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O tumor benigno e o tumor maligno de próstata é a neoplasia mais frequente no homem. Tirando o câncer de pele, o
câncer de próstata é o mais comum em homem e é o segundo que mais mata.
1 a cada 6 homens tem câncer de próstata.
O fator de risco para esta doença é idade, quanto maior a idade, maior a chance de ter câncer de próstata e HPB. E
como a população brasileira vem envelhecendo, teremos maior incidência futuramente.
Anatomia da Próstata
A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da bexiga. Possui um peso aproximado de 20-30g e é cortada pela uretra
prostática e logo após a uretra prostática temos a uretra membranosa e por fim temos a uretra bulbar do pênis. A próstata é
responsável por produção de grande parte do liquido seminal.
Anatomia da Uretra
Esfíncter interno: É formado pelo colo da bexiga e por parte da uretra prostática
Esfíncter externo: Formado pelos músculos do assoalho pélvico e por parte da uretra membranosa
As estruturas relacionadas à próstata incluem: Utrículo prostático, vesículas seminais, ducto ejaculador, entre outros.
Na bexiga encontra-se o trígono vesical e o colo vesical, rico em receptores alfa-adrenérgicos, responsáveis pela
contração desta região. Assim, para o tratamento de HPB pode-se fazer uso dos alfabloqueadores, que relaxam esta
musculatura para que o paciente possa ter uma melhor micção.
A próstata é 70% glandular e 30% fibromuscular. Assim, podemos entender o porquê ela pode causar sintoma tanto como
compressão mecânica (cresce e comprime a uretra) quanto uma compressão funcional, porque ela tem musculatura lisa que
contrai e faz com que o paciente também tenha sintomas prostáticos. A próstata participa da ejaculação com a liberação de
zinco, ácido cítrico, fosfatase acida prostática, antígeno prostático especifico (PSA). Quando maior o tamanho e maior a idade,
tem-se a probabilidade de ter um PSA mais alto.
Embriologia
A prevalência de HPB em relação a outras comorbidades. Em homens entre 61-72 anos chega a ser 3 vezes mais prevalente que
Diabetes.
Fatores de Risco
Idade: quanto maior a idade, maior a chance, não só histológica como também sintomática.
Função androgênica normal
Raça (negros > brancos > amarelos)
Obesidade (dieta rica em gordura animal aumenta o CaP, ela aumenta a gravidade, porém não causa o CaP)
Genético – incidência familiar
HAS – interrogada ??? O que sabemos é que em torno de 70% dos pacientes que tem , tem HAS. E isso deve-se levar
em conta devido a utilizar alfa-bloqueadores para o tto da HPB, que pode causar hipotensão postural.
Fatores ambientais (fator dietético) (asiático nos EUA passa a ter uma incidência maior)
Fatores positivos: álcool (dose pequena) + atividade física.
História Natural
A HPB tem uma história natural, que geralmente inicia-se com os sintomas do trato urinário inferior (LUTS), tanto obstrutivos,
quanto irritativos, tais como sangramento, infecção urinária, litíase vesical, insuficiência renal (por obstrução dos ureteres) e
retenção urinária aguda (com necessidade de sondagem). O tratamento cirúrgico é realizado em cerca de 20% dos casos.
Os principais sintomas dos pacientes é o jato fraco e a nictúria (paciente levanta várias vezes a noite para urinar).
Fisiopatogenia
Os sintomas pode ser uma obstrução (comprimindo a uretra), pode ser por estimulo da musculatura lisa, tem a questão da
resposta do detrusor (pois a micção depende de ter um detrusor ativo e quanto mais lesado esse musculo, começa a
desenvolver uma hipertrofia e depois começa a entrar em falência e perder sua força).
O espessamento da parede da bexiga e trabeculação (mais tarde forma divertículos vesicais –herniação da mucosa vesical)
provoca um quadro de bexiga de esforço. Deve-se ressaltar que as alterações ocasionadas na bexiga são irreversíveis.
O aumento dos lobos laterais podem provocar uma compressão da uretra. Às vezes, estes lobos podem crescer de forma
centrífuga, não obstruindo a uretra. Assim, muitas vezes, o tamanho da próstata não é proporcionalmente
aos sintomas. Portanto, o paciente pode ter uma próstata grande e não apresentar
muitos sintomas.
O lobo mediano funciona como uma válvula, o que faz com que o paciente
tenha dificuldade para urinar caso esse apresente-se aumentado. Este lobo
mediano tem uma particularidade - É uma região irresponsiva à medicação (à
alfa-bloqueadores). Assim, quando há hiperplasia do lobo mediano precisamos fazer o
tratamento cirúrgico.
