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Os Sete Passos para a

Eficiência Energética
Ênfase em Sistemas Elétricos

MÓDULO 3
ENTENDA SEUS CUSTOS COM
ENERGIA

2001
DIRETORIA EXECUTIVA
Efetivos
Presidente Sistema FIEMG:
Stefan Bogdan Salej
Vice-Presidentes:
Benjamin Steinbruch, Cyro Cunha Melo, Emir Cadar, Guilherme Emrich, Luiz Adelar Scheuer,
Luiz Alberto Garcia, Luiz de Paula Ferreira, Murilo Araujo, Osmani Teixeira de Abreu, Paulo
Sérgio Ferreira, Petronio Machado Zica, Rinaldo Campos Soares, Robson Braga de Andrade,
Romeu Scarioli, Santiago Ballesteros Filho
Vice-Presidentes Regionais:
Alberto César de Mello (Regional Sul), Antônio Valério Cabral de Menezes (Regional Pontal do
Triângulo), Ariovaldo de Melo Filho (Regional Norte), Carlos Alves de Araújo (Regional Centro-
Oeste), Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis (Regional Vale do Paranaíba), José Maria
Barra (Regional Vale do Rio Grande), Lisandro de Queiroz Bicalho (Regional Alto Paranaíba),
Luiz Alberto Jardim (Regional Rio Doce), Luiz Campelo Filho (Regional Vale do Aço), Luiz Geraldo
Soranço (Regional Zona da Mata), Romeu Scarioli (Regional Metropolitana).
1º Diretor-Secretário:
Olavo Machado Júnior
2º Diretor-Secretário:
Anderson Lemos Birman
3º Diretor-Secretário:
Luiz Carlos Dias Oliveira
1º Diretor-Tesoureiro:
Edson Gonçalves de Sales
2º Diretor-Tesoureiro:
Cláudio Arnaldo Lambertucci
3º Diretor-Tesoureiro:
Raymundo de Almeida Vianna
Suplentes
David Travesso Neto, Edson Batista de Assis, Guilherme Moreira Teixeira, Lázaro Batista de
Andrade, Lourival Gonçalves Caldeira, Luiz André Rico Vicente, Luiz Custódio Cotta Martins,
Magda Regina Zambelli Regatos, Marconi da Silva Santos, Paulo César de Castro, Paulo César
Rodrigues da Costa, Petrônio José Pieri, Renato Travassos Martins da Silva, Roberto Lago Clark,
Roland Von Urban, Rozani Maria Rocha de Azevedo, Sílvio Diniz Ferreira, Tarcísio Cardoso de
Sousa, Teodomiro Diniz Camargos, Wilson José Rios.
Diretores
Arnaldo de Andrade Guerra, Aurélio Marangon Sobrinho, Britaldo Silveira Soares, Celso Costa
Moreira, Edgard Danilo Alves da Silva, Elias Árabe Filho, Giancarlo André Rossetti, Heraida
Maria Caixeta Borges, Jolmar de Oliveira Martins, José Augusto Bahia Figueiredo, José Narciso
Leite, José Perrella de Oliveira Costa, José Roberto Schincariol, Milson Sebastião de Souza
Mundim, Murilo de Sá Albernaz, Odorico Pereira de Araújo, Pedro José Lacerda do Nascimento,
Ronan Eustáquio da Silva.
Conselho Fiscal
Efetivos
Edwaldo Almada de Abreu, Geraldo Jair Lebourg, Marcos Antônio Gonçalves Salomão
Suplentes
Leonídio Pontes Fonseca, Marco Antônio Torres, Sérgio Augusto Pícoli
DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES DA CNI
Efetivos
Stefan Bogdan Salej, José Alencar Gomes da Silva
Suplentes
Robson Braga de Andrade, Santiago Ballesteros Filho
Os Sete Passos para a
Eficiência Energética
Ênfase em Sistemas Elétricos

MÓDULO 3
ENTENDA SEUS CUSTOS COM
ENERGIA

2001
Diretor Regional do SENAI e Coordenador de Educação e Tecnologia do Sistema FIEMG
Victor Motta
Gerente Geral de Operações
Alexandre Magno Leão dos Santos
Gerente de Tecnologia Industrial/Núcleo de Educação a Distância
Carlos Roberto Rocha Cavalcante
Elaboração do Trabalho
Cristiano Ribeiro Ferreira Jácome
Luiz Augusto Nogueira Silva
Ronaldo José de Oliveira
Produção
Rodrigo Tito Moura Valadares

SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais.


