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EM.12.LP.3.32.24.

A-1819

LP Leitura e
Sequência Didática do Aluno
Interpretação
Linguagem Verbal e Não Verbal
Ensino Médio Campo artístico-literário

Ponto de
PARTIDA

Assista ao documentário ´´História


Íntima da leitura´´ presente no QR
Code abaixo

No documentário, você se identificou com alguma visão dos entrevistados? Você costuma ler? Que tipos de leitura te cha-
mam mais atenção? Você acha que existe preconceito com tipos de leitura e autores? Que autores e histórias você já ouviu
mais falar? Já pensou por que na escola há predominância de livros eruditos? Você gosta de ler quadrinhos? Revistas e jornais
digitais fazem parte de sua leitura? Existem sites de informação ou blogs específicos que você gosta de ler? Leitura está ligada
só aos livros? Você gosta de ler mais via livro impresso ou já lê em aplicativos de celular, e-book, tablet, iPad, computador? Já
ouviu falar de audiolivro e aplicativos como “Voice” que são o áudio de livros em pdf? Já percebeu que a literatura te transpor-
ta para outros mundos e universos? Você segue algum YouTuber, ou melhor, Booktubers? Você gosta de releituras de histó-
rias já canonizadas em formato de fanfic? Curte draw my Life? Ou até slam e fanzine? E anime ou mangá, você já leu algum?

Sequência Didática | Língua Portuguesa | Linguagem Verbal e Não Verbal | Campo artístico-literário 1
PRODUÇÂO INICIAL

O QR Code ao lado per-


mite acesso a um trecho
do filme ´´Escritores da
liberdade´´.

O QR Code abaixo permite


acesso ao filme completo
´´Escritores da liberdade´´.

SINOPSE
Relatos edificantes da jovem professora Erin Gruwell, de apenas 23 anos, e de
seus 150 alunos, onde é narrada a experiência que tiveram na Sala 203 do Co-
légio Wilson, e como isso mudou suas vidas para sempre, para que pudessem
mudar a vida de outras pessoas. Edição de 10 anos que traz 10 diários extras
sobre como se tornou a vida depois da publicação inicial do livro e do filme, e
como puderam juntos devolver à comunidade o que tanto obtiveram de apoio e
amor.

https://www.amazon.com.br/Diário-dos-Escritores-Liberdade-
ebook/dp/B07H4CFLQP.Acesso em: 30/03/2019.

Escreva um relato pessoal em primeira pessoa, caracterize suas raízes identitárias, conte sua história de vida, porque
suas vivências podem representar um momento histórico-social.
Ao escrever, se você quiser, pode ilustrar com desenhos, símbolos, balões com fluxos de consciência , modifique ta-
manho de letras e formas ou cores. Use seu poder de criatividade, misturando gêneros textuais, ficção e realidade, linguagem
visual, elementos da linguagem virtual, literária ou cinematográfica . Seu relato não precisa ter estrutura fixa, escreva com
base nos questionamentos: Quem sou? De onde vim? O que quero ser e para onde vou?

Atividade 1

QUEM SABE DIZ

Você já viu, ouviu, assistiu a artes que tematizaram o amor de alguma forma? Você conhece ou viveu uma desilusão amorosa? Existe
uma história literária que ultrapassou séculos, já foi adaptada a linguagens, tempos e contextos diversos, um amor atemporal e capaz
de ser eternizado. Que obra foi essa? Sem dúvida, mesmo sem ter lido a obra original, você já ouviu falar de Romeu e Julieta? O que
você tem na memória sobre essa história de amor? É possível dizer que até hoje existam ´´Romeus e Julietas´´? Você já assistiu a um
filme sobre essa narrativa? Você sabia que Shakespeare é o autor dessa peça teatral?

2
?
Você
SABIA?
TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIO

Texto com linguagem São textos infor-


subjetiva e plurissignifi- mativos e objeti-
O que é cativa com o objetivo de vos.
emocionar, causar refle-
xão e autoconhecimento.

