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MEDICINA III
2
FRENTE
GEOGRAFIA
Caro(a) leitor(a),
Este manual é uma importante ferramenta para a utilização dos cadernos de sala
do Sistema de Ensino Poliedro, voltados para as turmas de 3ª série do Ensino Médio
e Pré-vestibular.
Nele, descrevemos a estrutura e as seções dos cadernos, fornecendo observa-
ções que auxiliam no trabalho a ser desenvolvido em cada disciplina. Apresentamos,
também, as resoluções das questões presentes na seção “Exercícios de sala” e dos
possíveis exercícios opcionais – os quais servem como uma oportunidade de aprofun-
dar e complementar o tempo despendido para as aulas.
Os cadernos possibilitam uma prática efetiva do aprendizado em sala e, quando
utilizados em consonância com a fundamentação teórica contida nos livros de teo-
ria, oferecem uma formação ainda mais ampla e completa.
Os temas de abertura dos capítulos e os textos da seção “Texto complementar”
dos livros podem ser usados como ponto de partida para discussões em aula e
como fonte de conhecimento e curiosidades acerca dos assuntos da teoria.
Indicamos, também, o acesso a diversos recursos disponíveis no portal do Siste-
ma Poliedro (<www.sistemapoliedro.com.br>), os quais complementam o caderno
e ampliam as possibilidades de aprendizado, tais como:
• Resoluções das questões dos livros;
• Informativo mensal Leia Agora;
• Balcão de Redação PV;
• Balcão de Redação Enem;
• Banco de Questões Enem (para professores);
• Videoaulas dos autores; e
• Aulas-dica do Zoom Poliedro.
Orientações: Aula 37
Resoluções ........................................................................................... 13
Orientações: Aula 38
Resoluções ........................................................................................... 19
Orientações: Aulas 39 e 40
Resoluções ........................................................................................... 27
Orientações: Aulas 41 a 43
Resoluções .......................................................................................... 32
Orientações: Aulas 44 e 45
Resoluções ........................................................................................... 38
Orientações: Aulas 46 a 48
Resoluções ........................................................................................... 45
Os cadernos de sala, usados em conjunto com os livros de teoria, sintetizam e facilitam a compreensão dos
assuntos estudados. Todas as aulas apresentam os principais tópicos de cada tema abordado e oferecem exercí-
cios que permitem enriquecer a discussão em sala de aula e contribuir para a fixação do aprendizado.
Assim como nos livros, as disciplinas nos cadernos são divididas em frentes, que devem ser trabalhadas pa-
ralelamente. Essa divisão não só facilita a organização dos estudos, mas também permite uma visão ainda mais
sistêmica dos tópicos abordados em cada disciplina.
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Frente 2
Aulas 7 e 8 .................. 116 Aulas 7 e 8 .................. 143 Aulas 7 e 8 .................. 168 Aula 6 ....................... 197 Aula 5 ....................... 236 Aulas 7 e 8 .................. 286 Aulas 7 e 8 .................. 320
Aulas 9 e 10 .............. 119 Aulas 9 e 10 .............. 146 Aulas 9 e 10 .............. 170 Aulas 7 e 8 .................. 199 Aula 6 ....................... 239 Aulas 9 e 10 .............. 290 Aulas 9 e 10 .............. 324
Aulas 11 e 12 ............ 123 Aulas 11 e 12 ............ 149 Aulas 11 e 12 ............ 173 Aula 9 ....................... 202 Aula 7 ....................... 241 Aulas 11 e 12 ............ 294 Aulas 11 e 12 ............ 328
Aulas 13 e 14.............. 126 Aulas 13 e 14.............. 152 Aulas 13 e 14.............. 176 Aula 10 ....................... 205 Aula 8 ....................... 244 Aulas 13 e 14.............. 299 Aulas 13 e 14.............. 331
Frente 1
Frente 2
Frente 1
Frente 2
Aulas 15 e 16 ............ 130 Aulas 15 e 16 ............ 154 Aulas 15 e 16 ............ 179 Aula 11 ..................... 207 Aula 9 ....................... 247 Aulas 15 e 16 ............ 301 Aulas 15 e 16 ............ 335
Aulas 17 e 18 ............ 133 Aulas 17 e 18 ............ 157 Aulas 17 e 18 ............ 182 Aula 12 ..................... 210 Aula 10 ..................... 250 Aulas 17 e 18 ............ 305 Aulas 17 e 18 ............ 340
Aulas 13 e 14.............. 213 Aula 11 ..................... 253
Aula 15 ..................... 217 Aula 12 ..................... 255
Aula 16 ..................... 220 Aula 13 ..................... 257
Aulas 17 e 18.............. 222 Aula 14 ..................... 259
Aula 15 ..................... 261
Aula 16 ..................... 264
Aula 17 ..................... 266
Aula 18 ..................... 268
BIOLOGIA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 a 4 ................ 344 Aula 1 ....................... 378 Aula 1 a 3 .................. 424 Aulas 1 e 2 ................ 458
Aulas 5 e 6 .................. 352 Aula 2 ....................... 381 Aulas 4 a 6 .................. 428 Aulas 3 e 4 .................. 461
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-01-2017 (08:50) Aulas 7 a 9 ................ 356 Aula 3 ....................... 385 Aula 7 e 8.................. 436 Aulas 5 e 6 ................ 465
Frente 2
Frente 3
Frente 4
Frente 1
Aulas 10 e 11.............. 360 Aulas 4 a 6 .................. 389 Aula 9 ....................... 439 Aulas 7 a 9 ................ 469
Aulas 12 a 15............. 364 Aulas 7 e 8 ................ 396 Aulas 10 e 11.............. 442
Aulas 16 a 18............. 370 Aulas 9 e 10 .............. 400 Aulas 12 a 18............. 447
Aulas 11 e 12.............. 405
Aulas 13 e 14 ............ 409
Aulas 15 e 16 ............ 413
Aulas 17 e 18 ............ 418
FÍSICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 a 3 ................ 476 Aulas 1 a 4 ................ 496 Aulas 1 e 2 ................ 520 Aulas 1 a 5 ................ 544
Aulas 4 a 6 .................. 478 Aulas 5 e 6 .................. 500 Aulas 3 e 4 .................. 522 Aulas 6 a 9 ................ 547
Aulas 7 a 9 ................ 480 Aulas 7 e 8 ................ 504 Aulas 5 e 6 ................ 525
Frente 3
Frente 4
Frente 1
Frente 2
Aulas 10 a 12.............. 483 Aulas 9 a 12 .............. 507 Aulas 7 a 10 ................ 528
Aulas 13 e 14 ............ 486 Aulas 13 e 14.............. 510 Aulas 11 e 12 ............ 531
Aulas 15 e 16 ............ 489 Aulas 15 e 16 ............ 513 Aulas 13 e 14.............. 534
Aulas 17 e 18.............. 492 Aulas 17 e 18 ............ 517 Aulas 15 e 16 ............ 537
Aulas 17 e 18 ............ 539
QUÍMICA
Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo Prof.: Aula Estudo
Aulas 1 a 3 ................ 552 Aulas 1 a 3 ................ 580 Aulas 1 a 4 ................ 600 Aulas 1 e 2 ................ 616
Aulas 4 a 6 .................. 555 Aulas 4 a 6 ................ 583 Aulas 5 a 7 ................ 603 Aulas 3 a 5 ................ 618
Frente 1
Frente 2
Frente 3
Frente 4
Aulas 7 e 8 .................. 559 Aulas 7 a 9 .................. 586 Aulas 8 a 10 .............. 606 Aulas 6 e 7 ................ 621
Aulas 9 a 11 .............. 563 Aulas 10 e 11 ............ 589 Aulas 11 a 13............. 608 Aulas 8 e 9 ................ 623
Aulas 12 a 14............. 566 Aulas 12 e 13.............. 592 Aulas 14 a 16............. 610
Aulas 15 e 16 ............ 570 Aulas 14 a 16............. 594 Aulas 17 e 18 ............ 612
Aulas 17 e 18 ............ 575 Aulas 17 e 18 ............ 597
Respeitando o Planejamento de aulas disponibilizado no Portal Edros, todas as aulas apresentam um resumo
esquemático do tópico trabalhado no livro, sintetizando os principais conhecimentos estudados. A organização das
atividades foi elaborada para aumentar a eficiência do trabalho em sala.
Frente 1
1e2 I���������
fixal e parassintética). família linguística.
Para os exames modernos, o destaque é para o emprego
dos neologismos (palavras inventadas), sua formação e funcio-
nalidade para o texto. (Sua presença é marcante no Modernis-
Prefixo
Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou grega.
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mo brasileiro.) Alguns apresentam alteração em contato com o radical. As-
sim, o prefixo an,, indicador de privação, transforma-se em a
Morfemas diante de consoante. Ex.: amoral, anaeróbico.
Além das desinências, do radical, da vogal temática, te- Os prefixos possuem mais independência que os sufixos,
mos como morfemas os afixos (prefixo e sufixo); são eles que
Conceitos básicos da teoria dos
pois se originam, em geral, de advérbios ou preposições, que
Interseção e diferença entre
possibilitam a formação de novas palavras (morfemas deri- têm ou tiveram vida independente.
conjuntos conjuntos
Os entes primitivos da teoria dos conjuntos são: o ele- Indicada por A ∩ B, a interseção entre os conjun-
vacionais). Os afixos que se antepõem ao radical chamam-se
mento, o conjunto e a relação de pertinência. O diagrama tos A e B é o conjunto formado apenas pelos elementos
prefixos; os que se pospõem denominam-se sufixos; os afixos Sufixo
que pertencem simultaneamente aos dois conjuntos,
possuem uma significação maior que as desinências. Já a vogal Os sufixos podem ser nominais, averbais
seguir representa uma situação em que x1 é elemento do
ou adverbiais.
conjunto A, mas x2 não é. A e B.
de ligação e a consoante de ligação são morfemas insignifica- Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos),
Indicamos por A – B o conjunto dos elementos de A
tivos, servem apenas para evitar dissonâncias (hiatos, encon- verbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex.: anarquismo,
A x2 que não pertencem ao conjunto B, e por B – A o conjunto
tros consonantais), sequências sonoras indesejáveis. Veja: malufar, rapidamente..
dos elementos de B que não pertencem ao conjunto A.
x1
Re fazer Cinz eiro Derivação
• Derivação prefixal: cria-se uma palavra derivada a partir
Prefixo Radical Radical Sufixo de um prefixo. Ex.: disenteria.
