Manual Consulta Rápida Primeiros Socorros

Noções Básicas de Primeiros Socorros / Consulta Rápida
Equipa de Saúde Escolar
CS Olhão
Elaborado por:
Ana lam / Ana Evaristo

Índice Pág.
CONTEÚDO DE UMA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS ……………….. 3

PRINCÍPIOS A RESPEITAR NO SOCORRISMO ……………………………... 4
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA ……………………………………………………... 5
Avaliação da Função Circulatória ……………………………………………….. 6
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA ………………………………………. 6
Suporte Básico de Vida …………………………………………………………… 7
INALAÇÃO E INGESTÃO DE CORPOS ESTRANHOS ………………………. 8
OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA ………………………………………………… 8
CHOQUE ………………………………………………………………………… 10
CHOQUE ELÉCTRICO ………………………………………………... 11
AFOGAMENTO …………………………………………………………………. 12
HEMORRAGIAS ………………………………………………………………… 13
Hemorragia Nasal – Epistaxis …………………………………………... 14
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS ……………………………………. 15
Por Medicamentos/Droga ……………………………………………….. 15
Por Alimentos …………………………………………………………… 16
ASMA …………………………………………………………………………….. 17
FERIDAS ………………………………………………………………………… 18
Feridas Superficiais ……………………………………………………... 18
Feridas Profundas ou Penetrantes ……………………………………….. 18
QUEIMADURAS ………………………………………………………………… 19
Queimaduras Solares ……………………………………………………. 21
Insolação ………………………………………………………………... 22
LESÕES ARTICULARES, MUSCULARES E ÓSSEAS ……………………….. 23
Lesões Articulares ………………………………………………………. 23
Lesões Musculares ……………………………………………………… 24
Fracturas ………………………………………………………………… 25
Fractura Fechada ………………………………………………... 25
Fracturas Abertas ou Expostas …………………………………. 26
Traumatismo da Coluna ……………………………………………... 27
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA …………………………………………… 28
Alcoolismo Agudo ……………………………………………………. 28
Desmaio ………………………………………………………………. 29
Convulsões Epiléptica ………………………………………………... 30
Ausências …………………………………………………………….. 31
Convulsões febris …………………………………………………….. 31
DIABETES ………………………………………………………………………. 32
Hiperglicémia …………………………………………………………... 32
Hipoglicémia ……………………………………………………………. 32
PICADAS DE INSECTO ………………………………………………………... 33
MORDEDURAS DE ANIMAL …………………………………………………. 33
VÓMITOS E DIARREIA ……………………………………………………….. 34
FEBRE …………………………………………………………………………… 34
BIBLIOGRAFIA …………………………………………………………………. 35
Ana lam / Ana Evaristo 2

CONTEÚDO DE UMA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS
Manual de Primeiros Socorros;

Luvas descartáveis;
Compressas esterilizadas, pequenas e grandes;
Soro Fisiológico, 10cc e 100cc;
Tesoura;
Adesivo;
Ligaduras, grandes e pequenas;
Pensos rápidos;
Bolsa de Gelo;
3 Pacotes de açúcar;
Lençol/manta térmica

PRINCÍPIOS A RESPEITAR NO SOCORRISMO
1º – PREVENIR – Acções antecipatórias, realizadas para

evitar ou diminuir a probabilidade de acidente.
2º - ALERTAR – Chamar ao local do acidente indivíduos
especializados na estabilização e transporte da vítima. Ao alertar
deve sempre respeitar os seguintes passos:
- Local exacto do acidente;
- Número de vítimas e o seu estado;
- Idade aproximada das vítimas;
- Possibilidade de existência de factores agravantes;
- Responder de forma clara as perguntas feitas pelo opera
dor.
3º - SOCORRER – Ser capaz de desenvolver acções para
minimizar as sequelas, evitar a ocorrência de mais lesões e estabe-
lecer prioridades no socorro.
No caso de existirem múltiplas vítimas o socorrista deverá ser

capaz de distinguir as situações que necessitam de intervenção
prioritária, são elas:
- Alterações cárdio-respiratórias;
- Choque;
- Hemorragia;
- Envenenamento;

AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
Antes de prestar qualquer cuidado à vítima, o socorrista

deverá fazer-lhe um exame geral para se aperceber da real gravida-
de da situação.
1. Acordado
2. Reage à voz
3. Reage à dor
4. Não tem reacção.
Avaliação da Função Ventilatória
Características da respiração:
1– Frequência (ciclos minuto);
2 - Profundidade (superficial, normal ou profunda);
3 - Regularidade (regular ou irregular).
No caso da vítima se encontrar no nível de consciência quatro (não

tem reacção)
- VER – Os movimentos do tórax e abdómen;

- OUVIR – O ar a entrar e a sair das vias aéreas;
- SENTIR – O ar expirado.