Função comunicativa de Utilitária. Sua


preocupação estética, for- função é informar,
Função ma. Expressão represen- convencer, explicar,
tativa do real-imitação/ comunicar.
Mimese.

Pessoal e conotativa- Objetiva e denotati-


Linguagem jogo de ideias, sentidos e va(direta)
palavras.
Utiliza liberdade de cria- Linguagem objeti-
ção e de estrutura, multis- va, concisa e clara
Características semioses e figuração . (racional).

Costuma subverter a nor- Predominância da


Normas grama- matização do português normatização da
ticais culto padrão. linguagem.

Pode ser uma ficção Utiliza fatos e infor-


Elemento de evasiva ou com verossi- mações.
composição milhança.

A leitura de um texto Analisar um texto


literário inclui a análise não-literário requer
de: estrutura, conteúdo , comprovação
Análise figuração , relações , sím- factual, conheci-
bolos , efeitos de sentido, mento científico,
contexto , autor . desenvolvimento
de habilidades .
Conto; fábula; diário; Notícias, texto
relato pessoal; crôni- didático, artigos
ca; texto teatral; roteiro de opinião e divul-
Exemplos de vídeo e de cinema ; gação científica,
cartas - epístolas; lenda editorial, entrevista,
e parlenda; mito; roman- reportagem.
ce; quadrinhos; poema;
fanfic; biografia
Intangibilidade (não Tangibilidade (po-
podem ser resumidos ou dem ser resumidos
Autoria parafraseados). e parafraseados).

Sequência Didática | Língua Portuguesa | Linguagem Verbal e Não Verbal | Campo artístico-literário 3
Texto 1

Oh, onde está Romeu?...Quieto, perdi eu mesmo, não estou aqui e não sou Romeu. (Ato I, Scena I)" “Romeu, Romeu? Por que
és Romeu? Renega teu pai e abdica de teu nome; ou se não o quiseres, jura me amar e não serei mais um Capuleto (...) Teu
nome apenas é meu inimigo. Tu não és um Montecchio, és tu mesmo (...) Ó! Sê algum outro nome! O que há num nome? O que
chamamos uma rosa teria o mesmo perfume sob outro nome (...). Romeu, renuncia a teu nome; e em lugar deste nome, que
não faz parte de ti, toma-me toda!

Trecho do livro 'Romeu e Julieta' de William Shakespeare

Texto 2

Ficha Técnica:
Título: Romeo and Juliet (Original)
Ano produção: 2013
Dirigido por: Carlo Carlei
Estreia: 11 de Outubro de 2013 ( Mundial )
Duração: 118 minutos
Classificação/ Gênero: Drama Romance
Países de Origem: Itália, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
https://filmspot.pt/filme/
romeo-and-juliet-91745/.
Acessado em: 08 de
março de 2019.

Esta adaptação da peça de William Shakespeare é uma tentativa de retratar toda a história original da
forma mais realista possível, tentando que todos os elementos cénicos e os adereços estejam em completa harmonia com o
local, a época e a história original.
Na cena final e mais importante de todo o filme, o realizador, Carlo Carlei, apresenta um cenário digno de Romeu e Julieta.
Tem uma luz baixa, dando a ilusão de que a única fonte de iluminação ali presente é o das velas e tochas que iluminam os
espaços em questão, e tem paredes revestidas de frescos coloridos e dinâmicos que contrastam com a cena, que é triste e
melancólica. O guarda-roupa exímio e perfeitamente enquadrado com o cenário e todos os adereços que nele se encontram
foram pensados ao pormenor. Os planos usados são planos gerais, mostrando todo o cenário presente e planos próximos das
personagens, dando mais intimidade e dramatismo a toda a cena. Este também apresenta um final diferente da peça original,
modificando a história para que Julieta e Romeu consigam ter um último diálogo, em vez do monólogo de Julieta que William
Shakespeare idealizou, dando mais emoção a toda a

4
Na última parte da cena, no derradeiro culminar trágico de todo o filme, depois de Julieta cometer o suicídio, o plano em
questão faz lembrar, propositado ou não, uma pietà, que é uma temática de escultura do século XII, que representa a Virgem
Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação, permitindo que o devoto se sinta presente no momento
do abraço sofrido entre Maria e Jesus. Talvez esta foi a maneira, que o realizador encontrou, de fazer com que o espectador se
sentisse mais presente no momento da morte dos dois protagonistas.

http://analisecomparadadefilmes.blogspot.com/2014/04/
romeujuliet-1996-vs-romeu-and-juliet.html. Acessado em: 08
de março de 2019.

