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Resumo:
Panorama
Anos 70 – primeiros delírios sobre a informática, privatização das companhias
telefônicas, promessa do início de toda liberdade possível.
Anos 80 – multiplicação de canais de televisão, videocassetes, - promessa de
democratização cultural.
Anos 90 – logorréia na internet, que chegou no séc. XXI como uma bolha esvaziada –
internet – promessa da felicidade e igualdade, ciência e cultura, inteligência coletiva,
democracia política e solidariedade entre os homens.
I- A bola de bilhar
Primeiro princípio
Tudo está na linearidade do movimento, um modelo maquínico, cujos elementos se
encontram nos princípios de Descartes.
O modelo é:
estocástico = porque é passo a passo
atomístico = porque a comunicação põe em presença dois sujeitos, átomos separados e
indivisíveis.
mecanicista = em razão da linearidade do esquema de transmissão, que é uma máquina.
Segundo princípio
Um sujeito A, um canal com uma mensagem, um sujeito B. O movimento de
transmissão, assim como a bola de bilhar, é continuamente animado. Qdo. a operação
está concluída, o movimento atinge o estado de repouso.
Terceiro princípio
A exterioridade e a atomização dos elementos: eles não se interpenetram.
O sujeito persiste
Presume-se que os dois sujeitos falem e desejam se comunicar algo.
A forma do modelo de bola de bilhar:
teleonômica: - a comunicação é orientada para um fim
antropocêntrica, ou até mesmo antropomórfica – a comunicação se comporta como se
tivesse consciência de ser comunicação, assim como a bola quer ser uma bola.
A mensagem precisa ter um tratamento específico e esse tratamento é da alçada da
teoria da informação.
A entropia
Desordem, dissolução do sistema, O segundo princípio da termodinâmica.
Quanto mais informação há, mais aumenta a entropia.
A mensagem representa o emissor. A bola de bilhar informa e gera a grande
diversidade, aqui assegura a teoria da representatividade, a raiz de todas as teorias
clássicas, quer sejam as teorias do mass media (1940), quer sejam as de Simon e a
inteligência artificial.
A metáfora máquina revela o conteúdo representacional e linear, o poder do homem
sobre o meio, uma filosofia do domínio, um instrumentalismo. O homo faber, o
inventor, fabricando modelos. Chomsky e Turing são os inspiradores diretos (teoria do
discurso)
II – A inteligência artificial
A medicina Turing –
Segundo Turing, é necessário refutar argumentos antimecanicistas. Imitation game: Um
jogo pode passar por um teste de inteligência para o computador, se a máquina chegar a
imitar o pensamento humano, então, de certo modo, ela, a máquina ganhou crédito.
A dominação do emissor
Prevalece o modelo behaviorista de um estímulo e de uma resposta. O receptor passivo,
em estado hipnótico, influenciado pela propaganda, a massa é plástica, maleável. O
esquema da linearidade vem da teoria da informação de Shannon e Weaver. Shannon
preocupava-se principalmente na transmissão e aquisição de sinais eletrônicos. O
behaviorismo esqueceu essa nuance A idéia pavloviana do clique que gera uma reação,
levando-nos a pensar que o destinatário está sempre sob o controle do emissor. A noção
de feedback complica o modelo. Laswell : quem diz o que a quem por meio de qual
canal com que efeito.. Os teóricos marxistas se preocupam sempre do controle exercido
pelo emissor sobre a população. É o representar que é convocado como suporte desse
modelo. Realidade de dois sujeitos e a realidade objetiva da mensagem.: o todo é
formalizável, matematicamente, inclusive a circularidade cibernética, enquanto o ruído
é visto como externo, perturbando a recepção.
Aqui, o emissor perde o poder: o papel dos intermediários
Mas não perde todo o poder. Aqui entra o mensageiro C, o que receptor de A e B. O
fato de o intermediário servir como agente do destinatário constitui um importante
deslocamento da problemática inicial, que concedia um peso exclusivo ao emissor.
O “two-step flow communication” (Veja tb. Lazarsfeld, Paul – Dicionário Ciro,
pg.223/224).
O two step flow – Lazarsfeld = “teoria dos dois níveis, descobriu-se o papel
desempenhado pelos líderes de opinião de grupos e comunicadades. Eles são as
verdadeiras mediações entre os meios de comunicação e os indivíduos menos
interessados. Além das técnicas persuasivas, o fator da influência pessoal. Esses fluxos
sociais locais é que determinam a aceitação dos conteúdos propagados pelos media.”
(Wilson)
Two-step flow é considerado como uma etapa, uma fissura no antigo sistema
funcionalista, informativo, representativo da sociologia americana.
I -Creatura
O mundo da organização viva e da evolução que, por sua própria natureza, são
comunicacionais. É a Creatura que interessa a Bateson.