Avaliação da Função Circulatória

Características da pulsação:
1 – Frequência (batimentos minuto);

2 – Amplitude (fraco ou forte);
3 – Ritmo (regular ou irregular).
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Se a vítima se encontrar no nível de consciência quatro (não

tem reacção), mas através do V.O.S. (ver, ouvir e sentir,) a socor-
rista verificar que a vítima respira, sempre que o estado desta o
permita, deve coloca-la em Posição Lateral de Segurança.
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1
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7 8 9
10
Suporte Básico de Vida

Inicia-se o Suporte Básico de Vida sempre que a vítima não
ventila ou a sua ventilação se está a efectuar de forma ineficaz.
Nunca se esqueça de fazer, ou pedir a alguém para fazer o alerta da
paragem ventilatória.
Técnica de compressão torácica

Colocar a base de uma mão na metade inferior do esterno, da
vítima, na linha média do tórax, colocar a outra mão sobre
a primeira, entrelaçando e elevando os dedos;
Manter os braços esticados, perpendicularmente ao tórax da
vítima;
Pressionar o tórax 4 a 5 cm, 30 vezes. Após cada compressão,
aliviar totalmente sem perder o contacto com o esterno, e
fazer as compressões a um ritmo de 100 por minuto. O
tempo de compressão tem de ser igual ao tempo de des-
compressão.
Depois de 30 compressões, efectue a extensão da cabeça e proceda
a 2 insuflações
As insuflações só deveram ser efectuados através da utilização de

máscara de bolso.

INALAÇÃO E INGESTÃO DE CORPOS ESTRANHOS
Tosse seca ou persistente;

Dificuldade respiratória.
Tranquilizar a vítima e tentar descobrir o que foi ingerido;

Se o objecto engolido for pequeno e mole, levar a vítima a um
serviço de saúde;
Se a vitima engoliu um objecto grande ou afiado, ou se tiver
dificuldade em respirar ou em engolir, ligar para o 112;
Não deixar a vitima comer, beber ou fumar, pois pode ser neces-
sária anestesia.
OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA
Com obstrução parcial:

• Tosse e aflição;
• Dificuldade em falar.
Com obstrução total:

• Incapacidade de falar, tossir ou respirar.
• Eventual perda de consciência.
•
Se a vítima respira:
Dizer-lhe para continuar a tossir;
Retirar da boca da vítima qualquer corpo estra-
nho evidente.

Se a vítima está a perder as forças, ou parar de respirar ou de

tossir: Colocar-se atrás da vítima;
Segurá-la pela cintura e incliná-la para a frente;
Dar até cinco palmadas interescapulares (entre
as omoplatas), com a base da mão;
Examinar a boca da vítima;
Se as palmadas não libertarem a obstrução:

Mantendo a posição, agarrá-la com os braços à
volta da parte superior do abdómen;
Fechar o punho e colocá-lo, com o polegar
para dentro, entre o umbigo e a ponta do
esterno da vítima;
Agarrar o punho com a sua outra mão e puxar
para dentro e para cima cinco vezes –
Manobra de Heimlich;

CHOQUE
→ Deitar a vítima sobre um cobertor para a proteger do frio do

chão;
→ Tranquilizar a vítima;
→ Levantar e apoiar as pernas da vítima para melhorar o abasteci-
mento de sangue aos órgãos vitais. Tenha cuidado se suspeitar
de uma fractura;
→ Desapertar o vestuário apertado no pescoço, peito e cintura;
→ Manter a vítima quente cobrindo o corpo e pernas com casacos
ou cobertores;
→ Ligar para o 112;
→ Verificar e registar os sinais vitais: respiração, pulsação;
→ Verificar nível de consciência. Actuar de acordo com o estado
de consciência.
NOTA: - Não deixar a vítima fumar, comer, beber ou mover-se

desnecessariamente. Se ela se queixar de sede, molhar os lábios
com um pouco de água;
- Não deixar a vítima sozinha, excepto para chamar socorro;
- Não tentar aquecer a vítima com uma botija ou qualquer
outra fonte directa de calor.

