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Temperatura média do litoral: 24°C a 28°C; Média das serras: 20°C a 25°C; Média da
Depressão Sertaneja: 26°C a 29°C.
a)Fortaleza - Média das mínimas: 23°C; Média das Máximas: 28°C / Mínima absoluta:
19°C; Máxima absoluta: 32°C.
b)A temperatura mais baixa já registrada no estado foi verificada em Jardim: 8°C.
CAPÍTULO 2
O RELEVO CEARENSE
Participação (%)
Descrição Km
Brasil Nordeste
Ceará 573 7,73 15,10
Nordeste 3.795 51,23 -
Brasil 7.408 - -
Sertões
A região sertaneja, que representa cerca de 57% do território cearense, corresponde
a área em que as médias pluviométricas situam-se entre 500-700 mm, incluindo zonas
em que estas médias não atingem os 500 mm.
O período seco tem duração de 6,7 ou 8 meses e as médias térmicas máximas
registradas situam-se entre 32 e 33º C e a média das mínimas em 23ºC durante as noites.
Dada a baixa umidade (inferior a 70%) a amplitude térmica é mais elevada. Em Santa
Quitéria, Sobral, Independência, Araripe e Tauá (Nordeste e Sudoeste) encontram-se as
médias térmicas mais elevadas do Estado.
Concorre para a rigorosidade do clima na região do sertão, sua localização no centro
do Estado, circundada pelas chapadas da Ibiapaba, Cariri e Apodi, com depressões
abrigadas dos ventos que se dirigem ao interior.
A topografia sertaneja apresenta planícies formando as depressões dos cursos dos
rios Jaguaribe, Acaraú e Coreaú, os pés-de-serra, serrotes e serras que não atingem 600
metros. Intensa vida agrícola nos pés-de-serra, destacando-se a periferia da chapada do
Araripe, da serra de Baturité, Uruburetama, Meruoca, Rosário e Ibiapaba. Destaque para
a serra do Estevão, situada nos sertões de Quixadá, com clima ameno e um relevo que
assume feição singular formando o acidente conhecido por "Pedra da Galinha Choca".
A aridez do clima dominante reflete-se pela presença da caatinga que se caracteriza
pela forte adaptação a insuficiência d'água, aos solos rasos e pedregosos, aos altos
índices térmicos e baixa pluviosidade. Na estação das chuvas a caatinga é um misto de
árvores e ervas e no estio reduzem-se a espécies arbóreas ou arbustivas. Merece atenção
a flora das várzeas, dominadas quase que exclusivamente pela carnaubeira.
Caatinga, Mangue, Complexo Litorâneo, Mata Ciliar, Mata Úmida, Mata Seca,
Carrasco, Cerradão.
“Para se compreender cada formação vegetal de uma área deve-se considerar vários
elementos naturais, cabendo ao clima e ao solo o principal papel”.
a) CAATINGA
- Ocorre no semi-árido
- Caracterizada pela irregularidade das chuvas
- Solo raso e pedregoso
- Xerófila e caducifoliada
Mandacaru xique-xique
Jurema
b) MANGUE
c) COMPLEXO LITORÂNEO
SALSA-DA-PRAIA
IMBAÚBA
d) MATA CILIAR
MATA CILIAR
e) MATA ÚMIDA
INGÁ JATOBÁ
f) MATA SECA
g) CARRASCO
MORORÓ MURICI
h) CERRADÃO
PEQUI FAVEIRA
PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE
HIDROGRAFIA DO CEARÁ
O Estado do Ceará está dividido por elevações que se constituem divisores de água e
tem seus rios e riachos originados no próprio território que, só excepcionalmente,
escoam para fora do Estado.
Os cursos d'água estaduais são alimentados diretamente pelas águas pluviais e não
dispõem de qualquer ação de fontes perenes. A concentrações de chuvas num curto
período impõe a característica de intermitência a todos os rios que correm no território
estadual. Na época invernosa, o regime das correntes d'água é de acentuada
torrencialidade. Logo após terminadas as chuvas, o escoamento superficial cessa e,
apenas nos rios de leito arenoso e poroso, forma-se lençol freático situado próximo à
superfície.
Além das características de intermitência imposta pelas chuvas, o regime fluvial
recebe influência da temperatura, pela ação da evaporação, constituição geologia e
pedológica das áreas, relevo e vegetação. Nas serras e pés-de-serras, os cursos d'água
têm vazão assegurada durante a maior parte do ano pela favorabilidade desses fatores.
Verifica-se, então, que os rios da serra de Baturité, Ibiapaba e Araripe são mais
duradouros. Além das mais baixas temperaturas, a maior porosidade e permeabilidade
dos terrenos das áreas das chapadas da Ibiapaba e Araripe, diminuem o escoamento
superficial e o regime torna-se mais regular, da mesma forma como a presença da
vegetação densa contribui para tal fato.
