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1-No contexto bélico medieval, surgiram as Cruzadas, expedições militares empreendidas pelos cristãos e legitimadas pela

Igreja, que concediam a seus participantes supostas recompensas espirituais. Sobre estas expedições é correto afirmar:
a) Em decorrência de terem alcançado todos os seus objetivos, as cruzadas são responsáveis por provocarem grandes
transformações no ocidente europeu.
b) As Cruzadas fortaleceram o sistema feudal, fortalecendo o poder dos nobres e dificultando a centralização política por
parte dos reis.
c) O espírito cruzadista ficou restrito à nobreza guerreira e à ação dos cavaleiros, porque os pobres eram considerados
impuros.
d) As Cruzadas possibilitaram aos ocidentais o contato com importantes conhecimentos produzidos pelos muçulmanos,
no campo da matemática, da medicina e da astronomia.
e) Os comerciantes das repúblicas italianas foram prejudicados com o advento das Cruzadas, porque estas favoreceram a
permanência dos árabes, que monopolizavam o comércio no Mediterrâneo.

2-Sobre o sistema feudal na Idade Média, é correto afirmar que:


a) a economia é agrícola e pastoril, descentralizada e voltada para o mercado externo.
b) a sociedade estrutura-se como uma pirâmide, cuja base é formada pelos servos; o meio, pela nobreza; e a parte
superior, pelo clero.
c) a burguesia é a classe social econômica e politicamente mais poderosa.
d) a Igreja Católica consolida seu poder após o declínio do feudalismo.
e) a suserania e a vassalagem constituem-se em relações políticas entre os servos e os vassalos.

3- Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel em diversos setores da vida
medieval:
a) como por exemplo nas Universidades, onde disseminaram o cultivo das línguas nacionais.
b) inclusive estimulando o avanço da ciência, sobretudo da medicina.
c) impedindo a divulgação de conhecimentos científicos através do estabelecimento do Index.
d) pois, enriquecida com as grandes doações de terras feitas pela burguesia, passou a se omitir, não se preocupando mais com a
construção de Igrejas e Mosteiros.
e) servindo como instrumento de homogeneização cultural diante da fragmentação política da sociedade feudal.

4-Estudar a literatura portuguesa medieval não significa simplesmente compreender o passado. O estudo das cantigas
trovadorescas, por exemplo, permite-nos uma melhor compreensão da forma como se vê o amor também no século XX.
Pixinguinha e João de Barro, em nosso século, produziram Carinhoso, uma canção muito conhecida:

Meu coração, não sei por quê,


Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas, mesmo assim, foges de mim.
Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim.

Relacione a canção acima aos estudos sobre cantigas trovadorescas. A alternativa verdadeira é:
a) Faz-se perceptível, na letra da canção, a ridicularização dos defeitos humanos, como o fato de a mulher estar fugindo de uma
situação constrangedora, sendo o texto, portanto, uma cantiga satírica.
b) Esta canção assemelha-se às cantigas medievais pelo tratamento dado ao objeto do amor e também porque, segundo a
classificação das cantigas trovadescas, esta letra pode ser considerada uma cantiga de amigo, do tipo bailia.
c) A postura do trovador diante da mulher amada coincide com o eu-lírico da canção: a mulher, que é facilmente conquistada,
caracteriza esse texto como uma cantiga de amor.
d) A mulher, no texto, sofre a coita amorosa, identificada na letra da música, pelas palavras foges e fugirias.
e) A canção Carinhoso aproxima-se das cantigas trovadorescas pelo tratamento dado à mulher amada – uma mulher
praticamente inatingível – bem como pela existência de uma melodia que acompanha a letra da música, o que também ocorria
nas cantigas medievais.

