culturas que habitam este mundão lindo e maravilhoso.

Com o advento da internet, tornou-se cada vez mais fácil adentrar conhecimentos
antes difíceis de acessar por questões de distância física.

Mas vale lembrar que, apenas estudar determinada área, por si só, não nos dá
conhecimento específico... falo isso pois há muitos estudos ao longo da história e em
cada cultura diferente sobre o mesmo assunto, obviamente, com tantas interpretações
diferentes que às vezes temos que parar para fazer a única coisa plausível (e porque
não dizer: lógica) possível: fazer comparações, análises, ter uma opinião que seja mais
coerente não apenas com o que é estudado, mas também, com as vivências e
experiências que fazem parte de nossa personalidade, de nosso caráter.

Afinal, só considerando o nosso país, Brasil, já teremos diferentes opiniões sobre o


mesmo assunto de acordo com a região que a pessoa habita, que dirá em relação ao
mundo todo? Há tantas e tantas culturas lindas e maravilhosas que compõem este
bordado fantástico que é a vida humana na terra, que, mais do que simplesmente
julgarmos “certo” ou “errado” determinada coisa, nos cabe, como seres inteligentes
que somos, uma análise profunda de todos os aspectos (tantos quantos conseguirmos)
para que definamos o que atualmente temos nas sociedades.

Ao longo de toda a nossa história temos muitos aprendizados, em relação a artes,


músicas, arquitetura, literatura e tantos detalhes da vida em sociedade que não
podemos, simplesmente, desconsiderar fatores culturais que chegam até nós desde
uns 5.000 anos, por exemplo... algo há de “verdadeiro” ou de “teimosia” para que
alguns aspectos se mantenham.

Falar sobre a vinda de Jesus, já como personagem histórica é algo bastante instigante,
visto que Ele apareceu em uma situação histórica em que o povo sobrevivia em meio a
inúmeras dificuldades materiais e sociais, ele representou uma “mudança cultural”
grande para a época.

As religiões terem feito uso de seus ensinamentos para poder ajudar as pessoas a
melhorarem é um dos passos da nossa história, visto que Ele não veio dentro de uma
religião, muito embora “discutisse” com os Doutores da Lei sobre assuntos altamente
significativos à condução do povo, que era, desde muito antigamente, realizada via
aspectos religiosos.

Há um livro excelente para entendermos um pouco o contexto histórico no qual Jesus


apareceu, chama-se “A Cidade Antiga”, de Fustel de Coulanges...

Sem desfazer de nenhum segmento religioso ou filosófico pois todos são necessários
para que contribuam para nossa evolução como humanidade, tem algumas coisas
importantes que essa pessoa disse: Que Ele não tinha vindo destruir a Lei e ao mesmo
tempo, que Ele tinha vindo trazer a espada.

Por não destruir a lei compreendo que Ele não veio desdizer aquilo de bom e correto
que já havíamos aprendido, mas sim, ajudar-nos a ver uma outra forma de interpretar
o que já sabíamos até ali, bem como é até agora, o que conhecemos, de
verdade, ainda uma parcela muito minúscula do Universo todo no qual estamos
inseridos, então, o que desconhecemos ainda é muito maior, portanto, dar-nos outros
enfoques sobre o assunto é mais que pertinente, visto que um mestre faz com que
seus discípulos pensem, racionem, usem a lógica para juntar as informações que tem e
tirar daí as suas novas conclusões.
Em uma sociedade onde a vida humana valia quase nada, Ele inserir o conceito de
Amor ao próximo era realmente transgredir as questões culturais da época.

Por trazer a espada compreendo que era justamente isso: ao fazer com que as pessoas
começassem a racionar sobre o valor da própria vida ele faria uma cisão nos conceitos
até então simplesmente passados entre gerações sem julgamento algum, já que
pensar era privilégio de uns poucos que detinham poder bélico e cultural (saber ler e
escrever era uma raridade).

Começar a questionar sobre a sua capacidade de co-criar a própria realidade era algo
realmente inovador, ainda é, pois não nos acreditamos capazes de gerir nossas vidas.

