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“Uma das grandes mentiras do mundo


moderno é dizerem-nos que há o trabalho e a
vida”
Mo Gawdat, ex-Google X e autor do livro “Equação da Felicidade”

POR LINK TO LEADERS EM 3 MAIO, 2018

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Mo Gawdat, ex-executivo da Google X, esteve em Portugal no 9nal


da semana passada para apresentar o seu livro “Equação da
Felicidade”. Em entrevista ao Link to Leaders falou do que entende
ser a felicidade e de como esta é a melhor ferramenta para ajudar
as empresas a chegarem ao sucesso.

Durante 11 anos, Mo Gawdat, engenheiro egípcio, foi chief business officer da Google X.
Mas em 2014, depois da morte inesperada do filho Ali, de 21 anos, reavaliou a sua vida e
aprendeu a lidar com a perda socorrendo-se da “Equação da Felicidade (Solve for Happy)”
que ele próprio criou para tentar ultrapassar aquele momento emocionalmente doloroso.
Deixou o cargo que ocupava na Google e, desde então, assumiu como missão partilhar a
sua “fórmula” da felicidade com o mundo: escreveu um livro editado já em 25 países e
criou o movimento #onebillionhappy. Para Mo Gawdat a felicidade é o ingrediente que
deve estar sempre presente em todos os aspetos da vida, até na gestão das empresas.

O que é felicidade?
Existem muitas descrições, muitas delas são verdadeiras mas nenhuma delas é absoluta.
A felicidade é o contentamento pacífico dentro de nós, quando estamos bem com a vida
tal como ela é. Pode encontrar felicidade na família, nos amigos… fiz muitas pesquisas
para desenvolver o que chamo de “equação de felicidade”. Olhei para todos os
momentos da minha vida em que me senti feliz e comecei a tentar encontrar uma linha
de tendências e fiquei surpreendido porque os únicos momentos da vida em que me
senti feliz não foram os momentos em que algo de específico aconteceu. Foi um
momento em que um acontecimento da minha vida foi ao encontro das expetativas, dos
desejos e esperança do que a vida deveria ser.

Se tentarmos esse processo de comparar entre os acontecimentos e as expetativas, na


realidade, vai perceber que a felicidade pode nascer de uma equação: a felicidade é igual
à diferença entre os acontecimentos da sua vida e as expetativas de como a vida devia
ser. O seu cérebro resolve essa equação a cada segundo. O seu cérebro não tem mais
nada para fazer do que isso. Está constantemente a comparar eventos com expetativas.

Se nada estiver errado, o cérebro faz uma coisa espantosa que é desligar-se. Se alguma
coisa o preocupa, e isso não é bom para nós, deixa-nos preocupados, arrependidos, faz-
nos emoções negativas que nos deixam infelizes. E isso é muito interessante porque,
basicamente, significa que infelicidade é um mecanismo de sobrevivência, é o seu cérebro
a tentar assegurar-se de que está a seguro. E porque é o que o cérebro nos faz ficar
infelizes? Porque quer que mudemos alguma coisa, quer que se aja para ficarmos
seguros. A dor emocional leva-nos a agir.

Então estas são as bases da equação de que fala?


Sim. Agora que percebemos que a felicidade é igual a grandes acontecimentos menos as
expetativas, é preciso começar a perguntarmos a nós mesmos: “Ok, então porque
estamos sempre tão infelizes? Comecei a perguntar a mim próprio, porquê. Porque é que
algo está errado 16 a 17% das vezes, e percebi que se tiver uma máquina de salsichas e se
produzir algo estranho pode ser porque há algo errado com a máquina. A equação não
está certa. Ou pode ser porque estou a colocar sapatos na máquina. Se estou a colocar
sapatos na máquina não posso esperar que saiam salsichas. Percebi que o problema para
estamos sempre tão infelizes é porque resolvemos a equação de forma errada. Não há
nada de errado com a nossa vida. Estamos é a colocar os dados errados, os inputs errados
na equação. Percebi que existem seis grandes ilusões e sete blind spots.

