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Unidade Acadêmica – Curso de Medicina

Módulo: Saúde do adulto e do idoso II – Cardiologia

Arapiraca: Segundo semestre de 2019

6° período

1. Carga Horária – 160 horas (teóricas e práticas)

1.1 Professor: Francisco de Assis Costa

1.2 Turma A – 13 alunos; Turma B – 13 alunos

1.3 Programação de semana letiva – 06 de maio a 09 de setembro/2019

Reavaliação: 26.08.2019

Prova final: 02.09.2019

2. Horários

Cardiologia

Revezamento das turmas A e B – teórica e prática. Uma semana aula teórica,


na outra, aula prática, sempre cumprindo os horários da manhã e tarde.
3. Metodologia

Será disponibilizado o caso clínico com os objetivos e as perguntas


norteadoras anteriormente definidos a cada semana, de forma que os alunos
discutirão de forma ativa e dirigida. No final, o professor irá fazer o fechamento com ou
sem aula expositiva. Poderão ser feitos seminários e estudos dirigidos.

Uma vez por mês – TBL/ Fish Ball /Sessões “pinga-fogo”

4. Aulas teóricas

Campus UFAL Arapiraca

5. Aulas práticas

Cardiologia – UBS Craíbas e/ou Laranjal.

6. Provas
Programadas duas provas por semestre + reavaliação + prova final.

Denominação
Saúde do Adulto e do Idoso II – Submódulo Cardiologia
Carga Horária semestral – 160 horas – Teórica: 80 horas Prática: 80 horas
Semestre 2019.2 – 6° período medicina
Turma A – Teórica e prática às segundas – Prof. Francisco Costa (8:20 às 12:20)
Turma B – Teórica e prática às segundas – Prof. Francisco Costa (13:20 às 17:10)
Aulas teóricas: Campus UFAL Arapiraca
Aulas práticas – Ambulatório UBS
Ementa
Anamnese e exame físico no adulto, voltados para o paciente cardiopata. Fisiopatologia,
quadro clínico e prognóstico das principais doenças cardiovasculares de interesse para o
médico generalista. Estratégias de prevenção e desenvolvimento da capacidade de
diagnóstico e de tratamento das doenças estudadas. Ética profissional, considerando a
história clínica, a diversidade étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, linguístico-
cultural e de pessoas com deficiência. Conhecimento teórico dos grandes temas da
Cardiologia, como semiologia cardiovascular, fisiologia cardíaca e exames complementares
em Cardiologia, doença arterial coronariana aguda e crônica, insuficiência cardíaca aguda e
crônica, miocardiopatias, valvopatias, doença reumática, endocardite infecciosa,
hipertensão arterial sistêmica, estudo das dislipidemias, arritmias cardíacas e emergências
cardiovasculares.

Objetivo Geral
Compreender as principais formas de acometimento das doenças cardíovasculares de
interesse ao médico generalista
Metodologia
Aulas expositivas/conferências, estudo de casos clínicos, seminários.
Será disponibilizado o caso clínco com os objetivos anteriormente a cada semana,
de forma que os alunos discutirão de forma ativa e dirigida. No final, o professor irá fazer o
fechamento com aula expositiva/conferência
Uma vez por mês – TBL / Fish Ball/sessões “pinga fogo”
Aulas práticas: UBS Craíbas e/ou Laranjal: Anamnese + exame físico +
discussão dos casos, hipótese diagnóstica, exames complementares + orientação
terapêutica.