Sintomas:
Obstrutivos (esvaziamento)
Irritativos (armazenamento)
Polaciuria (71%)
Nicturia (41%)
Urgência (41%)
Disúria dor (28%)
Escore de sintomas – IPSS (muito utilizado em pesquisas clinicas, pois tem validade internacionalmente)
Diagnostico
Exames obrigatórios
Exames recomendados
Exames opcionais
Urografia excretora
Urodinamica (fazer em paciente que tem indicação de cx, mas tem doenças neurológicas associadas)
Cistoscopia (paciente que tem hematúria,...)
Toque retal
É o exame mais importante da parte física. Temos 6 parâmetros que devemos avaliar:
Tamanho – subjetivo
Consistência – Fator mais importante, pois aqui que há indicação para
fazermos uma biopsia de próstata, quando houver um nódulo ou uma área
endurecida. A próstata normalmente tem uma consistência fibroelástica
(ponta do nariz). A diferença de uma próstata normal, de uma próstata com
HPB é o tamanho, pois a consistência será a mesma.
Superfície Lisa
Indolor – quando há um nódulo para câncer, ele é doloroso.
Simetria
Ultrassom transabdominal: tudo que
Limites precisos
é escuro é líquido (no caso, a
bexiga). Assim, aqui temos uma
Em pacientes com amputação de reto, onde não há possibilidade de toque retal, o visão lateral, onde você vê a próstata
acompanhamento deve ser feito pelo PSA. Se preciso, fazer uma biopsia perineal guiado comprimindo o assoalho da bexiga.
por ultrassom.
Hoje, um exame que ajuda muito quando há dúvida é a Ressonância magnética de Pelve
Paramétrica. Através da classificação de Hz se define uma área suspeita ou não.
PSA
Idade:
o Década dos 40 anos: 2,5 ng/ml
o Década dos 50 anos: 3,5 ng/ml PSA total = >18%
o Década dos 60 anos: 4,5 ng/ml
o Década dos 70 anos: 6,5 ng/ml
Volume: Uretrocistografia: injeta-se contraste
o PSA Densidade PSA/Volume= < 0,15 pela uretra. Geralmente, usamos
Velocidade: quando há suspeita de estenose de
o 20-25% / ano ou 0,75 ng/dl/ano uretra. Notasse na seta, a HPB,
esticando (estirando) a uretra
prostática.
Fazer PSA a partir dos 40 anos
Toque a partir dos 45 anos
Quanto ao valor de PSA, há algumas variações de acordo com a idade. O valor de corte varia, uns utilizam 4, outros 3,3 ng/ml. A
densidade do PSA é a relação entre o PSA e o volume da próstata. O ideal da densidade é que ela seja menor que 0,15. Outro
parâmetro que analisamos é o quanto a quantidade de PSA varia de um ano para o outro. O ideal é que não aumente mais que
20-25% ou 0,75 ng/dl/ano.
O que mais se utiliza é a relação PSA livre/PSA total. É feito quando o PSA total está entre 2,5 e 10 ng/dl, pois acima de 10 ng/dl
já é indicativo de biopsia (2ª indicação). A 3ª indicação de biopsia consiste na relação PSA livre/ PSA total MENOR que 18%.
O PSA livre não fica conjugado, ou seja, fica solto na corrente sanguínea. Quanto maior essa relação, mais chances de
benignidade, quanto menor, maior a chances de câncer de próstata. Antigamente, PSA total entre 2,5 e 10 ng/dl, já pedíamos
Biopsia. Com o advento do PSA livre, os pedidos de biopsia caíram muito. Ainda bem, pois a biopsia é um procedimento de risco,
já que é feito com anestesia e tem alto risco de infeccionar.
Tratamento
Opções de tratamento:
Observação
PSA
Urinalise
Creatinina
Toque retal
Na observação, se repete o que é feito na avaliação inicial. Posso até tentar modificar alguns hábitos de vida do paciente como
diminuir a ingesta de liquido após as 6h da tarde. O retorno é marcado é anual.
Terapia medicamentosa:
Alfa bloqueadores
Inibidores da 5 alfa-redutase
Anticolinérgicos
Terapia combinada
Fitoterapia
Para casos no qual a sintomatologia (nicturia, aumento da frequência urinaria durante o dia) gera incomodo. O que mais se
utiliza para o tratamento de HPB são os alfa-bloqueadores.
O colo da bexiga e a uretra prostática são ricos em receptores alfa-adrenérgicos. Em verde, na imagem do lado, os receptores
verdes são os receptores adrenérgicos alfa-1A e os em vermelhos são alfa-1B. Quando damos um bloqueador alfa, fazemos o
relaxamento dessa musculatura.
