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SENSORES
INTRODUÇÃO
Escritores de ficção científica e futuristas descrevem os robôs como máquinas
semelhantes à imagem do homem e que podem executar todas as suas tarefas. Neste
capítulo, nós não discutiremos a questão de semelhança física com o corpo humano.
Entretanto, se robôs jamais poderão substituir o homem, devemos levar em conta os
possíveis avanços em duas áreas que podem ser comparadas às habilidades humanas:
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A inteligência é a capacidade de entender, conhecer e aprender. Esta capacidade, no
homem, tornou possível a construção e o controle do mundo, enquanto animais com
menor inteligência continuam vivendo como há milhões de anos.
Robôs com flexibilidade limitada não tem inteligência, mas alguns robôs podem fazer
escolhas à partir de dados colhidos de seu ambiente por sensores. Estes são chamados
de inteligentes.
Dos cinco sentidos humanos - visão, tato, ouvido, olfato e gosto - aqueles cujo paralelo
artificial tem sido mais extensamente desenvolvidos são a visão e o tato. A visão do
homem é o principal método de entrada de dados. A quantidade de informações
coletadas é enorme. Muita pesquisa e desenvolvimento industrial tem sido gasto na
tentativa de duplicar esta capacidade. Grandes esforços também tem sido investido no
desenvolvimento de sensores de toque. Além disso, alguns avanços tem sido feitos na
área dos sensores de escuta, como por exemplo a identificação de vozes.
Outras capacidades de sensoreamento presentes nos humanos não tem paralelo nos
robôs como "sentir" aceleração, pressão, ângulo e velocidade angular, o que permite o
homem ficar em pé e andar.
O sensor artificial comparado aos olhos humanos é a câmera. Assim como o olho,
câmera inclui uma lente, um obturador, e um sistema de detecção capaz de transmitir
dados sobre a quantidade de luz incidente.
O sensor artificial de toque consiste de uma "pele" que pode, assim como a pele
humana, enviar sinais sobre pressão exercida sobre algum ponto. Os sensores podem
também medir forças e momentos para os pontos de contato,
TIPOS DE SENSORES
Os sensores atualmente podem ser classificados de acordo com os princípios físicos
sobre os quais eles estão baseados (ótico, acústico, e assim por diante) ou de acordo
com as quantidades medidas (distância, força, e assim por diante). Entretanto, eles são
habitualmente divididos em dois tipos principais: sensores de contato e sensores sem
contato.
Temos ainda dispositivos que identificam condições internas dos robôs, como corrente,
posição dos links e velocidade dos links.
SENSORES DE CONTATO
Os sensores de contato são aqueles que requerem um contato físico com os objetos em
seu ambiente, além de produzir um sinal de medida. Existem sensores de contato para
vários níveis de sofisticação. Desde sensores simples como microchaves (que são
usadas para identificar a presença ou ausência de um objeto) até sensores complexos
como "pele" artificial contendo centenas de elementos sensitivos que transmitem
informações sobre orientação, dimensão, pressão exercida, e assim por diante.
Os sensores de contato mais simples são aqueles que permitem a medição em um eixo e
transmitem somente duas possíveis informações:
O controlador do braço usa este dado para voltar para sub-rotina apropriada, ou
procedimento de suporte. A figura 1 ilustra um sensor chave com duas posições
instalado em uma garra. Este sensor diz ao controlador se a garra está, ou não,
segurando um objeto. O controlador pode dizer, através dos dados, se a produção está
ocorrendo normalmente ou se o robô está sendo alimentado por partes curtas. Neste
caso, o controlador interrompe o trabalho e sinaliza um mal funcionamento.
Fig. 1: Sensor usado na identificação de presença ou não de objetos
Este tipo de sensor é comumente usado em sistemas automáticos, desde que ele seja
simples, barato, seguro e possa fornecer dados vitais.
Lâminas de contato:
Este tipo de sensor pode ser usado em situações onde informações precisas para o ponto
de contato entre o robô e o objeto não são desejadas, isto é, onde somente há a
necessidade de confirmar a colisão entre o robô e um objeto no ambiente. O sensor
consiste de uma chapa de material flexível, que muda a sua resistência quando
pressionada.
Sensores de escorregamento:
Os robôs que seguram objetos frágeis devem pegá-los levemente para evitar a
danificação do objeto, mas apertado o bastante para impedir que ele escorregue para
fora da garra.