No sertão, além das chuvas escassas e concentradas, o regime fluvial é de máxima
torrencialidade pela litologia das área e descontinuidade da vegetação. Ademais, a
maior evaporação, dada a elevada temperatura reinante no Sertão, associa-se aos citados
fatores para tornar mais rápido e pouco duradouro o escoamento fluvial. Os aluviões,
que mantêm umidade superficial nos leitos secos durante o verão são aproveitados com
culturas de vazante e se constituem importantes elementos para o abastecimento à
população nas regiões secas e semi-áridas, com a abertura de cacimbas.
Os rios cearenses secam durante o período das secas, por isso são chamados de
temporários. O principal rio daquele estado é o Jaguaribe. Este rio é responsável pela
drenagem das regiões central, sul e leste do estado. A região norte é banhada por rios
menores, dentre os quais podemos citar o Aracatiaçú, o Acaraú e o Coreaú.
a) O Rio Jaguaribe
O Rio Jaguaribe é um rio que banha o estado do Ceará. Jaguaribe (jaguar-y-pe) vem
do tupi-guarani e significa rio das onças. No seu leito foram construídos os dois grandes
açudes cearenses: o Orós e o Castanhão.
Sua bacia hidrográfica está situada em sua quase totalidade dentro dos limites do
estado do Ceará, com ínfima parcela estendendo-se ao sul para o estado de Pernambuco,
ocupando parte dos municípios de Exu, Moreilândia e Serrita. Ocupa cerca de 51,9% da
área total do estado, o que equivale a, aproximadamente, 75.669 km². As cabeceiras de
suas sub-bacias servem de limite entre o Ceará e os estados do Piauí, Pernambuco,
Paraíba e Rio Grande do Norte. É o maior curso de água do território cearense com
610 km de extensão.Os braços rio Jaguaribe chegavam a desaparecer em épocas de
seca, o que lhe rendeu o título de maior rio seco do mundo, retornando e crescendo
muito rápido em volume e extensão na estação chuvosa, tornando necessário usar
canoas para atravessá-los.
b) Rio Acaraú
O Rio Acaraú é um rio brasileiro que banha o estado do Ceará, ficando situado na
parte norte do estado. A origem do topônimo Acaraú é indígena, sendo resultado da
fusão de "Acará" (Garça) e "Hu" (Água), significando, portanto, “Rio das Garças”
(Paulinho Nogueira).Teria habitado às margens desse rio o grupo indígena brasileiro
chamado Camamus, atualmente extinto.
Sua nascente está localizada em Monsenhor Tabosa na Serra das Matas, além deste,
banha mais dezessete municípios até desaguar no Oceano Atlântico em Acaraú. Sua
bacia hidrográfica abrange um total 27 municípios numa área de 14.500 km², o que
represesenta aproximadamente 10% da área do estado. Nesta bacia estão construídos
alguns dos mais importantes açudes cearences: o Edson Queiroz, em Santa Quitéria, o
Forquilha, em município do mesmo nome, o Aires de Sousa (ou Jaibaras), em Sobral,
além do Paulo Sarasate (ou Araras), que está construído sobre o leito do Rio Acaraú e
cuja barragem está localizada no limite dos municípios de Varjota, Pires Ferreira e
Santa Quitéria.
O Rio Acaraú com o curso de 320 km, segundo outras fontes nasce na Serra do
Machado, em Itatira. Lança-se no oceano Atlântico por meio de dois braços: o Cacimba
e o Mosqueiro.
c) Rio Coreaú
d) Rio Banabuiú
O Rio Banabuiú é o principal afluente do Rio Jaguaribe. Banabuiú, que de acordo com
Tomás Pompeu de Sousa Brasil, significa "Rio que tem muitas voltas": "bana" - que
torce, volteia; "bui"- muito, com excesso; e "u"- água, rio. Outro topônimo de origem
indigena diz que Banabuiú é o pantanal ou vale das borboletas.
O Rinaré, segundo os índigenas, nasce na Serra das Guaribas, município de Pedra
Branca, e deságua no rio Jaguaribe em Limoeiro do Norte. Banha outros sete
municípios: Mombaça, Piquet Carneiro, Senador Pompeu, Quixeramobim, Banabuiú,
Jaguaretama e Morada Nova.
e) Rio Curu
O Rio Curu é um rio que nasce na região montanhosa formada pelas serras do Céu, da
Imburana e do Lucas, localizadas no município de Canindé. Sua foz está na divisa de
Paracuru e Paraipaba. Além destes, o rio Curu banha mais seis municípios: Paramoti,
General Sampaio, Apuiarés, Pentecoste, São Luís do Curu e São Gonçalo do Amarante.
É a fonte hídrica para diversos projetos de irrigação, especialmente o de Paraibaba.
Está totalmente inserido em uma região semi-árida, ou seja, é um rio temporário com
débito sujeito às variações pluviométricas típicas da região, que é marcada por um
período chuvoso que vai de fevereiro a maio e um período seco que vai de junho a
janeiro. Contudo seu leito é perenizado a partir do açude General Sampaio e Pentecoste.
