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A lenda da criação do rugby teve início por William Webb Ellis, um estudante de Londres. Foi dito
que, durante uma partida de futebol em 1823 na Rugby School, o tal impetuoso jovem ficou irritado com o
jogo e teria agarrado a bola nos braços e corrido no campo provocando a ira de seus colegas, que
tentavam pará-lo agarrando-o de qualquer maneira. Outros dizem que a bola era carregada com os
braços com muita frequência nos jogos durante 1820 e 1830. Muitos estudantes antigos da Rugby School
dizem que a bola carregada fazia parte do jogo há muito tempo antes, contrariando a história do rebelde
rapaz. Apesar da eterna contradição da origem, instituições importantes como French Rugby Federation
concederam grande importância na manutenção do túmulo de William Webb Ellis como um símbolo do
surgimento do rugby. William viveu como pastor e foi sepultado no cemitério marítimo em Menton, na
França.
Assim, todos aqueles que praticavam o jogo com as mãos se uniram para padronizar as regras
do desporto. O "Foot-ball Rugby" teria então um desenvolvimento independente do "Foot-ball
Association". Em 1871 foi fundada a primeira Rugby Union em Londres e da Inglaterra expandiu-se para
o mundo. No país de Gales, onde o Rugby tem raízes profundas principalmente na população mais
humilde, encontrou terreno propício para o seu desenvolvimento auxiliado pelo espírito do povo galês.
Posteriormente foi levado para Escócia, Irlanda, no continente europeu (notadamente para a França) e
navegou rumo às colónias do Império Britânico: Austrália, África do Sul, Nova Zelândia, Canadá e
Estados Unidos da América
Neste último, fundiram-se, numa volta ao passado, o rugby e o association, sendo criado o
famoso Futebol Americano. Apesar de possuir mais características do rugby, não pode ser com ele
confundido, pois as regras são bastante diferentes. O ponto culminante do desporto era o Torneio das
Cinco Nações, realizado anualmente, envolvendo as equipas da Inglaterra, País de Gales, Irlanda,
Escócia e França.
Como os interesses envolvidos foram crescendo, acabou por se realizar o I Campeonato Mundial
de Rugby, em 1987 com 16 integrantes, divididos em quatro chaves e jogando tanto na Nova Zelândia
como na Austrália, sedes do Torneio. Os países participantes foram a Nova Zelândia, Austrália, Inglaterra,
País de Gales, Escócia, Irlanda, França, Estados Unidos da América, Canadá, Japão, Itália, Ilhas Fiji,
Ilhas Tonga, Argentina e Zimbabwe. O Campeonato foi vencido pela Nova Zelândia, ficando a França em
segundo lugar.
O espírito do rugby é uma doutrina para seus praticantes. Prega-se que o desporto é praticado
por um grupo de trinta pessoas , que tão somente no momento do jogo, se dividem- em dois grupos de
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quinze. Portanto, fora do campo, não há lugar para rivalidades e atitudes anti-desportivas. Tanto isso que,
após as partidas, os jogadores tradicionalmente se reúnem no chamado "terceiro tempo" em que, com
muita cerveja e alegria cantam, socializam e comentam os principais lances da partida recém jogada.
Apesar das suspeitas de que este poderá ter sido praticado em Portugal no final do séc. XIX, as
pesquisas que alguns autores, como o falecido Eng. Vasco Pinto de Magalhães, conduziram sobre a
historia do Rugby em Portugal apontam para o dia 11 de Dezembro de 1903 como o primeiro momento de
que existe prova documental da realização de um jogo entre oficiais duma esquadra inglesa e o Lisbon
Football Club, num campo deste clube na Cruz Quebrada.Tais encontros continuam a repetir-se na zona
de Lisboa e mesmo na região do Porto mas apenas entre equipas exclusivamente constituídas por
britânicos.
Há notícias, através de Alberto de Freitas, de que o Rugby foi efemeramente introduzido em 1919 por
Cândido de Oliveira aos alunos da Casa Pia, que lhe chamaram Jogo da Azeitona. Esta prática dura
apenas até ao ano de 1921 e teve um carácter ocasional.
A partir desta data, sob a égide do Sporting Club de Portugal, que sucedeu ao Royal F.C. (extinto
em 1923) como pioneiro do Rugby em Portugal, é formada em 24 de Janeiro de 1927 a Associação de
Rugby de Lisboa. Foram seus fundadores o Sporting e outros clubes que formaram equipas a partir de
antigos praticantes do Sporting – Sport Lisboa e Benfica, Ginásio Clube Português e Carcavelinhos
Football Club.