As idéias exprimem a natureza e não a representam. Com a expressão estamos no plano
do audível. A audição instaura uma ligação com o tempo, que é da ordem da
simultaneidade e não da seqüência. Passagem da imagem clara e distinta para a a da
escuta variável.
O tempo torna-se circular. Nada de começo nem fim como a bola de bilhar. Aqui o
querer é idêntico ao poder. O homem participa do todo e se comunica com o todo. A
ordem e a conexão das idéias são as mesmas que a ordem é a conexão das coisas. Aqui
a realidade exterior ao sujeito desapareceu, porque o indivíduo é capaz de favorecer
seus bons encontros com o mundo.
1. da linha ao círculo
Monismo, circularidade, interação
O monismo. G. Bateson. Ataque ao dualismo atribuído a Platão, e entra a unidade
sagrada da biosfera. O pensamento é história. Toda comunicação necessita de um
contexto.
A circularidade. Visão ecossistêmica e cibernética Com a circularidade renuncia-se ao
modelo de entropia. A mudança ou diferença é uma mudança de nível de informação,
um reenquadramento, quer dizer, a criação de um contexto. Watzlawick: è pelo
analógico que se constitui o contexto e é por ele que se chega à criação de um novo
contexto.
A interação. A noção de circularidade leva à interação generalizada do observado e do
observador. A interação se torna sistema. Uma certa originalidade, diz Sfez, desponta
em Bateson: a interação se define por uma troca entre subsistemas, troca de informações
caracterizadas por uma diferença. A informação é uma diferença produzida pela
diferença. (Obs.: o sistema interativo dos clássicos é visto como procedimento de
descrição). A interação em Bateson é vista como processo de mudança a construir. A
circularidade é ela mesma ação.
1, Do indivíduo à orquestra
Nessa orquestra cultural não há nem maestro, nem partitura, cada um toca entrando em
acordo com o outro.
O famoso doublé bind. – A mensagem é indecidível. : Não se pode reagir a essa
mensagem, não se pode não reagir aqui. Parece pertencer ao campo da terapia familiar.
Um indivíduo pode ser considerado louco por ter ao menos insinuado que talvez haja
uma discordância entre o que ele vê e deveria ver.
A antropologia – O doublé bind tb. vincula estruturas sociais mais amplas: simetrias e
complentaridade. Complementaridade: A mais autoritário e B cada vez mais submisso.
Simétricos: Se A responde com presunção, B tb. responderá com presunção; então a
competição logo chegará a extremos.
A lógica das classes – As classes lógicas permitem regular a contradição do doublé
bind. – O indivíduo é membro de uma classe, mas a multiplicação dos indivíduos não
tem como resultado a classe. Não entendi como pode regular a contradição.
Terapia – Paciente deve se comportar como de costume, que seja espontâneo. Mas se
isso foi pedido a ele, ele deixa de se tornar espontâneo. É a determinação paradoxal.
2. Da teoria à experiência
O tempo da pesquisa-ação - A pesquisa-ação é eficiente. Seu tempo é diferente do
tempo da pesquisa clássica. O ato terapêutico é breve. Chega de se referir a causas
longínquas, e das intermináveis análises freudianas. Ele deve ser relativo ao contexto
atual. Temerário investigar causas passadas. Convém estudar diretamente a
comunicação de um indivíduo com seu meio. As causas são pouco importantes, os
efeitos, fundamentais. O sintoma é fruto da interação contextual. Pg. 83
As metáforas de will e do self – Faça você mesmo suas desgraças. Esses conceitos
pairam no horizonte como conceitos a estabelecer. ??????? Também não entendi. Como
no livro de Lipovestky em que hoje somos livres e podemos escolher nossos próprios
caminhos?
O fechamento Varela
Varela reforça o pensamento da auto-organização. Tenta construir uma eoria dos
sistemas autônomos que desenvolva e inclua a teoria de autopoise. A autopoiese não
implica a não interação, é uma noção e não uma teoria para Varela.
Na comunicação expressiva: A realidade não é objectiva, mas faz parte de mim mesmo.
O autor não se opõe à comunicação, mas quando a comunicação não quer dizer nada.
É a comunicação confusional que é perigosa, que se opõe a uma política de bom senso e
da interpretação.
A devoção para com a técnica toma ares de religião, sacraliza ídolos, idolatra imagens.
A ironia é um belo modo de expressão do bom senso. As máquinas não emitem mais
uma mensagem eletrônica imperturbável. Elas se tornaram napolitanas.
O superficial assume o papel do profundo
A profundeza que habita a fala e o programa não suporta.
Se a interpretação é parte integrante da comunicação e se, por outro lado, referimos essa
interpretação à função simbólica, à medida que ela lê e liga os signos entre si pela
mediação de símbolos interpretantes, devemos tb. reconhecer que ela se situa no lado
oposto ao da confusão tautística.