Ao longo de 195 km, até sua foz, corre preferencialmente no sentido sudoeste-
nordeste. No conjunto, esta bacia possui relevo predominantemente de moderado a
fortemente acidentado, com grande parcela de seu divisor sendo formada por zonas
montanhosas, com destaque para Baturité, ao leste, e Uruburetama, ao oeste. Os
principais afluentes desta bacia são os rios Caxitoré, na margem direita e o Canindé,
pela margem esquerda.
Sua bacia hidrográfica atinge um total de 24 municípios.
f) Rio Salgado
A sub-bacia do Rio Salgado, drenada pelo rio do mesmo nome, está localizada na
região sul do estado do Ceará, e faz parte da bacia do rio Jaguaribe.
Sua bacia hidrográfica do antigamente chamado Jaguaribe-Mirim está espalhada por
23 municípios: Icó, Cedro, Umari, Baixio, Ipaumirim, Várzea Alegre, Lavras da
Mangabeira, Granjeiro, Aurora, Caririaçu, Barro, Juazeiro do Norte, Crato, Missão
Velha, Barbalha, Jardim, Penaforte, Milagres, Abaiara, Mauriti, Brejo Santo, Porteiras e
Jati, com uma população estimada em 850.000 pessoas e área geográfica de 13.275,0
km, conta com aproximadamente 650 açudes, sendo gerenciados e monitorados apenas
13 reservatórios, sete federais, quatro estaduais e dois municipais com acumulação total
de 447.728.008 m³. esta sub-bacia conta com 350 km de leitos perenizados (incluindo
Lima Campos, Barro e Crato – Juazeiro do Norte).
Os terrenos se afloram na superfície desta sub-bacia dividem-se em cristalinos e
sedimentares, sendo que na bacia sedimentar do Araripe estão cadastrados 298 fontes e
1800 poços tubulares profundos, mas o monitoramento das águas subterrâneas é feito
apenas em 52 poços e 02 fontes do graben Crato-Juazeiro.
A bacia sedimentar do Araripe, em cuja parcela na bacia do Salgado é de 14%, é a que
melhor representa o uso da água subterrânea para fins de abastecimento humano.
Somente as sedes de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, consomem juntas 29 milhões
de m³/ano para abastecimento público.
Na região do Cariri, a água subterrânea abastece o público em mais de 90% das sedes
municipais e distritos. Seus principais afluentes são: rio Batateiras, rio Granjeiro,
Riacho do Saco, Riacho Lobo, rio Carás, Riacho São José, rio Missão Velha, Riacho
dos Porcos, Riacho do Cuncas, Riacho Olho D’água, Riacho Rosário e Riacho São
Miguel.
Atualmente encontra-se perenizado em toda sua extensão.
2.OS AÇUDES DO CEARÁ
a) Açude Castanhão
c) Açude do Cedro
a) Bacia do Jaguaribe
A bacia hidrográfica do rio Jaguaribe está situada em sua quase totalidade dentro dos
limites do Estado do Ceará, com ínfima parcela estendendo-se ao sul para o Estado de
Pernambuco, ocupando parte dos municípios de Exu, Moreilândia e Serrita. Ocupa
cerca de 51,9% da área total do estado, balizando-se entre as coordenadas de 4°30’ e
7º45’ de latitude sul e 37°30’ e 41°00’ de longitude oeste.
A área total da bacia é de aproximadamente 75.669 km² e as cabeceiras de suas sub-
bacias servem de limite entre o Ceará e os Estados do Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do Norte.
Com uma extensão de cerca de 610 km, desde as nascentes a sudoeste até o litoral a
nordeste, o rio Jaguaribe e seus tributários percorrem uma região dominada,
basicamente, pelas formações vegetais da Savana Estépica (Caatinga) e as de Tensão
Ecológica, do tipo contato Savana-Estepe na região da Serra do Pereiro e Estepe-
Floresta Estacional no setor extremo sul.
A distribuição climática, de acordo com a metodologia adotada ( IBGE, no prelo)
indica quatro tipos climáticos: úmido, subúmido, semi-árido e árido, além de três tipos
de transição, úmido a subúmido, subúmido a semi-árido e semi-árido a árido, sendo que
60% da bacia é abrangida pelo clima semi-árido, que ocorre no sentido NE-SO, desde
as proximidades do litoral até o extremo sudoeste.
O período crítico e com maior deficiência hídrica ocorre entre os meses de julho a
novembro, com pequenas variações, para uma área onde as pluviosidades máximas e
mínimas anuais estão entre 1.270 mm e 470 mm.
A região de maior destaque e importância climática na bacia do Jaguaribe é o front da
Chapada do Araripe, onde ocorre o clima úmido, não podendo deixar de citar também a
Serra do Pereiro. O clima úmido é dominante na região de Caririaçu, onde observa-se
um índice de pluviosidade em torno de 1.200 mm anuais, deficiência hídrica de 320
mm, com cinco meses de déficit hídrico, excedente hídrico de 400 mm anuais, com três
meses de excedente hídrico. A temperatura média anual é de 23ºC.