S474 Os Sete passos para a eficiência energética: ênfase em
Sistemas Elétrico. Belo Horizonte, 2001.
16p. : il.

Conteúdo: Módulo 1. Apresentação Módulo 2.


Conceitos básicos de energia Módulo 3. Entenda seus
custos com energia Módulo 4. Análise de histórico e de
“benchmark” Módulo 5. Perfil de demanda Módulo 6.
Inventário de carga Módulo 7. Um método para
identificar oportunidades de economia de energia
Módulo 8. Oportunidades específicas de economia de
energia Módulo 9. Uma lista de verificação de
oportunidades

1. Energia Elétrica 2. Máquinas e Equipamentos


Elétricos 3. Controle da Eletricidade I. Título II. Título
dos Módulos.
CDU: 621.31

Todos os direitos reservados ao SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento


Regional de Minas Gerais. É proibida a reprodução ou duplicação deste volume, ou parte do mesmo,
sob quaisquer meios, sem autorização expressa do SENAI.
SUMÁRIO

Medição de Eletricidade ........................................................ 7


Demanda Padrão versus Instantânea .............................. 7
A Conta de Energia ............................................................. 10
Entendendo como você é cobrado .................................. 11
Taxas ............................................................................... 15
Índices de Utilização de Energia .................................... 17
Cálculo do Custo Mensal de Eletricidade ....................... 25
Custos Adicionais de Eletricidade .................................. 26
Fonte de Energia Térmica ................................................... 27
Conteúdo de Energia Térmica dos Combustíveis .......... 29
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Conteúdo:

Á Medição de energia, taxas e tarifas, cálculo de contas de


eletricidade.
Á Tipos de combustível, conteúdos e custos de energia.

Objetivos:

Á Descrever como as empresas de utilidade pública de


eletricidade medem e cobram a eletricidade de seus
clientes.
Á Calcular os custos adicionais dos vários tipos de energia
adquirida.

Exercícios
Ao final do estudo deste módulo, faça os exercícios disponibilizados
em sua Sala de Aula virtual para verificar os conhecimentos
adquiridos.
Dúvidas
Utilize a ferramenta Fórum presente em sua Sala de Aula virtual
para tirar suas dúvidas com seus colegas e seu Tutor.

6
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

MEDIÇÃO DE ELETRICIDADE

O próximo passo no desenvolvimento de uma estratégia


de gerenciamento de energia é entender como a eletricidade
usada em suas instalações é medida. Existe um certo número
de tecnologias de medição em uso, que se diferenciam de várias
maneiras, incluindo o que se segue:

Á Se a demanda é medida ou não


Á Qual taxa de demanda (kW ou kVA) é medida
Á Como a informação é medida, armazenada e mostrada
– ciclométrico (mostradores) ou eletrônica (mostrador
digital)

O termo demanda geralmente se refere ao valor padrão de


potência medido durante um dado tempo de intervalo. Demanda
máxima é o maior valor de demanda registrado durante um
dado período.

Consumo (kWh) é produto de potência durante um tempo,


a soma de todas as medidas espontâneas de potência durante
um período (ou seja, quanta eletricidade foi usada).

Estas duas quantidades – demanda máxima e consumo –


são medidas por seu medidor elétrico e são usadas para
determinar o valor de sua conta mensal de eletricidade.

Demanda Padrão versus Instantânea


Quando uma carga é aplicada ao medidor de demanda de
uma empresa, a leitura de demanda não acompanha a carga
instantaneamente. A leitura de demanda sobe lentamente até

7
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

alcançar 100% da carga total aplicada depois de um certo tempo


de intervalo – geralmente trinta minutos, como ilustrado no
gráfico que segue.

Figura 3.1
Resposta de Tempo em Medidor de Demanda em Empresa

Isto resulta em uma uniformização da resposta do medidor às


cargas aplicadas com o tempo, assim como a diferença de
tempo entre quando uma carga é acionada e quando esta
registra totalmente no medidor, como é mostrado no gráfico
que se segue:

Consumo (kwh)
Demanda (kw) = ________________
Tempo(H)

8
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Figura 3.2
Demanda Instantânea versus Padrão

A linha cheia representa a resposta do medidor de demanda


enquanto que a linha pontilhada representa a carga real aplicada
no período de tempo. As implicações desta diferença de
resposta são:

Á Cargas altas de duração curta (por exemplo, correntes


para acionar grandes motores) não serão completamente
registradas no medidor.
Á Inversamente, quando uma grande carga é interrompida
depois de estar operando por no mínimo trinta minutos,
a demanda medida não cai imediatamente.

