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INTEPRETAÇÃO DE TEXTO - 1

Professora Francisca Teixeira

ALUNO(A):________________________________________________________TURNO:_____

Teresina(PI)
TEXTO 01 Pela terceira vez ela se trancou no quarto, repetindo a mesma recomendação.
Mas, desta vez, o marido não resistiu. A curiosidade dominou seu coração e ele
O PÁSSARO DO POENTE foi espiar pelo buraco da fechadura, tratando de aquietar sua consciência:
– Que mal poderá fazer uma olhadinha apenas?
Esta lenda, acontecida muito tempo atrás, Assim pensou e assim fez. Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear,
começa numa manhã de inverno, quando arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os
um jovem socorre uma cegonha que havia desenhos.
sido atingida por uma flecha. Sendo humilde, Ao final do terceiro dia, trazendo nas mãos o tecido acabado, a mulher disse,
bom e trabalhador, fica comovido com o com muita tristeza nos olhos e na voz:
profundo olhar de gratidão que recebe da – Sou aquela cegonha salva por você na neve. Voltei, transformada em
cegonha antes de ela alçar voo para os ares. mulher, para agradecer aquele seu ato de amor espontâneo e desinteressado.
Dias depois, já a avançadas horas da Agora que você já sabe de tudo, não posso continuar vivendo aqui.
noite, alguém bate à sua porta. Uma linda e As súplicas e rogos do marido de nada adiantaram. Ele viu, por entre as
delicada moça, que havia se perdido no lágrimas, uma cegonha magra e já quase sem penas voando em linha reta, com
caminho devido ao mau tempo, vem lhe muita determinação, em direção ao poente.
solicitar abrigo por apenas uma noite. Adaptação de Sylvia Manzano
Imediatamente acolhida pelo bondoso
rapaz, ela vai se aquecer ao pé do fogo que
1. Com que intenção a cegonha transformou-se numa bondosa mulher?
crepitava alegremente na lareira. E como o
a) Ser reconhecida como a melhor de todas as tecelãs daquela região.
inverno era muito rigoroso, a moça foi
b) Casar-se com um generoso e humilde trabalhador.
ficando.
c) Proteger-se do inverno rigoroso que enfrentava naquele ano.
Conversando muito, um se sentindo
d) Agradecer o ato de amor desinteressado realizado pelo homem.
alegre na companhia do outro, acabaram se
e) Enriquecer às custas do bondoso homem que salvara sua vida.
apaixonando. E resolveram se casar.
Resposta: D
Quando chega a primavera, a jovem esposa faz um pedido ao marido:
– Gostaria de possuir um tear. Você poderia vender na cidade os tecidos que
2. A única condição que a mulher impunha ao marido para tecer era: Jamais
eu fizesse.
você deverá olhar enquanto eu estiver tecendo.
Com prontidão, seu pedido foi atendido. Construído o quarto do tear, a mulher
avisa que se trancaria durante três dias para realizar sua tarefa e impõe uma
• Ela impôs essa condição porque
condição ao marido:
a) queria que o marido ganhasse muito dinheiro com a venda dos belos tecidos
– Jamais você deverá olhar enquanto eu estiver tecendo.
que fazia.
Curiosíssimo, o marido esperou os três dias passarem e ficou maravilhado
b) não queria que o marido descobrisse que ela era uma famosa tecelã, vinda
com o tecido que a mulher trazia nas mãos. A delicadeza das estampas e a leveza
de terras distantes.
do pano imediatamente atraíram um comprador, que por ele pagou várias
c) queria guardar segredo sobre a estampa que faria no tecido.
moedas de ouro.
d) não queria que ele descobrisse que ela, na verdade, era a cegonha que ele
O homem voltou correndo para casa, trazendo as boas novas para a esposa,
um dia havia salvo e que usava suas próprias penas para tecer os fios que
que prometeu tecer outro pano no dia seguinte.
compunham os desenhos dos tecidos.
Repetindo a recomendação de jamais poder ser observada enquanto tecia, a
e) tinha vergonha do trabalho simples que fazia.
mulher trancou-se novamente no quarto.
Resposta: D
Quando saiu, com um trabalho ainda mais deslumbrante que o primeiro,
estava pálida e abatida. O marido nada percebeu, ansioso que estava pelo tilintar
das moedas de ouro em seu bolso.
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3. No trecho “Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas TEXTO 02
próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos”, o termo A trajetória japonesa em terras brasileiras começou em 1908, quando o navio
destacado refere-se Kasato Maru atracou no porto de Santos, a 83 quilômetros da capital paulista.
a) aos desenhos. Foram 165 famílias japonesas que saíram da cidade de Kobe, no Japão, e tiveram
b) às cegonhas. a chance de começar uma nova vida em terras tropicais.
c) às penas. Naquela época no Japão, as máquinas agrícolas estavam substituindo os
d) aos teares. trabalhadores no campo e, com isso, os altos índices de desemprego assustavam
e) a um termo que não está expresso no período. o governo e os japoneses.[...] A solução proposta para o problema ganhou, então,
Resposta: C a forma de imensos cartazes, que mostravam as grandes oportunidades de
trabalho no Brasil. [...] Os japoneses também enfrentaram dificuldades
4. Em “Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao relacionadas às diferenças de cultura, clima e, principalmente, idioma. Quando
mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite”, o termo destacado batia a saudade de casa, eles preparavam seus alimentos favoritos, como arroz,
significa soja, peixe, morangos e até cobras! Para se divertirem, praticavam esportes como
a) oferecer. caratê, beisebol e montavam dobraduras divertidas como os origamis. Com o
b) pedir. tempo, japoneses e brasileiros promoveram uma grande integração cultural,
c) proibir passando os costumes de geração para geração e adaptando-os à vida no Brasil.
d) cobrar. Não é por acaso que hoje nós vemos o Japão por todos os lados: na culinária, na
e) emprestar. decoração, na moda e até mesmo nos desenhos animados!
Resposta: B Adaptado de Ciência Hoje das Crianças, Juliana Marques, 18/03/2008.
5. Leia o trecho abaixo, retirado do texto:
6. Assinale o título mais adequado ao texto acima, considerando o assunto nele
Repetindo a recomendação de jamais poder ser observada enquanto tecia, a tratado.
mulher trancou-se novamente no quarto. Quando saiu, com um trabalho ainda a) A MAGIA DO ORIGAMI
mais deslumbrante que o primeiro, estava pálida e abatida. O marido nada b) CONFIRA A AGENDA DO CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO
percebeu, ansioso que estava pelo tilintar das moedas de ouro em seu bolso. BRASIL
Leia as afirmações feitas: c) HISTÓRIA JAPONESA EM TERRAS BRASILEIRAS
d)APRESENTADO O MASCOTE DO CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO
I. Os adjetivos pálida e abatida referem-se ao substantivo mulher. JAPONESA NO BRASIL
II. O substantivo grifado no trecho, marido, é caracterizado pelo adjetivo e)AVANÇOS TECNOLÓGICOS EM TERRAS JAPONESAS
ansioso. Resposta: C
III. No trecho, não há adjetivo que caracterize o substantivo trabalho.
7. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com as informações dadas no
• Estão corretas as afirmações: texto.
a) I e II, apenas. a) Nos primeiros anos em terras brasileiras, uma das dificuldades que os
b) I e III, apenas. japoneses encontraram foi em relação ao idioma.
c) II e III, apenas. b) Os costumes e tradições japoneses passaram de geração para geração,
d) I, II e III. mas, até hoje, não foi possível adaptá-los à vida no Brasil.
e) I, apenas. c) Os primeiros imigrantes japoneses que aqui chegaram vieram em busca de
Resposta: A trabalho.
d) Naquele período, no Japão, muitos dos trabalhadores do campo estavam
desempregados porque as máquinas agrícolas os substituíam.
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e) O alto índice de desemprego no Japão foi uma das razões que motivaram a TEXTO 04
vinda dos japoneses ao Brasil.
Resposta: B
Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as
necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de
TEXTO 03 quinhentos é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América
não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva.
Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram no
domínio do estilo e ganham direito de cidade.