1.a) Que dados você julga importantes para que o expectador seja motivado a assistir ao filme?

b) Transcreva da resenha um trecho que represente a opinião do autor.

Texto 3

Romeo and Juliet- Ford Madox Brown

Sequência Didática | Língua Portuguesa | Linguagem Verbal e Não Verbal | Campo artístico-literário 5
2. Que recursos discursivos presentes na resenha poderiam ser identificados na obra de arte?

3. Todo texto tem um autor e uma intencionalidade. Que elemento argumentativo está implícito, no texto 3?

4. O título da obra poderia ser Julieta e Romeu? Por quê?

?
Você
SABIA?
A imagem procede de necessidades profundas da humanidade, ou seja, toda manifestação artística reflete o
que homem representa. Dessa forma, a arte pode refletir o homem e o mundo. Nesse sentido, os elementos
argumentativos estarão presentes em toda e qualquer manifestação artística. A arte, então, reflete a essência do ser
humano.
Desse modo, França (2009) ao analisar a perspectiva sobre estética de Hegel, afirma que:
“ A arte é produto da atividade humana que expressa o espiritual, o divino, para o homem, aos seus sentidos, atividade
que não é uma mimese da natureza, mas expressão espiritual que a ultrapassa, (...) expressando a particularidade de um
povo na universalidade, expressando uma necessidade racional, da exteriorização da individualidade para a universalida-
de, levando-a a intuição do outro, porém, é preciso considerar que embora seja correto afirmar que a arte seja expressão
da livre racionalidade humana ela apresenta limitações diante de outras formas de manifestação do espírito na história.”(-
FRANÇA, 2009, p. 3).

Atividade 2

QUEM SABE DIZ

Você sabia que o amor é uma das temáticas mais recorrentes nas produções de
artes visuais?

6
?
Você
SABIA?

Esse QR Code permite


o acesso ao cordel
´´Romeu e Julieta´´
de Ariano Suassuna.

DE UM TEXTO AO OUTRO

• O beijo ( Der Kuss) –Gustav Klimt, 1907/1908


´´Era Dourada´´;
Pintor simbolista;
Um casal num momento de intimidade e carícias.

• O beijo do hotel de Ville- Robert Doisneau, 1950


Ilustrou matéria da revista´ ´Life´´ sobre casais
apaixonados evidenciando o ´´romantismo francês´´.

• O beijo- Auguste Rodin, 1888/ 1889


Um beijo intenso, sensual, Rodin, caracteriza
corpos humanos com uma anatomia corporal
detalhada em mármore.

• Love- Robert Indiana, 1965


Pop Art considerado um pictograma moderno.

• Os amantes- René Magritte, 1928


Uma das perspectivas seria que os rostos
cobertos impedem um ato de paixão e o transforma
em frustração e até isolamento.

Sequência Didática | Língua Portuguesa | Linguagem Verbal e Não Verbal | Campo artístico-literário 7
1. Relacione as obras citadas com a história de amor entre ´´Romeu e Julieta´´e diga qual dessas representações visuais
estaria mais próxima da proibida relação dos amantes shakespianos? Explique a sua escolha.

?
Você
SABIA?

Uma lição de amor? Ou uma peça com tom pedagógico?


Shakespeare criou um modelo de amor? Interpretamos um
´´ amor de domingo à quinta´´, segundo Leandro Karnal,
com um olhar romântico do século XIX.

O QR Code ao lado permite acesso ao vídeo ´


´Romeu e Julieta nunca foi uma história de amor´´
de Leandro Karnal.