CHOQUE ELÉCTRICO
Desligar sempre o quadro eléctrico;
• Se não for possível desligar o quadro eléctrico:

Colocar-se em cima de um tapete de borracha, um boca-
do de madeira ou uma lista telefónica, ou
Usar um cabo de vassoura para afastar a vítima da fonte
de electricidade ou
Empurrar o aparelho eléctrico para longe da vitima ou
amarrar uma corda à volta dos braços ou tornozelos e
puxar a vítima;
Actuação junto da vítima:
• Calçar luvas;
• Tratar as queimaduras, se as houver, com água fria;
• Vigiar sinais vitais;
• Providenciar transporte da vítima para um serviço de saúde;
• Verificar estado de consciência da vítima;
Se a vítima estiver inconsciente:
Se ventila – Colocá-la em P.L.S. (Posição Lateral de

Segurança);
Se em paragem cardio-respiratória iniciar S.B.V.

AFOGAMENTO
• Ao transportar a vítima para terra mantenha a cabeça mais

baixa que o corpo para reduzir o risco de inalação de água;
• Deitar a vítima de costas sobre um casaco, toalha ou tapete;
• Verificar a permeabilidade das vias aéreas;
• Iniciar S.B.V.;
• Minimizar a hipotermia: se possível retirar-lhe as roupas
molhadas e tapa-la;
• Se recuperar totalmente a consciência dê-lhe uma bebida
quente;
• Chamar uma ambulância e transportar ao hospital, mesmo que
a vítima pareça totalmente recuperada.
Suporte Básico de Vida em Vítimas de Afogamento
O S.B.V. em caso de vítima afogada deve ser sempre inicia-

do por:
5 Insuflações iniciais;
Continuar como nas restantes vítimas em paragem cardio-
respiratória.
No caso de se encontras sozinho, primeiro fazer 1 minuto de
S.B.V. e só depois dar o alerta.
HEMORRAGIAS
Hemorragia Ligeira
Compressão directa, pressionando a área afectada;
Limpeza com Soro Fisiológico
Tapar com compressas;
Efectuar penso.
Hemorragia Grave
A quantidade de sangue que sai do organismo é em quanti-
dade abundante e difícil de controlar, ou não se consegue controlar,
mesmo com compressão.
• Prevenir e combater o choque;
• Arejar o local para a vítima poder ventilar de forma eficaz;
• Desapertar as roupas no pescoço, tórax e abdómen;
• Acalmar e moralizar a vítima;
Se possível, exercer compressão directa sobre a ferida;
Se não for possível exercer compressão, tapar com um pano
limpo ou compressas esterilizadas;
Se a vítima está consciente, instala-la numa posição de confor-
to, movimentando-a o menos possível;
Se está inconsciente e a ventilar, colocar caso o estado da víti-
ma o permita, em P.L.S;
Manter a temperatura corporal;
Não dar nada a beber;
Levar a um Serviço de Saúde;
Se inconsciente e em paragem cardio-respiratória, iniciar
S.B.V.
Hemorragia Nasal – Epistaxis
• Diga à vítima para se sentar com a cabeça direita, no alinha-

mento do corpo, para permitir que o sangue escorra das narinas;
• Explique à vítima que deve respirar pela boca (isso também
tem um efeito calmante);
• Apertar o nariz, com os dedos indicador e polegar em pinça,
mesmo abaixo do osso. Ajude-a se necessário;
• Diga à vítima para continuar a apertar o nariz;
• Não deixe a vítima falar, engolir, tossir, cuspir ou fungar, pois

pode destruir coágulos que se tenham formado no nariz;
• . Aplicar frio no local através do uso de gelo;
• Após dez minutos, dizer à vítima para retirar a pressão. Se ain-

da sangrar, dizer para continuar a pressionar por mais dois
períodos de dez minutos cada;
• Uma vez controlada a hemorragia, limpar à volta do nariz;
• Aconselhar a vítima a descansar algumas horas. Dizer que evite

fazer esforços e sobretudo que não se assoe, pois pode destruir
algum coágulo;
• Se necessário, chamar 112;
• Se a hemorragia parar e depois recomeçar, diga à vítima para

voltar a exercer pressão no nariz;
Se a hemorragia for grave, ou se continuar por mais de 30 minutos,
chamar 112.

INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS
Por Medicamentos/Drogas
Se vítima consciente:
→ Coloca-la numa posição confortável e perguntar-lhe o que pro-

vocou o seu estado;
→ Ligar 112;
→ Verificar e registar os sinais vitais: pulsação e respiração, até
que chegue ajuda especializada;
→ Verificar nível de consciência (poderá estar alterada em grau 2
ou 3);
Para que possa ir actuando correctamente enquanto espera por

socorro, pode ligar para o CIAV – Centro de Intoxicações Anti
Venenos 808 250 143
Deve saber responder ás perguntas do médico relativas a:
- QUEM
- O QUÊ
- QUANTO
- ONDE
- COMO
→ Guardar amostras de vómito, e embalagens vazias e entregá-las
ao pessoal da ambulância.

Se vítima inconsciente:
A ventilar – colocar em P.L.S.
Em paragem cardio-respiratória – iniciar S.B.V., atenção as situa-

ções em que foram ingeridos tóxicos ou venenos – Evitar a ventila-
ção boca-a-boca.
Por Alimentos
→ Aconselhar a vitima a deitar-se e a descansar, ajudando-a se

necessário;
→ Incentivar a vitima a beber líquidos e dar-lhe um saco para
vomitar;
→ Se necessário, levar a vítima a um serviço de saúde.

ASMA
Manter a calma e tranquilizar a vítima;
Ajudar a ficar numa posição confortável: sentada, ligeiramente

inclinada para a frente apoiando o tronco com os braços sobre
numa cadeira ou mesa;
Ajudar a vítima a encontrar a bomba e a usá-la;
Se a crise não melhorar ao fim de 3 minutos, dizer á vítima para

usar de novo o inalador e respirar fundo e devagar;
Se o inalador não fizer efeito ao fim de 5 minutos, ou se o esta-

do da vítima se agravar, ligar para o 112;
Se a vítima ficar inconsciente, verificar respiração, se respirar

coloca-la em P.L.S, e preparar-se para fazer S.B.V.
Se a vítima não respirar, iniciar S.B.V.

FERIDAS
Feridas Superficiais
• Usar luvas;
• Acalmar a vítima e saber se tem a vacina do tétano em dia;
• Expor a zona da ferida para observação;
• Retirar adornos (anéis, pulseiras, fios);
• Limpar com Soro Fisiológico;
• Aplicar penso, se necessário
Uma ferida superficial que se complica, necessita sempre da inter-

venção de um técnico especializado.
Feridas Profundas ou Penetrantes
• Acalmar a vítima e saber se tem a vacina do tétano em dia;
• Expor a zona da ferida para observação;
• Retirar adornos (anéis, pulseiras, fios);
• Executar compressão directa, se possível;
• Proteger com panos limpos ou compressas esterilizadas;

• Ligar 112.
Complicações:
Em qualquer tipo de ferida, existe sempre o risco de complicações
associadas, pelo que se devem respeitar os cuidados de assepsia.

QUEIMADURAS
Nas queimaduras de1º grau e 2º grau, a actuação imediata

do socorrista deverá ir no sentido de aliviar o ardor e/ou a dor:
♦ Arrefecer a zona afectada o mais possível, através da aplicação

de soro fisiológico ou água fria corrente, ou colocando panos
(limpos e sem pêlos) molhados sobre a zona afectada, até o
ardor/dor desaparecerem por completo;
♦ Se existirem flictenas, estas nunca devem ser rebentadas. Se

rebentarem, não cortar a pele da flictena e tratá-la como qual-
quer outra ferida;
♦ Colocar um creme hidratante, com pH neutro;
♦ Se necessário, chamar 112 ou transportar a vítima ao serviço de

saúde.
Nas queimaduras de 3º grau, a vítima necessita sempre de

ser transportada para um serviço de saúde.
A intervenção do socorrista tem como objectivos:
• Verificar se existem lesões associadas;
• Atenuar e/ou aliviar a dor, se esta existir;

• Prevenir o choque e a hipotermia;
• Manter as vias aéreas permeáveis;
• Tratar lesões associadas;
• Minimizar o risco de infecção;
• Assegurar o transporte urgente para o serviço de saúde;
Reunir informação útil ao socorro.
→ Ajudar a vítima a deitar-se. Se possível, proteger a área queima-

da do contacto com o chão;
→ Deitar água fria sobre a queimadura, pelo menos durante dez
minutos, mas não atrasar o transporte da vítima para o serviço
de saúde.
→ Ligar 112;
→ Continuar a arrefecer a queimadura até ao alívio da dor;
→ Usar luvas descartáveis para retirar com cuidado anéis, relógio,
cinto, sapatos ou roupa em brasa antes que a área comece a
inchar. Retirar também com cuidado a roupa queimada, se não
estiver agarrada á ferida;
→ Cobrir a ferida com um penso esterilizado para a proteger do
risco de infecção. Se não tiver um penso esterilizado, usar um
lenço triangular dobrado, parte de um lençol ou película aderen-
te (retire duas voltas do rolo e aplique longitudinalmente sobre
a queimadura). Pode usar um saco de plástico limpo para cobrir
a mão ou o pé. Fixá-lo com uma ligadura ou fita adesiva;