(Machado de Assis. Apud Celso Pedro Luft. Vestibular do português.)


Vocabulário: Transplantação – transferir de um lugar ou contexto para outro.

11. As palavras “nossa” e “lhe”, destacadas no texto, referem-se a


a) dúvida.
b) transplantação.
c) América.
d) riquezas.
8. A tira é engraçada pelo fato de que e) língua.
a) mostra uma menina com roupa de adulto. Resposta: E
b) exibe características da menina.
c) brinca com uma situação real. 12. Observe as proposições abaixo:
d) há balões de diferentes formatos.
e) mostra um espelho quebrado. I. Em “...não lhe inseriu riquezas novas”, a palavra riquezas se escreve com
Resposta: C “z”, assim como se escreve a palavra norueguezas.
II. Em “...que de força...”, a palavra força se escreve com “ç”, assim como se
9. As reticências empregadas no terceiro e no quarto quadrinhos servem para escreve a palavra herança.
a) comunicar sentimento de hesitação e surpresa. III. Em “...no domínio do estilo”, a palavra estilo se escreve com “s”, assim
b) interromper e continuar a fala. como se escreve esperiência.
c) indicar pergunta e resposta da personagem.
d) fazer uma afirmação e indicar entusiasmo na fala. É correto o que se afirma em
e) apresentar espanto e admiração de Mafalda. a) I apenas.
Resposta: B b) II apenas.
c) III apenas.
10. O uso do conectivo “Além disso”, no terceiro quadrinho, serve para d) I e III apenas.
a) opor duas ideias. e) II e III apenas.
b) indicar uma causa. Resposta: B
c) indicar uma consequência.
d) acrescentar uma ideia.
e) introduzir uma explicação.
Resposta: D