Considere estes pontos quando pensar em oportunidades


para redução de demanda.

9
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

A CONTA DE ENERGIA

O próximo passo, depois de entender como a eletricidade


é medida, é aplicar as taxas de cobrança aos valores medidos
para determinar seus custos mensais. Esta seção explica as
tarifas ou estruturas e cálculos que são necessários para a
conversão de valores medidos em custos.

A conta de eletricidade de cada empresa é única, mas a


informação fornecida na conta na maioria dos casos inclui pelo
menos os seguintes itens:

1) Quilowatt Hora Consumido (kWh)- esta é a energia


consumida desde a última leitura do medidor e pode
incluir valores para períodos de pico e fora de ponta.

2) A definição de períodos de ponta e fora de ponta é


fornecida pela concessionária na conta ou na tarifa
publicada. Tipicamente os períodos de pico podem ser:
18:00 até 21:00 e períodos fora de ponta: 21:00 até
18:00. Geralmente os feriados são incluídos nos períodos
fora de ponta.

3) Cobrança de Demanda (kW e/ou kVA) – Esta é a


demanda máxima experimentada durante o período de
cobrança. Um ou os dois valores podem ser medidos e
listados. Se ambos são fornecidos, o fator potência está
no momento de demanda máxima. Também, o valor da
demanda máxima para ambos os períodos de ponta e
fora de ponta podem ser listados.

Á Fator de potência é o índice que indica a relação entre a


energia ativa e a energia total solicitada pelo consumidor

10
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

(aparente).

4) Código de Taxa – Determina que taxa de cobrança é


aplicada para as leituras de consumo e demanda. Isto
vai depender de sua empresa em particular.

5) Dias – Número de dias cobertos pela conta como é


atualmente. É importante notar este aspecto porque o
tempo entre as leituras pode variar em até mais ou menos
5 dias, tornando alguns dos custos mensais
artificialmente mais altos ou mais baixos do que outros.

6) Data de Leitura – Está na área chamada “ Serviço Para


– De”. Os dias cobertos e a Data de Leitura podem ser
usadas para correlacionar aumentos de consumo e
demanda com fatores dependentes de produção ou do
clima.

Entendendo Como Você é Cobrado

Tarifas de Energia Elétrica

A tarifa ou a estrutura de taxa de eletricidade determina


quanto é cobrado de um cliente por diferentes unidades ou uso
de eletricidade.

As tarifas variam de acordo com os níveis de tensão de


fornecimento no caso do Grupo A (atendidos em alta tensão) e
com a classificação do consumidor (indústria, residência,
comércio e serviços, etc.) para o Grupo B (baixa tensão).

11
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Sistema de tarifação

Consumidores atendidos em Alta Tensão

Grupo B
São atendidos em baixa tensão e são faturados apenas
pelo consumo, ou seja, pagam apenas pelo kWh utilizado.

Consumidores atendidos em Baixa Tensão

Grupo A
Subgrupo Tensão de Fornecimento
A1 230 kV ou mais
A2 8 8 a 1 3 8 kV
A3 6 9 kV
A 3a 3 0 a 4 4 kV
A4 2,3 a 25 kV
A5 Subterrânea

Os consumidores do subgrupo A4 são atendidos em média


tensão primária de Distribuição, 13,8kV ou 23,1kV e os
consumidores do subgrupo A5 são atendidos através do sistema
subterrâneo de fornecimento de energia elétrica da Cemig. Para
reduzir os custos com energia elétrica nos consumidores
enquadrados nesses subgrupos, deve-se atuar,
simultaneamente, sobre o consumo (kWh) e demanda (kW).

Primeiramente, é importante conhecer a estrutura tarifária


dos subgrupos A4 e A5, isto é, quais são as modalidades
tarifárias disponíveis para os clientes enquadrados nestes
subgrupos.

