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Aprendizage
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Créditos e Copyright
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oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
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PLANO DE ENSINO
EMENTA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE I
UNIDADE II
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UNIDADE III
UNIDADE IV
UNIDADE V
UNIDADE VI
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
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Sumário
Aula: 01_Base Biológica da Psicologia.........................................................................9
Aula: 02_Processos sensoriais...................................................................................12
Aula: 03_Percepção....................................................................................................16
Aula: 04_Memória.......................................................................................................19
Aula: 05_Motivação e Aprendizagem.........................................................................22
Aula: 06_Cognição e Emoção.....................................................................................25
Aula: 07_Perspectivas sobre a aprendizagem...........................................................27
Aula: 08_Pensamento.................................................................................................31
Aula: 09_Raciocínio....................................................................................................34
Aula: 10_Psicolingüística............................................................................................38
Aula: 11_Conceito de Linguagem...............................................................................41
Aula: 12_Desenvolvimento da Linguagem.................................................................46
Aula: 13_A Linguagem e o Pensamento na Teoria de Piaget e Vygotsk...................49
Aula: 14_Dificuldades de aprendizagem da linguagem oral e da fala e as
conseqüências pedagógicas.......................................................................................53
Aula: 15_Dificuldades de aprendizagem: conceitos e critérios de definição..............57
Aula: 16_Causas das dificuldades de aprendizagem.................................................60
Aula: 17_Tipos básicos de dificuldades de aprendizagem.........................................63
Aula: 18_Sinais presentes de dificuldades de aprendizagem na criança..................66
Aula: 19_Teorias e paradigmas sobre as dificuldades de aprendizagem..................68
Aula: 20_Dificuldades de Aprendizagem e o Fracasso escolar.................................71
Aula: 21_Dificuldades de Aprendizagem para a Matemática.....................................74
Aula: 22_Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.....................................77
Aula: 23_Transtorno Não- verbal de Aprendizagem..................................................80
Aula: 24_Transtorno Invasivo do Desenvolvimento...................................................83
Aula: 25_Estrutura simbólica......................................................................................86
Aula: 26_O grafismo e sua interpretação – aspectos formais....................................88
Aula: 27_Fontes de dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita................91
Aula: 28_Tipos de dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita.......................93
Aula: 29_Família: a primeira educação......................................................................95
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Primeiro você deve ver a luz. Isto significa que a luz deve registrar-se em um
conjunto de órgãos sensoriais, os seus olhos. Os impulsos neurais de seus olhos
são transmitidos ao seu cérebro, onde o estímulo é analisado e comparado com
informações sobre eventos passados, armazenados em sua memória: você
reconhece que uma luz verde, dependendo do contexto significa, ande.
O processo de mover seus pés é iniciado pelas áreas motoras do cérebro, que
controlam os músculos de suas pernas e pés. A fim de enviar os sinais apropriados
a esses músculos, o cérebro deve saber para onde você deseja que seu corpo vá.
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mesma maneira, a nossa percepção dos eventos depende de como nossos órgãos
sensoriais detectam os estímulos e como nosso cérebro interpreta informações que
vêm dos sentidos. Muito do nosso comportamento é motivado por necessidades, tais
como: fome, sede e dor.
Diante deste quadro, colocado acima, o homem é um ser que pensa, tem
consciência e se move num contexto biológico, cultural, social e histórico. A
Psicologia tem se dedicado com grande ênfase, a fenômenos denominados
aprendizagem, dificuldades de aprendizagem, consciência, aspectos cognitivos ou
sociais. Mesmo da parte da Psicologia Experimental estes fenômenos têm sido cada
vez mais, objetos de preocupação de um grande número de pesquisadores.
Segundo Luria, 1979, a Psicologia deve se desenvolver em estreita ligação com uma
Biologia. Sem o conhecimento dos princípios biológicos gerais de adaptação não se
pode assegurar nenhuma compreensão nítida das peculiaridades do comportamento
dos animais e qualquer tentativa de interpretar as complexas formas de atividades
psíquicas do homem perderá sua base biológica. Por conta disto, é necessário que a
Psicologia leve em conta as leis básicas da Biologia, Ecologia, Etologia etc. A
Psicologia deve, ainda, conforme Lúria, desenvolver-se em estreita ligação com a
Fisiologia. Diz ele que
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Para receber qualquer informação. Esse sistema permite que tenhamos uma
representação particular da realidade e realiza a tradução das informações
coletadas no ambiente. Toda informação que recebemos acerca do mundo vem
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através dos nossos sistemas sensoriais: visão, audição, olfato, paladar e tato, além
de outros sentidos do corpo, incluindo, nestes, nossas sensações de orientação e
movimento corporal. Desta forma, nossos olhos vêem, nossos ouvidos escutam,
nossos narizes cheiram tudo ao nosso redor, nossa boca prova e esses, juntamente
com outros sentidos, nos proporcionam a maior parte do conhecimento que temos
sobre o mundo.
Reparem nos rostos, eles vão muito além de nos distinguir dos outros; eles são
como um sistema sensorial muito bem elaborado, colocado na parte superior de
nosso corpo, facilitando a nossa exploração no mundo. Sendo assim, as sensações
resultam de processos associados com órgãos como o olho e o ouvido, e
possivelmente são causadas por estímulos simples: um som agudo ou um choque
(por exemplo).
