Вы находитесь на странице: 1из 7

E – Fólio A

UAB_41024 - Elites e Movimentos Sociais

Hugo André Fernandes Pacheco


Aluno nº905274 Turma nº. 4

Resumo: Este trabalho é a resposta ao enunciado do E-Fólio A da disciplina de Elites e Movimentos Sociais
do curso de Ciências Sociais da Universidade Aberta, ministrada pelo Exmo. Sr. Dr. José Lobo. No seguinte
trabalho apesar de uma abordagem objetiva às questões apresentadas, tentei ao máximo demonstrar
conhecimentos consolidados principalmente na visão pessoal adquirida pelo estudo de Pareto, Mosca,
Mills, Schumpeter, Aron, entre outros notáveis teóricos. O seguinte trabalho obedece a todos os
requisitos formais impostos.
Conteúdo

1 - Teoria das elites por WRIGHT MILLS e SCHUMPETER. ............................................................... 3


2- Pareto e Mosca, contributo para compreender a situação de instabilidade política e social
que se vive atualmente na Grécia? .................................................................................................. 4
3 - É possível afirmar que existe uma relação entre o tipo de regime político e o tipo de elite
política? Qual o papel das elites políticas na transformação das sociedades?................................ 6
4 - Bibliografia .................................................................................................................................. 7

2
1 - Teoria das elites por WRIGHT MILLS e SCHUMPETER.

Wrigth Mills e Schumpeter foram dois teóricos que se debruçaram sobre as elites sociais
teorizando a sua posição na sociedade, principalmente na sua relação com as massas. Para
Mills, o elitismo é sinónimo de poder politico, militar e industrial. Afirma que os Estados
Unidos da América são dominados por uma elite composta por elementos dessas
instituições e que são eles que dominam através do seu poder capital a esfera politica e as
massas. Podemos verificar que em termos de elitismo económico, é de facto notório que
o poder político, militar e industrial é uma realidade nos Estados Unidos da América,
vasta analisar algumas notícias atuais para entender-mos o poder dessas instituições.
Podemos verificar nesta noticia as associações politicas entre industriais capitalistas e a
elite politica norte americana:

“ Some American businesses, however, seem to derive part of their brand identity from their political
affiliations. Coca Cola, Wal-Mart , and just about every oil company and US based airline are GOP
stalwarts from way back. They are “big business and proud of it” organizations and their open alignment
with the Republican Party seems to strengthen their image with traditional, conservative consumers.

More contemporary American brands like Apple,Starbucks , Ben & Jerry's, and the three largest search 3
engines in the world, Google , Yahoo, and MSN openly embrace the “change” agenda of the Democratic
Party. These companies are “buck the status quo” organizations. If they didn't vote “ green” with the
democrats, they would likely suffer a loss of reputation with their most fanatically loyal customers who
1
are renegades themselves.”

È evidente que nos tempos modernos as novas armas de combate não são armas bélicas,
existe uma nova afirmação tecnocrata saliente na nossa atualidade. Mas as armas
tradicionais ainda representam uma fonte de capital importante e a indústria bélica ainda
apresenta ligações políticas em todos os grandes partidos. Contudo apresenta sinais de
saturação, visto que o conceito de uso de força deixou de ser tradicionalmente violento.
Aqui podemos verificar a estreita ligação entre a venda de armas e o poder político:

“ O aumento das vendas de armas americanas reflete as marés da política externa da Casa Branca. No
início de seu mandato, em 2001, Bush nomeou os três países que considerava uma ameaça aos EUA: o
Iraque de Saddam Hussein, o Irã e a Coréia do Norte. Sete anos depois, países vizinhos dos três que faziam

1
Disponível a 19 de abril em:http://translate.google.pt/translate?hl=pt-
PT&sl=en&tl=pt&u=http%3A%2F%2Fretailindustry.about.com%2Fod%2Ffamousretailers%2Fa%2Fretailpol
itics.htm&anno=2
parte do "eixo do mal" estão entre os maiores compradores de armas americanas. Além de rearmar
2
Iraque e Afeganistão, o Pentágono ajuda aliados interessados em conter Irã e Coreia do Norte.”

