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Escola Secundária Jorge Peixinho

Disciplina: Educação Física


Professor (a): Ana Moura
Inês Filipa Barroca Neves
11ºD/ Nº10
Data de entrega: 09/11/2017

O
Olimpismo
Capitulo 1:
Introdução:
No âmbito da disciplina de Educação Física foi-me proposto a
elaboração de um trabalho cujo tema base é o Olimpismo.
Pretendo assim exibir diversos pontos divididos em vários
tópicos, onde mostrarei múltiplos conteúdos dentro do assunto
nomeado.
O presente trabalho estará organizado em oito capítulos, onde
o primeiro será uma curta introdução explicando o objetivo da
realização desta proposta.
O segundo apresenta o conceito de Olimpismo e os seus
valores fundamentais tal como a descrição destes. Por sua vez o
terceiro capítulo expõe os símbolos que representam as Olimpíadas e
a descrição dos mesmos.
No quarto capítulo fundamentar-me-ei nas principais
semelhanças entre os Jogos Olímpicos da Antiguidade e os Jogos
Olímpicos da Era Moderna.
Assim como no quarto, o quinto tópico apresenta um atleta
português á minha escolha que já tenha participado ou que participe
atualmente nos Jogos Olímpicos.
De seguida no sexto tópico irei exibir também um atleta
internacional. No sétimo capítulo desvendarei curiosidades Olímpicas
que as pessoas de hoje em dia ainda não sabem
Finalmente o oitavo capítulo será uma breve conclusão onde
estará presente uma análise crítica que descreve as dificuldades
sentidas ou não na realização desta proposta e a minha opinião
acerca do tema sugerido.
A estrutura deste trabalho será a última página, onde se exibe
uma webgrafia de onde retirei a minha pesquisa de trabalho.

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Capitulo 2:
 O que é o Olimpismo?
O Olimpismo moderno foi concebido por Pierre de Coubertin
quando por sua iniciativa reeditou os Jogos da Grécia Antiga em
1894 através do Congresso Atlético Internacional em Paris, indo
á procura de difundir uma nova filosofia de vida definida na
Carta Olímpica, documento este que o Barão de Coubertin
estabeleceu com o objetivo de lançar as bases do Movimento
Olímpico.

Em 23 de Junho do mesmo ano foi constituído o Comité


Olímpico Internacional, sendo que os primeiros Jogos Olímpicos
da Era Moderna foram celebrados em Atenas, Grécia em 1896
e em 1914 foi adotada a bandeira olímpica, oferecida por
Pierre.

De acordo com a Carta Olímpica, o Olimpismo tem como


definição, ser uma filosofia de vida que exalta e combina num
conjunto harmónico as qualidades do corpo, a vontade e o
espírito. Ao associar o desporto com a cultura e a educação, o
Olimpismo propõe-se a criar um estilo de vida baseado na
alegria do esforço, no valor educativo do bom exemplo e no
respeito pelos princípios éticos universais.

O objetivo do Olimpismo é colocar sempre o desporto a


serviço do desenvolvimento harmónico do homem, com o fim
de favorecer o estabelecimento de uma sociedade pacífica e
comprometida com a manutenção da dignidade humana.

Para além de ser uma filosofia de vida que glorifica e


combina num conjunto harmónico as qualidades do corpo, este
utiliza o desporto como instrumento para a promoção da paz,
da união, do respeito pelas regras, pelos adversários e pelas
diferenças culturais, étnicas e religiosas.

O Olimpismo é visto como um cultivo do espírito olímpico e


do desportivismo, tendo como ideal a participação em massa, a

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educação, a integração cultural e a busca pela excelência
através do desporto.

E desse ideal nasce os Jogos Olímpicos e tudo o que os cerca.


O evento desportivo que atualmente tem dimensões
planetárias e que reúne mais de duzentos países é uma fonte
infindável de histórias e casos.

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 Os valores fundamentais
do Olimpismo
Os Jogos Olímpicos da era moderna iniciaram-se em 1896 em
Atenas antecedendo 64 anos antes dos Jogos Paralímpicos, que
tiveram a sua primeira edição oficial em 1960, em Roma, na Itália. No
entanto, os Jogos Olímpicos como os Jogos Paralímpicos são muito
mais que uma corrida por recordes, medalhas e a eterna busca da
excelência. Por detrás deles está a filosofia do barão francês Pierre de
Coubertin, fundador do Movimento Olímpico.
Como educador, Coubertin viu nos Jogos a oportunidade ideal para
que os povos desenvolvessem uma série de princípios universais ou
valores, que poderiam ser aplicados não só para os desportos, como
para a educação e para a sociedade.
Existem atualmente sete valores associados aos Jogos: três aos
Jogos Olímpicos e quatro aos Jogos Paralímpicos. Todos são fontes de
inspiração para praticantes de desportos e também para não
praticantes.
Nisto o Movimento Olímpico é uma rede de organizações, comités,
corporações e indivíduos que estão comprometidos com o desporto ou
com as ideias e os valores do Olimpismo. Por sua vez o Movimento
Paralímpico, criado por Ludwig Guttman, tem o objetivo de
proporcionar condições para que o atleta Paralímpico alcance a
excelência desportiva, inspire e emocione o mundo.
Sucedendo que os sete valores associados aos Jogos são:
Jogos

Paralímpicos Olímpicos

 A Determinação; A Amizade;
 A Coragem; A Excelência;
 A Igualdade; O Respeito;
 A Inspiração;

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Capitulo 4:
 Os Jogos Olímpicos da
Antiguidade
Os Jogos Olímpicos originais duraram mais de mil anos, de 776 a.C a 395
d.C. Mesmo antes disso já existiam competições parecidas, mas só a partir de
776 a.C. é que há registos oficiais dos jogos. Assim como na imitação moderna,
as Olimpíadas, eram realizadas de quatro em quatro anos. Uma diferença com
os jogos de hoje é que antigamente o local era sempre o mesmo: a cidade de
Olímpia, na Grécia.
Desde os tempos pré-históricos, que esse local é considerado sagrado, e
quem passava deixava uma oferenda para os deuses. Aos poucos começou a
predominar ali a adoração a Zeus, que era o principal deus grego, e alguns
altares foram construídos. Existem lendas que explicam porque que é que os
jogos foram iniciados e porque que é que aconteceram em Olímpia, mas não se
conhece as razões reais.
Os desportos, na sua origem, eram parte do treino para soldados.
Corridas, saltos, lutas, arremesso de dardo ou martelo, tudo isso tem a ver com
a guerra. Mesmo a ginástica olímpica tem origem militar. Não é por acaso que
uma das modalidades, aquela em que o ginasta fica a girar sobre as mãos em
cima de um cavalete, chama-se "Cavalo". Era treino para soldados de cavalaria
adquirirem mais agilidade em cima dos seus animais.
Ao mesmo tempo, havia um lado religioso nos jogos. Existe uma crença
grega que diz que o corpo tem tanta importância quanto o intelecto e o espírito,
e que a melhor maneira de honrar a Zeus é cuidar dos dois aspectos, o físico e o
espiritual.
Olímpia tornou-se uma cidade sagrada, assim como hoje Jerusalém, ou
Meca, e a ida aos jogos era tanto um divertimento quanto uma peregrinação
religiosa. É um pouco difícil de entender, porque na nossa cultura, desporto e
religião são totalmente diferentes. No entanto, para o grego daquele tempo, a
Olímpia seria uma espécie de Vaticano, onde também estivesse o estádio do
Maracanã.
Existem ruínas de Olímpia e descrições antigas, que dão uma ideia do que
era esse complexo desportivo-religioso, com vários estádios e templos. No
principal templo, o de Zeus, havia uma estátua de marfim e ouro que
representava esse deus, estátua essa que era considerada uma das sete
maravilhas do mundo antigo.
Embora viajar, naquele tempo, fosse mais difícil do que é hoje em dia,
vinham milhares de pessoas, por terra e por mar, para assistir aos jogos. Até de

