Вы находитесь на странице: 1из 236

Lígia Arruda

Gramática
PORTUGUES
~a.Re~,S15
,¡099<l2l ~ 1'\101.....
r...rane 13111 la eoa a:. Xl
f .. 13$1¡22e0883cn
E~ .... puc.... tmI,pI
_por' • &.J:It
PI IlOO 22110l

....,,"'"
--..-
hoIo rl.. 1.12'!>4

...-
Au.'" FM1ñc8 ea
oIO!iO-241 PoIto l'I:IrtICIf
T....... 1)22201:176"
,..... . . ,). ""-". ~,42
«JI5O. 258 Porto Portu¡iII
r..... t:!l!l1l22 200 76 81
Av do 41m1r1llQ GfIIo CDI.MIho. &96
1100027 U.... l'ort<.lPI
T• ...,..~11211143oe 00

~ AtNIIIo, Lda. -
b ' " MIn.III ,.,.,.., 20 l. ~l
3020-303 ~ " " " -
1"....... t3!>11 238 . . ro.o
F. (35112.49 T091
~
R. de JoIo M..:na:Io 9
lOOO-22e c..rcw. ~

.......
TeItI . . (3!)l¡219 83

E!Iop. ~ " .,._


a

•.u..
~D~'"
Q.-a-D.- ......... ~ [
2fj 1.$381 . . . - . do'"
t...tone (3!>lJ 21957 9l 00
PoftI¡pI

F. ~l¡21"78301
, 1

Lígia Arruda
~~'-- ~.~
LJ. r', ¿HC

G r a m á tic a de

PORTUGUES
I
Características do N.E. "SACRES"
o actual navio ~cscola "~agrcs" anna cm barca é mundialmente conhecido
pelas famosas cruzes de Cristo verrnelhas que traz desenhadas nas velas redon-
das. Para além das suas missOes de represenlar;ao. a mi ssao fundamental deste
Ilavio tem consistido cm possibililaf um amplo e profundo contaclO com a vida
no mar as sucessivas gerar;Oes de oficiais da Armada portuguesa, através das
viagens 'de instru~iio nele efectuadas.

Deslocamento: 1725 t (stalldard); 1869 (máximo).

Dimens6es: compri menlo ................ 89,5 m


boca .............................. 12 In
caJado ....................... .... 5,5 m
altura do maslro ............ 45, I m

Propulsao: a) a ve la: armaCJao cm barca


supcrfície vélica, 1935 m!;
b) a molor: motor Diesel. 1000 cv
velocidade, 10 n6s.

Aj udas a navega«ao: Radares de navegac;ao


Ómega diferencial
Radiogoni6metro
GPS
Sonda
Odómetro
Lorao
Decca
Fac·símile.

Guamic;ao: 10 0fi ciais


18 sargenlos
136 pra¡;as
60 alunos de iostruCao.

~-lMIOAlJXIUAM IS BN 972 ·0· UUl ·'


e.ft~k trille., B!oco Gr~lico . Lda . - fI dlI fle5lau .... ~~o. 387 40~O-S06PORTO ' PORTUOAL
Prefácio .
ESCLllando,Jalando e errando
é que se aprende a falar.

ara se escutar e falar, é necessário o mínimo con heci-

P mento do código. e 56 depois é que se passa a errar.


Para que o errar nao perdure, estou aqui a oferecer o
meu singelo contributo como autora.
A ¡deia desle estudo surgiu do contaClo directo com estudan-
tes estrange iros, na Faculdade de Letras de Lisboa, ande estive
a prestar servic¡:o com fum;oes docentes durante 16 anos, bem
como do pedido insistente, por parte desses mesillOs alunos. da
publica(tao de alguns dos mcus apontamcntos das au las.
A lacuna existente no domíni o do ensino de Porlugues a
estrangeiros, a nivel gramatical e de estruturas gramalicais no
ensino básico e avanc¡:udo. levau-me a concretizar o pedido por
eles formu lado.
Esta gramática é consliluída. essenc ialmen te, pela fonética.
morfologia, sintaxe e semantica. A sintaxe nao é tratada pro-
fundamente. pois para o público a que se dirige nao é relevante
tal estudo. visto termos óptimas gramáticas para l'al fimo
A minha inlen~aO é dar as estruturas e regras si ntéticas e pos-
síveis, fazendo-as seguir sempre de exem plos esclarecedores.
No fim, aparecem aJgumas palavras e expressOes que susci-
lam sem pre ¡mensas dúv idas quer a um eSlrangeiro quer. inclu-
sive. a um ralante de língua materna.
Elaborei esta GRAMÁTICA DE PORTUGUES PARA
ESTRANGElROS a pensar nas professores e alunas de Partu-
gues. mas nao esquecendo também lodos os Portugueses.
Quera aqui agradecer a lodos os meus amigos(as) que tanto
me incentivaram. em especial a Maria da Gra~a Cachapas. pelo
árduo trabalho que leve no computador.
Nao posso deixar de mencionar o C.M.G. José Armando
Rodrigues Leitc pe lo tao preslável contributo alravés da fOlO-
grafia do N.R.P. "Sagres" que serve de capa a esta obra.
Dedico este lrabalho a memória dos meus Pais. que sempre
me apoiaram e estimularam.

Ugia Armda

3
-
.
.
Indice

FONÉTICA E FONO LOGIA


Fonética e fonologia 8
Vogais - sua class.ficat;~o 8
Ditongos - sua classifica~:¡o
Consoantes - sua clasSIflca¡;ao

10

ORTOGRAFIA E PONTUA<;:AO
Estrutura fonognifica das palavras ,.
O alfabeto 15
Ortografia 16
Emprego da maiúscula inicial 17
Relat;io fonética, semSntica e grifica entre palavras
Sina!s ortogrificos e de pontuat;io
Regras gerais de acentuat;10
"
21
24
Grafia das consoantes e dos grupos consoninticos 26
Divisao silibica - translineat;lo 31

DERIVA<;:AO E COMPOSI<;:AO
O erivat;io
~o por prefIX¡u;30

Deova~o por suflXilC;lo


""
40
Cle<M<'o """""'"
Denv~o imprópna "44
Denva~o parasslntétJca 4S
Palavras simples e compastas 4.
OnomatopelaS SO
Hifen SI

FRASE
Frase S.
Tipos de frase S.
Curvas melódicas 57

.,
A oral;10 e os termos euenciais SS
Elementos secundarlos .0
Complementos do verbo
Complementos do oome .S
ARTIGO
Artigo .8
Arttgos defirudos e indefinidos .8
SUBSTANTIVO
Substantivo 74
Género dos substantIvOS 7.
Número dos substantivos 78

ADjECTIVO
Adjectivo 84
Adjectivos e nomes gentllicos 90

4
PRONOMES
Pronome 94
Prono mes pessoals 94
Particulandades dos pronomes pesso3lS o/aJos/as 96
Pronomes pessoais renexos (ol' reflexivos) e reciprocos 97
ConJuga~a.o pronominal recrproca 98
Coloca~io dos pronomes pessoais reflexos, complemento directo I indirecto 100
Coloca~io do pronome complemento (om adverbios 102
Determinantes e pronomes 101
Possessivos 101
Demonstrativos 103
Interrogativos 105
Relativos 106
Indefinidos 108
Locu~aes indefinidas 110
Formas de tratamento 110

NUMERAIS
Numerais 11.
Quadro geral dos numerai, liS

VERBO
Verbo 120
Modos 120
Voz activa e voz passiva m
Emprego e forma~¡¡o dos tempos verbais 126
Uso do conjuntivo I4S
Sistematiza~io das frases complexas condicionais 152
A causa 15.
A compara~io I5S
A consequencia 156
Expressoes de opin¡ao/concordincialdiscordáncia 158
A propor~ao 160
formas nominais 161
Uso do modo imperativo 170
A conjuga~ao perifrástica 172
Discurso directo/discurso indirecto 17'
Particularidades ortograficas de alguns verbos 176
Frases enfaticas 178
Hover IBO
Principais direren~a.s dos verbos ser e estor IBI
Particularidades do verbo ser IBI
Particularidades do verbo estor 1B3
Particularidades do verbo (icar lB.
ADVÉRBIO
Advérbios 1B8
Coloca~¡o dos advérbios lOO
locu~oes adverbiais 190

5
,
,
Indice

,
PREPOSIC;:ÓES
Preposi~óes
Contrac~¡¡o
Locu~6e5
das preposi~6es
prepositivas
Uso das preposi~6es
....
,.4

,,'"
Os topónimos e as preposit;;6es
CONJUNC;:ÓES '"
Coniun~6es 202
INTERJEIC;:ÓES
Interiei~6e5 20.
PALAVRAS E EXPRESSÓES PROBLEMÁTICAS
Abaixo/abaixo de/a baixo 208
Debab:olde baixo 208
A tim deja fim de que/afim 208
Atrás/atrás deJtrás/detrás/traz 208
Atr.ísJapós/depois 20.
Caem/saem/traem 20.
Cá/aquí 20.
Contudolcom tudo 20.
Decerto/de certo 210
Demais/demais a milis/de mais 210
Enfim/em fim 210
Onde/aonde 210
Há cerca de/acerca de/cerca de 211
HiJa/ah 211
EnquantoJem quanto 211
Tem/t@m 211
Ter que/ter de 212
Contanto que/com tanto 212
Conquantolcom quanto
Lava-se/lavasse
212
212 ..
LavamosJlavamo-nos 2Il
Porquantolpor quanto 213
Porque/por que/porqué 2Il
Portantofpor tanto 2Il
Quanto 214
Senio/se nao 214
Sobretudo/sobre tudo 214
Vem I vem I veem 214 :!
MaufmaJ lIS
Tio/tanto lIS
APENDICE
Algumas expressoes latinas 218 .:
Abreviaturas 21. ;!
Conjuga~.io dos verbos ter, ser, estar, hover 220 ;1
Conjuga~io dos verbos regulares amar, receber, partir 22] I
{.
Conjuga~io de um verbo com o pronome,2: lovó-Io 228 .
Conjuga~io de um verbo com o pronome reflexo: lovor-se
Conjuga~io de um verbo na voz passiva: ser amado
22.
230
.
,.;
Verbos irregulares
Bibliografia
231
237 .
".
6 i":
."
Fonética e Fonologia .: .

• !.
Fonética e Fonología

Fo né tica é a "ciencia que estuda as caracteristicas fisicas. articulatórias e per~


ceptivas da prodU(;ao e percep~ao dos sons da fala e fomece métodos para a sua
descri~ao e classifica~ao"l.

Fonologia é o "ramo da linguistica que estuda os sistemas sonoros das línguas.


Da variedade de sons que o aparelho vocal humano pode produzir; e que é estu~
dado pela fonética. sé um número relativamente pequeno é usado distintamente
em cada língua"2.
Quando falamos ou escrevemos. usamos palavras.

Palavra é um som ou fonema ou um grupo de sons (om determinado sen~


tido. Rua, traba/ha. amor sao palavras portuguesas. Se as articularmos

ru-a, tra-ba-Iho. a-mor

verificamos que cada uma delas se compee de vários elementos que tem de
comum o serem pronunciadas numa só emissao de voz.

Os fonemas sao representados. na escrita, por grafemas ou letras. Os fonemas


podem ser: vogais (sons vocálicos) ou consoantes (sons consonanticos)3. Na pala~
vra rua há dois fonemas vogais (u, a) e um fonema consoante (r) .

.,4.J¡'. sua classificar;io

As vog3lS podem ser orais ou nasais, conforme a corrente de ar expirado sai toda
pela boca no primelro caso.ou parte pela boca e pela cavidade nasal. no segundo.
Sao orais as vogaJs das palavras - papá, vivi, SÓ, tu.
Sao nasais as vogais das palavras - la. lento, mim, som, rumo
A nasala~ao das vogais indica~se por ti! (- ), m (antes de b ou p e no fim das
palavras) ou n: antes, ambos, tambor, tempo too.
Quanto a articular;ao, ou seja, quanto el zona da boca ande sao articuladas, as
vogais podem ser:
- anteriores: é, é, i
- médias ou centrais: á. a
- posteriores ou velares: Ó, Ó, u

1MATEUS. M. Helena MIra; XAVIER. M. Frar.t~ DIOOt'lÓnO de Termos J.Jnguist¡cos As:s. Port. de l..mguiocaliflSt de
!.J,¡guíwco rt'Ónco e Compu!DOCtJ(Jl. Lx. Ed Cosmos. Il0l. l. ! 990: \tlJ. n: J 991
,"""'"
1Com + $OolI1te (que S03 com a vog.1I).

8
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- abertas: á (pó): é (fé): 6 (pó)
- médias: a (madeira): e (mªs, dedo): ó (av6, lodo)
~ fechadas: i (no): u (cua)

As vogais fecham -se a partir de a no sentido de u (labia!) e de i (palatal):

é ó 6 u
• •
(aberto)

o a é a vogaJ que se pronuncia com maior abertura bucal: i e u sao as vogais


que se pronunciam com menor abertura.

--
Esquema, para mais fácil identifica~ao, das vogais (articula~ao - timbre):

~, ,u_nm..... 1 H ......
I F........

Anteriores ou palatais é i! ;
-
Médias 01.1 centralS á a
-
Posteriores ou vejares Ó Ó u
L- -

Sao tónicas as vogais que fazem parte da silaba tónica:


~ domin6, vite la

Sao átonas as vogais que nao sao tónicas:


- dominó, vitela

o i e o u consideram-se semivogais, quando a sua pronúncia se aproxima das


consoantes, como nas paJavras:
- pai. ou

Ditongos - sua classifica~¡o

o ditongo é a reuniao de duas VOgalS ou de vegal mais semivogaJ, cuja pronúncia


resulta num só somo Nas mesmas circunstancias assinaladas para as vogais, os
dltongos podem ser orais ou nasais.

Os ditongos orais sao:


- aj, au : pai, pau
- ae: só em Caetano
- ao: só em ao
9
- ei, éi: e,rado, (améis
- eu, éu: deu, Ilhéu
- iu, ui: mediu, uivor
- oi, 6i: gONO, lenl;óis
- ou: passou, ondou

o ditongo oi atterna com o ditongo ou em algumas paJavras:


tauro I toiro
curo I Olro

Os ditongos nasais (como nas vogais, sao nasalados pelo til (-) e pelo m ou n)
sao:
- ae:moe
- 30,am: moo, SÓWO, deviom, puserom
- em, en: bem, bens, cem, enquonlo
- oe: pOe, CamOes, OrrH;Oes
- ui:mwto

Como as vogais, os ditongos podem ser abertos e fechados:


abertos: mau, dó;
fechados: seu, (oi

Consoantes - sua cl assific a~áo

1. Quanto ao modo de ao pronunciarmos as consoantes, ao con-


articula~o:

trário do que se verifica com as vogais, há sempre um obstáculo que ¡nter-


rompe, total ou parcialmente, a corrente do ar expirado.
Assim, podem ser:

o) Consoantes oclusivas - sao aquelas em que se dá uma interrup<;ao total


(odusao) da passagem do ar:
p, b, t, d, e, etc.: cof:1a, bota

b) Consoantes constritivas - sao aquelas em que se dá urna jnterru~o par-


dal (constri<;ao ou aperto) da passagem do ar:
f, v, s, t;, j, etc.: (ova, la~o, salsa
As conscantes constritivas subdivide m-se em:
fricativas: f «(omoso), j (juventude), s (cansado), x (mexer), z (cosaco)
~: I (/odo). lh (ro/ha)
vibrantes: rr (carro), r (roto)
10
2, Quanto a vibrat;ao das cordas vocais:
a) Consoantes sonoras - se a articula~ao das eonsoantes se produz eom
vibrar;ao das eordas vocais:
b, d, g gago, bodega
j, 1. v: jaearé, lago, vida

b) Consoantes surdas - se a artieula¡;ao das consoantes se produz sem vibra-


<;ao das cordas voeais:
p, t, e: pato, caco, potoco

3. Quanto ao ponto de articulat;ao: segundo os órgaos de articula<;ao, que


entram na sua forma<;ao, as consoantes podem classificar-se em:

a) labiais ou bilabiais - as que se produzem com intervent;ao dos lábios:


p, b, m: pólpebra, mamar

b) labiodentais - aquelas em cuja pronúncia entram os dentes incisivos supe-


riores e lábio inferior:
f, v: (ova

c) alveolares - sao articuladas com a língua e alvéolos dos dentes superiores:


t, d, n, s, t;, e, r, z: tarde, arma

d) palatais - sao as que se produzem eom a intervent;ao da abóbada palatina


e a língua:
eh, x, j, Ih, nh , g (:::::: j): Ju/ho, unha, génio

e) velares - sao articuladas com a parte posterior da língua e com o véu


palatino:
e, g, q: gato, qua/, cao

4, Quanto a passagem do ar através da boca, ou da boca e das fossas nasais,


ternos:

a) Consoantes orais - o ar passa apenas pela cavidade bueal:


b, p, f, t: botina

b) Consoantes nasais - o ar passa pela boca e pelas fossas nasais:


m, n, nh: moo, nao, unha

11
Quadro geral das consoantes

Modo ........._ 0cknIvu Constrftf.Iu


Vibfa<;ao das cordas VocalS Se"'" Sonoc;" Surdas So""",
Quanto ;l. ac~ao da boca e
Orals Orais Nasals Orals Orals
fosw nasais
ai~biais b m
-
P
B o labtodentais f v
8.~
o ' AlVeolares t d n .(~. <. ,n 1, %. s("), r O
;~
Palatais eh, s~).
!~
nh lt j, ge'). Ih
-
Velares ce), q g(')

n - Em paJavras como: quemo contar.


e) - Em palavras como: regato.
(~ - Em palavras como: osso.
(') - Em palavras como: anca. cela.
~) - Em palavras como: I{¡{os.
(') - Em palavras como: cosa.
(~ - Em palavras como: caro. miro.
r) - Em paJavras como: gesto. giro.

12
o
,
f/)

. . :
Ortografia e Pontuac;:ao

Estrutura fonográfica das palavras

Le tras e sílabas

As vogais e consoantes representam-se graficamente por letras.


A palavra traba/ho compOe-se de oito letras (t. r; a, b, a, 1, h, o) e de tres silabas
(va - be -Ino).
Ao som pronunciado numa só emissao de voz e formado por voga!. por
ditongo ou por voga] ou ditongo em combina¡;ao (om uma ou mais consoantes,
dá-se o name de silaba (tra-ba-Iho).
As palavras que tem uma só SI13ba chamam-se monossllabos: rei, poi, f'TlOe, lel. etc.
As que tem duas silabas chamam-se dissílabos: i-/ha, ru-a, dOlJ-lOr. etc.
As palavras que tem mais de duas silabas chamam-se polissílabos: es-tu-do,
ar-qur-pé-Ia-go. u-ni-ver-si-do-de, etc.

Ace nto tónico

Nas palavras dissilábicas e polissilábicas há uma snaba que se pronuncia com


mais fo~a ou intensidade de vor.
médico, lindo, café
Esta maior intensidade com que é proferida uma silaba chama-se acentO tónico
e a silaba em que ele recaJ denomina-se sílaba tónica.
Quanto a acentua¡;ao as palavras podem ser:
agudas - sao as que tem o acento tónico na úttima snaba:
moré, funil, ca fé, amar
graves - sao as que tém o acento tónico na penúltima snaba:
mapa. fácil, outro
esdruxulas - sao as que tém o acento tónico na antepenúltima Sl1aba:
fábnca, médico, Pérsia

Síla bas á tonas

sao átonas as silabas sobre as quais nao recai o acento tónico:


casa. ca- é a snaba tónica e osa é a silaba átona
14
Enclíticas
Sao palavras que nao tem acento tónico; na pronúncia, estao subordinadas ao
acento da pa!avra a que se Jigam:
a mesa
que lindo!
diz-me
dávamo-Io

As enclíticas dividem-se em proclíticas e opoc1íricos

Proclíticas

Sao palavras que. na pronúncia, se subordinam ao acento tónico da palavra


seguinte:
esse homem
o amor 00 traba/ho
Sao proclíticas. por exemplo, o artigo, as preposi~6es e as conjun~6es monossi-
lábicas.

Apoclíticas

Sao as palavras que se subordinarn ao acento tónico da palavra anterior:


disseram-me
Sao palavras apoclíticas. normalmente, os pronomes pessoais.

o alfabeto

Vimos que as palavras sao formadas por fonemas e que os fonemas sao repre-
sentados por letras ou grafemas. Ao conjunto de todas as letras dá-se o nome
de alfabeto.
O alfabeto portugues é constituIdo por 23 letras (vogais + consoantes):

Maiúsculas Minúsculas Designa~ao

A a á
B b be
e c ce
D d de
E e é

15
F f efe
G g ge
H h agá
I i ,
J j jota
L I ele
M m eme
N n ene
O o Ó
p p pe
Q q qué
R r erre
S s esse
T t te
u u u
V v ve
x x X"
Z z ze

As letras K W, y nao pertencem ao alfabeto portugués mas usam-se em nomes


estrangeiros e seus derivados, símbolos e siglas:
Kant, kantiano: Byron, byroniano
KLM e TWA (companhias de avia¡;:ao), W (Oeste)
Km (quilómetro), Kg (quilograma)

Ortografia

A ortografia é a escrita correcta das palavras e da I(ngua, no seu estado actual.


Em Portugues. ao mesmo som ou fonemas correspondem várias letras; e a
mesma letra sons diferentes:

- o mesmo som representado por várias letras:


solo. massa, mo(:o (as letras s, ss e ~ representam o mesmo
som)
- a mesma letra a representar vários sons:
dedo, queda, vale (o e representa tres sons diferentes)
toda, homem, tudo (o o representa tres 5ans diferentes)
cosa, sala, todos (o s representa tres sons diferentes)
16
Emprego da maiuscula inicial

Usa·se maiúscula no ¡n(cio da palavra, nos seguintes casos:


1. nomes de pessoas:
O. SebaStlQo, CamOes, E~a. Ana. José

2. cognomes:
O. Omis, o Lavrodor
O. SebostJao, o OeseJado
3. nomes de continentes. pa(ses, províncias. cidades, vilas. lugares, serTas. rios e
plan(c,es:
El.Jropa, Portugal. Estremaduro. üsboa. Marra, Montargll, Serra da
Estrela, TeJo

4. nomes de pavos. ral;a5 ou tribos, grupos regionais. desde que usados como
substantivos:
os Portugueses, os Mlnhoros. os índJos
Mas escrevem-se com minúscula. sempre que usados como adjectlVos:
O homem transmontano é diferente do homem CJ/enrejano.
5. nomes de ruas, avenidas. pra<;as e lugares públicos:
Estrada da Luz. Av. da überdade. Pral;a de Espanha, RoSSJo
6. no ,n(cio de periodo:
"Apearam-se hOJe no Terrelro do Pcx;o e sobem a Roa do Ouro.
Como sempre. e/e voj distraído a o/har tudo, o mundo que o
seduz. agitado e rumoroso."
José Rodngves. Miguéis. A EscOO do Paraíso. Ed Estampa
7. na primelra palavra de cada verso:
Em naire chuvosa e (rja,
Sem hover estrelas nem /ua.
Encontrei na mima rua
Alguém que esperova o dio.
E eu, que nao o conheda,
Passei mUlto distraído,
Sem ver que aqueJe Individuo
Tmha aspecto de mendigo;
E que era, assim sem abogo,
Um pobre ve/ha perdido.

'",,,,, 17
8. nomes de entidades, lugares e festividades religiosas:
Deus, Céu, Natal, Santo Anr6nio

9. nomes mitológicos e astronómicos:


Vénus, Lua, Marte, Cupido, Ursa Menor

10. nomes das esta~Oesdo ano e dos meses:


Primavero, VerOo, Mo~o, Novembro
Os dias da semana. no entanto, escrevem--se com mInúscula: dommgo, sábado ...

11 . tftulos de magistrados e dlgnatários da Igreja:


Presidente da República, Papa, Cardeal Patriarca

12, express6es de tratamento:


Ex."'" Senhor. Sua Santidade

13. formas pronominais que se referem a entidades sagradas ou a personalida-


des de alta dignidade:
Nós devemos amó-LO (a Deus), MeSSlQs
14. nomes que designam institul~5es religiosas e políticas:
Igreja, Eslado. Pátria, justk;a

15. nomes das sedes das altas magistraturas, dos estabelecimentos de ensino, das
repartit;5es públicas:
Museu de Arte Antigo, Escolo Secundário do Resr.e/o, Repa~Oo
de F,no~as

16. nomes de disciplinas escolares:


Portugués. Matemática

17. nomes de idades. épocas e periodos históricos, de restas civis, de factos histó-
ricos importantes:
Idade do Pedro, Renosdmento, Quesroo Coimbro

18. titulos de livros: os titulos, para maior clareza. devem escrever-se em itálico,
entre aspas ou subllnhados:
O s Lus(adas. Os Maias

19. siglas. cujas letras se escrevem todas com maiúscula:


TAp, ONU, MARCON'

20. nomes dos pontos cardeais e colaterais:


Norte, Su/, Este, Oeste. Nordeste

18
Rela¡;ao fonética, semántica e gráfica entre palavras

1. Rela¡;ao semantica entre as palavras:


1.1. Palavras sin6nimas - sao palavras que tém aproximadamente o mesmo
significado e podem substituir-se na mesma frase sem contudo Ihe alterar
o sentido:
oJoao é inteligentelesperto/perspicaz.
, .2. Palavras antónimas - sao palavras que tém sentido contrário:
OJoaoé~ 0Joaoé~
Eu&acama. EuULacama.

2. Rela¡;ao fonética e gráfica entre as palavras:


2.1. Homonímia - palavras hom6nimas sao as que tem grafia e pronúncia
iguais. mas que divergem no seu significado:
cabo (de enxada) cabo (posta militar)
canto (do verbo cantar) canto (de urna casa)
como (do verbo comer) como (conjun¡;:ao)
nora (esposa de um filho) noru (aparelho para tirar água)
{lo (do verbo fiar) ro
(de linhas)
sao (do verbo ser) sao (saudáveJ)
2.2. Homofonia - palavras hom6fonas sao as que tem a mesma pronúnóa
mas grafia e significado diferentes:
acento (sinal ortográfico) assento (lugar para nos sentarmos)
acerto (ac¡;:ao de acertar) asserto (afirma<;iio)
apre<;ar (marcar pre¡;:o) apressar (andar mais depressa)
órea (superlície) ória (composi¡;:ao musical)
cegar (perder a vista) segar (ceifar)
cela (quarto) sela (assento para cavalo)
censo (recenseamento) senso Guízo. prudencia)
conce/ho (circunscri¡;:ao conse/ho (parecer)
administrativa)
concertar (combinar) consertar (reparar; arranjar)
estofar (pór estofos) estufar (assar came no fomo)
era (época) hera (planta)
nós (pronome pessoal) noz (fruto da nogueira)
poo;o (palácio) passo (distancia entre os dais pés na
marcha)
19
soar (produzir som) suar (transpirar)
vés (forma do verbo ver) vez (ocasiao)
vós (pronome pessoal) voz (som do falar humano)
a~o (liga de metal) asso (forma do verbo assar)
bucho (estomago dos animais) buxo (planta)
2.3. Homografia - palavras hom6grafas sao as que tém idéntica grafia mas
pronúncia e significado diferentes:
c6pia (reprodu~ao gráfica) copia (do verbo copiar)
doméstica (que trabaJha em casa) domesUca (do verbo domesticar)
este (pronome) Este (ponto cardeaJ)
governo (administra¡;ao) govemo (do verbo govemar)
hábito (vestuário) habito (do verbo habitar)
número (quantidade) numero (do verbo numerar)
pode (3.' pessoa do P",sente do p6de (3.' pessoa do Pretérito
Indicativo) Perfeito)
pregar (espetar pregos) pregar (declamar)
récita (acto de recitar) recita (do verbo recitar)
séria (adjectivo) seria (do verbo ser)
Sé (catedral) se (conjun¡;ao condicional)
VÓ(ldo (adjectlvo) valido (do verbo validar)
sede (secura) sede (local do funcionamen to de
um govemo, administra¡;ao ou esta-
belecimento)
molho (o = tempero) molho (6 = feixe)
Nota:A acentua¡;ao gráfica nao é considerada, ou seja, pOr (verbo) e por
(preposi¡;ao) sao palavras homógrafas.
2.4. Paronrmia - palavras parónimas sao as que tém grafia e pronúncia seme-
Ihantes. mas significado d iferente:
arro/har (por a rolha) arrulhar (cantar do pombo)
compnmento (dimensao) rumpr!menw (ae¡;.3.o de cumprimentar)
consolar (confortar) consular (relativo ao consul)
descrir;oo (ac¡;ao de descrever) discnr;oo (discemimento)
elegível (que pode ser eleito) i1egível (impossível de ler)
emigrante (que sai do seu País) imigrante (que entra no seu País)
erer (acreditar) querer (ter vontade)
mugir (bramir) mungir (ordenhar)
rebelar (revoltar) revelar (dar a conhecer)
mural (relativo a muro) moral (relativo aos costumes)
eminente (elevado, alto) iminente (prestes a acontecer)
20
Sinais ortográficos e de pontua(:ao

Em Portugués existem os seguintes slnais ortográficos:

Acentos gráficos:

1. acento agudo (') - marta a silaba tónica aberta (á. é. 6) e o i e o u tónicOS.


nos casos em que for necessário o acento gráfico:
(érias, avó, ca(é

2. acento grave ( ' ) - usa·se apenas em certas contrac(:oes de preposic;:Oes:


aquele (a + aquele), a(a + a), aqui/o (a + aquilo)

3. acento circunflexo (") - marta a Silaba tónica média (5.. É!:, o) , quando for
necessário o acento gráfico. e aplica·se também em certas formas verbals:
p6r; incéndio, trés, léem. tém

Auxiliare s d e escrita ou sinais gráficos:

1, til (- ):
moo. (eydo. IrmOO
Usa-se e til:
a) nas termina~Oes (tónicas ou átonas) 30. 30S, a. as, quer nas palavras primitivas.
quer nas derivadas:
co~ao anoo (palavras primitivas)
co~oozinho anoozmho (paJavras derivadas)
b) nas ternmac;:5es tónicas ae. aes. oe, oes:
moe poes poe propees

2. hífen ou tra(:o de uniae (-):


a) usa-se para ligar palavras cempastas:
amor.perfeite
aute·estrada
b) ou pronomes:
drzem-nos
c) também se usa na translineac;:ao (divisao da palavra no fim da linha):
por·/wgués; pedi-/do
d) usa-se para ligar as formas monossilábicas do verbo haver a preposit;aO de:
hei-de. hás-de. há-de, hao-de

21
3) .p6strofo ('):
o) usa-se (om as preposir;5es de . em, antes de substantivos de obras come-
¡;adas pelas formas de artigo definido ola/astas:
d'Os Lusíados

b) em determinados substantivos préprios:


Nun'Á/vares

e) para reproduzir a linguagem popular ou coloquial:


Tá lá' (Está Ió')

4) ,.d;lh. (,):

A cedilha é o sinaJ gráfico que se poe sob o e (c;:), antes de a, 0, ou u, para


dar o som equivalente ao 5:

corar;ao. 30;ao, direo:;ao, a¡;o. terra¡;o

Sinais de pontuac;:ao:

, . ponto (.) - corresponde a uma pausa grande e é utilizado no final da frase e


em abreviaturas:
O Sr. Dr. está (ora.

2. vfrgula (,) - assinala urna pequena pausa, permitindo separar elementos ou


ora¡;6es dentro da frase:
AAno, a Teresa e o joiio jó forom paro a escola.
a) Os elementos principais de urna orat;ao (sujeito. predicado. neme predica-
tivo do sujeito, complemento directo, nome predicativo do complemento
directo) nao podem ser separados por vírgula, quando se encontrarem
seguidos:
EJe correu o oJudó·/o.
b) O aposto e o vocativo sao sempre separados por vírgulas:
6 Ano, queres vir connosco?
c) Separam·se por vírgula todos os elementos de uma ora<;ao com idéntica
natureza e valor funcional, nao ligados por conjunr;ao:
Os chopéus, as sajas, os vestidos vendem-se nos lojas.
d) Se algum dos elementos secundários da frase (complementos circunstan·
ciais, por exemp!o) preceder os principais, ou estJver colocado entre eles,
separa·se por vírgula:
Ajoono, do quorto, ouvio toda o conversa.
22
e) Separam·se por vírgulas as partículas ou expressoes intercaladas na ora·
~ao, tais como: porém, todavia, contudo, lago, pois, ora, por exemplo, por·

tanto, além disso, enfim, com efeito, na minha opiniao, a meu ver. ..
A nossa fommo, porém, nunca se lembro de n6s.
OA ora~ao relativa explicativa também se separa por vírgulas:
A )oono. que parece antipático, ofinol é umo simpatio.

g) As ora~oes coordenadas nao ligadas por conjunc;ao (e, nem, ou) separam·
·se por vírgula:
Cheguei, vi e veno.
h) Separam·se com vírgulas as proposí~oes intercaladas (explicativas):
Poror; diz o pavo, é morrer.
i) Também se separam com vírgula as orac;:oes subordinadas que precedem
a subordínante:
Se se refere 00 meu vestido, eu gasto!

j) O gerundio (complemento ou ora<;ao) separa-se por vírgula:


Os o/unos. senda inteligentes, reprovom.

1) Separam·se por vírgula as proposic;:oes adverbiais, tais como:


Causaís - Mas o culpo é wo, porque eu te preveni.
Temporais - Nao me encontrarás, quondo vo/tares.

3. ponto e virgula (;) - assinala uma pausa mais farte da que a vírgula:
Eu e o }ooo (amos a pro,o; o lsobel {lcou em coso.

4. dois pontos (:) - assínalam o discurso directo ou introduzem uma enumera·


~ao ou explicac;:ao:

O Joao disse: Finalmente cheguei o coso!


Joono tomo noto do que é preciso comprar: batatas, ceb%s e
fruto.

5. reticéncias (... ) - assinalam que a frase está incompleta. podendo traduzir


hesita<;ao. ironía, surpresa. etc.:
Nunca 16 (ui... gostovo de ¡r. .. poro saber como é.
Se é isso que tu desejos ...

6) travessáo (- ) - utiliza·se para iniciar falas de personagens no discurso directo


ou para separar palavras ou expressOes intercaladas:
- Tenho de ir 00 co(é - disse o (¡/ho 00 poi.
23
7. parenteses () [] - isolam frases ou palavras intercaladas:
Estava sempre lá (na discoteca) depois do jantar.
o) Emprega-se para melhor esclarecimento de um assunto, como urna expli-
ca~ao:

''O circo chegou pelo tarde. Os corros, as mulas, as cria~as e as


mu/heres acomodaram-se no borracoo do Raimundo, enquonto
trés homens (mais tarde se viu que eram belos artistas) erguiam
o tropézio no mela da pro~o."
Fernando Namora. A Ca~ da Malta

b) Fazer um comentario:
"O orboriddio ~oresce (se me permitem o expressiio), o/gures, em
mis(en'osos gabinetes,"

c) Reah;ar um pensamento:
"(E o péndulo do re/óglo de cá para lá ... de /6 para c6 .. .) "
J<xé Gomes FerT'ell'a, 1miW(30 dos [);as

8. aspas (" ") - assinalam o início e o fim de cita~6es. express6es ou palavras


(por vezes estrangeirismos) a que queremos dar relevo:
''Amor é (ogo que arde sem se ver (...) ", Comoes.
A ''genético'' tem hOje um significado mUlto especial,
Os "shopping centers" es[ao hoje muito em vago.

9. ponto de interroga~ao e) - assinala uma pergunta ou indica surpresa:


Quem está 017

10. ponto de exclarna~o (!) - indica admira¡;3o. espanto, entusiasmo. surpresa, etc.:
Ah! Como me sabe bem este refresco!

Regras gerais de acentua~ao

Palavras esdrúxulas

As palavras esdn.íxulas sao todas acentuadas:

1. (om acento agudo, quando a vogal é aberta:


árabe. gótico, exército./ímpido. público
2. com acento circunflexo. quando a vaga] é média:
16mlno, péndulo. (O/ego
24
Ortografia e Pontua~io

Palavras graves

As palavras graves sao acentuadas quando a falta do acento dificulta a !eitura. A


saber:

1. as patavras terminadas em i ou u seguidas ou nao de s:


lópis, Vénus. íris.jÚri

2. as palavras em que se encontra o ditongo aberto e tónico 6i:


paronóico, estóico
Nao se acentuam as palavras em que oi nao é aberto:
boina. dezoito

3. as palavras terminadas em ditongo (oral ou nasal) e em voga! nasal. seguidos


ou nao de s:
bén~ao, ór(as, (ósseis (verbo ser), (ósseis

4. as palavras em que se encontra um ¡ ou u tónico que nao forma drtongo


com a vaga! precedente:
ruído, baía

5, as palavras de vaga! tónica aberta (acento agudo) ou média (acento circun~

flexo), para as distinguir das suas homófonas:


p6de (Pretérito) pode (Presente)
secámos (Pretérito) secamos (Presente)

Palavras agudas

Acentuam-se nos casos seguintes:

1. quando tel7lllnam nas vogais ¡ ou u seguidas ou nao de s e precedidas de


outra vaga! com a qual nao fonnam ditongo:
da( caí. país

2. quando terminam em a. e, o seguidos ou nao de s:


ov6, até

3. quando terminam em em e ens. desde que tenham duas ou m31S snabas:


a/guém, armazém. parabéns

4. quando terminam nos ditongos abertos éi, éu, 6i. seguidos ou nao de s:
chapéu, véus, heroi
25
Gra(ia das con so antes e dos grupos consonanticos

1. Nao se escrevem consoantes dobradas: exceptuam-se rr e ss, que, entre


vogais, conservam, respectivamente, o som forte e surdo:
torre, carro, massa
Nota: a) Nos compostos por aglutina¡;ao em que o primeiro elemento ter-
mina por vogal e o segundo come¡;a por r ou s, dobram-se estas
consoantes:
derrogar; prorrogar; ressoor; ressentir
b) Nunca se dobra o m nem o n:
emagrecer: inato.
Em connosco e comummente, nao há consoante dobrada, mas urna res-
sonáncia nasal e uma consoante.
2, As consoantes finais, b, e, d, g, t (ainda que sejam mudas) escrevem-se nos
nomes próprios blblicos consagrados pelo uso:
Job, Isaac, David, Gog, Josofat
e ainda:
úd, Madrid. Calecut
O n final só se escreve quando se pronuncia e nao toma nasal a vogal anterior:
glúten, Ifquen
3. Em geral nao se escrevem consoantes que nao se pronunciam. Exceptuam-se
o e e o p dos grupos ce, et;., et, pe, pt;. e pt nos seguintes casos:
o) quando, precedidos de a, e ou o, exercem influencia na pronuncia destas
vogais tomando-as abertas:
aq:oo faccioso
ad)ectivo arquitectura
activo espectador
leccionar baptismo
adoptar receptáculo
b) para harmonizar grafias com palavras afins em que a consoante se pronuncia
ou serve para abrir a vogal anterior:
Egipto e egípcio
corruptor e corrupto
carócter e caracteres
adoptar e odofX:oo
Nota: a) O grupo se conserva-se no interior das paJavras, quando se pro-
nuncia, mas cai o primeiro elemento, quando inicial:
consciénda
mas:
oéncia, cena
26
Ortognfia e Pontua~io

o u de gu e de que pronuncia-se. quando seguido de a ou o; nao


se pronuncia quando se segue e ou i:
Irngua. quase. qua/¡dade. quota;
songue. que. que/mar
b) Escrevem-se nos grupos consonanticos as consoantes que se
pronunciam:
sútxJ/lO amnistia
obrer ofin
dic~ao (¡c~ao
amígdala antmélica
designar Indemnizar
ruptura Interruptor

Emprego das vogais

Em Portugues há a tendencia para pronunciar diferentemente duas vogals ¡guals.


quando em sl1abas em contacto numa mesma paJavra:
espem!!ar (i)
esquLsiro (e)

Regras: o e pode pronunciar·se como um i:


a) no princípio da palavra:
emenda
b) no interior, precedendo um a ou o;
estreor
petróleo
cJ ¡solado na conjun~ao e:
O Joao e a Ana,

Quando há vários lS numa paJavra. os átonos tem tendencia a confundlr·se mm


um e mudo:
dMeltdo
mil/tar

,. Escrevem·se com e as pa!avras relacionadas com substantivos tenninados em


eia e eio:
rechear recheio
areal arela
27
2. Muitos verbos terminados em ear relacionam-se com os substantivos em eia
e ejo; e muitos verbos terminados em jar, com substantivos terminados em
ja e io;
adiar (adlo). miar (mío), odiar (6dlo)
3. Escrevem-se com i os substantivos e adjectJvos a que se acrescentou o sufixo
ano ou ense, e ¡ano ou iense:
~oriano canadiano

4. Escrevem-se com i as palavras formadas a partir de outras que já tém i no


radical:
arar (de fio)

Casos particulare s de algumas consoantes

ti
o h é uma letra mas nao representa actualmente qualquer somo excepto nos
grupos ch, Ih e nh:
charo, olha. manho

1. O h usa-se no ,nício das palavras quando a etimologia ou a tradíc;ao o justificam:


Heleno hób¡to humor
horóscopo hálito horo

2. Usa-se no com~o ou no fim de certas ínte~elc;5es:


hem? oh! oh.'