Schumpeter, defendia que o capitalismo se reorganizava e deveria separar a elite


economia da política, contudo defendia que a aristocracia mantinha gente sua no topo da
cadeia de poder de modo a evitar acefalia e uma elite compósita. Também introduz o
conceito de político profissional que faz tudo em prol da sua sobrevivência em detrimento
do serviço publico. Nesta noticia atual, podemos verificar a nomeação de interesses de
manutenção para um cargo político:

“A indicação de Conde Rodrigues – a mais polémica, pela falta de currículo como juiz – levanta também
problemas de legalidade. O ex-secretário de Estado da Justiça de José Sócrates foi apontado pelo PS para
preencher a quota de magistrados de carreira. Mas além de ter cumprido apenas um ano e meio como
juiz de primeira instância no Tribunal Administrativo (onde entrou em 2003 através de um curso especial
para agentes da Administração Pública), o candidato encontra-se também em licença prolongada.
Entretanto, ontem, Saragoça da Mata anunciou a sua desistência por «motivos de ordem pessoal». Os
sociais-democratas reagiram em comunicado: «Nesta circunstância o PSD decide apresentar a professora
3
doutora Maria José Rangel Mesquita como candidata a juíza do TC».”

2- Pareto e Mosca, contributo para compreender a situação de instabilidade


política e social que se vive atualmente na Grécia?
4

Se considerarmos que as sociedades mudam e que as estratificações massa e elite são


elementos estruturantes, podemos afirmar que a mudança é dinâmica, uma influência a
outra. Pareto defende que todas as classes têm uma elite determinada pelos melhores e
evidencia a classe política como a mais importante. Na classe política podemos encontrar
dois movimentos, os que detém o poder de governar e os que pretendem governar, e
segundo a teoria da circulação das elites. Eles vão mudando de posição conforme
satisfazem ou não as necessidades das massas, caso não haja esta circulação o resultado é
uma revolução das massas. Para conter a revolução o poder tenta aplicar a força não
violenta, uma força política de repressão utilizando ao seu dispor todos os mecanismos
necessários. A aplicação deste instrumento só significa que a elite no poder está débil e
prestes a ser substituída.

Gaetano Mosca foi um professor de direito siliciano e pode ser considerado o arqui-
inimigo de Pareto na teorização das elites sociais. Fundamentalmente Mosca teoriza que

2
Disponível a 19 de abril em:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,venda-de-armas-e-maior-
legado-de-bush,245565,0.htm
3
Disponível a 19 de abril em:http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=47378
existe um grupo político dirigente hierarquizada responsável pelo poder. Divide essa
classe num núcleo de decisão e num núcleo de execução que tem como destinatário a
massa social, importante salientar que não utiliza o termo “classe política”, mas grupo
com controlo dos meios políticos. Defende que a manutenção do poder é feita pela
credibilidade e aceitação que as massas demonstram pelas suas políticas, assim evitando
o seu desagrado, mantendo o seu equilíbrio. Caso exista alguma tensão a capacidade de
retaliação ao poder está na capacidade de ação das instituições sociais, que devem ser
fortes e capazes de fazer frente a decisões pouco benéficas, é um apologista do equilíbrio
liberal.

Uma análise tendo como base estes princípios teóricos aplicada á instabilidade política e
social que se vive atualmente na Grécia seria incorreta, nenhuma das teorias é aplicada no
seu todo. Por isso acho que uma visão pessoal do enquadramento teórico Pareto-Mosca
com a problemática grega será mais adequada á questão. Concordo com Pareto na ideia
de que as sociedades mudam conforme o grau de satisfação das massas e que apesar de
serem o destinatário do poder, tem em si o poder de decidir qual a estrutura a manter, a
mudança (raposa) ou conservação (leão). É inequívoco que os melhores são aqueles que
conquistam o poder e o conseguem manter face ao adversário, mas a estrutura de poder 5
está de tal forma organizada que já tem previsto as variáveis que podem originar
mudanças. Por isso não acredito que exista um partido de grupos de poder elitista,
acredito mais em partidos de massas com fundações elitistas, descordando que a classe
politica conservadora é a que tem maior relevância, atribuindo enfase á teoria de William
Henry Smith, em que os decisores seriam escolhidos com base na qualidade académica,
ou seja tecnocracia . O caso da Grécia não é por si um caso próprio, temos de evidenciar
a Grécia no espaço de poder em que se enquadra. Partindo da teorização de Mosca, a
Grécia é alvo de uma hierarquização de poder nuclear (União Europeia) e um governo
interno encarregue de aplicar as decisões de poder. Logo a solução apresentada por
muitos de partidos de coligação, só iria mudar o poder que executa as decisões e não o
poder que decide. O caso de instabilidade política e social da Grécia e de interessante
analise porque aplicando os conceitos teóricos de Pareto podemos concluir que está
iminente uma circulação de elites, existe uma apelo de mudança que se está a retratar em
revolução. As massas precisam de sangue novo 4 e quanto a facção de consentimento se
torna pouco expressiva é necessário usar a força como meio de pressão, no caso grego

