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O papel do Tutor no PBL

PBL é um método velho.


Há mais de 50 anos vem sendo aplicado em diversas escolas em todo o mundo.
PBL é um método tradicional.
Diversas escolas tradicionais, inclusive Harvard (EUA) e Manchester (Reino
Unido) adotam o modelo.
Não se trata mais, portanto, de determinar se o método é válido ou não. Já
sabemos que quando bem aplicado ele pode formar médicos tão bem quanto o modelo
tradicional , com as vantagens de estimular o auto desenvolvimento e habilidades sociais
como comunicação, e em determinados contextos (como é o caso de Roraima) ser um
modelo mais viável economicamente. Desta forma, já que adotamos o modelo em nossa
escola, devemos no preocupar com os problemas que prejudicam o desenvolvimento do
processo de aprendizagem neste método, e dentre todos eles, o mais importante é o
tutor disfuncional.
Nos primórdios do PBL, muitas escolas tinham conceitos errôneos sobre o papel
do tutor. Algumas o colocavam como mero espectador da discussão dos estudantes, o
famoso “tutor samambaia”. Nada mais distante da verdade!

O que faz um bom tutor?


Practical Guide for medical Teachers-2013
-Conhecer o processo tutorial
-Manter uma atmosfera amigável e de confiança
-Saber quando intervir
-Preparar-se , conhecendo os objetivos do problema
-Encorajar discussão
-Evitar dar instruções ou mini-aulas
-Reconhecer as características e dificuldades individuais de cada estudante

O que um tutor não deve fazer:


Sefton, 2005
-Direcionar a discussão
-Dar mini aulas, ou opinião sobre o assunto
-Interromper o fluxo livre da discussão

Em um bom grupo de PBL, são os estudante que ativamente


identificam seus objetivos e problemas, dividem informações e
procuram esclarecimentos para conceitos difíceis.
Woods, 1994
Podemos resumir então que um tutor é uma figura ativa do grupo, que domina
o processo do tutorial, cria um ambiente favorável para o desenvolvimento dos
estudantes, intervém quando necessário, e não utiliza o ambiente do tutorial para “dar
aulas”.
É a figura desse tutor ativo que queremos desenvolver em nossos professores, e
vamos fazer isso apresentando “ações” que consideramos fundamentais em cada um
dos passos da dinâmica tutorial.

PASSO 1:Ler atentamente o problema e esclarecer os termos


desconhecidos
Ações fundamentais do tutor no passo 1
-Garantir o pacto semântico, ou seja, verificar se cada participante do grupo tem
o mesmo entendimento acerca da nomenclatura e expressões utilizadas no
problemas
-Não deixar o grupo prolongar-se demais em discussões acerca do termo
desconhecido. A simples definição do termo é suficiente

O passo 1, deve ter curta duração, ele simplesmente existe para garantir que ao
começar a discussão todos os participantes do grupo tenham igual entendimento.
Lembre-se que frequentemente teremos estudantes de diferentes níveis, alguns já com
uma ou mais graduações, e outros recém saídos da adolescência. Mas lembre-se, não
demore muito nesse passo. Pergunte se alguém do grupo conhece a palavra ou conceito,
se estiver correto passe para o paso 2. Se ninguém souber, pode-se sempre consultar
um dicionário médico.
Nesse passo, o tutor também pode corrigir a pronúncia de determinados termos,
pois o estudante pode levar para sua vida uma pronúncia errada de um termo médico

PASSO 2 : Identificar as questões (problemas) propostas pelo


enunciado
Ações fundamentais do tutor no passo 2
-Não permitir que os estudantes comecem “explicando” conceitos
-Estimular formulação de problemas que promovam uma discussão aprofundada
e não superficial
É muito comum que alguns estudantes se apressem apresentando sínteses ou
formulando hipóteses ou explicações nessa étapa. Lembre-se que do ponto de vista da
aprendizagem saber a pergunta é muito mais importante que ter respostas. Um médico
recém formado frequentemente acerta mais questões em uma prova de múltipla escolha
do que um expert de experiência. O que diferencia o expert é sua capacidade de
reconhecer as discrepâncias do caso. Se o estudante simplesmente começar a explicar
ou dar hipótese, ele vai estar repetindo aquilo que ele já sabe, e não irá descobrir aquilo
que ainda não sabe.

CONCEITO IMPORTANTE:

TAXONOMIA DOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

-A taxonomia (classificação) de um objetivo de aprendizagem, diz respeito ao grau


de aprofundamento da discussão em torno do que se aprende. Ela pode ser
superficial (baixa taxonomia) ou profunda(alta taxonomia)

-Questões (problemas) de baixa taxonomia, são aquelas que se limitam


meramente aos aspectos factuais do problema. Normalmente começam com
“cite...”, “quais são...”, “o que é...”