3. Nos grupos consonánticos ch, lh. nh:


chove mulher unho

4. No meio das palavras derivadas por prefixac;ao, quando o segundo elemento,


comec;ado por h, se separa por hífen do primeiro:
super-homem ma/-humorodo

No entanto, cai o h no segundo elemento, quando nao há hiTen:


deseroor desumono

O g e o j só tém som igual antes de e e i:


esrronge¡ro jibóio

1. Escrevem-se com g os sufixos agem e ugem:


personogem (errugem
28
, . ~

Ortografia e Pontua~io

2. Quando há substantivo e forma verbal, o substantivo escreve-se (om g e a


forma verbal com j:
viagem (substantivo) vlojem (do verbo viajar)
3. Nas formas verbais dos verbos (om g, elas passam a j antes de a ou 0, para
se manter o mesmo 50m:
rugir: roges. rugimos
fUjo. rujamos

s. e e SS (om valor de S
1. No início das palavras, usa-se:
• s ~antesde a,o ou u:
saúde, sumo
• s ou e antes de e ou i:
Sé smtaxe acertar
2. No mela das palavras, escreve-se:
• e antes de e ou i:
coincidir deddir
• ~ antes de a, o ou u:
cQn~aO pret;O

• s só depois de cansoante:
consao;o
• ss sé entre vogais:
assatto uníssono

s ou Zcom Q som deZ


1. O som z no início das palavras só pode ser representado por z:
zoológico zebra

2, O som z no meia das palavras pode representar-se por z, por s e, como


vamos ver mais adiante, por x (poucas vezes):
(rase tese análise

3. h palavras derivadas com os sufixos:


- isa: poetisa
- esa: portuguesa
- ense: lisbonense
- oso (osa): amoroso
29
Escrevem-se com s

, . A farnl1ia de verbos terminados em der:


defender - defesa
2. O feminino dos gentllicos:
francés - (rancesa portugués - portuguesa
3. O feminino de algumas dignidades:
c6nsu/ - consulesa bardo - baronesa
4. Os feminlnos que contem os 5ufixos esa e isa:
duquesa, pnncesa, poetisa
S. Os sufixos dos adjectivos derivados em oso, osa:
amoroso. chuvoso. (ormoSQ, orgu/hosa
6. As palavras que já no latim ou no grego se escreVlam com s:
acusar; abusar; aná/ise, ana/¡sar. (rase, avisar; síntese

Escrevem-se com z

1. Os substantivoS formados a partir dos adJectfVOs a que se juntaram os sufixos


ez ou eza:
certo - certeza
ácIdo - acidez
2. As palavras (om os sufixos aumentativos ou diminutivos zinho. zinha. zito,
zjta, zan'3o, ázio:
ca(ezinho. maezinha, avidoZllO, aveztta, canzarrOo, copázio
Obs.: Escreve-se IIssnho. caSIta - porque já extstia a s na palavra primitiva.
3. Os verbos (am a sufixa izar:
civilizar; (ero/izar; modemizar, actualizar, Idealizar; divinizar; utilizar,
suavizar, Simbolizar
4. A maiaría das palavras (om si1aba final aguda em az. ez. iZo oz. uz:
rapaz, eficaz, xadrez. perdiz, (eliz. veloz, arcabuz
S. As palavras de origem Italiana ou árabe com som z: °
aZe¡le, azenna, azul, bozar; bizantInO. gazeta

RR e SS

Estas consoantes duplas usam-se:


1. Entre vogais:
carro arroz pessoa
30
2. Nas palavras derivadas e compostas por aglutinat;ao, em que o primeiro ele-
mento termina em vegal e o segundo corne¡;a por r ou s:
prorrogar (pro + rogar)
corresponder (co + responder)
girosso/ (gira + sol)
ressentir (re + sentir)
CheX
o emprego de ch ou x depende da etimologia:
chove, chumbo, xodrez, xoi/e, xorope, coixQ, xicora. cM (planta) e
xó (rei), cheque (bilhete do banco) e xeque (regedor), bucho
(est6mago) e buxo (planta)

Escreve-se geralmente com x:


1. Depois de ditongo:
coixo, paixoo, eixo, rouxinol
2. Depois de en, quando nao seja prefixo:
enxado,enxame,enxofre
) , Depois da silaba me:
mexer; mexerico, mexilhao
Mas: mecha.
o x pode ter cinco valores fonéticos diferentes:
1, valor de eh: xadrez, xarope, xisto, ca/XQ, enxame, mexer; peixe
2. valor de ss: aproximar, auxl1io, móximo, próximo
3. valor de z, no prefixo exo, ou ex seguido de vogal:
exorne, exerc1do, exibi,;oo, exiguo, exonerar, exultar
4. valor de CS, no interior e no final de certas palavras:
anexo, axila, complexo, (¡xo, óxido, sI1e.x, tórax
5. valor de s, no final de silaba:
cá/lx, Félix, fénix

Divisao silabica - translinea~ao

A parti¡;ao das palavras de urna ¡inha para outra (trans¡¡nea~ao) faz-se de acordo
(om a divisaD silábica da palavra e nao pela separa¡;ao dos e lementos que
comp5em a palavra:
es-ror bi-sa-v6 (bis + avo)
31
Contudo, também há certas regras:

1. Consoante inicial - a consoante inicial nunca se separa quando forma silaba.


mesmo havendo de seguida outra consoante:
gro-mo psí-qU/-co
Mas: no interior da palavra, a primeira de duas consoantes seguidas conserva-
-se geralmente na silaba anterior:
o-dop-tor ad-mi-nis-tror

2. Grupos indivisíveis - nao se dividem os grupos consonanticos em que a


primeira consoante é e. t. p, g, d. b (as OclUSIVas). f,ou v (fri eativas). seguidas
de l ou r:
pro-cJa-mor a-trac-i=Go de-cre-to
Mas: nas palavras com prefixo terminado em b:
sub-lo-cor

3. Grupos eh, Ih e nh - nao se separam as consoantes pois representam um


único som:
ca-cho fo-Ihor

4. Consoantes iguais - os grupos ce. c~. mm, nn. rr e ss separam-se sempre:


con-nos-co pos-so

5. Grupo se - este grupo parte-se, ficando a s numa silaba e a e na seguinte:


nos-c;-men-to

6. O ! e o ~ prefixo:

6.1 . O s e o x dos preiixas bis. cis. des. dis. tras, transotres, tris. e o nx do pre--
flxo ex nao se separam quanda a silaba seguinte com~a por consoante:
ex-troir bJs-ne-to

6.2. Se principia por vagal separam-se. pais passam a formar sl1aba com essa
vogal:
b!-sa-vó

7. Ditongos nunca se separam:


COJ-XO

Mas: as vogais que nao formam ditongo e os ditongas consecutivos podem


separar-se:
co-operar;oo so·ído
32
8. Os grupos gu e qu nunca se separam da vogal ou ditongo que vem a seguir.
quer se pronunCie ou nao o u:
quais-quer mel-gU/-ce
9. Compostos ou derivados com hrfen: se o tra<;:o de unlao que separa as pala-
vras (ompostas coincide com o fim da I¡nha, repete-se no princípio da linha
segulnte:
couve-I-por

(A barra (1) marca a passagem de uma linha para a seguinte).

33
, '

l' '

DeriYa~ao

A derivaljao é o processo que permite formar novas palavras a partir de urna


palavra já existente na língua. mediante o acrescentamento de um afixo ao radical
da palavra primitiva (palavras que nao sao rannadas a partir de nenhuma outra).
Por atixo entendemos todo o segmento fónico (om significal):ao propria que
entra na constitui~ao de um vocábulo. De acordo (om a sua coloca~ao. em rela-
~ao a unidade significativa que vulgarmente se designa por raiz, o afixo pode ser:
- prefixo: anteposto ao radical: des + (ozer = desfozer
- sufixo: paspasto ao radical: casa + inha = casinha
As palavras assim formadas adquirem novas significados, ou seja. os preflxos e
os sufixos conferem sentidos diferentes as palavras.
É de salientar o seguinte:
- o preflxo in toma a forma i antes de I ou m:
in + legal = ílegal
in + moral = ¡moro!
Mas: in + feliz = infeliz
O prefixo in indica urnas vezes negat¡:3o (infeliz = nao feliz) e outras movimento
para dentro (ingerir = engolir).
A paJavra pode conter. ao mesmo tempo, prefixos e sufixos:
desaguar (des + ógua + ar)
t t
prefixo sufixo

Ás vezes entre a palavra primitiva e o suflxo desenvolve-se urna vogal ou urna


consoante de ligat;3o, para facilitar a pronúncia ou tomá-Ia mais agradável e suave
ao ouvido:
carezmho (café + z + inho)
carete¡ro (café + t + elra)
Derivat¡:3o por prefixat¡:3o

Preflixos de oripm latina


Prefixo Sentido Exemplos
'--- - -
a-, abo, abs- arastamento. ~o. privaylo a~o, abdicar, ablaylO, abster-se
aproximat;:ao. movimento para,
a-, ad- acorrer, a'ilzmhar. adjunto, advogado
JU~¡¡o, dir&~o

postenoridade (no espat;:o e no além-wmulo. aJém-mar.


alem_
tempo) além-fronteiras
antenoridade (no espat;:o e no
ante- antecipar, antepassado, antebrat;:o
tempo)
-
36
aquém- anterioridade (no espa~o) aquém-frontellll.s. aquém-mar
r.-bem-aventurado.-bendito.
bem-, ben-, bene- ¡dela de bem. a favor de
benevoléncia
- -
circumpolar. circum-navegat;3o.
circum-, circun- Il'lOVimento circular. ¡\ valta de
c l rcunvala~ao

cis- antenoridade (no espa~o) Clsalplno. CisjOIuanla


compadecer. confraternizar.
como, cono, co- companhia. uniao. simu!t:ane1dade
colaborat;3o. co-autor
oposi~o contracurva, contrafosso.
contra-
prQ)omldade contra-almirante. contramestre
~o de tirar, separar;ao. depenar. decompor. desbastar. desfolhar.
ideia contrária, nega~ao. demitir. depar, desleal.
deo, des-
Il'lOVimento de cima para baixo. decalr. decOlTer, descalr.
InteMidade delamber-se, ~gastar. desinquleto
dispersa.o. movimento em vános difundir. dimanar, dispersao. distribuir.
dí-, dls- sentidos.
ideia contrária, negat;3o difamar. dlñcil. disfonne. discordar
~garrafur. en&'id~-
-
Il'lOVimento para dentro. embarcar. em.;!ar.
en-, em-, e-
passagem a um estado cero emudecer. engrossar
entre- posi~o intermédla entreabrir, entreacto, entre!a~
---
ac~o de tirar, supressao, esfolar, esgalhar, esfolhar,
ex-, eso, e- movimento de dentro para fora, expandir. expulsar, espalmar, emigrante.
estado ou proflssao passados ex-professor, ex-ministro

extra-
exterioridade, além de, ~muros. extranormal.
inten~dade extravagante
- - --
r;"', ;m" ;,
idela contrána. negat;3o,
moVlmento para dentro
InJustio;a. impáVido. ilegftimo.
ingenr. impedir. imigrar
-
Inter- posi~ao intermedia Interpor, intervir, IntervertebraJ

¡ntra-, ¡ntro-
~erioridade, movlmento para
Intramuros. Intramuscular, mtrometer
dentro
-
justa- apro)(Jma~ao ~stapor, Justaposit;ao
mal- Ideia de mal malcnado, maldlzer. malfeltor
menos- I ac~ao inVersa, infenondade menosprezar
.

", ¡deia contrária. nega~¡¡o nefasto, néscio


ob-, o- opos~¡¡o. Inversao ob¡ectar, obstar, opor
aproxima¡;ao, semelhano;a. ¡deia
- ¡--
pene-, pen- peneplanfoe. penfnsula. penúltimo
de quase
-
movimento através de percOlTer, perfurar,
per- acabamento. perfazer, perorat;lío,
Intensidade. ~perlatNa~O perfeltO. persegUir
-
~ao posterior (no espa~o ou
pos- posfáclo. pospor. postergar
-no tempo)
___.
~ao posterior (no espa~o 00 pós-escolar. pós-escnto.
pós-
no tempo) pós-romántlco

37
anterioridade (no espa~o ou no
previsao. precedente. premeditar.
pre- tempo).
preclaro. predominar
Intensidade
pré-aviso. pré-Iusitano. pré-
pré- anterioridade, para além de
-romSntico
anterioridade. para além d,_
preter- preterir. preténto
excesso
pl'Ó-associao;ao. pró-arte. pl'Ó-ger-
pró- a faverde
rmnico
repeu0;3o. reoascimento. reeleger.
ce· mOVlmento em sentido cootrário, reembolsar. remetente. remlgrar.

retro-

satis-
mtensidade. superlauvao;ao

movimento pillO trás

bastante
_do
remexer. requeln'\ado. revelho
retroceso. retroactJvo.

Sirtisfar;ao
- --,- -
sobrecasaca. sobrenatural. sobre-
posttao supenor, por Cima. excesso.
sobre-, super-, supra- carga. superacldez. supersónico.
excelencia.
supradito. !>Upra-sensível
sota-, soto- poslo;ao Infenor sotopo!", soto-mestre. sotavento
movimento de balxo para cima. subchefe. subalugar. supor. $ob-
subo, su-, sob-, so-
Infenondade por. soterrar
sus- mOV1mento de bal)(O pillO cima suspender. suster
movimento para aJém de. IntenSl- transatlántico, transmitir. trans-
transo, tras-, tra-
dod, bordo. Trás-os-Montes, trafoguelro
movimento para aJém de. IntenSl- trespassar. tresmalhado. treslou-
tres-, tre- dod, cado.
repetJ~¡¡o trechelo. treJurar
--
ultramar. ultrapassar. ultramo
ultra- movimento para além de. excesso
domo
vice-, vixo-, vis- substltulo;ao. em vez de "'lCe-re!. vizo-re. visconde

Nota: Alguns destes prefixos encontram-se já nas próprias palavras latinas_

Prefixo
- ................
Sentido Exemplos
anarquia (sem govemo). analgé-
ano, a- privao;ao. negar;ao sico (que tira a dor). analfabeto.
amoral. ateu
- -
anacronismo (pillO trás. fora do
ideia de sentido contrário. repetJ-
ana- seu tempo), anáfora (repetio;ao).
.;ao. semelhano;a
analogla (relao;ao de semelhano;a)
anfibio (que vIVe na água e na
ideia de movimento Circular. de
anfi- terra). anficéfalo (que tem duas
ambos os lados
cabel;as). anfiteatro

38
anllpalla (contra a afeil;3o). antl-
anti- oposir;ao, acr;ao contrána doto (contra substlincias tóxicas).
antiaéreo
apogamia (sem casar-se: designa-
¡;ao para cenos vegetais). apogeu
apo- afastamento. priva~ao. sobre
(Ionge da terra). aponeurose
(sobre + nervo)
arquiduque (primeiro duque).
arqui-, arqueo,
supenondade. intensidade arquetipo (t ipo pnncipal). arcanJO
arci-, aree-, are-
(anJO superKY). artebtspo. arcipreste
catálogo (relar;ao ordenada).
uniao. contra , em baixo , para
cata- catadupa (queda rUidosa de
OOixo
água). cataclismo. catáwofe
diacrón ico (através do lempo).
dia- movimento através de. entre dlAmetro (através + medida).
dialecto. diagnóstico
eczema (ebulir;ao: doenr;a da
ideia de fora. mov imento para pele). eclipse (pnvar;ao da luz do
ee_, ex- , exo-
fo", Sol). exocrinio (parte externa do
cránio). exorci~o
encéfalo (den t ro da caber;a).
en-, em-, e- posir;ao interior
emplastro. eclipse

erdosmose (corrente de fora para


posir;iio interior. movlmento para
endo- dentro). endógeno (que cresce
","\ro
para dentro). endoc.arpo, endosfera

epicentro (ponto central). epi-


derme (membrana exterior que
epi- sobre. posir;ao supenor
cobre a pele). epitáfio (sobre +
+ túmulo). epl10g0
eugellla (ciénaa sobre as melho!'es
coodlr;Oes de procnar;iio humana),
eu-, ev- ideia de bem, excelb'icia
eufonia (bom som), eupepsia (boa
digestiio). evangelho (boa notrcia)
hipercn'tico (en't lco demasiado
posir;ao supenor. intensldade.
hiper- severo), hlpertensao, hipersens(-
excesso
vet hiperalgia
hipogeo (debajxo da terra: escava-
910 ou caule subterrineo), hipos-
hipo- posir;ao inferior. escassez
cénlo (lugar abalxo do palco),
hipotensao, rupótese
metaffsica (ciéncia que val para
meta- para além de, mudan¡;a além da física). metamorfoseo
metacarpo, metátese
paraplegia (paralisia incompleta).
paranóico (atacado de loucura
para- apro)(lma~O, tendencia contra
incompleta), paradoxo (contra +
oplnliio)

39
pericárdio (membrana em votta
peri- em volta de
do cora~ao), perimetro, penTrase
prognóstko (conheClmento ante-
cipado), propedéutico (prepara-
pro- antenondade
tório para estudos futuros), pro-
grama (escnto antes)
Sincrónico (que se realiza ao
mesmo tempo), sinergia (esfO!1;o
sin-, s im-, si- jun(lo, uniao, simu~ldade
simultaneo de órgaos), slmpatia
(comunhao de sentimentos)

Deriva~¡¡o por s ufi xa~ao

Os sufixos podem ser:

- nominais - servem para formar substantivos ou adjectivos:


corredor. rapazo/a, camarim - substant ivos
rapidez, campal, pre(erive/ - adjectivos

- verbais - servem para formar verbos:


onOltecer. namonscar; (alsear

Existe um sufixo adverbial. -mente, que serve para formar advérbios de modo:
olegremente, capazmente, optimamente

Suflxos de oripm laUna - suflxos nomlna"i


Se nt ido Sufixos Exemplos

-a~o anda<;o, cansa~o


_"" bengalada. colherada
lavagem, derrapagem, aprendlzagem
-(a)gem
-an~a. -en~a mudanta, lembran<;a. cren<;a, diferen~a
ao;:lo, resul- tolerancia. concorreooa
-aneia. ~nda
tado da ac~ao,
arranhao, trambolhao
.......
instrume nto, -'o
-<,o
-de"
eria~ao.fundi¡;lo
pisadela varredela

L
-(d)ura mordedura, ligadura
-mento ferimento, pern.amento
-(t)ura formatura, magistratura

40
~~"-(')',,.-(ó),".-(')'"
esenturáno, blbliotecário. anuquáno
estudante, servente, pedlnte, transeunte

I~~ro, -{d)elro
escriviio. sacristao, capelao
sapatelro, aguaooro, padeiro
agente, profissao
-m bailanno, dan<;anno
-ista
-.
-or, -(d)or, -(t)ar
pianista. jomalista
aprendiz
pintor, la'll"ador, escntor
f-
vmhac;a. bagao;o
-ac;a, -ao;o
-ada, -ado passarada papelada. telhado
-agem, -ugem folhagem. penugem
-,1 areal. olival. laranjal
-ama. -ame I1'lOIrama. dinheirame. va5!lhame
-aria IMaria. infantaria gritaria
abundánda,
-ário vocabulArio. aquário, fabulário
ajuntamento,
-odo arvoredo, mosquedo
reuniao, m edida
carn;lonelro, formiguetro
barrento, poe¡rento. sedento
-la - 10 penedia. rapazio, mulheno
-ido brasido
~(t)óno falatOOo. peditório. foguetório
-00'0 - - - fC:ped=",",o
-ao;o. -ac;a. -uc;a ncao;o. mulherac;a. dentlll;3
-alha muralha fomalha
-alhao grandalhiio, vagalhao
aumento, -ao. -amo caldeirao. pared.:io. gatarrio
grandeza -arra, -(z)Oml bocarra. ~orra. manzorra
-ázio copázio. gatázJo
-eirao toletrao. asnelrao
-z.3.0. -zalTiio ~o. canzarrao. homenzalTiio

-acho. -icho, -ucho riacho, rablcho. papelucho


-ato regato, lobato
..b", ,,,,,,",
-eco. -eca livreco, jomaleco. sooeca
-ejo animalejo. lugarejO
-,1 cordel. saquitel
..1, rodela. VieJa. l1.lela
-eta -ete. -eto sineta. palacete. folneto
-ICO. -10;0 txJmco, abanICO, aranhu;o
-kulo. -ícula montículo, parttcula
diminui~io ,
-ilha -ilho. -elho mantilha, peitilho, cortelho
peque nez
-,m camarim. farolim, fortim
-inho. -inha rapazinho. casinha. letnnha
-lOO pequenino. franZlno. rabino
-iseo chuvisco, pednseo
-ito, -ita pequenito, mosqUitO. caSita
-el, aldeola, rapazoJa
-ota -oteo -oto caseta. Ilhota, velhote. perdlgoto
-ulo, -ula glóbulo. célula
-únculo, -úncula homúnculo. questiúncula
-Zlnho. -Zlnha, -rito. lita lugarzinho. reguazinha. lugarzrto. reguallla

41
-ado. -ato professorado. condado. baronato
-" punhal. arrozal
-la, -ana advocacia., abadía. IMana
profissao, dig- -do, regedor. corredor. regador
nidade, lugar,
instrumento -douro (--dolro) lavadooro. bebedouro
-doora (-dcira) manJedoura. dobadolra
~,m Clnze¡ro. palrtelf'O
-tóno lavatóflo, dormitóno. obsef'vatório
~,~ pere¡ra. cerejelra. roselra
plantas
-eiro perelf'O. Ilnmelro. craveiro

-" mortal. maternal


-(a)nte. -(e)nte, -{i)nte arrogante. pertinente. OlMnte
-ato sensato, timorato. pacato
-(á)vel, -(I)vel pres:tável. sooável. temiVeI
-"'de boi1dade. velocidade
-(i)d3o escuric!3o. frouxid:lo
-dciro. (-<Iooro) casadoiro. sumldoiro. vindouro
qualidade, -(d)., rapidez. estupidez. nudez
estado -'ll beleza. ~rmeza. delicadeza
-" fldalguia. valentia
-¡~a. -Ice, 'I~O JUs:tJy!. doidice. velhlCe, movedi¡;o
-fcla. ·fcle cariCJa. malicia. calvfcie, Imundfae
mulhenJ. febnl. senhoril
-"
-~ ardor, amargor. frescor
-ume azedume. negrume
-"~ brancura. temura. lisura
qualidade do -ao chorao. trapalhao. bngao
que habitual-
mente pratica
-u audaz. pertinaz. mordaz
uma ac~ao -alhao bnncalhi!o

rela¡;ao, refe-
-.-.- conjuga!. campal
escoJar. familiar
rf,ncia, matéria -<O ferreo. róseo
-leJO natalfclo. alimentido
-(r)etro interesseiro. justiceiro. linguarelro
-engo mulherengo. solarengo
-ento ciumento. barulhento
tendencia para,
-I¡;O movedi¡;o. quebradi~o
quaJidade,
po55e intensa -'0 doentio. escon"egadK>. sombrio. lavradio
-onho risonho, tristonho. enfadonho
-oro chuvoso.ngoroso
-000 banigudo_ cabeludo

42
Sufixos de origem l;atina - suflxos ve rbais

Sentido Sufixos Exem plos

ac~ao ~". telefonar, remar. aconselhar

come~o de
"c~ao o u passa-
anoitecef", emlxanqlJel:Cf', f1orescer,
gcm a um -ecer (--escer)
entristecer. escurecef, envelheccf
estado ou qua-
lidade
-a~r esplcao;ar, escorra~r. esvo~r
repeti~ao ou ..,,,. folhear, guerrear, cabecear
reali:r.a4¡;io fre- "'W farejar, gotejar, pestanejar
quente de urna -!Car bebericar, de¡>el'1icar. saltaricar
ac~io -mhar ~nhar. cuspinhar. escoucmhar
(verbos -¡Ihar dedilhar. fervilhar
rrequentativos) -Iscar chuvisear. mordiscar. n,amorisear
~"", dormitar. saMar
ac~¡o pouco -lCar bebericar, namoricar. saltaricar
intensa ou -ilhar dedilhar. fervilhar
diminui~ao -inhar escrevinhar. cusplnhar
(verbos -Isear chuviscar. mordiscar. namonscar
diminutivos) dormitar, saftitar
~""
o sujeito pro- ~"" lxanquear. aformosear. falsear
move a realiza- afugentar. aformosentar. amolentar
~odilac~o- """'"
~,= achClcar
verbos derivados ~rtM debilitar. facilitar. habilitar
de ildjectiv05 -Izar amenizar, civilizar. realizar
Nota: MUltos verbos apresentam-se. ao mesmo tempo, como frequentatlvos e
diminutivos.

Suflxos de orige m latina - sufixo acfyerbi~

Sentido Sufixos Exemplos


heroicamente. felizmente. portugues-
modo -mente
mente

Suflxos de origem grep


Sentido Sufixos Exemplos
quaJidade,
simpatia, diacronla. nevralgla. hemQ('-
caracteristica, ~.

doen4¡;a ragla. neurastenia

qualidade -ICO ~ránico. titánico


sistema
resultado da espiritualismo. realismo. simbolismo
ac~io, -15010 heroismo. 5efV1lismO. estatismo
terminologia reumatismo. neologismO. pragmatismo
científica

43
-lte apendlcite. bronqulte. gastrite
a (e et;:io
-ose tuberculose, fun.Jnculose. dermatose
f------ cemiténo. necroterio. megatério.
lugar
f
L~
_ _"_'n_0_ _ _ _ _ _ _ _ __ ~agistério

Deriva~ao regressiva

A deriva~o regressiva consiste na format;ao de substantivos a partir de verbos


por redu¡;ao da palavra primitiva.
É um fenómeno de certo modo contrário a prefixa<;ao e a sufixac;ao. pois nes-
tas verifica-se o acrescentamento de elementos:
cac;ar - co<;a atacar - ataque pelar - apelo
censurar - censura cortor - corte choror - charo
demorar - demoro deba ter - debate error - erro
pescar - pesca embarcar - embarque espantar - espanto
trocar-troca tocar - toque 5ustenlar - sustento

Por vezes é difícil saber se é o substantivo que deriva do verbo ou o verbo do


substantivo. Nesse caso. e sempre que necessário. poderá consultar-se um dicio-
nário etimológico para esclarecer a dúvida.

Derivar;ao imprópria

t um processo de ennquecimento vocabular que consiste na mudanr;a de


classe das palavras. Se colocarmos um artigo. definido ou indefinido, antes de
qualquer palavra, ela toma-se substantivo:
Todos sabem que o estudar é bom.
Antes de aceitares o cargo de director. ana/isa os pros e os contras.
O que eu temo é um nao.

Estudar (verbo), pró e contra (preposic;ao) e nao (advérbio) passaram a subs-


tantivos com a presenc;a dos artigos.
Há derivar;ao impr6pria nos seguintes casos:

a) de substantivos pr6prios a comuns:


Um cáJice de vinho da Madeira :.- um Madeira

b) de substantivos comuns a pr6prios:


parreira -----.. Parreira
régua :.- Régua (cidade)
44
c) de substantivo a adjectivo:
besta (animal) ~ Ele é besta.
d) de adjectivo a substantivo:
Um terreno circular ~ a 2.° Orcular
e) de substantivo. verbo e adjectivo a inte~ei~ao:
o silenóo. saltar; bravo ~ sil~ncio! sa/tal bravo.1
Dde verno a substantivo:
comer ~ o comer
g) de verbo a conjun~ao:
querer (quer) .. quer .. quer
h) de advérnio a conjun¡;ao:
nem come ... nem. .. nem
i) de adjectivo para advérbio:
O Luís é alto. ~ O luís fala alto. (altamente)
j) de particípios (presentes e perfen:os) a preposi¡;ao:
salvo (do verbo salvar) ... salvo (sem)
Dde particípio presente a substantivo:
estudante (de estudar) .. o estudante
m) de partidpio perfen:o a substantivo e adjectivo:
resoluto (de resolver) -~ resoluto

A deriva¡;ao imprépria nao devia ser incluída entre os processos de forma¡;ao


de palavras que estamos a examinar; mas sim na semantica, dado que envolve um
acréscimo e urna modifica¡;ao do significado da palavra.
Contudo, e por razoes de rnetodologia. foi incluída no estudo da deriva¡;ao
das palavras.

Der¡va~ao parassintética

A deriva¡;ao parassintética consiste na forma~ao de vocábulos pela junt;ao


simultanea de prefixo e sufixo a um radical, de tal maneira que só o conjunto dos
tres elementos produzem uma palavra utilizável.

Sao parassintéticas:
abotoar amanhecer
embainhor ensurdecer
45
Dado o vocábulo repatriar, que é composto pelo prefixo re + o radical
pátri(a) + o sufixo -ar, nunca se viu usar o substantlvo "repátria" nem o verbo
"patriar". No entanto, a palavra infelizmente (derivada por prefixa¡;ao e sufixa¡;ao)
nao é parassintética, pois o elemento derivante "feliz" pode ser utilizado s6 com o
prefixo (infeliz). ou s6 com o sufixo (felizmente).

Palavras simples e compostas

Palavras simples sao aquelas que possuem apenas um radical, quer se trate de
uma palavra primitiva ou derivada:
amor. amoroso, óguo. oguodeltO, pé, guarda, aguardar
Palavras compostas sao aquelas que possuem mais de um radical ou palavra:
omor-perfelta, guordo-civil.
aguordente (água + ardente), ponLOpé
Como podemos observar nestes exemplos de palavras compostas, estas
podem ser formadas por justaposi¡;ao ou por aglutJna¡;ao.

Composi~ao por justapos¡~ao

As palavras compostas por Justaposi~ao formam-se a partir de duas palavras,


ligadas por hífen ou por uma preposi~ao, mantendo ambos os termos o seu
acento tónico.
As palavras compostas por Justaposic;ao apresentam diferentes categorias gra-
maticais: substantivos. adJectivos, verbos. numerais, advérbios. etc.:
amare/o-caoória adjectivo + substantivo
novo-neo +
omor-perfelto substantivo + adjectivo
orroz-doce +
couve-~or substantIVo + substantivo
mestre-esco/o +
surdo-mudo adjectivo + adjectivo
azul-marinho +
segunda-(eiro numeral + substantivo
mil-fa/has +
guarda-chuvo verbo + substantivo
beija-~or + "
bem-parecido advérbio + adjectivo
bem-bom +
dlopéu-de-sol substantivo + preposi~ao + substantivo
46
meu-bem pronome + substantivo
nosso-amizade +
corre-corre verbo + verbo
treme-treme +

Compos¡~o por aglu{jna~ao


As palavras compostas por aglutina~ao formam-se a partir da junl;ao de duas
ou maiS palavras. de tal modo que os respectivos tennos ficam subordinados ao
acento tónico da última paJavra:
obro/ho (abre olho) possoporte (passa porte)
aguordenre (água ardente) pernalta (pema alta)
bancorrora (banca rota) planaJto (plano alto)
Bon(¡m (bom flm) poncopé (ponta do pe)
(Kia/go (filho de algo) rodopé (noda pé)
glflJssoI (gira sol) vaivém (vai e vem)
ma/mequer (mal me quer) "''''pou (van¡ pau)
vinagre (vinho acre)

Compostos eruditos
A nivel científico e técnico é frequente a fo rma~ao de palavras a partir do
emprego de radicais de origem latina e grega, os quais. em multas casos, sao inter-
pretados pelos falantes como simples prefixos ou sufixos. Vamos apresentar os
radicais mais frequentes.

Como primeiro elemento da palavra:

......
aeri-, aero-
I a.dd. h" .1 •
aerifonne. aeroporto
"
agrio, agro- ampo agncultura. agro-pec.uária
ambl-
fantropo-
- """'"
homem
ambivalente, ambldestro
antropolog¡a. antropomOrfo
arbori- áM>re arboricultura. arboricola
arqueo- ""80 ilrQUeOIogIa. arqueóIJto
auto- própno. por SI mesmo autornóvel. autobiografla
beli- bélico. beligerante
biblio- '""'"'
1M<> biblioteca. b!b/logralia
-
bio-
~'" biogralia. biólogo
-
bis-, bi- duas vezes blsavó. bípede

47
,", .,' ,

~
','(",
, ' ,
" ¡
" ' ,

~Ii. belo callgrafia. cahcromo


---=-
cosmo-
cromo-

crono-
dactilo-
. lm,,,,,,,

,~
tempo
dedo
cosmografl3, cosmopolita
cromossoma. cromosfera

cronologia, cronómetro
dactilografía dactiloscopia
I

deca_ dez decalrtro. decálogo


demo- po"" demograf.a. democrata
- , c---,
d,· de is dl5sftabo, dipétala
---
enea· 1,,,,,. eneassllabo. eneágono
eno-

equi-
,,,.
vinho enologla enófobo

equilátero. eqUidistante

~
etno- ern ologia

helio- ",1 helioc&ltnco. hehofobta


1- _de
he mi· hemisfério. hemistíquio
1--
hemo-, hemato- sangue hemoglobina. hematoma I
hepta- I.,te heptasSllabo. hepúgono

hexa- .,,, hexágono. hexámetro


-

~~"'
hidro- hidroeléctrico, hidráulica

igni- fego ignfvom. igmTero


¡50-
'SU" isóscdes, lsometna

lito- ped", litografia. litogravura

macro- ,,,,,,de macrocefaha, macrobiótica


mega-

melo-
r,--
" ...to
-
megaciclo. megafone

melodia, melómano

meso- meio
f-mes6clise, MesopotSmla
micro- peq""",, micro-ondas. m icr6bio

mini- pequeno mimfúndlO, mimssaia


.. - -
mono- ,m '"
. -
monobloco, monolugar
multi- mUlto multinacional, multimillonário
.
necro- morto necrotério, necrópole
neo- neo-realismo, r.eófrto
f-neuro-, nevro- """" nevrologla nevralgla
""NO
octo- 0<\0 octógono, octosSl1abo
-
oftalmo- olho oftalmologlsta. oftalmia
L-

48
~t~
omni_ omnipotente. omnlvoro
onomato- onomatopeia, onomatologla
paleo_
"""'
antigo paleografia, paleontologla
,an- todos. tudo pan-germanlSlTlo. panteismo
piro- foga pll"'Otecnia, piromaniaco
pisci- pelxe piscicultura. pisciforme
[ pluri- vários pluricelular. pluripart¡dário
poli- váriOs. mu!to poIidinica. polisSllabo
proto- primeiro. prinapal proto--hist6ria. prot6tJpo
pseudo- falso pseudo-intelectual. pseudónlmo

lpsico_

quadri-, quadru-
retro.
alma. espirito
quatro

P"" ""
psicologia psicanáJise
quadril~tero. quadrupede
retrovisor. retroceder

semi. metade. quase semlllogal. semierudito


sidero· f,= siderograf¡a, siden.írglCo
tele· longe. a distfu"1cia telecomunica¡;5es, televisao
teo- d.., teocracia, teólogo
tetra_ quatro tetraedro. tetrarca
topo· lu,," topografia, topónimo
tri· ¡re, triSSllabo. tripode

f unl- um unicelular. uniforme


,~- animal zoologla. zoófilo

Como segundo elemento da palavra:

Radical I Sentido Exemplot


·alg¡a doe nevralg¡a. ¡r5lcalgla
-arquia golleffiO. ordem monarquia autarquia
-
·céfalo
·dda
'.-
que mata
monocéralo. dolicocéfalo
fratrioda, regicida.
-- -
·cola relativo a, que cultiva ou habita agrícola, arboricola
-erada podee democraoa aristocraCia
1-- --
-dromo local de corridas aut6dromo. hipódromo
..",. f", octaedro. poliedro

49
·(agia acto de comer antropofagia. zoofagia
·(ero idela de conter ou produZlr carbonlTero, mortJTero

·filia ~",de bibliofilia. anglofiha


·(obia aversao, temor claustrofobia. anglofobla
·(orme K1eia de forma uniforme. cuneiforme
.
'gamia casamento bigamia. poligamia
·gero ideia de canter ou produzir belígero. lanígero

-grafia escrita, descrir;ao ortografia. geografia


-logia tratado. o encla arqueologia. patologia
-manda adivinhar;ao quiromancia necromancia
-mania k>ucura, tendencia para megalomania. bibliomania
·metria medlr;ao biometria. astrometria
-metro que mede fotómetro. hexámetro

-morfo ( om a forma de antropomorfo. zoomorfo


-nomia le!. estudo astronomla agronomía
.pede pé bípede. velocípede
.pole cidade metrópole. necmpole

-scopia ideia de ver radioscopia. macroscopia


.scópio InstrlJmento para ver microscóplo, telescópio
-sofia sabedoria filosofla. teosofia

· teca ¡deia de colectivo. reuniao biblioteca discoteca


-terapia o"" fisioterapia. psicoterapia

·tomia corte, separar;ao leucotomia. dicotomia


•...oro que come camfvoro. herbívoro

Onomatopeias
As palavras onomatopeicas sao palavras que procuram imitar vozes de pessoas
ou animais, ou o ruído de objectos:
eocorocó tiquetoque
eriai tlintlim
miau zás-trás
Murtos substantivos e vernos imitativos tem origem onomatopaica:
murmurar murmúrio
sussurrar sussurro
ribomoor nbombo
tilmtar tilintado
50
cacarejar cacare)o
chllrear eN/reJo
zumbir zumbido
uivar uivo

_¡oi"+
A separa~ao ou nao separa~ao dos prefixos por hífen faz-se para obter maior
clareza fonética e gráfica das palavras, facilitando assim a sua lertura.

- ,
Tabela dos prefixos com e sem hífen

quando o segundo
......... ohifel'l
ab-repto. ab-rogactio
_.....
abalienay¡io. adbi-
elemento COl'l"le\<l por um r ab-rogar. ab-reptício C3y¡iO. abjurar.
.b-
que nao se liga fonelica- abster-se
mente ao b antenol"
quando o segundo ad-renal. ad-roga~ao. adJacente.
.d· elemento CO!'T1e<;a por um r ad-rogar. ad-rostral adlUnto. adopctio.
que nao se liga fonetica- adscrever. advir
mef'1te 3D d anteno.-
porque tem acento gráfico além-Atl3.ntlco. além-mar.
aJém -
além-túmulo
quando o segundo ante-hlst6rico. ante-hostill- anteceder. ante-
an te-
elemento tem VIda pro- d.de proposta, anteo--
pna e cometa por h cupar. anterrasto.
antessala
quando o segurldo anti-histónco. anti-ibélico. antiaéreo. antibri-
anti- elemento tem vida própria antJ-racionaJ. antJ-social tanieo.
eco~por h. ¡. r oo s antJespirituaJ

porque tem acento aquém-fronteiras.


aquém- ,"'fico aquém-AtI!ntico, aquém-
·m..
quando o segurldo arqui-hlpérbole. arqul- arquiabade.
elemento tem vida -irmandade. arqui-rabino. arqUiepiscopal,
arqui -
própria e come~a por arqui-setular arqurtrave
h, i. r oo s
quando o segundo auto-acusa~o. auto- autobiografia.
elemento tem vida -estrada. auto-hemotera- autocrfuca,
auto-
própna e corneta por pla. auto-retrato. auto- autom6ve1
vog;¡l. h. r ou s -sugestao
bem-aventurado. bem- bendizer,
qwndc o """"'"
elemento c~ por yogal -educado, bem-humorado. benfeitor.
bem- ou h, 00, entao. por bem-cnado, bem-falante. benqUlsto
consoante, mas está em bem-sabldo. bem-vindo
perferta evi&rlCia de sentido

51
quando o segundo cirtum.-escolar. circumpolar.
circ:um_ elemento c~ por orcum-hospitalar. circunferencia.
voga!. h. m ou n orcum-navegao;:iio drcunvalao;:iio
~~ndo tem o sentido de co-arguldo. c~temo. coexistl!:ncia.
<o- a par e o segundo co-gerencla co-herdelro. cOlnci&:ncia.
elemento possui vida co-inqullino. co-réu cOlndlOr

~~osegundO
elemento tem vida
com-aJuno.
com-hospedado.
condómino.
confratemo.
com- com-irmilo
própna e comf!\a por comporta
vogal. h. r ou s
-
quando O segundo contra-esplonagem. contrabando.
elemento tem vida contra-habrt:ual. contramarcha.
contra· contra-resposta.
própna e c~a por contraprova
vogal. h. r ou s contra-suJert:o
f ~dO o segundo
elemento tem vida própria
entre-hostil
-
entreaberto.
entreescutar.
entre-
e come~a por h entrelmha.
entrevistar
quando tem o sentido de ex-alu no. ex-cOnjuge. exa~r.
.,- estado anterior ou cessa- ex-ministro, ex-organista. excentrico.
mento ex-professor 'xporuc
- quando o segundo extra-escolar. extra-hist6- extracomercial.
extra- I elemento tem vida própna neo. extra-regulamentar. extraprograma
e c~ por vogal. h, r extra-secular extra",;ar
ou •
f- f-
quando o segundo hiper-hedónico, hiperagudo.
elemento tem vida própria hiper-humano. hipereufemismo.
hipe r- e corneo;:a por h ou um r hiper-rancoroso. hipermercado.
que niio se liga fonetica- hiper-rugoso hipertenslio
mente ao r antenor
-
rquando o segundo inter-helénico. interaco;:ao.
elemento tem vida própria inter-humano. intercelular.
I"te,.... ec~por h ouum r inter-racial. Interes.colar.
que niio se l¡ga fonetica- inter-resistente intersec~o
mente ao r antenor
f-7. -
¡"fra-
°
quando segundo ele-
mento tem vida própria e
infra-assinado, infra-escrito,
Infra-humano. infra-renal,
mfraCJtar. Infra-
trans.cnto.
COl'T'leVl por vogal. h. r ~ s mfra-som ~rav!.~~ho
-

quando o segundo intra-artenal. intracelular,


¡ntra- elemento tem vida própria intra-hepático. intramuros.
e com~ por vogal, h. r intra-raquldiano. intrapulmonar
ou, mua-secuJar
f--
°
quando segundo mal-afortunado, malcriado. maldis-
mal- elemento tem vida mal-educado. posto. maldizer.
própna e come~ por mal-humorado. mal-usar mall1a5Cido
vagal ou h
quando ° segundo neo-ático. neo-escolástico. neoclássico,

L
I
ne~ L~e'~"come<a
ou .
~ment
_o tem vida própna
por vogal.
_ _ _ __
h, r
neo-helenismo.
neo-rornantico,
neo-"",""" _ _ _ _ L _ _
Por estar normarlZaoo. escreve-se sem hiTen a patavra e~tnordinárlo.
neogravura.
neopJatonismo

52
Derivação e Composição

"""",,,0_ ob-~iio. ob-repticio. obcecayio.


elemento c~ por um r ob-roga~o. ob-rogar oblrrerar, obstar.
ob- que nao se liga fooetJca· obturar. obvir
mente ao b anterior
-
quando o segundo pan-aráblco. pan-esláVlcQ. pangermanismo.
elemento tem V1da pan-hlspan,CO. pani<onografia.
pan-
própna e co~ por pan-islamismo pantelégrafo
vogal ou h
porllue tem acento pós-eleitoral.
-
póS_L gráfico p6s-medleval.
pós-uni",ersrtário

t.,0-' porque tem acento


gráfico
pré-aviso, pré-oentJlico.
pre-hl5tória
quando SIgnifica a favor de. ptÓ-afiicano. pró-fOfTTla,
pró.< separa-se sempre porque pró-homem.
tem acento gnifico pr6-indeeendencia
quando o segundo proto-árico, proto-história. protoorurgillo.
protoo elemento tem VIda proto-renascimento. protoplasma.
própria e corne<;a por proto-sulfureto protovertebf'aJ
vogal. h. r ou 5
quando o segundo pseudo-anónimo. pseudobapllsmo.
elemento tem vida pl"Ópria pseudo-heran<;a. pseudoci.!ncia.
pseudo- e com~ por yoga!, h, r pseudo-revela<;ao. pseudoprofeta
0<" pseudo-sábio
porque tem acento recém-chegado.
recem- gráfico recém-nascido,
recém-publlcado r
quando na sua pronUncia sem-cenm6nia, sem-Deus, senfifista.
se ovve o dltOngo ji (e sem-farT1l1ia, sem-número, sensabor,
re m-
MO a vogaI ~ e o segundo sem-razao, sem-sabor, sensabona
elemento tem vida própria sem-vergonha
quando o segundo ele- semi-hlstónco, semiaberto,
semi- mento tem vida própna e semi-InconSCiente, serrllconsoente,
com~a por h, i, r ou s semi-recta, semi-silvestre ~ i erudlto
I - -
quando o segundo sob-barba. sob-roda. sobal~r, sobestar.
elemento tem vida própria sob-rogar, SOb-roJM sobgr.l.ve. sOOposto
rob- e comeg¡ por um r que
MO se liga foneticamef1te
ao b anterior
quando o segundo ele- sabre-homem, sobreaviso, sobre-
50bre- mento tem vida Aparte e sobre-horrendo. rrealista. sobres-
com~por h sobre-humanizar
,,''''
I Ndo podemos confundir o prefl)(O pós ccm o prefixo Inacentuado pos. que 1'\30 tem ~ sem1ntlca e se
prtl(\U1CIa de maI'IeIr.I diferente: tmfócio. fXY.ifXJf. pa$tetgar.
) NAo podemos confl.W'ldir o preflXo pré ccm o prefi,(o IIl3Ce!1tuado pre, que ~o tem evKiéncia sem1ntKa e se
proouncia de manett'a diferente: preconcelto. ptet'J(lStb1cio. preyer.
'Nao podemos confiJndlr o prefDlO pro ccm o pref~ inacentuado pro. que nao tem evidencia semlntJCa e se
pronuncia de manelld diferente: ptOdomar, progressilo.