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TEXTO 05 TEXTO 06
POR QUE OS JAPONESES VIERAM PARA O BRASIL? A MÁQUINA
E por que, agora, seus descendentes estão indo para o Japão? Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi
No início do século XX, as lavouras de café brasileiras precisavam de muita mão até lá, num final de semana, separar e dividir as coisas dela para esvaziar a
de obra. A saída do governo brasileiro foi atrair imigrantes. O momento não podia casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão,
ser melhor para os japoneses – lá, o desemprego bombava por causa da uma tremenda confusão.
mecanização da lavoura. Outro motivo que facilitou a vinda deles foi um tratado Foi quando ouvi meus filhos me chamarem.
de amizade que Brasil e Japão tinham acabado de assinar. – Mãe! Maiê!
Aí, a situação se inverteu: o Japão se transformou em uma potência e, lá pela – Faaala.
década de 1980, ficou difícil bancar a vida no Brasil por causa da inflação e do Eles apareceram, esbaforidos.
desemprego. Os netos e bisnetos dos imigrantes japoneses enxergaram, então, – Mãe. A gente achou uma coisa incrííível. Se ninguém quiser, essa coisa pode
uma grande chance de se dar bem e foram em massa para o Japão. Até 2006, a ficar para a gente? Hein?
comunidade brasileira naquele país já havia alcançado 313 pessoas. – Depende. Que é? Eles falavam juntos, animadíssimos.
(Revista Capricho, n.o 1045, mai. 2008, p. 94. Adaptado.) – Ééé... uma máquina, mãe.
– É só uma máquina meio velha.
– É, mas funciona, está ótima!
13. A palavra destacada foi empregada no sentido conotativo ou figurado no Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.
seguinte trecho: – Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador,
a) “E por que, agora, seus descendentes estão indo para o Japão?”. sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?
b) “No início do século XX, as lavouras de café brasileiras precisavam de muita – Sei.
mão de obra”. – Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado,
c) “O momento não podia ser melhor para os japoneses...”. mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita... Ela ia se
d) “...lá, o desemprego bombava por causa da mecanização da lavoura”. animando, os olhos brilhando.
e) “Os netos e bisnetos dos imigrantes japoneses enxergaram, então, uma – ...e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo!
grande É muuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro!
chance...”. Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa
Resposta: D explicação
de uma máquina de escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí
14. Sem prejuízo de sentido, as palavras destacadas nas frases a seguir podem comigo. Continuava.
ser substituídas pelas sugeridas entre parênteses, exceto em: – ...entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver
a impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chatérrima de entrar no
a) “as lavouras de café brasileiras precisavam de muita mão de obra” computador, ligaaar, esperar hóóóras, entrar no world, de escrever olhando na
(necessitavam). tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina
b) “...lá, o desemprego bombava por causa da mecanização da lavoura” tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa
(apontava). comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E nem precisa de
c) “Outro motivo que facilitou a vinda deles foi um tratado de amizade...” colocar na tomada! Funciona sem energia e escreve direto na folha da
(acordo). impressora!
d) “...o Japão se transformou em uma potência” (converteu). – Nossa, filha...
e) “...ficou difícil bancar a vida no Brasil por causa da inflação...“ (custear).
(Lúcia Carvalho. Língua Portuguesa. São Paulo: FTD, 2007. Coleção Novo
Resposta: B diálogo.)
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15. No trecho “Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo 19. Nos trechos:
chão, uma tremenda confusão”, as vírgulas foram empregadas para
a) separar frases. 1. “– É, mas funciona, está ótima!”
b) isolar palavras. 2. “Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor.”
c) introduzir enumerações.
d) intercalar termos. As palavras mas e mais indicam, respectivamente, ideia de
e) separar explicações.
Resposta: C a) oposição e intensidade.
b) oposição e finalidade.
16. A frase que expressa uma opinião é: c) intensidade e oposição.
a) “Morreu uma tia minha”. d) intensidade e proposição.
b) “Ela morava sozinha, não tinha filhos”. e) adição e adversidade.
c) “Foi quando ouvi meus filhos me chamarem”. Resposta: A
d) “É muuuito legal!”.
e) “Fiquei muda”. 20. Observe a sequência de fatos a seguir:
Resposta: D 1.A filha da narradora compara a máquina de escrever a um computador.
2.A família se reúne, na casa da tia que havia morrido, para separar as coisas
17. Analise as afirmações abaixo: dela.
I. A história gira em torno da descoberta de uma antiga máquina de escrever 3.Os filhos perguntam à mãe se poderiam ficar com o objeto que encontraram.
pelas crianças. 4.A mãe fica sem fala com a explicação da filha sobre o objeto encontrado.
II. A cronista explora o lado engraçado da situação: o que é antigo (a máquina 5.Os filhos da narradora encontram um objeto que não conheciam.
de escrever)
parece moderno; e o que é moderno (o computador) parece ultrapassado. Se colocarmos os acontecimentos acima na ordem cronológica, isto é, na
III. A autora reproduz o jeito como a menina fala ao explicar como era a ordem em que ocorreram no texto, teremos a sequência:
máquina de escrever. a) 1, 2, 5, 4, 3.
É correto o que se afirma em b) 2, 4, 5, 1, 3.
a) I apenas. c) 2, 3, 1, 4, 5.
b) II apenas. d) 2, 5, 3, 1, 4.
c) III apenas. e) 3, 5, 2, 4, 1.
d) I e II apenas. Resposta: D
e) I, II e III.
Resposta: E 21. Em “Nossa, filha...”, a expressão em destaque, usada pela mãe após a
descrição da filha
18. Encontramos registro da linguagem informal típica de adolescentes em: sobre o objeto encontrado, revela

a) “Morreu uma tia minha”. a) espanto, admiração.


b) “Eles apareceram, esbaforidos”. b) impaciência, contrariedade.
c) “Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora...”. c) alegria, satisfação.
d) “Ela ia se animando, os olhos brilhando”. d) dúvida, incredulidade.
e) “...funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora”. e) desaprovação, repulsa.
Resposta: C Resposta: A

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TEXTO 07 22. A vinda de pessoas de várias partes do país para habitar o ABC paulista
deu-se pelo fato
22. A charge tem por a) da interligação de quatro grandes cidades.
objetivo b) das grandes greves, durante as décadas de 1970 e 1980.
c) da abertura de milhares de oportunidades de emprego na região.
a) destacar a resistência d) do regime militar ter sido abertamente desafiado.
dos idosos diante dos e- e) de ali morarem 2,5 milhões de pessoas.
books. Resposta: C

b) valorizar os e-books 23. Em “Pessoas de todas as partes do país, particularmente do Nordeste,


autografados. correram para a região.”, a expressão em destaque refere-se
a) a Santo André.
c) criticar a má conservação b) a São Caetano do Sul.
dos e-books. c) a São Bernardo do Campo.
d) a Diadema.
d) satirizar a obsolescência e) ao ABC Paulista.
dos e-books. Resposta: E