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colónias gregas distantes, como a África ou a Espanha, vinham viajantes. Os
contemporâneos antigos costumavam dizer que quem ia para a Olímpia, morria
de calor devido a ser amassado pela multidão, que passava fome e sede, que
apanhava chuva e que morria de frio, mas que apesar disso tudo valia a pena ir
assistir a espectáculos tão bonitos.
A Grécia não existia como país - era apenas uma região com cultura
comum, mas com cidades independentes entre si. Essas cidades viviam em
guerra entre si, mas durante o período dos Jogos havia uma trégua, respeitada
por todos. A cada quatro anos, assim que se determinava a data do início dos
jogos (que era baseada na lua cheia), emissários saiam de cidade em cidade, a
divulgar a data. Inicialmente a trégua era de um mês, mas depois foi aumentada
para dois meses, e mais tarde três, para proteger os viajantes que tinham de vir
de longe.
Só homens podiam competir nos Jogos antigos. Para evitar que alguma
mulher se fingisse de homem para competir - o que podia acontecer, pois
nalgumas das cidades gregas mulheres eram soldados - deu-se uma solução
simples: toda a gente nua. Todos competiam nus, em todas as modalidades de
competição. As mulheres podiam, no máximo, assistir aos jogos caso se fosse
solteira. As mulheres casadas não podiam assistir.
Aparentemente, a razão para essa discriminação contra as mulheres
casadas era ligada ao aspecto dos jogos como ritual religioso de fertilidade. Só
as virgens eram consideradas suficientemente puras para estar presentes.

Os jogos:

Embora os jogos durassem só cinco dias, os preparativos começavam um


ano antes. As pistas tinham de ser aplanadas, os templos e estádios tinham
sempre pequenas reparações a ser feitas. Os juízes eram escolhidos dez meses
antes e começavam a planear tudo. Os candidatos atletas assumiam o
compromisso de, dez meses antes, começar a treinar intensivamente. Um mês
antes do início dos Jogos, juízes e atletas tinham de ir para a cidade de Elis, que
dominava os Jogos. Ali os atletas tinham de treinar sob a supervisão dos juízes,
que desclassificavam os que não estivessem em boa forma física.

Os jogos eram abertos com desfiles dos atletas e juramentos aos deuses.
Havia festas e bebedeiras todas as noites. No terceiro dia, que coincidia com a
lua cheia, era feito o grande sacrifício a Zeus. Cem bois, doados pela cidade de
Elis, eram sacrificados. As suas pernas eram cortadas e queimadas em
homenagem ao deus, que se alimentava com o fumo. A carne era usada para
um grande churrasco no final do dia. No fim do quinto dia, os prémios eram
entregues, e havia mais festas e comemorações.

As modalidades:

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Nas primeiras vezes em que se realizaram os jogos, havia uma única
competição, que era a corrida curta. Este seria o equivalente aos 100m de hoje,
só que naquele tempo a distância era de 192 metros.

A pista tinha esse comprimento e era


reta. Quando mais tarde adicionou-se
corridas maiores, corria-se ida e volta nessa
mesma pista. A lenda diz que essa distância
foi determinada por Hércules, fundador
mítico dos jogos, e que essa era a distância
que ele conseguia correr de um só fôlego,
prendendo a respiração.

Depois da corrida curta foi criada a


dupla, ida e volta. Mais tarde veio a corrida
com armadura, em que os atletas corriam
usando capacete, protector metálico nas
pernas, e carregavam um escudo redondo.
Muito mais tarde criou-se uma corrida de
revezamento em que cada corredor, ao
acabar o seu trecho, passava ao seu
companheiro de equipa uma tocha acesa. O
vencedor tinha a honra de acender a fogueira
do altar de sacrifícios. Essa ideia foi usada para a abertura dos jogos de
atualmente, em que um corredor chega no estádio com uma tocha e acende
uma chama simbólica.

O pentatlo era outra competição importante, introduzida em 708 a.C. Os


cinco eventos eram arremesso de disco, salto, arremesso de dardo, corrida e
luta. Todos se realizavam numa mesma tarde. Os dois últimos também
aconteciam separadamente, mas os três primeiros só existiam dentro do
pentatlo. O salto era em distância, o único salto que os gregos praticavam. Esse
salto era dado de uma posição parada, sem corrida para tomar impulso. Em vez
disso usavam dois pesos, um em cada mão, que eram jogados para frente para
dar impulso.

Um pouco mais tarde foram introduzidas as corridas de carros puxados


por dois e quatro cavalos e logo, também, a corrida de cavalos como a
conhecemos hoje em dia, com o cavaleiro a cavalgar o cavalo.

Fim dos jogos antigos:

Com o passar dos séculos, os jogos perderam gradualmente o seu


significado religioso, e com a conquista da Grécia pelos romanos esse processo
continuou. Os romanos chegaram a saquear alguns dos templos para financiar

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as suas guerras, e o imperador Calígula tentou levar a estátua de Zeus para
Roma. Em 267 d.C. uma tribo de bárbaros invadiu Olímpia e destruiu parte dos
edifícios. Em 393 d.C., o imperador romano Teodósio, o primeiro imperador
cristão de Roma, proibiu todos os ritos pagãos. Mais tarde o templo de Zeus foi
destruído por um incêndio, possivelmente por ordem de Roma. Novas invasões,
dos Visigodos, vândalos e outras tribos bárbaras, foram acontecendo e a cada
uma mais um pouco era destruído.