Nessa mesma época realiza-se o primeiro campeonato de Lisboa, ganho pelo Sporting Club de
Portugal. A partir da criação da A.R.L. verifica-se que também no Porto é criada a Associação e disputado
o primeiro campeonato em 1929/30, infelizmente só se mantendo até 1934/35. Em Lisboa a actividade
mantém-se e realiza-se mesmo em 1934/35 o primeiro Campeonato Escolar, de que temos notícias
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através do já mencionado Eng.º Pinto Magalhães que, conjuntamente com Francisco Xavier de Araújo,
desempenha um papel determinante na fase de consolidação do Rugby em Portugal. Em 13 de Abril de
1935 disputa-se em Lisboa o primeiro jogo internacional, Portugal – Espanha, ganho pelos espanhóis por
6-5, este contacto é repetido em Madrid em 1936, ainda com vitória espanhola, à qual se seguem 18
anos sem jogos internacionais, até 1954. Merece ainda destaque a progressiva divulgação das Leis do
Jogo de Rugby (ao tempo chamadas Regras) que foi iniciada em 1926 e 1927 de forma ainda reduzida,
sendo retomada pela A.R.L. na primeira edição oficial em 1942/43, e continuada em versões de
actualização. Nesta fase é fundamental a difusão do Rugby entre os universitários que se acentua na
década de 1950 com a criação do CDUL e a expansão a Coimbra (AAC) e recomeço da prática no Porto.
Em 23 de Setembro de 1957 é criada a Federação Portuguesa de Rugby, cujo sócio fundador foi a
Associação de Rugby do Sul. A A.R.L. termina a sua actividade com a tomada de posse dos Corpos
Sociais da FPR em Julho de 1958.
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Regras
O Bitoque Rugby é um jogo único, fácil de jogar, que envolve situações muito variadas e pode
ser praticado por equipas mistas, mesmo em espaços reduzidos e com pisos duros como os
habitualmente existentes nas escolas.
A concepção deste jogo pretende responder à inexistência de condições para desenvolver o
rugby com contacto e queda para o solo na escola, poderá ser utilizado em todos os tipos de pisos,
sempre que seja aconselhável a sua prática em detrimento do rugby, caso de prática por grupos mistos
em aulas de educação física ou como forma de animação desportiva em períodos de férias (ex: na praia).
Material
A bola tem uma forma com quatro gomos.
Campo
O terreno de ter as dimensões mencionadas para as diferentes formas, indicaram-se medidas que
poderão basear-se nas marcações de campo de basquetebol (caso do 3x3) ou de andebol (casos do 4x4
até ao 6x6) para facilitar a sua utilização em instalações escolares.
É importante que o terreno esteja livre de obstáculos até uma distância de segurança de cerca de 2
metros em relação a cada linha limite.
Para clarificar junta-se uma planta do terreno, com a designação das linhas e zonas do campo,
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Faltas
Considera-se que está em fora de jogo um jogador que não respeita as distâncias indicadas no presente
regulamento.
Além dos aspectos já mencionados não é permitido:
• Chocar, agarrar, rasteirar ou impedir de qualquer outra forma desleal um adversário de se deslocar
livremente, com ou sem bola;
• Demonstrar falta de respeito ou espírito desportivo (fairplay) em relação a
companheiros, adversários ou ao árbitro.
Vantagem
Sempre que há infracção ao regulamento o jogo deve ser interrompido e recomeçado da forma prevista,
excepto se da interrupção sai beneficiada a equipa faltosa. Nesta situação o árbitro não deve
interromper o jogo, salvo nos casos em que a aplicação da vantagem possa provocar riscos de lesão.
Mesmo que o árbitro aplique a lei da vantagem o procedimento disciplinar deverá ser aplicado ao
infractor, quando o jogo for interrompido.
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Diversos
Quando um jogador comete uma falta dentro da sua área de ensaio, e não é aplicável a
vantagem, o jogo é interrompido pelo árbitro e recomeça com um pontapé livre (bitoque de 3) ou uma
formação ordenada (bitoque de 4, 5 ou 6) a cinco metros da linha de ensaio dessa equipa com a posse
de
bola para a equipa adversária. O ponto onde o pontapé livre ou a formação se realizam deverá ser o
correspondente ao local onde essa falta foi realizada.
Se um jogador comete uma falta dentro da área de ensaio do adversário, e não é aplicável a
vantagem, o jogo é interrompido pelo árbitro e recomeçará com um pontapé livre para a equipa não
infractora a cinco metros da linha de ensaio. O local para a marcação desse pontapé livre será
escolhido pela equipa que dele beneficia, desde que não situado a mais de cinco metros da sua linha
de ensaio.
As distâncias de cinco metros previstas em diversos aspectos deste regulamento não se aplicam
sempre que a equipa a que se referem se encontra a menos de cinco metros da sua linha de ensaio.
Neste caso será permitido à equipa defensora que se coloque sobre a sua linha de ensaio, encurtando
desta forma a distância a que se coloca
Substituições
As substituições são em número ilimitado e a qualquer momento, desde que o jogo esteja parado e seja
dado prévio conhecimento ao árbitro.
Arbitragem
A arbitragem no bitoque é assegurada por um árbitro, que poderá ser auxiliado por dois juízes de linha. O
árbitro é o responsável por ajuizar o cumprimento do regulamento, controlo do tempo e pontuação das
equipas. Deve ser portador de um apito que utiliza para indicar o início e final de cada parte, bem como
para interromper o jogo quando há faltas ou assinalar ensaios. Quando existam juízes de linha estes
devem ser portadores de uma bandeirola que utilizam para indicar a saída pela
lateral respectiva e auxiliar o árbitro.
