Вы находитесь на странице: 1из 4

PSICOLOGIA B - 12º Ano

RELAÇÕES PRECOCES

Principais características e competências dos bebés humanos.

 O desenvolvimento social refere-se ao crescendo de competências e habilidades que capacitam o


indivíduo para se relacionar afetiva e socialmente com os outros, para interagir.

 O ser humano nasce imaturo e necessita dos cuidados dos progenitores ou quem os substitua. São
importantes todas as relações precoces.

 Para comunicar, o bebé, usa competências básicas: o choro (básico, de fome, de raiva, frustração ou
dor), o sorriso (reforça as atitudes positivas do adulto, a partir dos 6 meses só sorri para quem conhece),
as expressões faciais (tristeza, medo, alegria, raiva, surpresa) transmitem uma mensagem que tem a
expetativa de uma resposta).

 A poderosa e fundamental ligação ou vínculo, que se estabelece entre o bebé e a mãe ou agente
parental (de quem está inteiramente dependente) é a relação de vinculação.

 A palavra ‘mãe’ é entendida como sinónimo de agente maternante, ou seja, qualquer adulto
significativo que, dispondo de tempo para dedicar à criança, se mostra capaz de lhe proporcionar
experiências positivas e estimulantes e de lhe dispensar a atenção e o afeto de que necessita.

 A relação mãe-bebé é fundamental para o desenvolvimento físico e mental da criança.

 Durante séculos, o recém-nascido foi encarado como um ser passivo e desprovido de quaisquer
capacidades e os cuidados maternos iniciais eram concebidos como formas de providenciar à criança
crescimento e maturação.

 Atualmente o recém-nascido é encarado como um ser ativo, provido de determinado conjunto de


competências, de entre as quais se destacam as capacidades sensório-motoras, os reflexos de autodefesa
e competências relacionais e comunicacionais – como o choro, o sorriso, as vocalizações e as expressões
faciais.

Competências da mãe como cuidadora

 As principais competências que se exigem da mãe são a capacidade de interpretar os sinais emitidos
pela criança e de responder adequadamente perante os mesmos. É ma interação direta com o bebé e
com outros prestadores de cuidados que se vão afinando essas capacidades, pelo que a ideia das
competências da mãe para cuidar do bebé se limitam ao chamado ‘instinto maternal’, é falsa.

 Vários investigadores salientam a importância das fantasias da mãe relativamente ao bebé, mesmo
antes do seu nascimento. Estas, constituem uma forma de criar uma representação do bebé com a qual
se vai estabelecendo uma ligação afetiva que, após o nascimento, será mais facilmente transferida, com
os devidos ajustes, para o bebé real, assegurando a predisposição dos adultos para prestar os cuidados de
que precisa.

 De acordo com alguns investigadores, quando a criança nasce não é capaz de descodificar por si
mesma o conteúdo das suas experiências, o que gera algum desconforto e ansiedade.

A VINCULAÇÃO

 Conceito proposto por J. Bowlby para designar a necessidade inata-básica- e não dependente de
outras necessidades como, por exemplo, a alimentação – de ligação do bebé à mãe e desta ao bebé, e
que se expressa por um conjunto de comportamentos característicos da espécie. Hoje, o conceito foi
1
alargado e abrange qualquer comportamento que permita à pessoa – criança ou adulto – aproximar-se ou
manter a proximidade das suas figuras preferenciais ou privilegiadas.

 As 1ªas fases são decisivas para o desenvolvimento de uma criança.

 A 2ª guerra mundial fez repensar a questão da PERDA, a separação da criança da mãe e parentes
próximos provoca efeitos no seu desenvolvimento.

 JOHN BOWLBY (inglês, 1907/1990), em 1969, afirma que os fundamentos da personalidade do adulto
são construídos a partir de relações precoces e socioafetivas da criança e estas ligações ou vínculos
repousam sobre necessidades e fundamentos biológicos.

 A relação privilegiada que o bebé estabelece com a mãe, é decisiva para o seu desenvolvimento físico
e psicológico.