Cada propriedade sensorial deve recodificar sua energia física em impulsos neurais,
que damos o nome de transdução e é realizado pelos receptores. Tais receptores,
chamados receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de
traduzir ou converter esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão
processados e analisados em centros específicos do sistema nervoso central (SNC),
onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A estrutura e o modo
de funcionamento destes receptores nervosos especializados são diversos.
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Quando um fator age negativamente sobre a pessoa, lesando o seu sistema nervoso
ou os órgãos sensoriais, poderá ocasionar conseqüências no processo educacional.
O estado psicológico cria comportamentos conflituosos que dificultam mais ainda a
vida escolar. Sem dúvida, situações dessa natureza são difíceis de serem
interpretadas pelo professor no dia-a-dia da sala de aula.
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Aula: 03_Percepção
Discutiremos, agora, sobre a percepção que, em termos gerais, pode ser descrita
como a forma de vermos e interpretarmos o mundo à nossa volta. É o modo
segundo o qual o indivíduo constrói em si a representação e o conhecimento que
possui das coisas, pessoas e situações, ainda que, por vezes, seja induzido em erro.
Perceber ou percepcionar algo ou alguém é captá-lo através dos sentidos e fixar
essa imagem.
É fundamental, por isso, estudar e tentar perceber este processo, com vista ao
conhecimento dos principais fatores que determinam a captação de um estímulo e a
sua interpretação. O processo perceptivo inicia-se com a captação, através dos
órgãos dos sentidos, de um estímulo que, em seguida, é enviado ao cérebro. A
percepção pode então ser definida como a recepção, por parte do cérebro, da
chegada de um estímulo, ou como o processo através do qual um indivíduo
seleciona, organiza e interpreta estímulos. Este processo pode ser decomposto em
duas fases distintas: a sensação, mecanismo fisiológico através do qual os órgãos
sensoriais registram e transmitem os estímulos externos; e a interpretação que
permite organizar e dar um significado aos estímulos recebidos.
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O Reagrupamento
O Estímulo Ambíguo
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Considerações finais
Diante destas colocações, podemos afirmar que a percepção do mundo que nos
cerca é um fenômeno mental que depende dos órgãos dos sentidos. A capacidade
perceptiva (de formas, tamanhos, cores) depende do amadurecimento do sistema
nervoso e dos órgãos dos sentidos. Quando a função dos órgãos sensoriais está
prejudicada, o desenvolvimento perceptivo corre risco e a aprendizagem e a
interação à vida escolar também. Muitos casos de baixo rendimento escolar são
resultados de distúrbios sensoriais não diagnosticados.
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Aula: 04_Memória
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Memória e Aprendizagem
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Considerações finais
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos imaginar que sem a memória, nossa
vida social deixaria de existir, já que não nos lembraríamos de nossos amigos, nem
dos conhecidos e não teríamos como recordar de uma pessoa ou de suas ações.
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A motivação tem origem na palavra motivo, com o sentido de causa que está,
psicologicamente ligada às ações do homem e dos animais em geral. As ações
humanas sempre estão relacionadas aos motivos e às forças que levam à ação e
são denominadas impulso ou instinto.
São inúmeras as teorias que tentam explicar a motivação. Entre elas, destacam-se:
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Intensidade de motivação
Ensino e Aprendizagem
Tipos de motivação
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Nesta aula, vamos falar sobre as emoções e sua implicação na vida do ser humano.
De maneira generalista, a emoção pode ser definida como uma forma de
comportamento em que as respostas viscerais condicionadas têm um papel
preponderante. De forma diferente da motivação, nem sempre a emoção tem um
objetivo definido e frequentemente, ela consiste em uma reação difusa e
desorganizada a algum estímulo interno ou externo.
As emoções básicas são: prazer, tristeza, raiva e medo. Porém, todas elas têm uma
escala de variação. O desenvolvimento emocional é influenciado pela
hereditariedade e pela aprendizagem; a constituição individual é um fator
determinante na sensibilidade do sistema nervoso autônomo de cada pessoa,
no grau da resposta visceral e no padrão das reações viscerais. Outro fator
importante é a maturação, porque antes que certas respostas emocionais possam
ser desencadeadas, os órgãos do sentido devem estar maduros para poder
perceber os estímulos. Assim, também deve ocorrer com os processos cerebrais
que devem estar maduros para que possam experimentar certas variações da
emoção.
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Cognição e emoção
Desta maneira, uma avaliação cognitiva é uma análise de uma situação que resulta
em uma crença emocional e essas avaliações afetam a intensidade e a qualidade de
uma emoção. Quando as pessoas são induzidas a um estado de excitação
indiferenciada, a qualidade de sua experiência emocional é determinada pela sua
avaliação da situação. Porém, existem casos de emoções que nenhuma avaliação
cognitiva parece estar envolvida, por exemplo, experiências de medo que foram
adquiridas na infância, pelo condicionamento clássico. A este tipo de emoção damos
o nome de emoções pré-cognitivas que parecem ser mediadas por caminhos
neurais distintos no cérebro. (Atkinson, 1995).