No século 5, um terremoto, seguido de uma inundação, destruiu o que


restava e cobriu as ruínas com uma camada de vários metros de lama. A
localização do santuário, com o tempo, foi esquecida. Só mais de mil anos
depois, em 1766, depois de séculos de esquecimento, o local foi descoberto. A
partir de 1875 foi empreendida uma escavação em grande escala. Até os dias de
hoje os trabalhos de pesquisa continuam, a tentar descobrir mais e mais sobre a
Olímpia.

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 Os Jogos Olímpicos da
Era Moderna
Os Jogos Olímpicos são um evento multidesportivo global com
modalidades de verão e de inverno, em que milhares de atletas participam em
várias competições. Atualmente os Jogos são realizados a cada dois anos, em
anos pares, com os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno alternando-se,
embora ocorram a cada quatro anos no âmbito dos respectivos Jogos sazonais.
No século 19, o Barão Pierre de Coubertin fundou o Comité Olímpico
Internacional (COI) em 1894. O COI tornou-se o órgão dirigente do Movimento
Olímpico, cuja estrutura e as ações são definidas pela Carta Olímpica.
A evolução do Movimento Olímpico durante o século 20 obrigou o COI a
adaptar os Jogos para o mundo da mudança das circunstâncias sociais. Alguns
destes ajustes incluíram a criação dos Jogos de Inverno para desportos do gelo e
da neve, os Jogos Paralímpicos de atletas com deficiência física e visual
(atualmente atletas com deficiência intelectual e auditiva não participam) e
os Jogos Olímpicos da Juventude para atletas adolescentes. O COI também teve
de acomodar os Jogos para as diferentes variáveis económicas, políticas e
realidades tecnológicas do século 20. Como resultado, os Jogos Olímpicos
afastaram-se do amadorismo puro, como imaginado por Coubertin, para
permitir a participação de atletas profissionais. A gradual importância dos meios
de comunicação gerou a questão do patrocínio corporativo e a comercialização
dos Jogos.
O Movimento Olímpico é atualmente composto por Federações
Desportivas Internacionais, Comités Olímpicos Nacionais (CON) e comissões
organizadoras de cada especificidade dos Jogos Olímpicos. Sendo o órgão
principal da decisão, o COI é responsável por escolher a cidade anfitriã para
cada edição. A cidade anfitriã é
responsável pela organização e
financiamento da celebração dos Jogos
ligados á Carta Olímpica. O programa
Olímpico, que consiste no desporto que
será disputado a cada Jogos Olímpicos,
também é determinado pelo COI. A
celebração dos Jogos abrange muitos
rituais e símbolos, bem como
as cerimónias de abertura e de
encerramento. Existem mais de 13 000
atletas que competem nos Jogos
Olímpicos de Verão e Inverno, em 33
modalidades diferentes com cerca de 400 eventos. Os finalistas do primeiro,

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segundo e terceiro lugar de cada evento recebem medalhas Olímpicas de ouro,
prata e bronze, respectivamente.
Os Jogos têm crescido em escala, a ponto de quase todas as nações
serem representadas. Tal crescimento tem criado inúmeros desafios, incluindo
boicotes, doping, corrupção de agentes públicos e terrorismo. A cada dois anos,
os Jogos Olímpicos e a sua exposição à midia proporciona aos atletas
desconhecidos a chance de alcançar fama nacional e, em casos especiais, a fama
internacional. Os Jogos também constituem uma oportunidade importante para
a cidade como para o país de se promoverem e mostrarem-se para o mundo.
A primeira tentativa significativa de trazer de volta os antigos Jogos
Olímpicos foi a L'Olympiade de la République, um festival Olímpico nacional
realizado anualmente de 1796 a 1798 na França revolucionária. A competição
incluiu várias modalidades dos antigos Jogos Olímpicos Gregos. Os Jogos de
1796 também marcaram a introdução
Entre 1862 e 1867, a Liverpool realizou todos
os anos um Grand Olympic Festival. Idealizado
por John Hulley e Melly Charles, sendo que
estes jogos foram os primeiros a serem
totalmente amadores na sua natureza e de
perspectiva internacional. O programa da
primeira Olimpíada moderna, em Atenas,
em 1896 foi quase idêntico ao dos Jogos
Olímpicos de Liverpool. Em 1865, Hulley, o Dr.
Brookes e E.G. Ravenstein fundaram a
Associação Nacional Olímpica em Liverpool,
precursora da Associação Olímpica Britânica. Os
seus artigos de fundação forneceram a estrutura
para a Carta do Comité Olímpico Internacional.
O interesse grego em reviver os Jogos
Olímpicos começou com a guerra da
independência da Grécia do Império Otomano em
1821. Foi proposto pela primeira vez pelo poeta e editor de jornal Panagiotis
Soutsos no seu poema Diálogo dos Mortos. Evangelis Zappas, um rico filantropo
grego, escreveu pela primeira vez ao Rei Oto da Grécia, em 1856, oferecendo
fundos para financiar o renascimento permanente dos Jogos Olímpicos. Zappas
patrocinou os primeiros Jogos Olímpicos em 1859, que foram realizados na
cidade de Atenas. Participaram atletas da Grécia e do Império Otomano. Zappas
financiou a restauração do antigo Estádio Panathinaiko para que pudesse
acolher todos os futuros Jogos Olímpicos.
O Estádio Panathinaiko recebeu os Jogos Olímpicos em 1870 e em 1875.
Trinta mil espectadores lotaram o estádio mais do que quase todo o público dos
Jogos Olímpicos da Era Moderna de 1900 a 1920.
Em 1890, depois de assistir aos Jogos Anuais da Sociedade Olímpica de
Wenlock, o Barão Pierre de Coubertin inspirou-se em fundar o Comité.