A B
• Derivação sufixal: cria-se uma palavra derivada a partir de
Cant a r Cha l eira um sufixo. Ex.: doutorado.
x1 ∈A
U A–B A∩B B–A
• Derivação parassintética: cria-se uma palavra derivada x2 ∉A
Radical Vogal Desinência Radical Sufixo por meio do acréscimo simultâneo de um prefixo e um
O conjunto vazio é aquele que não possui elementos:
temática Consoante sufixo. Se retirarmos qualquer um dos afixos, não tere-
de ligação A = ∅ ⇔ n(A) = 0.
mos palavra. Ex.: adoçar.
O conjunto universo é aquele que possui todos os ele-
Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, • Derivação prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de
mentos que podem estar relacionados a um determinado
diz-se que o grupo é formado de palavras cognatas (pedra/ prefixo e sufixo. Retirando-se um dos afixos (ou os dois), n(A – B) = n(A) – n(A ∩ B)
conjunto A, tanto aqueles que pertencem ao conjunto A
pedreiro/pedreira); quando as palavras irmanam-se pelo ainda teremos palavra. Ex.: deslealdade. Obs.: Alguns lin-
quanto aqueles que não pertencem a ele. Para diferenciar n(B – A) = n(B) – n(A ∩ B)
sentido, temos a série sinonímica, a família ideológica: guistas não consideram esse tipo de derivação.
o conjunto universo dos demais conjuntos em um diagra-
casa, moradia, lar, mansão, habitação etc.
ma, usamos a figura de um retângulo. Esse retângulo deve Observação: dois conjuntos A e B são chamados de
cercar completamente tanto o conjunto A quanto todos os disjuntos quando A ∩ B = ∅.
EXERCÍCIOS DE SALA demais conjuntos que possam ser estabelecidos em um
determinado problema. Feito isso, a região exterior ao con- União de conjuntos
junto A passa a representar o conjunto complementar de A. Indicada por A ∪ B, a união dos conjuntos A e B é o
► Texto para a questão 1. possível: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no
Há várias opções para a representação do complemen- conjunto formado por todos os elementos de A e todos os
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuá-
tar de um conjunto A em relação ao conjunto universo. elementos de B.
rios longe da rede social.
Todas elas designam o conjunto dos elementos que não
Uma organização não governamental holandesa está O projeto também é uma resposta aos experimentos
pertencem ao conjunto A.
propondo um desafio que muitos poderão considerar im- psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença ,
A = Ac = A = UA = {x ∈ U| x ∉ A} A B
PORTUGUÊS | MEDICINA I 21
U A∪B
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PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / KLEBER / 10-10-2016 (17:44)
U A
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / FRANCISCO.SILVA / 21-10-2016 (10:52) PDF FINA
Disciplina e caderno
EXERCÍCIOS DE SALA
Além das questões do livro, é apresentada uma seção de exercícios específicos sobre o assunto das aulas, os
quais possibilitam a fixação dos conteúdos estudados e oferecem preparação adicional aos alunos.
Em cada aula, há a proposta de o professor resolver as questões com toda a classe ou pedir aos alunos que as
respondam individualmente. Nesse momento, aspectos relevantes da aula são retomados, dando oportunidade
ao professor e aos alunos de discutirem possíveis dificuldades. Todos os exercícios têm sua resolução apresentada
neste manual.
As questões são de
importantes exames
vestibulares de todo o
Brasil ou autorais, em
momentos nos quais a
explicação exige.
Ao final de cada aula, o caderno de sala oferece um guia que orienta o aluno para os estudos que serão reali-
zados em casa. A seção “Guia de estudo” direciona a leitura, no livro de teoria, dos assuntos que foram tratados e
indica exercícios pertinentes a serem resolvidos, visando consolidar o conhecimento adquirido em sala.
Levando em conta que o tempo de estudo em casa deve ser cumprido de forma satisfatória, esse guia é pensa-
do com bastante cuidado. Ao especificar o número de exercícios a serem feitos, consideram-se o tempo destinado
à leitura da teoria e também o tempo que será despendido para a resolução das questões. Assim, o resultado é a
satisfação do aluno, que consegue cumprir suas metas diárias de estudo em um tempo possível.
GUIA DE ESTUDO
1 Química | Livro 1 | Frente 3 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 282 a 284. 2
3 II. Faça os exercícios 5 e 6 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 38, de 40 a 42 e de 44 a 46.
GUIA DE ESTUDO
Português | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 7 a 15.
II. Faça os exercícios de 1 a 3 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 4 a 9
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 1 | Frente 1 | Capítulo 1
I. Leia as páginas de 12 a 18.
II. Faça os exercícios 10 e 11 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 48, 56, 70, 71, 78, 80, 81 e 83.
GUIA DE ESTUDO
História | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 131 a 134.
II. Faça o exercício 2 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 10, 12, 14, 16 e 19.
GUIA DE ESTUDO
Biologia | Livro 1 | Frente 2 | Capítulo 3
I. Leia as páginas de 117 a 120.
II. Faça os exercícios 1 e de 3 a 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 5 a 10.
Desde fins da década de 1970, a Geografia vem passando por um amplo movimento de renovação procurando
romper com a Geografia tradicional, que valorizava o descritivismo e, muitas vezes, aproximava-se de uma visão
determinista da realidade. Autores como Milton Santos, Manuel Correia de Andrade, Roberto Lobato, Ruy Moreira,
Antônio Carlos Robert de Moraes, Ana Fani Alessandri Carlos, Carlos Walter e Ariovaldo Umbelino de Oliveira, entre
tantos outros, criaram e consolidaram no Brasil o processo de renovação que ficou conhecido como Geografia
Crítica. Quase 30 anos depois, o que resultou desse processo foi a preocupação política nos estudos geográficos, isto
é, a ideia de que a Geografia não é simplesmente uma ciência que descreve a realidade, mas sim que nela influencia
e deve buscar sua transformação para a melhoria da vida em sociedade. Essa preocupação se revela nos estudos
geográficos, principalmente pela importância dada ao estudo da produção do espaço.
Os vestibulares também refletem essa tendência ao dispor questões que evidenciam uma temática que relaciona
diferentes conhecimentos. De fato, sendo vasta como é, a Geografia permite abarcar uma variedade significativa
de pontos de vista. Em outras palavras, ela será a disciplina ideal para se cobrar assuntos interdisciplinares cuja
compreensão virá somente ao estudante capaz de fazer relações. A distribuição dos conteúdos dessa disciplina ao
longo do livro e a abordagem pela qual eles estão trabalhados levam em conta essa realidade.
Somente considerando o espaço como produto e a condição da vida em sociedade, é possível entender os
conflitos de interesses em torno dos temas estudados pela Geografia.
Tais temas e conceitos estão divididos em duas frentes. Entendemos que essa divisão facilita o trabalho letivo ao
criar duas frentes de atuação com o objetivo de trabalhar os fundamentos da Geografia.
Por um lado, na Frente 1, serão encontrados os temas relacionados às Geografias Clássica – movimentos da
Terra e coordenadas geográficas, por exemplo –, Geografia Física – como geomorfologia do Brasil e do mundo –, e
Geografia Humana – estrutura da população, urbanização e regionalização brasileira, por exemplo. Por outro lado,
na Frente 2, destacam-se os conceitos básicos da Geografia Econômica – Capitalismo e seus modos de regulação,
desigualdades entre países e principais casos de economias centrais, semiperiféricas e periféricas –, bem como a
geopolítica mundial e os conflitos daí resultantes. Procurou-se integrar ao máximo as duas frentes, de modo que
ambas se complementassem.
Aula
37 E������ U�����
Economia norte-americana
Dentro do território norte-americano, as atividades econômicas são distribuídas da seguinte forma:
• Agricultura – caracterizada pelos cinturões agrícolas (belts), que se definem pela especialização da produção em algu-
mas áreas bastante lucrativas. No mapa a seguir, você pode verificar essas áreas de especialização agrícola, quefazem
dos Estados Unidos um dos maiores produtores mundiais de cereais.
• Indústria – podemos delimitar duas áreas:
– o Nordeste, com indústrias tradicionais, como as têxteis, metalúrgicas e químicas, destacando-se, ainda, como a
área mais industrializada do país.
– o Sul e a Califórnia, onde estão se desenvolvendo centros industriais novos, especializados em produção de alta
tecnologia, como telecomunicações e microeletrônica. Destaca-se a região do Vale do Silício, na Califórnia.
• Megalópoles – nome dado à conurbação entre metrópoles. Nos Estados Unidos, algumas metrópoles tiveram um
crescimento impressionante, destacando-se, atualmente, pela sua importância como centros de decisão, nos quais se
localizam as sedes de grandes empresas, de bancos e as mais importantes bolsas de valores. São elas:
– San-San, na Califórnia, que envolve São Francisco, Los Angeles e San Diego.