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Aristóteles
Observamos nas aulas anteriores que o ser humano não aprende sozinho e não se
educa sozinho. Sua aprendizagem e, portanto, a sua educação, acontece em função
de um sistema fisiológico, sensorial, motivacional dentro de um contexto social, sem
com isto, poder afirmar que a aprendizagem do ser humano é exclusiva e
necessariamente produzida pela ação de terceiros, e que, portanto, outros o
educam.
Conceito de Aprendizagem
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Estilos de aprendizagem
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Epistemologia da Aprendizagem
- A definição de conhecimento.
- As fontes de conhecimento.
- Os limites do conhecimento.
Sendo assim, como ponto inicial, Dutra afirma que a epistemologia deve ser
entendida não somente como uma teoria da aprendizagem, mas também como uma
teoria da investigação, ao estabelecer a igualdade entre os três termos,
conhecimento, aprendizagem e investigação.
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Ao longo dos séculos, as idéias acima apresentadas foram combinadas para gerar
várias correntes epistemológicas; no campo do conhecimento científico, por
exemplo, as cinco correntes historicamente mais importantes são:
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Aula: 08_Pensamento
Pensamento
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Portanto, pensar inclui uma ampla faixa de atividades mentais. Nós pensamos,
quando tentamos solucionar um problema que nos foi apresentado na aula ou
pensamos, quando entramos em devaneios. Pensamos, quando decidimos o que
comprar na feira, ao planejarmos uma viagem, escrevermos uma carta etc. De todas
as formas, o pensamento pode ser entendido como uma linguagem da mente.
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A sua natureza pode ser, entre outras, analítica, verbal, simbólica ou abstrata. No
pensamento analítico o indivíduo coordena de forma lógica modelos mentais
relacionados com o objetivo de prever ou inferir um resultado. No caso de
pensamento verbal, o indivíduo vivencia o pensamento como se estivesse ouvindo
sua voz. Através da linguagem, o indivíduo traduz sentimentos e relatos em
palavras, num contexto semântico e sintáxico. No pensamento simbólico o indivíduo
analisa um modelo formal. O pensamento musical e de relação entre línguas está
incluído na categoria de pensamento simbólico. O pensamento abstrato é livre. Os
modelos mentais formados neste tipo de pensamento são desvinculados do mundo
físico e muitas vezes representam eventos imaginários, como o de imaginar um
elefante voar. Nesse tipo de pensamento a intuição substitui a lógica na avaliação da
relação entre os modelos mentais.
_______________________________________
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Aula: 09_Raciocínio
Para darmos seguimento às próximas aulas, faremos, agora, uma breve síntese
sobre os conceitos básicos em Psicologia. Podemos concluir que, os conceitos
discutidos são associados a outros conceitos, como inteligência, memória,
processos sensoriais, resolução de problemas, compreensão, pensamento e
também o raciocínio. Eles são abordados por diversas perspectivas teóricas tais
como a desenvolvimentista, a cognitivista e a diferencial (ALMEIDA, 1988).
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Funcionamento do Raciocínio
Pois bem, um pensamento sobre telefonar para seu namorado, por exemplo, leva a
uma recordação de uma conversa recente que você manteve com ele num encontro,
o que, por sua vez, leva ao pensamento sobre marcar aquela viagem.
Porém, as associações da memória não são o único meio que temos de organizar o
pensamento.
1. Raciocínio hipotético.
2. Raciocínio conjuntivo.
3. Raciocínio disjuntivo.
4. Raciocínio causal.
5. Raciocínio relativo.
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Aula: 10_Psicolingüística
Segundo Caron e Jackobson apud Garcia (2008) com uma inter-relação já bem
firmada com a psicologia cognitiva, a Psicolinguística confirma atualmente o seu
caráter interdisciplinar relativo à Neurologia e à Psicologia Clínica. Ela se dedica ao
estudo do discurso afásico, do discurso de doentes mentais, e orientando-se mais
recentemente, no campo da Lingüística, para o nível do discurso, do texto, e para
uma abordagem pragmática da linguagem, sem abandonar a interface com os
outros níveis lingüísticos de análise.
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Para expressar melhor o poder da linguagem, diz Marilena Chauí (2001, p.136),
interpretando as palavras de J. J. Rousseau: “A palavra distingue os homens e os
animais; a linguagem distingue as nações entre si. Não se sabe de onde é um
homem antes que ele tenha falado”.
Devido a essa importância ímpar que a linguagem exerce sobre a vida e as relações
humanas, surgiram a lingüística e, posteriormente, a psicolingüística. Apesar de ser
uma ciência ainda jovem, já dispõe de um apanhado de idéias que nos ajudam a
compreender melhor como a criança adquire e posteriormente desenvolve sua
linguagem materna.
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Por sua vez, em resposta ao que foi compreendido, você tem que utilizar sua
capacidade de construir enunciados, em que estão envolvidos todos esses
aspectos: fonético, fonológicos, morfológicos, lexicais, sintáticos e semânticos, para
coerentemente produzir também um sinal acústico verbal que permita toda essa
decodificação, tornando-a compreensível para o seu interlocutor.
Vejamos: no momento em que você está lendo este texto, por exemplo, você está
tendo que transformar os sinais visuais constituídos de letras que compõem as
palavras e as frases e o próprio texto, de maneira a também compreender o que,
nesse exato momento, estamos produzindo em forma de escrita. Neste momento
você está transformando a informação visual em informação lingüística relevante
para reconhecer as estruturas sintáticas e o conteúdo semântico do texto. Em
ambos os processos, seja via oralidade, seja via escrita, o que se está colocando em
funcionamento são as habilidades cognitivas relacionadas à linguagem.