53
,o,o- rq~ndo ."0 .oóru~ soto-polOlO. ,<>topo<.

l
de
VIce e VlZO sota-almwante, sotaventar.
ro"'·
sota-caprtania sotavento

"""'"
eemento0..,,-
tem 'Ada própna
sub-bibhotecário.
sub-hepáoco.
subaquátJco,
SUbdMCk
ec~por b. h ou por
sub- ""-homem. subinspector,
nao
l.X!l r que se Jiga.
fonetJc:amente <10 b antenor
sub-reg¡3o.
sub-regular
.,""""
"""'"
t'Iemento0..,,-
tem VIda própria
super-homem.
super-humano,
'"pe<a<tNO.
supere5tlmar.

'""""""'"''0
super- ec~por h ouporum wper-requmtado.
r que nao se liga super-reSlstente
fonetJcarnente ao r anterior

quando o segundo SUpr.i-axilar. supracrtado,


elemento tem vida própna suprn-hepático. supranatural
supra- e c~ por yogaJ, h, r supra-racional, supraterre
ou ,
wpra-sensf'lel
quardo o segundo ultra-ex¡st!ocla,
I--c-
~.
elemento tem vida pr6pria "
ultra- e comec;a por vogar. h. r
ultra-humano.
ultra· ,nfernal,
""""""
ultraVIoleta
gem.

-,
ou ,
uItra-ráptdo. ultra-secreto
quando o segundo
r---- _
VlCe-campeao.
-- VlCed6m,no
vice-
elemento tem vida vice-Intendeflte, VIC~.
vizo-
_re

54
FRASE, ORAC;:AO E PERioDO

Frase é um enunciado que contém em si um sentido completo. Pode ser consti-


tuida por uma única orat;ao. como em:
O Metro de Lisboa tem azulejos mUlto bonitos.
ou por várias orac;5es:
Anteontem noo so; de casa, porque estovo mUlto calor.

A frase pode ser constrtuida:

1. Por urna s6 palavra:


Fogo!

2. Por várias palavras. entre as quais pode ou nao haver verbo:


a) com verbo:
Morei na Ericeiro.

b) sem verbo:
Que horror!

Tipos de frase

As intenc;iSes de comunica~o de cada emissor eXlgem-lhe a utiliza~o de frases


de tipo e formas diferentes.

F.... In~de comun~


~ npo
Informar o receptor sotxe o seu
HoJe a norte l/"iIj realizar-se aqUl um
pensamento, referir um aconteci- Declarativo
encootro entre vános fadlstas..
mento. descrever urna Sltuat3o.
•Quem sao os cantores? Apresentar urna dÚVlda ao receptor. Interrogativo

Fazer um pedido ao receptor. acon-


Nao faltes! selhá-Io. dar-Itle urna sugesUo. urna Imperativo
onIem.
r
Expnmir sentJmentos (entusiasmo.
O ~culo foi lindo! Exclamativo
alegria. tnsteza. Indlgna~.a:O) .

56
Os vários tipos de frase podem assumir formas diferentes:

- forma afirmativa ou negativa:


Os artistas deram autógrafos depois do espectáculo.
Os artistas nao deram autógrafos.
forma activa ou passiva:
Os corredores ganharam vários prémlos.
Vónos prémios foram gonhos pelos corredores.
- forma neutra ou enfática:
fu nao vi nada disso.
Eu cá nao vi nada disso.

Curvas melódicas

A frase declarativa descreve, aproximadamente, esta curva melódica:

Os seus pais chegam hOJeo

A frase interrogativa será:

Os seus pais chegam hOJe?

Mas se a frase for come¡;ada por pronome ou advérbio interrogativos, a curva


melódica será:

Que dizes a IStO?


57
A frase exclamativa será:

Mas:

Jesus!

A frase imperativa será:

/
Calem-se!

A ora~ao e os termos essenciais

Os elementos essenclais de urna ora~ao ou proposl~ao sao:

Suje ito - a paJavra ou expressao que designa a pessoa. animal ou COlsa a que
se refere a afirmac;.ao:
A casa é alta.
O Pedro morreu.
O tigre saiu da jaula.

Um substantivo. qualquer palavra substantivada. e até uma proposi~ao, podem


exercer fu~ao de sujerto:
O menino é esrudioso.
Amar é so(rer.
É normal que se premeiem os o/unos mais aplicados.

o sujeito pode ser:


a) simples:
O poto é um animal domésrJco.
58
b) composto:
o dio. o gato e o cavalo sao animais domésticos.
O sUJerro nao vem expresso:
a) quando facilmente se pode subentender:
Que (ozes? Estudo.
b) quando é indet erminado. isto é, quando nao se pode ou nao se quer
nomear a pessoa a quem a aq:ao pode ser atribuida:
Batem a porto.
Nota: Exprimimos a indetermina¡;ao do sujeito com o verbo na I. a ou na 3.'
pessoas do plural:
Devemos amar o próximo como a nós mesmos.
ou com a partícula se junto dos verbos intransitivos na r pessoa do
singular:
Ou se é amigo ou nao.

Há ora¡;6es que nao t€m sujeito: sao chamadas ora¡;oes impessoais:


a) sao formadas peJos verbos que exprimem fenómenos da Natureza:
Chove.
N..""
Faz (no.
b) sao formadas (om o verbo haver na 3.' pessoa do singular. ou outre verbo
combinado (om ele:
Hó pessoos boas, mas também há pessoas mós.
Devia hover mais dinhelro para todos.
Predicado - é o verbo da frase:
O Sol é urna estrela.
O menino brinca.

O predicado pode ser:


a) verbal, quando é constituído por um verbo de significa¡;ao definida, isto é,
quando o verbo só por si pode constituir predicado:
Ele estuda.
As oves voam.
b) nominal. quando é expresso por um verbo de significat;ao indefinida. isto é, que
necessita de ser acompanhado de um substantivo, adjectivo, prenome ou
expressao equivalente. que, referindo-se ao sujeito, completa a sua signif¡ca¡;ao:
A mQ(;o é óptimo.
A ropanga estó doente.
59
o substantivo, adjectivo. pronome ou expressao equivalente designa-se por
no me predicativo do sujeito. O verbo, que precisa de nome predicativo do
sujeito para completar a sua significa¡,;ao. tem o nome de verbo de liga<;ao.

Os verbos que pedem nome predicativo do sujeito sao:


a) o verbo ser, quando nao significa existir: acontecer: decorrer:
Pedro é JUsto.
b) alguns verbos intransitivos:
estar;
aparecer; continuar;
(Icor. parecer;
permanecer. salr:
Ele está I contJhua I (ico I parece I permanece doenre.
e) os seguintes verbos, quando se encontram na voz passiva:
ochar denominar nomear apelidar eleger
aclamar descrever pintar chamar Jurar ere.
D.Afonso Henriques (oi apelldado o Conquistador.
D. Joao I foi eleito rei.

O predicado nominal pode ser simples ou composto:


A águia é urna ove de rapina.
acero foi orador e ~Iósofo.

O predicado pode estar oculto:

a) quando se subentende facilmente:


Queres vir passear? Nao.

b) em provérbios editados:
Antes pobre mas honrado do que rico mas ladraD.

Elementos secundarios

Para além do sujeito e predicado a frase ou ora¡;ao pode ser formada, também,
por elementos secundários, que completam a sua significa¡;ao. Os elementos
secundários sao:

1. Complementos do verbo:
complemento directo
nome predicativo do complemento directo
agente da passiva
complemento Indirecto
complementos circunstanciais

60
Frase

2. Complementos do nome:
aposto
complemento detenninativo
atributo
vocativo

Complem e ntos do verbo

Complemento directo

A palavra ou palavras que designam o objecto sobre que recai directamente a


ao;ao do verbo dá-se o nome de complemento directo:
Construr um barco.
Minha mQe adoro-te.

Os verbos que pedem este complemento sao chamados verbos transitivos.


Nota: Empregam-se os pronomes o. a, os, as para reah;:ar o complemento
directo colocado no princípio da frase:
A gastronomia daque/e país nao a conhecia.

o complemento directo nao é, regra geral, regido de preposi~ao, porém. pode


ser regido pela preposiC;ao a:

- quando é expresso por um nome de pessoa ou coisa personificada:


Amo a Deu$.
- com os pronomes quem, mimoti, nós . ..,6s:
E/a viu-te a ti e a nós.
- quando, sem ela, o sentido fica ambíguo:
Matou (mm a Abe/.
Nota: Pode, excepcionalmente, ser regido de outras preposic;5es. como:
Puxou da pistola.
Mio esperem por ele.
Neme predicativo do complemento directo

Além do complemento directo, alguns verbos pedem um nome ou expressao


equivalente que. complementando a sua significa~ao. qualifica aquele comple-
mento; denomina-se nome predicativo do complemento directo:
Chamaram lavrador a D. Dinis.
Todos o apelidam de tarado.
61
Agente da passiva
Os vernos transitivos. quando estao na voz passiva. temo geralmente. um nome
que designa o agente da acc;ao sofrida pelo sujeito: denomina-se agente da
passiva:
o peixe é pescado pe/o pescador.
o nome que designa o agente vem. geralmente. regido da preposic;ao por;
pode. porém. ser regido da preposic;ao de com os vernos acompanhar. segUlf. cer-
car, etc .. e com os vernos que exprimem sentimentos e manifestac;6es de senti-
mento:
Cercado de amigos.
Acompanhodo de an;mais.

Complemento indirecto
A palavra ou expressao que deSigna a pessoa ou coisa sobre quem indirecta-
mente recai a acc;ao expressa pelo verbo chama-se complemento indirecto:
Dou oulo oos o/unos.
Emprestei-Ihe a camisola.
Nota: Com o verno chamar emprega-se Ihe, Ihes, servindo de complemento
directo, em vez de 0 , a. os. as:
Chamou-Ihe tonto.

Este complemento é pedido nao só por um grande número de verbos. mas


ainda por alguns substantivos. como: obediénoa. aspiro<;QO, condena<;oo. entrego,
etc.: por muitos adjectivos como: memo, agrodável. hostil, úu"l, semelhome. etc.: por
aJguns advérbios, como: para/elamente: e até por certas express6es fonnadas de
um verbo com complemento directo:
Fazem guerra opolui~ao.
Nota: Empregam-se os pronomes Ihe e Ihes para realc;ar o complemento indi-
recto colocado no principio da frase:
A outtOS sorn-Ihes a vida.

Este complemento é. geralmente. regido da preposu;ao a, excepto se é


expresso por um pronome pessoal.

Complemento circunstancial
A paJavra ou expressao que designa uma circunstancia. acessória da ao;ao do
verbo ou do nome, denomina-se complemento circunstancial:
O carteiro vem de manhó.
62
o complemento CIrcunstancial compreende vánas CIrcunstancias, tais como:
- tempol: Chegou a casa as sete horas.
lugar onde: Nasceu em Seja.
lugar aonde: VQI a Paris.
lugar donde, origem: Vem do Porto.
lugar por onde: O TeJO passo por Usboa .
lugar para onde: Vou paro Londres.
modo: Lé com cuidado.
pre~o : O livro custou dez euros.
- companhia: Ele vive ,om os avós.
matéria: A cadelra de modeiro.
causa: Desmaiou de ,onsa~o.

- fim: Estudo paro aprender.


- melo, instrumento: Viajo de carro.

O complemento circunstancial pode ser expresso:


a) por um substantivo, geralmente precedido de preposi~ao :

Cortei-me com papel. °


b) por um advérbio:
Cheguel hoje e parto omonha.
As preposit;.5es que se empregam mais frequentemente para designar esses
complementos sao: a, com, contra, de, em, para, por.
a) A preposit;.ao a deSigna as circunstanCIas de:
tempo: V/m 00 omonhecer.
lugar onde: Ele sentou-se a mesa.
lugar aonde: FUI o Itólia.
- modo: Va; o galope.
fim: Fa; ó co~o.
- semelhan~a:
Cheira a rosos.
- meio, instrumento: Matar Ó (ome.
b) A preposit;.ao com designa as circunstancias de:
,
tempo: Levonto-me ,om °romper do dio.
- modo: Procedo sempre com honestidade.

'As on;un~ de tempo am.UITl.1lT! denorrHNr-se: desde que. desde quondo, dxonrt " qooI. MI qtJe ou
~. ou!~, O'llts qut:. dtpoo~.

63
- companhia: De! um passe!o com o meu coa.
- causa: Mio durmo de noite com medo da trovaodo.
- concessao: Com cem anos oindo está lúcido.
- meio, instrumento: Fecho o porta com os choves e o ferro/ha.

e) A preposi~ao contra designa as circunstancias de:


- oposit;ao hostil: EJe lutou contra os inimigos.
- direc.;ao: EJe aOra contra a cot;o.

d) A preposic;ao de designa as circunstancias de:


- tempo: Fui acompanhado de dio e de noite pelos meus amigos.
- lugar donde, origem: A Maria José saiu do país.
- modo: Está de pé.
ma(éria: O copo é de cristal. Falar de político.
- meio, instrumento: EJe serviu-se do foco.
- causa: Morreu de fria .
- posse, parentesco: Este livro é do Francisco.
Nota: Esta preposic;ao liga também o complemento pedido por alguns verbos
e adjectivos, como:
Uvre!-me dos dividas.
EJe está privado de bens.
Serve ainda para ligar o objecto da acc;ao ao nome que a exprime:
Amor de Deus.

e) A preposi~ao em designa as circunstancias de:


- tempo: Nosci em 1950.
- lugar onde: Estova em coso.
- modo: O professor é ouvido em silencio.
- prec;o: O hvro {oi avaliado em tres euros.
- fim , destino: Os pais deram em cosomento a (¡/ha,
OA preposic;ao para designa as circunstancias de:
- tempo:Já estudel os verbos para omonha.
- lugar para onde: A Maria José vai poro Front;o.
- fim: Dei-/he dinheiro poro caramelos.

gl A preposic;ao por designa as circunstancias de:


- lugar por onde: Viajou por terro.
- prec;o: Compre; um casaca por trinto euros.
64
.:. ,
. .'"',,,,
. . '". ,'" . "
',~
~~
',' " , \ ' ; . , ' , l:~

meio: EJa participou o aconteomento por telefone.


causa: A mmha IrmQ fez ISSO por OOio.
flm: Por dar o seu parecer ele levou cem euros.
Nota: Esta preposi<;ao emprega·se em certas locuc;:oes. significando em favor
de. em vez de:
Morrer pela Jiberdade.

Na mesma frase nao se deve empregar a mesma preposic;:ao com sentidos dife·
rentes. Assim, nao se deve dlzer:
Sobre a tarde. falávamos sobre palluca
mas slm:
A tarde ou de tarde ...

Complementos do nome

Aposto

O substantivo que se Junta imediatamente a outro substantivo para o determinar


ou caracterizar com maior individuahdade denomina·se aposta:
O, SeoostiQo, o Desejado. morreu numo bata/ha,
Nota: 1) O apasto pode ser preced ido de advérbio ou de conjunc;:ao. empre·
gado adverbialmente:
Camaes. como poeta, é o maior escntor épiCO de I{ngue portu~
guesa,
2) O aposto pode pertencer ao sentido de urna proposi<;ao:
O o/uno fez um bom teste, prava evidente do seu estudo.

Complemento determinativo

o substantivo ligado a outro substantivo pela preposic;:ao de. para designar


posse, parentesco ou o obJ€Cto de uma acc;:ao ou sentimento. denomina-se com·
plemento determinativo:
Vinho do Modeira
/rrndo do Presidente

Atributo

o adjectivo que se junta imediatamente ao substantivo para o qualificar deno·


mina-se atributo ou acessório:
Homem magro
A mesma reponga.
65
Vocativo

o substantivo que designa o neme da pessoa, animal ou coisa personificada a


quem nos dirigimos chama~se vocativo:
Tens roZQO, Maria.
Jodo! - chamou a mae.

o vocativo pode vir no princípio. no meio ou no fim da frase.

66
amp._
ARTIGOS DEFINIDOS E INDEFINIDOS

Detlnldoo IndeftnkIos
Singular Plural Singular Plural

Masculino

Feminino
o

• R- "
"m
"ma
oo'
"ma,

Os artigos definidos e indefinidos precedem sempre o substantivo e concordam


com ele em género e número:
Li o livro que me deste.
U um livro.
Assim:
Artigo definido indica o ser designado pelo substantivo, individualizando-o.
Artigo indefinido - indica o ser expresso pelo substantivo só a n{vel de espécle,
sem o individualizar.
De acordo com os exemplos apresentados, a srtuat;aO de cada um dos livros é
diferente:
o Iivro refere-se a determnado livro. por nós conhecido:
um livro é uma referenoa vaga indefinida

o artigo defi nido usa-se:


, . com os substantivos próprios:
Eu sou o Ana.
2. com os apelidos em linguagem familiar:
O Santos obriu hOJe a 10)0.
3. com os topónimos que designam cidades ou outras localidades. quando provém
de substantivos comuns:
O Porto
A Guardo
A Régua

Nao sao precedidos de artigo definido os topónimos provenientes de substan-


tivos comuns. quando na sua composit;ao entra um adjectlvo ou o plural. que já
tém funt;ao determinativa:
Vilo Real
Choves
68
4. o uso do artigo definido pode ser determinante na dlstJn~o de substantIVos
homónimos:
°COIXO - a COIXO
° lente - a lente
5. o uso do artigo definido pode substantivar palavras que pertencem a outras
classes gramaticais:
O comer está na mesa.
Eu pre(¡ro mois o sim que o nao.

Formas combinadas do artigo definido

Quando o substantivo, em func;ao de complemento ou de adjunto, se constrói


com a preposic;ao a. de, em e por, o artigo definido que o acompanha combina
com essas preposic;6es, dando:

Ardgo definido
Preposi~Oes
o • o,

• , "
d,
.0
- "" "
,m
do

00
" da.
'"
pelo
'"
pel.
00'

pel",
I--~~ ""
pel..
po'

Formas combinadas do artigo indefinido


O artigo Indefinido pode contrair-se com as preposi¡;6es em e de. dando:
Artigo indefinido
Preposi~6es
"m "m. o"' umas
,m oom ~ma nuns numa$
- d, d,m duma d,,,, dumas
-
Emprego do artigo definido
O artigo definido. anteposto a um substantivo comum, serve para apresentá-Io
¡solado dos outres individuos ou objectos da espéCle:
O ladrao foi detido.
Emprego como demonstrativo - o uso do artigo definido com o valor de
demonstrativo faz evocar o substantivo como algo presente no espirito do
locutor ou do ou'vinte:
O Amoldo fOI um ladrao desde a adolescénoo.
69
Emprego do artigo pelo possessivo - este uso é normal antes de substantivos
que designam:
a) partes do corpo:
EJe passa constantemente o mDO pela ca~a,

b) pec;as de vestuário ou objectos pessoais:


A Luolia veste os saías a condizer eom os soperos e os pu/seíras.
e) faculdades do espirito:
O pensamento está sempre a voar.
d) rela<;6es de parentesco:
Os sobnnhos só me (alaram enquanto Ihes del dlnheira.

Emprego do artigo antes dos possessivos - o uso ou a omissao do artigo defi·


nido antes de possessivos corresponde a uma clara distin<;ao significativa:
Esta gramática é minha.
Esta gramácsca é o minha.
No primetro exemplo. acentuarnos a ideta de posse. Será como dizer. "Esta gromó·
oca perr.ence-me:·
No segundo. a atenl';:ao é conduzida para o objecto possuído. O sentido será:
"Esta é a minha gramóvea, a que possuo."

A presenc;.a do artlgo antes dos prono mes possessivos é frequente:


A mmha pnma está a escrever 00 computador.

Nao se usa o artigo definido:


, . quando o possessivo é parte integrante de urna fórmula de tratamento ou
de express5es como:
Nosso Senhor; NoSSQ Senhora, Deus
2. quando faz parte de um vocativo:
OlóAnc!
3. quando pertence a certas expressaes fertas:
Em mínha OplnlQO_.
Em meu poder...
4. quando existem nomes de meses e signos do zodíaco:
EJa nasceu em Mo~o e é Pelxes.
5. antes de datas do mes:
o veredicto (01 dado o /5 de Feverelro.
t
(é preposi<;ao e nao artigo)
70
,
, ' .. :'" ,....
Artigo

Mas usa-se: antes de datas célebres:


O 5 de Outubro é feriado em Portugal.
antes dos nomes dos dias da semana. quando enunciados no plural:
Aos domingos. levanto-me tarde.
6. nas designac;5es das horas do día e com as expressOes mela-dia e meia-naite:
sao dez horas.
O relógio marca meio..(}iQ.
Mas: usa-se o artigo quando antecedido de preposic;ao:
Almot;amos a I hora e jantamos as 9 horas.
7. mm os substantivos de aJguns países e regioes:
Portugal, Angolo, M~amblque. Israel. sao Tomé e Pdncipe. Cabo
Verde, Cuba, MacQu, Timar. Andorra, Malta, Marrocos, sao 5<Jlvador.
Arogoo, Coste/a, Leoo
Alguns nomes de países. como Espanha, Franc;a. Inglaterra, ttá!ia, podem cons-
truir-se sem artigo, quando regidos de preposic;ao:
EJo viveu muitas anos em Frant;a.
8. ccm os nomes de cidades. localidades e a maioria das ilhas:
Lisboa Madrid Faro
Paris Braga Portalegre
Nota: Alguns nomes de cidades que se formaram de substantivos comuns
possuem artigo:
a Régua
o Porto
9. com os nomes de planetas e de estrelas:
Marte,Júpiter, Vénus, Saturno, Srrius
10. nas enumera¡;6es. quando se exprime a ¡deia de acumula¡;ao:
Quero que me compres: leite. batatas, cenouros ...
11 . antes de palavras que designam matérias de estudo, usadas com os verbos
aprender, estudar. ensinar e sinónimos:
EJe anda a estudar Portugués.

Uso do artigo indefinido

Já dissemos que o artigo indefinido serve para apresentar um ser ou um


objecto desconhecido do oLNinte/leitor sem o individualizar:
EJe tem uns livros muito bonitos .
71
Mas tambem se usa o artigo indefinido:

1. para atribuir a um substantivo no singular a representa¡;ao de toda a espécie:


O Portugu~s é um homem com grande copacidode de crobolho.
2. no plural. anteposto a cardinais, para indicar a aproxima¡;ao numérica:
LIsboa (ica a uns 300 km do Porr.o.

3. no plural. antes dos nemes de partes do corpo ou de obJedos que se consi-


deram aos pares:
A Ido/!na tem umas blusas muito boOJtas.
A Gra~a tem uns o/has ozuis mUlto bonitos.
4. para designar uma pessoa pertencent e a determinada ramnia:
D. Duarr.e é um 8ragan~a.

5. para designar obras de um artista (principalmente quadros de pintores):


Gostava de ter um Do/i.

Omissao do artigo indefinido

Quando o substantivo usado no singular exprime uma no<;ao participativa ou


designa toda a espécie ou categoria a que pertence:
A malaria das pessoas tem corro.
Amigo de meu amigo meu omlgo é.
Amigo nao empata amigo.

Nao se usa o artigo indefinido:

1. quando já eXiste. anteposto ao substantivo, um dos pronomes demonstrati-


vos igual, semelhante e tal: ou um dos indefinidos certo, outro, qualquer e
tanto:
Certo amigo meu disse-me o mesmo.
Eu tomo os medicamentos a qualquer hora.

2. quando um substantivo no singular é concebido como categoria. de espécie.


e nao sob o de unldade. Esta omissao aparece muitas vezes nos provérbios:
cao que ladra nao morde.
Palavras sem obras sao tiros sem balas.

72
" .
• • •
..

••

, ' ".
'.

..
'. '. ..."

"

..

,

...
, ,
~~._~-
Substantivo

Substantivo é a palavra com que designamos os seres em geral. sejam eles con·
cretas ou abstractos:
animal. boi. mulher, amor, leoldode ...

Substantivos próprios e substantivos comuns


Os substantivos pr6prios individualizam os seres - pessoas. animais ou coisas -
distinguindo·os de todos os outres seres da sua espéde. Escrevem-se sempre
com maiúscula inldal:
A Ano roi passar os rérias 00 jopao.
Os substantivos comuns nao individualizam os seres e designam todos os seres
de uma espécie ou de um grupo:
A rapar;ga tem um gato.

Substantivos concretos e substantivos abstractos


Os substantivos concretos designam pessoas. animais ou coisas pertencentes
ao mundo fisico:
A mesa está na sala de aula.

Os substantivos abstractos designam ac¡;oes. qualidades ou estados. ou seja.


referem objectos nao fisicos:
A paz deve existir no mundo.

Substantivos colectivos
sao substantivos comuns que, embora apresentando a fonna de singular, desig-
nam um conjunto de seres vivos ou um conjunto de seres da mesma espécie. Exi-
gem sempre o verbo no singular:
A Ana tem uma quinta com um pomar.
Apresentamos agora os substantivos colectivos mais significativos:
ofeateia (de lobos)
annada (de navios de guerra)
orquipélogo (de Ilhas)
banda (de músicos)
bando (de aves. de ciganos, de malfeitores)
cocho (de bananas. de uvas. etc.)
có~la (de camelos)
combado (de malandros)
74
caravana (de viajantes. de peregrinos. de estudantes)
cardume (de pelxes)
chaldro (de assasslnos. de malandros. de malfeitores)
chorri/ho (de asneiras)
chusma (de gente. de pessoas)
conslelat;ao (de estrelas)
corja (de vadios. de ladr6es. de velhacos)
coro (de cantores)
elenco (de actores)
enxome (de abelhas)
esquadro (de navios)
esquadri/ha (de avioes)
exército (de soldados)
(eixe (de lenha. de capim)
(roto (de navíos, de autocarros)
ga/eria (de quadros. de pinturas. de retratos)
junto (de bolS. de médicos)
mogote (de pessoas. de coisas)
monada (de beis, de elefantes)
moti/ha (de caes de cac;:a)
molho (de chaves. de verdura)
mu/tidao (de pessoas)
ninhada (de pintos)
oJival (de oliveiras)
pinha/ (de pinheiros)
pomar (de árvores de fruto)
quadriJha (de ladr6es. de bandidos)
rebanho (de ovelhas)
recua (de bestas de carga)
renque (de árvores)
réstia (de cebaras. de alhos)
varo (de porcos)

Quando a Slgni~cac;:a:o do substantivo colectivo for problemática deve-se nomear


o objecto a que se refere:
Um mo/ho de po/ha (de grelos. de chaves).
75
GENERO DOS SUBSTANTIVOS

FOl'"ma~ao do feminino

Regra geral. os substantivos terminados em -o ou -e mudam a vogal final para -3:

-- ......
Ex.: gato - gata

I I , I
Terminados em Hudam para Acrescent;¡m
-
-,
..
~

-,
-,
-
consoante

-0'
-- - -,
-0' ~'"
-
alguns -tor/-dor -1m

-lo -,
-30 -on<>

lo
- '" ~
-eu ~,

1.Terminados em o:
tia - tJQ lo/uno - o/una
2. Em e:
mestre - mestra
Há, no entanto, excepc;6es ccm palavras terminadas em -e (om urna s6
forma para os dais géneros:
o emigrante I a emigrante
o ouvinte I Q ouvinte
o estudante I Q esrudante
o gerente I o gerente
3. Em consoante:
inglés - inglesa
}uiz- juíza
professor - professoro
camponés - camponesa
4. Em ar:
lavrador - lavradora (lavroderroJ
vendedor - vendedora
cantor - cantora
76
, .
.
, . . " "~.

. . .
,. .
. .
. /
Substantivo

5. Em or:
tecedor - tecedeira
cantador - canwdeiro
6. Em torodor:
oaor - actriz
embaixador - emooixatriz
Imperodor - imperotriz
7. Em 30:
a/deQo - aldea
rrmdo - irmo
QnQo - ona
ddadoo - deJada
8. Em ao:
chorda - chorona
comddo - comilona
¡ntruJao - mrruJona
9.Em 30:
beirQo - beiroo
leco -Ieoa
(Jarrao - potroa
Excep~6es : }ooo - Jeono
su/tao - sultana
barCIO - baronesa
ladrao - ladra
perdigilo - perd"
lebroo -Iebre
10. Em eu:
Qteu - oreia
plebeu - plebeia
europeu - europeia
Excep~áo: judeu - Judio

o feminino de substantivos também pode ser formado através de formas que


no femlnino se afastam muno do masculino:
bode - cabra 001 - vaca comeiro - ove/ha
cavo/heiro - dama cava/o - éguQ compadre - comadre
genro - nora homem - mulher macho - f!mea
marido - esposa padrasto - madraste podrinho - madrinha
pardal - pardoca poi - mGe zóngoo - abe/ha
galo - galinha avO - ovó cijo - cade/a
(rode - freira rapaz - reponga rei - roinho
réu - ré heroi - heroína
77
Há. ainda. a considerar os substantivos cuja diferen~ de género é apenas asslna-
lada pelo artigo que os antecede. Nestes casos. a mudanc;:a de género acarreta
também diferenc;:a de significac;:ao:
o (O~Q (o I(der) - a cabe,;o (parte do carpo humano)
o cOlxa (do banco. do supermercado) - o caixa (recipiente)
o capital (dlnhelro. valores) - a capital (cidade principal)
o cisma (separac;:ao do carpo e da comunhao de urna religiao) - a
asma (preocupa<;3o)
o cometa (a pessoa que toca) - Q cometa (instrumento)
o corte (acto de cortar) - a corte (pac;:o. residencia)
o cura (sacerdote) a curo (acto de curar; sarar)
o gramo (medida de peso) - a grama (erva)
o guarda (homem encarregado da v¡g i l~ncia) - a guarda (vigilancia)
o gUia (roteiro) - a guia (acto OU eferto de guiar)
o teme (professor universitáno) - a lente (dos 6cules)
o moral (conjunto das faculdades morais) - a moral (CIt~ncia que enslna
as regras dos bons costumes)

NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS

Forma~ao do plural
1. Os substantivos terminados em vogal ou ditongo nasal formam o plural acres-
centando um -s:
gata - ga[Os moe - maes ,rrn(j - 'rmOs
2. Quando acabam em vogal nasal ou ditongo nasal representados por um -m
final formam o plural em -ns:
bombom - bombons homem - homens jardim - jordins
3. Além de acrescentarern urn -s, alguns substantivos passarn de -o fechado (6)
no singular para -o aberto (ó) no plural:
a/m~o (mO) - alm~os (mó), ca~os, carpos. corvos, des~os,

esfon;o, (ogos. (omos. mpostD5, ¡ogo, oIhos. ossos, """" po¡o, por-
cos, partos. peNos. rogos. socorros. tljolos
3.1. sao excep~ao a esta regra. conservando o tónico fechado (ó) no plural:
abonos, acordos. adomos. bobos. cachorros, cocos, conso/os, danos,
encostas, es~os. estojos, (erro/has, garotos. globos. gol(os, gorros,
gastos, mochos, m~os, monos, morros, nemoroso pilotos, pio/hos, po/-
vos. potros, reposos, repolhos, rolas, rostos, sopros, subamos, trombo-
lhas
78
:i t o í 5*!* £» !• "

3.2. Os substantivos lobo e molno (e respectivos plurais) podem ler-se de duas


maneiras, de acordo com o significado de cada urna:
lobo (O) - animal feroz
lobo (6) - parte arredondada de um 6rgao
molho (6) -I(quldo de tempero para alimentos
molho (6) - feixe
4. Os substantivos terminados em -ao formam o plural:
4.1. na sua malaria, em -oes (nos quais se incluem os aumentativos):
leDo - leOes limao - limaes vulcoo - vulci5es
4 .2. alguns ern -aes:
poo - poes alemoo - alemoes
4.3. acrescentando ao singular um -s:
órgoo - órgaos sóroo - sóroos
moa - moas Irmoo - ¡rmoos
S. Os substantivos terminados em -n, -r e -2 acrescentam -es no plural:
líquen - Ifquenes abdómen - abdómenes
dólar - dólares mar - mares
nariz - norizes rapaz - rapazes
5.1. Alguns substantivos formados segundo a regra anterior sofrem urna deslo-
ca~ao do acento t6nico:
carácter - carocteres sénior - seniores
júnior - Jumores
5.2. Os substantivos terminados em -s, quando agudos, acrecentam -es no plu-
ral: senda graves ficam invariáveis:
o ananás - os ananases
o arlas - os arlas
6. Os substantivos terminados em:

::: } mudam o -1 em -is


-ul
animal- animais
papel- papéIs
lenr;ol - len¡;óis
azul- ozuis
Excep~ao: mol - males
cOnsul- cónsules
79
7. Os substantivos terminados em -ji formam o plural em -s ou ejs:
.". tónico - mudam o -1 em -s:
Se -il for gentil- genus
lo.. átono - mudam o -ji em -eis:
(ód/- f6ceis
Excep¡;ao: móbi/ - móbi/es

8. Nos substantivOs denvados formados com os sufixos + zinhol + zito vao para
o plural os dois elementos de fonnac;:ao. suprimindo-se. porém. o -s (ou o -es)
do plural do primeiro elemento:
coozinho caes + zinho = cQezinhos
onelzinho anéis + zinho = oneizinhos

9. Os substantivos compastas formam o plural da seguinte maneira:


9.1. Os compastos par aglutinac;:ao: seguem a regra geraJ. acrescentando um -s:
plano + alto = plona/to - plano/tos
água + ardente = oguardente aguare/entes
9.2. Os compastos por Justaposic;:ao (ligados por hiTen):
quando Q primelro elemento é uma forma verbal QU palavra invariável, s6
o segundo toma a forma do plural:
Vlce-fel VlCe-n!IS

obaixo-assmado abalxo-assinodos
mato-borrOo mata-borr5es
- quando os dais elementos estao ligados por preposic;:i5es, sé o pnmeiro
vai para o plural:
pilo-<le-Jó poes-de-/ó
cOPltoo-de-(rogoto cop!toes-de-(rogow
chopéu-de-sol chapéus-de-sol
quando o segundo elemento é um substantivo com o valor de determi-
nante específico. sé o pnmeiro vai para o plural:
polovro-chave palavros-chove
nOVJo-escolo fI(1VJos-escola
na malar parte dos casos. os dais elementos vao para o plural quando
sao dois substantivos. ou um substantivo e um adjectivo:
omor·perfeiw omores-perfelws
curto<irr;ul[O curtos-o((U/tos

80
em alguns substantivos compostos cUJo sentido corresponde a uma
expressao circunstancial. ou a uma ora~ao. o plural tem a mesma forma
do singular:
oquele sem-vergonho aqueles sem-vergonho

Substantivos usados só no singular


Alguns substantlllOs só se usam no singular como os referentes a:
Metais:
o ouro, o prata, a plolmo
Produtos anlmais ou vegetais:
o trigo. o leite
Pontos cardeais:
norte. su/o este. oeste
Quahdades: coridade
Ciencias. artes e religioes:
motemótJca. múSICO. CflStIQnssmo

Mas há substantivos cUJo singular se usa. por vezes. com o valor de plural genérico:
O homem é um ser Inteligente (o homem = a todos os homens).

Substantivos usados só no plural


Há substantivos que só sao usados no plural. como:
olgemas. alvíssaras, omeios. ondas, ono;s, arredores. belas-artes, c6cegos, condo/én-
das. e(eméndes, entranhas. exéquios, expensas, fezes. motinas. migas, porabéns. núp-
das, alheiras, pésames, témporas, víveres

Aume ntativos e diminutivos

Os substanti\lOS tem formas para indicar o aumento (grau aumentativo) ou a


diminui~ao (grau diminutivo) da ¡deia ou do ser.

N~a1 Aumentativo Dlmlnuti'lo


J
rapaz. n.paz.inho
- pardal
- " . . . .0

pardalao pardalito
",,010 casinha
"'"
GRPE-06 81
o aumentativo e o diminutivo podem ser expressos por dais processos:
Sintético - por mela dos sufixos aumentativos e diminutivos:
ropagao. ric~o, bocarro
rapazlnho. Vlela, riacho

Analltico - por mela de um adjectiyo que se junta ao substantivo:


roponga grande, casa enorme
Em muitos casos. os sufixos aumentativos apresentam sobretudo urna tonali-
dade depreciativa. que se sobrep6e a primitiva ¡deia de grandeza:
(¡gurao, mulhera~a

Por seu lado. os sufixos diminutivos podem expressar carinho. ironia, desprezo
ou depreciac;ao:
mOezinna, rapaZlto. rapazo/a, livreco

82
" "
. ,' .
.~.
~~.

:.! ::-:.".
"
',':":' "
~

'.. .-:.; .. . -;
,: :: " , ..._..
-,-
- O"

.-.:;::.~;' .-
.'
, " ~: .,>. .- "

, o .,
" 0''
" " ': '.

' .. "
.,',' . O"

'.
0'-:- "

'. - ",'
. "-:::: 'i'
"
,''o: .'
',:. ,".;.::
,', .', " " ",
'.' .'. "i; ~ ......
'.: "

'.
';'
"
". ,,
o'.:·
'.
. ....,
,;,.~::
..':'. ".
"
::', . " "
....• , . " "
,.
"

" "
••• o,,
.....
,':
"
':- "
,.... -', .
"
"
: ...' ....
.. "
:.. "
"
"

"
Adjectivo

Os adJectivos servem para precisar o significado dos substantivos. acrescen-


tando-Ihes infonna~o. Assim, modificam os substantivos que os acompanham.
Regra geraJ. os adJectivos variam em:
género: casa pequena I prédio pequeno
número: casa pequena I casas pequenas
grau: casa pequeno I coso mais pequeno I cosa pequenfSS!ma

Em Portugues. o adjectivo aparece geralmente depols do substantivo que carac-


teriza. mas também pode precede-lo:
A Débora tem um vestido lindo.
A Ido/ino tem um simpático sorriso.
- Se o adJectivo Yem depois do substantivo, o adjectivo tem valor objectivo.
- Se o adJectivo vem antes do substantivo, o adjectivo tem valor subjectivo
(pode mesmo ser ironia. sarcasmo, etc).

Gé ne ro
Todos os adjectivos variam em número e grau. mas alguns sao ;nvar;áve;s em
género:
bom/boa: lindo/lindo
reliz; (rel: comum; alegre; poteta; livre

Nos adJedivos compostos. só o segundo elemento toma a forma do feminino:


OJoao é luso-brasiJeiro.
AAna é luso-brosileiro.
Excep~ao : surdo-mudo/surda-muda.

Núme ro e concon:fincia
o adjectivo concorda em número (om o substantivo que caracteriza:
Singular Plural
caneta pequena canetos pequenas

l. Quando o adJectivo caracteriza simultaneamente vários substantivos que se


encontram no singular; adopta a forma do plural:
Caneto e es(erográr/Ca pequenas.
2. Nos adjectivos (ompostos. s6 o último elemento toma a forma do plural:
luso-braSllelro Iluso-brosileiros
84
No entanto, há adjectivos compostos em que ambos os elementos vao para
o plural:
sodol-democrotalsooois-democroras

3. Quando o último e lemento é um substantivo, permanecem ambos invariá-


veis:
cavalo puro-sangue I cavalos puro-sangue

Grau

Além da flexao em género e número, os adjectivos vanam também em grau.

Grau normal - indica a simples atribui<;:ao da caracteristica:


A Ana é estudiosa.

Grau comparativo - pode indicar. comparativamente:


Superioridade - AAna é ma;s estudioso do que 0)000.
Igualdade - A Déboro é tao estudiosa como a Idolino.
Inferioridade - O Joao é menos estudioso do que a Ana.

Grau superlativo - indica o grau mais elevado da caracteristica expressa pelo


adjectivo. Apresenta duas formas: absoluto e relativo.

Grau superlativo absoluto - um ser apresenta um elevado grau de determi-


nada qualidade sem estabelecer qualquer rela<;::ao.
No superlativo absoluto há ainda a considerar:
Sintético - é formado na maloria dos casos com a jun<;:ao do sufixo -íssimo,
ou, menos frequentemente, -ilimo ou -érrimo, ao grau normal do adjectivo:
A Isabel é estudios;ssimo.
Is(o é fadlimo.
(omoes é celebérrimo.
Analltlco - é formado pela jun<;:ao dos advérbios muito, bastante , bem ,
assaz. extremamente, etc., ao grau normal do adjectivo:
A Idalina é muito estudiosa.
A Ida/ina é bastante estudiosa.

Grau superlativo relativo - exprime a caracterlstica de um ser ou de um


objecto no grau mais elevado ou menos elevado, em rela<;:ao a todos os outres
seres ou objectos de determinado conjunto .
85
o superlativo relativo pode ser:
de superioridade é formado pelo artigo definido, advérbio mais, grau nor-
mal do adjectlvo e a preposj~ao de:
A Idalina é o oluno mois estudiosa da escola,
de inferioridade é formado pelo artigo definido, advérbio menos, grau
normal do adjectlvo e a preposu;:ao de:
A Idolina é a oluno menos estudiosa da escolo.
Nota: A preposi~ao de pode, por vezes, ser substituída por entre ou dentre,
que, no entanto. muitas vezes se supnme:
Este é o mais velha de todos os Jogadores.
A Fernando é a mois bomta das roporigas.
O Fernando era o mais inteligente entre (denue) eles.
Quadro-resumo:

NORMAL: A Ano é (one.


SUPEPJOPJDADE .. ...mais... adj .... (do) que
mals (orte do que
IGUALDADE .. ...tao... adj .... comolquanto
COMPARATIVO DE
tao (orte como
INfERIORIDADE .. ... menos... adj .... (do) que
menos (orte do que
Os advérbios mais e menos podem ser refo~ados com ainda. bem ou muito:
Ela é bem mais linda do que pareda.