Programação geral – segundo semestre de 2019


Cronograma
06.05.2019 – Turmas A e B: Introdução ao estudo da Cardiologia/semiologia
cardiovascular/exames complementares em Cardiologia
13.05.2019 – Turmas A e B: Atividade prática 1
20.05.2019 – Turmas A e B: Hipertensão arterial sistêmica – Caso clínico 1
27.05.2019 – Turmas A e B: Atividade prática 2
03.06.2019 – Turmas A e B: Dislipidemias/DAC crônica – Casos clínicos 2 e 3
10.06.2019 – Turmas A e B: Atividade prática 3
17.06.2019 – Turmas A e B: AI/IAMSSST e IAMCSST – Caso clínico 4
01.07.2019 – Turmas A e B: Atividade prática 4
08.07.2019 – Turmas A e B: – Febre reumática/valvopatias/endocardite infecciosa
Casos Clínicos 5
15.07.2019 – Turmas A e B: PROVA 1
22.07.2019 – Turmas A e B: Miocardiopatias e pericardiopatias – Caso clínico 6
29.07.2019 – Turmas A e B: Atividade prática 5
05.08.2019 – Turmas A e B: – Insuficiência cardíaca aguda e crônica – Casos
clínicos 7 e 8
12.08.2019 – Turmas A e B: Arritmias cardíacas e PCR – Casos clínicos 9 e 10
19.08.2019 – Turmas A e B: Prova 2
26.08.2019 – Turmas A e B: Prova de reavaliação
02.09.2019 – Turmas A e B: Prova final

Bibliografia
BONOW R.O., et al. Braunwald E. Tratado de Medicina Cardiovascular. 10 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2015.

CRAWFORD, M.H. Current. Diagnóstico e tratamento. Cardiologia. 3 ed. Rio de


Janeiro: Revinter, 2013.

GOLDMAN, L., et al. Cecil. Tratado de Medicina Interna. 24 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.

KASPER, D.L. Medicina Interna de Harrison. 19 ed. São Paulo: Artmed, 2015.

SANTOS E.S., TRINDADE P.H.D.M., MOREIRA H.G. Tratado Dante Pazzanese de


emergências cardiovasculares. 1ª ed. São Paulo: Atheneu; 2016.

KALIL FILHO R., FUSTER V. Medicina cardiovascular. Reduzindo o impacto das


doenças. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2016.

SOUSA A.G.M.R., TIMERMAN A., SOUSA J.E.M.R. Tratado sobre Doença Arterial
Coronária. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2017.

Diretrizes da SBC relacionadas a cada um dos temas abordados.

Caso clínico 1 – Hipertensão arterial sistêmica (HAS)


Identificação: AAL, homem, 55 anos, cor negra, casado, pedreiro, natural e
procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica há cerca de 30 anos +


diabetes mellitus tipo 2 há cerca de 10 anos + dislipidemia. Ex-fumante. Parou há 10
anos. Refere uso regular dos seguintes medicamentos: propranolol - 40 mg 8/8 horas
+ HCTZ - 25 mg/dia + Glibenclamida - 5 mg/dia.

Queixa principal: Dor de cabeça.

História da doença atual: Paciente refere dor de cabeça vespertina há um ano.


Tonturas ocasionais relacionadas a mudanças posturais. Encaminhado de uma UBS
para avaliação e tratamento de sua hipertensão arterial.

Exame físico: Eupneico, corado, A = 1,65 m; P = 110 kg.

ACV: RCR em 2 tempos, sem sopros, FC = 68 bpm, PA = 180/115 mmHg.

AR: MV audível, sem ruídos adventícios.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias CA = 110 cm.

Extremidades: Normais.

O cardiologista concluiu a consulta orientando o paciente a perder peso e fazer


atividade física. Encaminhou-o a uma nutricionista, solicitou exames e prescreveu os
seguintes medicamentos:

- Captopril – 50 mg VO 8/8 horas.

- Amlodipina – 5 mg VO 12/12 horas.

- HCTZ – 25 mg VO/dia.

- Espironolactona – 25 mg/dia.

Laboratório: Hb = 13,8; U = 40; Cr = 1,4; Na = 138; K = 4,0; G = 145; CT = 250; LDL-


C = 170; HDL-C = 40; TG = 200; AU = 10,2.

ECG: Sinais de sobrecarga ventricular esquerda.

ECO: VE = 55/35; AE = 40; SIV = 13; PP = 12; FEVE = 65%; DDVE grau 1, hipertrofia
concêntrica de VE.

Teste ergométrico: Alterado por resposta hipertensiva


Perguntas norteadoras

1. O que é HAS?
2. Quais os principais fatores de risco?
3. Qual a prevalência dessa doença na população geral?
4. Como reconhecer e classificar um hipertenso?
5. Como devo tratar a doença?