Hoje, a tendência é fazer terapia combinada. Por exemplo, a combinação de alfa-bloq com inibidor da 5alfa-redutase, o primeiro
relaxa e o segundo diminui o volume da próstata.
Existe fitoterápicos. Aqui não se utiliza muito, mas na Europa sim, pois não se sabe muito bem o mecanismo de ação dessas
drogas.
Alfa bloqueadores:
Prazosin
Terazosin
Alfuzosin
Doxazosin
Tamsulosin
Os alfa-bloqueadores começaram na década de 70 com o Prazosin, que era utilizado para o tratamento da HASISTEMICA. Assim,
dava muita hipotensão postural. O Terazosin e o Alfazosin não se usam. A Doxazosin se utiliza muito no Brasil, pq ela é barata.
Essa droga tem que se fazer titulação de dose, ou seja, começar com 1mg, depois passar para 2mg e assim por diante.
A mais utilizada é a Tamsulosin, pois não se precisa fazer essa titulação de dose, mas os efeitos são bem parecidos com a
Doxazosin.
Os efeitos colaterais como fadiga e hipotensão, principalmente, com a Tamsulosina, são mais raros
Inibidores da alfa-redutase:
Principais são Finasterida (também utilizada para alopecia) e Dutasterida (mais potente).
Diminuem em 50% o valor do PSA, ou seja, quando o paciente chega com um PSA de 3 e toma Finasterida, na verdade, o PSA
dele é de 6. O contrário também é verdadeiro, o paciente chega com PSA de 4, vc usa os inibidores alfa-redutase e,
posteriormente, ele volta com PSA de 4, possivelmente, esse paciente pode ter Câncer.
Esses medicamentos têm maior atividade na função sexual, principalmente a diminuição da Libido e a disfunção erétil.
Tratamento cirúrgico
Indicações:
Tipos:
Na ablação prostática por agulha (TUNA) é feito por agulha pequenos “cortes” na próstata, relaxando-a. Para pacientes que não
podem ficar muito tempo em cirurgias e temporário. Não se faz muito no Brasil.
Os stents se revelaram não funcionais, pois a próstata crescia por dentro da “mola”.
O Green Light pode tanto vaporizar a próstata quanto enuclear. Pode-se cortar o lobo da próstata, e depois entrar com um
aparelho chamado “Morcelador”, que tritura esse tecido para conseguir retira-lo. Esse Morcelamento é o grande problema,
pois, muitas vezes, demora mais que a própria cirurgia. Esse procedimento é caro.
A RTU ou Ressecção transuretral da Próstata é considera o PADRÃO-OURO. É a raspagem da próstata, ou seja, já sai em pedaços
pequenos, ao contrário da Ablação, onde é preciso Morcelar. Deve-se raspar até a capsula prostática ou capsula cirúrgica.
Complicações da RTU:
Retenção urinaria aguda (RUA) pós RTU por edema ou por coagulo (16%)
Estenose de Uretra (8.4%)
Transfusão (7%)
Sd. reabsorção hídrica (0.9%)
Incontinência (1.5%)
É importante tomar cuidado para não ferir a capsula prostática, pois aumenta o risco de incontinência. Outra complicação é
devido ao liquido que é injetado na uretral continuamente durante a cirurgia (aparelho de fluxo continuo). Esse liquido, quando
lesado a capsula, pode entrar na corrente circulatória do paciente, fazendo a Síndrome Pos-RTU, ou seja, um hipanatremia por
diluição. O paciente faz IRA e morre. Quando utilizamos o cautério monopolar, deve-se utilizar o Manitol, mas quando utilizamos
o bipolar, podemos instilar Soro Fisiológico.
A prostatectomia aberta pode ser feita por laparoscopia. Coloca-se o dedo dentro da bexiga, e abre-se a uretra com o dedo até a
próstata. Só tiramos o adenoma da próstata. Sofreu nítida diminuição devido aos avanços farmacológicos e tecnológicos.
Pontos positivos
o Completa remoção do adenoma sob visão direta
o Menor taxa de retratamento
Pontos negativos
o Maior taxa de sangramento e transfusão
o Maior tempo de hospitalização e cateterizacao
IPSS Tratamentos
Sintomas leves ≤ 7 Confirmar o diagnóstico
Observação orientada
Sintomas Moderados 8-19 Terapia medicamentosa
Terapia minimamente invasiva
RTU/LASER
Cirurgia Aberta
Sintomas Severos ≥ 20 Terapia medicamentosa
RTU/LASER
Cirurgia Aberta