Quando o segundo tenno de comparal;ao contém algum verbo. a forma usada


é sempre do que:
Elo ero mOls linda do que eu pensava.

Depois de anterior, exterior, inferior, posterior, superior e ulterior. o segundo


termo de comparac;ao é introduzido pela preposiC;ao a:
Este f¡Jme é superior aquele (a + aqueje).
Quadro-resumo:

<
DE SUPEPJOPJDADE - o rT1ilJS (orte
RELATIVO
.( DE INfEPJOPJDADE- o menos (orte

SUPERLATIVO

"' ABSOLUTO < ",. ANAUTICO murro forte

SINTt"flCO - fortíssimo
86
Casos especiais de superlativo absoluto sintético

1. Os adjectivos tenninados em -ver formam o superlativo absoluto sintético em


-birlssimo:
agradóvel- agrodabilíssimo
amável- amabilíssimo

2. Os adJectivos terminados em -az, -iz e -oz formam o superlativo absoluto


sintético em -císsimo:
audaz - audadssimo
(eliz - (elldsslmo
(eroz - (erocíssimo

3. Os adjectivos terminados em vagar nasal ou ditongo nasal (ormam o super-


lativo absoluto sintético em -nlssimo:
comum - comuníSSlmo
pagao - paganrSSlmo

4. A1guns adJectivos que se aproximam ou seguem as formas latinas formam o


superlativo absoluto sintético da seguinte maneira:
benéfIco - benef¡cenússlmo
magnífIco - magni(¡cenússimo
maléf¡co - malef¡cenússimo
benevolente - benevolenússimo
malévolo - malevolenússimo
amargo - amaríSSlmolamarguíssimo
amigo - amlCÍsslmo
amigo - anriquísslmo
cristao - cristianíssimo
cruel- crudelrssimo
doce - duldssimoldodssimo
f¡el- f¡delíssimo
(rio - (rigidíssimo
gera/ - generolrSSlmo
mlmlga - mlmlÓSSlmo
magnífICo - magnlf¡cemrssimo
nobre - nobilíSS/mo
pessoal- persona/{ssimolpessoalrssimo
pródigo - prodigalísslmo
sábio - saplenrissimo
sagrado - saaoússimolsagradíssimo
simples - simplicíssimo/Slmp/íS51mo
87
soberbo superbfsslmo
terrível - tembilfss¡mo
volúvel - vo/ubd[SSimo

5. Alguns adjectivos fazem ainda o superlativo absoluto sintético em ·érrimo e


·íli mo:
célebre - celebérrimo
mísero - mlsémmo
pobre - paupérrimo (tombém pobríssimo)
dificil - di(¡o1imo
(ócil - (ao1lmo

--
Alguns compal"ativos e supel"lativos irregulares

-bom
m"
- -
Compondvo

melhor

Plor
Absoluto

ópumo
pés~mo
Relativo

o melhor

o plor

""ode maior máximo


1- O malor
1-- _.
peqoeno menor mrnlmo o menor
-

Nocas:

1. Quando se compara a qualidade de dais seres, nao se deve dizer mais bom,
mais mal.! e mOls grande: e sim: melhor. pior e mOlor. t possível. no entanto, usar
as formas analíticas desses adjectivos quando se confrontam duas qualidades
do mesmo ser:
Ele (oi mais mal.! que desgra~ado.
EJe é bom e inteligente, mais bom do que inteligente.
Em lugar de menor usa·se também mais pequeno, que é a forma preferida
em Portugal.

2. A par de 6ptimo, péssimo, móx¡mo e mínimo, existem os superlativos absolutos


regulares: boníssimo e mUlto bom, malfssimo e multo mou, grandíssimo e muito
grande, pequeníss¡mo e muito pequeno.

3. Grande e pequeno possuem dais superlativos: o maior ou o móxlmo e o menor


ou o mínimo.

4. Alguns comparativos e superlativos nao tem forma normal:


88
Adjectivo

Comparativo $operUtivo
,"peno<" supremo ou sumo

l ,.-
,nrenor ínfimo
po<t- po<tumo
último

As formas supenor e m(erior. supremo (ou sumo) e ínf¡mo podem ser empregadas
como comparativo e superlativo de airo e boixo, respectivamente.

Os ad/ectNos permrtem formar advérbios através do acrescentamento do


a
sufixo ·mente forma do feminino:
(e/iz - (elizmente
linda lindamente

Adje ctivo posposto ao substantivo

Colocam-se normalmente depols do substantivo:

1. Os adjecuvos de natureza classificatória, como os técnicos e os de relat;ao,


que Indicam uma categoria na espécie designada pelo substantIVO:
animal selvagem
águo mjnerol

2. Os adJectivos que designam caractensticas murto salientes do substantivo. tais


como forma, dlmensao, cor e estado:
sola azul
mulher afta
3. Os adjectivos segu idos de um complemento nomina!:
um assunto dificil de cantar

Adj ectiyo ante posto ao substantivo

1. 5ó se colocam antes do substantivo:

a) os superlativos relatIVOS: o me/hor, o pior. o maior, o menor:


O piar mejo de desperdir;ar é gastar.
O major dam do homem é roooonar.
b) cerios adjectivos monossilábicos que formam com o substantivo express5es
equivalentes a substantivos compostos:
boa lorde mó hora
89
e) Adjectivos que adquir iram sentido especial, como simples (= mero, só ,
único): eomparem-se:
Naquela alturo ele ero um simples porteiro (= mero porteiro).
Este poeta tem um estilo simples (= um estilo nao complexo).

2. Afora estes casos. o adJectivo anteposto assume. em geral, um sent ido figurado.
Comparem-se, por exemplo:
Um rico homem ( = grandeza figurada)
Um homem rico ( = grandeza mat erial)
Um pobre homem ( = um homem infeliz)
Um homem pobre ( = um homem sem recursos)

Adjectivos e nomes gentilicos

Os adjectivos gentnieos servem para indicar a origem ou naturalidade. Nao há


um processo único na forma¡;ao destes adjectivos. cujo ponto de partida é um
nome de país. regiao. lugar ou cidade:

A¡;:ores a¡;:oriano. a¡;:orense


Alcácer do Sal salacl<mO, alc.acense
AlcoutJm alcouteneJo
Alentejo alenteJano

Algarve algaMo
Amarante
Angra do Heroísmo
""""""""
angrense
Arcos de Valdevez an::uense

Avelro avelrense
Ban:::elos barcelense

&mm"" barranquenho
barrosao. balTOsinho
"'""'"
Be", belrao
Beja pacense. beJense
Bca,a bracarense. brácaro. bragues
-
Bca,,,,,,, bragam;ano. br.I.gantmo. brigantino
-
Caldas da Ra,¡nha caldense

=0 cartaxelro

90
Adjectivo

CascalS c.ascalense
-
Castelo Branco albicastrense
Castelo de Vide c.a5telo-Vldense

Chal/es fIalliense
COlmbra conimbricense, cOlmbffio

Colares celareJo
Covilha covilhanense
Oooco dunense
Elvas elvense
Entroncamento tO!TeJiío, torreJano

Estrernadura estremenho

Estr'emoz estremIXer1se

~"''' eborense

'm> farense
Figueira da Foz figueirense
FunchaJ funchalense
--
Fundao fundanense
G","", guardense
GUlmaraes Vlmar.l.nense
¡Ihavo Ilhallense

lago< lacobrigense
Lamego lamecense

Lelria lelnense. coliponense


--
l"'",,, lisboeta. lisbonense. lisboés, lisbonés, hsbonlno. oliSlponense
Loulé louletano

Madeira madelrense

Marco de Canaveses marcuense. canaves


Marinha Grande marinhense
Mlnho mlnhoto

Miranda do Douro mirandense. mir.l.n&s. duriense


Montemor-o-Novo montemor-novense

N". . """'"0
Olhiio olhanense
(No,- ol/anno. ovarense. varelro

91
r-
Pa<;os de Ferrelra pacense
Penaflel penaftdelense

Peniche penichense. penicheiro


-
-
Ponta Delgada pontHlelgadense
- - - - - --- - ----- ---
Portalegre portalegrense
-- - -
PortJmao portlmonense

~o
-
portuense
- -- -
Porto $anto porto-santense
-
Portugal
-portugu!s - --- - ----- --- - -
r:--c-
Póvoa do Varnm
----
varonlsta, povelrO
- - -

R.bateJo ribate¡ano
--- --- -- - ---
Santa Marta de Penaguiao penagUlota

s.""",," -- - - ------
escalabrtano, santareno
--
Santo Tirso sao-tircense
--
sao 1oao da Madelra sao-Joanense. sao-Joanmo
--
Seia .en"'",
- -
Setubal setubalense, sadmo
511ves silvense

Slnes slniense
Tomar tomarense, nadantrno
rr 0IT'eS Novas tOrTeJano
- - -----

T crres Yedras tomense


--
Trás-os-Montes ttansmontano
-
Viana do Castelo vianense. vianés

Vila do Conde vila-condense

Vi/a Fr.mc:a de Xira vila-fi-anquense


Vila Nova de Gala galense, Vlla-novense

Vila Real vila-realense

Yola Vi<;osa vila-w;osense, cahpolense


Viseu \IIsrense
~- - - - - - - -

92
.','
'0'.

..
:.;
..
,
.: :.
:

,
~

::¡¡'~": ':,:
-;.
"',

'.".
.', ,. , '::.;... J
.' ,
,',
,
."
"
"
,..
, ;:.'
• '0
".
:;.

". ,',

'';

'''':i:
"
" ,

"
Pronome

Pronome quer dizer "em vez do nome/substantivo", O emprego dos pronomes


permite eVitar a repetic;ao de uma palavra ou até de uma frase.

Pronomes pessoais

Os prono mes pessoais indicam as pessoas que falam:


1.a Quemla que fala ~ o locutorio emissor ~ eu. nós
2." Com/a quem se fala ~ destinatário/receptor ~ tu, Vós
3." De quem se fala ~ ele Cela), eles (elas)

e podem exercer na frase a func;ao de sujeito. complemento directo, complemento


indirecto ou complemento circunstancial.
Segundo a fun<;:ao que exercem. assim a sua forma pode ser diferente:
1. Sujerto:
fu r%.
EJes vao.
2. Complemento directo:
Encontrei-(e na praío.
Comprei a revista e Ii-a depresso.
3. Complemento indirecto:
Deram-Ihes o Jomo/.
Dei-vos o recado.
4. Complemento circunstancial:
Falaram com e/e.
EsrJveram contJgo.

Quadro pral dos pronomes pe.o=Is I


Compl. Compl. Compl. Compl.
Número Pessoa Sujeito
directo indir. si prep. indir. d prep. circunstancial
l.' ~ me mim mimo ·migo
'"
Singular 2'
'" te te , v. -tJgo
3.' ele. ela o.• 'he si. ele. ela si. -sigo. ele, e1a

,.' 06, 00' 00' 06, n6s. -nosco


Plural ,.' ""', -,o,'
"'" ""' vÓs. -voseo
J.' si. eles. elas si. ·sigo. e~ elas

Restnto
eles. elas o, ~

' '"'
areglao norte de Portugal e ao dlscu~o religiOSO.
94
ti'.;;

Omissao do sujeito - é muito usual. em Portugues, nao se utilizar os pronomes


sujeitos (eu. tu, ele, ela. nós. vós, eles. elas). porque as desinencias verbais sao sufi-
cientes. para indicar a pessoa a que se refere o predicado (verbo). bem como o
número gramatical (singular ou plural) dessa pessoa:
como bebes
brincamos puderes

o uso das formas tu, te, ti tem conotao;ao de grande familiaridade. Geralmente
nao se usam numa primeira troca verbal entre adultos desconhecidos. Sao habi-
tuais entre as criano;as e adolescentes e entre adultos que já estabeleceram rela-
o;6es de familiaridade .

Pronomes
.....- ........................ Outras preposh;:6es
Com + pronome
pessoais + pronome
e, camlgo , m,m
cootigo de ti
" consigo ,
""",le (om ele rem
"
eJe
el,
06,
corn ela ,,' el,
connosco J'O' o'"
(om voc@s/ convosco' ¡wa
""'''
,1" ccm eles
""'''
eles
"'~

." ccm elas

Formal (convosco = com os senhores I com as senhoras)


¡wa el"

As formas mim, ti, si aparecem sempre precedidas por uma preposio;ao (menos
com com):
Vou comprar isto para ti.
A Faculdade nao sabio nada de mim nem de t.i.

As formas -migo, -tigo. -sigo, -nosco, -voseo nunca aparecem ¡soladas. mas sem-
pre aglutinadas com a preposio;ao com:
Ele (oi comigo 00 cinema.
Eu vou consIgo!
Ele está connosco desde ontem.
95
Contraq:óes dos pronomes pessoais complemento
Quando numa mesma frase aparecem dais pronomes pessoais complemento,
um complemento directo e o outro complemento indirecto, podem combinar-se
do segulnte modo:

me

~
te
se
Comp. indirecto + Comp. directo { } ~ dá:
nos
vos
Ihes
:
me+o=mo me+a=ma me+os=mos me +as = mas
- -.
te+o=to te+a-ta te+os-tos te+as=tas
- -
Ihe+o=lho lhe+a-lha Ihe + os - Ihas lhe + as - Ihas
nos + o = no-Io nos + a - no-la nos + os - no-los nos + as - no-las
vos + o - \10-10 vos + a - vo-Ia vos + os - vo-Ios \105 + as - vo-Ias
lhes + o = lho lhes + a - Iha lhes + os - Ihos Ihes + as = Ihas

oJoao deu O boné OAna.


O Joao deu-o (o boné) oAna.
O Joao deu-Ihe (o Ana) o boné.
O Joao deu-Iho (o boné b Ana).

PARTICULARIDADES DOS PRONO MES PESSOAIS O lA I OS lAS

Na conjun<=ao pronominal
1. As formas do pronome pessoal (complemento directo) o, a, os. as nao se
modificam quando vem ant es do verbo:
Alguém o VIU no supermercado.
Já a (a revista) comprel na tabacona.
2_ Quando as mesmas fOnTIas o, a. os, as vem depois do verbo, ligadas a ele por hiTen:
a) ficam invariáveis. se a forma verbal termina em voga! ou ditongo oral:
A Joana comprou um casaca; eu provei-o e usei-o.
b) tomam a forma .10, -la .• Ios. -las. quando a forma verbal termina em -r, -s
e -z, desaparecendo estas consoantes:
Vou p6r a mesa Vou p6-la.
Bebes o ca(é? - Bébe-Io?
EJe dlz a verdade - Ele di-la .
96
Sucede o mesmo quando vem posposto o advérblo designativo eis ou os
pronomes nos e vos:
8-10 al!
EJe nao no-Io disse.
Nota: Sempre que a consoante cai na silaba tónica terminada em a leva
acento agudo: se a snaba tónica terminar em e leva acento circunflexo:
Vou provar o bolo - vou prová-Io.
Ele fez o exerc(do bem - ele fé-Io bem.

3. Tomam a forma -no, -na. -nos. -nas se a forma verbal termina em ditongo
nasal (som nasal):
Ejes dao o dinhelro - eles dao-no.
Eje poe a meso - ele poe-no.
Aten~ao : só se venficam estas altera<;oes nos pronomes pessoais comple-
mento directo (objecto directo).
Mas: eu tenho-o ele quere-o
tu tem-Io
ele tem-no

4. No futuro imperfeito I perfeito e no condicional simples I composto o pro-


nome lo aparece no meio e nao depois da forma verbal:
Vendé-Io-el. Té-Io-ei vendido.
Vendé-Io-io. Té-/o-io vendido.

Pronomes pessoais reflexos (ou reflexivos) e recíprocos

RE FLEXOS OU REFLEXIVOS
, . Estes pronomes exprimem O complemento directo. Indirecto ou circunstan-
cial. que representa a mesma pessoa ou coisa que o sujeito:
EJa lovo-se todos os dios.
EJe folovo consigo.
2. A conjuga<;ao pronominal reflexa faz-se com os pronomes me, te, se. nos,
vos. se:
eu lavo-me
tu lovos-te
ele lova-se
nós lavamo-nos
vós lovois-vos
eles lavom-se
GIlf'E.o7 97
-
<

<. -...,•
..
"1\1 \¡¡il,l";"
"
.
~ ~.(rt" .. ",- . ,

Nota: Em present;a de nos, al,' pessoa do plural do verbo perde o -5 final:


Nós levontomo-nos as 7 hOfUS do manha.

3. Os reflexivos se, si e consigo aplicam·se tanto a 3.- pessoa do singular como


a do plural:
Eles lavam-se ropidomente.
AAno (010 sempre multo bem de si.
A Alice nao UDuxe os popéis consigo.

CONJUGAC;:AO PRONOMINAL RECiPROCA

A conjugac;ao pronominal recíproca é formada com os pronomes pessoais do


plural (se, nos e vos) exprimindo reciprocidade na ac~o praticada:
Ejes abrar;orom-se e cumpnmentoram-se.
(= eles abrac;aram-se e cumprimentaram+se um ao outro).

Nota: Como as formas do pronome recíproco sao iguais as do pronome


reflexo, por vezes, a frase pode tomar~se ambígua:
A Ana e o namorado engonarom-se.
0
Se o 1. (a Ana) enganou o 2.0 (o namorado) e este (namorado) enganou
aquela (a Ana), o pronome é recíproco, mas se os dois cometeram o
erro, entao é reflexo. Para evitar a ambiguidade, usam-se, por vezes,
advérbios ou express6es explicativas:
a) para marcar a ao;.3:o reflexiva, acrescenta-se-Ihes, conforme a pessoa,
a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo:
A Ana e o António enganaram-se o si mesmos.
b) para marcar a ac~ao recíproca, junta-se-Ihes urna expressao pronomi-
nal, como um ao outro, uns aos out ras, entre si:
A Ana e o Anronio enganaram-se entre si.
A Ana e o Amónio enganarom-se um 00 OUtro .

ou um advérbio como redprocamente, mutuamente:


A Ana e o António enganarom-se mutuamente.

Por vezes, a reciprocidade da ac<;ao esclarece-se pelo emprego de uma forma


verbal derivada com o prefixo entre-:
A Ana e o Pedro entreolharam-se.
98
SE
o pronome pessoal da l~ pessoa (género masculino/feminino; singular/plural)
pode aparecer (om as seguintes fun¡;5es:
a) pronome pessoal reflexo - quando se refere a pessoa que pratica a ao;:ao:
Eje /ava·se todas as manhas.
b) pronome indefinido - quando serve para indeterminar o sujeito:
Diz-se que rir faz bem a saúde.
e) pronome pessoal recíproco - quando se emprega junto de uma forma verbal
plural significando reciprocidade de aCl;:ao. ou seja, um ao outro ou uns aos
outros:
Eles veem-se multas vezes.

d) partícula apassivante - dá valor passivo a frases cuja forma verbal (sempre na


l a pessoa) está na voz activa e cuja agente da ac~ao é indeterminado, ¡sto é.
nao está substantivado.
Se o sujerto também for indeterminado. a forma verbal fica no singular; se
este estiver expresso, entao a forma verbal (oncorda em número com ele.
ou seja, singular ou plural consoante o sujeito.
Aqui estuda-se. ~ Agente da ao;ao e sujeito Indeterminado.
Forma verbal na r pessoa do singular.
Vendem-se casas. ~ Agente da ao:;:ao indeterminado.
Sujeito no plural.
Forma verbal na r pessoa do plural.
Fala-se Portugués. ~ Agente da ao;ao indeterminado.
Sujeito no singular:
Forma verbal na 3.' pessoa do singular:

Além de prono me, o se também pode ser:

1. Conjun¡;:ao ~ palavra invariável, usada para unir frases ou constituintes da frase:


Condicional - quando introduz urna ora¡;ao que exprime condi~ao, urna
hipótese. relativamente ao enunciado da outra ora¡;ao. Como se refere a fac-
tos eventuais. hipotéticos, a forma verbal está no modo conjuntivo:
Se (!Veres tempo te/erana.
Concessiva - quando é substitu(vel por embora. se bem que:
Se nao é uma boa pessoa, é todavia apresentóve/.
= Ernbora nao seja urna boa pessoa. é apresentável.
99
"

7.;' '
<.

Integrante - quando a orar;ao iniciada por se integra ou completa o sentido


da outra orar;ao: desempenha. em relac;:ao a esta. a funr;ao de complemento
directo, podendo ser: ao mesmo tempo. interrogativa indirecta. Como refere
factos reais. está no modo indicativo:
Nao sel se posso ir a proio.

2. Advérbio - palavra invariáveJ que determina ou intensifica o sentido do


verbo, do adjectivo ou de outro advérbio:
Interrogativo - quando introduz no discurso uma orar;ao interrogativa (indi-
recta. geralmente):
Perguntei-Ihe se ele vinho hoje có o casa.

Elemento de locur;6es - quando ajuda a formar locU!;:oes. tais como salvo


se. se bem que, excepto se:
Nós vamos soir salvo se estiver a mover.
Expressao de realce - quando nao é necessário ao sentido da frase, mas Jhe
confere enrase:
Se g05CO.1

Coloca.;ao dos prono mes pessoais reflexos. complemento


directolindirecto

Em rela~ao ao verbo. o pronome pode estar:

1.Depois da forma verbal em:

1.1. Frases simples ou coordenadas (nao subordinadas) e forma verbal simples:


E/a comprou o leite e bebeu-o.

1.2. Frases subord inadas completivas com a forma verbal no infinitivo:


Prometeu ajudó-/o no traba/ho.

, .3. Frases interrogat ivas totais:


Viste-o (o tele)omal) hOJe?

2. Entre o verbo auxiliar e o verbo principal:


2.1. Com verbos auxiliares da passiva:
Foi-Ihes dado o chapéu.

2.2. Com verbos auxiliares de tempo:


Já (rzeste os traba/hos de casa?
- Tenho-os {eito .
100
Pro nome

3. Antes ou depois do verbo principal:

3.1. Sempre que a (orma do verbo principal esteja no infinitivo impessoal:


Como nao havia gente paro a (esta tiverom de a adiar.
ou ... tiverom de adi6·/o.
Estas (ormas verbais podem ser constituídas com vários verbos auxiliares
modais e aspectuais:
dever. ter de/que, poder, ir. Vlr. desejar. esperor; querer; saber; tentor; ...

4. Antes da forma verbal:


4.1 . Frases com o verbo antecedido de certos advérbios:
(nao, talvez, mais, menos, pouco, quose, tonto. como, tombém. apenas. sÓ.
arndo,j6.logo. nunca, sempre):
Eu tombém me lovo.
Alnda te VI 16.
Já te dei o /ivro.
4.2. Frases com:
4.2.1. Pronomes relativos:
Nao sei o que te aconselhor.
EJa disse-me o que Ihe unhas feito.
4.2.2. Pronomes e advérbios interrogativos:
Quem me viu no teatro?
ande te vi?
Porque te queres ir emboro?
4.2.3. Frases comer;:adas por palavras exclamativas e frases que expri-
mam desejo:
Ninguém se sentou.
Alguém Ihe bateu.
4.3. Frases subordinadas:
completivas iniciadas por que - EJe disse-Ihe que nao o quena 16,
relativas - EJe disse-me que o jogo que Ihe ensinei é excelente,
finais - Eu compro o jornol poro oler.
causais - A Ano ajudo o Joao. porque o estima.
temporais - Dou-te um gelodo quondo me /impares o quorto.
condicionais - Ele podio ter um alto pasto no marinho se o quisesse.
concessivas - Ele nao me cumprimentou, apesar de me mnhecer.
consecutivas - A Mano gasto tonto de Matemático que Ihe faz sempre as
cantos.

101
4.4. Com o gerundio regido da pre posl~o em:
Em Ihes cheirando Q greve ...
4.5. Orar;6es altemativas:
Oro nos compreendemos oro nos desentendemos.
Ou os levo eu ou os levas tu.
4.6. Frases enfáticas:
A Ano fez o )Onwr. mas o empregodo é que o comeu.

Coloca~ao do pronome complemento com adverbios

,
DEPOIS DO VERSO ANTES DO VERBO

t
ontem. antes. ~o. ¡¡gen. cedo.
enfm doravante. prYneIfO,
0l/tr0I"a. dantes. antIgamente...
..- TEMPO .. }á.. ora. sempre, nunca, jam<lJs.,
lego. aJnda

acolá. ali. aí. Iá. cá. perta,

.. ..
aquJ,
Iooge, achante. atrás. detrás,
acuna. abaixo, debaixo, LUGAR ali. al, ende. aonde
defronte, dentro, fora. além,
aquém, algures. ...

QUANT1DADE .. muito, pouco, menos. quanto.


demasiado, tmto. tilo

(adjectNo 00 femJnlOO +
meote). sobretudo .. MODO .. bem. mal. ptOr, ilSSIm, depressa.
devagar. quase, como. clebalde

certamente, s.m, decerto,


realmente
.. AFlRMAy4.0

NEGAy4.0 .. nao, nem, nunca. Jaffials

po<Veffi"~ .. [)(MDA ~
"'= """
SÓ.somente. unlcamente.
sen>o .. EXClusAO ~ 51mplesmente. excluSM1ffiente.
'P"'"

INCLUSAO ~ até, mesmo, também

'" .. DESIGNA<;:AO

102
Determinantes e pronomes

Os possessivos. demonstrativos. interrogativos e indefinidos. se nao estiverem


acompanhados de um substantivo. sao prono mes e nao determinantes.

o meu vestido é bronco e o teu é preto.


,
Determinante Pronome
,
Possessivo

Possessivos

A sua forma é igual a dos determinantes possessivos. Concordam em género e


número com o objecto possuído e em pessoa com o possuidor do objecto. Indi-
cam aquilo que pertence as tres pessoas gramatlcais.

...... Masculino
........Feminino Masculino
PI"",,
Feminino

l.' mee mlnha meus mlnnas


Um s6 possuidor 2.' tee t", tee, te"
J.' ~" suas
~c
""
1.' nossos
"""" ""''' '''''''
Varios possuidores 2.' ,~
'0""' VOSS05
"'"''
J.' ~c
." ~"
""
O pronome pessoal no caso complemento directo (dele, deles, de/a, de/as) usa-se
como determinante possessivo em posi<;ao pás-nominal:
EJe leva o carro dele.

Demonstrativos

Indicam que ou quem se aproxima das pessoas gramaticais, quer no espa<;o.


quer no tempo,
103
Singular
Varfi.,efs
Plural
I Invarli.,efs
11
~ -
Masculino Feminino Masculino Feminino
..,., .-
'"'' "" - ----

""" "", ""'" ",,'" ,~o

aquele aquela aqueJes aquelas isso


i-
oowa a outra ",owa, - -- -----
aqUllo
'" """'"
o mesmo , """"" os mesmos as mesmas

'o" '," tais "',


¡--
- '"
-
- '" L
Este, esse, aquele designam proximidade ou afastamento em rela¡;:ao "a quem"
ou "de quem" se fala e concordam em género e número com os substantivos a
que se referem.

É comum a sua utiliza¡;:ao com os advérbios de lugar aqui , aí, ali.


Este, esta, estes, estas e isto - perta da pessoa que fala (eu) - advérbio de
lugar - aqui.
- Indicam o tempo presente em rela¡;:ao a pessoa que faja:
Este Jivro está aqui.

Esse, essa. esses, essas e isso - perto da pessoa com quem se fala (tu) - advér-
bio de lugar - aL
- Indicam O tempo passado o u futuro em rela¡;:ao él. época em que se coloca a
pessoa que fala:

Esse cosaco é muito caro.

Aquele, aquela. aqueles. aquelas e aquilo - longe do eu e do tu advérbio de


lugar- ali.
- Há um afastamento no tempo de modo vago, ou uma época remota:
Aque/a pessoa mora ali hó muito rempo?

Isto, isso, aquilo nunca se referem a seres animados e fazem concordancia no


masculino singular; usam-se para pedir a identifica¡;:ao de animais ou objectos:
Isto é de plástico (isto = um obJecto indeterminado).
0 , a, os, as sao pronomes demonstrativos quando precedem o pronome rela-
tivo Q!& ou a preposi~ao ~ equivalendo a este. esse. aquele. et c.:
t a realizor o (o = aquilo) que é dificil que o homem se af¡rmo.
104
o é forma de pronome demonstrativo quando é o complemento de um verbo
e equivale a ¡sto, isso ou aquilo:
Em tempo de crise nao se pode ganhar muito dmheiro. Todos o
sobem.
(o = isso = conteúdo da ora<;ao anterior).

Tal. como demonstrativo. equivale a este, esta. ¡sto, esse. etc.:


Nao me fo<;os tal!

o pronome demonstrativo pode, por vezes. ter um carácter afectivo, como no


primeiro exemplo, ou pejorativo. como no segundo:
Nao me dlgos mais nada. Essa nao!
Aquilo é um homem horríve/.

Este. esta. estes. estas referem:


- um periodo de tempo em que se inclul o momento da enuncia<;ao:
Esta semana fui 00 mercado.
- um futuro próximo no momento da enunóa<;ao:
Esta nOJte vou sa;r.
- um passado próximo no momento da enunóa~o:
Estos férios fUi a proia.
Aquele(s). aquela(s). aquilo referem-se:
- ao passado da enuncia<;ao. remetendo para um ponto de referencia:
A Monuelo vela o mmho caso. mas nesse diO eu tmho soído.
- nao remetendo para nenhum ponto de referencia:
Naque/e tempo,jesus era perseguido por todos.

Interrogativos

Os pronomes interrogativos usam-se em frases interrogativas caracterizadas


por urna entoa<;ao específica.
v_ ....
Singular Plural 1-
Masculino Feminino Masculino Feminino
qual? qual? quaisl quais? q"" o qu~?

quanto? quanta1 quantos? quantas? quem?


-
andel

105
Quem - emprega-se s6 para pessoas ou seres personificados.
Que - emprega-se para pessoas e seres inanimados.
Que e ande - para seres inanimados.
Qual e quais - usam-se tanto para seres animados como para inanimados.
Quanto - refere-se a pessoas e coisas.

Que + substantivo - - - - - - - -___ Que corro (ens?



O que + verbo ---------~• • a que (azes hoje?
Qual/quals + ser + substantivo - - - -__
QuaJ/quais + de + substantivo - - - -_.
Quem + verbo r
...•
pessoa singular - - -__
Quol é o teu corro?
Quol dos corros é o teu?
Quem vai 00 dnema?
Onde (lugar) - - - - - - - - -__ • ande (¡ca o hotel?
Quando (tempo) ---------~.. Quondo vais pora caso?
Quanto (verbo) ~ Quonto pagas por més?
Quantola/os/as + substantivo ... Quontos codelras compraste?
Como + verbo (modo) .. Como estó o tempo no Su/?
Os pronomes interrogativos podem ser precedidos de preposi¡;ao:
Paro onde vois?
De quem é o livro?
Estes pronomes sao frequentemente refon;ados, na língua falada, pela partícula
enfática é que, situada antes do verbo que acompanha o pronome:
Que corro é que tens?
ande é que (¡ca o hotel?
Que e qual exprimem uma ideia de qualidade e quanto uma ideia de quantidade:
Que livros eSt:::olheste?
Quonros dios estiveste cá?
Os pronomes interrogativos podem usar-se como exclamativos:
Que lindo dial

Relativos

Os pronomes relativos sao os pronomes que se referem a uma palavra antece-


dente e introduzem uma ora~ao que a caracteriza.
Os pronomes relativos usam-se:
1. Em frases subordinadas. com um antecedente na frase subordinante:
Trouxe a come que encomendaste.
106
2. Em frases subordinadas, sem antecedente na frase subordinante:
Nao sei quem me disse isso.

Masculino

o qual

quanto
Singular

feminino

a qual

q,a"'a
v_....

Masculino

os quais

quantos
Plural

feminino
as quals

q,,",1a>
--'
-- q'.
q-
CUJo cuja CUjOS cujas ende

Que ~ é o mais importante e o mais usado. Pode ter como antecedente pessoas
ou COlsas:
A pessoa que vi oli é minha amiga.
D carro que compraste é óptimo.

Quem - só é usado com referéncia a pessoas:


Quem me conhece sobe que eu nao minto.
Só tem antecedente quando precedido de preposi<;ao (de, com, por) e tem a
fun<;ao de complemento:
Conhe~o o pessoa com quem estovas.
Com a preposi<;ao sem, diz-se sem o qua!. sem a qua!.

Cujo - indica uma ideia de posse e precede sempre um substantivo: significa do


qual, de quemo de que:
A caso, cuja porto precisa de ser pintada, é da minho fi/ha.

Onde - exprime uma circunstancia de lugar e refere-se a um local fixo:


Toda o gente gasta de ter (érias ande se sente bem.
O antecedente de ande pode ser um advérbio de lugar (aí, ali, aqui.lá):
D cao vo/ta sempre para oli, ande se sente bem.
Quanto - está sempre em correlat;ao com tudoltodoltodaJtodos/todas e com
tanto:
Tudo quomo queríamos, nada se concretlzou.
Tonto quonto sei, a Ana é doente.

o qua!. a qual, os quais. as quais - tem os mesmos antecedentes de que e


usam-se geralmente precedidos de preposit;ao:
Este é um caso tao dificil de resolver; 00 qual ninguém pode oJu-
dar.
107
Indefinidos

Os pronomes indefinidos aplicam-se ar pessoa gramatical. quando conside-


rada de um modo vago e indeterminado. Apresentam formas variáveis e invariá-
veis.

v_ .... 1 1I
Masculino Feminino
- Singular - Plural Singular Plural 1.......-
algum alguns alguma algumas
'--
nenhum nenhuns nenhuma nenhumas

lodo tod", tOO> eooa. alguém


- f--- -
outro outro,
"""" """", ninguém
muito murtos mUlta murtas ludo

,-
-
pou<o ",,",O> outrem
-
oerto certos """"
corta
",,","

""do
,,"o "", ",.mas ,,,,,
- "'"'"
,,"to ""te,, ,,"'" ,lgo
quanto
1--
ql..lantos
"""
qLl3nta quantas
-
qualquer qU31squer qualquer qualsquer
-

Alguém e ninguém s6 se referem a pessoas:


AIguémlninguém viu 0)000.

Tudo e nada s6 se referem a coisas:


Tudo estó resolvido.
Nada é como domes.

Ninguém. nada e nenhum colocados depois do verbo obrigam a negativa do


verbo:
fu nao tenho nada. Nada tenho.
fu nao vi mnguém. Ninguém teJefonou.

Todo. pouco. nenhum, muitos, vários, qualquer colocam-se antes de todos os


substantivos e detenninantes:
Nenhum dos amigos de Maria se lembrou dos anos.
fu tenho pouco dmhe¡ro.
Várias pessOQs dizem o mesmo sobre a po/ui,ao.
108
Qualquer usa-se em posi~ao p6s-nomlnal quando o substantIvo é precedido
do artigo Indefinido urn. urna:
Uma pessoo quo/quer pode aprender a ra/or Portugués.

TODO

, . No singular e posposto ao substantivo todo indica a totalidade das partes:


O oorulho acordou a VlZlnha~O toda.
2.Também indica a totalidade das partes. quando no singular antecede um pro-
nome pessoal:
Todo e/e era cobardía.
) . No plural. anteposto ou nao, designa a totaJidade numérica:
Todos as pessoos tém um lado bom.

4. Anteposto a um elemento nominal. aposto ou predicativo, usa-se ccm o sentido


de inteiramente. em todas as suas partes, muito:
EJo era toda s¡mpatia e compreensOo.

Todo - pode ser substantivo. adjectivo e pronome indefinido (variável):

Substantivo - é precedido de artigo:


O todo é maior que a soma das partes.

Adjectivo - concorda com a palavra que quaJifica:


Procurei-o por toda a parte, por todo o lado.

Pronome - concorda em género e número:


Todos travom 00 sinol verme/ha.

Quando todo (adjectivo) precede o substantivo. este é obrigatoriamente pre-


cedido do artigo:
Todo o homem tem a sua dignidade.

Todo inclui-se nas expressOes de todo (; de maneira nenhuma) e ao todo (;


na totaJidade):
Gastas de /er?
De todo.
Nao gasto de todo de/es.
Eram 00 todo 50 pessoos.
109
rUDO

Refere-se normalmente a coisas, aplicando-se, por vezes. também a pessoas:


Está tudo furioso com o IRS.
Aqui tudo dorme.

Tudo - pronome indefinido invariável:

1. É empregue ¡solado com fun¡;ao de sujeito ou de comple mento:


Tudo está bem quando acaba bem
Ele gasta de saber tudo.
2. Também se encontra seguido de um demonstrativo invariável:
Tudo ¡sto poderás possuir se uobalhares.
3. Significa tudo o que ou tudo quanto:
Compre tuda o que puder.
Esqu~a tuda quanto viu.

Locu~oes indefinidas

seja quem for

quem quer que seja


..........dlMl
5eJa qual for
qualquer que 5eJa
_....-
Locu¡;ao é um grupo coeso de palavras que equivalem a urna só.

5eJa o que ror


o que quer que seJa
I

quem quer que fosse qualquer que fosse o que quer que fosse
fosse quem fosse cada um o que quer que é
cada qual fosse o que fosse

Do mesmo modo que os determinantes indefinidos, os pronomes que ¡hes


correspondem exprimem uma referéncia vaga, imprecisa.

Os pronomes invariáveis fazem a sua concorda.ncia no masculino singular:


Nmguém se mostrou disposto a ceder.
Tudo aquilo é aborreado.
Nao h6 nada mais certo do que a morte.

Formas de tratamento

Tu - o pronome tu é empregado como forma de intimidade no Portugués


europeu.
110
Yace - usa-se no Portugués do Brasil. Em Portugal generalizou-se esta forma no
tratamento de igual para igual, ou de superior para inferior (em idade, em classe
social ou hierarquia). Nao é possível usar '1oce de inferior para superior em idade.
classe social ou hierarquia.

o Senhor, a Sen hora - sao formas de respeito e cortesia, apando-se, portanto,


a tu e '1oce. Se uma pessoa se dirige a alguém que possui um título profissional
ou tem determinado cargo. costuma-se fazer acompanhar as formas o senhor. a
senhora, da men~o do respectivo cargo ou título:
O senhor douwr
A senhora arquitecta
O senhor presidente.
- Com menos respeito que a forma anterior. usamos:
O doutor
A arqUltecra
O engenheiro.
Neste caso. para dar certa proximidade, usamos também o nome próprio ou o
apel ido:
O domor JODo
A arqUitecta Me/o.
Bastante generalizado em Portugués é o título de Doutor. Tém-no os médicos
e também todos os diplomados por escolas superiores.

Vossa Excelencia (V Ex,") - usa-se em certos ambientes (Corpo Diplomático,


Governo). A abreviatura de V. Ex.a é bastante usual. principalmente na correspon-
déncia oficial e comercial.

Vossa Eminencia 01. Em.") - usa-se no discurso religioso quando nos dirigimos a
cardeais.

Vossa Alteza (V.A.) - usa-se para principes. arquiduques e duques.

Vossa Majestade (V M.) - quando nos dirigimos a reis e imperadores.

Outras formas de tratamento usuais em Portugal antecedidas de artigo:

- o nome pr6prio, quer seja o de baptismo. quer seja o de famnia:


OJosé jó comprou o Jornal.
O Silva jó comprou o jornal.
111
- os nomes de parentesco ou equivalentes:
O [JO já veio?
A mae quer salr.
- outros nomes que sftuam o interlocutor em rela¡;ao a pessoa que fala:
A minha amiga nao quer ir 00 teatro.
O parrao despediu-me.

112
,-
OV/~'VA_.. P . b • t • d •. e •
--
I"l"f,V,s,c;,j ,

GflPE.(18
Numerais

Os numerais indicam uma quantidade de ¡ndivíduos ou coisas. Funcionam como


substantivos se designam a quantidade em abstracto, em si mesma:
Trés e qUO[fO sao sete.
Os numerais podem ser: cardinais, OrdlnalS, multiplicativos. fraccionários e colectivos.

1. Numerais cardinais - Indicam slmplesrnente o número de pessoas. animéllS ou


COlsas:

Sete homens Yirom o fugitIVO.


A major parte é invariável. Mas os cardinais um, dais e as centenas a partir de
200 variam em género:
um .. umo duzentos .., duzentos dais ~ duas
Ambos, quando equivale ao cardinal dois, varia em género:
ambos os cosacos ~ ambos as camisolas
Cem usa-se antes de substantivo ou de quantidades de ordem superior:
cem vacas; cem mi/Mes
Mas emprega-se cento quando se segue um numeral de orclem inferior:
cento e dez: cento e vinte
2. Numerais ordinais - Indicam a ordem que as pessoas. animals ou coisas ocupam
numa série:
Este homem foi o sétimo a ver o fugItivo

-
Vanam em género e número:

Masculino
.......
Feminino Masculino Femlnlno
I

pnmelro

""odo
_mo
tef'Celro
pnmelra

-"'"""'"""
tercelra --
pnmelr05

_me<
tercelr05
pn"",'"

_"""
<ec<e",

""""""
Nota: Pode considerar·se uma fum;ao de numeral determinante numa frase
como:
Este fo! o sétimo homem a ver o fugitIVO.

1 Numerais multiplicativos indicam o aumento proporcional, a sua multiplica~ao:


O teu carro custou o dobro do meu .
114
Podem funcionar como substantivos ou como adjectivos (determinantes):
Este carro tem o triplo da velocidade daquele.
(substantivo)
Para o )oao, perder o emprego resulta numo triPla derrota.
(determinante)
Os numerais multiplicativos sao invanáveis quando funcionam como substantivos,
e geralmente sao precedidos do artigo o:
Tens o dobro da mlnha agilidade.
Sao variáveis em género e número quando funcionam como adjectivos (deter-
minantes):
Foi uma dupla alegria ter-te visto.

4. Numerais fraccionários - indicam a diminui~ao propon::ional. a sua divisao:


Gaste; um tert;o do dinheiro que tmha.
Concordam com os cardinais, que indicam o número de partes:
dois quartos.

5. Numerais colectivos - sao os que, mesmo no singular. indicam um grupo de


seres: equivalem a substantivos:
EJes formam um trjo multo conheddo.
Flexionam-se em número:
quotro dezenas.