Objetivos

1. Conceituar e conhecer a fisiopatologia da HAS


2. Conhecer seus fatores de risco e classificar a HAS
3. Estratificar risco
4. Conhecer a epidemiologia da doença e exames complementares indicados
5. Saber tratar a doença e suas complicações
Caso clínico 2 – Dislipidemias (DLP)

Identificação: RRM, homem, 60 anos, cor branca, casado, funcionário público, natural
e procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica há cerca de 10 anos +


dislipidemia + tabagismo (20 anos/maço) + sedentarismo.

Queixa principal: Mancha no olho.

História da doença atual: Paciente assintomático. Refere aparecimento de manchas


amareladas nas pálpebras e saliências acastanhadas em cotovelos e joelhos há cerca
de 2 anos. Usa apenas clortalidona - 25 mg/dia para sua hipertensão arterial, que se
mantém controlada.

Exame físico: Presença de manchas amarelo-acastanhadas nas pálpebras e


tumorações móveis, indolores, cor castanha, em cotovelos e joelhos.

ACV: RCR em 2 tempos, sem sopros, FC = 72 bpm, PA = 130/80 mmHg.

AR: MV audível, sem ruídos adventícios.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias.

Extremidades: Normais.

O médico manteve o medicamento anti-hipertensivo, solicitou ECG, BQ, HG e perfil


lipídico.

ECG: Normal.

Laboratório: Hb = 15,2; leucograma normal; G = 95; Hb glicada = 5,4; Cr = 1,0; K =


3,8; CT = 290; LDL-C = 200; HDL-C = 40; TG = 250.

O médico orientou o paciente quanto a dieta, atividades físicas, estratificou risco pelo
escore de Framinghan e prescreveu, além da clortalidona, rosuvastatina – 10 mg/dia.
O paciente retornou 40 dias após com o seguinte lipidograma + TGO, TGP e CPK: CT
= 185; TG = 200; LDL-C = 100; HDL-C = 45; TGO = 20; TGP = 19; CPK = 130.
Perguntas norteadoras

1. O que são dislipidemias?


2. Qual sua importância na gênese da DAC aguda e crônica?
3. Qual a apresentação clínica?
4. Como fazer bom uso de exames laboratoriais?
5. Como abordar essa doença?

Objetivos

1. Saber reconhecer as diversas DLP


2. Saber contextualizar a DLP como um grande fator de risco para DAC
3. Conhecer a fisiopatologia das DLP
4. Saber diagnosticar e classificar as diversas DLP
5. Saber tratar as DLP
Caso clínico 3 – Doença arterial coronariana crônica

Identificação: ML, mulher, 65 anos, branca, divorciada, aposentada, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica + diabetes mellitus tipo 2 há


cerca de 15 anos + dislipidemia + sedentarismo. Refere ter sofrido infarto do
miocárdio há 5 anos.

Queixa principal: Não tem. Veio para consulta de rotina com o cardiologista.

História da doença atual: Segundo resumo de alta, a paciente sofreu IAM de parede
inferior há 5 anos, sento tratada, emergencialmente, com trombolítico. Submetida, 3
dias após, a cinecoronariografia, que revelou: artéria coronária direita com obstrução
de 95% no terço proximal e fluxo distal TIMI 3; artéria descendente anterior esquerda
com lesão de 80%, segmentar, no terço proximal; primeiro ramo diagonal, de bom
calibre, com lesão de 90% no óstio; e primeiro grande ramo marginal da artéria
circunflexa esquerda com lesão de 90% na porção proximal. Indicada, então, cirurgia
de revascularização miocárdica: MIE-DA + PVS-Dg1 + PVS-MgE1 + PVS-CD. O intra
e o pós-operatórios transcorreram sem intercorrências. A paciente obteve alta
hospitalar no sétimo dia de internação.

Exame físico: Bom estado geral, eupneica, normocorada.

ACV: RCR em 2 tempos, sem sopros, FC = 68 bpm, PA = 120/70 mmHg.

AR: MV audível, sem ruídos adventícios.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias.

Extremidades: Pulsos normais, panturrilhas livres.

Tratamento: A paciente faz uso regular dos seguintes medicamentos: AAS – 100 mg,
VO após almoço + atenolol – 25 mg, VO 12/12 horas + amlodipina – 5 mg, VO pela
manhã + rosuvastatina – 10 mg, VO após jantar + gliclazida – 30 mg, VO em jejum +
metformina – 500 mg, VO, após café da manhã e jantar.