 Necessidades básicas primárias, esquemas comportamentais inatos que o bebé utiliza (choro, rir) para
manter uma relação privilegiada com as figuras de vinculação.

 A base do desenvolvimento humano radica na sensação de CONFIANÇA que só se desenvolve com base
em ligações afetivas sólidas (VINCULAÇÃO-ATTACHMENT, APEGO) construídas ao longo da infância.

 BOWLBY em estudos encomendados pela OMS demonstra as consequências da carência de cuidados


maternos:

 Relações afetivas superficiais, Ausência de concentração intelectual, Incapacidade ou dificuldade de


relacionamento social, Delinquência, Ausência de reações emocionais.

 A teoria sobre a vinculação traz perspetivas novas sobre a psicopatologia e desenvolvimento infantil,
provoca alterações drásticas de atitudes face à 1ª infância, influenciando a remodelação e humanização
de instituições como creches e hospitais.

 H. Harlow faz experiências com macacos. A proximidade física da progenitora é uma necessidade
básica, inata, primária, essencial ao desenvolvimento da sociabilidade.

 Experiências com mães de arame e de algodão demonstram a necessidade universal e inata de


contacto, afeto entre cria e figura materna, vínculo mais forte do que a mera satisfação das
necessidades básicas de nutrição.

 A proximidade e disponibilidade da mãe (ou substituto) satisfazem uma necessidade primária do


jovem, essencial ao seu desenvolvimento mental e à emergência da sociabilidade.

 Não é a especificidade do comportamento em si que conta, mas o COMO e a FINALIDADE desse


comportamento. Mais importante que a quantidade, é a qualidade da vinculação. A relação deve ser
contínua, as figuras de vinculação devem ser facilmente acessíveis e estar disponíveis, adaptando-se aos
ritmos e necessidades da criança.

 A relação da vinculação é uma construção progressiva: a aptidão inata é modelada no decorrer da


interação com o meio sócial.

 Há 4 características das relações de vinculação: Procura de proximidade, Noção de base de segurança,


Noção de comportamento de refúgio e Reações marcadas perante a separação involuntária.

 A vinculação é essencial para a saúde mental da criança e seu desenvolvimento equilibrado e integral,
proporciona segurança emocional e favorece a autonomia.

2
 O comportamento de vinculação destina-se a favorecer a proximidade e informa a mãe de desejo de
interação do bebé. Parece ser de natureza inata e inclui AGARRAR, GATINHAR, CHORAR, SORRIR E
VOCALIZAR.

 A figura de vinculação não é só a mãe, mas quem cuida com qualidade. No grupo estável de adultos,
uma das figuras torna-se privilegiada.

 A criança estabelece hierarquias de vinculação que favorece a aprendizagem por observação, a


estimulação rica e variada, protege em situações de acidente, morte ou abandono.

FASES DA VINCULAÇÃO:

1. 0-6M: discriminação das figuras de vinculação,


2. 6M-3A: objetivo é manter-se próximo da figura de vinculação,
3. Após 3 A: formação da relação recíproca, a criança desenvolve vontade própria e
compreende as ações do outro.

TIPOS DE VINCULAÇÃO

 EVITANTE (20 a 25% das crianças)


Não parecem ser afetadas nem pela partida, nem pelo regresso da mãe, são facilmente consoladas
pelo desconhecido, quando se aproxima da figura da vinculação fá-lo de forma hesitante, aprendem a
reprimir os sentimentos e necessidades de vinculação, são autónomas precocemente.

 SEGURA (65% das crianças)


Brinca, é amistosa com o desconhecido quando a mãe está presente, protesta com a partida da mãe,
procura conforto e proximidade no seu regresso, é rapidamente consolada, mostra satisfação pela
presença da mãe e explora o meio.

 INSEGURA, ANSIOSA OU AMBIVALENTE (10 a 15% das crianças)


Mostra ansiedade, agarra-se à figura da vinculação, fica inconsolavelmente perturbada no momento
da separação, manifesta comportamentos de aproximação/hostilidade no regresso (quer colo e
libertar-se), chora com frequência e explora pouco o meio.