– Bos-Wash, estendendo-se de Boston a Washington, incluindo também cidades como Nova York, Filadélfia e
Bal�more.
– Sul dos Grandes Lagos, onde as cidades de Chicago, Pi�sburgh, Milwaukee, Detroit e Cleveland formam a terceira
megalópole norte-americana.
Belts americanos
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1 Pecuária leiteira ESCALA
Golfo do México O L 0 345 km
2 Pecuária extensiva
3 Trigo de primavera S
4 Trigo de inverno
5 Milho
6 Policultura
7 Algodão MÉXICO
8 Culturas tropicais
9 Cultivos irrigados de frutas
10 Pecuária e produção madeireira
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Golfo do México
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ESCALA
O L 0 544 km
Região industrial
EXERCÍCIOS DE SALA
1 Enem 2015 Até o fim de 2007, quase 2 milhões de C prioridade de inves�mento no setor industrial de base
pessoas perderam suas casas e outros 4 milhões corriam o − concentração financeira na Ásia.
risco de ser despejadas. Os valores das casas despencaram D polí�ca de ampliação dos bene�cios trabalhistas − res-
em quase todos os EUA e muitas famílias acabaram devendo trição à mobilidade espacial de imigrantes.
mais por suas casas do que o próprio valor do imóvel. Isso
desencadeou uma espiral de execuções hipotecárias que 3 Uerj 2013
diminuiu ainda mais os valores das casas. Em Cleveland, foi Espaço agropecuário norte-americano
como se um “Katrina financeiro” atingisse a cidade. Casas no início do século XXI
abandonadas, com tábuas em janelas e portas, dominaram
Canadá
a paisagem nos bairros pobres, principalmente negros. Na
Califórnia, também se enfileiraram casas abandonadas.
HARVEY, D. O enigma do capital. São Paulo: Boitempo, 2011.
Nova York
1 Alternativa: C.
A crise financeira mundial começou em 2008 nos Estados Unidos, seu epicentro, foi a acentuada pela inadimplência
no setor imobiliário. Apesar disso, estava, também, relacionada a fragilidades mais amplas, como o excesso de crédito
para estimular a economia, a especulação financeira desmedida e o desequilíbrio nas contas públicas (déficit e dívida
pública elevados). Como o sistema financeiro está interligado, visto que um desaquecimento na economia dos EUA afeta
o comércio exterior e as finanças de outros países, logo a crise se propagou para a União Europeia e mais recentemente
para os países emergentes como os BRICS.
2 Alternativa: B.
A charge mostra a migração de fábricas e empregos, característica do processo de terceirização. Além disso, os mercados
que apresentam maior potencial de expansão encontram-se hoje nos países emergentes, com destaque para Índia e
China, na Ásia. Tais regiões tornam-se muito atraentes, pois seu crescimento econômico tem demandado cada vez mais
trabalhadores, o que, por conseguinte, aumenta o consumo.
3 Alternativa: B.
Devido a características demográficas resultantes da história da colonização dos EUA, a região do Dairy Belt, marcada no
mapa, apresenta maior concentração populacional, o que resulta em um grande mercado consumidor.
ANOTAÇÕES
Aula
C����� � M����� 38
NAFTA o clima polar. Grande parte do território é coberto
Em 1994, Estados Unidos, Canadá e México passaram a pela taiga, ou floresta de coníferas. Ao Sul, porém, en-
formar, juntos, uma área de livre-comércio. Esse bloco eco- contram-se as pradarias, atualmente utilizadas para o
nômico recebeu o nome de NAFTA (North American Free plantio de cereais.
Trade Agreement – Acordo de Livre Comércio da América do • Hidrografia: a rede hidrográfica do país é a mais rica
Norte). A partir de então, aprofundou-se a integração dessas do mundo em lagos, o que faz do Canadá o maior país
três economias, já bastante ligadas nas décadas anteriores. do mundo em termos de disponibilidade de água doce
por habitante.
Canadá • Economia: a economia canadense é bastante diversifi-
• Aspectos gerais: o Canadá é um país bastante exten- cada, com extrativismos mineral (inclusive com grande
so; possui o segundo maior território do mundo, mas reserva de petróleo) e vegetal (madeira), agropecuária
sua população é relativamente pequena, cerca de e indústrias. Chama a atenção sua forte ligação com a
34 milhões de habitantes, sendo, assim, um país pouco economia dos Estados Unidos, principalmente por cau-
povoado, com uma densidade demográfica de, aproxi- sa dos investimentos americanos no setor industrial.
madamente, 3,5 habitantes por km². Porém, é preciso Por apresentar um alto grau de desenvolvimento eco-
lembrar que a grande maioria dos canadenses habita o nômico e social, o povo canadense não tem problemas
sul do país, próximo à fronteira com os Estados Unidos, para atravessar a fronteira com os Estados Unidos, o
uma vez que, no Centro e no Norte do território, o frio que vem proporcionando também o aumento da inte-
é rigoroso demais. gração cultural.
• Clima e vegetação: enquanto o Sul é dominado • Cultura: culturalmente, o Canadá é um país com gran-
pelo clima temperado, no Centro-Norte, predomina de diversidade étnica, porém com uma especificidade.
Estreito
IC
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Território de Davis
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LÂ
do Yukon Territórios
Mar de
AT
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Whitehorse do Noroeste
Labrador
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NO
Iqaluit
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Nunavut
EA
(1999) Estreito de
Terra Nova
OC
Yellowknife Hudson
e Labrador
Colúmbia Baía de
Britânica Hudson
Alberta St. John’s
Saskatchewan
Ilhas Príncipe
Quebec Edward
Edmonton Manitoba
Victoria
Charlottetown Nova
Regina Escócia
Winnipeg Ontário Fredericton
Quebec Halifax
N
ESCALA
O L 0 413 km Toronto Ottawa
New Brunswick
S ESTADOS UNIDOS
A província de Quebec tem ampla maioria da popu- Diferentemente do que ocorre no caso do Canadá, o
lação (cerca de 80%) com ascendência francesa. Tal baixo desenvolvimento econômico e social do México gera
fato deve-se à colonização iniciada pela França e assim uma situação de forte tensão na fronteira com os Estados
mantida até 1763. A partir da década de 1950, surgiu Unidos. Milhares de mexicanos pobres sonham em atra-
um movimento nacionalista no Quebec, que propunha vessar a fronteira para o norte, enquanto as autoridades
a sua separação do Canadá. Desde então, dois plebis- norte-americanas geram os mais diversos obstáculos, in-
citos já foram realizados, mas, em ambos, a maioria da cluindo construção de muros, cercas elétricas e intenso pa-
população quebequense preferiu se manter unida ao trulhamento da fronteira.
território canadense. Tal situação ocorre mesmo com a existência do
NAFTA, pelo fato de este ser apenas um acordo de livre-
México -comércio, não envolvendo outras formas de integração,
• Aspectos gerais: O território mexicano é bastante aci- como a livre circulação de mão de obra ou a criação de
dentado em sua faixa central e mais plano nos litorais uma moeda única.
Leste e Oeste. No Norte, o clima é desértico; e no Sul,
tropical úmido, o que influencia diretamente na organi- Questões internas
zação da vegetação, mais seca e esparsa em direção aos Quanto às revoltas indígenas de Chiapas, um dos es-
Estados Unidos e mais úmida e densa nas áreas próxi- tados mais pobres do México, o que sucedeu foi que uma
mas à América Central. organização popular denominada Movimento Zapatista
De colonização espanhola, o México faz parte da Amé- iniciou protestos com o objetivo de torná-lo autônomo
rica Latina, tanto em termos culturais como em termos perante o governo mexicano. Essa autonomia não signifi-
econômicos e sociais, uma vez que a colonização que ali cava independência, mas apenas um governo autônomo
se deu também foi de exploração, como no restante do comandado pelos índios, que formam a maioria da popu-
continente, ao contrário do que ocorreu aos outros inte- lação da região.
grantes do NAFTA. Mesmo assim, a economia mexicana O principal conflito por trás da questão de Chiapas é
é, atualmente, muito ligada aos Estados Unidos, principal- a expansão da agropecuária comercial sobre as terras há
mente em razão do acordo comercial do NAFTA. muito tempo utilizadas pelas comunidades indígenas como
• Economia: A exemplo do que ocorreu no Brasil após base para sua agricultura de subsistência.
a Segunda Guerra Mundial, o México passou por um Durante os anos seguintes, o governo federal reagiu de
processo de industrialização baseado em investimen- forma violenta aos protestos dos zapatistas, que, por sua
tos estatais em infraestrutura e indústrias de base e vez, formaram o Exército Zapatista de Libertação Nacional
forte participação do capital estrangeiro no setor de (EZLN). Vários confrontos militares ocorreram entre esse
indústrias de bens de consumo duráveis (automóveis e grupo e o exército do governo ou as milícias formadas por
eletroeletrônicos, principalmente). fazendeiros e outros interessados nas terras dessa região.
Apesar de os confrontos continuarem em Chiapas,
México no NAFTA desde 2006, outro estado mexicano de maioria indígena
O NAFTA, por um lado, possibilitou à economia mexi- ganhou notoriedade. Pelos mesmos motivos de Chiapas,
cana expandir suas exportações para os outros países da o vizinho Oaxaca vem presenciando levantes da popula-
América do Norte. Mas, por outro lado, tornou-a ainda ção indígena na tentativa de defender suas terras.
mais dependente do mercado consumidor estadunidense. Atualmente, a disputa pela distribuição das drogas
Um símbolo dessa dependência são as chamadas indús- na região fronteiriça com os Estados Unidos tem levado
trias maquiladoras, que recebem peças fabricadas nos os principais cartéis a um confronto sangrento, que já
Estados Unidos para montar produtos, como eletrodomés- causou a morte de milhares de pessoas e ao aumento da
ticos e automóveis, e depois enviá-los novamente para o insegurança, sobretudo nas cidades de fronteira, como
norte, o que é uma forma de tais empresas aproveitarem a Tijuana e Ciudad Juarez.
mão de obra barata mexicana.