Quadro geral dos numerais

- ....- Cardinais O rdinais -


M ultiplicativos mccionários Colectivos
I

-- -.
I I ~,= pt1me'rtI

2 ""pIo 00
11
""""" dOOro ~"de 000. """"

J 111
'" "".ro "'pIo '''1' /no

4 IV ",,/ro qwrto q- qwrto


""""/O
S V ~,
qUInto q"'cwpIo <,,,., ","",'
_/o.
6 VI ~,
"'</o "><Iuplo
"""' lT\eia dúzia

7
8
~I

\111
~"
"""'" séptuplo

6ct,pIo
."""
00' OOM
"""
115
~

10
r- D<

X
~"
r-
""
-
dé<~
""""""
"""""
-
~
~

""""
""""
XI oore """"'~ '" """'"~
" ""~ po- ""","pIo
'" 00"
~ro ~

1-

-
12

13

14
1---
XII

XIII

XN
"",,

1---
"",
catorze
--,
""""~
'"~
décimo ter-
'.ro
déomo
""""<opio -~
00_
~

treze avos

catorze avos
"""

¡-
déomo
15 q,..,,~
1-- ""
q"~

""roo
déo~
16 XVI
"""'" """ """'"
~

,,-<,
17 XVII ""~
"""'" """" .~

lB 'MI "",,o ""~ dezorto avos


""'~

"
20
XIX

XX
"'~

"""
-
"',~

.... gésimo
,,=
.~

""""'" '"
11 XX
~

~
., -~po-
~
vinte aYOS
Vlflte e um
~

1--- - -
Wlte e cioc.o
~".
25 )001
~
""""'"
qulrtta .~
q¡.¡arteir1<>

...
"' ~

-
-~'"
30 XXX
- '""" triota avos

"" XL """","
""""""" 00
~
"""""

quinquagé- ~

--.
50 L ou ao-
""""'""
SImO

r--
.~

"'""" .~

fIJ LX ~~
~- '"~"

70 LXX setenta "","""""" ""'


'""""""'
~
,," "

-
SO LXXX 0'''''"
""""""'" -
""""""'"
00 """'"
.~

116
90

~ """"""'"
~ ~~u

""""""'" ,~

<ffi"""" cent~
100 C <~ ~enté5imo
ou cem avos cenlo

101
- CI
cenlo e Cer1téslmo cento e um
-

~ ""~ """
duzentos
,
I
200 ce du=rt~ d<Kffi""",,
,~

treZer1tos
-r--
JOO cee treZer1t05 tn<:entésrmo

qwtro- quadril'lgel'l-
"""
quatroceo·
.
.", CO
,"""
-""
"" """
~,~

500 D """"" -
,~
qulnquenlé·
~ ,~

seXCet1té- setSCentos
600 oc 5elscentos
"""
,~

septmgenté- setetenlos
700 occ setetentos
.~ ,~

<XtIngenté- ortocentos
800 ocee -~""

-- "'" "'"
~

nongef1Ié· ~ffi""
900 CM
"'"
milésimo ou
f-
mlw.
1000 M mi mi~mo
mll(lll()!; milr.eI!"O
f-
1001 MI mtl e um m"~
",,~ro
""t e um
,~

L
Nota: Na contagem dos séculas e na numera9io de reis e papas. empregam~se
os ordlnais, mas. quando for superior a dez, podem usar-se os cardinais:
Rei D.Jooo V- 0.)000 quinto
Papa Joao XXIII- Papa )000 vinte e ~s

117
, ' ,
,
- '
erbo

. '

cfIIIIII (_ ~ co,'.)
,...,., ~" ......t\". I~'" ..,..-o
o verbo exprime aq:6es. qualidades ou estados. sit uando-os no tempo. apre-
sentando varial;6es de número. de pessoa. de modo. de tempo. de aspecto e de
voz.
Os verbos podem ser regu lares. irregulares. defectivos. unipessoais e impessoais.

NÚMERO - o verbo admite dois números: o singular e o plural. Está no singu-


lar quando se refere a uma s6 pessoa ou coisa: no plural. quando tem por sujeito
mais de uma pessoa ou coisa:
Singular - ando como parto
Plural - andamos comemos partJmos

PESSOA - o verbo tem tres pessoas:

- a primeira pessoa é a que fala e corresponde aos pronomes pessoais eu (sin-


gular) e nós (plu",I):
ando andamos
- a segunda pessoa é aquela a quem se fala e corresponde aos pronomes
pessoais tu (singular) e (v6s) 1 plural:
andas andais
- a terceira pessoa é aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes
pessoais ele, ela (singular) e eles. elas (plural)2:
anda andam

MODOS VERBAI S sao as diferentes maneiras como o emissor concebe a


aCl;ao ou o estado expressos pelo verbo.

,;'*,.,-
Indicativo - a aCl;ao é concebida como uma realidade:
eu como I comi I comia I comerei

Conjuntivo - o enunciado exprime uma aCl;ao concebida como um dese/o.


uma possibilidade, urna eventualidade ou uma dúvida:
Ta/vez cante I cantasse.
HaJa sossego.

1 Nesta G:amatlCil r'l3a se refere a pessoa vós. poi$ ero já ero desuso ao nivel de u-r.gua fam,llol(.
1 Foca-se t.ambém o voca I vod:s.

120
Imperativo - apresenta uma ordem, uma exortac;ao, um pedido:
Calem-se! Estudem!
Condicional - apresenta a realizac;ao dependente de uma condic;ao:
Serios rico, se tIYesses poupodo.

TEMPOS VERBAl S - situam, no tempo. as acc;oes ou estados expressos pelos


verbos, relativamente ao momento da elocuc;ao.

Quadro ~ dos modos e tempos I


MODOS TEMPOS

Presente: estudo
Imperfeito· estudava
simples: estudei
Perfeito
Pretérito (omposto: tenho estudado
INDICATIVO simples; estudara
Mais-que-Perfeito
(emposto: t.nha estudado

Imperfeito 1: estudarei
Futuro
{ Perfeito": terer estudado

Simples6: estudaria
CONDICIO NALs
Composto}: tena estudado

estuda (tu)
IMPERATIVO
estudem (voces)

Presente: estude

{ Imperie;to, """"",,,
Pretérito Pretérito Perfeito Composto: tenha estudado
CONJUNTIVO
Mais-que-Perfeito Composto' tIvesse estudado
{ Imperie;to, ,,,",,oc
Futuro
I Perfeito' tJver estudado

;T.vnbém denommado Futuro S.mp¡es ou Future do F're5eme Simples.


' TambM1 denc.lrronado Futuro Composto ou FutlXO do Preser1te Composto.
O wndlclOOal nem Sl"mp!'l! tem 'ilgruflGldo modal. o que SI" verifICa. po!' exemplo. na rraS!": EIo dosse-me Cj(.'e lfIO
(cMOmente) pam F~. !sto Ievou a que certos linguoslaS charnasSl"m ao tondiclOt'lill Futuro do Passado, No
entallto. o CoodicJOnaI pe/'Slste. em grande parte. cam SI"fltJdo moda~ EJa msse-ffle que ¡na para Fraor;a. SI"
pudesse (<!Cao ".potétlca - significado modal).
"Também denominado CoodiOooal Presente ou Futuro do Preténto SImples.
' Também denormnado Futuro do Preténto Campasto.

121
INFINITIVO [ SimPles. ""_
Campasto: ter estudado

Formas nominais dos verbos - sao formas nommais dos verbos o infinitivo
(impessoaJ). o gerúndio e o participio passado. Distmguem-se dos outres tempos
por nao expnmlrem, por si, nem o tempo nem o modo. Assim, os valores modal e
temporal dependem do contexto em que se encontram. Charnam-se nominais
porque podem desempenhar. de algum modo, func;:Oes equIValentes a substantivos.

ASPECTO - designam "urna categoria gramatical que manifesta o ponto de


vista do qual o locutor considera a aCl;ao expressa pelo verbo",8 Pode ele con5i-
derá-Ia como concluida, Isto é, observada no seu término, no seu resultado; ou
pode considerá-Ia como nao concluida, ou 5eJa, observada na sua dura1;ao. na sua
repeti~o.

Voz activa e voz passiva

o}ooo bebeu o le/te.


a IMe (oi bebido pelo )000.
No primeiro exemplo o verbo está na voz activa; no segundo, na voz passiva.

Activa - o sujeito, J030, pratlca a acc;ao designada pelo verbo:


OJOOo o(erece o jontnr.
Passiva - o sujeito, o jantar, sofre ou recebe a ac~o praticada pelo outre:
O jonwr é o(erec!do pelo Jodo.
a
Nota: Na voz passiva, pessoa que pratica a ao;3:o dá-se o nome de agente da
passiva (pelo Joao: agente da passiva).

56 os verbos tranSItiVOS é que tem voz passiva.


A voz passiva tem como auxiliar o verbo ser. conjugado no tempo e modo
pretendidos + particípio passado do verbo princIpal:
O leite era bebido pela crianc;a.

, ,
verbo particípio
ser passado

• Bureau. Contad. o.ct.onnoort' de Ia~. r;ous la d,rectlOO de Gcor¡es MOlIW\ Pam. PUf. 1974

122
Transformar uma frase activa numa passiva impoe as seguintes alterar;:oes:

Sujeito Predicado Complemento directo

, t t
O rapaz apreciou o concerto.

--- -----..
O concerto (oi apreoado pelo rapaz.

Sujerto Predicado Complemento agente da passiva

1. O complemento directo da activa passa a sujeito na passiva;

2. O verbo auxiliar ser fica no mesmo tempo do verbo principal da voz activa.
seguido do particípio passado do verbo principal:
ser + particípio passado

3. O particípio passado do verbo principal concorda em género e número com o


novo sujeito da passiva:
por + agente

4. O agente da passiva é precedido da preposir;:ao por ou as suas combinar;:oes:


por + O = pelo
por + a = pela
por + os = pelos
por + as = pelas

5. Quando na activa o sujeito é indeterminado e nao está expresso, omrte-se o


agente da passiva:
Activa - vao construir novos prédios no Estonl.
Passiva - Novos prédios vao ser construídos no Estonl.

6. Nos verbos com particípios duplos usa-se o particípio passado irregular na voz
passlva:
O polroa prendeu o ladrao.
O ladrao foi preso pelo po/íóa.

7. Além do verbo ser. há outros auxiliares que podem formar a passiva. como:
7.1 . verbos que exprimem estado (estar. andar. viver. etc.);
As pessoas. adualmente, esta~ tocadas pelo ambiente.
123
7.2. verbos que exprimem mudan¡;:a de estado (ficar):
Eje f¡cou atormentado pelo tremor de terro.
7.3. vemos que exprimem movimento (ir; vir):
Eje (01 acompanhado pelos pais.

Os verbos regulares flexionam-se de acordo com o paradigma. ou seja.


o modelo que representa o tipo comum da conjuga¡;:ao. Se tivermos. por exem-
plo. andar, comer e partir como paradigmas da I.a• 2.~ e 3.' conjuga¡;:6es. constata-
mos que todos os verbos regulares da I.a conjugac;ao formam os seus tempos
como andar, os da 2.a como comer, os da l a como partir.

Os verbos irregulares. como o nome indica. sao os que alteram o radical em


algumas das suas formas.

Os verbos defectivos sao aqueles que nao se usam em todos os tempos ou


pessoas:

Verbos defectivos pessoais - sao os verbos que só se usam em algumas pessoas


ou alguns tempos para evitar sons desagradáveis ao ouvido.

1. SÓ se usam nas formas em que se conserva o i do tema:


abo/ir, banlr, carpir; (o/ir; remir, etc.
Falir - Presente indicativo: (olimos. (alis
Presente conjuntivo: nao tem
Imperativo: (o/i
Usa-se em todos os outres tempos e pessoas.
2. 56 se usam nas formas em que se conserva o i do tema ou em que este muda
para e:
(remlr; punir. submergir
Fremir - Presente indicativo: (remes. (reme, (remimos, (remem
Presente conjuntivo: nao tem
Imperativo: (reme, (remi
Usa-se em todos os outros tempos e pessoas.

Verbos defectivos unipessoais - sao os verbos que, exprimindo vozes de animais.


sé se usam na 3." pessoa (do singular e plural):
arrulho. arrulhom (pamba)
berro, berrom (cabra)
brome, bromem (elefante)
cocoreja, cacareJom (galinha)
enlo, chlom (rato)

124
coaxo, coaxom (ra)
grosno, grosnom (pato)
lodro, lodrom (cao)
miO, mlom (gato)
palm, po/mm (papagaio)
pio, plom (mocho)
Sibila, sibilam (cobr<l)
Sllvo, silvam (serpente)
erino, {Ilnam (canáno)
uÍYQ, uivom (lobo)
zumbe, zumbem (mosquito)
ZUITO. zurrom (burro)

Os verbos impessoais nao tem sUJeito. usam-se apenas na 3.. pessoa do singular:
chove, faz (60. anoiteceu ...

CONJUGA<;:ÓES - conjugar um verbo é dize-Io em todos os modos. tempos.


pessoas, números e vozes.

1. As conJuga¡;5es sao tres, de acordo com a vogal temática. As varia¡;5es ope-


ram-se a partir do tema verbal. que se campee de radical + vogal temática.
Assim. nos infinitivos dos verbos andar, comer e partir ternos:
and+a+r
com+e+r
part+i+r
tema em -a .. I.a conjuga¡;ao
L _. . tema em -e .. 2.~ conjuga¡;ao
tema em -i .. 3." conjuga~ao

2. As características e as desinencias pessoais sao ainda elementos importantes


da flexao verbal:
2.1. Características - acrescenta-se ao tema para caracterizar um tempo ou
um modo:
andava (va - caracteristica do pretérito impetíeito do Indicativo)
andasse (sse - caracterlstica do pretérito impetíeito do con-
juntivo)
2.2. Desinencias pessoais - acrescentam-se ao tema ou as caracterlsticas para
indicar a pessoa e o número:
andas (s - desinencia da 2: pessoa do singular)
andávamas (mas - desinencia da I. a pessoa do plural) .
125
Emprego e format;ao dos tempos verbais

PRESENTE DO INDICATIVO

t .. cOlljuga¡¡:ao 2." conl uga¡¡:ao ] .' conj uga ~o


(ama r) (come r) (partir)
.mo OO~ p'rto
comes p'rt5
"""
"". come p'rt,
comemos partimos
""""'" ,,,,,,,m partem
''''''''
o presente do indicativo emprega-se:
1. Para enunciar um facto actual, ou seja, um facto q ue acorre no momento em
que se fala (presente momentaneo):
Chove.
a céu está bonIto.
2. Para indicar ao;5es e estados permanentes ou considerados como uma ver-
dade científica, um dogma, um artigo de lei (presente durati ....o):
A Terra gira ovo/w do Sol.
A Term é redonda.

) , Para expressar uma ao;ao habitual (presente habitual ou (requentati ....o):


Como pouco.
Sou rJmldo e por vezes digo banalidades.

4. Para dar vivacidade a factos acorridos no passado (presente hist6rico ou nar-


rati ....o). como nesta descri¡;ao de Marques Rebelo:

':,4 Avenida é o mar dos (olioes. Serpentmas cortam o ar carre-


gado de éter; r%m das sacados, pendem das árvores e dos
(¡os, unem com os seus motizes os outomóveis do corso."

s. Para marcar um facto futuro, mas próxImo:


Vou paro o Algarve.
126
VERBOS IRREGULARES EM $K
Penoa ~,
,,, (aler dizer saber poder querer perder pO, troler

'" veJo leic


'''0 d,go
"" po"" qooro penoo ponho "',o

'" ," '" r~", dizes "be, pode, qo"", "..,.. po..
""'"
elefela
r~ d. "be pero.
vocé
'" " pode q"" pOe
""

,-
06, vemos lemas ""- doe- """-
mo,
pode-
""'" .,.roe- pomo> "",-
mo>
""" """ """ """ """
elesfelas
vods ""m fazem dizem ..- podem qoorem peroem pOem ""em

VERBOS IRREGULARES EM -IR

Pessoa pedir dormir subir ;, .;,


pe<;o durmo "00 venho
'" '0O

-
"'''''
pedo> ~"
'"
ele/ela
donn"
"'"
vece ped' domo. ~,
"m
06, pedimos dormimos subimos ~m", VimoS

elesJelas
pedem donnem .obem "'o ,,,"
'oc"
abrir - - - -.- eu abro, tu abres...
conseguir .. eu consigo, tu consegues ...
corriglr - - -:.. eu corrijo, tu corriges ...
despir .. eu dispo. tu des pes...
owir .. eu OU~O, tu ouves...
preferir .. eu prefiro, tu preferes...
seguir .. eu sigo, tu segues.. .
sentir --~~~ eu sinto, tu sentes .. .
vestir .. eu visto, tu vestes.. .

VERBOS IRREGULARES EM AIR

Penoa solr coir

'" "'O '"O


cals
'" ""
ele/ela ,,,
VQCe
'"
06, "1"",, calmos
eles/elas
voces "em aem

127
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES DO INDICATIVO

Exprime urna aCt;ao passada, acabada, complet amente realizada. num tempo
passado.

Pessoa 1.' conjuga~o 3! conjuga~o

amei partí
'"
amaste comeste partiste
'"
ele/ela
."', amou comeu parti u

06, amámo$ comemos partimos

elesfelas
amaram come ram partiram
voces

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO

Pessoa cantor vender partir


f--
tenho cantado tenho vendido tenho partJdo
'"
tens cantado tens vendido tens partjdo
'" ~.
ele/ela
."', tem cantado tem vendido tem partido

06, temas cantado ternos vendido ternos partido


elesJelas
f--
voces
t!m cantado tern vendido tem partJdo
'---
Aa contrário do que ocorre em algumas línguas románicas. há, em portugues,
clara distin~ao no emprego das duas formas do pretérito peneito: a simples e a
(ompasta. formada pelo presente do indicativo do auxiliar ter mais o participio
passado do verbo principal.

A forma simples indica urna ao;ao que se produziu em certo momento do pas-
sado. t a que se emprega para "descrever o passado tal como aparece a um
observador situado no presente e que o considera do presente'~:

Almocel ,om um apetJte devorador e dorml lindamente.

A forma composta exprime geralmente a repeti~ao de um acto ou a sua conti-


nuidade até ao presente em que falamos:

Tenho escrito muitos livros.

· CUNHA. Celso: CINTRA Luis F. l!ndley. Nova GramÓl.lCo do Portugués COnlempor<'lnl'o. Ed,,;()es S;í da
Cost.l. 1984_

128
o pretérito perfeito simples, denotador de uma ao;ao completamente con-
durda, afasta-se do presente: o pretérito perfeito composto, expressao de um
facto repetido ou continuo, aproxima-se do presente.
Numa linha temporal. poderíamos ter o seguinte:
hoJ'

¡: pretérito
o presente do
I
,t_____________________________
perfeito _
indicativo

pretérito perfert.o composto


ultJmamente

ALGUNS ADVERBIOS USADOS COM O PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES

ontem. anteontem, hd pouco. há dios. há semanas. há anos, há a/gum lempo.


há muito lempo, no domingo possado, no quorto-feiro possoda, na semana
passada, no méslano passado

ALGUNSADVÉRBIOS USADOS COM O PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO


ulrimameme, nos últimos dios/meses/anos. nas últimas horas/semanas, nestes últi-
mos dios, até agora, até 00 presente

PRETÉRITO PERFEITO DE ALGUNS VERBOS IRREGULARES

Pessoa
'" eS/ar ,,,
"
'" r" fui
"""" tNe

'" r"", r"", -"', """"


ele/ela
r~ ro, "'~, ,~,

~ci
rom", -.mo,
-

-
06, fom~ tivem",
eles/elas
¡-
r~ foram lIveram
voces

Pessoa dizer trozer (azer querer poder


-
quis
'" disse
disseste
trou"
trouxeste
- "
fize'ite
-
quiseste
pude
pude>t,
'"
elefela
voce d"" ""~, r~ qUls p&Ie

06, dlssemos trouxemos fizemos qUlse!T1OS pudemos


elesJelas
voces
dlsseram trouxeram fizeram qUlseram pudemm
-
129
"'''"''
Pessoa. ,;, doc sober por ~,

-
"m de, "",be po> ,;
'" "",,, "",b,," puseste viste
""~te
'"
ele/ela
,"'. velo deu ","be pó'
""
,6, vlemos demos soubemos pusemos VImos
eles/elas
,.,.." d""", ","be"", puseram
voces
""'"

PRETÉRITO PERFEITO DE VERBOS EM -AIR

Pessoa

'"
coir
caj

caiste
..soir

5alSte
'"
ele/ela
voce
,6,
caiu

oa;"""
"'"
sarmos
elesJela.5
vocés
caíram saíram

PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO

A propria denomina~o deste tempo dá-nos o seu valor fundamental: o de desig-


nar um facto passado, mas nao concluIdo (imperfeito = nao perfeito, inacabado),
Encerra, pois, uma ideia de continuidade, de dura~ao do processo verbal. É de
salientar que as desinencias da 2,~ e 3.~ conjuga¡;6es sao iguais.

Pessoa l .' coniuga~jo 2,' conjuga¡;:10 J ,' conjuga.¡;:10


amava comia. partia.
'"
amavas comias partias
'"
ele/ela
amava (omia partla
'oc,
'6, amávamos comlamos partlamos
elesJelas
amavam comiam pa:rtiam
,"'"
Esquematizando as termina~5es (vegal temática -a- ou -eJi- + caracteristica -va- +
desinencias pessoais) temos:
130
Verbos de tema em·a Verbos de tema em -e/i·
·ava .,.
-avas ·,as
-ava -ia
-ávamos oíamos
-avam -¡am

USO DO PRETÉRITO IMPERfEITO DO INDICATIVO

Este tempo verbal usa-se nos seguintes casos:

1. Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma época passada e des-


crevemos o que entao era presente:
Eu fumava, pensava e apredava o mar.

2. Para indicar. entre aCl;oes simuh:áneas. o que se estava a processar quando


veio a outra ac{:ao:
Falava alto e todos acordarom.
3. Para denotar uma ac{:ao habitual ou repetida (imperfeito frequentativo):
Quando eu nao a esperovo, e/a apareoo.
4. Para designar factos passados concebidos como continuos ou permanentes:
Sentou-se na joneJa que dava paro o muro com o JOfTlOI nas mOas.

5. É usado, muitas vezes. em substitui<;ao do condicional (imperleito de cortesia):


)000, eu vinha unicameme para falar dos pois.
Usa-se o imperfeito de cortesia:
5.1. para fazer urna afirma<;ao:
Queria um café.
5.2. para fazer um pedido delicadamente:
Gastava de Ihe folor.

6. Para situar vagamente no tempo contos, lendas. fábulas, etc. (caso em que se
usa o imperfeito do verbo ser, com sentido existencial):
Era umo vez um re; chamada Ricardo ...
Na língua falada, o imperfeito do indicativo é mais usado que o condicional.

ALGUNS ADVÉRBIOS USADOS COM O PRETÉRITO IMPERfEITO


DO INDICATIVO

ont!gomenle. domes, em tempos, todos os dIos/meses, lodas as semanas (com


valor repetitivo no passado).
131
Verbos irregulares

Pessoa
'" '" ", p¡¡,
.rn tinha vinha punha
'"
'" .'" tlnhas vinhas punhas

.oc.
ele/ela
oc.< tinha vinha punha

,6, ""mo, tínhamos vínhamos púnhamos


eles/elas
VOC~$
.mm trnham vinham punham

DISTINC;:OES ENTRE O PRETÉRITO IMPERFEITO E O PRETÉRITO


PERFEITO DO IN DI CATIVO

o pretérito imperleito exprime o facto passado habitual: o pretérito perfeito.


o nao habitual:
Quando o vía, beijava-o.
Quando o vi, beijei-o.

o pretérito imperfeito exprime a ao;:ao durat iva e nao a limita no tempo: o


pretérito perfeito indica a ao;ao momentanea. definida no tempo:
O rapaz desprezava o perigo e onha o arrojO de ir paro a (rente do tauro.

, t
pretérito imperfeito pretérito imperfeito

O rapaz desprezou o perigo e t€'le o arrojo de ir para a frente do touro.

pretérito perfeito pretérito perfeito


Imperfeito = aq:ao a decorrer.
Perfeito = ac~ao pontual.
fu estovo o estudor quondo o te/efone tocou.

pretérito Imperfeit o pret érito perfeito

, t
ao;ao a decorrer ao;:ao pontual
132
Verbo

Ontem
,
VI O TeleJomol.

pretérito perfeito
,
ao:;ao completamente acabada

Oncern, estovo o ver o Telejomol, quondo .. .

,
pretérito imperfeito
,
aq:ao a decorrer

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES DO INDICATIVO

Pessoa l .' conjugao;ao 2.' conjugat;:ao ] .' conjugao;ao


cornera ¡wtl~
'" ""'" -
~m corneras partiras
'"
ele/ela
YOCe ""m comera partira

06, am:i.ramos comeramos partíramos


-
eles/elas
~ ~m corneram ¡wtJ ~m
YOCeS

Esquematizando as termina¡;:6es (caracteristica -ra- + desinencias pessoais)


temas:
Ora
- ras
ora
- ramos
-ram

o pretérito mais-que-perfeito usa-se para indicar:

1. Uma ac¡;:ao que ocorreu antes de outra ac¡;:ao já passada:


Ele tornara-se tao aborrecido que me desinteressou.
133
2. Um facto vagamente situado no passado:
Casara, tivera (¡/hos, mas nada disso o sotisfizera.

3. Um facto passado em re(ac;:ao ao momento presente, quando se deseja ate-


nuar uma afirmac;:ao ou um ped ido:
Eu v!era (ou tinha vindo) para o convencer a sair connosco.

Na língua escrita emprega-se, de vez em quando. o mais-que-perfeito


simples em lugar:
a) do condicional (simples ou composto):
Um pouco mQls de frio e (ora (= tena sido) gelo.
b) do pretérito imperfeito do conjuntivo:
Assistimos o EXPQ como se ((¡romos meros turistas.
Na linguagem COrTente este emprego fixou-se em certas frases exclamativas:
Quem me dero!
Pudera!

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO

Pessoa cantar vender poror


tmha cantado tmha vendido tinha parudo
'"
tinhas cantado tmhas vendido tinhas partido
'"
elelela
tinha cantado tinha vendido ttnha partido
voci
-
06. tinhamos cantado tínhamos vendido tinhamos partldo
eles/elas
tJnham cantado tinham vendido tmhamparudo
voces

OU

Pessoa auxiliar l.' conjuga~¡¡o 2.' conjuga~¡¡o ] .' conjuga~¡¡o

unha amado comido p'rodo


'" tmhas
-
" " "
'"
elelela
Mha " " "
",,'
06. tínhamos " " "

eles/elas " «
tinham "
voces

134
o pretérito mais~que·perfeito campasto do indicativo exprime o mesmo
sentido do pretérito mais-que-perfeito simples. mas utiliza o verbo auxiliar ter (no
Imperfeito do Indicat ivo):
EJe unho chegodo quando o pro(essor tele(onou.

verbo auxiliar partiápio passado

Numa linha temporal. tenamos o seguinte:

cm,m hOle

, D D I
! pretérito pretérito presente do
:t ________________________________________
mais-que-perfeito perieito _
indicativo

pretérito perfelto composto

FUTURO IMPERFEITO

Penoa andor comer parlir


andarei CDmerel partlrel
'"
'" andarás comerás p""""
eleJela
voce andará come" p"""
06, andaremos comeremos partiremos
eles/elas
voces andarao (omerao partll-ao

Aa infinitivo impessoal acrescentam-se as seguintes termina<;oes:


-ei
-ás

-emos
-ao
o futuro imperfeito utiliza-se para:
1. Exprimir urna ac¡;ao posterior ao momento de fala ou de escrita (muitas
vezes é substituido pelo Presente):
¡rei ver-te depors de amanha.
2. Exprimir dúvida ou incerteza sobre fados aduais:
EJe gostaró disto?
135
3. Como fórmula de boa educa¡;:ao:
Que é isso, nao me dirá?
4. Exprimir uma ordem, um desejo:
Nao mataros.
S. Exprimir urna possibilidade:
Se nao reogires Já, será tarde.

Verbos irregulares

Pessoa dizer (azer


¡-
direi farei
"""
""~ ,
'"
d,'"
'"
ele/ela
farás
"''''
vocé
dirá
r"" "'cá

"6, diremos faremos ~

elesJelas
dimo famo tramo
vocés
'-----
Na língua falada raramente se usa o Futuro Imperfeito. Usa-se, preferencialmente,
locU(;5es constituídas por:
1. presente do indicativo do verbo haver + de + infinitivo ~ exprime a
inten¡;:ao do acto no futuro:
Hei-de ir 00 cmema.
2. ter + de + infinitivo ~ ac¡;:ao obrigatória no futuro:
Temos de aprender Portugués.
3. ir + infinitivo ~ aC(;:ao futura ¡mediata:
Vou Jontor 00 BO!rro Alto.

FUTURO PERFEITO DO INDICATIVO

Forma-se com o verbo auxiliar ter no futuro imperfeito. seguido do particípio


passado do verbo principal.

Penoa cantar vender partir


- ¡-
terel cantado terel vendido terei partKJo
'" r;;;s cantado terás vendido terás partido
'"
.oc.
elelela
terá cantado terá vendido terá partido

"6, teremos cantado teremos vendido


- r- ..
teremos partido
elesJelas
terao cantado terao vendlClo temo partido
vocl!s

136
.'. .. . ~
, , I ,., " I \ ,L • , \

Verbo

o futuro perieito utiliza-se para:


1. Exprimir urna 30;ao futura anterior a outra. também futura:
Quondo vieres,)6 terei acabado o ¡¡vro.
2. Exprimir certeza de urna ao;:ao futura:
Se nao te disser nado, é porque)6 tere¡ saído.
3. Exprimir dúvida sobre factos passados:
Ejes teroo compreern1ldo?
4. Supor factos passados (comuns na comunica~ao social):
Sup6e-se que nas inundQ~i5es do China (erao marrido mois de
2000 pessoas.

CONDICIONAL

Pessoa amar ~"


poro,
comeria partiria
'" ""'"' comenas partJnas
'" ""'"~
ele/era
(amena paruria
vod ""'"' -
,6' amañamos cometíamos partHiamos
eles/eras
voces
'''''"'''' comeriam partiriam

Aa infinitivo impessoal acrescentam-se as seguintes termina<;oes:


-la
-las
-la
-famas
-iam
o condicional é geralmente considerado como um modo que enuncia as
ao;oes dependentes de urna condi¡;ao. Há gramáticos que o consideram como
um tempo (futuro do pretérito) do Indicativo. Esta dualidade de posi¡;oes provém
dos seus variados valores:

1. Expressa uma ac¡;ao pouco provável. dependente de uma condi¡;ao que nao
se realiza no presente:
Ele contarla rudo o que viu, se estiVesse em caso.
2. Expressa uma aq:ao posterior a época de que se fala:
Pensas que se nao tivesses ido nao lamen torios?
137
3. Expressa incerteza sobre acontecimentos passados:
Deveriom ser 3 horos quondo o bombo caiu.

4. Expressa indigna~ao:

Quem dina?

5. Em algumas frases interrogativas e exclamativas. para mostrar surpresa e


indigna~ao:
oJoao caso u-se. Quem diria?!
Este tempo verbal é muitas vezes substituído pelo pretérito imperfeito do indica-
tivo. sobretudo na língua oral:
Ele cOn(avo (contaria) tudo o que viu, se estivesse aqui.
Pensas que se nao tivesses ido nao /amen(QVas (lamentarias)?

Verbos irregulares

Pessoa dizer (ozer trozer

'" dlria faria ,,,,",


dlrias farias trarias
'"
ere/era
diria faria ",",
.""
06, diñamos fariamos traríamos
eles/elas
diriam fariam trariam
voces

CONDICIONAL COMPOSTO

o condicional compasto forma-se com o verbo auxiliar ter no condicional mais


o particípio passado do verbo principal.

Pessoa comar vender partir


teria cantado teria vendido teria partido
'"
tenas cantado tenas vendido terias partJdo
'"
ele/ela
teria cantado tena vendido teria partido
voce
06, teñamos cantado teriamos vendido leñamos partJdo
eles/elas
teriam cantado teriam yendido leriam partido
."'"
138
o condicional compasto traduz:
1. Uma aq:ao que tena acontecido no passado. mediante uma condic;:ao:
fu tena (MO isso se me tivessem d¡ro.

Nota: Este tempo é por vezes substrtuído pelo preténto mais-que-peneito


composto:
fu [mha (e¡ro isso se me rivessem dlto.
2. Dúvida/incerteza relativamente a (actos passados:
Eles tenam 'lindo?
O (MOO caiu porque tena perdido a visibi/idade e rena embatKio nos
pos tele(ónicos.
Neste contexto, é uma estrutura comum na linguagem dos media, ao relatar
notícias sobre as quais nao se tem a certeza acerca da veracidade dos factos.

TEMPOS DO CONJUNTIVO
Em relac;:ao ao momento em que se fala:
O presente do conjuntivo pode ter um valor:
presente ~ Penso que sejam necessános mais (o/has.
futuro ~ Se quiser. vd ter com ele.
imperativo ~ Calem-se!
O imperfeito do conjuntivo pode ter um valor:
presente ~ Quisesse ele e serlo o me/har o/uno.
passado ~ Quisessem ou nao. tomavam bonho.
futuro ~ Paro o próximo m~s. se ele quisesse. comprova o carro.
o pretérito perfeito composto do conj untivo pode ter um valor:
passado ~ (concluído) Espero quejó tenhas fe;to tudo .
futuro • (antenor a outre futuro) Quando chegar. espero que tenham
rei!o rudo.
o pretérito mais-que-perfeito compasto do conjuntivo: exprime uma hipó-
tese passada nao realizada:
Se livesses esperado, nada tena aconteado.
O fuwro imperfejto do conjuntivo tem um valor:
temporal • Quando comerem. O\Iisem.
condiCional ~ (hlpótese murto provável) Se conseguirem SO" de casa com
esta chuva. dlgam .
139
o futuro perleito do conjuntivo pode expressar também a ideia de anteriori-
dade em rela<;ao a outra ao;ao futura:
Se jó tiverem feito o bolo, roremos a salada de fruto.
Quondo tiverem lonchado, salremos.

PR ES EN T E DO CONJU NTIVO

Verbos regulares
elelela/yocl! "6, \ eles!elaslyoyl!s
Coniuga~o '" '" T_ ___

." ., .'" -e -emos .~

-er I -ir -a ." ., .""'" ·,m


.-

Exemplos:

-=-
-
Pessoa amor camer partir

'" =, <0= P''''


comas
'" =" p"'"
--;le/era
=, <= p,rt>
"".
"6, amemos comamos partamos
eles/elas
voces
= ,m <o=m p""m
L

Esquematizando:
1. Nos verbos de tema em a, a vogal temática passa a e, acrescentando-se as
seguintes desinencias, ternos:
·e
·es
·e
-e m o s
·em
2. Nos verbos de temas em e e i, estas vogais temáticas passam a a. acrescen-
tando-se as seguintes desinencias verbais:
-.
· as
••
-amos
·. m
140
Verbos irregulares

Na 1,- pessoa do presente do indicativo substitui-se o o por a:


Presente do indicativo Presente do conjuntivo
digo diga

trago traga
ouc;o o"",
~o ~a

tenho tenha

venho venha

lelo lela

p,,.,,, d;Zef uazcr


d,&i' trag,
'" digas

...."""''
'"
elelela
diga
"".
06. digamos ....=
eleslelu
,oc.. digam "'gam

Exce~oes: brinque esteja


haja queira
saiba seja

PRETÉRITO IMPERFEITO DO CONJUNTIVO

Substitui-se a terminac;ao -ram, da 3.. pessoa do plural do pretérito perfeito


simples. por -sse:

Pretérito perfeito simples Pretérito imperfeito do conjuntivo


do indicativo
cantaram cantasse
comeram comesse
partiram partisse
141
~+"",,"'ltMI ..
Pessoa l.' conjugao;ao 2.' conjugac¡:io J.' conjugac;:io
canta- vende- parti-

=""~ vendesse pa",,~


'"
w cantasses vendesses partJsses
eleJela
voce cantasse vendesse partisse

06, cantássemos venclessemos partíssemos


elesJelas
cantassem vendessem partJssem
voces

Esquematizando as termina~aes (característica -sse- + desinéncias pessoais),


temas:
-sse
-sses
-sse
-ssemos
-ssem

Irregulares:
SubstitUl-se a term i na~ao -ram, da 3.'" pesssoa do plural do pretérito perfeito.
por -sse (é igual aos regulares):

Pretérito perfeito simples Pretérito imperfeito do conjuntivo


disseram dissesse
fize ram fizesse
tiveram tivesse
trouxeram trouxesse
vieram vlesse

VERBOS IRREGULARES NO PRETÉRITO IMPERFEITO DO CONJUNTIVO

Pessoa tro:z:er ouvir

trouxesse OUVIsse
'"
w trouxesses ouvlsses
eleJelalvoce trow<,,~ OlNlS5e

06, trouxéssernos owissemos


eles/ela~voces trouxessem Ouvtssem

142
FUTURO IMPERFEITO D O CONJUNTIVO

. . . . +vopI~
Pessoa l.' conjugal'fao 2.' conjuga~o 3.' conjugatOio
anta- vende.- parti-

'" cantar """de, P'''''


cantares vencieres partJ res
'"
elele.fa
vod! "ne" "'"'0''' paro'
"6, cantarmO$
~""'" parbrmos
eleslelas
cantarem \'ef1derem partJrem
="
Para formar o futuro imperfeito do conjuntivo tira-se a termina¡;ao -am , ¡} 3.-
pessoa do plural do pretérito perfeito simples
Pretérito perfeito simples Futuro imperfeito do conjuntivo
cantaram cantar
venderam vender
partiram partir
Nota: Nos verbos regulares. o futuro imperfeito do conjuntivo é igual ao infinitivo
flexionado.
Esquematizando as termj na~oes (caracteristica -r- + desinencias pessoais).
ternos:
-,
-res
-,
Armes
-rem

Verbos irregulares
Pessoa (our trozer

'" fizer _xo,


lizeres _x,""
'"
elefela
fizer tro<;xer
vocé

"6, fizermos trouxerTl'1OS

eles/elas
fizerem tro<;x~
voces

143
Pretérito perfeito simples Futuro imperfeito do conjuntivo
fizeram fizer
vieram V1er
tiveram tiver
disseram disser

o Futuro Imperfeito do Conjuntivo marca a eventuatidade no futuro.


Emprega-se em ora<;oes subordinadas adverbiais e relativas. ende se apresenta
um fado futuro de realiza<;ao provável. O Futuro Imperfeito do Conjuntivo
usa-se depois de certas conjun<;6es/locu<;6es para expressar urna ac<;:ao no
futuro:
Assim que vierem, soímos.
lago que safres, diz-me.
Enquemo estudares. nao troba/hes!
Sempre que puderes, tele(ono-me.
Todas os vezes que vierem Q Usboa, dlgam-me o/guma caisa.
Quando sa(res, compro-me o jomol.
Foz como entenderes.
Trotem do alm~o conforme acharem melhor.

MODO CONJUN TIVO - TEMPOS COM POSTOS

1. Pretérito Perfeito Campasto do Conjuntivo é formado com o Presente do


Conjuntivo do verbo ter mais o partidpio passado do verbo principal:

Pessoa canear vender partir


tenha cantado tenha venchdo tenha partido
'"
tenhas cantado tenhas vendido tenhas partido
'"
elelela
,oc. tenha cantado tenha vendido tenha partido

' 6, tenhamos cantado lenhamos vendido tenham05 partido


elesJelas
tenham cantado tenham vendido tenham partido
voces

o pretérito perfeito composto do conjuntivo usa-se para exprimir uma aCl;ao


já realizada em rela¡;ao ao presente ou ao futuro:
Duvido que eje tenha (eitJJ o que diz.
Espero que ele tenha pasto a mesa poro o jontar; quando eu
chegar.
144
2. O pretérito mais·que-perfeito composto é formado com o imperfeito do
conjuntivo do verbo ter mais o partidpio passado do verbo principal:
I Pessoa comor vender po ro,
tivesse cantado tivesse vend ido tivesse
I '"
lIvesses cantado trvesses vendJdo lIvesses partido
'"
ere/era
tiVe5se cantado tivesse vendido tivesse partido
""" 1-- f-
06, tivéssemos cantado tivéssemos vendido
eles/elas
tivessem cantado trve5sem vend;do
voces -~

o pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo usa-se:


2.1 . em acc;i5es passadas anteriores a outras também passadas:
Emboro tivesse passado (érias no Algarve. nao gostel.
2.2. em acc;oes irreais. isto é. que nao se concretizaram no passado:
Se me !ivesses dito que querias ir 00 cinema, unhamos Ido.
2.3. nas frases exclamativas. regidas pela expressao quem me dera:
Quem me dera que me uvesse soído o Totoloto!

3. O futuro perfeito do conjuntivo é formado com o futuro imperfeito do con-


juntivo do verbo ter mais o particípio passado do verbo principal:
Pessoa cantar vender portir
tiver cantado tiver vendido tJver partido
'"
tNeres cantado tiveres vendido tNeres partido
'"
ere/era
tNer cantado t.iver vendJdo _"",do
- "", -f-
06, trvermos cantado tivermos vendido tNerrnos partido
eles/elas
.oc" tiverem cantado tiverem vendido tiverem partJdo

O futu ro perfeito do conjuntivo usa-se para exprimir uma aCC;ao futura termi-
nada em relac;ao a outra acc;ao também futura:
Quando tiverem comido, orrumem tudo.
Asslm que tiver acabado o trabalho. tenciono entregó-lo.

Uso do conjuntivo

EM PRO POSI<;:Ó ES IN DEPE ND ENTES


(56 se usam os tempos do passado e do presente, que também podem ter
valor de futuro).
GRf'E-.1Q 145
1. IMPERATIVAS

Usa·se no presente do conjuntivo para exprimir todos os casos de imperativo


negativo ou afirmativo, excepto TU afirmativo 10.

2. EXPRIMINDO DUVIDA

Depois de calvez (em posl¡;ao pré-verbaJ) e pode ser que:


Talvez voIle omanoo.
Pode ser que comPrE urna coso no AJemeja.
Nota: A expresao se calhar vem seguida de indicativo:
Se ca/har VQU 00 cinema.

3. EXPRIMINDO DESEjONONTADE

Em express5es como:
Tenha eu lempo!
Fosse eu ma;s novo!
Quero que me ~m.
(Note que estas expressoes pressupoem "Se eu tivesse tempo..." ou "Se eu
fosse mais novo", daí o uso do conjuntivo).

4. EXPRIMINDO HIPÓTESE

Em expressOes como:
Digamos que ...
Suponhomos que ...
Imaginemos que.. .

EM PROPOSIC;:ÓES SUBORDINADAS

1. COMPLETlVAS

(Isto é. dependentes de um verbo). Consbuem-se com os tempos do passado


ou do presente.
1.1. Dependentes de ser + adjectivo + que (expressOes impessoais):
t. possfvel que tuda se resalvo hojeo
Era Importante que ele (ivesse oceitado.