Exames complementares:

Teste ergométrico: Protocolo de Bruce, tempos = 8,0 minutos, 10 METs, sem


alterações clínicas e/ou eletrocardiográficas.
Ecocardiograma transtorácico: VE = 50/30; AE = 33; Ao = 25; SIV = PP = 9,0; FEVE
= 64%, hipocinesia discreta na parede inferior.

Laboratório clínico: G = 95; Hb glicada = 6,0; Cr = 0,9; K = 4,1; CT = 215; HDL-C =


45; LDL-C = 110; TG = 300 mg/dL.

Perguntas norteadoras

1. O que é doença arterial coronariana crônica (DACC)?


2. Como elas costumam evoluir?
3. Quais os fatores de risco?
4. Qual sua apresentação clínica?
5. Como esse paciente deve ser abordado?

Objetivos

1. Definir e conhecer a fisiopatologia da DACC


2. Saber tratar seus fatores agravantes
3. Saber diagnosticar e conduzir ambulatorialmente esse paciente
4. Abordagem quanto a exames complementares ambulatoriais
5. Tratamento clínico, intervencionista ou cirúrgico – indicações
Caso clínico 4 – SCA

Identificação: FAB, homem, 55 anos, cor negra, casado, comerciante, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica + diabetes mellitus tipo 2 há


cerca de 10 anos + dislipidemia + tabagismo (20 anos/maço) + história família de
doença coronariana (pai falecido de morte súbita aos 49 anos) + sedentarismo.
Refere uso irregular dos medicamentos prescritos por seu médico.

Queixa principal: Dor no peito.

História da doença atual: Após assistir ao jornal de notícias, repentinamente sentiu


forte dor retroesternal tipo aperto, que se irradiou para MMSS e mandíbula, duração
de 30 minutos, sudorese profusa, dispneia e náuseas. Pediu que a esposa lhe fizesse
um chá de cidreira. Esta imediatamente recusou e o convenceu a procurar uma UPA.
Atendido por um clínico geral.

Exame físico: Pálido, sudoréico, dispneico.

ACV: RCR em 3 tempos (B3), sem sopros, FC = 105 bpm, PA = 150/100 mmHg.

AR: MV audível, crepitações finas bibasais.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias.

Extremidades: Frias.

ECG obtido antes de 10 minutos: Supradesnível do segmento ST de V1 a V4.

Tratamento: Encaminhado a hospital de referência. Cardiologista que o recebeu, em


torno de duas horas após início dos sintomas prescreveu: AAS – 300 mg VO
(mastigados) + dinitrato de isossorbida – 5 mg, SL + enalapril – 20 mg, VO + atenolol –
50 mg, VO + furosemida – 20 mg, EV. Houve melhora da dor, da dispneia, da FC (80
bpm) e da PA (130/80 mmHg). Juntamente com todos os medicamentos o paciente
recebeu estreptoquinase – 1.500.000 EV em 60 minutos. Durante a infusão do
fibrinolítico o paciente apresentou intensa bradicardia, revertida espontaneamente.
Cerca de 30 minutos após o supradesnível de ST de V1 a V4 havia praticamente
desaparecido. O paciente para um hospital terciário com indicação de
cinecoronariografia.
Perguntas norteadoras

1. O que é uma síndrome coronariana aguda (SCA)?


2. Por que elas acontecem tanto?
3. Quais os principais fatores de risco?
4. Como elas se apresentam comumente?
5. Como esse paciente deve ser abordado?

Objetivos:

1. Definir e classificar as SCA


2. Saber diagnosticar rapidamente uma SCA
3. Conhecer a fisiopatologia das SCA
4. Estratificar risco
5. Conduzir o tratamento adequado das SCA
Caso clínico 5 – Valvopatia/febre reumática/endocardite infecciosa

Identificação: SAS, homem, 30 anos, cor parda, casado, comerciante, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Febre reumática diagnosticada aos 10 anos. Cirurgia


cardíaca aos 20 anos de idade.

Queixa principal: “Febre toda a tarde”.