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Conceito de Linguagem
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Língua e Linguagem
Língua
Num primeiro momento, a qualidade natural da língua nos leva a pensar que o uso
da linguagem não requer compreensão e explicação especiais. Porém, quando nos
deparamos com as pessoas que apresentam dificuldades nas habilidades da
linguagem falada, escrita ou lida, entendemos que este universo da linguagem é um
sistema lingüístico muito complexo.
Linguagem
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Níveis de Linguagem
Fonema – é uma categoria de sons da fala; cada língua tem seu próprio conjunto de
fonemas e regras para sua combinação em palavras.
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Quando o homem utiliza a palavra, ou seja, linguagem oral ou escrita, dizemos que
ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a palavra. Tal
código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando
escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso
cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas
idéias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verbal
imprescindível em nossas vidas.
Linguagem Não-Verbal
A linguagem não verbal se ocupa de tudo o que não utiliza signos, mas sim,
símbolos. Temos então a linguagem gestual, a linguagem simbólica e as expressões
faciais. Segundo os estudiosos, a linguagem não-verbal representa 80% de nossa
comunicação e pode ser expressa mediante gestos espontâneos, olhar, expressão
facial, expressão corporal, sons, sinais, cores etc.
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Nas aulas anteriores, na nossa discussão sobre a linguagem muitos dos alunos
devem ter pensado na complexidade que é a aquisição da linguagem pela criança.
Porque elas devem dominar todos os níveis de linguagem e não apenas os sons da
fala em si mesmos. Como esses sons são combinados em milhares de palavras e
como essas podem ser combinadas em sentenças para expressarem pensamentos.
Desta forma, através da linguagem a criança tem acesso, antes mesmo de aprender
a falar, a valores, crenças e regras, adquirindo os conhecimentos de sua cultura. À
medida que a criança se desenvolve, seu sistema sensorial - incluindo a visão e
audição - se torna mais refinado e ela alcança um nível lingüístico e cognitivo mais
elevado, enquanto seu campo de socialização se estende, principalmente quando
ela entra para a escola e tem maior oportunidade de interagir com outras crianças.
De acordo com Garton apud Borges e Salomão (2003), quanto mais cedo a criança
se envolve nas relações sociais, mais benefícios obterá a curto ou longo prazo,
tendo em vista as experiências e aprendizagens que resultam de tais interações.
Pois bem, agora que temos uma idéia sobre o que as crianças adquirem no
processo da linguagem, podemos perguntar: Como elas adquirem tudo isso? Até
hoje, ainda não se tem uma explicação suficientemente clara sobre a aquisição da
linguagem, mas duas teorias explicam (cada uma negando a outra) a iniciação da
linguagem infantil: o empirismo e o nativismo.
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Empirismo
Nativismo
Valoriza o poder inventivo da criança (imaginação). Assim, muito do que ela diz será
produto de uma atividade criadora, absolutamente espontânea. Sendo assim, os
fatores inatos demonstram sua influência ao destacar que as crianças aprendem a
falar no seu ambiente nativo. Os animais não aprendem. Portanto, a linguagem é um
produto do homem, ele veio programado para falar.
Segundo a visão dos estudos inatistas formuladas pelo lingüista norte americano
Noam Chomsky, a linguagem é uma herança biológica do ser humano, capaz de
adquiri-la e desenvolvê-la através das suas competências e habilidades inatas.
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social e cultural no qual é usada, com uma determinada intenção e de acordo com
certas normas e convenções.
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Para uma criança de até 7 a 8 anos o pensamento é puramente verbal, ou seja, ela
possui apenas compreensão verbal. O pensamento seria apenas a observação
imediata, compreendendo através da percepção.
Todas as conversas das crianças podem ser divididas em dois grupos: a linguagem
egocêntrica e a linguagem socializada. Na linguagem egocêntrica, a criança fala
apenas de si, ela não tenta se colocar do ponto de vista do interlocutor; e na
linguagem socializada a criança tem uma maior interação com o meio, ela pede,
ordena, ameaça, comunica, critica, pergunta. Vale ressaltar que nessas duas
linguagens o pensamento egocêntrico se manifesta e a criança pensa e fala de
modo egocêntrico, até mesmo quando está em sociedade.
Seus pensamentos são expressos em palavras, mas ela também tem inúmeros
outros pensamentos egocêntricos que não são externados. Ela não consegue
externá-los porque lhe faltam meios. A linguagem das crianças é expressa a partir
de brincadeiras, da mímica, e dos gestos. Só entre 7 a 8 anos surge a necessidade
do trabalho coletivo. A linguagem infantil se expressa então nestas duas variedades:
nos gestos e mímicas; e nas palavras. Compreendemos assim que a historia do
pensamento infantil, é de uma socialização gradual. É neste ponto que Vygotsky faz
uma crítica à abordagem piagetiana que vai do individual para social. A linguagem é
separada em uma concepção dicotômica: a linguagem interior é vista como função
da psicologia e a linguagem externa como função fisiológica.