2. Com base na argumentação de Karnal, nossa compreensão e percepção do amor de Romeu por Julieta é uma ilusão
que criamos? Você concorda com essa visão? Por quê?

8
?
Você
SABIA?

O QUE É FANFIC?
Fanfic é a abreviação da expressão inglesa fanfiction, que significa “ficção de fã”, na tradução literal para a língua portu-
guesa. As fanfics são histórias ficcionais que podem ser baseadas em diversos personagens e enredos que pertencem
aos produtos midiáticos, como filmes, séries, HQ’s, videogames, mangás, animes, grupos musicais, celebridades e etc.
Os fãs desses produtos se apropriam do mote da história ou dos seus personagens para criarem narrativas paralelas
ao original. Por exemplo, um fã de determinado filme escreve uma narrativa utilizando características do enredo ou dos
personagens desta produção cinematográfica, alterando e criando algumas situações diferenciadas conforme a sua
imaginação desejar.

https://www.significados.com.br/fanfic/ Acessado em: 12/03/2019

E-Zine: A E-zine, ou wezine, é uma fanzine eletrônica. Tendo a mesma estrutura da fanzine, sua primordial diferença é o
fato de que ela é de circulação virtual, por ser um material digital.
Fanpage: Fanpage é uma página criada especialmente para ser um canal de comunicação com fãs dentro do Facebook
(fan page = página para fãs, em tradução literal). Diferente de perfis, as fanpages são espaços que reúnem pessoas inte-
ressadas sobre um assunto, empresa, causa ou personalidade em comum.

O que é Draw my life?


O método Draw my life propõe que as pessoas descrevam sua vida ou um aspecto dela como trabalho ou relacionamento,
através de desenhos em um quadro branco ou folhas de papel. A filmagem desse processo de desenhos é passada para
um vídeo, onde geralmente o protagonista narra a história. É bastante semelhante ao modelo Draw your life, esses vídeos
muitas vezes retratam como uma pessoa cresceu e mudou toda a sua vida.

http://surtocriativo.com.br/o-que-e-draw-my-life-como-fazer-draw-my-life/ .Acesso: 12/03/2019

Anime: Anime ou animê (como é dito no Brasil) é o nome dado para o tipo de desenho animado produzido no Japão. No
entanto, de acordo com o conceito japonês dos animes, este termo é utilizado para classificar todos os tipos de anima-
ções, ou seja, independente da sua origem (nacional ou estrangeira). O anime é confundido erroneamente como um gêne-
ro de animação, quando na verdade é apenas um meio, já que pode apresentar inúmeros tipos diferentes, como infantil,
terror, romance, comédia, aventura, erótico, ficção científica e etc.

https://www.significados.com.br/anime/ Acesso: 12/03/2019

3. Como você alteraria a história e produziria sua fanfic de Romeu e Julieta?

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Atividade 3

DO NOVO AO JÁ CONHECIDO

Os textos do campo artístico-literário são caracterizados por meio da predominância da plurissignificação, subjetividade,
composição estética, representação da realidade, além da intangibilidade linguística. Dessa forma, o leitor vê o mundo atra-
vés da palavra multifacetária, impregnada de sentidos e intenções, capaz de usar a ludicidade, a imaginação ou a acidez do
verossímil.
Com a literatura, há comunicação, empatia no que se lê, ouve, fala ou escreve. Quem já sentiu que a escrita de um poe-
ta, romancista, cordelista traduz a essência da alma humana? Como não se emocionar, reagir, pensar, opinar com os versos
do Carlos Drummond de Andrade? E a partir da revolução comunicacional via internet não compartilhar essas experiências
literárias quando produz: slam, fanfic, draw my life, anime, mangá, fanzine, fan vídeos, selfie, vlog gifs, games, playlists, e-zi-
nes, séries, minisséries, animação, fotografia documental, documentário experimental?

Texto 1

O HOMEM; VIAGENS- CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


´´Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
O QR Code ao lado dá acesso
Ao acabarem todos ao texto ´´O homem; Viagens´´
só resta ao homem na voz de Carlos Drummond de
Andrade:
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
O QR Code ao lado dá acesso a
do seu coração animação do texto ´´ O homem;
experimentar Viagens´´.
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.´´

https://www.ebiografia.com/carlos_drummond/. Acessado em:


23 de março de 2019.