Golfo do México
Cidade do
México
Mar do
Caribe
Oaxaca Chiapas
OC
EA
NO
PA
C
ÍF
IC
O
N
ESCALA
O L 0 253 km
EXERCÍCIOS DE SALA
1 EsPCEx (Aman) 2016 O poder imenso dos Estados Unidos III. atualmente, o Japão figura como o maior inves�dor no
é, antes de tudo, multidimensional […]. Isto significa que a mercado financeiro norte-americano, u�lizando os �tu-
influência global norte-americana estende-se por todos os los do Tesouro dos Estados Unidos como principal veí-
setores da vida das nações, nas suas relações internacionais culo de aplicação de suas vastas reservas monetárias.
e internas. IV. a criação do Acordo de Livre Comércio das Américas
D. Magnoli. Geografia para o Ensino Médio, 2012. p. 513. (NAFTA) e os consequentes inves�mentos feitos pelos
Estados Unidos no México revelam que o principal ob-
Sobre a economia norte-americana, suas relações e influ- je�vo do bloco é facilitar a circulação de riquezas e de
ências no mercado global, podemos afirmar que pessoas entre os dois países.
I. o Canadá é, atualmente, um dos maiores parceiros co- V. as significa�vas remessas de lucro, por parte das em-
merciais dos Estados Unidos, que absorvem a maior presas norte-americanas no exterior, para suas sedes,
parte das exportações canadenses. não vêm garan�ndo o equilíbrio nas contas externas
II. o mercado consumidor norte-americano funciona dos Estados Unidos.
como um dos principais dínamos da economia global
e contribui, decisivamente, para expansão da indústria Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas
asiá�ca. corretas.
A I, III e IV. C II, IV e V. E I, II e V.
B II, III e V. D II, III e IV.
2 EsPCEx (Aman) 2015 Logo após a Segunda Guerra 3 Udesc 2012 O México e os Estados Unidos são vizinhos
Mundial, a estrutura econômica regional norte-america- com problemas. Sobre esta relação de vizinhança é correto
na sofreu um profundo rearranjo resultante da perda de afirmar, exceto:
dinamismo industrial do Manufacturing Belt. Os novos in- A O México foi uma das primeiras ví�mas do nascente
vestimentos promoveram concentração de indústrias no imperialismo norte-americano do século XIX. Explo-
Oeste e no Sul dos Estados Unidos. rando as instabilidades internas do México, os Estados
Entre os fatores que contribuíram para o redirecionamento Unidos conquistaram 1 milhão de km² de territórios
dos investimentos para o Oeste e para o Sul dos Estados originalmente mexicanos. Esses territórios correspon-
Unidos, nesse período, podemos destacar dem aos atuais estados do Texas, Arizona, Novo México
I. a limitada disponibilidade de ferro e carvão mineral nas e Califórnia.
jazidas da região do Manufacturing Belt, minerais estes B Os problemas existentes entre México e Estados Uni-
indispensáveis à indústria siderúrgica. dos foram resolvidos recentemente com a eleição de
II. o interesse comercial pela bacia do Pacífico, haja vista Barack Obama, que flexibilizou, por meio de leis, a en-
a reconstrução econômica do Japão nesse período. trada dos mexicanos nos Estados Unidos.
III. a produção crescente de petróleo no Golfo do C A maioria dos norte-americanos tende a menosprezar,
México. ser indiferente ou simplesmente ignorar os ressen�-
IV. a grande disponibilidade de matéria-prima pesada nes- mentos históricos mexicanos. A imagem passada pelo
sas novas regiões, fundamental para a expansão da in- cinema norte-americano a respeito dos mexicanos é
dústria de alta tecnologia, fortemente dependente de geralmente deprecia�va.
tais fontes. D O México pode se tornar um problema geopolí�co
V. a possibilidade de redução dos custos com a for- para os Estados Unidos se as falhas polí�cas e econô-
ça de trabalho, uma vez que as novas empresas micas do regime mexicano acirrarem os sen�mentos
estariam distantes dos sindicatos operários do an�americanos.
Manufacturing Belt. E Os mexicanos buscam postos de trabalho nos
Estados Unidos, o que aumenta muito o fluxo migrató-
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão rio legal e ilegal para o país americano.
corretas.
A I e III.
B III e IV.
C I, II e IV.
D I, III e V.
E II, III e V.
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 3 | Frente 2 | Capítulo 9
I. Leia as páginas de 114 a 116.
II. Faça o exercício 8 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 18, 22, 24 e 25.
1 Alternativa: E.
Os itens incorretos são as afirmativas III, pois, na atualidade, o maior investidor no mercado financeiro dos Estados Unidos é
a China; e IV, pois o NAFTA é um bloco fundamentalmente econômico, não apresentando livre circulação de pessoas para
evitar a entrada de imigrantes ilegais mexicanos nos Estados Unidos e Canadá.
2 Alternativa: E.
As afirmativas incorretas são a I, pois o Nordeste, ou cinturão dos manufaturados, nos Estados Unidos apresenta grandes
reservas de carvão mineral e ferro que favoreceram o desenvolvimento da indústria siderúrgica; e a IV, já que o Sun Belt
destaca-se nos setores de alta tecnologia como informática e biotecnologia, que são menos dependentes de matérias-primas
pesadas.
3 Alternativa: B.
A alternativa b está incorreta, pois afirma que as políticas de Barack Obama teriam flexibilizado a entrada de mexicanos
nos EUA, o que não ocorreu de fato.
ANOTAÇÕES
Aulas
A������� C������ � �� S��:
��������������� ������ 39 e 40
Caracterís�cas �sicas sul-americana choca-se com a placa de Nazca, o que deu ori-
A divisão da América em Norte, Central e Sul baseia-se gem à Cordilheira dos Andes, um típico dobramento moder-
em aspectos físicos, principalmente no fato de a América no, que, ainda hoje, pode levar à ocorrência de vulcanismos
Central ser um istmo, ou seja, uma estreita faixa de terras e terremotos na região.
ligada às Américas do Norte e do Sul, as quais se assentam Por causa de sua extensão, a América do Sul apresen-
em diferentes placas tectônicas. ta diferentes domínios climáticos e diversas formações
A América Central pode ser dividida em duas porções: vegetais, desde a extensa Floresta Amazônica e a caatinga
a ístmica ou continental, e a insular, formada pelas ilhas do nordestina até o deserto frio da Patagônia, passando por
Caribe. A região está assentada sobre uma pequena placa áreas de cerrado, florestas subtropicais e vegetação típica
tectônica, a placa caribenha, mas, por se localizar entre ou- de montanha nos Andes.
tras grandes placas tectônicas, pode apresentar atividades
sísmicas e vulcânicas. Domina, na área, o clima tropical úmi- A colonização
do, o qual possibilita a formação de áreas de floresta densa. Essas duas porções do continente americano foram
A América do Sul, por sua vez, está assentada sobre uma colonizadas pelos povos ibéricos e, portanto, são incluídas
grande placa tectônica, a placa sul-americana. A costa Leste na chamada América Latina – da qual faz parte também o
do continente, onde está o litoral brasileiro, localiza-se no México, localizado na América do Norte. Tanto no caso da
meio dessa placa e, portanto, não apresenta atividade sísmi- colônia portuguesa – que deu origem ao Brasil – como no
ca nem vulcanismo. Na porção Oeste, ao contrário, a placa caso das colônias espanholas – que formaram o restante da
Cidade principal
AMÉRICA Fronteira
DO internacional
O
NORTE AN
CE CO Ferrovia
O TI
Golfo I. Grande I. Grande Abaco L ÂN
do
Bahama AT Rodovia
Nassau I. Eleuthera
México I. New
I. Andros I. Cat Rio
Providence I. San Salvador
I. Grande
TRÓPICO DE CÂNCER Exuma I. Rum Cay TRÓPICO DE CÂNCER
Havana I. Long Island Is. Turks e
BA
Pinar del Rio Sta. Clara HA I. Crooked Caicos
Colón MA I. Long Cay
Es
(RUN)
Cabaiguan S I. Acklins
tr
Cienfuegos
eit
Ciego de Ávila
Is. Caicos Is. Turks
o
C
I. de Pinos Sancti UBA Camaguey
de
Spíritus
Holguin
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I. Grande Inágua
L)
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Golfo de Guantánamo
HO
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Cúcuta
VENEZUELA Ciudad Guayana S
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SU
Medelin
GU
Quito
Rasto
Serra do Navio Macapá
Ilha de Bragança
bancos e sistemas de comunicação estatais. Tais medidas
EQUADOR
Guayaquil Ambato
Manaus
Itacoatira Santarém
Bragança
Marajó
Belém
São Luís Parnaíba Arq. Fernando
de Noronha
levaram à forte desnacionalização das economias latino-
Cuenca Iquítos Letícia Tefé Sobral
Blumenau Joinville
Valaparaíso
Valparaíso Mendoza Paysandú
T
Durazno
C
Santiago URUGUAI
E
Buenos Montevidéu
A N
Aires
A
Concepción
E
Plana
Mar del Plata
O
PA
Neuquén
Baía Blanca
Coihaiqué Comodoro
Rivadávia
Ferrovia de industrialização e depende da presença de empresas
Puerto Deseado Rodovia
internacionais. A maioria da produção se concentra ain-
da em áreas como o extrativismo mineral e a agroexpor-
Rio
Puerto Santa Cruz Is. Falklands
Puerto Natalés
Rio Gallegos (Malvinas)
I. Geórgia do Sul
Punta Arenas
TERRA DO FOGO
(RUN pret. ARG) (RUN)
tação. Como já dito anteriormente, o turismo também é
Ushuaia
EA
CÍ
COLÔMBIA
Mudanças polí�cas e
FI
NO
econômicas
CO
O maior destaque dessa nova tendência era Hugo Chávez, Morales chegou ao poder com grande apoio popular, pro-
ex-presidente da Venezuela, que vinha propondo um novo metendo nacionalizar a exploração dos hidrocarbonetos.