12
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Estrutura tarifária

Tarifa Convencional

Valores a serem contados


Tipo de Tarifa Consumo
Demanda (kW) Ultrapassagem
(kWh)
Convencional Total registrado Maior valor entre: Aplicável quando
- demanda me- a demanda me-
Aplicada como di da dida superar a
opção para - demanda con- contratada em
consumidores tratada 10%.
com demanda
menor que 300 Preços
kW. diferenciados
A demanda para períodos
contratada seco e úmido
mínima será de
30 kW. Ver observação 2

Ver observação 1

Tarifa Verde

Valores a serem contados


Tipo de Tarifa Consumo
Demanda (kW) Ultrapassagem
(kWh)
Verde Total registrado Maior valor entre: Aplicável quando
- demanda me- a demanda me-
Aplicada como Total registrado di da dida superar a
opção para no HFP - demanda con- contratada em
consumidores tratada 10%.
com demanda Total registrado
superior a 30 kW. no HP Preços
diferenciados
Ver observação 3 Preços diferen- para períodos
ciados para seco e úmido
HFP e HP e
para períodos Ver observação 2
seco e úmido.

13
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Tarifa Azul

Valores a serem contados


Tipo de Tarifa Consumo
Demanda (kW) Ultrapassagem
(kWh)
Az ul Total registrado Maior valor entre: Aplicável quando
no HFP - demanda me- a demanda me-
Aplicada de di da dida superar a
forma Total registrado - demanda con- contratada em
compulsória para no HP tratada 10% nos
consumidores respectivos
com demanda Preços diferen- Preços diferen- horários.
maior ou igual a ciados para ciados para HFP
300 kW e como HFP e HP e e HP e para
opção entre para períodos períodos seco e
30kW e 299kW. seco e úmido. úmido

Ver observação 3 Ver observação 2

Obs:

1. Caso uma unidade consumidora enquadrada na THS,


apresentar 9 (nove) registros de demanda medida menor
que 300 kW, nos últimos 11 (onze) ciclos de faturamento,
poderá retornar para a Convencional.

2. Quando a unidade consumidora for classificada como


rural ou reconhecida como sazonal; a demanda a ser
faturada será:

Tarifa Convencional - a demanda medida no ciclo de


faturamento ou 10% da maior demanda medida em
qualquer dos 11 (onze) ciclos completos de faturamento
anteriores;

Tarifa Horo-sazonal - a demanda medida ou 10% da


demanda contratada.

14
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

3. Se nos últimos 11 ciclos de faturamento apresentar 3


registros consecutivos ou 6 alternados de demandas
medidas maiores ou iguais a 300kW, o cliente será
enquadrado compulsoriamente na Tarifa Horo-sazonal.

Taxas

Taxa de Demanda Durante Período de Ponta

O período de ponta é geralmente composto por 3 horas


diárias consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos e
feriados definidos por lei federal. O cliente tem um contrato de
demanda para este período de ponta. O pico de demanda que
ocorre nestas horas, em um período de 1 mês é gravado e o
cliente é cobrado a maior no contrato ou a quantidade gravada
em uma base $/KW. Se o cliente exceder o contrato de
demanda, uma taxa de penalidade pode ser aplicada ao
excesso.

Taxa de Consumo Durante o Período de Ponta

O consumo do cliente durante as horas de ponta, em um


período de um mês é gravado e o cliente é cobrado por este
consumo em uma base $/KWh.

Taxa de demanda Durante Período Fora de Ponta

O período fora de ponta é todas as horas durante a semana


que não se enquadram no período de ponta. O cliente tem um
contrato de demanda para este período. O pico de demanda
que ocorre nestas horas, em um período de 1 mês é gravado e
o cliente é cobrado a maior no contrato ou a quantidade gravada
em uma base $/KW. Se o cliente exceder o contrato de
demanda, uma taxa de penalidade pode ser aplicada ao
excesso.

15
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Taxa de Consumo Durante Período Fora de Ponta

O consumo do cliente durante o período fora de ponta


também é gravado e o cliente é cobrado por este consumo em
uma base $/KWh.

Imposto ICMS

Este imposto é incluído em todas as compras de


eletricidade. Ele varia de estado para estado. É um imposto de
serviços e bens e em geral clientes das indústrias recuperam
este imposto quando vendem seu produto. Da mesma forma,
este imposto não deveria ser incluído no custo da eletricidade
quando se calcula o valor de medidas de conservação de
energia.