A zona de transição climática úmida para subúmida, na região do Araripe apresenta
uma deficiência hídrica de 450 mm anuais, excedente hídrico de 200 mm anuais,
temperatura média anual de 25°C e uma pluviometria média anual de 1.000 a 1.100
mm.
Na região climática subúmida, verifica-se uma pluviometria média anual de 900 a
1.000 mm, uma temperatura média anual entre 25°C e 26°C, um excedente hídrico de
100 a 200 mm anuais, com dois meses de excedente hídrico, uma deficiência hídrica de
500 a 600 mm anuais, com sete meses de déficit hídrico.
A zona de transição climática subúmido a semi-árido ocorre em três regiões distintas:
no topo da Chapada do Araripe, em uma faixa estreita no sentido NE-SO, onde estão as
localidades de Catarina, Piquet Carneiro e Milhã, e uma área localizada ao sul do açude
de Orós, estendendo-se tanto para SE como para SO. As temperaturas médias anuais são
de 24°C a 26°C no topo da Chapada do Araripe, uma pluviometria média anual de 800 a
900 mm, um excedente hídrico de 0 a 50 mm anuais, gerando um a dois meses com
excedente; a deficiência hídrica é de 600 mm a 700 mm anuais, com sete a oito meses
com déficit.
O clima semi-árido na bacia do Jaguaribe apresenta uma pluviosidade média anual de
700 mm a 800 mm, a temperatura média anual entre 26°C e 27°C, uma deficiência
hídrica de 700 a 800 mm anuais, com oito a nove meses com déficit, o excedente
hídrico sendo de 0 mm anuais.
A transição climática semi-árido a árido ocorre numa pequena faixa ao sul da bacia,
com temperaturas médias anuais em torno dos 24°C, com pluviometria média anual de
600 mm a 700 mm, uma deficiência hídrica em torno de 800 mm anuais e atinge de oito
a nove meses com déficit hídrico, não havendo excedente nesta zona climática.
O clima árido apresenta um índice pluviométrico de 500 mm a 600 mm anuais, uma
deficiência hídrica superior a 900 mm anuais, com dez a onze meses de déficit hídrico,
excedente hídrico de 0 mm e temperatura média anual em torno de 27°C.
As formas de relevo mais comuns na área são os dissecados com diversos níveis de
aprofundamento, predominando aqueles com topos convexizados a aguçados e com
encostas retilíneas a convexas, além de cristas de grandes dimensões, que normalmente
balizam os dissecados. Este conjunto, de uma maneira geral, obedece a orientação
estrutural SO-NE, sendo isto mais notável no Planalto Sertanejo.
Áreas planas ocorrem em toda a bacia, porém isoladas entre si, como a Chapada do
Araripe, a Planície do Jaguaribe, os Tabuleiros do Baixo Jaguaribe, os Tabuleiros
Costeiros, a Depressão de Iguatu e a Chapada do Apodi. Não constituem grandes
extensões, mas são extremamente importantes do ponto de vista econômico.
Conjuntos de serras com níveis altimétricos de até 1.000 m em alguns casos acham-se
concentrados na Serra do Pereiro, nas Serras Residuais, ou em blocos mais elevados e
destacados, como no Planalto Sertanejo. Estes relevos se desenvolvem sobre litologias
predominantemente pré-cambrianas, destacando-se os migmatitos, gnaisses, xistos,
filitos, serpentinitos, anfibolitos, além de granitos, dioritos, granodioritos e outros,
pertencentes aos Complexos Nordestinos, Trindade, Itatira e ao Grupo Ceará.
Secundariamente destacam-se os depósitos sedimentares do Grupo Araripe, Apodi e Rio
do Peixe, com arenitos, calcários, folhelhos, argilitos e coberturas tércio-quaternárias do
Grupo Barreiras, além de aluviões e depósitos dunares.
Os solos são geralmente pouco profundos, pedregosos, com fertilidade média a alta.
As principais ocorrências são de Podzólicos Vermelho-Amarelos eutróficos, Solos
Litólicos eutróficos, Planossolos Solódicos e Bruno Não Cálcicos.
A bacia do Jaguaribe possui baixa perspectiva em reserva de águas subterrâneas, pois
a quase totalidade de sua área situa-se em rochas cristalinas de baixo potencial hídrico.
A exceção são os aqüíferos da Chapada do Araripe, que formam sistemas livres, com
potencial relativamente alto.
A rede de drenagem possui um nítido controle estrutural, com cursos retilinizados,
mudanças de cursos marcantes, devido à influência de fraturamentos e falhamentos.
A área em estudo compreende 17 microrregiões, com o total de 80 municípios no
Estado do Ceará e 3 no Estado de Pernambuco, sendo que vários destes estão incluídos
apenas parcialmente.
A contagem populacional em 1996 registra para a área um total de 2.064.535
habitantes, o que proporciona uma densidade demográfica de 27,28 hab/km 2. A
distribuição percentual da PEA apresenta-se concentrada no setor primário da
economia.