bolivarianismo, que seria uma política de integração entre os Inicialmente, os impostos sobre a exploração do gás natural
países latino-americanos para garantir seus interesses diante e do petróleo foram demasiadamente aumentados, mas o
das grandes potências. Para garantir o sucesso de seu gover- governo chegou a nacionalizar refinarias e outras proprie-
no, Chávez utilizava os vultuosos recursos provenientes da dades de empresas estrangeiras, inclusive da Petrobras.
venda de petróleo venezuelano. Após a morte de Chavéz, o Morales representa uma nova tendência na região,
até então vice-presidente Nicolás Maduro assumiu o poder que é a eleição de governantes que misturam a questão
interinamente e venceu as eleições contra Henrique Caprilles, da exclusão histórica dos indígenas com questões ligadas à
mantendo, assim, a Venezuela sob o comando do chavismo ao economia internacional. Em vários outros países da região,
menos por mais um mandato. lideranças semelhantes vêm ganhando cada vez mais força,
Outro destaque da nova esquerda latino-americana é disputando eleições em todos os níveis políticos e, frequen-
o presidente da Bolívia, Evo Morales. De origem indígena, temente, chegando aos pleitos presidenciais.
EXERCÍCIOS DE SALA
1 UCS 2014 Os blocos regionais surgiram devido às re- 2 ESPM 2015 Washington confirmou terem saído da
formas econômicas impulsionadas pelo processo de glo- prisão os últimos dos 53 presos de uma lista confidencial
balização, pelo desenvolvimento das comunicações e pela cuja liberdade fora pedida a Raúl Castro. O reatamen-
ampliação das trocas comerciais. O objetivo era facilitar o to, cujos pormenores serão negociados em Havana nos
comércio entre os países-membros. Analise a veracidade dias 21 e 22 pela secretária para América Latina, Roberta
(V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo sobre os blo- Jacobson, não fora condicionado a esse gesto de boa vonta-
cos econômicos. de, o que tira da oposição republicana o argumento de que
Obama cede sem receber nada em troca.
Nível de Carta Capital, 21 jan. 2015.
Características/objetivos Exemplos
integração
Eliminação de algumas A respeito dos anúncios sobre a distensão nas relações EUA
Zona de
barreiras tarifárias e de tarifas
livre comér- Mercosul – Cuba, feitos simultaneamente pelos presidentes Raúl Cas-
que incidem sobre o comércio
cio tro e Barak Obama, e as medidas que estão sendo adotadas
entre os países do grupo
Os países-membros de uma pelos dois governos, é correto assinalar que:
zona de livre comércio ado- A revogaram totalmente o embargo econômico norte-
União eco- tam uma mesma tarifa nas -americano aplicado contra Cuba desde 1962.
nômica e importações provenientes de NAFTA B fecharam a prisão de Guantánamo, localizada em base
monetária mercados externos, a Tarifa
Externa Comum (TEC), com da marinha norte-americana, em Cuba.
moeda única C reintegraram Cuba, de fato e de direito, na Organização
Adoção de níveis tarifários dos Estados Americanos (OEA), tendo atualmente os
preferenciais: tarifas comer- cubanos a�va par�cipação nesse organismo.
Mercado ciais entre os países-membros União D mais produtos dos EUA receberão autorização para
comum do grupo são inferiores às Europeia
serem exportados para Cuba, como materiais de cons-
tarifas cobradas de países não
membros trução civil, implementos agrícolas e equipamentos de
telecomunicações.
Assinale a alternativa que completa correta e respectiva- E o governo cubano decidiu indenizar empresas norte-
mente os parênteses, de cima para baixo. -americanas expropriadas após a Revolução Cubana de
A V–V–V 1959.
B V–F–F
C F–V–V
D V–F–V
E F–F–F
5 Unicamp Leia o trecho e responda às questões. b) A Colômbia apresenta um histórico de violência, com
A prática do crime é tão antiga quanto a própria hu- forte presença do crime organizado. Além do narcotráfi-
manidade. Mas o crime global, a formação de redes entre co, existem grupos guerrilheiros e grupos paramilitares.
poderosas organizações criminosas e seus associados, com Entre os grupos guerrilheiros, ressaltem-se as Farc (For-
atividades compartilhadas em todo o planeta, constitui um ças Armadas Revolucionárias) e o ELN (Exército de Liber-
novo fenômeno que afeta profundamente a economia no tação Nacional), que se confrontam com o exército, a
âmbito internacional e nacional, a política, a segurança e, polícia e os grupos paramilitares. Qual a relação da guer-
em última análise, as sociedades em geral. A Cosa Nostra rilha com o narcotráfico? O que é um grupo paramilitar?
siciliana (e suas associadas La Camorra, Ndrangheta e Sacra
Corona Unita), a máfia norte-americana, os narcotraficantes
colombianos, os cartéis mexicanos, as redes criminosas nige-
rianas, a Yakuza do Japão, as tríades chinesas, a constelação
formada pelas mafias russas, os traficantes de heroína da
Turquia, as posses jamaicanas e um sem número de grupos
criminosos locais e regionais em todos os países do mundo
uniram-se em uma rede global e diversificada que ultrapassa
fronteiras e estabelece vínculos de todos os tipos.
Manuel Castells. Fim de milênio. A era da informação:
economia, sociedade e cultura. V. 3. São Paulo:
Paz e Terra, 1999, p. 203-4. (Adapt.).
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 3 | Frente 2 | Capítulo 10
I. Leia as páginas de 130 a 141.
II. Faça os exercícios 3 e 5 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 1, 3, 5, 6, 12 e 25.
1 Alternativa: E.
A sequência definida na primeira linha é falsa, porque o Mercosul encontra-se na segunda fase de integração dos blocos, que
é a união aduaneira ou a adoção de tarifa externa comum.
A sequência definida na segunda linha é falsa, porque o NAFTA encontra-se na primeira fase de integração dos blocos, que é
a zona de livre comércio, ou seja, a redução ou a eliminação de tarifas alfandegárias entre os países membros.
A sequência definida na terceira linha é falsa, porque a União Europeia encontra-se na quinta fase de integração dos blocos,
que é a adoção de defesa e representação política integradas.
2 Alternativa: D.
Como mencionado corretamente na alternativa d, o descongelamento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba resultou,
entre outros, na liberação do comércio EUA-Cuba para determinados produtos, como bens de produção e intermediários.
Estão incorretas as alternativas: a, porque a reaproximação dos países é definida como uma distensão das relações e não
como fim do embargo; b, porque não ocorreu fechamento da prisão de Guantánamo, embora a intenção tenha sido promessa
de campanha eleitoral do presidente Obama; c, porque, embora a OEA tenha aprovado o retorno de Cuba, o país rejeitou a
reintegração ao organismo; e e, porque a reaproximação dos países não inclui indenizações às partes.
3 Alternativa: A.
Como mencionado corretamente na alternativa a, as Farc constituem uma organização terrorista de orientação marxista,
tendo a guerrilha e o narcotráfico como os mecanismos que permitiram a expansão e o domínio de parte da Colômbia (em
2012, iniciaram-se o desarmamento do movimento e as negociações para o processo de paz). Estão incorretas as alternativas:
b e d, porque as Farc constituíram-se como um processo de oposição ao governo civil da Colômbia e, portanto, o conflito
civil não se caracteriza pela união. As alternativas c e e estão incorretas, pois o conflito não se caracterizou pela unificação do
território.
4 Alternativa: E.
Há forte pressão da opinião pública colombiana em prol de um acordo de paz, já que, há décadas, o país vive um conflito
que atinge, em especial, a população civil.
ANOTAÇÕES
Aulas
Á�����:
��������������� ������ 41 a 43
Caracterís�cas �sicas Amazônica, só que menor. Nessa região, as chuvas
Em termos físicos, o continente africano costuma ser intensas e constantes formam a bacia hidrográfica do Rio
chamado de “continente espelho”. Isso se deve à distribui- Congo, um dos mais caudalosos do mundo.
ção de seus climas e de sua vegetação. Cortada mais ou Dirigindo-se do Equador para o Norte ou para o Sul,
menos ao meio pelo Equador, a África apresenta faixas de encontram-se as savanas: vegetação predominantemen-
conjuntos climatobotânicos que, aproximadamente, espe- te rasteira, com árvores e arbustos salpicados, típica do
lham-se entre os hemisférios Norte e Sul. clima tropical. As savanas são mais densas – com mais ár-
Nas proximidades do Equador, predomina o clima vores – e, conforme se afastam da linha do Equador, vão
equatorial e sua vegetação correspondente, ou seja, ficando mais abertas, até serem substituídas pelas este-
as florestas tropicais pluviais. O principal destaque pes – vegetação seca, característica das faixas semiáridas
é a Floresta do Congo, bem parecida com a Floresta do continente.
