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No dia 13 de Agosto de 2018 a Fras-le fez um convite aos acionistas e analistas de

mercado para um evento para apresentar informações sobre o desempenho e


expectativas futuras sobre ela, que ocorreu na última quarta feira dia 05/09/2018.

Gabriel Comenalle que é nosso aluno no Curso de Análise Fundamentalista e Membro


Gold há mais de um ano, foi ao evento e fez esse breve resumo para entendermos um
pouco mais sobre a empresa. Queria aproveitar para dar os parabéns pelo avanço que
ele e muitos outros do curso conseguiram nestes 6 meses.

A partir daqui, palavras do Gabriel Comenalle:

Para quem não conhece a Fras-le, segue um breve resumo sobre ela:
“Fundada em 1954, a Fras-le tem como atividade a produção de materiais de fricção.
Seu negócio Segurança no Controle de Movimentos faz dela uma das líderes mundiais
no segmento. Foi o primeiro fabricante de materiais de fricção do Brasil a obter
certificação pela norma ISO 9001 e possui também a ISO 14001, OHSAS 18001e a
ISO TS 16949, que confirma a preocupação constante da empresa com a qualidade,
tecnologia e meio ambiente. No avançado Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, um
dos mais bem equipados do mundo, a Fras-le conta com laboratórios químico, físico e
piloto, que possibilita a geração de produtos com alta performance.”
Neste evento estavam presentes os executivos Sérgio Carvalho, CEO Fras-le e COO
Randon Autopeças, o Diretor Anderson Pontalti, Diretor Comercial Fras-le Paulo
Gomes, Hemerson Souza, Gerente Executivo de RI Fras-le e de Controladoria Randon
Autopeças e César Augusto Ferreira, Diretor de Tecnologia de Inovação Randon
Autopeças.
Anderson iniciou apresentando a estrutura executiva e acionária que continua a mesma
informada no site do RI.

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Apresentou diferenciais da empresa na visão da gestão

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O portfólio de produto já com os produtos de não fricção da FREMAX (a compra ainda
precisa ser aprovada pelo CADE)

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Algo interessante da Fras-le é sua estrutura operacional bem como a distribuição da
receita líquida.

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Reparem que grande parte da receita está na América, em especial no Brasil, seguido
pela América do Sul e depois pelo Nafta. E sim, quando falamos América do Sul pode
vir a sua mente a Argentina que é algo que iremos falar mais a frente nesse artigo.

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Seu Market Share

Algo positivo é que o faturamento está deixando de ser totalmente dependente de


material de fricção.

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Algo que chama atenção para o lado negativo é que as lonas de freio de veículos leves
vêm reduzindo de 62% em 2011 para 39% em 2017, Paulo Gomes comentou que essa
redução é normal. Segundo ele, isso é um comportamento de mudança, não só para a
Fras-le, mas para mercado como um todo e que isso está mapeado pela gestão.
O gerente executivo Hemerson Souza comenta sobre o desempenho operacional, em
especial sobre a dívida líquida e amortização da dívida conforme imagens abaixo

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O Guidance da empresa mostra que ela atingiu 47% do planejado na receita bruta total,
48% na receita líquida consolidada, 49% das receitas no exterior, e 94% dos
investimentos, porém apenas 18% das importações. Hemerson afirmou que o resultado
foi parcialmente afetado pela greve dos caminhoneiros em Junho, mas segue próximo
da meta.

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Também comentou que estão cientes da baixa liquidez (no momento que escrevo esse
artigo a empresa tem apenas 117 negócios e R$229,99k de volume médio diário nos
últimos 21 dias segundo o Guia Invest Pro) e estão trabalhando internamente melhorar
esse indicador. Não obstante, a remuneração aos acionistas teve grande crescimento
de 2016 para 2017, mas Fras-le não é conhecida como uma empresa pagadora de
dividendos gordos. Fras-le, atualmente, se enquadra como uma empresa confiável, ou
seja, com grande participação de mercado (ela é líder global em lonas de freio para
veículos comerciais, na America Latina, atua com as marcas Fras-le, Lonaflex e
Controil), tem barreira para novos entrantes, possui resiliência, pois o mercado de
reposição representa 80% de sua receita líquida além de ter 50% da receita oriunda do
mercado exterior (proteção contra altado dólar)além depossuir marcas com nome de
confiança no mercado onde atua.
César Augusto passou a falar sobre as tendências futuras de mobilidade, abaixo
algumas imagens que a Fras-le colocou durante a apresentação.