Pensamento Verbal
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Referências bibliográficas:
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O foco central desta aula é discutirmos sobre quais os principais fatores que
determinam ou que interferem no processo de desenvolvimento da linguagem oral e
da fala na criança.
Conceito
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Ecolalia – Repetição, tal qual papagaio, do que as pessoas dizem, com eliminação
de qualquer evidência de entendimento do que foi mencionado e com perda da fala
espontânea.
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Adição - Quando sons são acrescentados a um vocábulo (ex.: /parato/ para prato)³.
Conseqüências pedagógicas
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É importante que pais e educadores saibam identificar esses desvios para fazer o
encaminhamento a um fonoaudiólogo, psicólogos, psicopedagogos e demais
profissionais que possam vir a se envolver no tratamento. A colaboração da família e
da escola é muito importante no processo de reabilitação, principalmente na etapa
final do treino articulatório em que a criança está automatizando o som adquirido e
começando a empregá-lo no dia-a-dia.
_____________________________________________________________
¹Revista on-line: http://www.lifeplus.com.br/portal/0004/material.asp
HAASE, VG.: http;//inpsi-reha.blogspot.com/2006/09/transtornos-do-
desenvolvimento.html
http://www.neurologia.ufsc.br/artigos/disfasias/considerações.html
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Esse rótulo, segundo o autor, ocasionou, durante anos, que tais crianças fossem
ignoradas, mal diagnosticadas ou maltratadas e as dificuldades que demonstravam
receberam várias designações, tais como: “hiperatividade”, “síndrome hipercinética”,
“síndrome da criança hiperativa”, “lesão cerebral mínima”, disfunção cerebral
mínima”, “dificuldade de aprendizagem” ou “disfunção na aprendizagem.”
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Também no texto de Juliana Nutti, ela cita Moojen (1999) que afirma, ao lado do
pequeno grupo de crianças que apresenta Transtornos de Aprendizagem decorrente
de imaturidade do desenvolvimento e/ou disfunção psiconeurológica, existir um
grupo muito maior de crianças que apresenta baixo rendimento escolar em
decorrência de fatores isolados ou em interação.
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Por outro lado, segundo Juliana Nutti, quando a criança ingressa na escola, muitos
destes distúrbios podem ser identificados e, encaminhados aos profissionais
especializados para o devido tratamento.
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Nessa área, a criança pode desenvolver desde uma simples febre sem uma causa
fisiológica aparente até sérios distúrbios de alimentação, de comportamento social e
graves dificuldades de aprendizagem, levando-a a um comprometimento grave das
funções cognitivas (aprendizagem geral e escolar).
A seguir, tomando como referência o livro de Corinne Smith e Lisa Strick (2006)
listaremos as causas específicas dos problemas de aprendizagem.
Lesão cerebral – Durante muito tempo as lesões cerebrais foram o foco de atenção
para as causas das dificuldades de aprendizagem, sendo mais tarde, consideradas
apenas uma das causas uma vez que as crianças que apresentam problemas de
aprendizagem não tem uma história de lesão cerebral. Mesmo quando elas
apresentam, não é certo que estas sejam a origem de suas dificuldades escolares.
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Considerações finais
Não se deve tratar o não-aprender como um problema que nunca poderá ser
resolvido; antes disso, deve-se encarar como um desafio que faz parte do próprio
processo de aprendizagem. Observamos que, muitas vezes, a família só é
mobilizada a procurar ajuda especializada para suas crianças, quando fica evidente
o problema. Portanto, as dificuldades de aprendizagem continuam a ser alvo de uma
grande quantidade de alunos com problemas escolares. O apoio que estes
necessitam, ainda hoje, é praticamente inexistente e muitas vezes são geradores de
graves prejuízos, favorecendo cada vez mais a evasão escolar e consequentemente
a marginalização social.
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Vimos até aqui, que o processo de ensino e aprendizagem implica em várias áreas
do conhecimento humano. A educação é um fenômeno muito complexo para ser
vislumbrada somente pela pedagogia, ou pela psicologia, ou medicina. Dessa forma,
é preciso reconhecer que a dificuldade de aprendizagem tem origem, causa e
desenvolvimento múltiplos, o que exige do profissional pesquisa em áreas distintas
do conhecimento. Faz-se necessário um trabalho que considere todas as dimensões
implicadas, dentre as quais a psicologia se faz presente.
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• Psicoterapia cognitivo-comportamental;
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Porém, embora não se tenha um consenso único quanto à sua definição, os autores
parecem concordar que as dificuldades de aprendizagem interferem no domínio de
habilidades escolares básicas, mas que elas apenas podem ser identificadas
quando a criança começa a ter problemas na escola.
É normal que uma criança enfrente problemas em habilidades, como leitura, escrita,
ortografia e aritmética no primeiro ano escolar, mas após esse período, ela deve
atingir um nível básico de competência. Se a criança continua a encontrar
dificuldades depois deste período, ela pode estar com alguma dúvida específica de
aprendizagem. Cabe ao educador estar sempre atento a alguns fatos que podem
caracterizar a presença de uma dificuldade de aprendizagem, pois quanto mais cedo
tal dificuldade for verificada mais fácil e útil será o trabalho de intervenção (SMITH E
STRICK, 2006).
- Leitura lenta e hesitante, com erros elementares ao ler – a criança pode formar a
história baseada nas ilustrações para dissimular dificuldades, ou pode tentar
adivinhar as palavras, de forma desordenada.