RENÉ SPITZ (1887-1974)

 Na 1ª metade do se. XX, estudou os efeitos da institucionalização em idades precoces. Valorizava-se


a limpeza asséptica dos espaços, mas Sptiz chama a atenção para as necessidades sócio-afectivas da
criança.

 A carência de cuidados maternos, ternura, relações interpessoais e de comunicação eram a principal


causa de mortalidade entre crianças criadas em instituições.

 Spitz chama a atenção para as necessidades sócio afetivas da criança: carência de cuidados
maternos, ternura. As relações interpessoais e de comunicação eram a principal causa da
mortalidade entre crianças criadas em instituições. Assiste-se a uma dor psíquica (depressão) nestas
crianças, que manifestam sintomas daquilo que chama SÍNDROME DO HOSPITALISMO (atraso global
nos 1ºs 18 meses de vida, desenvolvimento relacional e psíquico, físico e biológico). Estudou crianças
hospitalizadas e em orfanatos até aos 12 meses, privadas da presença da mãe.

 Concluiu que fisicamente todos os cuidados estavam assegurados, mas afetivamente nada se passava.

 O hospitalismo é o conjunto de perturbações vividas por crianças hospitalizadas sem cuidados


maternos. Estas crianças revelam atraso no desenvolvimento corporal, dificuldades manuais, atraso na
linguagem, menor resistência a doenças.

3
MARY AINSWORTH (1913-1999, canadiana)

 Consolida cientificamente a perspetiva de Bowlby.

 A mãe fornece à criança uma base de segurança, a partir da qual é possível a exploração do meio
sem ansiedade.

 Na experiência ‘Situação Estranha’, distingue 3 categorias de vinculação: Vinculação segura


(choro/alegria na ausência/presença da mãe), Vinculação evitante (indiferença na separação/regresso da
mãe), Vinculação ambivalente/resistente (ansiedade antes da mãe sair, hesitação quando regressa).

 A Vinculação deve ser securizante. Isto implica: Confiança em si, Regulação emocional, Interações
sociais positivas e seguras.

 A Vinculação (favorece o mecanismo de individuação) e individuação (necessidade primária de o


ser humano criar a sua própria identidade) são uma dialética constante e mantida ao longo da vida.

 A Vinculação é fundamental para o equilíbrio psicológico.

 As representações relacionais que se constroem durante a primeira infância contribuem para o


desenvolvimento futuro da criança, inclusive a estruturação da sexualidade.

RESILIÊNCIA

 Conceito da psicologia social e positiva, do final do sec. XX.

 Do latim resilire, que significa saltar para trás. Do ponto de vista humano, a resiliência não
significa retorno a um estado anterior, mas sim a superação.

 Processo e capacidade singular e construída de auto-restabelecimento e de resistência às doenças


mentais, face a situações adversas ou indutoras de grande ansiedade.

 Implica a resistência à adversidade. Recuperação das energias depois de se sofrer uma depressão.

 Numa perspetiva positiva, significa a exploração e interpretação otimista do desenvolvimento da


personalidade. Contraria as perspetivas determinísticas que ressaltam os efeitos psicopatológicos de
situações e percursos adversos. A possibilidade de resiliência apresenta-se como uma esperança e rompe
com a noção do indivíduo encerrado num ciclo sem saída.

 Crianças resilientes fogem ao ciclo de privações e maus tratos.

 Pressupõe resistência à destruição e capacidade para reconstruir e reconstruir-se em


circunstâncias desfavoráveis.

 Forma de adaptação positiva, que utiliza eficazmente mecanismos adaptativos como a paciência,
a tenacidade, a criatividade. Engloba 2 conceitos fundamentais: O risco (características de personalidade
e/ou ambientais) e os fatores de proteção (de ordem psicológica, familiar e ambiental) que permitem
fazer face à situação de risco, saber e poder procurar ajuda.

 Não há resiliência se não houver fatores alternativos de proteção. A Resiliência constrói-se na


interação do meio e no interior de cada um.

A Professora: Maria dos Anjos Fernandes

Вам также может понравиться