História da doença atual: Paciente refere febre, sempre ao entardecer, há cerca de


15 dias. Também relata falta de apetite e perda de peso, algo em torno de 5 kg nesse
período. Há 3 semanas teve um dente extraído, sem maiores problemas.

Exame físico: Eupneico, hipocorado (++/4+), consumido.

ACV: RCI em 2 tempos, FC de aproximadamente 100 bpm, PA = 110/65 mmHg, sopro


diastólico em foco mitral (+++/4+) e sopro diastólico em foco aórtico (++/4+).

AR: MV audível, sem ruídos adventícios.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias.

Extremidades: NDN.

O médico cardiologista que o atendeu teve acesso ao resumo de alta hospitalar, do


Hospital do Açúcar de Maceió – AL. O paciente havia sido internado em ICC CF IV e
submetido a tratamento clínico para compensação do quadro. Ecocardiograma
transtorácico (ECO) da ocasião: VE = 75/55; AE = 50; Ao = 37; SIV = PP = 11; FEVE =
55%; IAo severa e DLMi (insuficiência severa e estenose discreta). Foi então,
submetido a cirurgia cardíaca para troca das valvas (prótese metálica aórtica e prótese
biológica mitral). O intra e o pós-operatório transcorreram sem intercorrências. O
paciente fazia uso de enalapril – 10 mg/dia + varfarina sódica – 5 mg/dia. Há um ano
não faz controle laboratorial da coagulação sanguínea. O médico então, prontamente
o internou, solicitou ECG + ECO + bioquímica + hemograma + TAP/INR. Eis os
resultados. ECG: fibrilação atrial + sinais de sobrecarga ventricular esquerda. ECO:
VE = 70/50; AE = 48; Ao = 35; SIV = PP = 10; FEVE = 60%; PB mitral calcificada e
estenótica (gradiente médio = 14 mmHg), PM aórtica com regurgitação severa e
imagem sugestiva de vegetação. Laboratório: Hb = 9,6; Leucócitos = 13.000, com
desvio à esquerda, U = 40; Cr = 1,0; K = 3,5; Na = 140; G = 95; PCR = 132; INR = 1,6.
O médico iniciou penicilina G cristalina – 24.000.000 UI/dia + gentamicina – 240
mg/dia e levou o caso para discussão com toda a equipe de cardiologia.

Perguntas norteadoras

1. O que é febre reumática?


2. Quais suas consequências cardiológicas?
3. O que é endocardite infecciosa?
4. Quais as principais valvas acometidas pela doença reumática?
5. Como prevenir a febre reumática?

Objetivos

1. Saber diagnosticar e tratar febre reumática


2. Saber diagnosticar e tratar endocardite infecciosa
3. Saber fazer profilaxia primária e secundária dessas doenças
4. Conhecer a fisiopatologia e o quadro clínico das principais valvopatias
5. Saber diagnosticar e conduzir o tratamento das valvopatias reumáticas
Caso clínico 6 – Miocardiopatia hipertrófica

Identificação: MASM, homem, 30 anos, cor branca, casado, contador, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Pai falecido de morte súbita aos 40 anos.

Queixa principal: Falta de ar e desmaio.

História da doença atual: Paciente refere falta de ar progressiva há cerca de 6


meses. Há 15 dias apresentou desmaio após caminhada rápida.

Exame físico: Bom estado geral, eupneico.

ACV: RCR em 3 tempos (B4), ictus propulsivo, sopro sistólico em foco mitral (++/4+),
FC = 72 bpm, PA = 130/80 mmHg.

AR: MV audível, sem ruídos adventícios.

Abdome: Normal.

Extremidades: Normais.

O médico cardiologista solicitou ECG e ECO. Paciente retornou 15 dias após com os
exames.

ECG: Sinais de sobrecarga ventricular esquerda + alterações difusas da repolarização


ventricular + presença de ondas Q em derivações inferiores.

ECO: VE = 50/28; AE = 43; Ao = 28; SIV = 32; PP = 30; refluxo mitral severo,
obstrução da via de saída do VE, com gradiente intraventricular = 36 mmHg.

