Aluno: Raidno Cavalcante de França Júnior Ano do Curso: 3º
Disciplina: Teologia e Prática do Ministério Pastoral Professor: Ciro Menezes
Data: 12/03/2020
Resenha Crítica
“De pastor a pastor” – LOPES, Hernandes Dias (p. 11-46)
Há uma premência de todos que almejam o ministério episcopal a realmente
compreender no sentido mais amplo essa função eclesiástica. O pastor Hernandes expõe em seu livro com clareza as diretrizes necessárias para exercer esse cargo segundo a vontade de Deus, apontando não somente os deveres do pastor como os perigos enfrentados ao longo do ministério. Mas antes de entrar nos afazeres, o autor destaca o processo antes do exercício episcopal. Antes de qualquer atitude a ser tomada, o indivíduo precisa ter seu chamado convicto de que foi Deus que o escolheu, e não apenas uma simples admiração ou desejo pelo cargo de pastor. O que nos desafia a olhar para nossos corações e refletir se realmente estamos sendo levados pelos propósitos divinos ou por um querer próprio, ou até por ver que todas as portas para um futuro se fecharam e enxergamos o ministério como última opção. Após uma convicção do chamado, devemos entender que o papel do pastor é muito mais do que preparar e dar um sermão no domingo expondo as verdades bíblicas, mas antes disso é viver essas verdades na própria vida. Agir com humildade, mansidão, sabedoria, piedade e amor são alguns dos requisitos para o pastoreio. Entender que não é apenas pastorear coletivamente as ovelhas, mas também individualmente, se preocupando e tendo compaixão por cada um. Outro aspecto já citado e de suma importância também é a vida espiritual do pastor no que se diz respeito a pureza. No ministério sempre nos depararemos com situações de extrema delicadeza e perigosas, principalmente na área sexual. No livro é colocado alguns números que indicam as principais quedas dos pastores e grande parte é ocasionada por essa área em questão. O pastor deve manter uma vida santa, uma vida de total satisfação em Deus, permitindo cada vez mais o agir dEle nos nossos corações, limpando-nos de toda nossa pecaminosidade e nos ensinando a está sempre alerta e cuidadosos nesse quesito. E em última análise a família pastoral. Não se pode pastorear uma igreja sem antes pastorear as famílias. Nenhum sucesso ministerial agrada a Deus quando há fracasso dentro do lar. O nosso país infelizmente vive em uma época onde muitos filhos de pastores estão entregues a rebeldia por não ter um acompanhamento consistente do pai. Claro que há casos, mas é muito comum não haver sacrifício e interesse do pastor para com sua família. Devemos entender a que é essencial começar o ministério dentro de nossa própria família. Exercer o cargo pastoral é uma função séria e que envolve muitas variáveis. Que nossa oração sempre seja um coração piedoso diante do ministério e que busque primariamente a aprovação de Deus e não de homens. Expor e viver a Palavra é essencial para os pastores.