E que são?
Deixe-me dar um exemplo. As seis grandes ilusões são conceitos em que começamos a
acreditar para sermos bem-sucedidos no mundo moderno. Por exemplo, acreditamos
que o controlo é a coisa certa a fazer. Controlar os processos. E como aprendemos que o
controlo é importante, começamos a controlar tudo, os nossos filhos, as pessoas que
amamos, o tráfego, etc, etc.. mas a realidade mostra-nos que não há controlo. Se
olharmos para as leis da física há algo que se chama Teoria do Caos que nos diz
basicamente que não estamos no controlo total de tudo. Se deixarmos uma árvore livre,
ela vai crescer selvagem. E se as suas expetativas de vida forem a ilusão de controlo, o
que acontece? Todos os acontecimentos perdem, porque não atingem essa expetativa.
Por exemplo, eu quero ir para o trabalho todos os dias e quero sair às 7 da manhã, mas
um dia há um acidente, o que é normal, e começo a ficar stressado e infeliz.. mas os
acidentes acontecem, não há controlo. O controlo é uma dessas ilusões.

Se consertar estas ilusões vai ser mais feliz, muito mais vezes, porque vê a verdade.
Depois temos os blind spots (pontos escuros). No tempo do homem/mulher das cavernas,
quando um tigre aparecia, o cérebro não tinha nenhum benefício em dizer-lhe “Oh meu
Deus, mas que lindo animal”. O seu cérebro vai dizer-lhe “você vai morrer”, está treinado
para lhe dizer o que está errado e não o que está bem. Se estiver sentado numa bela
praia, acompanhado por uma pessoa maravilhosa e a ter uma ótima conversa o seu
cérebro vai dizer-lhe: Vou atrasar-me com os emails!

Vai estar sempre a procurar o que está errado. E porquê? Porque não há benefícios em
dar conta do que está certo, o mecanismo de sobrevivência não está no que está certo.
Por isso, a maioria das vezes não vemos o acontecimento, vemos o que há de errado com
ele, e acabamos por ver que este falhou as nossas expetativas. Imagine que tem um
parceiro maravilhoso, mas que gosta de futebol. E quando há jogo não lhe presta
atenção. Mas se olhar para ele como um todo, ele é carinhoso, bom pai, bom marido…
mas gosta de futebol. Ora quando os acontecimentos encontram as suas expetativas de
repente encontra sua paz. Por isso conserte as grandes ilusões e os blind spots
e encontrará a felicidade muito mais vezes. E percebe que a vida quase sempre falha as
expetativas.

Quando se navega na vida com verdade nunca mais nada o aborrece, não se sente infeliz
quando as mudanças acontecem. Porque as mudanças existem, às vezes um cano
rebenta em casa ou há um corte na eletricidade. Faz parte da vida. Não o aborrece mais.
Os canos rebentam, os homens gostam de futebol, é simples.

O que devemos procurar em primeiro lugar: a felicidade pessoal ou profissional?


Não há diferença. É uma e a mesma coisa. Mais uma vez lembro que uma das grandes
mentiras do mundo moderno é dizerem-nos que há o trabalho e a vida. E que devemos
ter um equilíbrio entre a vida e o trabalho. Se estiver infeliz com a sua relação e se for
trabalhar vai estar infeliz no trabalho, certo! Se o trabalho o estiver a stressar, chega a
casa e estará infeliz em casa. Nenhum deles é diferente. Em ambos se aplica a equação.
Eu digo mesmo: se me sinto infeliz, eu tenho de fazer algo acerca disso.
Quando apanho uma constipação, tomo vitamina C, certo! Se não estou saudável faço
algo acerca disso. Se estiver infeliz, tenho de fazer algo. E o que deve fazer? Questionar-se
a si próprio. Se o seu parceiro/parceira tiver dito algo aborrecido na última sexta-feira vai
chorar por causa disso a semana toda? Será que ele vai aparecer e pedir desculpa? Não. A
única maneira dele entender é confrontá-lo e falar sobre isso. Fazer alguma coisa.
Quando faz alguma coisa a infelicidade desaparece.