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O motivo pelo qual tantos especialistas se preocupam com o assunto, talvez se deva
ao fato de que o sucesso do indivíduo na sociedade está inteiramente ligado à sua
capacidade para aprender. Desta maneira, quando uma criança apresenta
problemas para aprender, elas podem ser estigmatizadas pelo fato, muitas vezes, de
não conseguirem um bom desempenho social, familiar ou profissional no futuro.
Sendo assim, como nos coloca a distinção tênue entre os processos neurológicos e
psicológicos, exigem um diagnóstico que seja preciso em informar sobre o padrão
normal da aprendizagem ou alteração nesse padrão, o que leva a criança a receber,
internalizar e relacionar o conteúdo a ser aprendido, com um estilo próprio e
independente do programa de ensino onde esteja inserida. O processo diagnóstico
em si, por sua vez, também deve ser melhor preparado, eliminando-se provas,
unificando procedimentos que sejam capazes de, no menor espaço de tempo
possível, categorizar crianças com e sem alterações.
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Abordagem Behaviorista
Abordagem cognitivista
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Abordagem humanista
Considerações finais
Ultimamente e pela crescente importância que tem sido atribuída ao modelo social
de conceituar as deficiências e as incapacidades, o foco tem se deslocado da
subjetividade para a objetividade, conferindo-se maior importância aos fatores
decorrentes das condições sócio-econômicas, culturais e pedagógicas que
envolvem o aprendiz e que são externos aos sujeitos.
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Nesta aula, propomos discutir o fracasso escolar, um tema polêmico e amplo dentro
do universo educacional e que, portanto, merece ser discutido. Em geral, da mesma
maneira que a escola quer atender a um aluno ideal (que não existe) ela tem
grandes dificuldades para lidar tanto com o aluno que está abaixo, como com o que
está acima da média. Na família percebemos sentimentos semelhantes, pois os
pais, antes mesmo da criança nascer, têm expectativas com relação a esse ser e
dentro dessas expectativas, espera-se que seja “normal, inteligente e produtiva”.
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Durante as aulas, pudemos perceber que a escola tem muito ainda o que fazer para
ajudar seus alunos. Ouvir o que as instituições escolares e familiares envolvidos no
contexto escolar têm a dizer com relação ao processo de escolarização é
fundamental para que se compreendam os elementos implicados na produção do
fracasso educacional.
Enfatizamos que a escola deve ser a segunda casa do indivíduo, um lugar onde ele
possa se sentir bem e entre amigos, contar com a professora sempre que precisar
ou sempre que tiver um problema familiar.
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Planos de prevenção nas escolas, com toda a equipe escolar, principalmente com
professores e trabalhar para que o professor possa ensinar com prazer para que o
aluno também possa aprender com prazer, são atitudes básicas com que as escolas
deveriam se preocupar.
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Retornando ao tema de nossa aula, de forma geral, a Matemática pode ser definida
como a ciência do raciocínio lógico. Para tanto, segundo Teixeira, (2008) a
matemática se desenvolve também como linguagem, constituindo-se como um meio
de comunicação e uma ferramenta para descrever, analisar problemas, intervir nas
suas soluções e aprender as regras sintáticas. Essa nova “língua” é um dos grandes
desafios a serem enfrentados para aprender matemática. A relação entre linguagem
natural e matemática é essencial, mas exige um longo aprendizado de
diferenciação, pois a tradução de uma para a outra não se faz diretamente, mas de
forma homomorfa, ou seja, não há uma correspondência biunívoca entre elas. Além
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do que, os códigos matemáticos por serem sintéticos, exigem uma interpretação que
lhes é própria e esta aprendizagem é lenta e complexa.
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DISCALCULIA
Acalculia
A acalculia se difere da discalculia porque ela ocorre quando o indivíduo sofre uma
lesão cerebral e perde as habilidades matemáticas já adquiridas. Essa perda se dá
em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.
Conseqüências pedagógicas
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Desde pequeno, já é inquieto. Nos lugares, vive correndo o tempo todo, sem que
nada o detenha, nem sequer o perigo. Tira brinquedos de seu lugar, esparrama
todos eles pelo chão e, quase sem usá-los, pega outros e outros, sem deter-se em
nenhum. Interrompe os adultos e as outras crianças, respondendo impulsivamente e
de forma exagerada àqueles que o perturbam. Seus colegas de escola o evitam,
mesmo assim ele sempre termina chamando-os para pedir-lhes ajuda nas lições que
não consegue copiar a tempo...
Quem já não ouviu histórias assim em algum momento de suas vidas pessoais ou
profissionais? Pois bem, estamos falando de uma criança que provavelmente
apresenta Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e nesta aula vamos
tratar sobre ela.
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Conceito
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aula; fala muito, se mexe muito e tem dificuldade em realizar qualquer tarefa de
maneira quieta e recatada.
Origem do transtorno
Intervenção
O tratamento deve combinar três aspectos que podem ser efetivos em longo prazo:
a adequação das opções educativas; psicoterapia e tratamento farmacológico.