146
Nota: Estas express6es com os adjectivos certo, evidente e verdade cons-
troem-se com o indicat ivo (express5es que indicam certeza), O adjec-
tivo lógico pode vir seguido de indicativo ou de conjuntivo:
t. certo que ele chego hojeo
É verdode que Lemas fome.
É lógico que ele (vemlvenha) hojeo
1.2.0ependentes de verbos ou express6es que exprimem dúvida (como:
dwidar; ter os suas dúvidas, nao ter o certeza .. . ):
Tenho os minhas dúvidas/duvido que ele venha có.
1.3. Dependentes de verbos ou expressóes que exprimem desejo (desejar;
querer; preterir; pedir; pretender; ordenar; mandar; proibir; esperar; ter esperanr;.a
que, estar o espera de, interessar-se, importar-se, oxaló, tomara que, Deus
queira que, quem me dera que):
Oxalá
Tomara que introduzem frases exclamativas de de sejo, por
parte do e missor. de que a acr;.ao o u o facto que
Deus queiro que } enuncia se venha a concretizar.
Quem me dera que

Exclamativas de desejo Ac~Oes de factos passados

Oxa/á Pretérito perfeito Maior possibilidade


Tomara que composto do conjuntivo de concretill~o

Deus queira que Pretérito mais-que.perleito Menor possibilldade


Quem me dera que composto do conjuntivo de concretill~o

Tomara que ele tenha feito boa viagem.


Tomara que ele tNesse (€Ita boa viagem.

lA.Agrado ou desagrado (gastar; alegrar-se, agradar; ter prozer. estimar. odorar.


lamentar; sentir; detestar. ter pena ...):
Lamento que ¡sso te tenha sucedido.
Tenho prazer que venhas a minha casa.
, .5. Medo (ter medo, recear. temer... ):
Tenho medo que e/o saio a noite sozinha.
1.6.Admirat¡:ao (admirar-se, espantar-se .. .):
Espanto-me que ¡sto Ihe lenha acontecido.
147
i
1.7. Concordancia e discordancia (concordar; discordar. estar/nao estar de ocordo.
admitir.. .):
Concordo
que ele vá a casa dos sogros.
Discordo
1.8. Dependentes de verbos ou expressoes declarativas na negativa (verbos
como: considerar. acreditar. ochar. erer, jU/gar, dizer, pensar. supor. ver. . expres-
soes como: ter a ideia que. ter a impressoo que ... ):
Eu considero que e/e é bom o/uno.
Eu nao considero que ele seja bom o/uno.

2. CONjUNCIONAIS
(Ou seja. dependentes de uma conjun~ao). Constroem-se com os tempos do
passado e do presente e. no caso das condicionais e temporais. com o futuro. em
determinados casos.
2.1. Proposi~6es concessivas exprimem uma ¡deia. um facto, que quase se
opoe a realidade expressa pela ora~ao principal e podem come~ar por:
embora, ainda que, mesmo que, conquanto, por mois que. por menos que, por
maior que, por menor que. por me/hor que ... :
embora
amda que
se bem que + conjuntivo
mesmo que
conquanto
Embora soioo Portugués. receio (alar.
Ainda que esr.ude, nunca sei nada.
Se bem que e/e (o/e bem Portugués, aindo se nota o sotaque.
Mesmo que chova. saio.
Conquanto a prava seja difícil, eu vou (azé-Ia.

ADjECTIVO

Por + + QUE + CONJUNTIVO


ADVÉRBIO

Indicam um facto que poderia contrariar a real¡za~ao da ac~ao expressa


pela ora~ao principal:
148
Por + advérbio (grau nonnal) + que + presente do conjuntivo:
Por muito que quemJS, nao vou ao cinema.
Por mais que lentes, nao te dou dinheiro.
Por + advérbioladjectivo (grau superlativo) + que + presente conjuntivo:
Por muito carde que me levante, cusCa-me sempre.
Por pior que esteja o tempo, hó sempre futebol.
Por + advérbio/adjectivo + substantivo + que + presente do conjuntivo:
Por mais dinheiro que Ihe déem, ele gasra-o sempre.
Por muitos anos que viva, nao esque~o os meus país.
Apesar de
+ infinitivo pessoal (simples ou composto)
Nao obstante
Apesar de estar doente, vou a escola.
Nao obstante estar doente, vou a escolo.

Concessivas com repetic;,io de verbo: usa-se o presente do conjuntivo +


elemento de liga¡;:,io + futuro imperfeito do conjuntivo, com repetic;:ao do
verbo, para expressar uma concessao absoluta, uma auséncia total de con-
dic;:6es. A acc;:ao ex pressa pela frase principal - verbo no indicativo ou
imperativo - realizar-se-á independentemente das dificuldades ou obstácu-

,- 1 do-
f.O'
V,
los expressos pela frase anterior:

P"....tedo E.......to

o que

¡wa oode
.......
do_-j
flzer
r",
fraM pr'.q.I

estou sempre bem-disposta.

chego sempre atrasada.

Cee""" q~m contactares dizem-te a mesma coisa


Digas o que disseres nlnguém te liga.

EsteJa cnd, ,-, estou bem.


Ha¡a cq~
r-hewe' ternos de ter paciencia.

Fales como r."" toda a gente te ouve.


Venhas quando estou em casa.
~''''
f." com quem ralares és sempre antipático.
L-- -
A ordem de colocac;ao é obrigatoriamente esta.

2.2. Proposic;óes finais indicam a finalidade da oraC;ao principal e sao come-


c;:adas por: para que, a (¡m de que, por que. que (= para que):
Eu vou para que t1J possas (¡car.
149
2.3. Proposi¡;óes condicionais - indicam uma hipótese ou uma condiC;ao de
que depende a aC¡;aO expressa pela orac;ao principal. Comec;adas por: se,
salvo se, excepto se (constroem-se com passado e futuro Imperfelto do con-
juntivo):
Fico em casa se qwseres.
caso. comanto que. desde que, a menos que, a nao ser que (constroem-se
com passado ou presente do conjuntivo):
Vou contigo, conquamo me pagues.
Caso chegue tarde. nao esperes por mim.
Podem ter várias formas:
2.3.1. Condi¡;ao real: se + presente do indicativo + presente do indicativo:
Se como azeitonas, dói-me o estómago.
Exprime um hábito. um dado conhecido e se pode ser substituído por
sempre que:
Sempre que como azeitonas, dói-me o estÓmago.
2.3.2. Condi¡;ao ainda realizável: se + futuro imperfeito do conjuntivo +
+ futuro imperfeito do indicativo/presente do indicativo:
Se comeres o pudim agora. nao o comerós!comes depois de
jantar.
Exprime uma ac¡;ao que pode ou nao acontecer no presente ou no
futuro.
2.3.3. Condi¡;ao que nao se realiza no presente: se + imperfeito do con-
juntivo + condicional/imperfeito do indicativo:
Se comesses menos bolos, estarias/estavas mais magro! (Mas
nao
- comes I....)
Exprime uma acc;ao nao realizada, imaginária. irreal.
2.3.4. Condi¡;ao nao verificada no passado: se + mais-que-perfeito com-
pasto do conjuntivo + condicional composto/mais-que-perfeito
composto do indicativo:
Se tJvesses estudado renas passodo.
Se uvesses estudado rmhos tido bons resultados.
Nota: S6 as conjunc;:oes se. salvo se e excepto se admitem indicativo.
exprirnindo urna condic;ao real.
150
Contanto que futuro imperfeito
Caso do indicativo
A menos que + presente do conjuntivo +
A noo ser que presente do
Bem que indicativo

A futuro imperfeito do
A noo } + Infinit ivo + Indicativo + indicativo
No Caso de presente do indicativo

2.4. Proposi¡;:óes temporais - indicam uma ¡deia de tempo, indicando anteriori-


dade, posterioridade e simultaneictade:
antes que ou ate que - constroem-se com passado ou presente do con-
juntivo.
enquanto - constrói-se ccm o passado ou o futuro imperfeito do conjuntivo.
lago que, sempre que, antes que, mal - const:roem-se com o passado. o
presente ou o futuro imperfeito do conjuntivo.
Podemos dizer que as proposir;5es temporais correspondem as condicio-
nais. assim:
(Se) Quando vou a tuo casa, trago sempre pares.
(Se) Quondo io a tuo casa, 1fQZIO sempre ffores.
(Se) Quondo (asse a tua cosa, havio de rrazer pares.
(Se) Quando for a tua casa, hei-de [(ozer pares.

2.5. Proposi¡;:6es consecutivas - indicam urna consequencia do que foi declarado


na ora~o anterior: que (depois de tao. tal e tanto):
Ele tem tantos cosacos que nunca sobe qual vestir.
Também podemos ter as estruturas:
Dal que + conjuntivo: É VerOo. Dar que toda a gente esteJo na praio.
Daí + infinitivo: É VerDo. Dar todo a gente estar na praía.
De tal maneira que }
EJe comprou um carro de moneiro que I
De maneira que + indicativo
de modo que jó soí mais vezes.
De modo que
Nota: Comparar as frases:
- aCl;ao habitual. certeza: ~ Quando chego a casa, (ar;o o jamar.
- acr;ao provável. mais ou menos certa
(nao se sabe o momento): --~ Quando chegares a casa, faz o jamar.
- uma vez que: ---~ Se tens tempo, (oz o jamar.

- aCl;ao possível, sem certeza: ~ Se tíveres tempo, (az o jantar.

151
Sistematiza~ao das frases complexas condicionais

1. Se + presente do indicativo + presente do indicativo


+ imperativo
+ futuro imperfeito do indicativo
T.mpo Modo

agon.. aqtJl acc;lo como cena

Se (~o o bolo. tu comes (ac~o como certa)


Se (Q~O o bolo. come! (ordem)
Se ra~o o bolo, tu comerós. (futuro como certo ou
imperativo como futuro)

2. Se + futuro do conjuntivo + presente do indicativo


+ imperativo
+ futuro imperfeito do indicativo
modo
Tempo
aq:ao hipotética

Se eu {tzer o bolo, comes. (aCl;ao como certa no futuro)


Se eu {tzer o bolo, come! (ordem)
Se eu (/Zer o bolo. ComefÓs. (futuro como certo)

Indicam um facto ou uma situar;ao mais provável.

3. Se + futuro perfeito do conjuntivo + presente do indicativo


+ imperativo
+ futuro imperfeito do indicativo
Se eu tiver (elto o boJo, comes. (ac¡;.ao como certa no futuro)
Se eu over feiro o bolo, comes. (ordem)
Se eu tsver (e/ro o boja, comerás. (futuro como certo)

Facto ou situar;ao de reaJiza~ao provável. Há referencia a um aconteClmento


futuro que é anterior a um outre. Daí ser necessário utilizar um indicador de
tempo.

4. Se + imperfeito do conjuntivo + condicional simples


+ imperfeito do indicativo

152
Se eu f¡zesse o bolo. comenos. (futuro condicionado)
Se eu f¡zesse o bolo, COmlOs. (passado. ao;ao como cena)
Facto ou situa~ao de realiza<;ao menos provável.

5. Se + mais-que-perieito compasto conjuntivo + condicional simples


+ pretérito imperiei[o
do indicativo
+ condicional compasto
+ mais-que-perlei[o
composto do indicativo
Se eu livesse (eito o bolo, comerlas. (futuro condicionado)
Se eu tlvesse (elw o bolo, comias. (passado anterior el condi<;ao)
Se eu tsvesse feitD o bolo, (erios comido. (futuro condicionado)
Se eu [Nesse (eilo o bolo, tJnhos comido. (passado anterior el condlc;ao)
Facto ou situa~ao de impossível realizac;ao (referente ao passado).

REALlZA<;:Ao MAIS PROVÁVEl DO FACTO CONDICIONANTE


Fruecondk......
Se + futuro imperfeito do conluntlVO
Presente do IndicatIVO
Caso + presente do conjuntivo (Iíngua falada corren te)

No caso de + Infinitivo pe:ssoaI Futuro imperfelto do IndicalNO

l A +- InfimtlVO pessoaI
L

Se vteres,jOntas có em caso.
(Iingua escnta e lingua falada c~e)

Se vrereS,jOnlorós.
Caso venhos, Jamas có em caso.
Caso venhos, jamarás có em coso.
No caso de vires,)ontosIJanlarás cá em caso.
A vrres.jOnlarás (onnosco.

REALlZA<;:Ao MENOS PROVÁVEL DO FACTO CONDICIONANTE

Se + Imperferto do conjuntIvO
Imperferto do indicatIVo
Caso + Imperferto do conjuntIVo (Iíngua falada Com!f'lte)
Desde que + imperferto do conJunlNO
Futuro ou presente do indicatIvo (Iíngua
No caso de + infinitivo pessoal ralada)
A + InfilllllVO pessoaI
CondICIOI"Ial (Iíngua escnta e lingua faJada)

153
Se fosses rico, davas-me a/gum dmheiro,
Coso (osses rico, davas-me a/gum dlnheiro.
Desde que fosse Importante, eu ia contigo.
Nota: Nem sempre sao válidas estas regras para frases dependentes do verbo
no pretérito peneito ou impeneito do indicativo.
REGRAS: 1. Quando a realiza¡;ao do facto condicionante ainda é possrvel no
°
momento da enuncia¡;ao, pode usar-se futuro impeneito do conjun-
tivo ou o pretérito impelfeito do conjuntivo;
2. Quando a reaJiza¡;ao do facto condicionante já nao é possível no
°
momento da enuncia¡;ao, temos de usar obrigatoriamente imper-
feito do conjuntivo.

C'f"fi'
Nas frases subordinadas adverbiais o conjuntivo, geralmente, nao tem valor pró-
prio. É um mero instrumento sintáctico regulado por certas conjun<;oes. As estru-
turas, mais utilizadas para indicar a causa, sao as seguintes:
Com frases:

<
- Porque + indicativo
Eu vau salr porque me apetece.
- indicativo: Escrevo este livro nao porque me apetece,
- N ao porque + .
mas porque é úIJ/.
coniuntivo: Escrevo este /ivro nao porque me apeter;a,
mas porque é útil.
- Por causa de + infinitivo pessoal
Nao fUi uabalhar por causa de estar com febre.
- Devido a + infinitivo pessoal
Devido a ter febre nao fui traba/har.
- Por + infinitivo pessoal
Por estar doente, estou de como.
- Dado + infinitivo pessoal
Dado ser feriado. vou dormir mals.
- Dado que + indicativo
Dado que jó chegasre, vamos jamar.
Com substantivos:
Por causa de
Por causa da chINa, houve muitos oddentes de via~ao.
154
Devido a
Devido aprolbl¡;ao de 6ruxelas. nao pocIemos pescar espadarte.
Por
Eu ando sempre de Metro pela (por + a) foc¡lidade e comodi-
dade do transporte.

Com (em geraJ com substantivos nao humanos)


Quando trovejo. o meu cao treme com medo.

A compara~ao

Utilizam-se. normalmente. as seguintes estruturas para exprimir comparar;ao:

Parecer-se com + substantivo


OJodo parece-se com a Ana.
Parecer + substantivo
O leu carro parece uma camioneta.
Parecer + infinitivo
A Mana parece estar bastante me/hor.

- Ser parecido (com)


O}000 é mwto parecido com a mae.
O }000 e a mOe sao mwlo pareodos.
Assemelhar-se a
Esta saia assemelha-se a um cortJnado.

- Ser semelhante (a)


Esta sala é semelhante ao coronado.

- Dar ares de(popular)


EJe dó ares do meu ¡rmQo.

Sair a
EJe sa; DO poi.

Podemos fazer a comparar;ao com 05 substantivos:

- Semelhant;:a
Estes daIS desenhos t~m sete semelhan¡;as.

- Parecenlja
Estes dois desenhos t~m sere parece~as.

155
Com os adjectivos:
- Parecido
Ele é parecido camigo.
- Semelhante
EJe é semelhontel:J Ana.
Igual
Ele é igual b Ano.
- Identico
EJe é KMnoco aAna.

Ecom os verbos:
- Diferenciar-se de
A gramática para estrangeiros di(erenoa-se da gromátJca paro os
portugueses.
- Distinguir-se de + substantivo + por
Portugal dlstmgue-se dos outros países pela sua gastronomla.
- Ser diferente de
Portugal é diferente dos ouuos países.
Na língua portuguesa. há certas expressOes comparativas que se usam frequente-
mente:
Comer como um abode = comer muito/abundantemente.
Bébado como um cocho = muito bebadolembriagado.
sao como um p~ro = muita saudável, com boa saúde.
Corodo como um tomate = com as faces murta vermelhas.
Fresco como uma o/roce = sem fadlga. sem cansar;a.
Bronco como Q cal = muito pálidofbranco.
Pesado como chumbo = murto pesado.
Surdo como urna porto = muito surdo, que ouve murto mal.
Magro como um espero = muito magro.
Oaro como a água = evidente, óbvio.
Falso como Judas = muito falso. tral¡;:oelro.

A consequéncia

Estas frases exprimem factos que sao a consequéncia de outros. Os correlativos


para exprimir a rela¡;:ao de consequencia sao:
tdo ... que
tao pouco... (amo... que
156
mi, tais ... que
mnto, mnm, mntos, tantas ... que
de tal (maneiro. modo. (arma)

O (urebol é tao duro que os JOgadores pcom (eridos.

Os nao correlativos que ligam as frases sao:

Conjuntivo - quando queremos exprimir um fim a


que se pretende chegar e. portanto, nao há a cer·
teza se a ao;ao se vai realizar ou nao:
modo
de (ormo que Ele que role de mane/m que (Oda o gente se cole.
mane/ro Indicativo - quando pretendemos exprimir um
facto, uma certeza:
E/e falo. de moneiro que toda a gente se cala.

modo
de (orma o + infinrtivo pessoal
mane/ro

EJe falo de mane/ro o todo o geme se calar.

Os nao correlativos que ligam frases separadas por pausa. (ponto final) sao:
consequentemente + indicativo
em consequéncio + indicativo
de modo que + Indicativo
de mane/ro que + indicativo
por conseguinte + indicativo
dar que + conjuntivo
dar + Infinrtivo pessoal
Eu vi o Jodo. Consequentemente ele estó bem.
f..m consequénda do oadente que r.ive estau de como.
As pessoos chocam urnas com 05 outros nos tronsportes. de modo que
ficom perturbados.
Jd comprei o bilhete. de monejro que pano ir 00 espeaóculo.
ChcNeu mnto que nao pude viajar; Por consegujnte, [ico mOIS uns tempos.
Eu gasto de sober um pouco de tudo. Caí que gaste de Ol..Mr os pessoos.
Eu gasto de sober um pouco de rudo. Dai gastor de ouvir os pessoos.
157
Expressoes de opiniao/concordáncia/discordancia

Estruturas mais usadas para formular uma opiniao:

1. Achar que + ora~ao com indicativo


Acho que este ossumo é 6pumo.

<
Bem I mal + ora~ao com conjuntivo:
(Nao) achar Acho bem que todos dlgam o que pensam.
Adjectivo + ora~ao com infinitivo pessoal:
Acho hornvel teres esso oPinioo.

2. Nao achar que + Ora¡;aO com conjuntivo:


Nao ocho que a tuo teorio esteja certa.

3. Parecer + pronome complemento indirecto + ora¡;:ao com indicativo


(A mim) Parece~me que tu tens rozao.

Nao + pronome complemento indirecto + parecer + Ora¡;aO com con-


juntivo
Nao nos parece que a praia seJa me/hor do que o campo.

4. A + pronome possessivo + < > opinjao

pOnto de vista
é que + frase no indicativo

A minha opiniao é que este ossunto nao tem interesse nenhum.


5. Crer que + indicativo
Creio que se; Portugués.

6. Pensar que + indicativo


Penso que este /¡vro é bom.

7. Ser de opiniao que + indicativo


Sou de opiniao que o peixe em Portugal é bom.

8. Estar convencido(a) de que + indicativo


Estou convenddo de que o A/gafYe é óptimo.

9. Ter a certeza de que + indicativo


Tenho a certeza de que YQmos dar-nos bem.

10. Considerar que + indicativo


ConSIdero que os estrangelros gostam de Portugal.

158
Nota: Em frases negativas estes verbos deterrninam urna ora¡;ao subordinada
com conjuntivo:
Nao creio que saiba Portugués.
Nao penso que este livro seJo bom
Nao sou de opmlao que o pe/xe em Portugal seJo bom
Nao estou convencido de que o Algarve seJo 6pClmo.
Nao tenho o certeza de que nos venhomos o dar bem.
Nao considero que os esrrongelros gostem de Portugal.

Utilizam-se. nonnalmente. as seguintes estruturas para exprimir concordancia


ou discordáncia:

EXPRESSOES DE CONCORDÁNClA

Verbos mais usados:

1. Concordar com + < substantivo

pronome
+ em +
infinitivo

que + frase no conjuntivo

Eu (oncordo com O Joao em Jantar (ora.


Eu concordo com ele em que jan ternos (ora.

2. Estar de acordo com +


substantivo

pronome
> + em +
infinitivo

frase no indicativo
Eu estou de acordo com a Ana em (ozermos as pazes.
Eu estou de acordo com ele em que devemos ser amigos.

3.Também achar que + indicativo


Também ocho que é Importante ler este livro.

4. Também + pronome + parecer que + indicativo


Também me parece que JÓ vi este (¡Ime.

S.Ter a mesma opiniao que + substantivo


Eu tenho o mesma opiniao que a Ana.
Em frases negativas a ora~ao subordinada deve ter conjuntivo:
Eu nao concordo com ele em que seJamas amigos.
159
EXPRESSQES DE DISCORDÁNCIA

1. Nao concordar que + conjuntivo:


Nao concordo que hoja (Duradas.

2. Discordar de que + indicati....o:


Oiscordo de que o Portugués é difICil.

substantivo .. acerca;
brou em desocordo (om a Maria acerco de
3. Estar em desacordo com + hover mous filmes na 1V
pronome .. sobre:
Estou em desacordo (om ele sobre este
assunto.

sobre:
4. Ter urna opiniáo diferente de + substantivo + Tenho uma opmiao dife-
rente do }ooo sobre ¡sso.
acerca:
Tenho uma opinlao dife-
rente do )000 acerca disso.

5. Nao achar que + conjuntivo:


Nao ocho que 5eJo Importante ir opr%.

A propor~ao

Este tipo de expressoes usam-se para comparar ou contrastar e indicar o resul·


tado (lógico ou ilógico) daquilo que exprimimos na pnmeira frase:
Quanto mais .... mais
Quamo mais .... menos
Quanto ma;s ...• melhor
Quanto rnais ...• pior
Quanto menos ... , menos
Quanto menos .... mais
Quanto melhor...• melhor
Quanto pior... , pior

160
A medida que
Proporcionalmente
Quanto mais leio este livro, (tanto) mais gasto dele.
Quanto menos dinheiro ternos, (tanto) menos podemos comprar.
A medida que a gasolina sobe. sobe também o custo de vida.
Enquanto o Joao é bem proporcionado, a Ana é deseJegante.
Geralmente, U5a se o futuro imperfeito do conjuntivo na primeira frase para
a

exprimir uma ac~ao eventual no futuro. Também se pode usar o presente do indi-
cativo na primeira frase. sempre que estivermos a falar de ac~5es presentes/actuais
e ditados populares.
Assim:
Primelra frase
QuamO.a -+- futuro conjuntivo
............
Presente ou futuro do indicativo
Quc¡nto matS' ele estudar. matS (ele) sabelsoberá.
Quanto... + presente indicatIVO Presente ou futuro do IndICatIVo
Quonto malS ele eswda. matS (ele) sobe/soberó.

Ditados populares:
Quonto mois me bates, mois gosro de ti.
Quonto mois merecida a peno, tonto mois chorodo o culpo.
Quonto mois umo coiso é vedado, mois é desejodo.
Quonro mois o mulher o/ha o coro, piar vo! o coso.
Quonto mois alto se sobe, malar quedo se d6.
Quonto mois vivemos, mais aprendemos.
Quonro mois alto o berfindo. moior é o trombo/hao.
Quonro mois se canto, me/hor se donr;o.
Quonto moior é a riqueza, malar é o ombir;oo.
Quanro mais hó, mais se gasta.
Quonro mais ternos, mais queremos.
Quanto moior é o nau, maior é a tormento.
Quonto menos se penso, mais se folo.

Formas nominais
GERÚNDIO SIMPLES
Para se formar o gerúndio junta-se -ndo ao infinitivo impessoal tirando-se a
esta forma a terminar;ao -r:

... Verbos terTnInadoI em:


~,

bebe,
-ir
.
Infinitivo
Gerundio
""""
andando bebendo
pedir
pedindo
.
161
Usa~se o gerúndio para:
1. Substituir urna ora~ao coordenada e exprimir urna ac~ao simultánea:
Assaltarom a escala e levarom muito dinheiro.
Assaltarom a escala levando mwto dmheiro.
2. Exprimir uma circunstancia de ternpo:
Sainda da escala, vou (] discoteca.
= Quando sair da escala vou (] discoteca.
= Aa sair da escola vou (] discoteca.
Quando o gerúndio exprime tempo, pode ser regido peta preposi ~ao em,
3. Expnmlr modo:
fu vi com lágrimas o resultado do tremor de terro,
fu vi chafando, o resultado do !remar de terra.
4. Exprimir causa:
Sabendo que las 00 cinema, vim também.
= Como sabio que ¡as ao cinema, vim também.
S. Exprimir condi~ao:
renda (ame, come.
= Se tiveres fome, come.
6. Indicar a consequencia:
A chuvo fez mwto borulho impedjndo-nas de dorrmr.
= A chuvo fez tanto borulho que nos Impediu de dormir.
7. Exprimir a concessao:
Mesmo traba/hondo muito, ele nao (¡ca rico.
= Embora {JObo/he muito e/e nao (¡ca rico.
8. Em conjunto com o verbo ir:
8.1. exprime uma ac~ao durativa que se realiza progressivamente:
O tempo va! passando.
= O tempo passo.
8.2. exprime a antecipa1;ao de uma aC1;ao
Vou andando.
9. Em conjunto com o verbo viroexprime uma ac~ao durativa que se desen~
a
volve aos poucos em direc1;ao época ou ao momento em que se encon~
tra o emissor:
A chuva vjnha-se aproximando. (= A chuva aproximaVQ~se.)
10. Exprimir uma ac~ao que se realizou
O corro la chocando com o outro.
= O corro quase chocou com o outro.
• E "'4i'h ...... I
Pessoas Ir + gerundio

'"lo ""O
vais andando
ele, da, vecé v.o, + bebeodo
06, v.om", parundo
eles. elas. vocés vao

162
GERÚNDIO COMPOSTO

Forma-se (om o verbo auxiliar ter, no gerúndio, seguido do particípio passado

...
do verbo principal.

." .d ".- '.' . .dIO .-'


Simples Compono
Aspecto nao concluido Aspecto conclurdo
(ac~o a decorrer) (ac<;ao terminada)

Estando pora soir; o tele(one tOCOlJ.


Tenda nevado na Serra da Estre!o, os corros nao possam.
Esta forma tem carácter perfeito e indica uma a((;:30 concluída anteriormente a
que exprime o verbo da ora<;30 principal.

INFINITIVO IMPESSOAL OU NAO FLEXIONADO

1. O infinitivo impessoal pode usar-se em ora<;oes (om a fun¡;ao de sujeito:


Errar é próprio do homem.
2. Utiliza-se sempre o infinitivo impessoal (om os verbos auxiliares:
estar a (por. para)
ir (a. para)
come¡;ar a (por)
acabar de (por)
deixar de (por. para)
poder
dever
ter de (que)
Eu acabei de ler aquele Irvro.
A Palavra de Cristo com~a o ser olNida.
3. Usa-se o infinitivo impessoal quando nao nos refenmos a nenhum sujeito:
t. proibldo (umar.

INFINITIVO PESSOAL OU FLEXIONADO


o infinitivo pessoal forma-se a partir do infinitivo dos verbos regulares e irregu-
lares mais as termjna~oes:
-es (tu)
-mos (nós)
-em (eles. elas. vocés)
163
'"w
r: "0'"
cantar
cantares
comer
comer
comeres
p'"''
paror

partires
ele, ela, voce cantar ,~".
",",'
,6, cantarmos comermos partJrmos
eles, elas voces cantarem comerem ",","'"

1. O infinitivo pessoal funciona do mesmo modo que o infinitivo impessoal, como


sujerto. mas, geralmente. é antecedido de uma sequencia de palavras:
O facto de eles fazerem isso é bom.
Outras sequencias possíveis antes do infinitivo pessoal:
a ¡deia de: A ¡deia de comprores urna casa é óptima.
o desejo de: O deseJo de gonharem o Tot%to é obsessivo.
a possibilidade de: A possibilidade de oJoao ir a Londres é nula.
a necessidade de: A necessidade de termos casa é óbvia.
a obrigac;ao de: A obrigac;oo de sobrevivermos é ¡nata.
a probabilidade de: A probobilidode de sabe/'Em portugués é enomJe.
o facto de: O (acto de os traba/hadores fazerem greve é um direito.

2. O infinitivo pessoal pode usar-se em ora¡;:oes com a fun¡;:ao de complemento


directo:

2.1. - em frases infinitivas que tem um sujeito diferente do sujeito da frase


subordinante:
Este estudo possibilito aos o/unos compreenderem o infinitivo.
Neste caso, a frase infinitiva pode ser substituída por uma frase completiva
com que + conjuntivo:
Este estudo possibi/ito que os o/unos compreendam o infinitivo.

3. O infinitivo pessoal usa-se na expressao de:

3.1. finalidade, depois de:


po'"
Q fim de
com o fim de + sabermos. ternos de estudar
com Q finalidode de
no senVdo de
164
3.2. tempo, depois de:
antes de
depois de
ap6s + os proressores rozerem testes, os o/unos
tiram dÚVldas.
no momento de
a seguir a
3.3. causa, depois de:
por
por causa de
+ quererem ajudar, os proressores rozem
deVldo a exerddos.
devido 00 racto de
dado
3.4. concessao, depois de:
opeSQrde
os o/unos (icaram nervosos /hes pedirem calmo.
nao obstante
3.5. Na expressao de condi~ao. depois de:
Os professores (aroo mois testes, no caso de os alunos
no caso d e:
Iterem m6s notas.
4. Sempre que o sujeito está expresso na orar;ao circunstancial. é obrigatório
usar-se o infinitivo pessoal. Quando o sujeito nao está expresso na orar;ao
circunstancial, pode usar-se o infinitivo pessoal ou impessoal:
Mwtos pessoas doni(icam os papéis paro nao as comprometer.
Nota: Esta possibilidade nao se verifica com as orar;5es iniciadas por apesar
de e no caso de.

5. Algumas orar;5es com infinitivo pessoal podem substituir-se por orar;5es com
conjuntivo ou indicativo, modificando-se também o introdutor:
Acabovo o dio, para razerem o que quisessem.
Acabava o dio, para que (izessem o que quisessem.
Esta substituir;ao só é possível com os seguintes introdutores da orar;ao circuns-
tancial:
para -~ para que + conjuntivo
a fim de :. a fim de que + conjuntivo
por - ~ porque + indicativo
.. nao porque + conjuntivo
dado ~ dado que + indicativo

165
antes de ~ antes que + conjuntivo
depois de ---~ depois que + indicativo
no momento de -~ no momento em que + indicativo
daí ~ daí que + conjuntivo

6. Tal como há introdutores que só se utilizam com o infinitivo. há também


introdutores que se utilizam com o conjuntivo ou com o indicativo. nao

l
tendo um correspondente que se use como Indicativo:

~i~::e
por mais que
+ conjuntivo em frases concessivas.
desde que

desde que
aSSlm que ) + ,ndlCat,vo ou conjunt,vo em frases temporais.
logo que

como - - - - - -~ + indicativo ou conjuntivo em frases causais.

7. Express5es impessoals:
(ser+ adJectivo + verbo)
(achar + adJectivo + verbo)
É melhor vocés estudarem.
É preciso comprarmos le/te.
Acho útil ¡rmos comprar /ivros paro as (énas.
8. Preposir;:6es:
Aa ler o Jomal, a Ana f¡cou preocupada,
N(io salas sem te tele(onormos.

INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO


o infinitivo pessoal composto forma-se com o verbo auxiliar ter, conjugado
no infinitivo pessoal simples, mais o particípio passado do verbo principal:

•• 'dvo I
Simples Composto

Aspecto concluido Ondita urna


Aspecto nao concluido
ac:r;ao terTnlnada em ~ a cutra)

utiliza-se para acr;:ees no passado:


Eu gosrava de o ter visto.
aq:6es do futuro, quando o verbo exprime uma ideia de conclusao da aq:ao:
Podes sOlr do mesa depols de teres comido tuda.
166
Compare:
Comprei este bi(e para comeres. -..- infinitivo pessoal
Depois de !eres comido. diz-me se gostaste. ---+- infinitivo pessoaI ~
Apesar de nao me apetecer jantar fora, vou contigo.
Apesar de nao me ter apetecido jantar fora. fui contigo.

PARTi CiPIO PASSADO

o participio passado forma-se substituindo o -r do infinitivo pela termina~ao


-do, sendo de salientar que a vogal temática da 2,· e 3,. conjugao:;:6es passa a -i,

Infinitivo irnpessoal cantar beber partir


Participio passado cantado bebido partido

turna forma nominal do verbo que apresenta a ideia da ao;ao conduída.


Emprega-se:
, . Nos tempos compostos, ficando invariável:
Tinho eS(;nto.
Havio escrito.
2. Na voz passiva. sendo variável e concordando com o sujeito:
A carta (oi eS(;rita por ele.
3. Para indicar um estado:
Asslm estova escrito.
4. Sem auxiliar; para exprimir urna ac~ao acabada:
Escrita a carta, saí.
5. Como adjectivo, sempre o irregular:
A corta escrita ero a provo.

Há bastantes verbos que possuem duas formas de partidpio, uma regular e


outra irregular. A regular formou-se dentro da própria língua e a irregular veío
directamente do latlm ou é uma simples contrao;ao da forma regular.
Quando ambas as formas se utilizam na conjuga~o do verbo, geraJmente emprega-
-se a regular (om os auxiliares ter e haver e a in-egular com os verbos ser e estar.
0)000 tem ocendido a luz, mal chega a casa.
A luz está acesa desde monhO.

Mas há numerosas excep<;oes a esta regra. Nalguns verbos, a forma in-egular


usa-se também (om os verbos ter e haver.
coberro, escnto. ganho, gasto, pago
167
PA RTiC iPI OS COM DUAS FO RMAS

v..... PartldpJo (forma regular) Participio (forma irregular)


abrir abrido ,berto
~r
-
abstraído abstracto
-
aceffilr aceitado aceite e acel1.o
~r.der acendido
1-;--- ,,""
~!;oar afelr;oado
. ---c-.
afecto
aft'glf afi igido anito
--- -
agradecer
-
assentar
--
agradecido
assentado
""te
assente
- -
atender atendido atento
-
tatwar """do "t~
'egru- cegado cego
- - -
wbrir cobrido coberto
completar completado _ . completo
conduir concluido · ~so
-
confundir confundido confuso
conW'!f)cer ~venado """'COOvicto
corromper corrompido ComJpto
defender ~ndido defeso
- -
deseal!;ar descal¡;:ado descalc;o
--ce
dispeJ'W"
~er
-dispersado
, d isperso
dito
- - -
eleger elegido eleito
-
encarregado --erKarregue
"""""""
ontregru- entregado
-- --
entregue
enxugar enxugado --;-nxuto
--
envolver envoMOO en\tOlto
-
escrever esaevido escrito
englr f-;;rig¡do ,cocto
expresar expressado expresso
exprimir expnm,do expresso
~~lsado
-
expulsar expulso
~gtJir
-
extinguido extinto
-
furtac 1--"",dO farto
rruer --
-
- - -
fe.tO
lindar r¡¡-nd~~ . ~

fixar fixado fixo


frigir frigido --¡;;¡;;- -

~ar
-
ganhado ~ho

168
·-
Impnrnlr

InclUir
,"'do
Iffipnm~o

Induldo
gasto
Impresso
Incluso
~ectar Infectado 7ecto
inquiew inquietado Inquieto

inserir Inserido inserto


~ntar 1--. -
Isentado lsento
..

Juntar Juntado Junto


- - - -
libertar libertado liberto
limpar limpado hmpo
------.---
manifestar manifestado manifesto
m.u.- matado marta

murthar murchado murtho


nasado ~to
""'"
ocultar ocultado
--
ocu"o
~itir omitido om"",
I
oprimir Oprimido opresso
. pagar
r-p;;;-rter
pO.-
....do
pervertrdo
-
P'&O
"", .. ",

PO'o
prender ~i do -- p~so
-
pretender pretendido -¡;ctenso
-
r-;:;pelir repelido repulso
- - -
restnnglr restringido ",,",o
revolver revolVldo revolto
rompec rompido roto
,,"", """do
.eado
- ""'"
~o
"'''' segurado seguro
"'&"=
situar SItuado ,"o
so"'do ","o
"'''''
submeter submetido submisso
submergir submergido ",_eso
sujeitar suJeitado sujeito
surgir surgido "'rto
-- -
surpreender rurpreendido
"''''~
169
,",p'''''' suspeitado susperto
suspender suspendido suspenso

ungir tmgKlo tinto

torcer torcido torto

""8" vagado ~go

-
'" -
"""
"oda
"'
Uso do modo imperativo

o imperativo usa-se para exprimir:


1. Uma ordem:
Vol-te emboro.
2. Um convite, soliótar;ao:
Repara no ¡ivm que comprei.
3. Uma exortar;ao. conselho:
Sento-[e 00 sol.
4. Uma súplica:
Sossega Q [ua (úria, nao a sigas.
Ajudo-me.!

Imperativo dos verbos regulares


Imperativo (afirmativo):
Pessoas 1,' conjuga~o 2,' conjuga~o 3.' coniuga~o

-
p""
,~" ,~ .

'"
ele/era
'oc, ""l. ",m.

06,
eles/eras
voces
cantemos

cantem
comamos

comam
_m
p artamos

Imperativo (negativo):
Pessoas l .' conjuga~¡¡'o 2,' conjuga~o 3,' coniuga~o

n¡¡;o cantes nio comas nlio partas


'"
ele/era
nao cante nao coma nao parta
'oc,
06, n50 cantemos nao comamos náo partamos
eles/elas
nlio cantern nio comam n30 parta m
voces

170
o imperativo negativo só difere na forma usada para o tratamento informal no
singular (tu). Todas as outras - tratamento formal no singular (ele , e la, voce) e
tratamento informal e formal no plural (eles. elas. voces, os senhores. as senho·
ras) - sao iguais na afirmativa e negativa.

Pr ••• ntedo ............. I ,"".l1li10


Tu (echas a parro. Fecha a porro (tu).
Tu vendes o corro. Vende o carro (tu).
Tu partes para IJsbaa. Porte parol.Jsboo (tu).

1. Para a forma<;ao do Imperativo. na forma tu , vamos ao presente do indica-


tivo. segunda pessoa do singular; e tiramos o ·s.
2. As restantes formas do imperativo sao iguais ao presente do conjuntivo.

--
Imperativo (quadro·resumo das termina<;6es):

...
~

- ..,
-e r/-ir
Afirm.
.,
·e
N ...

."
.~
........
Afirm.
.,
.,
N,~

.,
.,
Afirm.
-eme,
n6s

.""'" .""'"
~
N ...
1-.-.-
Afirm.

-em

.""
N",.

-em
.""
Fo rmas irregu lares do Impe rativo:
- Ser: sé/nao sejas; seja; sejamos; sejam.
- Estar: estás/nao estejas: esteja: estejamos; estejam.
- Ir: vai/nao vás; vá; vamos; vao.
- Dar: dá/nao des; dé; demos; déem .
- Dizer: dlzJnao digas: diga: digamos; digam.
- Querer. quer/nao queiras: queira; queiramos; queiram.
- Saber: saiba/nao saibas; saiba: saibamos; saibam

Perdem o ·e na 2.' pessoa do singular do imperativo afirmativo os verbos dizer.


fazer, trazer e os verbos terminados em -uzir:
dize dlz
faze faz
traze traz
traduze traduz
171
o imperativo reflexo:
1. Afirmativo (com o pronome enclítico):
lava-te
lave-se
lavemo-nos (1)
lavem-se
(11 Nesta pessoa. J form¡, YefbiII pen:Ie o .s.

2. Negativo (com o pronome proclítico):


nao te laves
nao se lave
nao nos lavemos
nao se lavem

A conjuga~ao perifrástica

A conJuga~o perifrástJca ou penTrase verbal é urna forma muito usada na nossa


língua e é constituida por um auxiliar conjugado + um verbo principal no Infinitivo
ou gerundio:
Estou a traba/haf.
Estou traba/hando.
Nota: O verbo no infinitivo é normalmente precedido de preposi~ao.

Os auxiliares da perifrástica sao verbos que perderam o seu sentido próprio


para se converterem em auxiliares:

Ter de + infinitivo = necessidadeldever de praticar a ac~ao:


Tenho de eswdar Portugués.

Haver de + infinitivo = resolu~ao/certeza de praticar a ac~ao: forte ¡nten~o ou


convio;ao relativamente a aq:6es ou factos futuros:
Hei-de estudar Portugués.

Estar para + infinitIVO = ac~ao prestes a realizar-se. intern;:ao/proxirnidade da


realiza~o:
Esrou paro mudar de caso.

Estar a + Infinitivo/estar + gerundio = ac~ao come~ada mas nao acabada e que


está a ocorrer no momento:
Estou a eswdar.
Esr.ou escudando.
172
Andar a + infinitivo/andar + gerundio::;: pro!ongamento da ac~ao, aCl;ao em
curso, mas com uma durac;ao mais longa do que estar a:
Ando a estudar.
Ando estudando.
Come~ar a + infinitivo = início da acC;ao:
Comecei a estudar.

Acabar de + infinitivo::;: fim do que é anunciado pelo verbo, acc;ao acabada de


realizar:
Acabei de escrever um l/vro.
Ir + infinitivo:
Ir (presente do indicativo) + infinitivo = inten~o firme de realizac;ao da ac~o:
Vou fazer o jamar. lago que chegue a casa.
Ir (impeneito do indicativo) + infinitivo::;: exprime o discurso indirecto da
situac;ao apresentada no exemplo anterior:
EJa disse que io fazer o jamar lago que chegasse a casa.
Ir (imperfeito do indicativo) + infinitivo ::;: intenc;ao de realizar a ac~ao, cuja
execuc;ao é posta em dúvida:
Eu ia sair. mas posso (icor mois cinco minutos.
Ir (pretérito perfeito simples do indicativo) + infinitivo = a acc;ao planeada
anteriormente já foi executada:
Já fui compror o frango para o jantar.
Ir (pretérito perfeito simples do indicativo) + infinitivo = movimento, já ini·
ciado, em rela~ao a determinado fim, exprimindo intenc;ao de realizac;ao da
acc;ao:
E/o foi buscor leite 00 supermercado.