e) divulgar o baixo valor dos TEXTO 09


e-books. A RAPOSA E AS UVAS
Resposta: D Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos
maduros, coisa de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando. O
matreiro bicho torceu o focinho.
TEXTO 08 – Estão verdes – murmurou. – Uvas verdes, só para cachorro.
E foi-se.
ABC PAULISTA Nisto deu o vento e uma folha caiu.
ABC Paulista ou ABCD (como preferem alguns) é o conjunto de quatro cidades A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se a farejar...
na região metropolitana de São Paulo, do qual fazem parte Santo André, São Moral: Quem desdenha quer comprar.
(Monteiro Lobato. Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, v. 3, p. 452. Adaptado.)
Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema. A interligação praticamente
ininterrupta dessa região, onde moram cerca de 2,5 milhões de pessoas (IBGE,
24. Assinale a alternativa que melhor apresenta os três momentos principais do
2007), teve início no final da década de 1950, quando as primeiras grandes
texto de Monteiro Lobato.
montadoras de automóveis chegaram ao país, abrindo milhares de oportunidades
de emprego. Pessoas de todas as partes do país, particularmente do Nordeste,
a) 1 – A raposa encontra as uvas.
correram para a região.
2 – A raposa tenta pegar as uvas e não consegue.
Formou-se ali uma mão-de-obra altamente especializada e com um padrão de
3 – A raposa volta às uvas.
vida que, se não podia ser considerado de Primeiro Mundo, era bem superior ao
do restante da população brasileira. Também era alto o grau de consciência
b) 1 – A raposa encontra as uvas.
política da região, onde o regime militar foi abertamente desafiado nas grandes
2 – A raposa tenta pegar as uvas e não consegue.
greves das décadas de 1970 e 1980.
(Enciclopédia Microsoft Encarta. Verbete ABC Paulista. 2005-2010. Microsoft Corporation. Adaptado.) 3 – A raposa desiste das uvas.

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c) 1 – A parreira fica carregada de uvas. cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular e
2 – A raposa abriu o focinho e não conseguiu cheirar as uvas. havia risco de despencar, esticou a pata e conseguiu! Com avidez colocou na
3 – A raposa volta às uvas. boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito
verdes!
d) 1 – A parreira fica carregada de uvas. Moral: A frustração é uma forma de julgamento tão boa como qualquer outra.
2 – A raposa percebe que não consegue pular. (Millor Fernandes. Fábulas fabulosas. RJ: Nórdica, 1991. p. 118.)
3 – A raposa deixa as uvas para o cachorro.
27. No trecho “De repente a raposa, esfomeada e gulosa...”, as palavras em
e) 1 – A raposa está com fome. destaque indicam
2 – A parreira fica carregada de cachos de uva. circunstância de
3 – A raposa não consegue pegar as uvas. a) lugar.
b) modo.
25. Ao afirmar que as uvas estavam verdes, a raposa demonstrou estar c) intensidade.
a) enganada. d) tempo.
b) consciente. e) negação.
c) ressentida. Resposta: D
d) preocupada.
e) enraivecida. 28. Em “De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula
Resposta: C de todos os tempos...”, o trecho em destaque indica que a raposa
a) vivia esfomeada e gulosa.
26. A moral “Quem desdenha quer comprar” indica que a raposa agiu b) vivia esfomeada e estava gulosa.
a) com raiva. c) era esfomeada e estava gulosa.
b) com pouco caso. d) estava esfomeada e gulosa.
c) com medo. e) estava esfomeada e era gulosa.
d) sem pensar. Resposta: E
e) por impulso.
Resposta: B 29. Em “... saiu do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral...”, o verbo
cair foi empregado
TEXTO 10 com o mesmo significado com que foi empregado em
a) Distraído, caí em um lugar nunca antes imaginado.
A RAPOSA E AS UVAS b) Neste ano, o natal cairá numa sexta-feira.
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de todos c) O desempenho da equipe cai quando treinamos pouco.
os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que d) Estava falando com meu amigo, mas a linha caiu.
descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, à altura e) Este vestido não lhe cai bem.
de um salto, cachos de uvas maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o Resposta: A
salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das uvas. Caiu,
tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo o 30. Segundo o texto, quando a raposa finalmente conseguiu o que tanto queria,
que tinha, não conseguiu nem roçar as uvas gordas e redondas. comprovou que
Desistiu, dizendo entre dentes, com raiva: “Ah, também, não tem importância. a) jamais deveria ter desistido das uvas.
Estão muito verdes.” E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma b) tinha razão ao afirmar inicialmente que as uvas estavam verdes.
pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os c) a conquista valeu a pena.