___________________________________________
¹http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/tdah.html
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Então, para relembrarmos, a linguagem não-verbal ocupa-se de tudo que não utiliza
signos, mas sim, símbolos: a linguagem gestual, a linguagem simbólica e as
expressões faciais. Nesta aula, vamos discutir o transtorno não-verbal de
aprendizagem (TNVA), transtorno específico de aprendizagem e conceituado como
uma das síndromes neuropsicológicas do desenvolvimento menos conhecidas. A
denominação TNVA e sua caracterização sindrômica são derivadas dos estudos do
neuropsicólogo Byron Rourke da Universidade de Windsor, Canadá¹.
Dificuldades de aprendizagem
Na maioria das vezes não existe queixa de dificuldades com a alfabetização inicial.
As dificuldades de leitura que se refere são quase sempre dificuldades de
interpretação de textos. As crianças com TNVA são descritas como desajeitadas ou
descoordenadas. Apresentam dificuldades para aprender a andar de bicicleta, para
amarrar os cadarços dos sapatos e com atividades esportivas.
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Comportamento
As crianças com TNVA são descritas como tímidas, ingênuas e sem malícia.
Apresentam dificuldades para compreender os aspectos implícitos na interação
social e na linguagem, principalmente a linguagem metafórica, a ironia e
o sarcasmo. Em alguns casos existe sobreposição com o espectro autista
(alterações qualitativas na socialização – estranheza, socialização intrusiva).
Implicações educacionais
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_________________________________________________
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Categoria
Características
Autismo (clássico)
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Síndrome de Rett
Causa: biológica.
Com o tempo o ambiente (pais, irmãos etc.) estimula menos, socialmente, a criança.
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• Decidir qual a melhor estratégia (escola regular com facilitador, escola especial ou
atendimento individual)
• Utilizar sempre a via visual em conjunto com a verbal para passar informação
____
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Então, o homem é livre, ou seja, não está sujeito ao determinismo natural. Isto
porque pode, graças aos conceitos (dimensão do significado do signo), representar
mentalmente a realidade circundante. Esse poder de representar conceitualmente a
realidade conferiu ao homem possibilidade de planejar antecipadamente as suas
ações, de recordar do passado e de antecipar o futuro.
Ao poder transmitir aos outros, informações precisas sobre os seus estados mentais,
o homem, progressivamente, desenvolveu uma vontade autônoma, libertando-se
dos instintos, ao mesmo tempo em que a vida social se tornava mais complexa e
diversificada.
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Signos e símbolos
Um sinal é um fato físico vinculado a outro fato físico por um nexo natural ou
convencional. Por exemplo, o relâmpago que anuncia a tempestade; a campainha
que anuncia a comida etc.
____
1
MONTEIRO, M. Leitura e escrita: uma análise dos problemas de aprendizagem. 2
ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
2
SILVA, M. Acesso em 3 de abril de 2008 In: http://www.acacio.kit.net/le05.htm
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Nesta aula vamos discutir a linguagem escrita e sua relevância para a compreensão
das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita. Falar da linguagem em seu
processo de aquisição escolar e compreender os desafios postos pelos obstáculos,
para que essa aquisição ocorra como tarefa a ser superada pelo psicopedagogo,
pressupõe conceitos anteriores à questão. Pressupõe certeza da relevância de
trazer a lingüística para a arena porque o processo ensinoaprendizagem,
independente da área do conhecimento, tem a linguagem como mediação, já que
tanto o processo de apropriação quanto o de construção de conceitos se fazem com
e na linguagem.
Significado de Grafismo¹
Freinet também destacou as fases percorridas pelas crianças até chegarem à escrita
convencional, ou seja: a do grafismo simples, não diferenciado; a dos rabiscos ao
desenho e à imitação dos sinais gráficos; a da diferenciação entre desenho e escrita;
a da lenta diferenciação da escrita, dos sinais e da disposição sintética do texto. A
escrita, então, vai assumindo seu valor pela função de intérprete que exprime algo;
novas e progressivas diferenciações ocorrem no conjunto gráfico; as linhas vão se
tornando regulares. O grafismo não se mostra apenas intuitivo; surge, então, a
relação entre grafismo das palavras e a palavra oral. (NICOLAU, 1997).
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Escrita
A escrita para alguns estudiosos pode ser considerada uma “tecnologia” (portanto
histórica e aprendida) aplicada à linguagem oral, sendo essa última natural na sua
possibilidade biológica e social na sua construção como sistema simbólico. Se for
uma “tecnologia”, a escrita precisa ser conhecida e dominada pelo sujeito para
ocasionar algum ato social efetivo.
Leitura
Na escrita ocorre o processo inverso. Cada som é transposto para cada letra ou
letras correspondentes, acrescidas da programação e da execução dos movimentos
necessários para que sejam grafadas na mesma seqüência em que aparecem nos
vocábulos.
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____
1
NICOLAU, M.L.M. Acesso em 3 de abril de 2008, In:< http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S0102-25551997000100014&script=sci_arttext&tlng=>
2
DAUZAT, Albert. Le noms de lieux. Paris: Payot, 1971.
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auditiva. Esta, por sua vez, compromete a habilidade de juntar e separar sons,
prejudicando a análise e a síntese auditivas. Mesmo que a criança já tenha
desenvolvido as estruturas do sistema nervoso central, torna muito difícil a
transposição correta e automática dos sons da fala para as letras correspondentes,
no ato de escrever, e das letras para os sons correspondentes, no ato de ler. Muito
antes de o problema surgir, no período de alfabetização, quando cada uma dessas
funções é significativamente mais exigida, há vários sinais e sintomas com base nos
quais é possível detectá-lo. Um deles é o atraso do surgimento da fala, ou “fala
distorcida”, com trocas e omissões sistemáticas dos sons.