Os municípios compõem a unidade espacial básica para o levantamento dos dados
estatísticos, a fim de caracterizar os aspectos econômicos, demográficos e sociais da
área. Os Sistemas Naturais (Geossistemas), conceituados a seguir, grupam municípios
que apresentam semelhanças quanto às características sociais e econômicas e ao fluxo
de subordinação dos centros urbanos.
A Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe está subdividida em 5 Sub-Bacias, que são:
Sub-Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe, Sub-Bacia Hidrográfica do Médio Jaguaribe,
Sub-Bacia Hidrográfica do Baixo Jaguaribe, Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Salgado e
Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Banabuiú.
A bacia do Alto Jaguaribe tem no açude Orós a sua principal reserva hídrica, sendo
a maior região hidrográfica dentre as existentes no Ceará. As nascentes do rio Jaguaribe
localizam-se nesta bacia. Seus principais afluentes são os rios Trici, Puiu, Jucás,
Condado, Carius e Trussu, sendo o açude Orós a sua principal reserva hídrica.
Responsável pela acumulação de 70% do potencial da região, pereniza o vale do
Jaguaribe no trecho do rio localizado nas bacias do médio e baixo Jaguaribe.
Área: 24.538Km2
Municípios: 23
Formada pela Bacia do Jaguaribe a jusante da ponte Peixe Gordo até sua foz no
Atlântico, e por pequenas bacias litorâneas, essa bacia tem o rio Palhano como principal
afluente do Jaguaribe nesse trecho. Nessa região o rio Jaguaribe é perenizado pelos
açudes do Médio e Alto Vale, bem como das bacias dos rios Salgado e Banabuiú. Com
207 açudes, a região oferece uma capacidade de reservação de 296,71hm3, a menor
dentre as bacias do Jaguaribe.
Área: 8.107Km2
Municípios: 13
SUB-BACIA DO RIO SALGADO
I - Tabuleiros Costeiros
Está situada no setor nordeste da área à margem direita do rio Jaguaribe, sendo
constituída por sedimentos cretácicos das Formações Jandaíra e Açu, no nível
altimétrico médio de 40 m e ocupando uma extensão areal de 1.973,33 km².
É caracterizada por uma superfície plana, formando um patamar de acesso ao topo da
chapada, onde se confundem parte da planície aluvial e os arenitos Açu e calcário
Jandaíra, localmente ondulados, e rampas no contato com níveis mais elevados. As
encostas são marcadas por uma dissecação mais acentuada, sendo observados alguns
desmoronamentos, ravinas incipientes e sulcos mais acentuados, em função do
escoamento das águas superficiais.
A drenagem é subparalela, com aprofundamento incipiente, não formando canais
expressivos. A vegetação, quase toda secundária, constituía-se originalmente de Savana
Estépica (Caatinga) e é entremeada por plantios tradicionais como milho e feijão, além
de criatório extensivo. Ocorrem nesta unidade Cambissolos eutróficos, argila de
atividade alta e textura argilosa, derivados de rochas carbonatadas do Grupo Apodi, em
área de relevo plano. Estes solos apresentam elevada fertilidade natural e grande
potencial para uso agrícola. Secundariamente, ocorrem Podzólicos Vermelho-Amarelos
distróficos, argila de atividade baixa, textura arenosa a média, em relevo plano e suave
ondulado, derivados de arenitos da Formação Açu e Vertissolos, em relevo plano,
derivados de calcários da Formação Jandaíra. Os processos de escoamento que ocorrem
neste geossistema são difusos e concentrados.
IV - Planície do Jaguaribe
V - Depressão Sertaneja
Situada na porção centro-norte da bacia ocupa uma extensão de 22.596,65 km² e uma
altitude de até 300 m. Circunda os compartimentos mais elevados da área, o que denota
o seu caráter de depressão periférica. Caracteriza-se por apresentar uma topografia
dominantemente plana com pequenos setores apresentando uma dissecação incipiente
traduzidos por colinas e cristas. Elaborada em rochas do embasamento cristalino tais
como migmatitos, metassedimentos, núcleos granitóides, etc., por ação dos processos de
intemperismo,e remoção dos detritos por escoamento difuso e concentrado. Observa-se
oefeito da erosão seletiva configurado por relevos residuais (inselbergs) distribuídos
isoladamente ou formando grupamentos a exemplo das Serras Residuais. Os solos, em
geral, são pouco espessos, pedregosos e desenvolvidos a partir da alteração de rochas do
embasamento cristalino. Predominam Solos Litólicos de textura arenosa e média, Bruno
Não Cálcicos, textura média/argilosa, Planossolos Solódicos, argila de atividade alta e
baixa e textura arenosa/média e Podzólicos Vermelho-Amarelos, argila de atividade
baixa textura média/argilosa. As condições de semi-aridez tendem a assumir maior
expressividade, o que se evidencia pela espessura mínima das alterações e pelo
recobrimento generalizado da superfície por material pedregoso.