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d) era perigoso demais se arriscar. b) Qual a opinião de dirigentes de universidades sobre a redução de recursos
e) foi recompensada por sua persistência. nas áreas
Resposta: B educação, ciência e tecnologia?
c) Quais áreas seriam atingidas pela redução de recursos?
31. “Armou o salto, retesou o corpo, saltou, o focinho passou a um palmo das d) Haverá redução de recursos para as áreas de educação, ciência e
uvas.” tecnologias?
Assinale a alternativa em que a vírgula foi empregada com a mesma finalidade e) Em Brasília, a que conclusão se chegou sobre o futuro do país?
com que foi usada no trecho acima. Resposta: B
a) “De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e gula de
todos os tempos...” TEXTO 11
b) “Olhou e viu, além de tudo, à altura de um salto, cachos de uvas
O Último Computador
maravilhosos, uvas grandes, tentadoras.”
Um dia, todos os computadores do mundo estarão ligados num único e definitivo
c) “Caiu, tentou de novo, não conseguiu.”
sistema, e o centro do sistema será na cidade de Duluth, nos Estados Unidos.
d) “Ah, também, não tem importância.”
Toda a memória e toda a informação da humanidade estarão no Último
e) “E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme.”
Computador. As pessoas não precisarão mais ter relógios individuais,
Resposta: C
calculadoras portáteis, livros etc. Tudo o que quiserem fazer – com - pras, contas,
reservas – e tudo o que desejarem saber estará ao alcance de um dedo. Todos
32. Ao noticiar um mesmo fato, cada um de três jornais publicou uma manchete
os lares do mundo terão terminais do Último Computador. Haverá telas e botões
diferente. Compare-as.
do Último Computador em todos os lugares frequentados pelo homem, desde o
Jornal A – “Governo consegue segurar o dólar em R$ 3,90. mictório até o espaço.
Jornal B – Dólar dispara e atinge R$ 3,90. E um dia, um garoto perguntará a seu pai:
Jornal C – Governo gasta 300 milhões para segurar dólar a R$ 3,90. – Pai, quanto é dois mais dois?
– Não pergunte a mim, pergunte a Ele.
Supondo que um leitor deseje ler uma versão do fato favorável à ação do O garoto apertará o botão e, num milésimo de segundo, a resposta aparecerá
governo, é mais provável que ele a encontre na tela mais próxima. E, então, o garoto perguntará:
a) no Jornal A. – Como é que eu sei que isso está certo?
b) no Jornal B. – Ora, Ele nunca erra.
c) no Jornal C. – Mas se desta vez errou?
d) tanto no Jornal A como no Jornal B. – Não errou. Conte nos dedos.
e) tanto no Jornal A, como no B, como no C. – Contar nos dedos?
Resposta: A – Uma coisa que os antigos faziam. Meu avô me contou. Levante dois dedos,
depois mais dois... Olhe aí. Um, dois, três, quatro. Dois mais dois quatro. O
33. Um jornal criou a seguinte manchete: Computador está certo.
“Dirigentes de nove universidades, reunidos em Brasília, consideram que a – Bacana. Mas, pai: e 366 mais 17? Não dá para contar nos dedos. Jamais
redução de recursos para educação, ciência e tecnologia pode comprometer o vamos saber se a resposta do Computador está certa ou não.
futuro do país.” – É...
– E se for mentira do Computador?
A afirmação acima responde diretamente a qual das perguntas abaixo? – Meu filho, uma mentira que não pode ser desmentida é a verdade.
Quer dizer, estaremos irremediavelmente dominados pela técnica, mas sempre
a) Onde se reuniram os dirigentes de nove universidades? sobrará filosofia.
(Luís Fernando Veríssimo)
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34. O Último Computador será criado porque: 38. Na fala “– Mas se desta vez errou?”, o uso da palavra mas estabelece uma
a) “As pessoas não precisarão mais ter relógios individuais, calculadoras relação de
portáteis, livros etc”. a) confirmação do que foi expresso pelo pai na fala anterior.
b) “tudo o que desejarem saber estará ao alcance de um dedo”. b) comparação com as assertivas anteriores.
c) “Todos os lares do mundo terão terminais do Último Computador”. c) condição imposta pelo garoto para aceitar a resposta do pai.
d) “Jamais vamos saber se a resposta do Computador está certa ou não”. d) oposição à opinião expressa pelo pai do garoto.
e) “estaremos irremediavelmente dominados pela técnica”. e) suposição ao que foi exposto no início do texto.
Resposta: E Resposta: D

35. No trecho “Todos os lares do mundo terão terminais do Último Computador”, 39. Sobre o texto, leia as seguintes afirmações:
a palavra em destaque foi empregada com o mesmo sentido que em: I. A expressão “um dia” remete à ideia de futuro.
II. O menino acredita que o Último Computador jamais cometerá um engano.
a) Infelizmente o paciente chegou ao estado terminal. III. Para o pai, a “mentira” do Computador não poderia ser desmentida.
b)A empresa investiu em um novo terminal de acesso às informações dos IV. A maior vantagem do Último Computador seria criar uma elite inteligente.
clientes.
c) O terminal de passageiros foi bloqueado para embarque e desembarque até Estão corretas somente as alternativas
que resolvessem o problema. a) I e II apenas.
d)O terminal rodoviário não suportou o excesso de passageiros durante o b) I e III apenas.
último feriado. c) II e IV apenas.
e)A mulher registrou queixa no terminal de atendimento ao cliente mais d) I, II e IV.
próximo de sua residência. e) II, III e IV.
Resposta: B Resposta: B

36. Na frase “Não pergunte a mim, pergunte a Ele”, o pronome Ele refere-se 40. Sobre a passagem “(…) estaremos irremediavelmente dominados pela
a) ao pai do garoto. técnica”, podemos afirmar que
b) ao avô do garoto. a) o progresso tecnológico alcançará somente os lares de Duluth nos Estados
c) ao Último Computador. Unidos.
d) ao autor do texto. b) o avanço tecnológico está apenas no imaginário do homem moderno.
e) ao leitor. c) o homem não se submeterá ao avanço da Ciência da Computação.
Resposta: C d) a humanidade poderá ser dominada pela tecnologia.
e) a informação da humanidade será apagada dos arquivos do Último
37. No trecho “O garoto apertará o botão e, num milésimo de segundo, a Computador.
resposta aparecerá Resposta: D
na tela mais próxima”, a expressão destacada significa o mesmo que
a) “muito rápido”. 41. Ao reescrever a frase “Haverá telas e botões do Último Computador em todos
b) “em um minuto”. os lugares frequentados pelo homem”, substituindo o verbo haver pelo verbo
c) “em mil segundos”. existir, teremos:
d) “pouco menos de um minuto”. a) Existirá telas e botões do Último Computador em todos os lugares
e) “depois de muito tempo”. frequentados pelo homem.
Resposta: A b) Existirão telas e botões do Último Computador em todos os lugares
frequentados pelo homem.