Vegetação da África
Tunísia
Marrocos
Argélia
Líbia Egito
Saara
Ocidental
Mauritânia
Mali Níger
Chade
Sudão Eritreia
Senegal
Gâmbia Burquina Djibuti
Guiné-Bissau Guiné Fasso
Costa do Benin
Serra Leoa Gana Nigéria Etiópia
Marfim Rep. Centro- Sudão
Libéria Togo Sudão Somália
-Africana do Sul
Camarões do Sul
Uganda
Guiné-Equatorial
Quênia
Gabão
Congo Ruanda
República Burundi
Democrática
do Congo Tanzânia
Seicheles
Semideserto Suazilândia
Deserto Lesoto
África do Sul N
Vegetação mediterrânea
ESCALA
Vegetação de montanhas e estepes da África do Sul O L 0 619 km
Tundra de montanha
S
Prosseguindo em direção aos extremos Norte e Sul da A formação geológica da África proporcionou-lhe
África, predominam as áreas desérticas e, posteriormente, grande riqueza mineral. Encontra-se petróleo em vários
as regiões de clima mediterrâneo, quentes e secas no verão pontos do continente, com destaque para a região
e amenas e úmidas no inverno. mediterrânea, o Golfo da Guiné e países como Sudão, Sudão
Além do Rio Congo, existem outros rios importantes, do Sul e Angola. Há também abundância de minerais, como
com destaque para o Nilo e o Níger. No entanto, a maior par- diamante, ouro e recursos metálicos em geral.
te do continente africano enfrenta problemas de escassez
hídrica, fato que dificulta a ocupação de algumas regiões, África do Norte e África
fazendo com que a população se distribua de forma desigual. Subsaariana
A distribuição étnico-religiosa permite dividir o continente
Distribuição da população e africano em duas grandes porções: a África do Norte, ou
recursos minerais mediterrânea, concentrada ao Norte do Saara, marcada
As poucas regiões densamente povoadas da África são: pelo predomínio de população de cultura árabe e da religião
o vale do Nilo, a região dos Grandes Lagos, o Golfo da Guiné, muçulmana; a África Subsaariana, localizada ao Sul do Saara,
a região mediterrânea e algumas áreas da África do Sul. No marcada pelo predomínio de população negra, com mesclas
entanto, nas regiões semiáridas também encontram-se de religiões animistas, próprias do continente, com núcleos do
agrupamentos humanos dos mais variados tamanhos. Cristianismo e Islamismo.
EXERCÍCIOS DE SALA
1 UPE 2015 Na ilustração a seguir, extraída do Google III. Em face da ação cien�ficamente correta dos coloni-
Earth, você observa nitidamente o continente africano. zadores europeus, par�cularmente franceses, belgas
Neste, está delimitada uma ampla área por uma linha e alemães, no Sul dessa área, evitou-se o desenvolvi-
amarela e indicada pela seta. Sobre essa área, analise as mento dos processos de deser�ficação que são mais
afirmativas a seguir: enfá�cos na África Equatorial.
IV. Expressivas reservas de petróleo, alvo de cobiça de
grandes potências europeias, na atualidade, são en-
contradas nos terrenos metamórficos e ígneos do es-
cudo da África do Norte.
V. A área, em face da circulação atmosférica geral, apre-
senta-se com um notável déficit hídrico, haja vista que
o processo de evaporação anual excede a precipitação,
também, anual.
Está(ão) correta(s)
A apenas I.
B apenas IV.
C apenas III e IV.
D apenas II e V.
E I, II, III, IV e V.
I. É uma região que apresenta grande potencialidade
edáfica para o desenvolvimento de agricultura de ciclo
longo, daí ter sido amplamente explorada pelo sistema
de plantation.
II. Sobre essa área, instala-se, quase que permanentemen-
te, centros an�ciclônicos, que influenciam fortemente o
clima regional.
2 UEM 2013 Sobre a África, assinale a(s) alternativa(s) 3 Udesc 2015 Analise as proposições em relação ao con-
correta(s). tinente africano.
01 Países europeus man�veram colônias na África até I. No relevo predominam os planaltos em escudos an�gos.
meados do século passado. A descolonização teve como II. O Norte do con�nente tem grandes restrições para
marco histórico recente a independência de Gana, o uso agrícola em razão da presença de um enorme
em 1957, sendo completada em 1990, originando os deserto.
atuais países ou estados nacionais africanos. III. As florestas se concentram na região equatorial do
02 O con�nente africano é o segundo maior do mundo con�nente.
em extensão geográfica, com seus 10.832.224 km2, sendo IV. A população se concentra nas zonas litorâneas do
superado pela América do Sul, que tem 12.984.126 km2. con�nente.
Na divisão interna do con�nente africano, um terço do
território é ocupado por florestas equatoriais, um terço Assinale a alternativa correta.
por desertos e um terço por áreas u�lizadas pela agri- A Somente as afirma�vas III e IV são verdadeiras.
cultura moderna. B Somente as afirma�vas I e II são verdadeiras.
04 Muitos dos países ou estados nacionais africanos têm C Somente as afirma�vas I e III são verdadeiras.
seu território delimitado por fronteiras polí�cas ar- D Somente a afirma�va IV é verdadeira.
�ficiais, onde foram instalados, pelos colonizadores, E Todas afirma�vas são verdadeiras.
grupos étnicos rivais. Ausência de fronteiras naturais e
convivência forçada de povos de etnias e culturas dife-
rentes têm sido causas de conflitos internos.
08 A regionalização com base em critério étnico ou cultu-
ral divide o con�nente em África Branca, ou Setentrio-
nal, formada predominantemente por povos árabes
que professam o Islamismo; e África Negra, ou Subsa-
ariana, com população predominantemente negra e
com mul�plicidade religiosa.
16 A África, depois de cinco séculos de exploração colonial
e nos seus 40 anos de descolonização, tem conseguido
conviver com regimes democrá�cos na maioria dos
Estados nacionais, graças, principalmente, aos recursos
econômicos gerados pelo petróleo e aplicados em
projetos culturais.
Soma:
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 3 | Frente 2 | Capítulo 11
I. Leia as páginas de 155 a 159.
II. Faça os exercícios 3 e 11 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 16, 19, 20 e 23.
1 Alternativa: D.
As afirmativas incorretas são a I, pois a imagem mostra a região do Sahel, semiárida, ao Sul do deserto do Saara, na
qual os solos são pouco desenvolvidos e inadequados para agricultura em larga escala no sistema de plantation; a III,
pois a colonização europeia na região do Sahel não teve qualquer preocupação ambiental – o processo de desertificação
decorrente do desmatamento e uso incorreto do solo na agropecuária é intenso; e a IV, pois a região do Sahel não
apresenta grandes reservas de petróleo e esse recurso é encontrado em bacias sedimentares da Era Mesozoica.
2 Soma= 13
Afirmativa 01: correta. O atual mapa da África surgiu com o processo da descolonização, já que quase todo o continente foi
colonizado por potências europeias. Da década de 1950 à de 1990, tais colônias foram divididas entre diversos países.
Afirmativa 02: incorreta. O continente africano, que tem mais de 30 milhões de km², é superado, em área, pela Ásia.
Afirmativa 04: correta. Assim como explicado no item 01, o mapa africano surgiu como resultado das divisões ocorridas ao
longo das independências. As fronteiras foram traçadas de acordo com os interesses europeus, sem respeitar as características
culturais, étnicas ou religiosas dos povos locais.
Afirmativa 08: correta. O norte da África é habitado, majoritariamente, por povos árabes e islâmicos, ao passo que o sul manteve,
em sua maioria, as suas populações originais, compostas de diversos grupos negros com distintas etnias, culturas e religiões.
Afirmativa 16: incorreta. O regime da maioria dos Estados africanos é instável e autoritário. O petróleo não está distribuído de
forma igual pelo continente, não podendo ser apontado como fator de sucesso econômico geral, até porque mesmo os países
que têm reservas desse recurso não apresentam pleno desenvolvimento econômico.
3 Alternativa: E.
A afirmativa I é verdadeira, pois o relevo africano se caracteriza pelo predomínio de escudos entremeados com antigas
bacias sedimentares, e áreas de dobramentos no extremo Norte e Centro-Leste do continente. A afirmativa II é verdadeira,
porque a presença do deserto do Saara, ocupando a maior parte da porção Norte do continente, apresenta limitações para
a produção agrária. Já a afirmativa III é verdadeira, pois a floresta do Congo (formação latifoliada equatorial) localiza-se na
porção Centro-Oeste do continente, associada ao clima equatorial. E a afirmativa IV é, também, verdadeira, pois a maior
concentração populacional encontra-se nas áreas litorâneas e vales dos rios.
ANOTAÇÕES
Aulas
44 e 45 Á�����:
��������������� ������ 2
A colonização africana
Fisicamente, a África é um “continente espelho”. Em termos sociais, ela é caracterizada pelo acúmulo de problemas.
A origem da maior parte deles pode ser encontrada na história da relação entre as grandes potências mundiais e os povos
africanos.