Se não puder fazer nada aprenda a aceitar. O meu filho morreu e não há nada que possa
fazer para trazê-lo de volta. Posso sentir-me triste, mas tenho de aprender a aceitar.
Nenhum de nós veio para a vida com a promessa do para sempre. Quando tive o Ali não
assinei nenhum contrato com Deus a dizer “fica com ele 22 anos”. Houve um contrato em
que fui abençoado durante o tempo em que ele esteve aqui. E ele abençoou a minha vida
21,5 lindos anos. Quando ele partiu aceitei e fui abençoado pela sua presença.

Numa escala de 0 a 10, quanto somos felizes nos dias de hoje?


Estamos miseráveis Uma em cada quatro pessoas no mundo moderno ocidental está
clinicamente deprimida. Isto significa que estão infelizes ao ponto de irem a um
especialista que os diagnosticou como deprimidos. Os suicídios são muito elevados… o
que é curioso porque a vida nunca esteve tão boa para os humanos. Já não há tigres nas
ruas, a nossa esperança de vida é maior, há muito mais comida no supermercado, é
seguro, é lindo, temos gadgets, temos carros, nunca estivemos melhor e nunca estivemos
tão infelizes. É de loucos.

E porquê?
Por causa dos acontecimentos da nossa vida e das expetativas. À medida que os
acontecimentos se tornam melhores as nossas expetativas são tão irrealistas… Eu adoro
Portugal, por isso não me interprete mal, mas vocês andam nas ruas de Lisboa e
queixam-se do tráfego. Se não gostam de Lisboa venham comigo e levo-os um dia à Síria
e quando voltarem beijam o chão da cidade. Sentam-se num restaurante a comida está
um pouco mais fria e queixam-se. Eu levo-os a África e quando voltarem beijam o Chef. A
verdade é que a cada coisa que nos é dada começamos a queixar-nos porque queremos
mais e mais e mais…

Conhece diversos países, diferentes realidades profissionais, quais os países que


considera serem mais felizes?
É surpreendente, mas os países mais pobres são os mais felizes. É claro que há pesquisas
que lhe dirão que o Norte da Europa tem os países mais felizes do mundo. Mas não. Tem
os países onde a qualidade de vida é mais elevada, mas os suicídios também são em
maior número. E porquê? O que acontece é que os países estão treinados para serem
infelizes. Digo isso com amor e respeito, Alemanha, Portugal, Polónia, Rússia, são países
em que somos treinados para ver o que está errado. E todos os acontecimentos da nossa
vida são sempre um problema.

Pergunto sempre às pessoas se não têm um amigo, um amigo pelo menos, que está
sempre infeliz. Todos dirão que sim. Há sempre um que está sempre a resmungar. E
porquê? Quando é inverno é porque está muito frio, se é verão é porque está muito
calor… Será que vivem numa estação diferente da nossa? Não, é porque veem sempre o
que está errado com o verão (muito calor) e com o inverno (muito frio).

E têm um amigo que está sempre feliz? Sim. E porquê? Porque quando chega ao inverno
diz, “ok, é altura de ir fazer ski”. Quando chega ao verão gosta do sol. Ou seja, olha sempre
para o lado bom das coisas. E claro que tudo na vida tem coisas boas e más mas se olha
sempre para o que é mau vai estar infeliz o tempo todo.