9
c) Existiram telas e botões do Último Computador em todos os lugares 42. Com relação ao número de pais que permitem aos filhos terem acesso às
frequentados pelo homem. redes sociais, só não
d) Existem telas e botões do Último Computador em todos os lugares está correto o que se afirma em:
frequentados pelo homem. a) Nenhum país supera o Japão.
e) Existiriam telas e botões do Último Computador em todos os lugares b) Brasil e Japão são os países que apresentam, respectivamente, o maior e o
frequentados pelo homem. menor índice.
Resposta: B c) Austrália e Índia possuem a mesma porcentagem.
d) A porcentagem apresentada pela Índia supera a dos EUA.
TEXTO 12 e) A França apresenta porcentagem inferior à do Reino Unido.
Resposta: A

43. De acordo com os dados divulgados, as crianças que mais cedo acessam
as redes sociais são
as crianças
a) indianas.
b) australianas.
c) japonesas.
d) americanas.
e) brasileiras.
Resposta: E

TEXTO 13
Um repórter de jornal redigiu a seguinte notícia e a entregou a seu chefe:
Porcentagem de pais que permitem que seus filhos tenham perfil nas redes A greve dos motoristas de ônibus de São Paulo pegou a população desprevenida.
sociais (Imagem: UOL) Desde a madrugada, milhares de trabalhadores irritados aguardavam nos pontos
os ônibus que os grevistas não permitiram que saíssem das garagens. Alguns
motoristas insistiram em furar o bloqueio e foram agredidos pelos colegas. Houve
casos de depredação de veículos e de instalações das empresas. Os carros do
Metrô passaram a circular superlotados, o que também acabou por gerar uma
série de tumultos. Os grevistas argumentam que o movimento se deve à
defasagem salarial, mas o fato é que iniciativas radicais como essa merecem uma
dura resposta das autoridades.
(Dad Squarisi)

44. A expressão “população desprevenida” significa população


a) despreparada.
b) desamparada.
c) desesperada.
Idade média das crianças nas redes sociais por país. (Imagem: UOL) d) desinteressada.
e) despreocupada.
Resposta: A
10
45. A notícia trata, principalmente, 48. No último quadrinho, a palavra muita está escrita com destaque mais
a) da depredação de veículos e instalações das empresas. escuro
b) do bloqueio dos grevistas e de suas agressões a seus colegas. a) devido a um erro de digitação.
c) da greve dos motoristas de ônibus por maiores salários. b) porque a mãe do menino engasgou ao falar.
d) de iniciativas radicais que merecem duras respostas das autoridades. c) porque, na casa do menino, tem mais de uma televisão.
e) da superlotação dos carros do Metrô. d) para enfatizar que o menino está assistindo a muita televisão.
Resposta: C e) para demonstrar irritação da mãe com a resposta do garoto.
Resposta: D
46. O chefe da redação pediu ao repórter para cortar do texto o que representa
uma opinião, conservando apenas os fatos. Atendendo à recomendação, o TEXTO 15
repórter cortou de seu texto, acertadamente, a seguinte frase:
SHERLOCK HOLMES
a) Desde a madrugada, milhares de trabalhadores aguardavam nos pontos os
O mestre da investigação
ônibus que os grevistas não permitiram que saíssem das garagens.
b) Houve casos de depredação de veículos e de instalações das empresas. “Tenho uma profissão especial. Creio que sou
c) Os carros do Metrô passaram a circular superlotados. o único do mundo. Sou um detetive que dá
d)Os motoristas argumentam que o movimento se deve à defasagem salarial. consultas. Aqui em Londres existem muitos
e) O fato é que iniciativas radicais como essa merecem uma dura resposta das detetives trabalhando para o governo e muitos
autoridades. trabalhando por conta própria. Quando eles
Resposta: E têm dúvidas, vêm até mim e eu os coloco
sempre na pista certa...” estas são as palavras
TEXTO 14 de Sherlock Holmes quando se apresenta ao
doutor Watson, futuro companheiro de
aventuras.
Sherlock Holmes, o mais famoso de todos os
detetives, era capaz de descobrir quase tudo
sobre uma pessoa apenas olhando-a rapidamente. Seria um mestre da
adivinhação? Talvez. Mas também um perito na ciência da dedução. Pequenos
detalhes nas roupas, na maneira de andar e olhar eram registrados pela mente
astuta de Sherlock, que rapidamente tirava conclusões sobre a pessoa que
estava diante dele. Sempre acertava. Foi assim que conheceu seu melhor amigo
e auxiliar, o doutor Watson. Sherlock observou Watson cuidadosamente e
concluiu que ele era um médico que havia trabalhado no exército. Surpreso,
Watson transformou-se em seu parceiro nas investigações. Fascinado por seu
47. Nos primeiros quadrinhos, quando o garoto noticia os acontecimentos como estranho amigo, Watson registrou suas melhores aventuras.
num telejornal, ele está Sir Arthur Conan Doyle
a) respondendo à pergunta de sua mãe sobre a lição da escola. Médico, escritor e detetive
b) respondendo à pergunta de seu pai de forma irônica. Sir Arthur Conan Doyle nasceu na Escócia, em 1859. Estudou medicina e
c) treinando para ser locutor de televisão. estabeleceu-se em Londres, na Inglaterra. Foi então que começou a escrever
d) anotando os fatos ocorridos no dia. sobre o detetive Sherlock Holmes. As pessoas gostaram tanto de suas histórias
e) relatando os fatos vivenciados por ele. que ele abandonou a carreira de médico e se tornou escritor. Foi também
Resposta: B historiador, atleta, navegante, jornalista e detetive. Defendeu duas vítimas de

11
falsas acusações, provando a inocência delas no tribunal mediante suas próprias TEXTO 16
investigações.
Marcos Rey, Em Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto.
O INCRÍVEL ENIGMA DO GALINHEIRO
São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1993.)