O profissional prescreveu: propranolol – 80 mg 8/8 horas e indicou CDI, implantado um


mês depois, sem intercorrências.
Perguntas norteadoras

1. O que são miocardiopatias?


2. O que é miocardiopatia hipertrófica?
3. Qual sua apresentação clínica?
4. Existe tratamento?
5. Como evoluem os portadores de uma miocardiopatia hipertrófica?

Objetivos

1. Saber diagnosticar e classificar as miocardiopatias hipertróficas


2. Conhecer sua fisiopatologia
3. Quadro clínico e exames complementares
4. Tratamento clínico e cirúrgico
5. Prognóstico
Caso clínico 7 – Miocardiopatia chagásica

Identificação: JOA, homem, 45 anos, cor parda, casado, agricultor, natural de União
dos Palmares – AL e procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica + diabetes mellitus tipo 2 há


cerca de 10 anos + dislipidemia + tabagismo (20 anos/maço) + história família de
doença coronariana (pai falecido de morte súbita aos 49 anos) + sedentarismo.
Refere uso irregular dos medicamentos prescritos por seu médico.

Queixa principal: Falta de ar.

História da doença atual: Paciente refere falta de ar há cerca de um ano, com piora
nos últimos seis meses. Diz que o cansaço também piora ao deitar e com frequência
tem acordado no meio da noite sufocado. Queixa-se, ainda, de inchaço nas pernas e
barriga crescida nos últimos três meses. Há mais ou menos um ano sofreu um
derrame cerebral, tendo sido internado e tratado no Hospital Regional de Arapiraca.

Exame físico: Estado geral ruim, dispneico, hipocorado (++/4+), turgência de veia
jugular a 45 graus. Hemiparesia discreta à esquerda, predomínio braquial.

ACV: RCI em 3 tempos (B3), sopro sistólico em foco mitral (+/4+), ictus desviado para
a esquerda, FC = 80 bpm, PA = 100/70 mmHg.

AR: MV audível, sem ruídos adventícios.

Abdome: Flácido, fígado a 3 cm do RCD, presença de ascite.

Extremidades: Pulsos filiformes.

O médico cardiologista que o atendeu emitiu AIH e o internou numa enfermaria do


HRA.

Prescrição da internação:

- Deslanosídeo – ½ ampola EV 12/12 horas;

- Furosemida – 20 mg EV 8/8 horas

- Enalapril – 5 mg VO 12/12 horas

- Espironolactona – 25 mg VO/dia

- Carvedilol – 3,125 mg VO 12/12 horas


Solicitou exames, cujos resultados, vistos 48 horas após eram os seguintes.

ECG: RS, FC = 75 bpm, BDASE + BRD + BAV de 1º grau.

ECO: VE = 70/55; AE = 55; Ao = 28; SIV = PP = 9; FEVE = 25%, hipocinesia difusa


severa, aneurisma apical, IMi leve a moderada, IT moderada.

Laboratório: Hb = 10,5; G = 81; U = 35; Cr = 1,1; Na = 128; K = 3,2.

Evolução: O paciente apresentou expressiva melhora clínica e obteve alta 6 dias após
internação.

Prescrição de alta:

- Digoxina – 0,25 mg VO/dia

- Furosemida – 40 mg VO/dia

- Enalapril – 5 mg VO 12/12 horas

- Espironolactona – 25 mg VO/dia

- Carvedilol – 6,25 mg VO 12/12 horas

- Varfarina sódica – 5 mg VO/dia.

Orientado a voltar com TAP/INR uma semana após.

Perguntas norteadoras

1. O que é a Doença de Chagas?


2. Por que ela ocorre?
3. Como ela se apresenta?
4. Ainda existe a forma aguda da doença? E qual a situação da forma crônica?
5. Existe tratamento para as duas formas da doença?

Objetivos

1. Saber diagnosticar a miocardiopatia chagásica


2. Conhecer sua epidemiologia e sua fisiopatologia
3. Saber classificar a doença clinicamente
4. Saber conduzir clinicamente a doença em suas várias formas
5. Saber tratar as várias formas da doença e suas complicações
Caso clínico 8 – Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)

Identificação: AMC, mulher, 65 anos, cor branca, viúva, aposentada, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica há cerca de 25 anos +


diabetes mellitus tipo 2 há cerca de 15 anos + dislipidemia + sedentarismo. Refere
uso irregular dos medicamentos prescritos por seu médico.