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Coubertin baseou-se nas ideias e no trabalho de Brookes e Zappas com o
objetivo de estabelecer rotação internacional aos Jogos Olímpicos e que
ocorreriam a cada quatro anos. Ele apresentou estas ideias durante o
primeiro Congresso Olímpico do recém-criado Comitê Olímpico Internacional.
Esta reunião foi realizada de 16 a 23 Junho de 1894, na Sorbonne, em Paris. No
último dia do congresso, foi decidido que os primeiros Jogos Olímpicos, a entrar
sob os auspícios do COI, teria lugar dois anos mais tarde, em Atenas. O COI
elegeu o escritor grego Dimítrios Vikélas como seu primeiro presidente.
Os primeiros jogos sob os auspícios do COI foram sediados no Estádio
Panathinaiko em Atenas, em 1896. Estes jogos trouxeram catorze nações e 241
atletas que competiram em 43 eventos. Zappas e o seu primo Konstantinos
Zappas tinham deixado ao governo grego uma relação de confiança para
financiar os futuros Jogos Olímpicos. Esta confiança foi fundamental para o
financiamento dos Jogos de 1896, pois o governo grego também financiou a
reforma através da venda futura de ingressos e da venda do primeiro conjunto
de selos comemorativos.
Os funcionários e o povo grego estavam entusiasmados com a
experiência de acolher os Jogos. Este sentimento era partilhado por muitos dos
atletas, que ainda pediram que Atenas fosse a anfitriã dos Jogos Olímpicos
permanentemente. O COI não aprovou este pedido. O comité previa que os
Jogos Olímpicos modernos girassem internacionalmente. E como tal, decidiu
realizar os segundos Jogos em Paris.
Após o sucesso dos Jogos de 1896, os Jogos Olímpicos entraram num
período de estagnação que ameaçava a sua sobrevivência. Os Jogos Olímpicos,
realizados na exposição mundial de Paris em 1900, e de St. Louis em 1904
ficaram em segundo plano. Os Jogos de Paris não tiveram um estádio Olímpico e
os Jogos de St. Louis receberam 650 atletas, porém 580 eram dos Estados
Unidos. Havia pouca participação estrangeira e havia pouco interesse da parte
do público (apenas duas mil pessoas acompanharam as provas em St. Louis),
revelavam desinteresse pela competição. Os Jogos recuperaram-se quando
os Jogos Olímpicos Intercalados de 1906 (assim chamados porque foram os
segundos Jogos realizados sem a terceira Olimpíada) foram realizados em
Atenas. Estes Jogos não são reconhecidos oficialmente pelo COI e não foram
mais realizados desde então. Estes Jogos foram recebidos no estádio
Panathinaiko e atraíram uma vasta gama de participantes internacionais, o que
gerou grande interesse público. Isto marcou o início de
uma ascensão em popularidade e tamanho das
Olimpíadas.
 Jogos de Inverno:
Os Jogos Olímpicos de Inverno foram criados como
um recurso aos desportos de neve e gelo que foram
logisticamente impossibilitados de serem realizados
durante os Jogos Olímpicos. Patinação artística (em

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1908 e 1920) e hóquei no gelo (em 1920) foram apresentados como eventos
Olímpicos nos Jogos de Inverno. O COI então quis ampliar essa lista de
desportos para abranger outras atividades de inverno. Em 1921, no Congresso
Olímpico do COI, em Lausana, foi decidido realizar uma versão de inverno dos
Jogos Olímpicos. Uma semana de desportos de inverno (na verdade foram 11
dias) foi realizada em 1924, em Chamonix, França, este evento tornou-se a
primeira edição dos Jogos Olímpicos de Inverno. O COI determinou que os Jogos
de Inverno fossem comemorados a cada quatro anos no mesmo ano da sua
edição de verão. Esta tradição foi mantida até os Jogos de 1992 em Albertville,
França, mas por questões logísticas e de organização houve a necessidade de se
alterar o ciclo dos Jogos de Inverno, levando-os para anos pares alternados com
os Jogos Olímpicos de Verão: o novo sistema começou com os Jogos de 1994, e
desde então os Jogos Olímpicos de Inverno são sempre realizados no terceiro
ano de cada Olimpíada.
 Jogos Paralímpicos
Em 1948, Sir Ludwig Guttmann, determinado a promover a reabilitação dos
soldados após a Segunda Guerra Mundial, organizou um evento multidesportivo
entre os vários hospitais, para coincidir com os Jogos Olímpicos de Verão de
1948. O evento de Guttman, conhecido depois como Stoke Mandeville Games,
tornou-se um festival esportivo anual. Ao longo dos doze anos seguintes,
Guttman e outros continuaram com os seus esforços em utilizar o desporto
como um caminho para a cura. Para os Jogos Olímpicos de Verão de 1960,
em Roma, Guttman trouxe 400 atletas para
competir nas Olimpíadas "paralelas", que ficaram
conhecidas como a primeira Paralimpíada. Desde
então, os Jogos Paralímpicos foram realizados em
cada ano olímpico. A partir do verão de 1988
nos Jogos Olímpicos de Seul, Coreia do Sul, a
cidade anfitriã para os Jogos Olímpicos também
seria palco dos Jogos Paralímpicos. Este acordo de
cooperação foi ratificado em 2001.
 Jogos da Juventude:

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Iniciados em 2010, os Jogos Olímpicos da Juventude são complementares
aos Jogos Olímpicos e disputados por atletas com idades entre catorze e dezoito
anos. Os Jogos Olímpicos da Juventude foram concebidos pelo presidente do
COI, Jacques Rogge, em 2001, e aprovados durante o 119º Congresso do COI. Os
primeiros Jogos Olímpicos da Juventude de Verão foram realizados
em Singapura, em 2010, enquanto os jogos inaugurais de inverno foram
realizados em Innsbruck, na Áustria, dois anos mais tarde. Estes jogos foram
mais curtos do que os jogos tradicionais; a versão de verão teve duração de
doze dias, enquanto a versão de inverno durou nove dias. O COI permitiu que
3 500 atletas e 875 funcionários participassem
nos Jogos da Juventude de Verão, e
970 atletas e 580 funcionários nos
Jogos da Juventude de Inverno. Os
desportos coincidem com os
programados para os jogos
tradicionais, porém, há um
número reduzido de disciplinas e
eventos.
 Jogos recentes:
De 241 participantes, a representar
14 nações em 1896, os Jogos têm crescido com cerca de 11 238 atletas de 207
Comités Olímpicos Nacionais nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. O projecto
e a escala dos Jogos Olímpicos de Inverno é menor. Por
exemplo, Sóchi hospedou 2 780 atletas de 88 países competindo em 98 eventos,
durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Durante os Jogos, a maioria dos
atletas e funcionários ficaram hospedados na Vila Olímpica. Esta vila é destinada
a ser uma casa auto-suficiente para todos os participantes Olímpicos. Ela está
equipada com lanchonetes, postos de saúde e locais de expressão religiosa.
O COI permite que as nações a competir que não cumprem os requisitos
rigorosos para a soberania política, que procurem outras organizações
internacionais. Como resultado, as colónias e dependências estão autorizadas a
criarem os seus próprios Comités Olímpicos Nacionais. Exemplos disto incluem
os territórios como Porto Rico, Bermudas, e Hong Kong, que competem como
nações separadas, apesar de serem legalmente uma parte de outro país.
O Movimento Olímpico abrange um grande número de organizações
desportivas nacionais e internacionais assim como federações, reconhecendo
parceiros de mídia, bem como atletas, dirigentes, juízes e qualquer outra pessoa
e instituição que concorda em obedecer às regras da Carta Olímpica. Como
organização de cúpula do Movimento Olímpico, o Comité Olímpico
Internacional (COI) é responsável por selecionar a cidade sede, supervisionar o
planeamento dos Jogos Olímpicos, a atualização e aprovação do programa de

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desportos, e negociação de patrocínios e direitos de transmissão. O Movimento
Olímpico é constituído por três elementos principais:

 Federações Internacionais (FI) são os organismos que dirigem a supervisão


de um desporto a nível internacional. Por exemplo, a Federação
Internacional de Futebol (FIFA) é a FI para o futebol, e a Federação
Internacional de Voleibol (FIVB) é o órgão internacional do voleibol. Existem
atualmente 35 FIs no Movimento Olímpico, representando cada um dos
desportos Olímpicos.
 Comités Olímpicos Nacionais (CON) representam e regularizam o
Movimento Olímpico em cada país. Por exemplo, o Comité Olímpico dos
Estados Unidos (USOC) é o CON dos Estados Unidos. Existem atualmente
206 CONs reconhecidos pelo COI.
 Comités de Organização dos Jogos Olímpicos (OCOG) constituem as
comissões temporárias responsáveis pela organização de uma edição
específica dos Jogos Olímpicos. OCOGs são dissolvidos após cada edição dos
Jogos, uma vez que o relatório final é entregue ao COI.