A Depressão Sertaneja define um agrupamento de municípios dos mais extensos a
bacia do Jaguaribe, composto total ou parcialmente por: Itatira, Monsenhor Tabosa,
Banabuiú, Boa Viagem, Madalena, Quixadá, Quixeramobim, Acopiara, Deputado
Irapuan Pinheiro, Piquet Careneiro, Senador Pompeu, Solonópole, Alto Santo,
Ibicuitinga, Limoeiro do Norte, Morada Nova, São João do Jaguaribe, Tabuleiro do
Norte, Jaguaretama, Jaguaribara, Jaguaribe, Ererê, Iracema, Pereiro, Potiretama, Cedro,
Icó, Orós, Quixelô, Baixio, Ipaumirim, Lavras da Mangabeira e Umari, Quixadá,
Quixeramobim e Iço..
VI - Serras Residuais
IX - Depressão de Tauá
Localizada na porção oeste da bacia, ocupa uma extensão de 5.365 km² e possui uma
altitude média de 200 a 250 m. Caracterizada por feições planas irregulares, com
dissecação incipiente modelada sobre o embasamento cristalino, ali representado por
migmatitos, granitos, gnaisses e xistos além de sedimentos da bacia do rio Jucá.
Configuram solos freqüentemente pouco espessos e pedregosos, representados por
Bruno Não Cálcicos e Podzólicos Vermelho-Amarelos, ambos eutróficos e textura
média/argilosa. Alguns setores exibem cristas e colinas resultantes da dissecação mais
efetiva e de um controle estrutural marcante. Os solos são rasos, pedregosos, com
textura arenosa (Solos Litólicos), intercalados por freqüentes afloramentos de rochas.
A Depressão de Tauá constitui um agrupamento formado pelos municípios de
Arneiroz e Parambu centralizados por Tauá, que é o centro urbano de maior hierarquia
regional.
X - Serra Grande
Situa-se na porção sudeste da alta bacia do rio Jaguaribe e ocupa uma extensão
territorial de 1.514 km², em níveis altimétricos médios de 500 m. O Patamar de Campos
Sales apresenta-se como um grande aplainamento, com incisões de drenagens bem
fracas entremeado por colinas de encostas bem suaves e retilinizadas, muito se
assemelhando aos planos, com extensas e profundas coberturas de origem coluvial e
eluvial, onde desenvolvem-se Latossolos Vermelho-Amarelos distróficos de textura
média/argilosa. O setor norte da unidade é formado por extensas lombadas, modeladas
sobre uma associação de rochas polimetamórficas gnaisse-granito-migmatítica com
intercalações de metabasitos, quartzitos e calcários metamórficos, dos quais derivam
Podzólicos Vermelho-Amarelos eutróficos, argila de atividade baixa, e Brunos Não
Cálcicos, ambos com textura média/argilosa. A vegetação é a Savana Estépica
(Caatinga), quase toda secundária.
O Patamar de Campos Sales constitui um agrupamento que inclui os municípios de
Aiuaba, Araripe, Assaré, Campos Sales, Potengi e Salitre.
Situado no extremo sul da bacia, ocupando uma extensão de 266 km² com altitude
média de 500 m, compõe um dos menores geossistemas em análise, prolongando-se em
direção ao sul.Caracteriza-se por feições planas modeladas em arenitos grosseiros e
conglomerados,imaturos, com sedimentos silicificados na base, onde desenvolvem-se
solos Bruno Não Cálcicos com textura média/argilosa e Areias Quartzosas
distróficas,sobre os quais atuam processos de infiltração e de escoamento difuso.
O Tabuleiro de São José do Belmonte define um agrupamento que inclui parte dos
municípios de Jati e Penaforte, já na divisa com os municípios pernambucanos.
A bacia hidrográfica do Curu drena uma área de 8.527 Km², que corresponde
aproximadamente a 6% do território cearense, seu rio principal é o rio Curu, que nasce
na região montanhosa formada pelas serras do Céu, da Imburana e do Lucas, localizadas
no centro-norte do Estado, percorrendo 195 km até sua foz. O rio Curu tem como
principal afluente o rio Canindé, que se encontra na margem direita e drena
praticamente todo o quadrante sudoeste da bacia; pela margem esquerda, destaca-se o
rio Caxitoré. A bacia apresenta um total de 321 açudes, entre pequenos médios e
grandes, com uma acumulação total de água da ordem de 1,12 bilhões de m³. SRH
(1992).
A Bacia apresenta um total de 321 açudes, entre pequenos médios e grandes, com
uma acumulação total de água da ordem de 1,12 bilhões de m³. Os maiores açudes da
bacia são os seguintes: Pereira de Miranda (395,64 milhões de m³), General Sampaio
(322,20 milhões de m³), Caxitoré (202,00 milhões de m³), Frios (33,02 milhões de m³),
São Mateus (10,33 milhões de m³), que juntos totalizam 963,19 milhões de m³. SRH
(1992).