Mudanças de Taxa

As taxas de eletricidade variam bastante de estado para


estado ou de empresa para empresa. Tem havido também um
considerável aumento nas taxas de eletricidade nos últimos
anos e outros aumentos consideráveis são esperados. A
CEMIG adota taxas diferentes para as diferentes épocas do
ano.

Período Seco (PS)

É o período correspondente a sete meses consecutivos,


de maio a novembro de um ano. Neste período, o preço da
energia, a exemplo do HP, é também maior que no período
úmido, porque é quando ocorre o menor volume de água nos
reservatórios das usinas (poucas chuvas).

16
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Período Úmido (PU)

É o período correspondente a cinco meses consecutivos,


de dezembro de um ano a abril do ano seguinte.

Índices de Utilização de Energia

Fator de Potência

O fator de potência é um índice que indica quanto da energia


foi utilizada em trabalho e quanto foi utilizada em magnetização.
Ele varia de 0 a 1. Assim, por exemplo, se num determinado
mês registrou-se um fator de potência de 0,80, isso indica que
80% da energia recebida foi transformada em trabalho e 20%
em magnetização.

A legislação, através da Portaria DNAEE nº 1569, de 23/


12/93, regulamenta que nos consumidores onde o fator de
potência horário for inferior a 0,92 capacitivo (durante 6 horas
consecutivas entre 23h30min e 06h30min) e inferior a 0,92
indutivo ( durante o período diário complementar ao definido
para o capacitivo), haverá cobrança de reativo excedente.

Se constar na sua conta cobrança de FER e/ou FDR, isso


indica que o Fator de Potência foi inferior a 0,92 (em algum
horário). Nesse caso, solicite informações na Agência da Cemig
ou contrate serviços de terceiros e procure corrigir a situação.

Fator de Carga

O fator de Carga, em linhas gerais, constitui-se em um


indicador que informa se a empresa utiliza racionalmente a
energia elétrica que consome. Assim como o Fator de Potência,
o Fator de Carga é um índice cujo valor varia entre 0 e 1, capaz
de apontar o relacionamento entre o consumo de energia e a

17
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

demanda de potência, dentro de um determinado espaço de


tempo.

Esse tempo pode ser convencionado em 730 horas por


mês (mas na verdade o número de horas dependerá do intervalo
de leitura), que representa o número de horas médio em um
mês genérico do ano [(365 dias / 12 meses) x 24 horas].

Pode ser expresso pela seguinte função básica:

Consumo (kWh)
Fator de Carga = _______________________
Demanda (kW) x 730 (h)

No caso de consumidores enquadrados no Sistema Tarifário


Horo-Sazonal, Modalidade Azul, o Fator de Carga é definido
por segmento horo-sazonal (ponta e fora de ponta), conforme
as seguintes expressões:

Consumo de HP (kWh)
FC (P) = ___________________________
Demanda no HP (kW) x 66 (h)

Consumo de HP (kWh)
FC (FP) = ___________________________
Demanda no HFP (kW) x 664 (h)

A melhoria (aumento) do fator de carga, além de diminuir o


preço médio pago pela energia consumida, conduz a um melhor
aproveitamento da instalação elétrica, inclusive de motores e
equipamentos e a uma otimização dos investimentos nas
instalações.

Algumas medidas para aumentar o Fator de Carga

Á Faça um cronograma de utilização de seus equipamentos


anotando a potência e o período de trabalho de cada
um;

18
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Á Diminua, sempre que possível, os períodos ociosos de


cada equipamento e opere-os de forma não simultânea;
Á Não acione simultaneamente motores que iniciem
operação com carga;
Á Verifique as condições técnicas de suas instalações e
dê a seus equipamentos manutenção periódica.

Evite estes desperdícios de energia

Á Equipamentos funcionando simultaneamente quando


poderiam operar em horários distintos;
Á Equipamentos funcionando sem produzir em
determinados períodos;
Á Falta de programação para a utilização de energia;
Á Curtos-circuitos e fugas de energia.

Sua empresa tem dois caminhos para aumentar o Fator de


Carga

Analise seus equipamentos, faça o cronograma de utilização


e verifique como a produção pode ser otimizada.

Depois disso, você tem dois caminhos para elevar o Fator


de Carga:

1) Mantendo o consumo e diminuindo a demanda máxima


( contratada ). Quando Dmáx = Dmédia teremos FC = 1.