Ir + gerundio:
Ir (presente do indicativo) + gerundio::;: indica o aspecto durativo de uma
acc;ao a iniciar ou a decorrer:
Va; andando, que eu jó solo.
Ir (pretérito petfeito simples do indicativo) + gerundio = indica o aspecto
durativo de urna ao;ao já passada:
Fui limpondo a caso, enquanto as visitas nao vinham.
Ir (imperfeito do indicativo) + gerundio::;: indica a realizac;ao gradual de uma
ac~ao passada, em que esta se desenvolveu lentamente:
A chuva io caindo 00 longo do dio .
173
Ir (imperfeito do Indicativo) + gerundio = indica uma ao:;:ao cuja realiza~ao
esteve iminente, mas nao se concretizou:
As pedras do posseio estOo todas levontados e eu JÓ io coindo.
Ir e vir + infinitivo (precedido da preposi~ao a):
Ir a + infinitivo = indica que a ao;ao foi apenas iniciada:
fu io o solr de carro, quando come~ou o chover.
Vir a + Infinitivo = indica o resultado final da ac~ao:
As mentJras vém o ser desmbertos!
Costumar (presente ou imperferto indicativo) + infinitivo = indica repeti~ao ou
hábito:
fu costumo ler antes de adormecer.

Discurso directo I discurso indirecto


Na transforma~ao do discurso directo em indirecto há a!tera~6es nos verbos
(modo. tempo e pessoa). nos pronomes, nos determinantes e nos advérbios:
Eje diz: "Eu quero aprender Portugués".
- O que é que ele disse?
Ele disse que (ele) queria aprender Portugués.

Po". 5b
Presente
--
Usode: : - .... l! .
DIIcuno ..... _
Geralmente. uso de .
Pretérito imperferto
Preténto perfeJto simples do Indica- Preténto mals..que-perferto
\NO composto do indicativo
Futuro Imperfeito do Indicativo Condicional
Tempos veroais
Presente do conjuntIVo Imperfefto do conjuntivo
e modos
Imperfeito do conjuntivo Imperfeito do conjuntivo
Futuro Imperfeito do cOf1Juntivo Imperfeito do conjuntivo
Imperativo Imperferto do conjuntrvollnfinitJVo
Pessoal

l.' ou 2.' pessoa 3.' pessoa


Pronomes
pessoais eu. tu. nós ele (ela). eles (elas)
me. te. nos o, a. os. as
Pronomes e meu(s). mlnna(s). teu(s), tua(s) seus. suas. deles. dejas
determinantes nosso(s) dele. dela
possessivos
Pronomes e este. esse aquele
determinantes estes. esses aqueles
demonstrativos Isto. ISSO aquilo

Advérbios de aqw ali


lugar
"
neste lugar. ar "
naquele lugar. além

174
mm

'g~ entao, naquele momento


amanha no dia seguinte
Advérblo$ de hoje entao, naquele dia
tempo logo depois
00"'" no día antenor. na véspera
na próxima semana na semana segUlnte

DI.~uno""" Dllano ........ I


Frase interrogativa directa: Frase interrogativa Indirecta:
)000. VOIS oprak1? Pe¡gunrou 00 Jodo se ele KJ a ProIQ.

Desaparece ou passa a complemento


VocatIVo:
indirecto:
jodo. vem cá!
Disse DO Jodo que fosse Id.

o discurso directo é apresentado por um verbo de tipo declarativo. que pode


introduzir a fala ou vir no meio ou no nm da frase.
Sao verbos declarativos: dizer, responder; exdomar. observar: concordar; o~rmar;

etc
Quando o verbo vem no início. a introduzir as fajas. tal qual estas foram produzidas.

- recorre-se a dais pontos:

- verifica-se a mudanc¡:a de Jinha e o correspondente parágrafo a separar as


falas:

- usa-se o travessao. (Por vezes, em vez do travessao empregam-se as aspas):

Compro-me um quilo de bocolhou - pediu o moe.


A mGe pediu que Ihe comprasse um qUilo de oocolhau.

Apresenta~ao do discurso indirecto: sao introduzidas falas ou pensamentos das


personagens em ora~5es subordinadas come~das frequentemente por que (ora-
<;oes completivas ou integrantes), que seguem o verbo de tipo declarativo:

A senhoro disse que ...


EJe respondeu que ...
175
Particularidades ortográficas de alguns verbos

Os verbos terminados em:


·ear - conservam o e do tema em toda a conjugar;.ao, mas junta-se·lhes um i a
seguir ao e do tema quando ele é tónico, isto é, nas tres pessoas do
singular e na r pessoa do plural do presente do indicativo e do pre·
sente do conjuntivo, e no singular do imperativo:
recear - recelo, recelas, recela, receamos, recelam (presente do indicativo)
recele, rece/es, receie, receemos, recelem (presente do conjuntivo)
recela (imperativo)
Conjugam-se como recear: alhear; guerrear, nomear, pentear, etc..
-iar - os verbos que no infinitivo terminam em -iar conservam o i do tema em
toda a conjuga¡;ao:
abreviar - abrevio, abrevias. abreviam (presente do indicativo)
abrevie, abrevies (presente do conjuntivo)
abreviel (pretérito perfeito)
abreviava (pretérito imperfeito)
Conjugam-se como abreviar: afiar. anunciar. copiar. criar. etc.
Mas:
Há alguns verbos terminados em ·iar que se conjugam como se fossem
terminados em ·ear. tais como: ansiar, incendiar, mandriar, mediar, obse-
quiar, odiar. premiar, presenciar, remediar:
odiar - odeio. odeias. odeia. odiamos, odeiam (presente do indicativo)
odeie. odeies, odeie, odeemos, odeiem (presente do conjuntivo)
Alguns verbos terminados em iar apresentam ambas as formas, tais como:
cadenciar, comerciar. ditigenciar, licenciar. negociar. sentenciar, etc.
cadendo ou cadenceio
dlligendo ou dihgence/o
negocio ou negoceJO
·air - conservam o i em toda a conjuga¡;ao, excepto na r pessoa do plural do
presente do indicativo: atrair. cair, sair. trair:
caír - coio, cais. cai. caímos. caem (presente do indicativo)
A grafia da 3,1 pessoa do plural do presente do indicativo é caem, atroem.
soem. troem.
A grafia da r pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, que
nao tem acento. é: ca/u. atrQiu. so/u. troiu.
·uir - estes verbos nao se escrevem com i na r pessoa do plural do presente
do indicativo: conduem. inpuem.
176
Mas: os verbos connruir e destruir admitem duas formas (a dos verbos em
-uir e a dos verbos em -oer) na 2." e 1" pessoas do singular e na 3: pes-
soa do plural do presente do indicativo. e na 2,· pessoa do singular do
imperativo. embora se verifique a tendencia para preferir a conjuga¡;:ao dos
verbos em -oer:
constróis ou construis. constrói ou constrUl, constroem ou construem
constr6i tu ou construi tu;
destlÓis ou destruis, destrói ou destrui. destroem ou destruem
destrói tu ou destrui tu.
Escrevem-se com ¡ nas 2.· e 3." pessoas do singular do presente do indica-
tivo, e na 2,· pessoa do singular do imperativo, ao contrário do que acon-
tece com os verbos terminados em -oar e -uar,
influir - in~uis, in~ui, in~ui tu
perdoar - perdoes, perdoe, perdoes tu
habituar - habitues, habitue, habitues tu

-oar e -uar - escrevem-se com hiat0 1 (respectivamente, oe e eu) na 2: e 3."


pessoas do singular do presente do indicativo e na 2," pessoa do singular
do imperativo:
perdoes, perdoe
habitues, habitue

-oer - nao se escrevem com i na 1" pessoa do plural do presente do indica-


tivo, tal como acontece com os verbos terminados em -uir:
moem e noo "móiem"
roem e nao "ro/em"

Pronunciam-se com o ditongo aberto 6i na 2," e 1" pessoas do singular


do presente do indicativo e na 2: pessoa do singular do imperativo:
moer - m6is, m6i, mói tu

-oiar - conservam o ditongo oi em toda a conjuga¡;:ao, senda o drtongo acen-


tuado nas formas em que é tónico e aberto:
boiar - OOio, bóios. bóia, baiamos. bóiom

Mas: o verbo apoiar conserva o ditongo oi fechado em toda a conjuga¡;:ao:


apoio, apoias, apoia, apoiamos, apoiam.

\ Hiato é a seqvénoa de dI.w vogillS que perterKem a!.llabas d,ferentes: perdoI-es, habItuI-e$.

177

·car - escrevem-se (om qu antes de e;


arrancar - arranque!
(jear - (¡que;

-gar - escrevem-se (om gu antes de e:


entregar - entregue;
negar - neguei

-~ar. -cer e -eir - na escrita, usa-se a cedilha nas formas verbais em que o e está
antes de a e 0 , para que se possam cont inuar a ler os mesmos sons:
avan~ar - ovon¡;:o, ovQ~ássemos, avance
vencer - ven¡;:o, vencem
ressarcir - ressorp. ressQ~as.

-guer ou -guir - desaparece o u quando ao g se segue a ou 0, para que se pos-


sam continuar a ler os mesmos sons:
erguer - ergues. ergUID, ergo, ergam
distinguir - distingui. distinguem, distingo.

-ger ou -gir - mudam o g em j antes de a ou o, para que se possam continuar a


ler os mesmos sons:
reger - reges, regia, rejo. rejamos
dirigir - dirige. dirijo. dirijam.

-uzir - a 3," pessoa do singular do presente do indicativo e a 2.' pessoa do sin-


gular do imperativo tenninam em z:
conduz;r - conduzo, conduzes, conduz
seduzir - seduzo, seduzes. seduz.

Frases enfáticas

Além da entoa¡;:ao com que a frase pode ser dita ou deve ser lida. pode-se
recorrer a algumas express5es ou palavras. para enfatizar toda ou parte da
mensagem.

Estas express5es ou palavras podem ser retiradas da frase sem Ihe alterar o
sentido. pois apenas servem para tornar a mensagem mais expressiva e viva. real-
1;ando assim alguns elementos.

178
1
quem - seguido do verno principal e do verso da frase:
Os partidos governam. O pavo vara neles.
Os partidos governam mas quem voto neles é o pavo.

o que - utiliza-se no inicio da frase que tem um substantivo nao humano:


Queres Jantar?
Noo, o que eu quera é dormir.
O que a Ana comeu foi o bolo.
'\.. enfase ;:/
ser e ser... que - enfatiza o elemento da frase que está el. sua direrta ou o que
está no meio. como no segundo exemplo: apresenta-se. sempre, na 3.¡ pessoa
do singular e no mesmo tempo do verbo que o precede:
Eles nao querem é estudar.

t t
presente do elemento a
IrKhcatlvo na 1 " que se quer
pesca SIngular dar !nfase

Eles nao queriam ero eswdar.


t t
preténto preténto imper-
imperfeito feno na 3.' pessoa
do singular

Era 0/1 que se encomrovom poro namoror.


Foi a/i que (= onde) tu nosceste.

A sequencia é que, quando colocada depois da paJavra focalizada, nunca con-


corda com esta, mantendo-se sempre invariável:
Os traba/hodores querem é que a reforma seJo mols cedo.

cá, lá - sao também advérbios de lugar e enfatizam o sujeito da frase. Sao sem-
pre colocados entre o sujeito e o verbo:
cá - formas de 1.1 pessoa (singular e plural)
lá - formas de 2.¡ e 3.- pessoas (singular e plural)
Eu cá sel: quera SOIr.
Tu lá sabes o curso que queres.
Excep¡;:oes: lá também se pode usar com os pronomes de l.· pessoa:
Eu lá se; (= Eu nao sei)
179
Pronome pessoal complemento precedido da preposi¡;ao a - enfatiza o pro-
nome pessoal complemento directo ou indirecto, ou seja, a(s) pessoa(s) a quem
estes prono mes se referem:
A eles, só /hes pagom os ordenados em atraso.
A mim, obrigom-me o pogor ¡odas os imposras.
t
complemento
indirecto enfat izado

Quando os complementos directo e indirecto sao colocados no início da


frase, para se dar enfase, podemos utilizar os respectivos pronomes formas
de complemento sempre na posi~ao que estes complementos ocupam:
- Jó (¡zeste as traba/has de casa?
- Os traba/has de casa, jó os (¡z.
Bebo sumo sempre que posso.
Sumo, bebo-o sempre que posso.

';eHg'
o verbo haver pode ser equivalente a:
- ter
Hó peixe paro o jantar. (= temas peixe para o jantar).

dar/ser transmitido
Hoje hó um bom (¡/me. (= hoje é transmitido um bom filme).

- estar
HOVIa multa gente no fUtebol. (= estava murta gente no futebol).

- existir
Hó vórias hipóteses para este problema. (= existem várias hipóteses para
este problema).

- acontecer/passar-se
O que hauve antem no Rassio? (= o que se passou/aconteceu ontem no
Rossio?).
180
Principais diferen~as dos verbos ser e estor

Ser I ...... I
Qualidade ou característica permanente: Condi~o temporária:
Sou doente. Estou doente.
Localjza~o espacialftemporal (suJerto flxo): localiza<;ao espacial temporária (SUteJto m6veI):
Usboo é a coPltoJ de PortugaJ. A Expo 98 esteve nos Olivais.
lempo croroIógico (horas. álaS da semanafdatas): Tempo climatérico:
lOO 7 ""'" Está calor.
-
ProfissOes:
Seu pro(essorfmMlColengenhelro.
Naciooalidade:
Seu portuguesa.
Ser + adjecbvo:
Estar + adjectivo:
Característica que nao é resultado de urna
Característica que resulta de uma ac~o:
ac9io:
O bacalhau estd 6pomo.
O /xJcalhau é ópomo.
Emprega-se com o particípio passado do Emprega-se com o Participio Passado do
verbo principal. para formar os tempos da voz verbo principal. para formar tempos da voz
passiva de ac<;iio: passiva de estado:
Os bolos sao (e/tos pela empregodo. Estou encamada com a Ana.

Particularidades do verbo ser

ser + nome predicativo :;:;; indica uma condi~ao permanente:


A Ana é simpática.
sinónimo de estar, fiear , tornar-se:
Quando for grande, quera ser minis(fO.
ser de + nome de lugar :;:;; sinónimo de pertencer:
Sou de Usboa.
ser de + pessoa == sinónimo de pertencer:
O coo é da Idalina,
ser de :;:;; matéria:
O copo é de plástico.
sinónimo de custar:
A como é o leite?
sentido de suceder, acontecer:
Se os impostas aumentam, que será de nós?

181
ser conera = ser desfavoráve/:
Sempre fui contra o po/uir;Cio.
ser por = ser favorável:
Eu sou pelo paz.

ser para = ter como finalldade:


O vestJdo é paro o Ano.
Com o sentido de consistir em:
O melhor é ires buscar as tuas coisas.
Forma impessoal que indica o momento/época e equivale a decorrer:
Ero manhd cedo quondo o (elefone locou.
Forma enfática:
Gror;a. é poro vires 00 telefone.

(Coisa abstracta) ser + com tem o sentido dizer respeito a:


Isto nao é contigo.
Uma acc;:ao que nao se pratlCa e que pertence a linguagem popular:
t.
o dizes!
EqUivale a ou seja. a saber:
Vierom todos, ¡sto é. os pa¡S, (¡/hos. caes e gatos.
Para fazer urna rectificar;ao e equivale a quer dizer:
Falou de modo áspero. Isto é. com dureza.

ser a cara de. SInónimo de parecer-se com:


O Luis é a caro da Ana.
Sinónimo de ser independente:
Posso ir adiscoteca porque sou maior e vocinado.
Nao ser tido nem achado. sinónimo de ninguém o consultar:
Mudarom os dotas das aulas. mas nós nao romos r.idos nem
ochados.
(Colsa) ser daqui/ser detrás da orelha = boa qualidade, óptimo:
Este boco/hau é detrós da ore/ha.

Salvo seja, sinónimo de Deus nao o permita:


PortJu o cobec;::o, salvo sejo. por OqUl,

Locuc;:ao prepOS/tlva: a nao ser que = excepto:


Vou SO¡r. o nao ser que venhas có.
182
Particularidades do verbo estor

Ser num dado momento, condi~ao temporária:


O tempo está queme.
Achar-se num estado ou condi~ao:
Como esr.ava doente fui 00 médico.
Manter-se, ficar:
Eles estao acordados.
PelTIlanecer; conservar-se:
AIi estova, de plantao, com os o/hos nos o/unos.
Encontrar-se, existir:
Nao esCOVa ninguém.
estar em = consistir em, residir em:
O perigo está na ve/oddade.
ou
= encontrar-se em:
A maldade está em n6s.
estar por = ser favorável a, preferir:
Estás pelo Benf¡ca ou pelo Sporting?
estar a + infinitivo =a ac~ao já come~ou a desenvolver-se e prolonga-se para
o futuro:
Esrou oler um livro óptimo.
estar a + infinitivo = a ac~ao já come~ou e acaba num futuro próximo:
E/a está a vestJr-se.
estar a par de = conhecer, saber de:
Eu estou a par de todas as notióas.

estar as moscas = estar vazio:


O dnema está os moscas.
estar bem/mal = estar bemlmal de saúde ou economicamente:
Eu estou bem.
estar com a corda na garganta = estar aflito, sobretudo no aspecto económico:
Eu estou com a corda na garganta.
estar com a mao na massa = aproveitar a circunstancia:
Como estás com a mOo na massa, lova a minha blusa.
183
estar (om a pedra no sapato = estar desconfiado:
Os pro(essores estao com a pedro no sapow.
estar cru := estar em branco, ignorar, desconhecer:
Os o/unos estao crus em gramática.
estar de mal (om = estar zangado:
A Ana está de mal com o namorado.
estar frio := andar longe da solu~ao:
Procura ali.Aqui está (rio.
estar frito = estar em má situa¡;ao:
Os o/unos estao (ritos com os exomes.
estar liso = estar com falta de dinheiro:
Os pro(essores estao sempre lisos.
estar para + Infinitivo = aCl;ao quase a realizar-se, iminencia de um aconteci-
mento:
Estova pora te VIsItar.
estar por + Infinitivo = sugere uma ac<;ao nao executada:
O rrobalho na esco/a está por fazer.
estar por = apoiar, ser favoráve l a:
Eu estou pe/as queswes do ambIente.
estar por pouco := curta dura<;ao:
O casamenta deles está por pouco.

estar perante = enfrentar:


Os traba/hadares rurois estao perante vónos problemas.
estar sem := ausencia de alguma coisa:
Estou sem dmheiro.
o verbo estar pode unir um sujeito a um complemento precedido das prepo-
si<;oes a, com, em, para, perante, por e sem.

Particularidades do verbo (icor

(Ser animado. coisa) Ficar em + nome de lugar = permanecer, continuar num


lugar:
Ele (¡cou em casa.
O coa f¡cou em casa.
184
licar em + nome de rugar = situar-se. estar situado:
O 200 (¡ca em Sete RJos.
ficar com/entre + pessoas = conservar em segredo:
O assunlO (¡ca entre nós.
As chaves (¡cam com/go.
licar em + nome de rugar = instalar-se:
Rquei em Pons.

ficar = restar, sobejar, sobrar.


Nao me (¡cou um quilo de at;úcar.
ficar + adjectivo, advérbio:
Fica asslm.

ficar para + expressao de tempo = adiar.


Os testes (¡cam paro amanha.
ticar de + Infinitivo = comprometer-se a tazer alguma coisa = prometer.
EJe rlCou de Vlr.
ticar + adjectivo/substantivo = tornar-se:
EJe (¡cou me/hor desde ontem.
O vinho (¡ca vinagre.
tiear com + objecto = adquirir. comprar.
FlCaste com a caneto?

ticar com = guardar.


Fico com a minha pasta.
ticar a1em/por + quantia de dinheiro = custar.
A couve-nor (¡cou a um euro.
Os objectos na relro de artesanato r/Com por merode do p~o.
A saio (¡cou em dez euros.

tiear + predicativo = expressao do estado de espírito manifestado pelo predi-


cativo:
EJe (¡cou contente/triste com o Jago.
tiear + advérbio = continuar, permanecer:
O assunto (¡cou assim até ogoro.
tiear para + expressao de tempo = durar, perdurar.
Os Lusíadas ficarom para sempre.
185
ficar por + infinitivo - a ae~o do verbo que se encontra no infinitivo nao (oi
realizada:;:::: nao realizar, nao fazer.
OJogo (icou por realizar.
ticar por :;:::: substituir:
EJe (icou por mlm na vlgr/dnda dos exames.
ticar sem :;:::: ser privado de, perder.
Fique; sem luz e sem dmhelro.

ticar bem/mal a + pessoa :;:::: juízo de valor de qualquer pessoa em rela~ao a


algo:
Aquela saia (ica mal aIsabel.
ticar em nada :;: : desaparecer, acabar:
O leite {erveu canto que ficou em nada.
ficar de boca aberta :;: : ficar admirado:
EJes VDO rlCor de boca aberta com este vaoolho.
ficar de boca fechada :;: : nao falar/ficar calado:
A Isabel (iea sempre de boca {echada nas reumoes.
ficar em camisa :;:::: ficar sem nada, sem qua/quer bem material:
Os jogodores da ro/ero ficarom em camisa.
ficar em branco :;:::: ausencia de conhecimentos:
Espero que nlio fiquem em bronco com este estudo.

ficar a :;: : permanecer a, demorar-se a, distar de:


Nao fiquel a ver televisao, polS tmha sono.
Sete Rios fica a 10 mInutos do Rosslo.

Ficar, como verbo prepositivo, acorre com as preposi~oes 3 , com , de, em ,


entre, para. por e sem.

186
o:'
"
:~.-.'
.,';,.,
"-.,
';:':::,"-"
'" '',..
" ,

. "
~,

"
" " "
",
• '';
::.

"

,'.
"
:o~

"
~',

"
.',

" ,
, ,
"
,',

,
'-,'!' ':
,o " ..:~-:.' .
"
..!. ,.>; .~. ;" ".'
:!'::::r ,i
O' •

',i:~' ;(:;.,~-; .. J
"
,:.-:f:)~<; .
1'., .::;._
" '"

.'
.. ' ,

'.,,, ','

,,
,
o', "
" . ';
,o·,.""¡'.-;.
"

:: ;;;. "
1:;<
'" "
....
"
Advérbios

Os advérbios sao palavras que se juntam aos verbos (ad veroum) para Ihes modi-
ficar a significa<;ao ou exprimir circunstancias de uma aC<;ao, qualidade ou estado.
Aqui estó (rio.
Ontem dormi mal.
Podem juntar-se também a adjectivos e a outros advérbios para exprimir o grau
de qualidade ou de modo e sao importantes na forma<;ao dos graus:
qualidade (adjectivo) - Estas flores sao muito caras.
modo (advérbio) - Ela falou bastante bem.
Os advérbios sao constituídos por uma s6 palavra (invariável), enquanto as
locu~oes adverbiais sao expressoes formadas por mais de uma palavra:
advérbio - Hoje vou 00 Porto.
locu~ao - Ero breve ¡rei 00 Porto.

Os advérbios indicam:
~)(o, acima. acolá, adiante. aro além, algures. ali, antes. aquém,
Lugar aqui. atrás, atr.wes. ca debaixo. defronte, dentro, detrás, fora,
lunto, la longe. ondeo perta

agora, ainda. amanha. anteontem, antes, antigamente, breve.


Tempo cedo. dantes, depolS, doravante. enfim. entao, entretanto, hOJeo
Já. jamals. logo, nunca. ontem, outrora, sempre, tarde

assim, aliás, bem, como, debalde, depressa. devagar, mal.


Modo melhor, piar, quase, sobretudo, e OU(fOS odIIélbios terminados em
-mente: bruscamente, simplesmente...
Intensida deou assaz. bastante. bem. demasiado. mais, mef'lOs. murto, pouco,
quantidad • -
quanto, quase. tanto, tao

Afirma~¡¡
• já, decerto. ~m. realmente. também
Nega~¡¡o jamals, nao, negativamente. nunca

Indusio até, Inclusivamente, mesmo. também

Exdusio
apenas. excluSlVafT"lente. salvo. senaD. slmplesmente. 56.
somente, unlcamente

Dúvida acaso. porventura, possivelmente. provavelmente. quicá. talvez


.-
Designa~l .

Interrogativos:
'"
Onde é que estavas?
-de luga r - onde?

-de tem po - quando? Quando thegaste a Portugal?

-demo do -como? Como estás?


-de cau sa - por que? Por que nao lhe dizesl
.-
188
As vezes. o advérbio substitui mesmo uma frase:
Como te correu o exorne?
BemI (O exorne correu-me bem).

Alguns advérbios apresentam flexao de grau: normal. comparativo e superlativo:

superioridade - O aviao chega mais longe.


Comparativo igualdade - Ninguém chega tao longe como ele.
{
inferioridade - Esperei menos Jonge.

analítica - Ele entrou multo alegremente.


ab soluto
{ sintético - Falou pessimamenre.
Superlativo
. {superiOridade - Foi o mois alegremente possrvel.
relativo
inferioridade - Folou o menos coerentemente possível.

Alguns advérbios apresentam formas sintéticas de comparativo e de superlativo:


bem - melhor (comparativo)
optimamente (superlativo)
mal - pior (comparativo)
pessimamente (superlativo)
muito - mais (comparativo)
o mais ou muitíssimo (superlativo)
pouco - menos (comparativo)
o menos ou pouquíssimo (superlativo)
Estes advérbios nao deixam de apresentar as formas mais bem e mais mal. usa-
das geralmente antes de particípios passados:
E/o oporeceu mois bem vestida. mas mOlS mol-encorodo do que
o irma.
Mas:
Foz o melhor que puderes.

Os advérbios terminados em -mente tem uma rela~ao morfológica multo nítida


com os adjectivos de que derivam:
rod/mente, pobremente, subitamente
Para a forma~ao destes advérbios. junta-se o sufixo -mente a forma femin ina
dos adject!vos. quando biformes.
189
Portugués faz portuguesmente e nao portuguesamente, porque portugues, em
tempos arcaicos. foi uniforme.

Sempre que se empreguem dois ou mais advérbios terminados em ~mente. s6


o último costuma apresentar este sufixo:
Falou severa e pausadamente.

Adverbios cá e lá

Eu vou ligar Ocarro. Eu ro vou Irgar o carro.


ru sabes OQ~ eslós a (oZf!r ru Id sabes o que esrós o fazer

Coloca~ao dos adverbios

1, Os advérbios que modificam um adjectivo. um particípio isolado ou um


outro advérbio colocam-se antes destes:
MUlro apressado, o Joao chegou.
O teu OVÓ está muito mal.

2. Os advérbios que modificam o verbo:


2.1. de modo. colocam-se depois do verbo:
fu ouvi-o atentamence.
2.2. de tempo e de lugar. podem colocar-se antes ou depois do verbo:
De monhCi, bebo lelle. Bebo o lelte, de monho.
Cá (oro está {rio. Estó (no có (oro.
2.3. de nega~ao, antecede sempre o verbo:
Entoo nao se lié?
Eu nao vi o Ana.

Locuc;:oes adverbiais

Dá-se esta designa~ao ao conjunto de duas ou mais palavras com valor de advér-
bio, assoctando-se sempre a urna preposi~o, a um substantivo, adjectNo ou advérbio:

Tempo: Q nOlte, i:J tarde, o tordlnha. de dio, de manh(j, de noire, de quando em


quondo, de vez em quando, de rempos o (em) tempos, em breve, peJa
monhO, etc.
190
Modo: a toa, a vontade, 00 contrário, 00 léu, as avessas, as daros, Os dlrelws, Os
pressas, com gosto, com amor, de bom grado, de cor, de má yontade, de regro,
em gerol, em sJléncio. em vao. gota a gota, posso a passo, por acaso, etc,

a a
Lugar: a dire/ta, esquerda, dlstL1ncia, 00 Iodo, de dentro, de ama, de longe, de
perto, em cima, poro dentro, para onde, por ali, por aqu;, por dentro, por (oro,
por onde, por perto, etc.

Intensidade: de muito, de pouco, de todo, etc.

Negar;ao: de (onna alguma, de modo nenhum. etc.


Ero breve ouviros um cantor que, em gerol, é mUlto considerado.
De longe o me/hor do nosso século. 00 lado de outros mu;to gran-
des.

Debalde I em vilo

Debalde advérbio de modo = inutilmente, em vao:


Procurei (a/ar..Jhe mas (oi debalde = Procurei falar-Ihe mas foi Inútil.

Em vao - locu¡;ao adverbial = Inutllmente:


fu pedl para Ihe (alar mas (01 em vao = ... mas nao consegui
falar-Ihe.
Mas:
vao = substantivo masculino:
A sala tem um yaO no porede = A sala tem urna abertura
formada na parede por uma janela ou porta.
O advérbio de modo debalde e a locu¡;ao adverbial em vao negam a frase.
Mas se a frase tiver o advérbio nao + debalde I em vao fica afirmativa:
Eu nao (ui as aulas deba/de.
Eu nao fui as aulas em vao.

191
..
'.
'.
'.

,.
" 0'-
".

'. .. ",
'.;
::-

,
.
..

-l'
.. o~
,
-
(J)

).\J.( e~
• ••

o
Preposi.;oes

As preposic;5es sao palavras invariáveis que servem para ligar dois termos de
uma frase:
1. Um verbo auxiliar flexionado e um verbo principal no Infinitivo:
Ele delXOU de comer doces.
2. Um verbo e um complemento:
Cooto com a Maria.

3. Locuc;oes verbo-adjectivais e um complemento:


Estou interessada em li'lros polieiais.
4. LocuC;5es verbo-nominais e um complemento:
Tenho medo da trovooda.
S. Substantivos e um complemento:
A encomenda da Ano oiodo nao veio.

Preposi,,6es simples
,
,"lO
I

"""
>té
,cm
I

'00""
d,
desde
,m
",\re

",...

p"'"''
po.-

"m
",b

""""
"" 194
.1\..\\

Há certas palavras que, pertencendo normalmente a outras dasses, funcionam


as vezes como preposic;:oes: afora, conforme, consoante, durante, excepto, {oro,
mediante, menos, nao obstante, salvo, segundo, senao, etc.

Contraq:ao das preposi~oes

As preposic;:6es a, de, em e por podem aparecer contraídas com alguns deter-


minantes ou pronomes.

~. artIplplonome I
a + ¡¡fas :::: ¡\fas de + 0105 =doIdos
a + aquele/aqueJes = aqueje/aqueJes de + alas = da/das
a + aqueJa/aquelas :: aqueja/Aquejas de + umluns :: dumlduns

de + urna/umas - duma/dumas em + uma/umas - numa/numas

de + ele/eles - dele/deles em + estelestes - neste/nestes


de + elalelas - dela/delas em + estaIestas - nestalnestas

de + este/estes - desteldestes em + esselesses :: nesselnesses


--
de + estaIestas - destaldestas em + essalessas - nessalnessas

de + aquele/aqueles - daquele/daqueles em + aque/e/aqueJes = naquelelnaqueles


de + aquela/aqueJas = daquelaldaque1as em + aquela/aquelas = naquela/naquelas
de + esselesses :::: desseldesses em + Isto - nlsto

de + essalessas - des!ialdessas em + lSSO - nlsso

em + olas - noInos em + aquilo - naquilo


em + ¡¡fas - r.alnas por + oIos - pelo/pelos

em + um/uns - num/nuns por + ajas - pela/pelas

Nota: Nao confundir sob (= debaixo de) e sobre (= em cima de):


O rapaz p6s o cosaco sobre 05 ombras.
A janela (¡ca mesmo 50b o te/hado.

Nao confundir trás e traz (verbo trazer):


A escola (¡ca na rua de uós.
Quando vem paro coso, o Ano troz o IrmQo.

195
Locu~oes prepositivas

As 10cU/;oes preposrtivas sao expressOes em que se associam dais ou tres ele-


mentos. um dos quais é uma preposi!;ao. Podem exprimir:

1. Fim: a fim de
2. Causa: por causa de

3. Tempo: g~asa

antes de
depois de
4. Lugar: perto de
para cima de
abaixo de debalxO de em balXO de por baixo de

acimade de Cima de em cima de por cima de


-
adiante de diante de em frente de por diante de
além de dentro de em redor de por detrás de
-
ao lado de defronte de em tomo de perto de

a par de atrás de em lugar de ...

Há perto de cinco horas que estou Q espera do )oao.


Perto do mmha casa hó um anema.
Nao espero o/ém de melO hora.
a oVero passou o/ém do meta.
Nota: Atente na grafia de algumas locu~oes:

sor de coso esta monha o pm de Ir 00 médICO.


Fa/ei 00 )oiío acerco dos meus (i/hos.
Marro (ica o cerco de 20 km de Lisboa.
t proressor há cerco de dez anos
A partir de agora vou ser mais directa.

Uso de preposi~oes

a - curta permanencia: Ontem fui Q Expo 98.


lugar aonde: Vou o Estoco/mo.
lugar ande: a Pedro parou Q porta do café.
- distancia: Lisboa (¡ca a 330 km do Porto.
- tempo (horas): Partiu as 10 horos.
- tempo - ac~ao habitual: Aos domingos.

196
.lU\

~ tempo - datas (com dia do mes): O Natal é o 25 de Dezembro.


~ pre¡;o: A cama sao as batotos'
- limite: Das 5 horas as 7 horas eswdo.
- serve também para introduzir o complemento Indirecto: Eu del o
= =
camisola a (preposl<;.ao a + artigo a) Ano.
ante - anterioridade relativa a um limite:
EJe estó ante mm.
ap6s - proximidade de um limite, posterioridade, consequencia, sucessao:
Após dios de angústia, soube que ele estova vivo.
até - movimento, aproxima~ao de um limite, limite (tempo e espa¡;o):
Fico aqui até as 10 horas.
com - adi¡;ao, associa¡;ao, companhia, comunidade, simultaneldade, modo,
melO, causa. concessao;
- companhia: Vou )antar com o Pedro.
- modo: Esaevo com dificuldade.
- meio: Escrevo com umo coneto.
- causa: EJe tremia com dores.
contra - dlrec~ao contrária, oposi¡;ao. hostilidade:
- oposi¡;ao:
A menino estó voltoda contra o porede.
de - afastamento de um ponto. de um limite. origem. causa, posse;
- lugar donde:
Venho de Coimbra.
- ongem ou provenienCJa:
Sou de Usboo.
- come¡;o:
De usooa a Foro.
- matéria:
A cama é de (erro.
- medida:
Quera um qUilo de arroz,
-tempo:
De manhO saja.
- tempo - datas:
EJa nosceu o I de Ma~o.
~ posse:

As cal¡;as do Joao.
- autoria:
Um quodro de Picasso.
- meios de transporte:
Vou de autocarro.
197

-modo:
Estou de ~os cruzados.
- causa:
Morreu de (ria.
Serve também para introduzir o agente da passlva:
Os corredores estavom rodeados de amigos.
- recipiente. conteúdo:
Um ma~o de agarros.
-p~o:

Ume televisao de 200 euros.


desde - afastamento de um limite com insistencia no ponto de partida
(intensivo de):
Desde os 5 horos que nao como.
em - tendencia para uma posi<;ao de contacto ou de Intenoridade: posi-
~o no Interior de, dentro dos limites de. em contacto com, ern
cima de:
- lugar ande (fixo):
Estou em Lisboa.
-tempo:
Em Agosto hó color.
- tempo (dura<;ao):
Fa~o este trobalho em trés dios.
-lugar (dentro de):
OlMO estó no soco.
- lugar (em cima de):
O Iwro escó no mesa.
- meio de transporte (detenninado) - em + artigo:
fu vioJo sempre nos aviCes da TAP.
- modo: Vou ler em pé.
entre - posi<;ao no Interior de dais limnes:
A coma está enere as duos mesas de cobecelro.
para - tendencia para um limite: finahdade, direc~o, intenc;ao, referencia,
pe.-spectwa:
lugar para onde e de ende (no espac;o e no tempo), destino. dlrecc;ao:
Vou para Angolo.
- ronga pennanencia:
Ele VOl vlVer para Fra~o.
- finalidade:
Escou oqui paro estudor.
- pessoa ou coisa a quem se dirige um obJecto:
Isto é para ti.
198
p^pppi!!!

perante - present;a. confronto:


EJe encontrou-se perante uma situo~ao delicado.
por - uma extensao entre limites: percurso; durante. ao langa de. através
de, por meio de. em favor de;
- lugar por ande (vía), através de:
Vou para usboa por París.
- causa:
Lutaram pela /iberdade.
- pre~o:

Por trés euros compro um ¡ivro.


- tempo (durat;ao):
Vou por dais anos.
- tempo (por yolta de):
Chegou pelas 5 horas.
-meio:
Bebl por um copa grande.
- modo:
Gasto de ter os Jivros por ordem.
- perta de:
O autocorro número 38 passa pela Gdade Universitória.
- introduz o agente da passiva:
O ¡elte (oi bebido pelo )000.
sem - negat;ao. ausencia:
Ele estó sem dinheiro.
sob - posit;ao de inferioridade em relat;ao a um limite:
O tapete está $Ob a mesa,
sobre posi<;a:o de superioridade em relat;ao a um limite:
O Jápis estó sobre a mesa.

trás posi~ao posterior:


Por trás deSSQ cora, o que hó?

Os topónimos e as preposi~oes

Se o topónimo, com fun~ao de sujeito, é antecedido pelo artigo definido, mas-


culino ou feminino (o Japao, a Alemanha, o Porto, a COvilha), quando tem fun<;ao
de complemento de lugar: usa-se a prepos¡~ao contraída com esse artlgo:

199
U\
.---
............. I ............. ................ I
naAlemanha aAlemanha da A1emanha
na Covilhii a CovrlhJ da Covilha

no Japao ao Japao doJ~o

no Porto ao Porto do Porto

Se o topón imo sujeito nao for antecedido do artigo (Portugal. Londres. Faro,
etc.), para indicar o complemento circunstancial de lugar. usa-se apenas a respec-
tiva preposic;ao simples:

............ Lupr- Luprdo ..... I


em Portugal a Portugal de Portugal
em Lisboa

em Faro
'"_
a Faro
de LJsboa
de Faro

200
~.

.'
,; ,f I
.
.'
, . ',1",

Conjun~oes

As conjunc;:6es sao palavras invariáveis que ligam duas orac;:5es ou dois elementos
semelhantes da mesma orac;:ao ou, aJnda, estabelecem uma relac;:ao de dependénaa
entre orac;:Oes.
Dividimo-Ias, assim, em conjum;5es e locu~óes coordenativas e subordinativas,

As conjun~5es coordenativas ligam orac;:5es da mesma natureza ou palavras


que, na orac;:ao, desempenham iguais func;:5es:
Nao (IZ o que me disseste. mas arrependi-me.
As conjun~5es subordinativas estabelecem uma relac;:ao de dependéncia entre
orac;:5es:
lrel SQlr contigo. se nao esuver a mover.

Conjun ~5es e locu~5es coordenativas


ConJu~
I Loe......
nao SÓ... mas também
e, nem, também.
Co pulativas nao só... como também
que·
tanto~. como

mas, porém, todavia, apesar disso, no entanto,


Adversativas contuelo, que ••, ainda assim. nao obstante.
entretanto de outra sorte
-
ou ... ou, JL Já. ora... ora,
Disjuntivas ou nem ... nem, quer... quer.
seJa.. seJa, seJa.. ou
por consegUlnte,
Co nclusivas logo. polS, portanto
por consequ@ncia
-

Quando equIVale a e .
•• Quar"ldo equivale a mas.

As func;:5es que desempenham sao:


1. Copulativas - acrescentar infonnac;:ao, indicar duas afirmac;:5es que se completam.
2, Adversativas - manifestar discordancia, objecc;:ao, hesitac;:ao, oposic;:ao. Apre-
sentar restric;:5es e argumentar.
3. Disjuntivas - apresentar altemativa, manifestar oplniao altemativa,
4. Conclusivas - exprimir conclusao.
202
,.'-,
~
.....
','
~.

"
. (" .
..,,~, .,"¡'
\

A conjun~ao
coordenativa mas aparece obrigatonamente no início da orar;ao:
porém, todavia. contudo, entretanto podem vir no início da orar;ao ou após um
dos seus termos:
Eu preciso de sair. mas tu (¡eas em caso.
A aldeio esló todo pintada. porém conunua sem populat;iio javem.
A aldeia estó toda pimado: continua, porém, sem populDf;QO )ovem.

Pois, conjunc;:ao conclusiva. vem sempre posposta a um termo de orac;:ao a que


pertence:
Para oqui estou, pois. com fmensos amigos e amigas.

Conjum;óes e !ocuc;:óes subordinativas

ConJun~6es I Loe......

a MO ser que, contanto que. desde que.


Condic.ionais re a menos que. saNO se. no caso que.
uma I/ez que, sem que. excepto se
- - --
asSlm como... aSSlm, asSlm como.. , a5Slm
como, conforme. também. bem corno. como... assim.
Comparativas segundo, mais... do que, menos... do que, ao passo que.
que. qual (1) segundo (consoante. conforme) ...
asSlm. tao (tanto)... como

porque. poi~
porquanto. visto que. pois que. já que. por isso que.
Causais
como (= porque). que por ISSO mesmo que
(= pocque)

antes que. depois que. lago que. assim que.


quando. enquanto.
de$de que. até que. primeiro que.
Temporais ""',.
apenas. que
sempre que. todas as Veles que. tanto que.
a medida que, ao passo que
- -
¡¡jnda que. mesmo que. posta que.
embora. conquanto.
Concessivas ¡linda quando. se bem que. sem que. apesar de que.
q,e
por menos que. por mals que

de manell'a que. de modo que. de forma


Consecutlvas que 111
que, de sorte que
- -
Finais que (= para que) para que. a fim de que. por que
Integrantes q,e

(1) Antecedida de tal: EJa é wl qua! a rnde.


(11 Antecedida de tal. tanto. de tal maneira. de tal modo: EJe tem wnta dlnhelro que nao SQbe o
que !he (azer:

203
, I
. • "1'
. "

o sentido que as conjunc;:6es apresentam é muito variável e só o contexto


permrte identificá~lo bem. A conJunc;:ao que, por exemplo. pode ser final. causal.
conceSSlva, Integrante. etc.

204
..
;".'
.. ..-
"

.~
.....~
. ~

...

. .- --- .
..
'\

..-... .
'- -
lol.{¡ e
....
°ln:J01. . -

Interjei(:oes

As i nte~ei~oes sao palavras que só por SI exprimem emo~oes. A mesma inter-


jeic;:ao pode exprimi r sentiment os diferent es, conforme a entoa~ao e o contexto.
As interjei<;oes obrigam sempre ao uso do pont o de exclama~ao ( ! ).

In~6es e ~ Interjectivu I
ah! oh! ih! olá! olé! enal (hl~ caramba! dlabo! credo! ~¡te! essa agora.!
Surpresil
meu Deus!

ah! oh! elal upaJ VlYa! vamos! coragem! bravo! bis! apelado! fo~al murto
Aplauso
b<m'
Alegria ah! oh!
Chamamento 6! eh! p!itl pchiu! olál olé! socorro! 6 da guarda! aqui d'el-re¡1

Do, al! UI! ah! oh! ai de mlm! pobre de mm!

Desejo oxalill salve! bem haJa! Deus queira! quem me deral

Cólera apre! ilTa! toma!


Indignao;:ao oh!homessa!