A bacia do Curu tem como principal usuário, no que diz respeito a quantidade de
água utilizada, a irrigação. Como pode-se verificar no Cadastramento dos Usuários de
Água Bruta da Bacia do Curu, realizado em 1995, quando foram cadastrados 264
irrigantes privados, 1.139 irrigantes nos perímetros públicos e 479 vazanteiros
(produtores estabelecidos na bacia do açude, em geral loteados pelo DNOCS, no caso
dos açudes federais, que realizam plantio nas áreas úmidas que acompanham o nível de
água do açude, podendo utilizar irrigação total ou apenas complementar). Segundo
dados do cadastramento, foram identificados no vale do Curu 1.403 irrigantes e 479
vazanteiros, totalizando uma área irrigada de 7.606,61 ha. COGERH (1995a).
Entre esses usuários de água destacam-se duas agroindústrias (produção de cachaça
e álcool), dois perímetros públicos irrigados e vários irrigantes privados, onde
predomina, no vale perenizado, o cultivo de coco e cana-de-açúcar.
A bacia hidrográfica do Curu é composta por 15 municípios, sendo General
Sampaio, Apuiarés, Pentecoste, Umirim, São Luis do Curu, São Gonçalo do Amarante,
Paracuru e Paraipaba localizado no vale perenizado, e Itapajé, Tejuçuoca, Irauçuba,
Paramoti, Caridade, Canindé e Itatira, situados fora do vale perenizado.
e) Bacias Metropolitanas
As Bacias Metropolitanas situam-se na porção nordeste do Estado, limitada ao sul
pela bacia do Rio Banabuiú, a leste pela bacia do Rio Jaguaribe, a oeste pela bacia do
Rio Curu, e ao norte, pelo Oceano Atlântico. Abrange uma área de 15.085 km²,
englobando total ou parcialmente o território de 41 municípios, com destaque para a
Região Metropolitana de Fortaleza, que abriga cerca de 40% da população estadual.
Recebe a denominação de Bacias Metropolitanas, refletindo a situação de
proximidade e abrangência da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), região de
maior densidade demográfica e principal pólo econômico do Estado do Ceará.
Municípios da Bacia Metropolitana Município Área do Município Pertencente à Bacia (%)
Acarape 100,00, Aquiraz 100,00, Aracoiaba 100,00, Barreira 100,00, Baturité 100,00, Beberibe
100,00, Capistrano 100,00, Cascavel 100,00, Caucaia 100,00, Choro 100,00, Chorozinho 100,00,
Eusébio 100,00, Fortaleza 100,00, Guaiúba 100,00, Horizonte 100,00, Itapiúna 100,00, Itaitinga
100,00, Maracanaú 100,00, Ocara 100,00, Pacajus 100,00, Pacatuba 100,00, Pindoretama 100,00,
Redenção 100,00, Aracati 8,97, Aratuba 83,40, Canindé 20,10, Fortim 65,61, Guaramiranga 82,24,
Ibaretama 87,07, Maranguape 94,03, Morada Nova 22,72, Mulungu 65,04, Pacoti 95,05, Palhano
40,47, Palmácia 94,66, Paracuru 17,80, Pentecoste 29,03, Quixadá 21,82, Russas 14,02, São Gonçalo
do Amarante 64,46.
A Bacia do Rio Choró drena uma área de 4750,7 km², sendo a maior dentre as 14
bacias que compões a Região Hidrográfica em questão. De formato alongado, tem
índice de compacidade elevado (1,94) e reduzido fator de forma de 0,12. É uma das
alternativas para o reforço do sistema de abastecimento da Região Metropolitana de
Fortaleza. Apresenta relevo movimentado no seu terço inicial, atingindo declividades
muito altas na zona montanhosa das serras do Estevão, da Palha e Conceição, quase na
região centro do estado. A partir da metade do seu curso observa-se o desenvolvimento
de um relevo suave de cotas baixas, resultando numa declividade média inferior a 0,1%.
A região centro-norte da bacia abrange uma grande parte da formação montanhosa da
serra de Baturité. Apresenta poucos afluentes significativos pela margem direita,
destacando-se, pela margem esquerda, apenas os riachos Cangati, Castro e Aracoiaba.
Nas proximidades do litoral, o rio Choro sofre influência das marés, apresentando um
pequeno estuário composto por 25 ha de manguezais.
A bacia do rio Pirangi é a mais oriental das bacias metropolitanas, drenando uma área
de 4.374,1 km². O rio, que se estende por 177,5 km, nasce numa região de pouca
altitude e relevo moderado, sendo a suavidade do relevo uma das maiores características
desta bacia. Em cerca de 80% do talvegue a declividade é próxima de 0,05%, sendo que
no trecho final ela praticamente se anula dando lugar a uma região de inúmeras lagoas.