4
BESSA, António Marques, Elites e Movimentos Sociais, Lisboa, Universidade Aberta, 2010, pág. 19.
isso é retratado em subida de impostos, congelamento de reformas, cortes radicais nos
subsídios. Mesmo assim apenas será feito o necessário para manter o nível de satisfação
das massas de modo a preservar o poder. Podemos concluir que um dos principais
problemas da Grécia está nas suas instituições sociais, já corrompidas pelos grupos de
poder politico. Neste momento só resta á Grécia escolher uma representação do poder
que tenha o bom senso de aplicar as medidas de austeridade com o menor impacto social
global possível.

3 - É possível afirmar que existe uma relação entre o tipo de regime político e
o tipo de elite política? Qual o papel das elites políticas na transformação das
sociedades?

Por regime político podemos considerar o conjunto de instituições políticas que exerce o
poder sobre as massas, mesmo que o governo seja considerado ilegítimo5. O regime
político é determinado pela elite política dominante que defende a sua posição sempre
que seja ameaçada. As revoluções, no extremo em forma de guerra civil, são a principal
razão de mudança de regime político e de elite política, pois é a única forma de afirmação
6
das massas. Se não existir esse nível de descontentamento social o regime mantem a sua
soberania defendendo-se de ameaças exteriores ou até reciclando os seus membros. É
prática comum a manutenção do núcleo de poder com pequenas modificações, contudo
caso exista uma variação no regime, é acompanhada por uma mudança na elite. Podemos
sistematizar essas mudanças em várias categorias:

a) Variação da elite fragmentada: as condições internas favorecem a instalação de


um poder militar.

b) Variação da elite consensualmente dividida: atingindo a degradação


partidocrática, a elite consensualmente dividida cria condições para emergência
de uma contra elite que pode ter eco entre a força militar, nos poderes
económicos, religiosos e culturais.

c) Variação da elite tendencialmente unificada com centro coordenador: acentuando


a impermeabilidade e ignorando novas forças sociais, este tipo de elite pode

5
Disponível a 19 de abril em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_pol%C3%ADtico
derivar para uma outra elite unificada sob um outro centro coordenador, bastando
que a elite militar seja substituída e passe a um papel mais esbatido.

d) Variação da elite unificada com centro coordenador exclusivo: sendo uma


poderosa realização que pressupõe sociedades civis frágeis e elites sociais
debilitadas, ela tem duas vias de transformação. Por um lado, o colapso da
administração burocrática e a cisão da organização coordenadora central, provoca
uma situação inquietante que pode levar à afirmação da elite militar.6

Podemos concluir que existe uma associação entre o tipo de regime político e o tipo de
elite política e que as mudanças são mutáveis e instáveis. Podemos analisar o caso do
Iraque que após anos com um regime militar fragmentado consegue uma mudança para
um sistema multipartidário pelo qual o poder executivo é exercido por um sistema
democrático. Outro exemplo de mudança de regime por descontentamento das massas
pode ser encontrado em 2011, quando uma serie de revoluções estabeleceu novos regimes
e novas ordens elitistas, ficou conhecido como o Fenómeno da “Primavera Árabe”.
7

4 – Bibliografia

BESSA, António Marques, Elites e Movimentos Sociais, Lisboa, Universidade Aberta, 2010.

Gianfranco Pasquino, Curso de Ciência Política, Oeiras, Principia, 2010.

Wikipedia, disponível em www.wikipedia.org

6
BESSA, António Marques, Elites e Movimentos Sociais, Lisboa, Universidade Aberta, 2010., pag.44.

Вам также может понравиться