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O mercador de coisa nenhuma


Abdul – ben – Fari, comerciante de tapetes na cidade de Abjul, vivia tranquilamente dos
seus negócios, que lhe enchiam o cofre e lhe alegravam o coração. Era respeitado como um dos
homens mais ricos da cidade e um dos mais infelizes. Mas, num dos recantos do seu coração
alegre (e não do seu cofre repleto), alojara-se um espinho de tristeza, que crescia e doía, às
vezes.
Abdul – ben – Fari tinha um filho, Racib, quase um homem feito. Muito o preocupava
Racib. Preocupava-o e afligia-o.
Que tristeza para Abdul – ben – Fari, quando espreitava o filho no armazém e o
surpreendia a bocejar, sempre a contas com os infindáveis tapetes que era preciso desdobrar,
escovar, limpar e voltar a dobrar, até que aparecesse um comprador que os levasse por mais do
que eles valiam! Com que desgosto o pai de Racib via o seu único filho correr, mal fechava a
loja, até à sombra de um jardim, para, de ouvido no chão, escutar o lento, progredir das raízes
através da terra ou o erguer paciente dos caules em direção à luz! E que estranha mania essa
de contar as formigas de um carreiro, não sucedesse ter-se perdido alguma, desde a última vez
que por lá passara! E quem viu doidice igual à de se debruçar para dentro de um poço e
pronunciar palavras sem fim, que o poço alongava, como uma boca cheia de ecos?
- Alá quis que eu tivesse um filho de cabeça ao vento. – lamentava-se Abdul – ben – Fari
– Que hei-de eu fazer?
Mas os mestres de Racib tinham-lhe apreciado a inteligência, os vizinhos diziam-no
bondoso e os clientes achavam-no amável.
- Talvez não tenha grande jeito para o negócio de tapetes – observavam alguns – Mas
que importância tem?
Tinha muita importância, imensa importância na conta de Abdul – ben – Fari.

António Torrado, O mercador de coisa nenhuma


1. Descreve Abdul – ben – Fari.
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2. Qual era a sua grande preocupação?


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3. Exemplifica alguns comportamentos de Racib.


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4. Indica as características psicológicas de Racib dadas no texto.


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4.1. Quem lhe atribui essas características?


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5. O que é que para Abdul – ben – Fari tem mais importância do que as características do
filho?
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