Os idiomas francês e inglês são as línguas oficiais do Movimento


Olímpico. A língua utilizada em cada edição dos Jogos Olímpicos é a língua do
país de acolhimento. Cada anúncio (como a entrada de cada país durante o
desfile das nações na cerimónia de abertura, por exemplo) é falado nestas três
línguas, ou as duas principais consoante o país de acolhimento seja um país de
língua inglesa ou francesa.

Países lusófonos nos Jogos Olímpicos:

 Angola nos Jogos Olímpicos


 Brasil nos Jogos Olímpicos
 Cabo Verde nos Jogos Olímpicos
 Guiné-Bissau nos Jogos Olímpicos
 Moçambique nos Jogos Olímpicos
 Portugal nos Jogos Olímpicos
 São Tomé e Príncipe nos Jogos Olímpicos
 Timor-Leste nos
Jogos Olímpicos

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 Semelhanças entre os
Jogos da Antiguidade e
da Era Moderna
Do começo ao fim da cerimónia, os Jogos Olímpicos atuais são
totalmente perfilados com o nosso tempo.
As antigas Olimpíadas eram apenas para os homens, no que diz respeito
a competições de atletismo e desportos de combate. As mulheres nem sequer
eram autorizadas a assistir. No entanto, algumas podiam competir nos eventos
equestres, mas só no papel de substitutas dos donos dos cavalos e das
carruagens.
A primeira vitória feminina de que se tem registro foi a de uma princesa
austera. Acredita-se que uma possível razão para a exclusão das mulheres seja o
facto de que os atletas, lutadores e boxeadores tinham que competir sem
roupa.
A antiga palavra grega para "exercitar-se" significava literalmente "ser
inflexível pelado", provavelmente por motivos religiosos, já que os Jogos eram
uma festa de homenagem a Zeus.
Cavaleiros e condutores de carruagens usavam roupas nas competições,
mas eles eram vistos como empregados, e não donos dos cavalos, donos estes
que ficavam com os louros da vitória.

As provas que duraram e as que não existem mais:

Dos eventos de corrida antigos, só sobreviveram (nos Jogos Olímpicos


atuais) os 200 metros rasos, os 400 m e a prova dos 5 mil metros. A pista de
corrida do século 4 a.C. ainda é visível na antiga cidade de Olímpia.

Havia também as provas de combate. Dessas, a luta romana e o boxe


sobreviveram mas em formato diferente. A luta também era um dos cinco
eventos do pentatlo antigo, junto com a corrida de 200 m, o arremesso de
dardos, o arremesso de disco e o salto em altura.

As antigas provas equestres, de carruagem e de corrida de mula não têm


equivalentes nas Olimpíadas modernas. Também havia provas em que os
atletas não precisavam de competir nus: os seus corpos eram cobertos com um
capacete e um protetor de canela para a corrida em armadura e para eventos
equestres.

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O local e o propósito dos jogos:

As antigas Olimpíadas eram um festival explicitamente religioso,


dedicado à veneração da mais poderosa divindade grega, Zeus, do Monte
Olimpo, a mais alta montanha grega.

Os jogos eram sempre disputados no mesmo lugar, num local remoto e


de difícil acesso a pé no noroeste do Peloponeso. Os competidores e
espectadores vinham não apenas da Grécia, mas de todo o mundo grego, que
na época estendia-se da Espanha à Geórgia. O local dos jogos era conhecido
como Olímpia, em homenagem ao título de "Olímpio" de Zeus, derivado do
Monte Olimpo.

Os prémios:

A vitória já era um prémio por si só, em teoria. Uma guirlanda simbólica


de folhas de oliva, cultivadas em Olímpia, era a única recompensa, e destinada
apenas ao campeão - não havia medalhas de prata ou bronze.

Mas a cidade natal de um campeão também poderia oferecer-lhe uma


recompensa monetária ou o direito de fazer refeições gratuitas no centro
administrativo. O campeão também podia encomendar versos a um poeta local
para imortalizar a sua fama, ou pedir a um artista para esculpir uma escultura
sua em bronze ou mármore á qual seria dedicada a um deus.

Os vencedores também ganhavam em prestígio. No fim do século 4 a.C.,


o lutador Milo, originário do que hoje é o sul da Itália, era considerado o Usain
Bolt da sua época, não só foi seis vezes campeão Olímpico, como também ficou
conhecido pelos seus dotes em carregar touros e em consumir carne.

Um evento internacional:

Ao princípio e por muitos séculos, o evento permitia apenas a adesão de


gregos, ou pan-helênicos. Na época, os "bárbaros" (não-gregos) não podiam
participar.

Mas quando Roma conquistou a Grécia, no século 2 a.C., os romanos


rejeitaram o título de bárbaros e exigiram o status de grego para que pudessem
competir, algo que conseguiram.

Os Jogos, assim, continuaram a


acontecer a cada quatro anos, até 393
d.C., quando foram banidos por um
imperador romano cristão, Teodósio I, que

27
alegava que a competição era politeísta e pagã.

Outro imperador romano que punha à prova o espírito Olímpico era


Nero, morto em 68 d.C. Com ameaças e subornos, ele exigiu que o comité pan-
helênico adiasse a data das Olimpíadas por dois anos, para que o imperador
pudesse combinar a sua aparição na competição com seu tour imperial, em 67
d.C.

Ele caiu da sua carruagem de 16 cavalos, mas mesmo assim foi premiado
com a guirlanda de oliva, dando amostras do seu poder imperial na época.