Queixa principal: Dor no peito e falta de ar.

História da doença atual: Paciente refere dor no peito, em aperto e falta de ar, de
início súbito, em repouso, há aproximadamente 30 minutos. Refere ser hipertensa e
diabética, em uso irregular de medicamentos prescritos por seu médico.

Exame físico: Dispneica, agitada, cianótica.

ACV: RCR em 3 tempos (B4), sem sopros, FC = 100 bpm, PA = 230/130 mmHg.

AR: MV audível, estertores bolhosos audíveis até ápices pulmonares.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias.

Extremidades: Cianóticas.

Tratamento: O médico plantonista da UPA imediatamente prescreveu: VNI + nitrato


SL + diurético de alça EV + morfina EV + nitroprussiato de sódio EV. A paciente
respondeu satisfatoriamente e não necessitou de intubação orotraqueal. Foram
solicitados alguns exames.

ECG: RS, FC = 105 bpm, inversão de segmento ST de V1 a V4.

Radiografia de tórax: Cardiomegalia (++/4++) + congestão pulmonar difusa +


presença de linhas B de Kerley.

Evolução: Após 6 horas do início dos sintomas a paciente encontrava-se eupneica,


PA = 140/90 mmHg, pulmões limpos, FC = 86 bpm, em 2 tempos. Ecocardiograma
realizado no dia seguinte: VE = 48/34; AE = 38; Ao = 28; SIV = PP = 12; FEVE = 70%;
disfunção diastólica do VE grau 2. Paciente obteve alta hospitalar 3 dias depois com a
seguinte prescrição: losartana – 50 mg VO 12/12 horas + hidroclorotiazida – 25 mg
VO/dia + atenolol – 25 mg VO 12/12 horas + sinvastatina – 20 mg/dia + AAS – 100
mg/dia. Procurou seu cardiologista particular que manteve a medicação e solicitou
cintilografia miocárdica: normal.
Encaminhado a hospital de referência. Cardiologista que o recebeu, em torno de duas
horas após início dos sintomas prescreveu: AAS – 300 mg VO (mastigados) + dinitrato
de isossorbida – 5 mg, SL + enalapril – 20 mg, VO + atenolol – 50 mg, VO +
furosemida – 20 mg, EV. Houve melhora da dor, da dispneia, da FC (80 bpm) e da PA
(130/80 mmHg). Juntamente com todos os medicamentos o paciente recebeu
estreptoquinase – 1.500.000 EV em 60 minutos. Durante a infusão do fibrinolítico o
paciente apresentou intensa bradicardia, revertida espontaneamente. Cerca de 30
minutos após o supradesnível de ST de V1 a V4 havia praticamente desaparecido. O
paciente para um hospital terciário com indicação de cinecoronariografia.

Perguntas norteadoras

1. O que é ICC?
2. Quais os principais fatores de risco?
3. Como reconhecer um paciente com ICC?
4. Existem formas agudas e crônicas?
5. Há tratamento efetivo?

Objetivos

1. Saber conceituar ICC e conhecer sua fisiopatologia


2. Conhecer as etiologias da ICC
3. Saber reconhecer e tratar seus principais fatores de risco
4. Saber solicitar e interpretar os exames complementares úteis na condução da
doença
5. Saber tratar ICC aguda e crônica
Caso clínico 9 – Arritmia (fibrilação atrial – FA)

Identificação: SCS, homem, 65 anos, cor branca, casado, industrial, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica + diabetes mellitus tipo 2


descobertos há cerca de 15 anos + dislipidemia + tabagismo (20 anos/maço) +
obesidade. Refere uso irregular dos medicamentos prescritos por seu médico.

Queixa principal: “Batedeira no peito”.

História da doença atual: Paciente encontrava-se em sua residência, assistindo à


TV, quando passou a sentir, repentinamente, fortes palpitações, escurecimento da
visão e falta de ar, quadro iniciado há aproximadamente 30 minutos. Os familiares o
levaram, imediatamente, ao pronto socorro cardiológico de um hospital privado.
Prontamente avaliado por um cardiologista de plantão. Paciente nega qualquer
sintoma parecido antes.

Exame físico: Sudoréico, dispneico, pálido, ansioso.