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Repare como a empresa possui foco no longo prazo, realizando investimentos agora
para colher os frutos ao longo do tempo. Aliás, isso já está ocorrendo, a empresa vem
fazendo aquisições e está expandido seu Market Share na Europa e na Ásia. Não só
isso, César também comentou que está muito claro a tendência de automotivos
elétricos onde, na visão dele, a tecnologia ainda é cara, mas é dada como certa, o que
ao longo do tempo fará o custo ser reduzido e viabilizará a melhor utilização e
produção. Também relata que no Brasil o governo não incentiva esse tipo de
combustível/energia devido os subsídios fornecidos ao etanol, atualmente a China é o
país mais promissor para essa tecnologia crescer (Por que será que a Fras-le está
aumentando Market Share na Europa/Ásia?Inclusive já até ampliou sua fábrica em
Pinghu). Algo que chamou a atenção é a visão que César demonstrou sobre essa nova
tendência, ele mesmo afirmou que sabe que nem toda a frota de veículos poderá
utilizar esse tipo de energia, alguns caminhões precisariam de 5 toneladas de baterias
apenas para ter a mesma autonomia que possuem hoje com o combustível por
combustão, algo inviável.

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Ao final, a palavra foi dada a Sérgio Carvalho CEO da Fras-le para falar sobre os
movimentos estratégicos.

A Fras-le não forneceu esse material impresso ou no site, apenas na apresentação dos
executivos, por isso a foto via celular. Sérgio afirmou que a ideia da Fras-le é ser uma
powerhouse de reposição atrelada com as inovações e tecnologia, ou seja, pretendem
continuar fazendo grande expansão até meados de 2027. Algo bem positivo para
acionistas da companhia que visão crescimento, inclusive FRAS3 já está na carteira
Dica de Hoje a algum tempo e tivemos recomendações de compra pelo Daniel que
também já visualizava um cenário expansionista para a empresa.
Ao término da apresentação foi aberto para perguntas e os analistas do JP Morgan
perguntaram qual seria a estratégia para a Fras-le alcançar esses objetivos, em suma

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pretendem diminuir o caixa da empresa, podendo até chegar em 2,5x de alavancagem
em dívida líquida para poder seguir investindo e realizando aquisições caso necessário.
Também foi questionado sobre a Argentina, qual a perspectiva da Fras-le em relação
ao cenário atual e os executivos responderam que já é comum a Argentina passar por
turbulências, o que torna isso mais “previsível” apesar de obviamente não ser positivo,
contudo, afirmam que os executivos da Argentina foram mantidos em suas posições
justamente para aproveitar o know-how do mercado local. Sabem que a situação ainda
é incerta dependendo das decisões que o governo de Macri possam vir a tomar, mas
isso não significa um desinvestimento no país, é uma turbulência como várias outras
que já ocorreram.
Por fim, foi questionado aos executivos como eles encaravam a guerra comercial entre
EUA e o resto do mundo e como a Fras-le poderia ser afetada caso a situação se
agravasse. Nas palavras do CEO, “Não sou bom em especular, por isso gosto de
trabalhar com o que temos e deixar fluir. Acredita-se que as medidas realizados pelo
Trump, caso agravadas, serão remediadas posteriormente após o seu governo. A
seção 232 de fato aumentou o preço aço, mas o que mais nos preocupou foi a seção
relacionada a intelligence property na qual produtos da fábrica da China podem ser
penalizados, estamos atentos a isso, mesmo que esses produtos possuam pouca
relevância na nossa receita atualmente”.
A sensação que fica é que a Fras-le pretendem crescer bastante até o fim da próxima
década, faz sinergias com as demais empresas do grupo e tem uma visão macro, não
só do mercado doméstico, mas do ponto de vista global também além de executivos
bem preparados e alinhados com as tendências de mercado.