Como podem as empresas fazer a combinação ideal entre os números, os


resultados, os lucros e a felicidade dos empregados?
Trabalhei na Google durante 11 anos, tenho essa experiência. E acha que fazemos os
empregados felizes porque somos simpáticos? Não. Foi a melhor decisão que tomámos.
Empregados felizes são mais produtivos, são simpáticos com os clientes, com os seus
pares no trabalho, ficam durante anos e anos no trabalho, surgem com ideias brilhantes,
são entusiastas, custam menos em cuidados de saúde, são os melhores. Empregados
infelizes tornam toda a gente rabugenta é muito difícil irem para o trabalho de manhã e
queixam-se de tudo.
Acha que quando oferecemos sushi ao almoço, por exemplo, é porque somos estúpidos.
Não. Quando oferecemos almoço na Google eles não saem durante uma hora e meia e
não voltam atrasados, não têm de enfrentar o trânsito, mantêm-se juntos na Google e o
que fazem? Falam de trabalho. Alguma vez alguém calculou o custo de uma hora e meia
em termos do salário de um empregado, comparado com o sushi ou com o caril indiano
que oferecemos?
É mais barato oferecer-lhes uma maravilhosa refeição do que perdê-los durante uma hora
e meia. A felicidade é a coisa mais esperta de se fazer. Ao ter empregados felizes é-se
inovador, criativo e bem-sucedido.
O problema é que pensamos que se as pessoas estão felizes é porque estamos a fazer
alguma coisa errada. Se vêm trabalhar e são felizes começamos a dizer: “estaremos a
pagar-lhes demais? É o outro lado da questão.
Mas surpreendentemente não é o salário que os faz felizes e não é a sala de jogos, o open
space… O que faz as pessoas felizes começa com um patrão que é feliz. Conhece aquela
máxima que diz ajuda-te a ti próprio para puderes ajudar os outros? Se for um patrão
rabugento, boa sorte! Nunca vai conseguir uma organização feliz.
Tem de saber como ser feliz para fazer os outros felizes. Mas também tem de construir
um ambiente em que os acontecimentos vão ao encontro das expetativas. Ou seja, as
pessoas têm de saber o que podem esperar, têm de saber a realidade dos
acontecimentos. Na Google tudo era aberto, fazíamos as pessoas felizes ao partilhar
abertamente, porque viam a verdade dos acontecimentos, as expetativas eram realistas.

De que forma a experiência na Google mudou a sua forma de ver a felicidade?


Acho que as lições mais profundas que aprendi na Google foram duas: uma delas é que
podemos ser sérios sem usar um fato. Esse statement fez-me pensar que podemos ser
bem-sucedidos mas não necessariamente infelizes. A premissa de que temos de ser
sérios, rabugentos e infelizes para sermos bem-sucedidos na vida, desapareceu.
Na realidade uma das coisas que realmente me abriu os olhos foi ver como os nossos
fundadores amavam o que faziam, era tão dedicados ao que faziam e eram felizes todos
os dias no trabalho e é isso que faz o verdadeiro sucesso.

O número dois é algo sobre o qual já escrevi e que chamei de ilusão do conhecimento. E a
ilusão do conhecimento é uma grande razão para a infelicidade porque passamos muito
tempo a suportar as nossas crenças, aquilo que acreditamos que é verdade. Quando fui
para a Google desafiei a minha ilusão de conhecimento.

Como?
Fui para a Google como executivo, vindo da Microsoft. Eu era sénior na altura e talvez
pessoa mais velha da equipa executiva, e eramos todos muito novos. E pensava “quem
são estes miúdos?”
Na Google temos uma cultura de abertura e qualquer pessoa na sala podia dizer “Mo,
acho que és um idiota. Aquilo que acabaste de dizer está errado”. E eu diria, ok, diz-me
porquê”. E foi surpreendente a quantidade de vezes que percebi que estava errado. A
internet evoluía a grande velocidade e aqueles miúdos realmente sabiam muito. Aquilo
que eu sabia não era a informação completa e o que era mais espantoso era que eles
diziam-me porquê apresentando dados, resultados… Então começa-se a perceber que
aquilo que sabemos nem sempre é a resposta.