Na recepção de um sinal de movimento do objeto pelo sensor de escorregamento, a
garra automaticamente incrementa a sua força vagarosamente até o movimento parar.
O sensor de escorregamento deve ser capaz de detectar não somente o movimento, mas
a posição do objeto após o escorregamento. Esta informação ajuda o robô a "conhecer"
a exata posição e orientação do objeto escorregado, assim como ele pode continuar a
operação sem a danificação do objeto.
Sensores de pelo :
O nome deste sensor indica o seu modo de operação. Os sensores de pelo são varas
leves e salientes do atuador. Como os pêlos de um gato, eles sinalizam o contato com
algum objeto no ambiente. A figura 4 mostra um sensor deste tipo de operação.
Por exemplo, eles podem ser usados para medir os contornos e superfícies de objetos,
como mostra a figura 5.
Fig. 5 - Sensor de pêlo usado no controle de soldagem
Devido à sua grande utilização em várias áreas da engenharia, estes sensores estão
bastante desenvolvidos e são um dos mais usados em robótica.
Em geral estes sensores são montados ente o último link do braço do robô e a garra ou
ferramenta, figura 6, mas em alguns casos estes sensores são montados dentro dos dedos
das garras, figura 7.
Fig. 6 : Sensores de força e momento montados entre a garra e o link.
Esta variação é sentida pelo sensor de tensão (strain gauge) que são pequenos pedaços
de material condutivo colado ao objeto que sofre ação de uma força momento.
Objetos tendem a se deformar quando submetidos a forças. A mudança na forma é
chamada STRAIN. O sensor de tensão sofre a mesma deformação que o objeto. O
sensoreamento é feito através de unidades de resistência elétrica juntamente com a
tensão passadas para o controlador para o processamento e envio de sinais apropriados.
Figura 8.
A relação entre a força aplicada e a mudança de resistência pode ser descrita por :
R=CxFxL
R = variação da resistência.
C = coeficiente constante.
R=CxM
onde
R A + RB = C 1 x F
R A - R B = C2 x M
Onde,
C1, C2 = constantes
Existe a possibilidade de se usar muitos sensores para a medição de forças nos 3 eixos e
dos momento relativos a cada eixo. Um caminho para medir forças e momento nos 3
eixos é mostrado na figura 10.
Fig. 10: Sensor de força e momento em 3 eixos.
Normalmente é feito a medição dos momentos das forças e não das forças diretamente.
Este método permite maior sensibilidade de medição.
Os dedos da garra do robô podem ser consideradas como vigias atadas ao braço do robô
no qual sensores de tensão estão colados. A força atuante nos dedos tem direção vertical
e pode ser obtido por:
F = R / (L x C)
onde
M1 = F x L 1
M2 = F x L2
Usa-se como exemplo o apertar parafusos, uma operação monótona e comum. Quando é
realizado por humanos, esta tarefa requer a ativação de sensores de força e momento e,
para que seja realizada por robôs, estes também deverão possuir sensores de força e
momento, como representado na figura 12.
Fig. 12: Uso de sensor de força e momento na operação de parafusar para juntar duas
placas
Numa primeira operação, o robô utiliza um encaixe automático para prender a cabeça
do parafuso. O sensor de força identifica a adição de peso e a partir de um sinal enviado
para o computador que controla o braço, o processo vai para a próxima operação.
A forte força exercida sobre o parafuso pode ser devido as seguintes circunstâncias:
A figura 13 mostra um robô polido uma peça. O processo de polimento é controlado por
um sensor de força e momento. Esta operação envolve a aplicação de uma força
constante sobre a peça. A falta destes sensores envolve 2 problemas:
A adição de sensores nesta operação permite que o sistema retenha a trajetória das
forças exercidas entre o polidor e a peça, com isso temos que o uso dos sensores produz
uma precisão necessária para a tarefa.
Aqui podemos citar como problemas a medida de valores indesejáveis juntamente com
valores de tensão e momento, apesar de muitas vezes esses valores serem desprezíveis.
Outro problema é que os sensores normalmente são expostos a danos físicos, os quais
podem ser resolvidos com a construção de uma estrutura para absorver choques
mecânicos, como mostra a figura 14.
Fig. 14: Proteção para sensores de força.
Nestes tipos de sensores não se tem o contato físico com o objeto a ser medido. As
informações são colhidas à distância, logo são menos expostos a danos físicos que os
sensores de contato.