Quanto maior FC, menor é a tarifa.

Exemplo: Uma empresa consome100.000 kwh e sua


demanda máxima é 500kw. Calcule o FC.

19
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Consumo (kWh)
FC = __________________________________
Demanda (kW) x horas disponíveis (730)

100.000 = 0,274
FC = __________
500 x 730

Foi feito um estudo e verificou-se que alguns equipamentos,


que eram ligados no horário de pico de demanda, poderiam ter
seu funcionamento deslocado para outros horários. assim foi
possível reduzir Dmáx para 300kW.

Consumo (kWh)
FC = __________________________________
Demanda (kW) x horas disponíveis (730)

100.000 = 0,457
FC = __________
300 x 730

2) Manter a demanda e aumentar o consumo de energia.


Para tanto, deve-se aumentar a produção, sem o
acréscimo de novos equipamentos, mas ampliando o
período de operação.

118.000 = 0,323
FC (P) = __________
500 x 730
No nosso exemplo, se a empresa mencionada tivesse
optado por esse caminho, conservaria a demanda registrada
de 500 kW, mas aumentaria o consumo de 100.000 kWh para
118.000 kWh e conseguiria o seguinte:

Escolha um desses dois caminhos, ou se possível os dois,


e eleve o Fator de Carga que, consequentemente, reduzirá o
preço médio da sua energia.

20
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Preço Médio

O preço médio da energia consumida varia mensalmente


em função do Fator de Carga: para fatores de carga crescentes,
temos preços médios decrescentes e vice-versa, conforme pode
ser verificado através das expressões a seguir:

Tarifa Convencional

Tarifa de Demanda + Tarifa de consumo


Pmédio = _________________
Fator de Carga x 730

Tarifa Horo-sazonal Azul

Tarifa de Demanda Ponta + Tarifa de


PmédioP = _____________________
Consumo
Fator de Carga Ponta x 66

Tarifa de Demanda Tarifa de


Fora de Ponta
PmédioFP = _____________________ + Consumo Fora
Fator de Carga Fora de de Ponta
Ponta x 664

Tarifa Horo-sazonal Verde

Tarifa de Demanda +
PmédioP = _________________ Tarifa de
Fator de Carga x 66 Consumo Ponta

Tarifa de
Tarifa de Demanda
PmédioFP = _____________________ + Consumo Fora
Fator de Carga Fora de de Ponta
Ponta x 664

Na prática é usual dividir o valor da conta pelo valor do


consumo total registrado ou o valor da conta no HFP pelo
consumo HFP e o valor da conta no HP pelo consumo HP.

21
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Exemplo: No exemplo anterior, calcule o preço médio da


energia para cada caso. tarifa demanda = R$5,02/KW e a tarifa
de consumo = R$0,047/KWH

5,02
A) ___________ = 0,047 = 0,072/kWh
0,274 x 730h

5,02
B) ___________ = 0,047 = 0,062/kWh
0,457 x 730h

22
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Tabela 3.1 - Preços CEMIG (maio de 2001), para


consumides A4 - Período Seco .
Custo do kWh fora da ponta em
Custo do kWh na ponta em reais reais para qualquer potência
Tarifas sem ICMS Tarifas sem ICMS
A4 -
A4 Az ul A4
FC Az ul Verde Convenc c/ICMS FC Az ul Verde Convenc
0,10 3,199 0,579 0,209 3,901 0,10 0,158 0,158 0,209
0,30 1,151 0,579 0,142 1,404 0,30 0,093 0,093 0,142
0,50 0,742 0,579 0,128 0,905 0,50 0,080 0,080 0,128
0,60 0,640 0,579 0,125 0,780 0,60 0,077 0,077 0,125
0,70 0,567 0,579 0,122 0,691 0,70 0,075 0,075 0,122
0,80 0,512 0,579 0,121 0,624 0,80 0,073 0,073 0,121
0,90 0,469 0,579 0,119 0,572 0,90 0,072 0,072 0,119
1,00 0,435 0,579 0,118 0,530 1,00 0,071 0,071 0,118
Tarifas - Período Seco Tarifas - Período Seco
A4 A4
Az ul Verde Convenc Az ul Verde Convenc
Demanda 19,50 7,37 Demanda 6,50 6,50 7,37
Consumo 127,85 578,59 108,01 Consumo 60,80 60,80 108,01
c/ICMS 23,78 - 8,99 c/ICMS 7,93 7,93 8,99
155,91 705,60 131,72 74,15 74,15 131,72
Custo do kWh médio em reais para qualquer potência
Tarifas
A4 Tarifa do B3 = R$ 196 / kWh
FC Az ul Verde Convenc Entre com o Fator de Carga (FC)
0,10 0,423 0,195 0,209 Potência no HP = 100kW
0,30 0,185 0,136 0,142 Potência no HFP = 100kW
0,50 0,138 0,124 0,128 90
0,60 0,126 0,121 0,125 A4
0,70 0,118 0,119 0,122 FC Az ul Verde Convenc
0,80 0,111 0,117 0,121 HP 0,65 0,6003 0,5786 0,1235
0,90 0,106 0,116 0,119 H FP 0,60 0,0771 0,0771 0,1248
1,00 1,02 0,115 0,118 Total 0,60 0,12601 01240 0,12472
PM = Preço Médio Fatura(R$) 5559,09 5469,52 5502,13
TC = Tarifa de Consumo
TD = Tarifa de Demanda