Apresenta uma forma retangular alongada, de largura quase constante (largura média
variando de 35 km, no alto e médio curso, a 55 km no baixo curso) com índice de
compacidade 1,52 e fator de forma 0,14. A rede hidrográfica apresenta um padrão do
tipo subparalelo, na região do baixo curso, onde ocorre, ainda, o tipo dendrítico. No
médio e baixo curso, as estruturas comandam, de modo quase completo, o traçado dos
rios que se apresentam com um padrão retangular (confluências formando ângulos
retos). A área de domínio do embasamento cristalino mostra-se mais dissecada do que a
sedimentar, apresentando um maior número de rios, demonstrando um controle da
geologia sobre a drenagem. Com tributários distribuídos de forma homogênea em
ambas as margens, não apresenta nenhuma afluência significativa. Todos os cursos
d'água da bacia apresentam caráter intermitente, exceto próximo ao litoral, onde o rio
Pirangi, sofrendo inclusive a influência das marés, formando um estuário composto por
200 ha de manguezais.
Sistema Cocó/Coaçu
O rio Cocó drena uma área de 304,6 km², se desenvolvendo no sentido sul/norte por
longo trecho de seu percurso, formando, em direção a foz, uma acentuada curva de
sudoeste para leste. Sua confluência com o rio Coaçu, seu principal afluente, se dá bem
próximo ao litoral, fazendo que estes praticamente apresentem comportamento de
bacias independentes.
Com o comprimento do talvegue de 42,5 km, o rio Cocó apresenta uma configuração
longilínea, que se traduz no elevado índice de compacidade (1,60) e fator de forma
reduzido (0,17). O rio Coaçu, por sua vez, se desenvolve ao longo de 32,5 km, drenando
uma área de 194,8 km², apresentando índices de compacidade de 1,35 e fator de forma
de 0,18. Todos os cursos d'água da bacia apresentam caráter intermitente,
permanecendo secos durante a maior parte do ano, exceto próximo ao litoral, onde os
rios Cocó e Coaçu se tornam semi-perenes. Ocorrem, ainda, em seu baixo e médio
curso, a presença de lagoas perenes e intermitentes, com destaque, no eixo do rio Coaçu,
para as lagoas da Precabura, Sapiranga, Messejana, dos Pássaros e Parnamirim, estas
três últimas situadas na malha urbana das cidades de Fortaleza e Eusébio,
respectivamente. Ao longo do rio Cocó, merecem destaque as lagoas da Maraponga, da
Itaoca, do Opaia e do Papicu, e outras de menor porte, todas situadas no núcleo urbano
de Fortaleza. O Cocó sofre influencia das marés, que adentram no seu leito por
aproximadamente 13 km, formando um estuário alongado e estreito, composto por 210
ha de manguezais.
Sistema Ceará/Maranguape
O rio Ceará drena uma área de 555,9 km², se desenvolvendo no sentido sudoeste-norte
ao longo de 52,5 km, apresentando índices de compacidade de 1,60 e fator de forma de
0,20. A exemplo do que ocorre com o Sistema Cocó/Coaçu, o rio Maranguape, único
tributário de significante na bacia, une-se ao rio principal próximo à sua foz, não
exercendo muita influência sobre a fluviometria da bacia como um todo, comportando-
se, praticamente, como uma bacia independente. Apresenta uma bacia de contribuição
com área de 223,8 km² e comprimento do rio principal de 37,5 km, resultando num
índice de compacidade de 1,82 e fator de forma de 0,16. Composto por cursos d'água de
caráter intermitente, que fluem somente durante a época das chuvas, o Sistema
Ceará/Maranguape apresenta fluviometria semi-perene apenas no trecho do rio Ceará
que sofre a penetração das marés, formando um estuário composto por 640 ha de
vegetação de mangue. No seu baixo curso apresenta inúmeras lagoas, entre as quais se
destcam as lagoas da Parangaba e do Porangabuçu, ambas situadas na malha urbana de
Fortaleza.
f) Bacia do Litoral
A Bacia do Litoral situa-se na porção noroeste do Estado do Ceará, limitada ao sul e a
oeste pela Bacia do Rio Acaraú, a leste pela Bacia do Rio Curu, e ao norte, pelo Oceano
Atlântico. Localizando-se entre as coordenadas geográficas 40° 07’ e 39° 08’ de
longitude oeste e 2° 50’ e 4° 10’ de latitude sul, ocupa uma área d e 8.472,77 km²,
abrangendo integralmente a área de 6 municípios e, parcialmente, a de outros 9
municípios (PLANERH, 2005).
- Bacia do Aracatiaçu
A Bacia do Rio Aracatiaçu percorre uma extensão aproximada de 181 km, desde suas
cabeceiras na Serras de Santa Luzia e Tamanduá, na região centro-norte do estado, até a
sua foz no Oceano Atlântico, na divisa entre os municípios de Itarema e Amontada.
Apresenta declividade média reduzida, sendo que em mais da metade de seu
comprimento não atinge 0,1 %, com exceção de um trecho muito pequeno próximos de
suas cabeceiras. Como principais afluentes, destacam-se, pela margem direita, o Rio
Missi e, pela esquerda, o Rio Pajé. Sua forma alongada, principalmente na metade
norte, demonstra uma menor tendência à formação de picos de cheia, caracterizados
pelo alto coeficiente de compacidade (1,88) e baixo fator de forma (0,10) (PERH
(1992).
- Bacia do Mundaú