Existem algumas indicações que nos parecem importante colocar desde já:
• é fundamental que o árbitro seja claro e use sinais para facilitar a compreensão das suas decisões;
• quando o árbitro observa um bitoque deverá indicá-lo, exclamando de forma audível "bitoque", para
evitai dúvidas nos jogadores;
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• o deslocamento do árbitro deve ser periférico, para evitar interferir nos deslocamentos dos jogadores,
mas terá de estar sempre próximo da linha da bola;
• os jogadores devem ser habituados a utilizar a vantagem desde que esta seja possível sem perturbar a
compreensão do regulamento;
• os comportamentos desleais, violentos ou antidesportivos devem ser ajuizados com rigor e a sua
reincidência implicará penalizardes disciplinares para os envolvidos. As penas disciplinares podem ser de
advertência, exclusão temporária ou expulsão para o resto do jogo, de acordo com a gravidade do
comportamento e a sua reincidência.
Formação Dimensões do
Nº de jogadores Alinhamento Tempo de jogo
Ordenada terreno
3 contra 3 Não há Não há 15 x 26 7 + 7 min
4 contra 4 1x1 1x1 20 x 40 8 + 8 min
5 contra 5 2x2 2x2 20 x 40 9 + 9 min
6 contra 6 3x3 3x3 10 + 10 min
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Formação Ordenada
A formação ordenada é a forma de recomeçar o jogo após toque ou passe para diante com as mãos.
Esta forma de recomeçar o jogo só é utilizada a partir do bitoque de 4 e nela a bola será sempre ganha
pela equipa que não provocou a formação.
Os jogadores da equipa que provocou a formação ordenada
(não envolvidos na formação) têm de colocar-se a 5 metros da
linha que separa os jogadores das duas equipas (túnel).
Só poderão ultrapassar essa linha quando a bola já saiu da formação ordenada.
Os jogadores da equipa que ganha a bola (não envolvidos na formação) poderão colocar-se até uma
linha que passa pelos pés dos jogadores da sua equipa que participam na formação.
No bitoque de 4 a formação ordenada é composta por um jogador de cada equipa, no de 5 por dois
jogadores de cada equipa e no bitoque de 6 por 3 jogadores de cada equipa.
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O jogador que introduz a bola na formação retira-se imediatamente para trás dos pés
dos seus companheiros, após haver introduzindo a bola aguardando que a mesma saia da
formação para ser jogada.
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No alinhamento a bola é recolocada em jogo por um jogador da equipa que não foi responsável
pela sua saída pela lateral. O ponto onde a bola é recolocada em jogo é o ponto onde se verificou a falta.
O jogador que recoloca a bola em jogo faz um lançamento manual para
o meio do corredor que separa os jogadores participantes no alinhamento, que
se colocam em duas colunas da forma que se indica na figura, deixando um
corredor de 1 metro entre as duas equipas e situando-se a pelo menos 3 metros
da linha lateral.
Os pés do lançador estarão colocados junto à linha lateral mas fora do terreno.
O lançador poderá entrar no jogo depois de lançar a bola, recolocando-se entre
o alinhamento e a sua linha de ensaio.
A bola é disputada entre os jogadores das duas equipas que poderão ser auxiliados por colegas
seus no salto, através da acção de elevador na fase de impulsão ou sustentando o colega no ar. Nenhum
jogador participante no alinhamento poderá dificultar o salto ou elevador dos seus adversários
ultrapassando o corredor de 1 metro entre adversários, excepto se o fizer ao elevar ou saltar para uma
bola já lançada.
O número de participantes, além do lançador, é de 1, 2 ou 3 por equipa no caso do bitoque de 4,
5 ou 6, tal como é proposto para a formação ordenada.
Os jogadores não participantes no alinhamento deverão colocar-se a pelo menos 5 metros da
linha que passa pelo meio do corredor que separa os participantes no alinhamento. Só poderão
ultrapassar essas distâncias quando a bola já foi jogada por participantes no alinhamento ou foi lançada
para além dos participantes no alinhamento.
Pontapé Livre
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É ordenado um pontapé livre sempre que se verifica uma infracção ao regulamento estabelecido, salvo
nas situações em que expressamente se indica outra forma de recomeço.
O pontapé livre é marcado no local onde o jogador infractor cometeu a
infracção.
No caso do bitoque de 3 realiza-se um pontapé livre em substituição
das formações ordenadas e alinhamentos, que se realizam a
partir do
bitoque de 4.
O local onde se executa o pontapé livre, após a saída da bola pela lateral
é o correspondente ao local de saída, dentro do terreno de jogo.
Todos os jogadores da equipa que beneficia do pontapé livre terão de se colocar entre a linha da bola e a
sua linha de ensaio. Os jogadores da equipa que cometeu a falta terão de se colocar a 5 metros da linha
da bola no sentido da sua linha de ensaio.
A marcação do pontapé livre é feita da mesma forma que a prevista para o pontapé de saída.
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