Cairo
Saara Argélia Líbia Egito
Ocidental
Nouakchott Mauritânia
Mali
Eritreia
Dacar Níger Cartum Asmara
Senegal Chade
Gâmbia Banjul BamakoOuagadougou Niamey Abuja Sudão
Bissau N’Djamena Djibuti
Guiné-Bissau Burquina Fasso Djibuti
Guiné
Conakry Benin
Togo
Serra Leoa Costa do Nigéria Sudão do Sul Adis Abeba
Freetown Marfim Gana Porto-Novo República
Monróvia Akra Centro-Africana
Libéria Lomé Etiópia
Camarões Banguí Somália
Juba
Yamoussoukro Malabo Yaoundé
Uganda
Guiné-Equatorial Congo Kampala Quênia Mogadíscio
Libreville
Gabão Ruanda Kigali Nairóbi
Brazzaville
Bujumbura Burundi
Kinshasa
Tanzânia
Dodoma
Luanda Seicheles
Malauí
Habitantes por quilômetro quadrado Angola Comores
0 2 10 39 193 Lilongwe
Despovoado Zâmbia
Lusaka
0 5 25 100 500 Harare
Habitantes por milha quadrada Moçambique
Antananarivo
Capital nacional Zimbábue
Namíbia
Windhoek Botsuana Madagascar
Gaborone
Pretoria Maputo
N Mbabane Suazilândia
ESCALA Maseru
L África
O 0 616 km do Sul Lesoto
No século XVI, os portugueses iniciaram o tráfico de escravos africanos para as Américas. Apesar de a escravidão ser,
na época, comum entre as tribos rivais na África, a comercialização de escravos impôs aos povos daquele continente novos
problemas, com destaque para o incentivo a guerras entre grupos africanos (já que alguns se especializaram na atividade de
capturar escravos para vender aos europeus) e o desmantelamento de tribos e culturas locais.
s 0 1.185 km
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Argélia Egito
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britânico 1882)
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O 0 1.456 km
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(Namíbia)
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Italianos África
do Sul
Basutolândia
ea
no tos de libertação nacional foram, pouco a pouco, libertando
Condomínio anglo-egípcio Oc
os povos africanos do domínio europeu. No entanto, os países
que, a partir daí, se formaram tinham – e continuam tendo –
O objetivo dos colonizadores era garantir o fornecimen- grandes dificuldades para legitimar os principais fundamentos
to de matéria-prima e a compra de produtos industrializados do modelo político denominado Estado-nação. Entende-se
no momento em que a industrialização avançava na Europa. como Estado-nação um Estado que represente uma nação e
Para isso, os europeus interferiram nas estruturas políticas que tenha território claramente delimitado com seus Estados
tradicionais do continente africano, aliando-se a alguns gru- vizinhos.
pos, transformados em elites locais, que os ajudavam a man- O problema é que, na África, é muito difícil garantir a
ter o domínio sobre a maioria da população. Nesse processo, formação de nações e a legitimidade das fronteiras entre
a agricultura de subsistência e outras formas de economia os países. Isso porque as fronteiras e os povos que dentro
tradicional foram sendo substituídas pelas atividades agríco- delas se encontram são produtos diretos da partilha da
las e de mineração, que interessavam à economia europeia. África, promovida durante a colonização.
Entre as piores heranças do processo de partilha e Além disso, o processo de independência dos países
colonização da África, encontra-se a maneira como se africanos ocorreu em um dos períodos mais complicados
formaram seus Estados-nação. A divisão do continente da política internacional, a Guerra Fria. Desse modo, a
entre as potências europeias não respeitou a distribuição luta desses povos misturou-se aos interesses dos Estados
de tribos e outros agrupamentos preexistentes, de modo Unidos, dos países europeus e da União Soviética no con-
que alguns povos foram divididos em colônias diferentes, tinente. Tais potências, em muitos casos, apoiaram grupos
enquanto outros, às vezes rivais, foram unidos em algumas africanos rivais, seja dentro de um mesmo país, seja entre
dessas colônias. Há países com mais de 30 etnias diferentes. países diferentes.
EXERCÍCIOS DE SALA
1 Fuvest 2011 A África vive [...] prisioneira de um passado 2 FGV 2012 Leia o depoimento de um advogado congolês.
inventado por outros.
Mia Couto. “Um retrato sem moldura”. In: Leila Hernandez. A África na O problema não é quem é o comprador mais recente
sala de aula. São Paulo: Selo Negro. 2005, p.11.
de nossas commodities. A China está assumindo o lugar do
Ocidente: ela leva embora nossas matérias-primas e vende
A frase acima se justifica porque: produtos acabados ao mundo. O que os africanos estão rece-
A os movimentos de independência na África foram patroci- bendo em troca – estradas, escolas ou produtos industrializa-
nados pelos países imperialistas, com o obje�vo de garan�r dos – não importa. Continuamos no mesmo esquema: nosso
a exploração econômica do con�nente. cobalto parte para a China como minério em pó e retorna na
B os dis�ntos povos da África preferem negar suas origens forma de pilhas que custam caro.
étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, Exame Ceo, ed. 6, junho de 2010. (Adapt.).
para a defesa da iden�dade cultural africana.
C a colonização britânica do litoral atlân�co da África O depoimento apresenta como tema central:
provocou a defini�va associação do con�nente à es- A a possibilidade de o con�nente africano sofrer novo
cravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia colonialismo.
europeia no Ocidente. B a necessidade de a África voltar à esfera de influência
D os atuais conflitos dentro do con�nente são comandados do Ocidente.
por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África C o atual papel da África na Divisão Internacional do Tra-
para explorar mais facilmente suas riquezas. balho.
E a maioria das divisões polí�cas da África definidas pelos D a ampliação das diferenças econômicas entre os países
colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo africanos.
após os movimentos de independência. E a valorização dos produtores de commodities no mer-
cado mundial.
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 3 | Frente 2 | Capítulo 11
I. Leia as páginas de 159 a 161, 167 e 168.
II. Faça o exercício 11 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 4, 5 e de 12 a 14.
1 Alternativa: E.
O atual mapa político africano surgiu como resultado das divisões ocorridas ao longo das independências, levando a fronteiras
traçadas de acordo com os interesses europeus, e não os desejos e as características dos povos locais. Essas fronteiras se mantêm,
em sua maioria, até hoje.
2 Alternativa: C.
Embora, atualmente, seja constituído por países independentes, o continente africano continua sendo um grande exportador de
matéria-prima para o restante do mundo (notavelmente a China, nos últimos anos). Os produtos fabricados por indústrias que
necessitam de maior tecnologia durante sua produção continuam chegando ao continente por meio da importação, o que comprova
o papel da África na atual Divisão Internacional do Trabalho.
3 Alternativa: B.
A fraca integração comercial entre os países da África está relacionada a uma série de fatores: subdesenvolvimento, dependência
em relação às exportações de commodities para países centrais (União Europeia, Estados Unidos e Japão) e em crescimento
(China), infraestrutura pouco desenvolvida (poucas rodovias, hidrovias e ferrovias integrando os países), fraca diversificação da
economia e diferenças culturais (religiosas e étnicas).
ANOTAÇÕES
Aulas
46 a 48 Á�����: ���������
� ��������� ������
O histórico do continente africano deixou como herança África do Sul
um grande conjunto de problemas políticos e socioeconômi-
Zimbábue
cos. Por um lado, a ocorrência de constantes conflitos, princi-
Messina
palmente guerras civis, levou vários países à desestruturação Krugger Moç.
Transvaal-Norte
econômica, com graves problemas sociais e étnicos. Por outro, Botsuana
Kimberley
xo desenvolvimento humano no continente. Ali encontram-
CE
Lesoto
CO
Augrabies Falls
Bloemfontein Durban
AN
DI
O
ÍN
Cabo Setentrional
analfabetismo, assim como baixa expectativa de vida, o que
AT
Cabo Oriental
NO
LÂ
EA
NT
OC
East London
IC
Cabo Ocidental
Port Elizabeth
AIDS. Neste último caso, a África vem chamando a atenção
O
Ruanda é uma ex-colônia da Bélgica. Os principais grupos Ruanda: centro de conflitos na África Subsaariana
étnicos que formam o país, tutsis e hutus, lutam pelo poder. REPÚBLICA UGANDA
DEMOCRÁTICA Lago
Os tutsis, que, mesmo sendo minoria, comandavam politica- DO CONGO Eduardo
O
RUANDA
DIC
um grande número de camponeses tutsis e a expulsão de mi-
O íN
Lago Kivu Lago OCEANO
lhões destes para outros países, principalmente para a vizinha Quigali
EAN
Vitória ATLÂNTICO
República Democrática do Congo.
OC
400.000
No caso do Sudão, o conflito ocorre entre os grupos de re- 600.000
Bujumbura
ligião islâmica e etnia árabe, mais ricos e localizados principal-
193.000
mente no Norte do país, e os de religião cristã ou muçulmanos
BURUNDI
não árabes, mais pobres e concentrados no Sul e no Oeste. N
Nos últimos anos, destacaram-se as atitudes violentas das mi- ESCALA
Lago O L 0 89 km
lícias árabe-muçulmanas (os janjawid) contra as aldeias mu- Tanganica
TANZÂNIA
çulmanas não árabes da região de Darfur, bastante atingidas S
pela desertificação do Sahel. No início de 2011, como parte Principais campos de refugiados
do acordo que encerrou a guerra civil (1983-2005), foi reali- 10.000 População refugiada
zado um plebiscito em que 98% da população do Sul do país Principais rotas de fuga das populações
votou a favor da divisão do Sudão, dando origem a um novo
Eixo de penetração das forças francesas
Estado: o Sudão do Sul. Tal Estado conta com 85% do petróleo
que antes pertencia ao Sudão. Além disso, conta também com Áreas sob o controle do novo governo (FPR)
mais recursos hídricos e solos férteis. Essas características, po- Zona de segurança humanitária
rém, não garantem a estabilidade do novo Estado, cuja capital
é Juba, já que a exportação de petróleo depende de um único Campo de refugiados em Darfur
oleoduto que corta o Norte (atual Sudão), ou seja, o novo país Estados de Darfur em
guerra desde 2003
depende de seu antigo rival. Isso levou a um acordo de parti- Sudão
Campos de refugiados
lha dos lucros de petróleo, em que o Norte recebe 50%. Além e deslocados
disso, o Sudão do Sul não tem saída para o mar, tornando-se Exploração petrolífera
Oleoduto
dependente dos países vizinhos. Darfur
Refinaria
Na Nigéria, há mais de um problema: no Delta do Níger, Concessões petrolíferas concedidas
região petrolífera, há separatismo étnico-econômico; no Nor- à China (sozinha ou em cooperação)
Outras concessões petrolíferas
te, a população muçulmana não aceita as medidas tomadas
pelo governo cristão do Sul. N
lo
ESCALA Em direção
O L 0 217 km
plodiu no Mali, ex-colônia francesa. Uma rebelião de grupos a Porto Sudão
(Mar Vermelho)
da etnia tuaregue, que acusa o governo de discriminação, foi S
• O separatismo no Chifre da África: os conflitos separatis- • Conflitos ideológicos na África: A Guerra Fria foi um
tas ocorrem entre grupos que habitam um mesmo país, fator muito importante para a configuração dos con-
mas não se consideram parte de uma mesma nação. flitos internos em Angola e Moçambique. Essas duas
O objetivo de alguns grupos, nesse caso, não é eliminar colônias portuguesas conquistaram sua independência
a etnia rival, mas, sim, separar parte do país que em 1975, adotando o sistema socialista e aliando-se
habitam para formar outro Estado-nação. Na África, à União Soviética e à Cuba. Por esse posicionamento
os principais conflitos desse tipo ocorrem na região ideológico dos dois países, os Estados Unidos e a Áfri-
do chamado Chifre da África, envolvendo a Etiópia e a ca do Sul apoiaram grupos, Unita, em Angola, e Rena-
Somália. Em 1993, a região Norte da Etiópia separou- mo, em Moçambique, contrários ao regime em vigor.