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Dislexia é a palavra utilizada para definir um tipo de distúrbio de leitura e escrita que
ocorre em crianças consideradas "normais". É caracterizada, na escrita, pelas trocas
e omissões de letras, que são mal distribuídas no espaço, de tamanho irregular e
que pioram com o decorrer da atividade gráfica.
6. Disortografia
Caracteriza-se pelo conjunto de erros da escrita que afetam a palavra, mas não o
seu traçado ou grafia. (GARCIA 1989), ou seja, na disortografia vamos encontrar
erros apenas na escrita, sem que se repitam na leitura.
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Então, num primeiro momento de sua existência, este lugar seguro que será
responsável pela sua sobrevivência física e psíquica, constitui-se no primeiro grupo
de mediação entre este sujeito e a sociedade. É na família que ocorrem os primeiros
aprendizados e costumes da cultura configurando-se como o núcleo mais importante
do ponto de vista do indivíduo e da cultura.
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____
1
Acesso em 3 de abril de 2008: <www.ibge.gov.br>
2
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/gt_andis/004.htm
3
NADER, G. Walt Disney: um século de sonho. São Paulo: Editora Senac, 2003.
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Nesta aula, em continuidade com as duas anteriores, iremos abordar um tema que
preocupa a todos, mas especialmente, aos pais: as dificuldades de aprendizagem.
Esta preocupação não é infundada porque os pais sabem a importância da
aprendizagem em relação às expectativas de vida dos filhos numa sociedade em
constante evolução tecnológica.
Sabemos ser de grande importância que as famílias saibam reconhecer e lidar com
a criança que apresenta problemas de aprendizagem, pois estas dificuldades podem
afetar a vida social e emocional da mesma. Muitas vezes, os pais não sabem ou não
identificam comportamentos-problema, como por exemplo: dificuldade para
completar tarefas, incapacidade na alfabetização, problemas de socialização etc.
Como resultado, vemos que algumas crianças, por apresentarem estes
comportamentos serão punidas em casa e na escola. (SMITH E STRICK, 2006).
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mais difícil que o normal. Entretanto, algumas dificuldades, talvez a maioria delas,
são resultantes de problemas educacionais ou ambientais que não estão
relacionados às habilidades cognitivas da criança.
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De acordo com Perrenoud (2000) a família e a escola, atuando juntas são influência
direta sobre o comportamento do aluno, ampliando, assim, os benefícios dos
recursos cognitivos, emocionais e sociais da criança, procurando estabelecer
condições facilitadoras para o desenvolvimento escolar.
Trabalhos científicos mostram que, grande parte dos sentimentos das crianças sobre
si mesmas e sobre outras pessoas é formada muito antes de ingressarem na escola,
onde na medida em que elas vão crescendo, as atitudes e as expectativas dos pais
e de outros membros da família, somados as pessoas de fora deste núcleo,
continuam tendo forte impacto sobre a criança.
Vamos mais além, é importante que os pais se conscientizem que seu papel é
imprescindível na formação da criança para que ela possa desenvolver aptidões
para a vida e a aprendizagem, uma vez que é na família que se concretiza, no
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Autores como Coll et al, Bock et al e Erikson parecem concordar que a escola é uma
instituição onde se concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de
uma permanente ação formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global
da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade devendo
contribuir para o pleno desenvolvimento da personalidade, da formação do caráter e
cidadania do educando, bem como, para o desenvolvimento da competência
comunicativa.
A escola deve promover um trabalho educativo junto aos pais de alunos, dando a
eles condições para serem melhores pais e contribuindo para seu pleno
desenvolvimento. Para desenvolver este trabalho é importante que a escola perceba
as necessidades dos grupos de pais, e a partir disso, trabalhe as situações trazidas,
crie condições de discussão e sensibilize os grupos para procurar informações e
esclarecimentos sobre seus papéis na família.
Segundo Smith e Strick (2006) embora os pais e a escola tenham participação ativa
e compromissada na formação e no desempenho escolar dos filhos, pesquisas
recentes pontuam que aprender através dos livros, em geral, tem menos a ver com
as conquistas escolares do que os atributos pessoais, como: otimismo, ambição,
adaptabilidade e persistência diante das dificuldades. Esta colocação das autoras
afirma que o trabalho escolar e a colaboração da família são importantes para o
desenvolvimento escolar.
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A vida escolar deve estar articulada com a vida social e familiar da criança e a
família não pode apenas ficar com a formação moral e religiosa de seus filhos
devendo ambas trabalhar em parceria e de forma colaborativa assumindo um
compromisso com a criança e adolescentes.
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processo é composto por um corpo com funções biológicas, por uma psique, com
disposições cognitivas e afetivas e está inserido num meio sociocultural e familiar,
considerando-se, desta maneira, um ser biopsicossocial.
Mudar concepções, quebrar paradigmas, assumir papéis dentro dos novos princípios
da educação, ter postura ética e moral são algumas das questões apresentadas aqui
para possibilitar sua reflexão. Estou certo de que este caminho será significativo
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