Gabriel Comenalle

A partir daqui é o Daniel Nigri, ok?


Gostaria de agradecer ao Gabriel por fazer esse resumo e nos manter informados. A
partir das ótimas informações que ele nos trouxe, segue algumas visões pessoais
minhas com relação a montagem da carteira Dica de Hoje e sobre Fras Le.

Sobre a FrasLe

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É uma companhia que tem e sempre teve foco em crescimento. Se pegarmos os
últimos 10 anos, veremos que as sinergias foram bem sucedidas e trouxeram retorno
para os acionistas. Veja imagem abaixo, do crescimento de lucros dos últimos 10 anos
retiradas do Guiainvest Pro e tirem suas próprias conclusões.

Vejam também que os Lucros seguem um padrão de crescimento. Durante o ciclo de


investimentos, como ocorreu no ciclo anterior de 2010 a 2013 é natural que os lucros
caiam e as ações sejam penalizadas. Já comentamos em relatórios anteriores, que até
a empresa atingir a eficiência operacional existe uma demora, e isso traz os resultados
momentaneamente para baixo.

Gostaria que vocês entendessem que todas as empresas possuem risco, e por isso
ensinamos sempre que só vale a pena investir na Renda Variável se for para ganhar
mais no longo prazo do que você ganharia na Renda Fixa.

As ações caíram, por 3 motivos principais:


 Percebemos nesta apresentação que o modelo de investimentos que a empresa
pretende realizar será bem maior que o esperado, o que vai elevar a dívida
líquida / Ebitda para até 2,5x. Isto significa investimentos adicionais superiorea
R$ 500 milhões nos próximos anos. Já falamos sobre essa questão neste vídeo
no youtube, clique aqui
 O principal produto em termos de Receita da empresa tem perdido participação
de mercado sistematicamente. Na minha visão é uma adaptação ao futuro,

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assim como Vale por exemplo, também está cada vez menos dependente do
minério de ferro.
 Outra casa de Research recomendou venda das ações.

Cabe ressaltar que na Carteira Dica de Hoje, pelo mesmo motivo (investir em novos
negócios) eu retirei o Banco ABC da carteira há duas semanas atrás. Então por que eu
não vou tirar a Fras Le?
Eu escolhi 3 empresas na nossa carteira que eu vou aceitar retornos piores no curto
prazo, em troca da estratégia delas de longo prazo as quais eu considero muito
consistentes. São Elas:

1. MDias Branco – Muito crescimento ao longo do tempo, foco em expansão pro


Sul e Sudeste via investimentos constantes e poucos concorrentes. Costumo
dizer que acredito que em 10 anos ela poderá ser a Ambev de massas e
biscoitos com share entre 60% e 70% no segmento.
2. Carrefour – Abertura de várias lojas, com baixo endividamento e migrando para
novos canais de vendas. Além disso, a Financeira e os Cartões começam a
trazer retornos fortes.
3. FrasLe – Quando eu analiso os planos de expansão da Fras-Le, percebo que
eles têm uma capacidade muito boa de investir no momento certo. Fizeram
investimentos de 2010 a 2013 (época de crescimento da economia), focaram em
gerar caixa nos anos de 2014 a 2017 (anos de recessão econômica), e agora
com o foco na expansão interna, estão investindo novamente. Além disso, seu
crescimento, e seu grande potencial, me lembram muito da Wege, há 10 anos
atrás.

Estas 3 ações da carteira e possivelmente Vulcabrás (Vulc3) também, eu vou


aceitar quedas fortes em troca de resultados muito fortes de longo prazo, focados
basicamente na estratégia de crescimento da companhia.

Abraços e Bons Investimentos


Daniel Nigri

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