-Uma discussão profunda é estimulada quando a pergunta promove reflexão


sobre os mecanismos de um determinado processo (“Como explicar o
desenvolvimento da febre...””) e relação entre diferentes aspectos do problema
(“Qual a relação que existe entre a idade e as manifestões clínicas?”

PASSO 3 : Oferecer explicações com base no conhecimento


prévio
Ações fundamentais do tutor no passo 3

-Promover o aprofundamento da discussão

-Não deixar que as explicações sejam limitadas à conceitos superficiais ou


simples bom senso. Para cada explicação intervenha com um “por que” ou
“como”, você vai perceber que frequentemente a fronteira do conhecimento está
no campo das ciências básica (fisiologia, imunologia, bioquímica). Ou seja, ao
contrário do que frequentemente se fala, um currículo PBL com tutoriais bem
feitos oferece uma forte base de ciências básicas
CONCEITO IMPORTANTE:

SÓ APRENDEMOS AQUILO QUE NÃO SABEMOS

O principal objetivo do passo 3 é levar o estudante ao limite do seu conhecimento,


e lá perceber o que ainda precisa aprender. Frequentemente, estudantes tem uma
explicação inicial para quase todos os tópicos, quase sempre essa primeira
explicação é superficial ou baseada em conceitos conhecidos pelo estudante. Se
parar aí, ele não descobre nada de novo, e consequentemente não aprende.
Diante de uma explicação inicial, a palavra mais útil para o tutor é “como?”

Cuidado com o “cruzar para cabecear”


Muitas vezes, participantes formulam perguntas no passo 2, em que eles mesmo
já sabem a resposta imediata (“Qual a causa do rash malar?). Quando perceber
isso, aprofunde a discussão(“...mas como o lupus pode causar essa reação?’ ,
“...auto-imune como?”)

PASSO 4 : Resumir as explicações


Ações fundamentais do tutor no passo 4

-Chamar atenção da turma, para que durante as explicações fiquem atentos aos
pontos em que tiveram dificuldade de avançar nas discussões, pois geralmente é
daí que devem surgir os objetivos de aprendizagem.

PASSO 5 : Estabelecer objetivos de aprendizagem que levem o


aluno ao aprofundamento e complementação destas
explicações

Ações fundamentais do tutor no passo 5

-Garantir que os objetivos de aprendizagem reflitam as dicussões realizadas


durante o passo 3

-Frequetemente, especialmente a partir do terceiro ano, após uma hora de


discussão o grupo termina com objetivos “chavões”, sempre iguais do tipo:
“diagnóstico e manuseio do lupus”. É muito importante que você como tutor
fique atento para não permitir que o tutorial vire uma fórmula que acompanha os
tópicos tracionais dos capítulos de doenças. Para isso os alunos tem os livros.
Se os objetivos de aprendizagem não se originarem das discussões e
especialmente dos aspectos em que os estudantes mais tiveram
dificuldades de explicar, então o tutorial não foi bem sucedido.

PASSO 6 : Estudo individual dos objetivos de aprendizagem


Ações fundamentais do tutor no passo 6

-Lembrar aos participantes que o estudo é individual, desta forma, o estudante


desenvolverá suas habilidades de aprendizado independente, e enriquecerá a
discussão com suas próprias descobertas

Embora o ensino tutotrial seja essencialmente um modelo social


de aprendizagem, o fato do passo 6 exigir o estudo individual (além de
promover a auto aprendizagem) promoverá uma discussão mais rica
durante o passo 7, já que os participantes contribuirão com difenrentes
fontes, frutos das diversas iniciativas de aprendizagem.

PASSO 7 : Rediscussão no grupo tutorial dos avanços de


conhecimento obtido pelo grupo

Ações fundamentais do tutor no passo 7

-Promover o inventário das fontes estudadas


-Avaliar a qualidade das fontes, e orientar os estudantes como obter fontes de
qualidade. Especial cuidado quanto ao banco de dados consultados,
estimulando a procura em livros textos recentes e locais confiáveis (medline,
lilacs, scielo) e desestimulando a simples busca no google (mesmo o google
acadêmico não é confiável)

-Solicitar dos participantes, durante o momento apropriado da discussão, algum


esclarecimento baseado na referência apresentada. Isso demonstra ao grupo
que o tutor está atento,e valoriza a busca pelas referências

Durante todo o processo tutorial, o tutor deve cobrar do


coordenador do grupo a atenção para os passos e a participação
equânime de todos do grupo.

Finalmente:

O processo criativo é analógico!!


SEMPRE QUE POSSÍVEL
DESLIGUE SMARTPHONES,
TABLETS E COMPUTADORES.
(Isso vale para tutores e
estudantes)

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