Sendo que resumidamente as semelhanças entre os Jogos Olímpicos da


Antiguidade e da Era Moderna são:

 As antigas Olimpíadas ocorriam em poucos dias, e as atuais duram cerca


de dois meses;
 As olimpíadas antigas eram influenciadas pela cultura e mitologia;
 As antigas Olimpíadas ocorriam em Olímpia na Grécia, mas já as
atuais ocorrem em qualquer país do mundo desde que ele seja escolhido pelo
Comité Olímpico (COI);
 Antigamente as mulheres não participavam nos jogos; hoje em dia já
podem;
 Antigamente existiam somente 8 modalidades agora existem 29;
 As regras para os atletas e os campeões mudaram;
 Antigamente todos os atletas competiam em todas as modalidades e
havia somente um campeão, hoje em dia existem atletas específicos para cada
modalidade, e cada modalidade tem o seu campeão específico;
 Os gregos achavam os povos de fora muito bárbaros pelo facto de que
eles não tinham as mesmas crenças, o que era o suficiente para proibi-los de
participar nas Olimpíadas. Atualmente podem participar atletas de todas as
nações;
 Outra diferença crucial é que na Grécia antiga, em tempo de Olimpíadas
era realizada uma trégua em toda a Grécia, mas hoje em dia não ocorre bem
assim. Exemplos disso são as duas guerras mundiais que interromperam
algumas Olimpíadas. A Primeira Guerra Mundial interrompeu a Olimpíada de
1916. A Segunda Guerra Mundial interrompeu as dos anos de 1940 e 1948.

28
Capitulo 5:
 Atleta Olímpico
Português
Edivaldo Isaías Monteiro nascido na Guiné-Bissau a 28 de Abril de 1976,
veio para Portugal com apenas 10 anos, tornando-se num atleta português que
destacou-se ao serviço da Seleção Portuguesa de Atletismo e no Sporting Clube
de Portugal. Tendo percorrido grandes distâncias a pé na guiné, sem saber o
que era atletismo, e ainda no Vale da Amoreira (Barreiro), onde passou a viver
focou-se no futebol começando a jogar como defesa, até que o treinador de
atletismo do Centro de Atletismo da Baixa da Banheira, que o conhecia,
convidou-o a completar uma equipa de 4x100 metros que iria ao Nacional de
Juvenis.
Começou logo a ganhar provas e só não foi
Campeão Nacional Júnior dos 300m barreiras,
porque era estrangeiro, facto que também o
impediu de marcar presença no Mundial de
Juniores de 1995, depois de ter feito os mínimos
para os 400m barreiras, com a marca de 52,75s
No final do ano de 1996 entrou no Sporting
Clube de Portugal, mas só três anos depois é que
viu concluído o seu processo de naturalização
com 23 anos, quando já discutia com Carlos Silva o domínio a nível nacional da
corrida dos 400m barreiras, que era a sua especialidade, embora também
conseguisse bons resultados nos 400m planos.
Foi campeão nacional júnior e campeão nacional absoluto por várias
vezes, participando no Campeonato Mundial de Atletismo nas edições de 2001,
2003 e 2007. Sendo que liderou o ranking nacional ao longo de seis anos, entre
2003 e 2008 e em 2007 chegou às meias-finais desse mesmo campeonato.
No ano de 2006 conquistou duas Medalhas de Bronze nos I Jogos da
Lusofonia que se disputaram em Macau, ao classificar-se no 3º lugar nos 400m
barreiras e na estafeta dos 4x400m.
Nos Jogos Olímpicos de 2004 foi a Antenas e a Pequim em 2008 onde não
conseguiu ultrapassar as eliminatórias, tendo em Atenas chegado às meias-
finais. Em 2002, no Campeonato Europeu de Atletismo de Munique, também
chegou às meias-finais.

29
Tem como recorde pessoal a marca de 49,10s obtida em Berna a 26 de
Junho de 2004 e nessa mesma especialidade, em Agosto desse ano conquistou a
Medalha de Prata nos Campeonatos Ibero Americanos que se disputaram em
Huelva, na Espanha.
Em 2010, regressou ao clube onde fez a sua formação sendo que foi 7
vezes Campeão de Portugal dos 400m barreiras, somando ainda 2 títulos nos
400m e outros tantos nos 400m em pista coberta, isto para além de ter feito
parte de duas equipas do Sporting que ganharam os 4x400m e de outras duas
que ganharam os 4x100m, nos Campeonatos de Portugal de Estafetas.
Na pista coberta integrou as equipas do Sporting que bateram os
Recordes Nacionais dos 4x200m, com a marca de 1,27,66m, fixada em 1999 e
dos 4x400m, fixando-o em 3,14,83m, uma marca obtida em 2003.
Representou Portugal em 9 edições da Taça da Europa.
Campeão de Portugal de 400 m barreiras, Olímpico em Atenas de 2004,
soube-se no ano de 2006 que Edivaldo Monteiro estava há quatro meses com
problemas nos dois joelhos o que o tinham impossibilitado de treinar em pleno
e o deixaram desmoralizado a ponto de admitir terminar a sua carreira ainda
antes de completar no dia 28 os seus 30 anos de idade.
Com um curso de animador sócio-cultural, acumulou o treino com o
trabalho na Câmara da Moita, zona onde vivia (Alhos Vedros). Treinava na pista
de Almada com João Ribeiro, técnico que o orientou desde que, em 1995,
ingressou na Quimigal, dois anos antes de se transferir para o Sporting, onde
esteve 14 anos. Na fase final da carreira, já sem grandes objetivos competitivos,
regressou ao Centro de Atletismo da Baixa da Banheira.
Nos tempos livres, que não eram muitos, tocava (toca) bem viola e chegou
a comprar um piano. Nas deslocações do Sporting e da Seleção, rivalizava com o
professor Moniz Pereira onde preferia tocar música moderna em vez de música
portuguesa como o professor queria.

30
Capitulo 6:
 Atleta Olímpico
Internacional
Michael Edwards nasceu a 5 de dezembro de 1963 é conhecido como
" Eddie the Eagle ", é um esquiador britânico que, em 1988, tornou-se o
primeiro competidor desde 1929 a representar a Grã-Bretanha no salto
Olímpico de esqui , terminando em último lugar nos eventos de 70 m e 90
m . Ele tornou-se o recordista de esqui, o nono em esqui de velocidade amadora
(106,8 mph (171,9 km / h)) e um recordista mundial de saltos para saltar sobre 6
ônibus.
Edwards nasceu em Cheltenham , Gloucestershire . O nome de "Eddie" é
um apelido derivado de amigos escolares e do seu
sobrenome. Não tendo feito o título como esquiador
em declive, ele decidiu mudar para saltador de esqui,
pois não havia outros saltadores de esqui britânicos
com quem competir por um lugar.
Começou a saltar sob o olho de John Viscome
e Chuck Berghorn em Lake Placid, Nova York ,
usando o equipamento de Berghorn, embora ele
tivesse que usar seis pares de meias para ajustar as
botas, estando a prejudicar o seu peso pois pesava
cerca de 82 kg com as meias. Tinha uma grande falta
de apoio financeiro para o treinamento pois foi
totalmente autofinanciado. Outro problema era que
Michael era muito míope vestindo óculos grossos
debaixo dos seus óculos de proteção, que emitem
em altitude.
Eddie foi informado da sua qualificação para
os Jogos Olímpicos enquanto trabalhava como salteador e residia
temporariamente num hospital mental finlandês devido à falta de recursos para
alojamento alternativo e não como paciente. Ele representou pela primeira vez
a Grã-Bretanha no Campeonato Mundial de 1987 e ficou em 55º lugar no
mundo. Esta performance qualificou-o, como o único candidato britânico,
à competição de salto de esqui das Olimpíadas de Inverno de 1988 .
Edwards foi o melhor saltador de esqui, embora o único, no Reino Unido,
mantendo o recorde britânico de 73,5 m em um dos seus saltos de Calgary em
1988.