Somos arrogantes, temos essa a ilusão de conhecimento. Se houver algo que não
conhecemos e que não medimos, assumimos que não existe. Quando nos apercebemos
de que não sabemos, algo espantoso acontece: primeiro, a arrogância desaparece, o ego
é removido. Segundo, está-se mais aberto a explorar a vida e não a dizer à vida como se
comportar. E sabe o que é mais interessante? É o facto de não sabermos realmente o que
é bom ou o que é mau. Costumo fazer uma experiência que é pedir às pessoas que olhem
para as piores partes das suas vidas e que vejam se agora, 20 anos depois, por exemplo,
querem apagá-las. 99,9% das pessoas diz querer manter esses acontecimento da sua vida
mesmo que sejam muito duros. Não mudariam nada. Porque a dureza da vida é o que me
fez a pessoa que sou. Por exemplo, foi o bulling na escola que me fez ser forte, foi o carro
que me bateu que me fez conhecer a minha namorada, foi o filho que perdi que me fez
ser ainda mais forte. Se perceber isso começo a pensar: porque é que isto é mau? Porque
simplesmente não aproveito.

Olhando para o mundo dos negócios.. criar uma start-up, por exemplo, pode ser
stressante. É um momento de muitas decisões. Que conselhos dá aos
empreendedores que estão a começar um negócio?
Na realidade aconselho muitas start-ups e começo por um grande conselho e digo: nunca
é capaz de fazer melhor do que o seu melhor. Aprendi isso com o meu filho Ali. Ele nunca
se culpava, nunca se stressava acerca de algo quando sabia que tinha dado o seu melhor.
Se não tivesse feito o seu melhor, então ele sabia que da próxima vez teria de fazer
melhor. Agora se ele tinha dado o seu melhor, ele não se importava. Basicamente, ele
dizia para si próprio “vai para o trabalho, põe a tua vida nisso, vê todas as situações
possíveis e faz, dá o melhor que podes. Se é esse o caso, não se preocupe porque o estar
preocupado não o vai ajudar as fazer as coisas melhor.

Em segundo lugar, acho que as caraterísticas de sucesso de um empreendedor são


também as características de uma pessoa feliz. Por acaso, uma das principais razões que
fizeram de mim um bom líder foi porque, além de ser sénior na Google, sempre levei a
minha atitude de felicidade e apliquei-a no meu trabalho. E a minha atitude de felicidade
sempre foi muito direta: os problemas acontecem, quando acontecerem faça algo acerca
disso. Não se sente a queixar-se, não stress, não chore por causa disso, ok! Não perca o
seu tempo a pensar sobre os problemas. Use o seu tempo para pensar na solução e
tomar uma atitude. Esta é a atitude das pessoas felizes. Ao pensar na solução, ao agir,
acaba por se sentir entusiasmado.

Em terceiro lugar, e digo-o muito abertamente, há um ponto em que o entusiasmo


mantem os seus empregados unidos, mas depois há uma altura em que tem de se tornar
um líder e não apenas um empreendedor. Tem de se focar nas pessoas e digo-lhe:
entregue o negócio a alguém que o saiba fazer e todas as pessoas da sua equipa ficam
felizes. Há uma altura em que o stress faz as pessoas saírem e quando se está numa
organização de cinco pessoas, por exemplo, e uma delas sai perde 20% da sua força de
trabalho. Por isso esteja atento, assegure-se de que as suas pessoas estão felizes,
enérgicas, entusiasmadas, porque se não estiveram acabam por sair e vai falhar.

Assumiu a missão de levar a sua mensagem de felicidade a um bilião de pessoas no


mundo. Qual é a sua mensagem específica para os portugueses?
Aponto apenas três coisas. Em primeiro lugar, a felicidade deve ser a vossa prioridade. Se
não fizerem por ser felizes, se não fizerem disso uma prioridade nunca vão encontrar
felicidade.
Ninguém deixa de fumar por acidente. Para deixar de fumar tem de decidir “vou deixar de
fumar”. Ninguém fica atlético por acaso. Tem de dizer a si próprio: “vou emagrecer e ficar
fit vai ser a minha prioridade número 1”. Se alguém me der um daqueles pastéis de nata
maravilhosos que vocês têm em Portugal, tenho de dizer, “não, hoje não quero. Quero
estar em forma”.