Obs: Os preços das tarifas de consumo são para MWh (Mega Watt Hora),
para obter o preço do kWh divida este valor por 1000.

23
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Outro exemplo:

Tabela 3.2
Taxas Copel – em 1999

Categoria de taxa Quantidade


Taxa de Demanda durante
R$ 13,78/kW
Horário de Ponta
Taxa de Consumo durante
R$ 0,09041/kWh
Horário de Ponta
Taxa de Demanda durante
R$ 4,60/kW
Horário Fora de Ponta
Taxa de Consumo durante
R$ 0,04298/kWh
Horário Fora de Ponta

24
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Cálculo do Custo Mensal de Eletricidade


A taxa é aplicada a um conjunto de valores representando
o uso de energia para o período atual de cobrança, que
geralmente é de um mês. Usando a taxa da Copel mostrada na
Tabela 3.2, um exemplo de cálculo de cobrança é feito.

Tabela 3.3
Cálculo do Custo Mensal de Eletricidade

Uso de Eletricidade pelo Cliente em um


Quantidade
Mês
Demanda de Contrato de Ponta 1.100 kW R$ 15.158,00
Pico de Demanda Real gravada
9 9 8 kW
durante Horário de Ponta
Consumo Real gravado durante
47.031 kWh R$ 4.252,00
Período de Pico
Demanda contratada fora de
1.450 kW R$ 6.670,00
Ponta
Pico de Demanda Real gravada
1.321 kW
durante Horário fora de Ponta
Consumo Real gravado durante
549.475 kWh R$ 23.616,00
Horário fora de Ponta
596.506
Consumo Total R$ 49.697,00
kWh

Para esta conta em particular, 56% da cobrança é feita pelo


consumo, enquanto que 44% cobre os custos de demanda
adquirida. Sob uma perspectiva de gerenciamento de custo,
esta observação é bastante significativa. Gerenciar a demanda
pode ter um impacto significativo na conta.

25
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Custos Adicionais de Eletricidade


Quanto valerá o próximo KWh comprado ou economizado?
Uma resposta comum, porém incorreta, é o custo médio por
KWh, que neste caso é R$ 0,083 por KWh.

Por quê o custo médio por KWh está errado? Adicionar


ou subtrair 1 KWh desta conta de amostragem, apenas
influenciaria a conta de maneira diferente. Na ponta este
KWh custaria R$ 0,09041, enquanto que fora de pico ele
custaria 0,04298. Estes são os custos adicionais por KWh,
13% mais baixos e 100% mais altos que o custo médio –
uma diferença significativa.

E se a ação influenciasse a demanda (KW) e a energia


(KWh)? Se juntamente com a economia de energia (KWh)
houvesse economia de demanda, reduzindo a demanda
do contrato do próximo ano (KW), a economia nos custos
seria maior. Se a economia for na ponta 1KWh e 1KW, a
redução de custo seria de R$ 0,09041 /KWh mais R$ 15,82
/KW. Novamente, o custo médio por KWh não representaria
apropriadamente esta economia.

Obviamente, entender o custo adicional de eletricidade é


importante para uma estimativa correta do valor de nossas
ações. Verifique de perto as taxas em sua empresa para
entender o impacto em sua situação.