5-Memórias Póstumas de Brás Cubas – de Machado de Assis


Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter ferozmente honrado. Eu mesmo fui
injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um modelo. Arguíam-no de
avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude, e as virtudes devem ser como os
orçamentos: melhor é o saldo que o déficit. Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que chegavam a acusá-lo de
bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência escravos ao calabouço, donde eles desciam a
escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em
escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria, e não se pode
honestamente atribuir à índole original de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha
sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara, dali a alguns meses; prova
irrefutável, acho eu, e não única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão de várias irmandades, e até irmão remido de uma
destas, o que não se coaduna muito com a reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de
que ele fora juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas condensa numa expressividade que
caracterizaria o estilo machadiano: a ironia. Descrevendo a moral de seu cunhado, Cotrim, o narrador-personagem Brás Cubas
refina a percepção irônica ao:

a) acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se injustiçado na divisão da herança paterna.
b) atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade com que Cotrim prendia e torturava os escravos.
c) considerar os “sentimentos pios” demonstrados pelo personagem quando da perda da filha Sara.
d) menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma confraria e membro remido de várias irmandades.
e) insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo.

Capitães de Areia- de Jorge Amado


[Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os
muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas
ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera
família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava “meu padrinho” e que o surrava. Fugiu logo que pôde compreender que a
fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a mão que passe sobre os seus olhos e faça com
que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de
uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas
de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A
perna coxa se recusava a ajudá-lo. E a borracha zunia nas suas costas quando o cansaço o fazia parar.
A princípio chorou muito, depois, não sabe como, as lágrimas secaram. Certa hora não resistiu mais, abateu-se no chão.
Sangrava.Ainda hoje ouve como os soldados riam e como riu aquele homem de colete cinzento que fumava um charuto.
(Jorge Amado. Capitães da areia.)
Considere as afirmações seguintes.
I. O fragmento do romance, ambientado na cidade de Salvador das primeiras décadas do século passado, aborda a vida de uma
criança em situação de absoluta exclusão social e violência, o que destoa do projeto literário e ideológico dos escritores brasileiros
que compõem a “Geração de 30”.
II. Valendo-se das conquistas do Modernismo, o romance apresenta linguagem fluente e acessível ao grande público, utilizando-se
de um português coloquial, simples, próximo a um modo natural de falar, com o largo emprego da frase curta e econômica.
III. Sem-Pernas é uma personagem que, embora encarne um tipo social claramente delimitado, o do menino “pobre, abandonado,
aleijado e discriminado”, adquire alguma profundidade psicológica, à medida que seu passado e suas experiências dolorosas vêm à
tona.
Conforme o texto, está correto o que se afirma apenas em
A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III.

Vidas Secas – de Graciliano Ramos

A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo
róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços
dificultavam-lhe a comida e a bebida.
 Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e amarrara-lhe no pescoço um rosário de sabugos de
milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a pior, roçava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os
mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de moscas, semelhante a uma
cauda de cascavel.
 Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o saca-trapo e fez tenção de
carregá- la bem para a cachorra não sofrer muito.
 
Sinhá Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgraça e não se cansavam de repetir
a mesma pergunta:
 — Vão bulir com a Baleia?
 Tinham visto o chumbeiro e o polvarinho, os modos de Fabiano afligiam-nos, davam-lhes a suspeita de que Baleia corria perigo.
 Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer não se diferenciavam, rebolavam na areia do rio e
no estrume fofo que ia subindo, ameaçava cobrir o chiqueiro das cabras.
Graciliano Ramos, Vidas Secas.
 
Considere as seguintes afirmações sobre as características da prosa de Graciliano Ramos.
I. “Tudo nele se concentra no que é homem, no que é a tragédia do ser humano.” (José Lins do Rego)
II. “Representa o regionalismo baiano da zona rural do cacau e da zona urbana de Salvador.” (José de Nicola)
III. “Seus personagens são seres oprimidos, moldados pelo meio.” (Ulisses Infante)

Assinale a alternativa correta


a) Estão corretas apenas as alternativas I e II
b) Estão corretas apenas as alternativas I e III.
c) Estão corretas apenas as alternativas II e III.
d) Todas as alternativas estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.

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