Em segundo lugar, invistam na vossa felicidade, porque nada acontece se não investirem
nisso. Se quiser estar em forma e não for ao ginásio duas a quatro vezes por semana não
vai ficar em forma. Se quiser que os seus filhos gostem de si tem de passar tempo com
eles, senão isso não vai acontecer. É semelhante com a felicidade. Dispensem uma hora
por dia, quatro a cinco vezes por semana, a aprender sobre a vossa felicidade, leiam um
livro, vejam um vídeo, passem tempo com pessoas felizes… A propósito, evitem pessoas
infelizes. Observem os padrões das pessoas felizes e aprendam com elas. Tenha um
grupo de amigos. Mas invista uma hora por semana para ser feliz porque se não o fizer
não vai encontrar a sua felicidade.

Em terceiro lugar, a derradeira fórmula da felicidade é fazer os outros felizes. E isso é


verdadeiramente sobre o que é a missão: encontre a compaixão em si para tornar outra
pessoa feliz. Se cada pessoa tornar outra feliz, e outra e outra em dois anos e meio todo o
Portugal estaria feliz. Claro que haverá sempre alguns milhares de pessoas rabugentas.
Ok, mas se todas as outras derem prioridade à felicidade e investirem nisso, serão um
país ainda mais feliz.

O que é feito dos tempos em que as pessoas sorriam umas para as outras na rua? Façam
a diferença e, por favor, entendam que a promessa do mundo moderno é uma mentira.
Não temos de ser bem-sucedidos para sermos felizes, não precisamos de um carro para
ser felizes, de ter gadgets, muito dinheiro…precisamos de nós próprios.Tem de se mudar
a forma como se pensa porque a felicidade é muito melhor que todas essas coisas.

É o ingrediente principal da nossa vida?


Sem dúvida. Diria mesmo que a felicidade é a única maneira de estar na vida. É a melhor
maneira de levar os clientes a gostarem de si, de fazer com que o seu parceiro goste de
partilhar uma vida consigo, de os seus filhos crescerem de forma positiva, seguros e
confiantes. Não é muito difícil e não é uma coisa má de se pedir para fazer.

Quais os objetivos da sua mensagem de felicidade?


Ver quanto as pessoas priorizam a felicidade, quantas investem tempo a aprender sobre
felicidade e quantas pessoas partilham a mensagem. Um bilião de pessoas pode parecer
loucura mas com a internet não é. Tenho um vídeo que já foi visto milhões de vezes. Cada
pessoa que eu consigo fazer feliz, vale o mundo para mim. Leve o tempo que levar. É o
melhor sentimento da sua vida.

A Google anunciou recentemente um grande investimento em Portugal… acha que


isso vai melhorar a felicidade dos portugueses?
Lamento desapontar mas nada fora de si vai fazê-lo mais ou menos feliz, especialmente a
tecnologia. A tecnologia é apenas uma ferramenta, uma caneta, por exemplo, pode ser
usada para escrever ou para me fazer um buraco olho. É um erro da caneta? Não. Pode
usar os social media para estar em contacto com as pessoas que ama ou pode usá-lo para
fazer mal a si próprio, para se deprimir, para odiar a vida e por aí fora. A escolha é sua.
Acredito que a Google pode fazer uma grande diferença no mundo, a Google é
espantosa…mas esperar que o faça mais feliz? É diferente. Nós é que temos de nos fazer
felizes. Está tudo na nossa mente.

Comentários
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8 comentários Ordenar por Principais

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Eduardo Rodrigues
Grande dica sobre como ser verdadeiramente feliz.
Gosto · Responder · Marcar como spam · 4 dia(s)

Isabel Migas
Simplesmenre fantástico....
Gosto · Responder · Marcar como spam · 1 · 4 dia(s)

Maria João Vasconcelos


Magnífico texto.
Gosto · Responder · Marcar como spam · 16 sem

Ana Mendes
Adorei!!
Gosto · Responder · Marcar como spam · 22 sem

Maria João Vasconcelos


Excelente texto .
Gosto · Responder · Marcar como spam · 1 · 16 sem

Maria De Fátima Goulart


Muit Bom!
Gosto · Responder · Marcar como spam · 22 sem

Duarte Coelho
Muito bom.
Gosto · Responder · Marcar como spam · 20 sem

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