Módulos subsequentes fornecem as ferramentas para


administrar esta demanda ao estabelecer o perfil da demanda
diária e ao fazer um inventário das cargas que constituem a
demanda máxima.

26
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

FONTE DE ENERGIA TÉRMICA

Existem muitas fontes de energia térmica disponíveis. As


características de uma seleção de fontes são como segue:

Óleos combustíveis (Especialmente Depósito de


Combustível C e No. 2 Óleo)

Á Pode ser transportado para locais remotos via trem,


caminhão, navio, etc.
Á Pode ser estocado no local (com armazenagem
adequada).
Á Contém alta temperatura: Óleo #2 - 39 MJ/L ; Depósito
de Combustível Carbono - 41 MJ/L.
Á Tanque de armazenamento no local (on-site) exigido.
Á É necessário equipamento queimador maior do que para
propano.
Á Depósito de combustível C precisa ser aquecido para fluir
e atomizar apropriadamente.
Á Produz mais sujeira ao queimar, produz mais poluição
que o propano.
Á Potencialmente conteúdo de sulfura pode afetar a
chaminé e também o meio ambiente se o combustível
não for queimado de forma apropriada.
Á Fonte não renovável.

Gás Natural

Á Não é necessário armazenagem no local (on-site).

27
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Á Queima limpa, conteúdo baixo de sulfura.


Á Conteúdo de alta temperatura (37.6 MJ/m³)
Á Concepção do equipamento de combustão é
relativamente compacto e simples.
Á Transportado sob pressão – potencial para riscos de
segurança se mau manuseado.
Á Disponível apenas através de rede de distribuição por
oleoduto (canalização)
Á Fonte não renovável.

Propano

Á Queima limpa, conteúdo baixo de sulfura.


Á Conteúdo de alta temperatura (25.3 MJ/L ou 109,000 Btu/
gal(UK))
Á Concepção do equipamento de combustão é
relativamente compacto e simples.
Á Transportado sob pressão – potencial para riscos de
segurança se mau manuseado.
Á Fonte não renovável.

Carvão

Á Grandes reservas domésticas.


Á Relativamente barato.
Á Potencial para uso em formas diferentes for use (pedaço,
pó, pasta, etc.).
Á Conteúdo mais alto de sulfura e cinza, queima produz
sujeira.
Á É necessário grande armazenagem no local (on-site).

28
Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

Á Equipamento para lidar com combustão e lixo é


necessariamente grande e complexo.
Á Conteúdo de baixa temperatura.
Á Fonte não renovável.

Madeira

Á Potencialmente obtido de materiais de sobra (lixo),


serrarias, desmatamento, etc.
Á Fonte renovável.
Á Baixo conteúdo de sulfura.
Á Efeito estufa geral menor.
Á Equipamento para lidar com combustão e lixo necessário
é grande e complexo.
Á Valor de calor baixo.

Quantidade de Energia Térmica dos


Combustíveis
Existem dois valores para o conteúdo de energia térmica
dos combustíveis, Valor Maior de Aquecimento (HHV: Higher
Heating Value) e Valor Menor de Aquecimento ( LHV: Lower
Heating Value) . A diferença entre eles é que o LHV não inclui
a energia latente na água formada durante a combustão ( e
consequentemente é um valor menor). Na Europa o LHV é
normalmente usado como o valor da quantidade de energia
enquanto na América o HHV é o padrão.

Todos os valores de energia térmica citados neste


documento se referem ao HHV.

29
Os Sete Passos para a Eficiência Energética

Tabela 3.4
Valores de Energia Térmica para algumas Fontes de
Energia

Combustível SI Unidades Imperial Unidades


109.000
Propano 25,3 MJ/I
Btu/gal(UK)
Óleo C 42,7 MJ/kg 40,5 MJ/I 18.380 Btu/lb 174.500 Btu/gal
Óleo 2 45,3 MJ/kg 38,7 MJ/I 19.500 Btu/lb 166.750 Btu/gal

Madeira 19,9 MJ/kg 8.600 Btu/lb

Gás Natural 37,6 MJ/m3 1.008 Btu/ft3


Eletricidade 3,6 MJ/kWh 3413 Btu/kWh

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Módulo 3: Entenda Seus Custos com Energia

ANOTAÇÕES

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Os Sete Passos para a Eficiência Energética

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