ACV: RCI em 2 tempos, sem sopros, FC = 145 bpm, PA = 80/60 mmHg.

AR: MV audível, crepitações finas bibasais.

Abdome: Flácido, sem visceromegalias.

Extremidades: Frias.

ECG obtido antes dos 10 minutos de admissão: Ausência de ondas P, ondas F de


fibrilação, irregularidade do intervalo R-R, FC = 150 bpm, alterações difusas da
repolarização ventricular.

Tratamento: O médico certificou-se de que o quadro se iniciara realmente era agudo,


instalou O2 por máscara facial, deixou pronto material de intubação, providenciou
sedação com propofol e realizou CVE com 200 J, tendo o paciente reversão imediata
a ritmo sinusal. Manteve-se em observação por 12 horas e obteve alta no dia seguinte
com a seguinte prescrição médica: amiodarona – 200 mg/dia + varfarina sódica – 5
mg/dia. Orientado a fazer exame de TAP/INR 5 dias após. Também saiu com
solicitação de ECO. INR = 2,2. ECO: VE = 50/30; AE = 48; Ao = 32; SIV = PP = 12;
FEVE = 74%, valvas normais, disfunção diastólica do VE, grau 1.
Perguntas norteadoras

1. O que são arritmias cardíacas?


2. O que é fibrilação atrial?
3. O que são arritmias supraventriculares? E ventriculares?
4. Como suspeitar?
5. Elas são perigosas? Existe tratamento eficaz?

Objetivos:

1. Conhecer os principais mecanismos desencadeantes das arritmias


2. Saber o que uma FA
3. Saber classificar a FA, conhecer sua epidemiologia e os fatores de risco
4. Saber diagnosticar uma FA
5. Saber tratar uma FA
Caso clínico 10 – Parada cardiorrespiratória (PCR)

Identificação: VL, homem, 72 anos, cor negra, casado, aposentado, natural e


procedente de Arapiraca – AL.

Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial sistêmica + diabetes mellitus tipo 2 há


cerca de 10 anos + dislipidemia + tabagismo (30 anos/maço) + história família de
doença coronariana + sedentarismo. História de IAM de parede anterior há 5 anos.
Segundo resumo de alta, o tratamento instituído foi conservador e o paciente recusou
a cinecoronariografia indicada na ocasião. Fazia uso irregular dos medicamentos
prescritos por seu cardiologista.

Queixa principal: Desmaio.

História da doença atual: Familiar relata que após um estresse emocional o paciente
apresentou desmaio, permaneceu desacordado, sendo levado, imediatamente, a um
hospital próximo de sua casa. Ao checar seus pulsos carotídeos, o plantonista iniciou
massagem cardíaca externa (MCE), solicitando punção da veia antecubital direita e
monitorização eletrocardiográfica. Monitor: FV. Paciente intubado e ventilado com
AMBU. Solicitado um ventilador.

Tratamento: Desfibrilação com 200 J sem reversão. Progressão de MCE.


Administração de 2 ampolas de adrenalina. Nova desfibrilação com 360 J, sem
reversão. Mais duas ampolas de adrenalina e 4 ampolas de atropina. Repetida a
desfibrilação com 360 J, tendo dessa vez, o paciente respondido: presença de pulsos
carotídeos/femorais e ritmo de taquicardia sinusal ao monitor, FC = 110 bpm. PA =
100/60 mmHg. O paciente foi encaminhado à unidade coronariana com a seguinte
prescrição: AAS – 300 mg VO no momento + metoprolol – 50 mg VO 12/12 horas +
enalapril – 5 mg VO 12/12 horas + enoxaparina – 60 mg SC 12/12 horas + dopamina,
dose alfa.
Perguntas norteadoras

1. O que é uma PCR?


2. Por que uma PCR ocorre?
3. Quais os fatores de risco?
4. Como reconhecer?
5. Como abordar um paciente em PCR?

Objetivos

1. Conhecer as modalidades de PCR


2. Conhecer as taquiarritmias e bradiarritmias responsáveis por PCR
3. Conhecer os principais fatores de risco
4. Saber diagnosticar rapidamente um paciente em PCR
5. Saber conduzir adequadamente uma ressuscitação cardiorrespiratória

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