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1. Drummond, ao longo do poema, estabelece uma conexão com a realidade contemporânea e caracteriza o homem. Com
base nessa perspectiva, como o poeta argumenta em seus versos a tese da insatisfação humana, sua busca por com-
pletude e sentido de existência? Comprove utilizando trechos do poema.

2. O último verso ´´... Con-viver´´ a composição estrutural dessa formação da palavra destacada, permite a defesa do ponto
de vista exceto em:
a) Viver conosco e com os outros.
b) Viver o hoje e o futuro.
c) Viver com consciência.
d) Viver só em si mesmo.
e) Viver no mundo e com o mundo e para o mundo.

?
Você
SABIA?
A função poética está centrada na plurissignificação, preocupa-se tanto com a mensagem quanto com as
formas de sua construção. Assim, apresenta predominância da figuração, apelação afetiva e sugestiva, ou
seja, linguagem conotativa com jogo de palavras, sentidos, sons e imagens. Essa função da linguagem pode agir conjun-
tamente com as outras funções, já que a função poética causa impacto, emoção, persuasão.

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Texto 2

Uma pequena mudança


Às vezes traz esperança
UM APRENDIZ- BRÁULIO BESSA E faz a gente seguir
Sendo eu, um aprendiz
A vida já me ensinou que besta
Continue sendo forte
É quem vive triste
Tenha fé no Criador
Lembrando o que faltou
Fé também em você mesmo
Não tenha medo da dor
Magoando a cicatriz
E esquece de ser feliz
Siga em frente a caminhada
Por tudo que conquistou
E saiba que a cruz mais pesada
O filho de Deus carregou
Afinal, nem toda lágrima é dor
Nem toda graça é sorriso
Nascido em Alto Santo, no Vale do
Nem toda curva da vida Jaguaribe, Ceará, no ano de 1985.
Tem uma placa de aviso Ficou famoso após apostar na in-
ternet para resgatar a tradicional
E nem sempre o que você perde
literatura de cordel. Foi desta forma
É de fato um prejuízo que seus vídeos com declamações
já ultrapassaram 200 milhões de
visualizações, tendo como marcas registradas o sota-
O meu ou o seu caminho
que e o inseparável chapéu. Ele também é o criador do
Não são muito diferentes projeto ‘Nação Nordestina’, que divulga a cultura do Nor-
Tem espinho, pedra, buraco deste na internet e que tem mais de um milhão de fãs/
seguidores, o que o consagrou como ativista. Em 2012
Pra mode atrasar a gente
com a criação de uma página na internet, sua poesia
alçou voos distantes e tal como a ave canora patativa,
Mas não desanime por nada seu cantar encantou todo o Brasil.
Pois até uma topada Disseminando sua poesia aos quatro cantos, Bráulio é
considerado um dos maiores ativistas da cultura nor-
Empurra você pra frente
destina no mundo.

Tantas vezes parece que é o fim


Mas no fundo, é só um recomeço
Afinal, pra poder se levantar
É preciso sofrer algum tropeço

É a vida insistindo em nos cobrar


Uma conta difícil de pagar
Quase sempre, por ter um alto preço

Acredite no poder da palavra desistir


Tire o D, coloque o R
Que você tem Resistir

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3. Na terceira estrofe da poesia de Bráulio Bessa, texto 2, o operador argumentativo ´´afinal´´ é utilizado com que sentido?

4. Por que no trecho ´´... Pois até uma topada / Empurra você pra frente...´´, é predominantemente conotativo? Justifique
sua resposta.

5. Você vê alguma convergência entre o discurso poético de Drummond e o de Bráulio Bessa? Justifique.

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL


Reescreva a versão escrita do seu relato pessoal da produção inicial e depois estruture em videominuto, fanfic ou em
draw my life com colagens, desenhos ou fotos.