49. Assinale a única informação incorreta, de acordo com o texto. Isso aconteceu numa época em que o
a) O famoso detetive Sherlock Holmes é, na verdade, um personagem fictício grande detetive Sherlock Holmes estava
criado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle. aposentado e um tanto esquecido.
b)Arthur Conan Doyle, personagem fictício criado por Sherlock Holmes, Em Londres, onde morava, ninguém
registrou as melhores aventuras vividas com o famoso detetive. mais o chamava para
c) Sherlock Holmes e Arthur Conan Doyle tinham em comum o fato de serem elucidar mistérios. Conformava-se,
detetives. dizendo: não se fazem mais bandidos
d) Sherlock Holmes, em algumas ocasiões, auxiliava outros detetives em suas como antigamente.
investigações. Meu tio Clarimundo, leitor das aventuras de Sherlock, foi quem decidiu contratá-
e)Watson, parceiro de Sherlock Homes nas investigações, era tão fascinado lo. Mas que não trouxesse seu secretário Dr. Watson, que só servia para ouvir
pela inteligência do famoso detetive que acabou registrando suas melhores no final de cada caso a mesma frase:
aventuras. “Elementar, Watson”.
Resposta: B – Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.
Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A cada dia sumia uma galinha.
50. Ao afirmar “seria um mestre da adivinhação? Talvez. Mas também um perito Quem faria isso, estando a casa cercada por paredes de imensos edifícios?
na ciência da dedução”, podemos concluir que Não havia muro para saltar. Nem grades para pular. E na casa só morávamos
a) Sherlock Holmes solucionava seus casos contando com a sorte que sempre eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, a velha empregada. Um enigma muito
o acompanhava em suas investigações. enigmático, sim. Sherlock Holmes chegou e hospedou-se no quarto dos fundos.
b) Sherlock Holmes, durante as investigações, ignorava as pistas encontradas e Ele, seu boné xadrez, seu cachimbo, lógico, e mais logicamente sua lupa, que
procurava solucionar os casos apenas tentando adivinhar o que se passava aumentava tudo. Chegou anunciando:
pela mente dos suspeitos. – Chamarei esta aventura “O caso das galinhas desaparecidas”. Ou ficaria
c) Sherlock Holmes era muito habilidoso no uso do raciocínio durante o melhor “O incrível enigma do galinheiro”?
processo de investigação, desde a busca de pistas até a solução do caso. – Ambos são bons, mas...
d) Sherlock Holmes se preocupava menos com o uso do raciocínio para – Na maior parte das vezes o culpado é o mordomo – informou Sherlock. –
desvendar os casos, do que com a ciência da adivinhação. Onde está o suspeito?
e) Sherlock Holmes não valoriza a ciência da dedução como parte do processo – Não temos mordomo – lamentou tio Clarimundo.
de investigação. – Então me levem à cena do crime.
Resposta: C Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremido entre os prédios. Ele tirou a
lupa do bolso. Um palito ou folha de árvore, examinava concentradamente.
Depois, tomava notas num caderno. Mas, como a viagem o cansara, foi dormir
cedo. Na manhã seguinte minha mãe acordou-o com uma informação:
– Sumiu outra galinha.
– Esta noite dormirei no galinheiro.
E dormiu mesmo, sentado numa poltrona. Desta vez eu que o acordei.
– Mister Holmes, roubaram mais uma galinha.
A notícia fez com que se decidisse:
12
– A história se chamará mesmo “O incrível enigma do galinheiro”. • A que caso eles se referem?
– Não estamos preocupados com títulos – rebateu meu tio. a) À injusta aposentadoria precoce de Sherlock Holmes.
– Mas meu editor está. b) Ao sumiço das galinhas do galinheiro.
Neste dia consegui ler o caderno de anotações do detetive. Li: nada, nada, c) Ao desaparecimento do mordomo da família.
nada. Um nada em cada página. Organizado, não? Também nesse dia Sherlock d) Ao sumiço do caderno de anotações do detetive.
telefonou a Londres para trocar impressões com o fiel Dr. Watson. Uma e) Ao desaparecimento de Noca, a velha empregada da família.
fortuninha em chamados internacionais. Resposta: B
E as galinhas continuavam desaparecendo, apesar de Sherlock Holmes dormir
no galinheiro. Ele já andava falando sozinho. 53. Num texto narrativo, os fatos ocorrem numa progressão temporal, marcada
– Nem sinal de gato, cachorro, raposa, gambá. Todo o meu prestígio está em pela relação de anterioridade e posterioridade entre os eventos relatados.
jogo. Por fim, restou apenas uma galinha. Alguns deles são apresentados a seguir. Observe:
À hora do almoço o famoso detetive, sentindo-se velho e fracassado, sofreu
uma crise, chorando na frente de todos. Nós nos comovemos muito com a I. Mesmo com Sherlock na casa, e fazendo questão de dormir na “cena do
situação. Um homem daqueles derramar lágrimas... Noca, então, deu um passo crime”, as galinhas continuavam sumindo do galinheiro.
à frente e confessou: II. Sherlock Holmes começa sua investigação pelo quintal da casa, examinando
– Eu que roubava as galinhas. Dava às famílias pobres duma favela. Sherlock concentradamente todas as pistas que encontrava.
enxugou imediatamente as lágrimas na manga do paletó. III. Tio Clarimundo contrata Sherlock Holmes para solucionar o enigma do
– Já sabia. Fingi chorar para que ela confessasse. galinheiro.
– Então desconfiava de Noca? – perguntou tio Clarimundo. IV. Noca confessou ser a culpada pelo sumiço das galinhas, justificando que as
– Encontrei penas de galinha no quarto dela. Elementar, Clarimundo. E o que roubava para doá-las às famílias pobres de uma favela.
dizem de comermos a penosa que resta no galinheiro? V. Quando restava apenas uma galinha no galinheiro, Sherlock decide chorar
Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. na frente de todos, como parte de sua estratégia para solucionar o caso.
Na verdade eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive
quando o detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em • Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta desse trecho da
meu lugar. história, com
Elementar, Mister Sherlock Holmes. a adequada progressão dos fatos narrados.
a) III – II – I – V – IV
(Marcos Rey, Em Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto. b) II – III – V – I – IV
São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1993.) c) III – II – V – I – IV
d) III – I – V – IV – II
51. O narrador desse texto é: e) II – IV – V – III – I
a) Sherlock Homes. Resposta: A
b) Tio Clarimundo.
c) Noca. 54. Releia os parágrafos finais do texto.
d) Sobrinho do tio Clarimundo.
e) O narrador não é personagem da história. Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na
Resposta: D verdade eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o
detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
52. Releia este trecho do texto: Elementar, Mister Sherlock Holmes.
– Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos. Ao escrever “pobres leitores”, o narrador:

13
a) lamenta o fato de Sherlock Homes, já aposentado e um tanto esquecido na TEXTO 17
cidade onde mora, não ter sido capaz de solucionar o “incrível enigma do
galinheiro”.
Quem narra, desta vez, é o fiel assistente de Sherlock Homes, doutor Watson.
b) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido
publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não
Sempre me admirei das deduções de Sherlock. Às vezes,
ficou sabendo que quem pegava as galinhas do galinheiro era o próprio
achava que ele tinha o poder mágico de adivinhar as
narrador.
coisas. Bobagem: ele apenas observava e deduzia. Em
c) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido
uma de nossas aventuras – O Cão dos Baskervilles – um
publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não
homem chega para consultar Sherlock, mas, sem encontrá-
ficou sabendo que quem pegava as galinhas do galinheiro era o próprio tio
lo em casa, vai embora esquecendo sua bengala. Sherlock
Clarimundo.
não conhecia o homem, mas apenas observando a bengala
d) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido
deduziu que o visitante era um médico jovem que
publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não
trabalhava no campo, era simpático, tinha um cão do
ficou sabendo que Noca era a verdadeira culpada.
tamanho de um cocker spaniel e era meio avoado,
e) lamenta o fato de o livro “O incrível enigma do galinheiro” jamais ter sido
esquecido.
escrito.
Não havia mágica nenhuma, Sherlock apenas descobriu indícios na bengala que
Resposta: B
sugeriam todas essas características a respeito de seu dono. Por exemplo, como
Sherlock deduziu que o médico era meio avoado?
55. Leia o trecho abaixo, retirado do texto:
Elementar, meu caro leitor! Quem, a não ser uma pessoa distraída, esqueceria
Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A cada dia sumia uma galinha. a bengala em algum lugar?
Quem faria isso, estando a casa cercada por paredes de imensos edifícios?
Não havia muro para saltar. Nem grades para pular. E na casa só morávamos (RUMJANEK, Franklin. Revista Ciência hoje das crianças, ICH, agosto de 2011, p.5.)
eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, a velha empregada. Um enigma muito
enigmático, sim. 56. Num momento do texto o narrador diz: “Bobagem.”. O que ele considera ser
uma bobagem?
Leia as afirmações feitas: a) Sempre ficar admirado com as deduções de Sherlock Holmes.
I. Os adjetivos imensos e enigmático referem-se, respectivamente, aos b) Ter acreditado, por vezes, que o famoso detetive tinha o poder mágico de
substantivos edifícios e enigma. adivinhar as coisas.
II. No trecho, palavra velha, em destaque, é um substantivo. c) Não ter participado de todas as aventuras com Sherlock Holmes.
III. No trecho, não há adjetivo que caracterize o substantivo paredes. d) O famoso detetive não conhecer pessoalmente alguns de seus suspeitos.
• Estão corretas as afirmações: e) Sherlock Holmes insistir em solucionar seus casos apenas a partir de suas
a) I, apenas. observações e deduções.
b) I e II, apenas. Resposta: B
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. 57. Releia o trecho abaixo, retirado do texto:
Resposta: C Em uma de nossas aventuras – O Cão dos Baskervilles – um homem chega para
consultar Sherlock, mas, sem encontrá-lo em casa, vai embora esquecendo sua
bengala.

14
Os pronomes em destaque referem-se, respectivamente, a: TEXTO 19
a) Sherlock Holmes – Homem.
b) Sherlock Holmes – Sherlock Holmes.
c) O Cão dos Baskervilles – Homem.
d) Homem - Sherlock Holmes.
e) O Cão dos Baskervilles – Sherlock Holmes.
Resposta: A

TEXTO 18

59. Em relação à leitura da charge, podemos inferir que:


a) os alunos que participam das aulas aprendem mais.
b) professores desmotivados ensinam menos.
c) os erros ortográficos recrudescem com mais investimentos na área da
educação.
d) os investimentos na área de educação corroboram para o aprendizado dos
alunos.
e) A educação prescinde de investimentos para melhorar o aprendizado dos
alunos.
Resposta: D

60. Leia as afirmações acerca dessa charge sobre educação:


I – As imagens sugerem que o aluno em destaque escrevendo no quadro está
58. A expressão de Rex Holmes no último quadrinho da história revela ao leitor ainda no ensino fundamental.
que ele estava II – A charge faz uma crítica à falta de investimentos necessários para uma
educação de qualidade.
a) emocionado por ter desvendado um caso tão complicado. III – A charge faz uma crítica à ausência de professores na sala de aula,
b) em dúvida sobre a identidade do verdadeiro culpado. deixando o aluno escrevendo sozinho no quadro.
c) aborrecido por perceber que seu fiel companheiro Zíper havia desvendado o Marque a alternativa que possui afirmações corretas em relação à charge:
mistério antes dele. a) I
d) envaidecido por ter solucionado, com sucesso, mais um enigma. b) I e II
e) assustado por encontrar um suspeito do sumiço dos bolinhos na mesma sala c) II e III
em que estava. d) I e III
Resposta: D e) I, II e III
Resposta: B
15

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