31
Durante as Olimpíadas de Inverno de 1988, Edwards competiu e
terminou em último lugar nos eventos de 70 m e 90 m . Nos 70 m, ele marcou
69,2 pontos a partir de dois saltos de 55m; Nos 90 m, marcou 57,5 pontos de 71
m e saltos de 67 m.
Desde do início, a versão da imprensa acerca da sua história foi "bordada com
falsidades". Pois o atleta afirmava que o midia dizia que Michael Edwards tinha
medo de alturas, sendo que este fazia sessenta saltos por dia, o que dificilmente
seria possível se tivesse realmente medo de alturas.
A sua falta de sucesso envolveu as pessoas ao redor do globo. Este
tornou-se numa celebridade na mídia e apareceu em talk shows em todo o
mundo, aparecendo no The Tonight Show durante os Jogos. A imprensa
apelidou-o de " Sr. Magoo ", e um jornalista italiano chamou-o de "coxinho de
esqui". A atenção generalizada que Edwards recebeu em Calgary foi
embaraçosa para alguns no estabelecimento de salto de esqui. Pouco depois
das Olimpíadas, os requisitos de entrada foram fortalecidos , a fim de tornar
quase impossível para qualquer um seguir o seu exemplo.
Na cerimónia de encerramento, o presidente do Comité Organizador,
Frank King, destacou Edwards por a sua contribuição. King disse olhando para os
concorrentes Olímpicos que Michael teria quebrado recordes mundiais e que
estabeleceu os melhores resultados pessoais, tendo-se elevado como uma
águia.
A regra Eddie "The Eagle":
Em resposta ao fenómeno de Edwards, em 1990, o Comité Olímpico
Internacional (COI) instituiu o que foi conhecido como a “Eddie the Eagle Rule”,
que exige que os esperançosos Olímpicos compitam em eventos internacionais
e sejam colocados nos 30% superiores ou os 50 melhores concorrentes , o que
for menor.
Edwards não conseguiu qualificar-se para as Olimpíadas de Inverno de
1992 em Albertville, França, e os Jogos de 1994 em Lillehammer ,
na Noruega . Ele obteve um patrocínio de cinco anos da Eagle Airlines, uma
pequena companhia charter britânica, que apoiava a sua tentativa de alcançar
os Jogos de 1998 em Nagano , Japão , mas não conseguiu qualificar-se para
estes também.
Em 13 de Fevereiro de 2008, Edwards fez uma visita de regresso a Calgary
para participar nas festividades que marcaram o 20º aniversário dos
Jogos. Durante sua visita, montou o tirolesa no Parque Olímpico do Canadá com
um membro da equipa júnior de bobsleigh (o passeio simula a velocidade de um
saltador de esqui) e liderou uma procissão de esquiadores nas encostas do
parque enquanto carregava uma Tocha Olímpica.

32
Este foi escolhido como portador da torcedeira no relé para
as Olimpíadas de Vancouver de 2010. Correndo com a tocha em 7 de Janeiro de
2010 em Winnipeg.
Edwards lançou um livro (e um vídeo) chamado On the Piste. Gravando
uma música em finlandês intitulada "Mun nimeni on Eetu" ("Meu nome é
Eetu"), embora ele não fale-se finlandês. Mais tarde, ele gravou outra música
de língua finlandesa : "Eddien Siivellä" ("On Eddie's Wing"). Ambas as músicas
foram compostas e escritas pelo popular artista finlandês Irwin Goodman.
Apareceu em várias campanhas publicitárias, por exemplo, na televisão,
promovendo carros e comissões de 10.000 dólares por hora. No entanto, ele
declarou falência em 1992, alegando que um fundo fiduciário para os seus
ganhos não foi configurado corretamente. Em 2003, formou-se na Universidade
De Montfort em Leicester com o diploma de direito. Sendo que teve um
interesse pela lei desde que arremessou uma ação civil contra os seus trustes há
10 anos.
Em 2011, retornou a Plânia na Eslovénia e visitou um dos maiores saltos
de esqui do mundo. Pela primeira vez, ele trouxe a sua família com ele sob as
pistas de esqui e fez um vídeo de promoção, "Eddie 'the Eagle' Lands in
Slovenia", enquanto visitava lugares como Kranjska Gora , Lake
Bled , Ljubljana , Cavernas de Postojna , Lipica , Portorož e Piran . O vídeo foi
publicado mais tarde no YouTube e em muitos sites do Reino Unido. Edwards
descreveu a visita á Eslovénia como uma das melhores viagens da família até
aquele momento.
A 25 de Fevereiro de 2012, apareceu como um concorrente no episódio 2
da BBC1 's dança Deixe-nos para o Sport Relief 2012 e conseguiu passar para a
final na maioria dos votos do público. As suas apresentações foram
acompanhadas pela Royal British Legion Band & Corps Of Drums Romford .
Em janeiro de 2014, comentou o programa de TV Channel 4 The Jump,
onde 12 pessoas famosas participaram nos desportos de inverno. Como parte
de cada episódio, Edwards pulou o maior dos três saltos de esqui. No mesmo
ano, ele apareceu como convidado no show de comédia ITV2 Fake Reaction. Em
2017, retornou às instalações de salto de esqui no Parque Olímpico do Canadá ,
onde participou nas Olimpíadas de 1988, para fazer alguns saltos que foram os
primeiros em mais de 15 anos.
O esquiador britânico ganhou fama no
desporto por ser um perdedor espectacular,
a história deu um filme.
Dizia-se que Michael Edwards era
míope e que nunca tinha esquiado na
vida não tendo jeito nenhum para o
desporto, sendo considerado um dos