SISTEMATIZANDO
"Os prazeres da leitura são múltiplos. Lemos para saber, para compreender, para refletir. Lemos também pela beleza da
linguagem, para nos comovermos, para nos inquietarmos. Lemos para partilhar. Lemos para sonhar e para aprender a so-
nhar".
Dessa forma, “não lemos todos um texto da mesma maneira. Há leituras veneradoras, analíticas, leituras para fazer ouvir
as palavras e as frases, leituras para reescrever, imaginar, fantasiar, leituras narcisistas onde nos procuramos, leituras má-
gicas onde seres e sentimentos inesperados se materializam e saltam perante o nosso olhar estupefacto. Há leituras onde
«a sensação de que o texto nos aparece como sendo inteiramente novo, nunca antes visto, é seguido, quase de imediato, da
sensação de que este sempre lá estivera, que nós, os leitores, sabíamos que sempre lá estivera e que sempre o conhecemos
como ele era, apesar de o reconhecermos agora pela primeira vez. [...] Não lemos todos os mesmos livros, não temos todos
os mesmos desejos. A liberdade, mesmo a liberdade arrancada, conquistada frontalmente ou subtilmente, é indispensável à
experiência apaixonante da leitura” (Morais, 1997, p. 12 , 13).
Considerado esse poder da leitura, apontamos os conceitos de funções da linguagem , as diferenças entre texto
literário e não literário e noções básicas de gêneros literários . Além disso, nessa SD, transitamos entre as linguagens verbal e
não verbal , entre gêneros textuais canônicos e da contemporaneidade como fanfic, slam , draw my life, mas que nada mais
são que multimodalidades de gêneros discursivos já existentes como paródia , releituras , relatos , diários .

Sequência Didática | Língua Portuguesa | Linguagem Verbal e Não Verbal | Campo artístico-literário 13
Portanto, não esqueçam que o texto literário é:
• intangível ;
• plurissignificativo ;
• conotativo;
• subjetivo;
• imitação do real;
• manifestação de sentimentos ;
• visão de mundo ;
• preocupação com a forma;
• comunicação ;
• um questionamento de ideologias;
• uma reafirmação de padrões ou quebra deles ;
• arte da palavra .

SE LIGA NA PROVA BRASIL

O texto (TEATRO DA ETIQUETA” da questão do SAEB, não é literário, pois o objetivo é


informar e formar opinião com predominância da denotação.

O TEATRO DA ETIQUETA
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos
e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para
cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o
poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto
surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual
que durava até dez minutos. Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples
peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era
costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que
a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que
já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam
a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar
com os poderosos.
Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.
Nesse texto, o autor defende a tese de que
(A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
(B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
(C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
(D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.
(E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.

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RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.
O tema do texto é
(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de juventude.
(E) a revolta diante do espelho
Texto 1

SE LIGA NO ENEM

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Texto 2

No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg (n.1925) criou o termo combine para se referir a suas novas obras que
possuíam aspectos tanto da pintura como da escultura.
Em 1958, Cama foi selecionada para ser incluída em uma exposição de jovens artistas americanos e italianos no Festival
dos Dois Mundos em Spoleto, na Itália. Os responsáveis pelo festival, entretanto, se recusaram a expor a obra e a removeram
para um depósito.
Embora o mundo da arte debatesse a inovação de se pendurar uma cama numa parede, Rauschenberg considerava sua
obra "um dos quadros mais acolhedores que já pintei, mas sempre tive medo de que alguém quisesse se enfiar nela".
DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
A obra de Rauschenberg chocou o público na época em que foi feita, e recebeu forte influência de um movimento artístico
que se caracterizava pela:

A) dissolução das tonalidades e dos contornos, revelando uma produção rápida.


B) exploração insólita de elementos do cotidiano, dialogando com os ready-mades.
C) repetição exaustiva de elementos visuais, levando à simplificação máxima da composição.
D) incorporação das transformações tecnológicas, valorizando o dinamismo da vida moderna.
E) geometrização das formas, diluindo os detalhes sem se preocupar com a fidelidade ao real.

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