Terror oh! UI! uh t credo! abrenúncio! Jesusl


Duvida hum! ora! credol

Cansao;:o uf! ah!

Repulsa UI! saJa! fora! morra! abalxo! (hlr;a\ abrenÚntlO! tarrenego!


-
Ordem caludal siléncio! fora! arreda! basta! alto! alto lál

Siléncio chlul pch,ul caluda! silencio!

Nota: Nao confundir a intelleu;ao de chamamento, 6:


Ó Ana, anda cól

com a inter¡ei~ao oh! , que pode exprimir surpresa. alegria, dor; etc.:
Oh! que azarl

206
.:~


• ..
:J •
l,)
:n
.-
lo)
, N
'r .-....-dr
\1 : •
;', 11

Abaixo Abaixo de A baixo

abaixo - advérbio de lugar.


Fa; tuda por óguo abaixo
abaixo de - locUI;ao prepositiva. sempre ligado:
Eje está aboixo de ri em tudo.
abaixo inte'leic;ao:
Abaixo o JnJus(J<;o!
a baixo - faz parte de uma locu~o adverbial - preposic;ao a + advérbio:
Eje olhou-a de ama a baixo.
a baixo - preposic;ao + ad¡ectivo:
So/dos a boixo p~o!

Oebaixo De baixo

debaixo - advérblo de lugar que designa em situac;ao Inferior; sob:


Eje estó deboixo da meso.
de baixo - preposic;ao + ad¡ectivo:
EJe é uma pessoo de boixo carócter.

A fim de A fim de que Afim


a fim de + infinitivo locuc;ao prepositiva:
Traba/ho a fim de me cultivar.
a fim de que + conjuntivo - locuc;ao con¡unoonal:
Devem beber pouco a fim de que nao f¡quem rronstomados.
afim (afins) - adJectivo:
Esws explicoC;i5es tém um obJecCJvO ofim

Atrás Atrás de Trás Detrás Traz

atrás - advérbio de lugar:


Ló atrás hó urna ruo.
atrás de - locu<;:ao prepositIva:
Atrás de mlm viró quern bem de mlm dirá.
detrás advérbio de lugar:
Detrás desse móvel hó mwtos popéiS.
trás - preposic;ao:
Por uás desse riSO o que haveró?
traz r pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer ou 2.
pessoa do singular do imperativo (uso corrente):
Traz có ISSO!

208
Atrás Após Depois
atrás - indica a posteridade de lugar de uma pessoa ou coisa respectivamente a
outra, tanto em estado de quieta<;ao como de movimento:
Lá atrós há um mercada.
após - tem o mesmo valor. mas s6 no estado de movimento:
Após ver as horas, decidi sair.
depois - exprime a posteridade de tempo:
Oepois de ver o Te/ejoma/. sor de casa.

Caem Saem Traem

Os verbos terminados em -air, como caír, sair, traír. mantem o i em toda a


conjuga<;ao. excepto na 3." pessoa do plural do presente do indicativo:
Os garotos caem (aei/mente quando saem oroa sozinhos.
Os meus amigos nao me troem.

Aqui

Sao advérbios de fugar. que valem o mesmo que este lugar, ou neste lugar
ande se acha a pessoa que fala
aquí - representa o lugar de um modo absoluto e sem referencia alguma a
outre lugar:
Aqui vivo, aqui estou.
cá - tem maior extensao, poís além de representar o lugar onde se está,
acrescenta por si só a exclusao de outre lugar determinado. que directa ou
indirectamente se contrapee aquele em que nos achamos:
Cá em Portugal, come-se bem.

Contuda Com tuda

contudo - conjun<;ao coordenativa adversativa == mas, porém:


fu gostava de (azer ¡sso, con tuda nao posso.
com tuda - preposi<;ao + pronome indefinido invariável. sinónimo de com
todas as coisas:
Nao se; como aguentaste com tuda o que e/a te disse.
HPE-14 209
"
Decerto De certo

de ceno - preposir;ao + determinante indefinido:


Nao gosto nodo de cerros amigos dele.
deceno - advérbio de afirmar;ao:
Decerto que vens camlgo.

Demais Demais a mais De mais

demais - advérbio de quantidade que se deve colocar depois do adjectivo ou


do advérbio que modifica = além disso - determlnante/pronome
indefinido:
Demais, nao quera id
Estes assuntos e os demais sao importontes.
demais a mais locur;ao adverbial:
Nao os delxo Ir; demois o mois estdo ve/haLes.
de mais -Iocw;:ao adverbial de quantldade por oposlr;ao a de menos (usa-se na
locuc;:ao adverbial por de mais):
Nao se deve (umar de mols.
t. cedo de mois para ir sair.

Enfim Em fim

enfim - advérbio:
Enf¡m sósl
em fim I fins - preposic;:ao + substantivo:
Em frm de ano escolar. é que os o/unos se lembrom de estudor!

Onde Aonde

onde
advérbios
{
aonde (= para onde)

As lajas onde vou sao no Rossio.


Aonde vals?
210
Palavras e Ex pressaes P ro blemi ticas

Há cerca de Acerca de Cerca de

há cerca de - verbo haver + locu<;ao prepositiva:


Há cerca de um ano que nao o yeJo.
acerca de - locu<;áo prepositiva = sobre, a respeito de:
A con(eréncia (01 acerca de ComBes.
cerca de locu<;3o prepositiva = mais ou menos. perto de:
Hervia cerca de um ml/hQo de pessoos no parque.

Ah!

há 3,' pessoa do singular do presente do Indicativo do verbo haver:


Há pessoos Slmpóc¡cos.
EJe hó-<1e estudor.
¡\ contrac<;ao da preposi<;ao a com o detenninante artlgo defimdo feminino
singular a; no plural as:
Ontem (UI Ó discoteca.
ah! - InterJel<;ao que traduz sentlmentos e emo<;Oes de uma forma espontanea:
Ah! (¡nalmente Yleste.

Enquanto Em quanto

enquanto conjun<;ao temporal que indica simultaneidade:


Enquanto te yestes tomo umo cetVeja.

em quanto - preposi<;ao + advérbio de quantidade: expnme quantldade. prec;:o:


Em quanto tempo te vestes?

Tem

tem 3,' pessoa do smgular do verbo ter:


EJa tem o l/Vro.
tem - r pessoa do plural do verbo ter:
EJos tem os l!'Iros.
Nos verbos derivados de ter (obter. manteroetc.) emprega-se acento agudo na
3.1 pessoa do smgular e acento circunflexo na 3.' pessoa do plural:
EJe mantém a nota I eles mantem os nocas.
211
Ter que Ter de
ter que - emprega-se em frases como tenho que (azer. que é elíptica, com o
sentido de tenho alguma coisa que (azer, onde o que é um pronome
relativo, cujo antecedent e é. claro ou ocultament e. alguma coisa:
Tenho que (azer os trabolhos hOJeo
ter de - ter de + infinitivo exprime a necessidade de praticar a aCl;:ao. precisao,
desafio, obrigac;ao:
Tenho de solr imediotamente.

Contanto que Com tanto

contanto que - locuc;ao subordinativa condicional = se. uma vez que:


Farei ¡sto. contonto que se calem.
com tanto - preposic;ao e determinante indefinido, a concordar em género e
número com o substantivo que determina:
Com tanto borulho. ninguém pode ouvlr a televisao.

Conquanto Com quanto

conquanto - conjunc;ao subordinativa concessiva = embora/apesar de, se bem


que, ainda que:
Conquanto nao me opet~a, salo.
com quanto - preposic;ao + advérbio de quantidade/pronome int errogativo:
concorda em género e número com o substantivo que
determina:
Com quanto te contentas?
Com quantas negativas podes passar?

Lava~se Lavasse

lavasse - pretérito imperfeito do conjuntivo do verbo lavar , na ,." ou


3.· pessoas do singular:
lava-se - presente do indicativo do verbo lavar, na 3.. pessoa do singular.
se - pronome pessoal reflexo:
Eje lova-se todos os dIOS.
Partícula apassivante:
Esta colcha lava-se murta bem.
Com valor de pronome indefinido:
Actualmente,lava-se muito no móquino.
212
!
t: H;*:

• Cl

Palavras e Expressões Problemáticas

Lavamos I Lavamo-nos

lavamos - I ,a pessoa do plural do presente do indicativo do verbo lavar:


Nós lavamos sempre a loiça.

lavamo-nos- I .a pessoa do plural do presente ou do pretérito perfeito do


indicativo do verbo lavar-se (conjugação reflexa):
Nós lavamo-nos todos os dias.

Nota: O pronome nos pode indicar reciprocidade:


Nós cumprímentamo-nos (um ao outro ou uns aos outros).

Porquanto | Por quanto

porquanto - conjunção causal - porque, visto que, pois que:


Hoje não vou porquanto estou doente.

por quanto - preposição + determinante interrogativo ou pronome:


Por quanto tempo aguentará ele?

Porque Por que Porquê

porque - conjunção subordinativa causal:


Não saí, porque não me apetecia.

por que - preposição e pronome relativo ou determinante interrogativo


(= pelo qual):
Perdi o autocarro; foi o motivo por que só agora cheguei.

porquê - advérbio interrogativo e equivale a por que motivo:


Não foste às aulas hoje, porquê?

Portanto Por tanto

portanto - conjunção coordenativa conclusiva, sinónima de: por isso, por


conseguinte, por consequência:
Estou cansada, portanto não saio.

por tanto - preposição + determinante indefinido. Normalmente antes de um


substantivo a que atribui valor quantitativo:
Por tanto trabalho, tão pouco dinheiro.

213
íJHjtit::::::;-"")";"::::'^:::'.!!*
> »*«< ''.'VI
MUsl

Quanto

Pronome relativo - t e m por antecedente os pronomes indefinidos tudo,


todos, todas que podem ser omitidos:

Entre quantos te rodeiam.

Pronome interrogativo - quantitativo indefinido:


Quanto devo?

Subordinada comparativa - depois de tanto:


E/e tem tanto de dinheiro quanto de gordura.

Senão Se não

senão - advérbio de exclusão:

Não tenho senão um livro. ( = Tenho apenas um livro.)

se não - conjunção subordinativa condicional + advérbio de negação:


Se não vieres, telefona. ( = no caso de não vires, telefona.)

O advérbio senão também se pode empregar com o valor de substantivo:

Este filme tem apenas um senão: é muito curto. (= um


inconveniente, um defeito.)

Sobretudo I | Sobre tudo

sobretudo - substantivo concreto:


Dá-me o sobretudo.
- advérbio de modo = principalmente:
Gosto de ensinar, sobretudo alunos estrangeiros.

sobre tudo - preposição + pronome indefinido invariável.


E/e vai falar sobre tudo o que viu.

Vêem

vem - 3.a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo vir:


E/e vem cá.

214
vem - 3.' pessoa do plural do presente do indicativo do verbo vir:
EJes vem có.
veem - 3.. pessoa do plural do presente do Indicativo do verbo ver:
EJes véem televisao.
Nota: Nos denvados de vir e ver esta acentuac;ao mantém-se.

mau - adJectivo:
o mou tempo (oz-se sentir no Algorve.
inte~eic;:ao:

Mau! Mauf Nao gosto do bnncodelro.


mal - substantivo:
O mol )6 vem de noscenw
advérbio de modo:
EJe sente-se mal dos dentes; tem de ir 00 dentista.
conjunc;ao:
Mal chegou (01 (omar bonho.

Tao Tanto

tio advérbio de intensidade ou de comparac;ao (usa-se com adjectlvos ou


advérblos).
tao + adjectlvo:
Estás too (eio!
EJe é too alto como o irmo.
tao + advérbio:
EJes estudorom tao bem!
tanto advérbio de intensidade ou de quantidade (usa-se com verbos);
adjectivo (usa-se com substantivos):
pronome indefinido:
verbo + tanto (invariávet):
Tu choroste tanto!
tanto(s) + tanta(s) + substantivo (variável):
Erom tamos cdes!
215
Tao e tanto usam~se também em locu<;6es:

Locu~ao adverbial

dio-s6 }
unlCamente
tanto assim que = a preva é que tao~somente
{
cao-pouco = também nao.

Locu~ao conjuncional
tanto melhor = ainda bem.
tanto mais que = alnda mais porque.
se tanto = quando murto.

216

Algumas expressoes latinas

a priori - anterior a referenóa ou aos factos.


ad hoc - a ¡sto, para isto.
ad /itteram - ti letra.
ad rem - acoisa.
alter ego - outro eu.
cum grano salis - com certo humor ou malíóa.
curricu/um vitae - informa~o completa acerca do estado civil e situa~o de alguém.
dixi - disse ou tenho dito.
dura lex. sed /ex - a leí é dura, mas é lel.
errare humanum est - errar é proprio do homem.
ex abrupto - subitamente, sem prepara<;:ao.
ex aequo - com igual mérito.
ex catedra - em tom doutoral.
grosso modo - de modo grosseiro.
habeas corpus - que tenhas o carpo, para o apresentar em tribunal.
honoris causa - a título de honra.
ibidem - aí mesmo.
idem - o mesmo.
in extremis - no último momento.
in iIIo tempore - nessa época.
in loco - no lugar.
in media res - no melo das coisas.
in vitro - no vidro.
iPsis verbis - pelas mesmas palavras, textualmente.
lato sensu - em sentido lato.
magister dixit - disse-o o mestre.
modus vivendi - arranjo conciliat6rio.
motu proprio - pelo seu próprio movimento, espontaneamente.
mutatis mutandis - mudando o que deve ser mudado.
persona grata - pessoa bem-vinda.
per capita - por cabe<;:a.
218
ti.

post scriPtum depois de escrito (P. S.).


pro (ormo - pela forma.
qui pro quo equívoco.
sic - assim, tal qual.
sine die - sem (fixar) odia
sine qua non condlc;:ao indispensável.
sui generis - do seu género, peculiar.
verbio graVo - por exemplo.
vide - veja·se.

Abreviaturas

As abreviaturas mais usuais sao de natureza bibliográfica. comercial, militar;


cienblica. etc. sao palavras escntas apenas com as Iniciais. seguidas ou nao de um
número reduzido de letras acompanhadas de ponto.
A - autor.
A A - autores.
abrevo- abreviatura
a. e - antes de Cristo.
arto- artigo.
e " - companhia.
Cap. caprta:o.
cap.o capítulo.
cato catálogo.
d. conforme.
de. - citac;:ao.
c6d. código.
d. e - depois de Cnsto.
Digmo. - digníssimo.
Dr.- doutor.
Dr." - doutora
E. C. - Era Cnsta.
219
Eng. o - engenhelro.
etc.- et coetora (expressao latina que significa: e o resto).
Ex." - excelencia.
Exma. - excelentíssima.
gloss. - glossário.
ibid. - ibkJem (paJavra latina que significa: no mesmo lugar).
id. - idem (paJavra latina que significa: o mesmo).
i. e. - id ese (paJavra latina que significa: ¡sto é).
Ilmo. - ilustrissimo.
lae. - latitude.
long. - longitude.
Lx.- - Lisboa

.
N.B. - note bem.
'
n. - numero.
ob. -obra
ob. de. - obra citada.
obs. - observa~ao.

p. ou pág. - página
pp.ou págs. - páginas.
p." - para.
P. E. F. - por especial favor:

Conjuga.;ao dos ve,.bos

CONjUGA<;:AO DOS VERBOS TER, SER, ESTAR, HAVER

'r .. IRte do Indic:adwo


ro< Se.. ,. " f-¡;;;-
Haver
,,,,,ho ,",00
"'"
'''"'
'om " ""'" ""

é
"'" r;;;-"""""
'''''''' """'" e<tamo>

~ hilo
'Om
"" .-
220
P. et6.rh:o ImperfeIto
Toc S." Estar Haver

tinha
ttnhas
tinha
.,..
,~ .
,""" ~
havia
h<M~

havia
"" ""'"
tínhamos
tinham
'''''''''
"""' ....""
estlÍV'arT1OS hilV'ramos

haviam

P. et6rko PerWto I
Toc Soc ,,," Haver

we fu; houve
"'''''
""",, foste estiveste h""""",
~ foi ,n... houve
~
""""""
tiverom
fo"""
fomm
""'''''''' houve"",
"""""'"
P....... MaJt..que.Perfeko I
Toc Soc Estar Haver

"we",
""'" fma
fcoa,
houveoa
how~
""'" fma
""""'"
..we", houveoa
"""'"
IN"""'" fOOm'"
"""'''"'''' ~

"""oam fcoam estiveram houveoam

......... ,-""
Toc So, ,,," Haver
tere! ~; estare¡ haverei

terás
.,'" ""'"
......
tu.""
tor.l ,," """'''
teremos
""'""" estaremos tu."""""
teriio """o estarao haverao

221
~ ... I
Toc Se, E"" Haver
-
"na "'"' ""'n, haveria

tenas ",n", estarias


"'''''"'''
",,, "',,,,,,
"'"' ""'"'
teriamos
ten""
seriamos
.- ""'"''''''' - "''''''''''''''
"'""" """"'" "'''''"''''
Impe¡MI.o

..
Toc Se, Estar Haver

"m
t_
.- "'" há

""'" "t" "''''''


Pr ........ do CoftIunch'o I
Te< Se, ,,,,,, H¡ver
'-;-eni., "'? ""'? "",
ten"'" 5eJas esteJas
tenha
-
.- "'J' e~eJa ""'"
"'J'
tcnhamos 5eJamos estejamos h~mos
-
ha¡am
ten"""
'- "'J"" este¡am

Plwt6rtto ..,......._ do CoftIunch'o I


~ .~
Toc Se, E"" Haver
. f",,,,
"""'''' """'"". """""'' '
""""'" f",,,,,
""""""" ~=
""",se f",,,, ",""",se
INéssemos """""'' '
fOssemos
f"""",
""""''''''''''
",""",sem
houvéssemos

~
~.
"""""'' '"'
Futuro ~to do CoftIunch'o
Toc Se, E' t" Haver

""'"
-
foc
fon"
"'""'" """"'"
ha"""",
"""""
tNer foc
""""""
..,"", h"""",
tNermos f"""", estrvermos houvermos
f""",
"""""" """"""" """"""'"
222
,ntInItIvo '.......... I
Toe Soc "a, Haver
toc ~

"'" "'~

Infl..ltfvo PeuoaI I
Toc Soc Estar Haver
toc ,"'oc haver

t"",
"" roveres
toc
""" -- """" - ¡-,-----
haver
'" """ havermos
t""'''' """'" ''''''''''''
,,~ ,,~ "",,,m
"""«m

tendo
Toc
"000
Soc -- """do
Estar
"""",do
Haver
I

tido
Toc
sido
Soc
............ -
""do
","
havido
Haver
I

CONJUGAyo.O DOSVERBOS REGULARES AMAR, RECEBER, PARTIR

Pr'WIMftte do Indicativo I
Am" Receber Partir

""'00 p.rto
"""
~"
"'- partes
.m. parte

amamos
"""'"
"""",",,,, partimos

;umm recebem partem

223
Pretérito ImperWto do Indicativo
Amar Receber Partir
recebia partia
""''''
recebias partias
'""""
amava recebla ",,,,,
""''''''''''
arnavam
recebíamos
receblam
partíamos
partiam

Pl'etJ6rito PerWto do .....Ik.tlwo I


Am" Receber Partir
amei recebi ",ro
~"'e recebeste "",,_e

'""'" ""ebe, """,


-
amámos recebemos """mo>
,m_ receberam
""""'"'
Pretérito Pe rfeito Composto do Indicativo

tenho
t~,
) "",do
tem recebido
temas """do
t'm

Pret4trIto Mah,..que-PerWto do Indicativo I


Amar Receber Partir
,m", recebera partJra

''''''"'' ""e""" partiras

~ recebera partJra
~~ partíramos
""""""""'"
"",,,m ""ebe<om
""""'"'
Pretérito Mais-que-Perleito Composto do Indicativo

""'"
tinhas
tinha
tínhamos
),~~ recebldo
partido
tinham

224
Apé ndice

futwo IrnperWto do indicativo


Arn" Receber Partir

amarel ""et>ece partlr'el

,m"" receberás """",


amará "",ben! p,,"'"
receberemos partlremos
''''''''''''''
"",",o receberao partjrao

Futuro Impe rleito do Indica tivo

'''''''
too" "",do
,"" recebldo

1
teremos partido
terao

CondIdonoI
Arn" Receber 1'>"',
amaria receberia partlna
amanas receberias partlnas
- --
amana recebena partiria
-
aman'amos receberiamos partlríamos
--
f--
amanam receberiam partlnam

Condicional Composto

,,'"
tenas "",do
recebldo
"'"
1"""do
teríamos
ton""

In.......
Amar Receber Partir

ama (tu) recebe (tu) parte (tu)


nao ames (tu) nao recebas (tu) nao partas (tu)

(nao) ame (ele. e la. vocé) (n:io) receba (ele. ela. yac!) (nao) parta (ele. ela. voc!)

(nao) amemos (nós) (nao) recebamos (nós) (nao) partamos (nós)


(nao) amem (eles. elas, voc~) (nao) l'Kebam (e~ eIas. vod!s) (nao) partam (eles. elas. voc~)

GAPE-\5 225
Presente do ConJuntivo I
Amar Receber Partir
,m. receba porto
-

om" recebas p"'"


,m. "".bo porto
amemos recebamos portomo,

omem recebam portom

Pret6rito ImperfeIto do Conjuntivo I


A~, Receber Partir

recebesse partisse
"""''' -
recebesses partisses
'''''''''
amasse recebesse partlS5e

amássemos recebéssemos partfssemos


~,..m recebessem partissem

Preterito Pe rfeito Composto do Conjuntivo

tenha
tenhas
tenha
l ,m~
recebido
tenhamos partido
tef1 ham

Pre té rito Mais-que-Perfeito Co mposto do Conjuntivo

tivesse
tivesses
we."
1 om,do
re<ebido
tivéssemos partido
we._

Futuro IrnperfeIto do Conjuntivo I


Am" Receber Partir
~, re<eber
""",
om= ""..,.,.., partires
amar re<eber poroe

'""""'" recebermos
receberem
"""m<»
,~~
po"'~

226
Futuro Perfeito do Conjuntivo

"",do
receb ldo
.,rodo
1

Receber Partir
,,,,,, ,''''_
Inflnttlvo ImpenoaI Composto
Amar Receber Partir

Infinitivo PeuoaI

A"", I Receber Partir


"",,,.,.
"""
"""'" ""'".,... ""''
p"rt".,

''''''
'""""'"
"""""
""-
""obecmo<

"""""'"
p"rt"

",rt"TI""

""'".." I
......ndlo
Amar Receber Partir
f-
"",oda """"",,o partlndo
- ~ '-

GerilndkJ Composto I
A"", Receber "'.-ti,
tendo amado tendo recebldo tendopart>do
- '-

P..-dc:iplo Panado
Amar Receber Partir
,.",00 recebldo part>do

227
CONjUGA<;:AO DE UM VERBO COM O PRONOME o : LAVA-LO
Modos
Indiu.tivo Conjuntivo Imperativo Infinitivo

'-"o (111) IM-Io


nIoo~ ~
Qw.o {ele. Sal IM-b

-
n10 o IlIve (ele. eIa) ~

""' ........
~ (1'ÓIo) LiY.nm-no

.........
....

-"""""
......
Ief'ho.o

<fm.no
lIwcIo
......,
tenN-o

.....
..........
..........
~

.......
"""'"
!
VI

-.---..........
-~

¡- FORMAS NOMINA"

InfinlUYo Impes~
Slmples CompoSto
lav;i-Io t!·Io-.a lavado

............,
1.w;i·1o-ti

"'
"'.0-
~·lo-kI ~rtk:rpio Pan¡,do

Gerúndlo
Composto

""""" """'"
I------~

~L
228
Condicional futuro
Pretérito Mais-que-Per- Pretérito
8
l..... Ii!
feito Perfeito
Pretérito
Presente ~
Imperfeito e
Composto Simples Perfeito Imperfeito Composto Simples Composto Simples

jPq !~!! "r' ír ni ¡fUi f¡Uí qHf Hn! ifur


! " HHj ~H!i
iI
H
! ¡HU
¡ ~
o.
j;,
O
o
m
e
, , , •
'~ , , , 'i . , ,¡ " "~
o<
~
<
m

¡un 3
• lipn í¡ f¡ HUI 'i' q
f tUH ífHi E §
,
¡ ,o.e
229

¡ ¡
"i "

"~ " .~ ~ O
~
.
p'' . ~

,,
•, ,",-
3

.,,= ~

O
~UrHH 1
i
i' f fE •~'
z
~
m

~
~ ~
a. 3
lí'2, ,~ ~
,
,. I t~ z
, 3

~n
•!

~ i( n~
~ ~
! i> ,íjHí
~
' ¡[in 5'
5'
a:
Q

~,.
n
8" '
. ~
~s ," "i
<
o
... "V,
m
-
CONJUGA~O DE UM VERBO NA VOZ PASSIVA SER AMADO

Indicativo Conjuntivo Imperativo Infinitivo


",,~(tu) .....-
(rOO) se¡a. amado s.=:s
(nao) 5eJ<l atT'OOo ser
(r.lo)~.......oos ~
(Mo) ~...aro. ~

t
u
.........
tenha

....., .
"

- --f-----c----+---
tennm ..

......""""" "
"
FORMAS NOMINAI$

""""" "
" Infinitivo Impessoal
Slmple$ Compono
ser arNdoI t e!" $Ido amadol
la. os, as fa. os. as

Participio Panado
amado, a. os, as

Gerundio
Simples Compouo

""'"os.~"'"
la. ilS
tende 5Ido amadoJ
la, os. as

230
Verbos Irregulares (Em princípio, indicam-se apenas os tempos irregulares)

I • Conjuga~io Temaem o
d" Ilnd. preso- Dou, dás. dá. damos. dao
prel pe!(. - Dei, deste, deu. demos, dernm
prel malS-que-perf - Dera. deras. dera. déramos. deram
COflJ. preso - D~, des. dé, demOs. deem
pret Impetf. - Desse. desses. desse. déssemos, dessem
(UL Imper(. - Der. deres. der, dellTlOS. derem
estar Ind. preso - Euou. estás. está. estamos. estao
pN:L perf. - Estive. ~e. esteve. estivemos. estiveram
preL mals-que-pe¡(. - EstNera. estiveras. estivefa, estivéramos, estiveram
Con). Preso- Esteja, estejas. esteja esleJamos. esteJam
preL Imperf - Esbvesse. estivesses, estivesse. estIVéssemos. estNessem
(ul Imper(. - EstNer. esweres. estJver, estNermos, estNerem

2.• C onjuga~io Temaeme


caber loo pres. Caibo, cabes. cabe. cabemos. cabem
prel perf - Coube. coubeste, coube, coubemos. couberam
pret ~ - Coubera. cooberas. coubera. coubéramos. couberam
Corl]. preso - Caiba. caibas. caiba. calbamos, calbam
pret imper(. - Coubesse, coubesses, coubesse, coobéssemos. coubessem
(ut Imper{. - Couber, couberes. couber. coubermos. couberem
compruer Ind. preso - Comprazo, comprazes, compraz, Comprazem05. comprazem
Nota: Só ~ irregular na 3,' pessoa do sr.guI;lr do ~tl': do ndicativo: compraz

crer Ind. preso - CreIO, crés. eré, eremos. creem


(descrer) preL perf. - Crí, creste, creu, eremos, creram
pret molHjue-per(. - Vera. creras, crera, creramos, creram
Con). preso - Crela. (relas, creja. creiamos, creiam
preL Imperf - Cresse, cresses. cresse. cressemos, cres.sem

dizer Ind. preso - Digo, dlzes, di:, dizemos, dlzem


(bendizer) pret per( - Disse, dlsseste. disSl':. dissemos. disseram
(condizer) (ilt ¡mperf. - Direi. dirás, dirá. diremos. dif.io
(contradizer) preL mQls-que-per( - DlSsera. disseras. dissern. dlsséramos, disseram
(desdizer) Con). pros. - Diga, digas. diga. digamos, digam
(maldizer) pret Imperf - Dissesse. dissesses, dissesse, disséssemos, dissessem
{ill imperf - DIS5ef". disseres, disser, dissermos. disserem
CondIoonaI - Dina. dinas, dina. diríamos. diriam
ImperatNO - Diz (ou) dlZe
Paruciplo passado - Dito

fuer Ind. pros. - Fa~o. fazes, faz. fazemos. fazem


(contrafuer) prel per( - Az, fizeste, fez, fizemos, flZeram
(desfuer) (ut imperf. - Farei, farás. fará. faremos. farao
(perfazer) pret ffiOis-<¡ue-per( - Fizera, fizeras. fizera. flZéramos. flZeram
(rarefuer) Con), p~. - Fa~. fatas. ray¡o fa~ fa~am
(refazer) prel Imper( - Fizesse, flzesse5. fizesse. fizéssemos, fizessem
(satisfuer) fúl Imper( - Fizer, fizeres, fizer. flZermos, fizerem
CondlCior.al - Faria, farias, faria. fanamos, fariam
ImperatNO - Faz. (ou) faze
POrtlCÍplO passado - Feito

231
--
I _,
~ .
)o
,~

juer Ind. pms. Jazo. Jazes. jaz. jazer'Y'lOS, ¡azem


pret per(. - Jui, ¡azeste. ¡azeu, ¡aremos. jazeram
Conj. preso - Jaza. lazas. Jaza, lazamos. Jazam
pret Imper(. - Jazesse, jazes.ses. Jazesse. jazessemos. Jazessem
(Ul. Imper(. - Jazer, ¡azeres. ¡alef', ¡azermos. Jazerem
,,, Ind. pru. - leia. lés. le. lemos, leem
pret per( -li, leste. leu. lemas. leram
PreL Imper(. - lia. lias, lia. liamos, liam
Cory. pres. - Leía, leías. lela lelamos. lelam
ptet Imper(. - Lesse, lesses. lesse. I ~semos. lessem
ImperatIVO - Lé
PartlCÍpJo passado - LJdo

perder Ind. preso Perca, perdes. perde. perdemos. perdem


prel. perf. Perdl. perdeste, perdeu, perdemos. perderon
Con}. preso Perca. percas. perta, percamos. percam

poder Ind. preso - Posso. podes. pode. podemos. podem


pret per( - Pude, pudeste. p6de. pudemOs. puderam
pret mais-que-pe!f - Pudera. puderas. pudera, pudéramos. puder.!m
COtlJ- pres. - Possa, possas. possa. possamos. possam
pret imper(. - Pu<!esse, pudesses. pudesse, pud6semos. pudessem
(Ul. imper(. - Puder. puderes. puder. pudermos. puderem
Nota: N.io tem ImperalJvO; ter em at~O a dlferer.y1 entre poder e pude.-,
pode e póde.

r-;6r Ind. preso - Ponho, p6e5. pOe, pomos. p6em


preL pe¡( - Pus, puseste, pós, pusemos, puseram
pmt imperf - Punha, punhas. punha, púnhamos. punham
(Ul imper(. - Porel. porás. porá paremos. parao
pret.. mois-que-per( - Pusera, puseras. pusera. puséramos. puseram
Con). pres. - Ponha ponhas. ponha, ponhamos. ponham
pret.. imper( - Pusesse. pusesses, pusesse. puséssemos. puse$sem
(/Jt Imper(. - Puser, puseres. puser. pusermos. puserem
Pot1JCÍp¡o passodo - Posto
Nota: Do mesmo modo ¡,e (OIlJugam os seu5 deIivados: cOlltr.lpOr. dispar,
impar. propor. etc..
Tel' em aten(jo qve o inflOitrvo dos derlVados rOO tem acento CTO.If1llexo.
prover Ind. preSo - Provejo, prové$. prevé. provemos, provl!m
pret per(. - Provi, proveste. proveo, provemos, proveram
pret motS.que-perf - Provera. proveras. provera. prov!ramos. proveram
Con). preso - ProveJa. proveJas. proveJa. proveJamos. prove¡am
pret I!Tlperf - Provesse, provesses. provesse, prove~serT1os. provessem
PartJcfplO passado - Prevido
Nota: ConJUga-se como o verbo ver, excepto llO preténto pe!Íert:o. IlOS tero-
pos dele derivados e llO participio passado.
querer loo pres, - Quero, queres, quer, querefTlO'>. querem
prel per( - Quis, qUlseste. qUiSo qUlsemos. quiseram
prel mOls-que-per( - QUlsera. quiseras. quisera. qUlséramos, qUlseram
Conj. preso Queira, que iras, queira. quelramos. quelram
prellmper(. - QUlsesse. quisesses. quisesse, quiséssemos. qUlsessem

232
~f '.

(ut Imperf. ~ QUlser. qU!seres. quiser, qUlse/lT1os. qUiserem


Parudp¡o possodo - Querido
Nota: NI<> tem ImperatIVO.
requere r Ind. preso Requeiro, requeres. requer. requeremos. requerem
pret perf - Requen, requereste. requereu, requeremos. requereram
Con). pres. Requeira. requelras. requelr.!. requelramo$. requelram
- - -
saber Ind. pres. Sei. sabes, sabe. sabemOs. sabem
pret perf - Soube, soubeste, soube. soubemos. souberam
pret mois..q¡e.petf. - Soubera. sooberas. soubera soubéramos. souberam
Con¡. pres. - $aiba, saibas. saiba. saibamos, salbam
pret Imperf. - Soubesse, soubesses. soubesse, soubéssemos. soubessem
fut Imperf. - Souber, souberes. souber, souberrnos. souberem
trazer Ind. preso - Trago, trazes. traZ, trazemos, trazem
pret perf - Trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos. trouxeram
(ut Imperf. - Trarel. trarás, trará. traremos. trarao
pret mais-que·perf - T rouxera, trouxeras, trouxera. trouxéramos,
trouxeram
Con;. preso Traga, tragas. traga. tragamos. tragam
pret Imperf. - T rouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssem05.
trouxessem
(ut ¡mperf - Trouxer, trouxeres, trouxer, trooxermos, trouxerem
CondlOonal- T rana, trarias. traMa, trariamos. trariam
Impera!/YO - Traz (ou) traze
valer loo preSo - Yalho, vales. vale. va!emos. valem
(equivaler) pret pet( Vali. va/este, valeu. valemos. valeram
Con). {)reS. Valha, valhas. valha. valhamas, valham
r---
YO' Ind. pres. - Vejo, ~ v!. vemos, veem
(antever) pret perf - Vi, viste. viu, vimos. Vlram
(entrever) pret mars-que-perf - Vira. Viras. Vira, vframos, viram
(prever) Con). preso - Veja, vejas. veja. vejamos, veJam
(rever) pret imperf - VISse, visses. visse. vissemas, vissem
(ut Imperf - Vir, vires, vir, Vlrrnos. VII""em
Portióp¡o pos.sodo - Visto

3: Conjuga~¡o Tema emi


acudir Ind. pres. - Acudo, acodes. acode, acudimos, acodem
(bulir) Con¡. pres.. - Acuda. acudas, acuda acuclarno5. acudam
(cuspir) ImpefOlMJ - Acode
(sacudir)
(subir)
(s umir)
aderir loo pres. - Adiro, aderes, adere, aderimos. aderem
(ferir) Con). preso - Adira, adlr.lS. adlfa. aÓlramos. adlram
(mentir) ImpefO!NO - Adere
(preferir) Nota: Do mesmo modo se cOllJugam todos os verbos que mudam o le em I
(reflectir) na l' pessoa do SIngular do presente do irldi<:atNO e em todas as pe-
(seguir) SO<IS do presente do COlljuntNO, tais (omo: J.uferir. compellr. deferir,
(servir) desplr. discernir, inferir. proferir. referir. sentir e vestir
(transferir)

233
agredir 1M preso Agrido. agrides. agride. agredimos. agridem
(prevenir) ConJ. p~. - Agrida. agndas. agnda. agndamos. agndam
(progredir) Impera!IVO - Agride
(servir)
(transgre dir)
(transfe rir)
cair Ind. preso Calo, calS. (aj. caímos. caem
(sair) prel. perf - Cae cafste, caiu, cafmos, caíram
prer.. Impe¡f.- Cala. caías. cara, caiamos, cafam
fuI. Impe¡f.- Can-ei, calru. cairá, cajremos, talma
COfIJ. preso - Caia, caias, caJa. Ciuamos, caiam
Imperotivo c.,
cobrir Ind.. pres. Cubro, cobres. cobre, cobnmos. cob!""em
(descobrir) prel pe¡f. Cabri, cabriste. cobriu, cobnmos. cobriram
(dormir) Ca"). pres. Cubra, cubras. cubra. cubramos. cubram
(e ncobrir) Imperativo Cobre
(e ngolir) PorocíPIO possodo - Coberto (e) cobndo
(recobrir)
(tossir)
construir Ind. pres. - Construo. constr6is, constr6i, construimos. constroem
(destruir)
(instruir)
(re construir)

frigir Ind. pres. - FriIO, freges, frege, rriglmos. fregem


ÚlnJ. preso - FriJa, friJas, friJa, fnjamos. friJam
PortJdpio possodo - Fmo (e) frigido
;, Ind. pres. Vou, vais, val, vamos. vao
prel perf - Fui, roste, foi. fomos, foram
prel ¡mperf la. las, ia. iamos, iam
(Uf. Imper( - lrei, Irás, Irá. Iremos, lrao
pret mols-qUe-perf. Fora, roras, fora, foramos, foram
Con). preso Vá. v.M. vá. vamos. YaO
prel Imperf. Fosse, fos.ses, fosse. rOssemos. fossem
(Uf. impe¡f.- For, fores, foro formas. forem
CondiOOna!- lria, lrias. ¡na. iríamos. lriam
ImperatIVO Val
m e dir Ind. pres. Me~o, medes. mede. medimos, medem
prel. perf Medi, mediste, mediu, med imos, med lram
ÚlnJ. pres. - M~a, rne1;as. ~ ~os, mey¡m
o uvir Ind. preso OUl;O (oil;O), OlNes, ouve, ouvimos. OlNem
pret perf Cuvi. oUVIste. ouviu. OUVImos. ouvil<lfT"\
Con;. preso - OUl;a (oi~a), our;as, ooyt oo~mos. ou¡;am
pe dir Ind. preso p~o, pedes. pede, pedimos. pedem
(desimpe dir) pret per( Pedl, pediste, pediu, pedimos. pedlram
(despedir) Con). preso Pe?, ~as.~, ~amos. ~m
(expe dir)
(impe dir)

234
remir Ind. pros, - Redimo, redimes. redime. remln1OS, redlmem
pret perf. - Reml, remlste. remiu, remlmos, remirarn
ConJ- preso - Redima, redimas. redima. redimamos, red,mam
rir Ind. pres. - Rio. ns. n. nmos. nem
(sorrir) ConJ- preSo - Ria. nas, na. riamos, riam
Imperativo - Ri
sair Ind pres. - SalO. salS. sal, saJmos. saem
(atraír) preL per( - Saí, saíste, saiu. sal'mos. saíram
(cair) pret rmper(. - Sala. saías, sara saíamo!>. saíam
(contrair) fiJt Imperf - Salrei, sairás. salrá. sairemos. sairao
(distrair) ConJ- preso - Saia, salas. saia, salamos. saiam
(esvair)
(retrair)
(trair)
sentir Ind. preso - Sinto, sentes, sente, sentimo!>. sentem
(aderir) Con¡. preso Sima, Slntas, s-nta. !.Intamos. Slntam
ImperotNO 5ente
vir Ind. pres. - Venho. verrs. vern, vimos, vem
(advir) pret perf Vim. vleste. velo. vlemos. vieram
(avir-se) pret IlTlperf. Vinha, vmhas, vinha, vínhamos. V1nham
(convir) pret mOls-que-perf - Viera, VIeras. viera. viéramos. Vleram
(intervir) (ut ImM Virei. vlrás. virá. VIremos. virao
(provir) Con]. preso - Venha. venhas. venha. verrhamOs. venham
(sobrevir) pret imper(. Viesse. viesse$, viesse. viéssemos. viessem
fut Imperf. - Vler, vieres. Vler, vlermos. Vlerem
Cond/CJO(I(JI Vlna. Vlnas. Vlna, Vlriamos. vlnam
ImperatIVo V,m
POrtlCIp¡o POS5Gdo Vindo

235
Bibliografia

ARRUDA, Lígia Maria de Melo - Contribuição para o Estudo das Normalizações


com o Verbo Suporte Ter, Tese de Mestrado, 1987.

BORREGANA, António Afonso - Gramática Universal da Língua Portuguesa,Texto


Editora, 1996.

CÂMARA, Júnior; MATTOSO, J. - Princípios de Linguística Geral, Rio de Janeiro, 1974.

CAMPOS, M.a Henriqueta Costa; XAVIER, M.a Francisca - Sintaxe e Semântica do


Português, Lisboa, Universidade Aberta, 1991.

COIMBRA, Olga Mata; LEITE, Isabel Coimbra - Gramática Activa 1/2, Lidei, 1998.

CORREIA, João David Pinto - Introdução às Técnicas de Comunicação e de Expres-


são, Lisboa, Livraria Novidades Pedagógicas, 1978.

CUESTA, Pilar Vasquez; LUZ, M.a Mendes da - Gramática Portuguesa, Madrid,


Gredos, 3.a ed., 1971 (Trad. Portuguesa de Ana Maria Brito e Gabriela Matos:
Gramática de Língua Portuguesa, Lisboa, Edições 70, 1980).

C U N H A , Celso; CINTRA, Luís F. Lindley - Nova Gramática do Português Contem-


porâneo, Lisboa, Edições Sá da Costa, 1984.

DUBOIS, Jean; et ai - Dicionário de Linguística (Dir tradução de Izidoro Blikstein),


São Paulo, Edições Cultrix, 1973.

M A C H A D O , José Pedro - Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Lisboa,


Livros Horizonte, 3.a ed., 1977.

MATEUS, Maria H. M.; BRITO, Ana M.; DUARTE, Inês; FARIA, Isabel H. - Gramá-
tica da Língua Portuguesa, 2.a ed. rev. e aumentada, Lisboa, Editoral Caminho,
1989.

MEIRA, Américo - Língua Portuguesa, Nível Avançado, Gramática, Universidade de

Lisboa.

PINTO, José M. de Castro - Gramática de Português, Plátano Editora, 2.a ed.

VILELA, Mário - Dicionário de Português Básico, Edições ASA.


L1GIA MARIA DE MELO ARRUDA nasceu em 1951 . é Mestre
em linguistica Portuguesa Descritiva. área de Sintaxe e Semantica
do Portugués. pela Universidade de Lisboa . e professora do
quadro de nomea~ao definitiva na Escola Secundária D. Pedro V.
em lisboa.

o objectivo desea obra é divulgar a Lingua Portuguesa e a


finalidade é responder as soliciea~óes que chegam quer do pais
quer do estrangeiro.
As questóes da Lingua Portuguesa e da sua problematiza~ao
ocupam um lugar importante e esta Gromóuco visa facultar
elementos de trabalho para o seu estudo.

Вам также может понравиться