-se do país, dando origem à Eritreia. Essa separação Uma guerra civil acabou se alastrando pelos dois paí-
gerou conflitos e, portanto, muitas mortes. É uma das ses, desestruturando a agricultura e causando grandes
causas da atual miséria de ambos os países. No caso da prejuízos às respectivas economias. Em Moçambique,
Somália, a tentativa de parte de sua população de se a situação tomou novo rumo entre 1993 e 1995 com
tornar independente, criando a Somalilândia, em 1994, um acordo de paz que possibilitou ao país se aproxi-
não deu o mesmo resultado, o que gerou um estado mar de Estados europeus e da nova África do Sul, então
contínuo de ausência de qualquer forma legítima de comandada por Nelson Mandela. Angola, que atual-
governo, levando o país a uma guerra civil permanente. mente também está pacificada, tem as exportações
Além da guerra civil, o colapso do Estado levou ao de petróleo como carro-chefe para a reconstrução de
surgimento de grupos de piratas que sequestram navios sua economia, sendo a China uma grande consumidora
cargueiros, devido à posição estratégica do país. desse recurso natural angolano.
EXERCÍCIOS DE SALA
1 Enem 2012 A singularidade da questão da terra na Áfri- 2 UPE 2011 Populações inteiras são, às vezes, expulsas de
ca Colonial é a expropriação por parte do colonizador e as seus territórios. Esses povos sem território ficam acuados e
desigualdades raciais no acesso à terra. Após a indepen- privados de seus direitos de cidadania e passam a viver em
dência, as populações de colonos brancos tenderam a dimi- condições extremamente precárias. Exemplifica esse fato a
nuir, apesar de a proporção de terra em posse da minoria guerra entre as etnias hutu e tutsi, que provocou aproxima-
branca não ter diminuído proporcionalmente. damente meio milhão de refugiados. Essa desterritorialização
S. Moyo. A terra africana e as questões agrárias: o caso das lutas pela aconteceu na (no, em):
terra no Zimbábue. In:, B. M. Fernandes; M. I. M. Marques; J. C. Suzuki
(Orgs.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular,
A Croácia.
2007. B Eritreia.
C Azerbaijão.
Com base no texto, uma característica socioespacial e um D Afeganistão.
consequente desdobramento que marcou o processo de E Ruanda.
ocupação do espaço rural na África subsaariana foram:
A Exploração do campesinato pela elite proprietária —
Domínio das ins�tuições fundiárias pelo poder público.
B Adoção de prá�cas discriminatórias de acesso a terra
— Controle do uso especula�vo da propriedade fun-
diária.
C Desorganização da economia rural de subsistência —
Crescimento do consumo interno de alimentos pelas
famílias camponesas.
D Crescimento dos assentamentos rurais com mão de
obra familiar — Avanço crescente das áreas rurais so-
bre as regiões urbanas.
E Concentração das áreas cul�váveis no setor agroexpor-
tador — Aumento da ocupação da população pobre
em territórios agrícolas marginais.
civil, que está relacionada ao seguinte fator: Futuro presidente: Salva Kiir
Índice HIV: 7%
minar as outras etnias. Índice de mortalidade: 20 mortes a
cada 1.000 nascimentos
B A construção de fronteiras ar�ficiais no con�nente afri-
cano mo�vada pelo imperialismo europeu.
C A existência de petróleo, em Darfur do Norte, e a for-
te pressão chinesa para a separação e autonomia da A guerra civil que levou à divisão do Sudão era:
região. A a disputa, entre diversas tribos sudanesas, pelas extensas
D A influência da Primavera Árabe sobre a região que reservas de diamante presentes em todo o país.
levou à divisão da população em dois grupos: xiitas e B a imposição de uma iden�dade islâmica aos cristãos,
sunitas. que são maioria no Sul.
C a necessidade de melhor administrar polí�ca e econo-
micamente o país, visto que o Sudão era o maior país
africano.
D a discriminação racial existente no país, sendo o Norte
de maioria branca e o Sul de maioria negra.
5 Unicamp 2016 País da África Austral que se tornou inde- 6 Fuvest 2014 Observe o mapa da distribuição dos drones
pendente em 1975 após séculos de colonialismo europeu. (veículos aéreos não tripulados) norte-americanos na
No período posterior à independência, a terra passou a ser África e no Oriente Médio.
propriedade do Estado, com predomínio de uso pela popu-
lação camponesa e com forte participação das mulheres na
produção agrícola familiar. De 1976-1992 vivenciou inten- Afeganistão
sos conflitos produzidos pela guerra civil envolvendo dois
dos principais grupos armados do país. Argélia Arábia
O texto acima faz referência ao seguinte país: Níger
Saudita
Mauritânia Omã
A Congo.
B África do Sul. Etiópia
C Moçambique.
Países com bases
D Nigéria. norte-americanas Uganda
Bases de drones
Regiões com grupos 0 1.300 km
terroristas
GUIA DE ESTUDO
Geografia | Livro 3 | Frente 2 | Capítulo 11
I. Leia as páginas de 159 a 167.
II. Faça os exercícios 2, 4 e 7 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos 2, 3, 6, 7, 10 e 15.
1 Alternativa: E.
O texto menciona a expropriação de terras por parte dos colonizadores e as desigualdades raciais no acesso à terra, ou
seja, a concentração de cultivos voltados para o exterior, disponibilizando, para isso, as melhores terras e relegando a
população nativa a terras marginais. O texto não faz referência ao domínio das instituições pelo poder público, ao controle
do uso especulativo da propriedade fundiária, ao crescimento do consumo interno de alimentos ou ao avanço das áreas
rurais sobre regiões urbanas.
2 Alternativa: E.
Ao citar os hutus, o enunciado faz referência à crise ocorrida em Ruanda, que opôs a citada etnia a um grupo menor,
os tutsis. Durante o conflito, milícias hutus expulsaram ou exterminaram os tutsis, gerando uma crise em que os tutsis
sobreviventes foram obrigados a fugir para os países vizinhos, contribuindo, também, para a desestabilização de toda a
região. A crise foi superada apenas com a intervenção de forças da ONU.
3 Alternativa: A.
Nos anos 2000, eclodiu um grave conflito no Oeste do Sudão, na região de Darfur, entre uma etnia de agricultores (com
pretensões separatistas) e uma etnia de pastores nômades (com guerrilha armada e apoio do governo do Sudão). A guerrilha
promoveu um genocídio com milhares de mortos e refugiados. Nos últimos anos, os conflitos se reduziram, uma vez que o
país recebeu tropas de paz da ONU e da União Africana.
4 Alternativa: B.
A divisão do país se deu devido a um atrito entre a população do Sul (cristã e animista) e o governo islâmico do Norte. Assim
sendo, as alternativas A, C e D estão incorretas por apontarem razões diferentes.
5 Alternativa: C.
Moçambique localiza-se na África Austral, ou Meridional, sendo banhado pelo Oceano Índico. Tornou-se independente de
Portugal em 1975, juntamente com outros países de língua portuguesa, como Angola e Guiné-Bissau. No período da Guerra
Fria, adotou um regime socialista, aliado à União Soviética, mas o governo foi combatido por uma guerrilha capitalista
(Renamo – Resistência Nacional Moçambicana) financiada pelos EUA e África do Sul. Com o término do conflito na década
de 1990, o país avançou em sua democracia e a economia é baseada nas exportações de commodities minerais e agrícolas,
com grande potencial para o turismo.
6 Alternativa: D.
Nos últimos anos, a utilização de drones ou vants (veículos aéreos não tripulados), monitorados à distância pelos Estados
Unidos é muito polêmica. Os drones se inserem em uma estratégia de combate ao terrorismo e contra Estados-Nacionais que
“supostamente” financiam grupos terroristas. A utilização dos drones apresenta vantagens para o governo Barack Obama,
pois caracteriza-se pelo menor custo em termos de perdas humanas para os norte-americanos e seus aliados. Em contraste
com as intervenções com soldados (Iraque e Afeganistão) durante o governo Bush, que foram muito criticadas pelo alto custo
financeiro, humano e geopolítico. Entretanto, o uso de drones também é alvo de críticas em decorrência dos vários casos de
violação de direitos humanos com a morte de inocentes e a violação da legislação internacional no que concerne à invasão
de territórios estrangeiros.
ANOTAÇÕES