Observando a figura 15, temos que a fonte de luz e o detetor são fixados em lados
opostos à esteira. Quando a caixa passa pelo ponto onde a fonte de luz é bloqueada, o
detetor sinaliza ao controlador a presença da caixa e ativa o braço do robô para pegar a
caixa e movê-la.
X = L1 x XD / ( L - L1 )
sendo:
controlador de robô procura o detetor na ordem na qual eles são instalados, e um sinal é
transmitido por cada detetor, identificando a presença de um objeto. O vetor de
sensoreamento fornece outras informações, como o tamanho do objeto, como mostra a
figura 17.
Outro método, um feixe de luz é projetado de uma fonte de luz. Quando nenhum objeto
está presente, todos os detetores são iluminados, como mostra a figura 18. Quando um
objeto está presente, a luz não é refletida para o mesmo lugar. Em adição da
identificação de presença de objeto, o vetor de sensoreamento fornece outras
informações vitais, como o tamanho e a locação do objeto.
Fig. 18: Usando um vetor sensitivo para medir objetos
O feixe de luz fornece outras informações importantes sobre a orientação dos objetos,
variando-se a orientação em relação a fonte de luz, como mostra a figura 19.
X = L1 x XD / ( L - L1 )
Para obter informações sobre a estrutura do objeto usamos geralmente uma câmera.
Entretanto existe muita diferença entre o olho humano e uma câmera, na área de
processamento de informação, e certamente não podem ser imitados por nós.
O robô não pode operar objetos maiores que os vistos pela câmera, para identificar a
natureza, o locação precisa e o orientação do mesmo. O número de dados que podem ser
transmitidos para o robô definir a localização e orientação é menor que 250000 bits. A
informação é gerada pela câmera e transmitida para o robô. Este tipo de processamento
é chamado de patterm recognition.
Xcg = 1 Z n=1 Xi
Ycg= 1 Zn=1 Yi
sendo:
Yi coordenada-y do detetor i
Usando as equações
Xcg = 5,35
Ycg = 5,65
Com o centro de gravidade encontrado, o robô pode desenvolver as atividades que foi
programado.
Neste exemplo, o objeto é perfeitamente simétrico, e a sua orientação não foi
considerada. Entretanto em casos mais complexos, alguns detalhes devem ser
observados:
Para identificar estas variáveis para um dado objeto, o contorno deve ser identificado
primeiramente. Um número de algoritmos tem sido desenvolvidos para uso de
identificação do contorno de objetos. Estes algoritmos, são definidos como detetores de
margem, são complicados e geralmente necessita de grandes softwares como
computadores com um bom processamento no tempo.
Uma câmera pode também ser usada para, identificar pontos de luz projetados pelo
objeto, e identificar a superfície. Na determinação do contorno, a câmera identifica cada
ponto e transmite as coordenadas para o computador. O computador conecta estes
pontos e determina o contorno.
Indentificação de uma faixa de luz e uma câmera é usada em arco de solda. Esta
reflexão de luz não é contínua entre as duas partes a serem soldadas, a câmera identifica
uma fenda na projeção do feixe de luz. Assim o computador identifica as partes que
requerem solda. A figura 24 representa a identificação de uma falha estrutural através
do uso de um feixe de luz.
Fig. 24 : Identificação de uma rachadura.
Como as câmeras podem ser usadas para identificações de objetos em três dimensões?
Um método, para objetos simples, é pela projeção de um número de faixas de luz nos
objetos e medindo as lacunas refletidas pela luz. O ângulo das fraturas e as fraturas
externas indicam o tamanho do objeto.
Outro método, para objetos mais complexos, envolve câmeras em duas localizações
diferentes. Eles olham o objeto, esteroscopicamente, como muitos olhos humanos. Esta
forma de identificação é complexa, necessitando de coordenadas entres as câmeras e
uma complicado processo de informação, que são gerados pelas câmeras.
Para resolver não identificaremos o objeto somente em branco e preto, mas por outros
meios. Este método, chamado de escala cinza, é baseado no fato de que diferentes
superfícies refletem diferentes intensidades de luz, de acordo com o ângulo da fonte de
luz. O detetor
O número de sensores aplicados na indústria é pequeno. Muitas razões são dados para
esta situação:
A visão de sensores e o processamento de imagens será necessária para que possa ser
eficientemente usada na indústria. Resolvendo grandes problemas que envolvem a
compreensão dos robôs em industrias e serviços.
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