Uma coisa é tentar controlar as nossas vidas de acordo com o que “achamos” que
sabemos, a outra é ter conhecimento sobre os processos da vida e deixa-los guiarem
os nossos passos, assim como o mestre guia o pensamento e as ações dos discípulos
sem, no entanto, invadir a privacidade e nem o livre arbítrio, sem exigir que cumpram
o que ele fala, mas sim, que ao compreenderem o processo, escolham estar
participando dele ou não.

Jesus, como mestre, nos ensinou e nos ensina exercícios simples, mas que ainda temos
dificuldade em compreender e colocar em prática, por que? Porque não
compreendemos quando Ele nos chamou de incrédulos e aceitamos nos diminuir em
nossa essência espiritual pois trazemos ao longo da história humana um aprendizado
ainda desafiador de deixarmos ir embora: o de que não são apenas “alguns poucos”
que são realmente escolhidos para serem grandes, mas todos nós... sem julgamentos,
temos as condições de sermos grandes, depende de nossas prioridades.

Nos perguntamos como alguns ao longo da história se sobressaíram e outros não, por
que alguns fizeram “história” e outros apenas foram coadjuvantes, por que para alguns
saber os mistérios da vida é tão simples, enquanto para outros é um gigantesco
desafio.

Se formos olhar mesmo para as nossas vidas: o que é que estamos trazendo de crenças
de nosso antepassados e da cultura onde estamos inseridos? No que acreditamos, o
que nos move para realizarmos as coisas? O que é importante para nós? O que
desejamos? Essas perguntas, e mais algumas, respondidas, vão nos dar a medida do
quanto conseguimos “ser grandes” em nossas próprias lutas.

E para isso não é necessário ser nenhum gênio nem acreditar cegamente em alguém,
mesmo que se chame Jesus e seja venerado por algumas religiões, é importante que
saibamos o quanto somos importantes na história de nossas próprias vidas.

Essa mesma pessoa, Jesus, nos disse que devemos Amar ao próximo como Amamos a
nós mesmos, então, com muita clareza Ele nos disse que somos especiais e devemos
nos tratar como tal. Que somos importantes e também devemos nos tratar como tal.
Somos insubstituíveis em nossa melhor ou pior condição e que devemos ser melhores
para conosco a cada momento vivido.
Enfim, há muitas e muitas coisas sobre as quais podemos discorrer de todos os
ensinamentos e vivências que Ele nos deixou para que pudéssemos ser guiados, ainda
por muito tempo iremos usar e abusar desses conhecimentos deixados para nos
incentivar a crescer e evoluir mas tenho certeza de uma coisa: o que Ele veio fazer foi
nos instigar a raciocinar, descobrir as nossas verdades para que possamos um dia
chegar até A Verdade que Ele nos falou e fala.

Como humanidade já trilhamos uma caminhada grande, estamos muuuuito melhores


hoje que há algumas centenas de anos e isso eu vejo em todas as partes do planeta,
em todas as culturas das quais estudo os hábitos e ajustes históricos... mesmo aquelas
que parecem não ter progredido nada em relação a outras já estão com almas mais
libertas e questionadoras em seu meio, justamente o que é necessário para os saltos
quânticos que todos precisamos.

Que saibamos que a Des-Construção de qualquer conceito passa, necessariamente,


pelo aprendizado e teste de novos conceitos, pela crítica coerente e lógica e, acima de
tudo, pelo cimento do AMOR, que a tudo une e faz florescer.

Jesus segue sendo mestre e guia de muitos e assim será ainda por muitos anos, bem
como muitos espíritos de grande valia para a humanidade, em várias culturas e épocas.
Todos somos necessários à evolução desta Terra tão linda e maravilhosa que aceitou
que fizéssemos parte dela para todos juntos, crescermos e evoluirmos.

Leatrice Coli Ribeiro Pedroso


Cadeira nº 24 - Academia Santanense de Letras

Permitida a reprodução desde que mantida a autoria

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