33
mais espetaculares perdedores do desporto moderno. Algumas coisas eram
verdade, outras, não. Era verdade, por exemplo, que era míope, os óculos de
lentes grossas eram uma evidência da sua curta visão.
Michael Edwards ficou tão famoso que a sua vida até deu um filme, mas
não foi com este nome que ficou conhecido. Chamavam-lhe Eddie “The Eagle”
(A Águia) e, em 1988, foi ele a “estrela” dos saltos nos Jogos Olímpicos de
Inverno, realizados em Calgary. Não porque tinha sido primeiro, mas porque foi
último duas vezes. Alguns viram-no como uma vergonha para o desporto que
devia ser ignorada, outros olhavam para ele como um exemplo perfeito do que
deve ser o espírito Olímpico. Eddie, “a águia”, não estava lá para ganhar, estava
lá para competir e não cair.
Edwards queria ser atleta Olímpico e até era um esquiador amador com
alguns méritos, na prova de downhill. Em 1984, falhou por pouco um lugar na
equipa britânica que iria estar nos Jogos de Lake Placid, mas não desistiu do
sonho Olímpico. Só que o downhill era uma disciplina demasiado cara para ele e
Eddie, sem apoio oficial ou patrocínios, teve de optar por uma modalidade
menos dispendiosa. Trocou a velocidade pelos saltos porque era mais
económico, mas, também, porque sabia que não ia ter concorrência no
apuramento. Não havia mais nenhum britânico que fizesse aquilo.
“Não tinha muito dinheiro e tive de encontrar qualquer coisa que fosse
mais barata. Fui ver os saltos e não me pareceu mal”, recorda Edwards. Para
qualificar-se para os Jogos, Eddie tinha de fazer um salto de 70 metros numa
prova da Taça do Mundo, uma distância até bastante acessível. Aqui não estava
dependente de nenhum processo de selecção, mas havia um problema. Com
toda a sua competência no esqui alpino, nunca tinha feito saltos na vida.
Começou pelos saltos a 15 metros e quando passou para os 40m caiu.
Edwards não tinha treinador, nem dinheiro para andar de avião. Só
resiliência e engenho. Conduziu a carrinha da mãe pela Europa para participar
em provas da Taça do Mundo, teve vários empregos de ocasião (foi babysitter,
cozinheiro e trabalhou numa lavandaria, por exemplo), andou a recolher restos
em caixotes do lixo para comer e contava com a boa vontade das outras equipas
para competir. Os esquis eram da equipa austríaca, o capacete foi cedido pelos
italianos (o único que tinha estava seguro por um cordel e voou durante um
salto) e tinha de usar seis pares de meias para poder usar umas botas em
segunda mão bem maiores que os seus pés.
Neste périplo em busca do sonho, também ficou alojado em sítios
improváveis. “Houve uma vez que me convidaram para treinar com a equipa
finlandesa em Kuopio, mas não tinha sítio para ficar. Um dos treinadores da
equipa trabalhava no hospício local como empreiteiro e eles deixaram-me ficar
lá um mês, ao custo de uma libra por noite. Conheci alguns pacientes lá,
geralmente ao pequeno-almoço. Eles só falavam finlandês e eu nunca sabia se

34
eles estavam a falar sozinhos ou comigo”, contava Edwards ao The Independent,
em 2008.
Michael lá conseguiu fazer uma prova que o colocou bem perto dos
mínimos, 69,5m, e a federação britânica aceitou levá-lo aos Jogos. Este não
sabia, mas já se tinha tornado numa celebridade desportiva internacional.
Quando aterrou em Calgary, tinha uma multidão à sua espera que gritava por
Eddie, “a águia”. Mas para chegar até aos fãs sofreu várias peripécias. A sua
mala ficou presa no tapete de recolha das bagagens, arrebentando e fazendo
com que Eddie andasse em cima do tapete a recolher a roupa. Depois, tinha de
sair do aeroporto, mas até isso foi complicado. As portas automáticas estavam
desligadas, era de noite e o incauto britânico foi contra o vidro e partiu os
esquis.

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Capitulo 7:
 Curiosidades
Olímpicas
As medalhas de ouro não são feitas de ouro puro (a última a ser
feita com ouro puro foi em 1912);
O primeiro atleta negro a ganhar uma maratona correu descalço;
A luta mais longa da história dos Jogos Olímpicos durou mais de 11
horas;
Os gregos inventaram uma olimpíada só para as mulheres. Chamada
de Jogos de Heraia, esta foi criada em homenagem à deusa Hera,
mulher de Zeus. Estranhamente, só tinha uma modalidade: a
corrida de estádio.
Nos Jogos Olímpicos de 1912 houve uma prova de literatura;
O investimento para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro chegou a
ser de 37,6 biliões reais;
O ingresso mais barato dos Jogos Olímpicos custa 40 euros e o mais
caro 4600 euros.
O sueco Oscar Swahn foi o competidor mais velho a conquistar uma
medalha Olímpica. Aos 72 anos foi medalhista de prata na
Olimpíada da Antuérpia, em 1920, na disputa de Tiro Duplo ao
Veado;
No nado sincronizado, uma das modalidades Olímpicas mais belas
de se ver, o cabelo dos atletas é fixado com gelatina;
O comité de organização do Rio 2016 disponibilizou aulas de inglês
gratuitas para os taxistas da cidade;
Os Jogos Olímpicos de Londres de 1908 foram os mais longos da
história, com a duração de 188 dias;
Stella Walsh tornou-se a primeira mulher a superar a marca de 100
m no atletismo em menos de 12 segundos. No entanto, após a sua
morte, em 1980, a autópsia revelou que Stella era na verdade um
homem, ou ao menos possuía o órgão genital masculina;
A próxima Olimpíada, em 2020, acontecerá em Tóquio, no Japão.

36
Capitulo 8:
Conclusão:
Análise Critica:
Neste trabalho abordei o assunto o Olimpismo, onde expliquei
a sua definição, os seus três valores fundamentais e a sua respetiva
descrição, também abordei os sete símbolos dos Jogos Olímpicos e a
sua descrição, tal como também escrevi acerca das principais
semelhanças entre as Olimpíadas da Antiguidade e da Era Moderna.
Referi também um atleta português e um internacional
descrevendo as suas biografias, homens que já tenham participado
ou participem nos Jogos Olímpicos. Finalmente relatei algumas
curiosidades Olímpicas que muitas das pessoas não sabem.
Cumpri todos os objetivos sugeridos na proposta de trabalho mas
tendo algumas dificuldades em encontrar certos aspectos que
tiveram de ser pesquisados pormenorizadamente. Senti algumas
dificuldades em pesquisar as curiosidades Olímpicas pois muitos dos
sites que contém tais curiosidades, são curiosidades enfadonhas ou
seja curiosidades que não despertam o interesse das pessoas, sendo
que tentei relatar neste trabalho as curiosidades que achei mais
interessantes.
Este trabalho foi importante para o meu conhecimento deste
tema uma vez que não sabia vários aspetos acerca do Olimpismo.
Para concluir com este trabalho pode aperfeiçoar as minhas
competências de investigação, seleção, organização da informação.

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