→ Reunir e anotar pormenores das lesões da vítima. Verificar e

anotar regularmente os sinais vitais: pulsação e respiração;
→ Verificar nível de consciência;
→ Enquanto se espera a chegada do socorro especializado, tranqui-
lizar a vítima e socorre-la do choque, se necessário;
Estar alerta para a possível alteração do estado de consciência, e
actuar de acordo com o mesmo.
Atenção:
• Não arrefecer demasiado a vítima, risco de baixar a temperatu-
ra do corpo a um nível perigoso. Este risco, é particularmente
maior no caso de bebés e pessoas idosas;
• Não retirar nada que esteja agarrado á queimadura – pode cau-
sar maiores danos e infectar a lesão
• Não tocar ou interferir com a área queimada;
• Não rebentar qualquer flictena;

Não colocar sobre a zona afectada cremes, óleos, gorduras, ou ade-
sivos;
Queimaduras Solares
Cobrir a pele da vítima com roupa leve ou uma toalha, conduzi-

la para a sombra, ou de preferência para dentro de casa;
Arrefecer a pele passando uma esponja com água fria, ou mer-

gulhando a área afectada em água fria durante 10 minutos;

Dar à vitima pequenos goles de água fria;
Se se tratarem de queimaduras de 1º grau, colocar um creme
hidratante de pH neutro;
Se aparecerem flictenas, queimadura de 2º grau, não as rebente
e procure ajuda especializada.
Insolação
Levar de imediato a vítima para um local fresco;

Deixar a vítima em roupa interior;
Ligar para o 112;
Cobrir a vítima com um lençol molhado em água tépida, e man-
tê-la assim até a temperatura do corpo baixar para os 37,5ºc. Se não
tiver um lençol, refrescar a vítima com um pano molhado em água
tépida;
Quando a temperatura da vítima normalizar, substituir o lençol

molhado por um seco;
Verificar e registar os sinais vitais: pulsação e respiração. Se a
temperatura voltar a subir, actuar como anteriormente;
Verificar o nível de consciência;
Actuar segundo o grau de consciência da vítima.

LESÕES ARTICULARES, MUSCULARES E ÓSSEAS
Lesões Articulares
Entorse:
Instalar a vítima em posição confortável;

Aplicar gelo no local do traumatismo;
Imobilizar a articulação;
Em caso de dúvida, providenciar o transporte da vítima
para o hospital.
Luxação:

Imobilizar a zona afectada sem tentar fazer qualquer
redução;
Prevenir e combater o choque, provocado pela dor inten-
sa;
Providenciar o transporte da vítima para o hospital.

Lesões Musculares
Distensão:

Aplicar gelo no local do traumatismo;
Manter o musculo imóvel com repouso absoluto;
Em caso de dúvida, providenciar o transporte da vítima
para o hospital.
Cãibra:
Distender o músculo afectado para forçar o seu relaxa

mento;
Massajar suavemente o local;
Aplicar calor local de forma indirecta.

Fracturas
Fractura Fechada
Informar a vítima de que não se deve mexer;

Não mover a vitima até a parte lesionada estar imobiliza-
da, a não ser que esteja em perigo;
Imobilizar a parte lesionada, tendo o cuidado de:
Não modificar a posição;

Imobilizar as articulações acima e
abaixo da fractura;
Não fazer redução da fractura;
Não impedir a circulação sanguínea
da zona afectada.
Para um suporte mais firme, segurar a parte lesionada a uma

parte sã do corpo. Para fracturas nos membros superiores,
imobilizar o braço lesionado contra o tronco; para fractu-
ras dos membros inferiores, se o transporte para o serviço
de saúde for demorado, segurar o membro lesionado ao
outro membro com uma ligadura, ou colocar talas com
ligadura para imobilizar;
Providenciar o transporte da vítima para um serviço de saú-
de.
Se a vítima estiver com sintomas de choque, ou desmaio ele-

var-lhe as pernas. No entanto, não elevar o membro lesionado
se isso provocar dor;
Verificar a circulação abaixo das ligaduras, de dez em dez
minutos. Se a circulação estiver impedida, alargar as ligadu-
ras. Na mão retirar os anéis;
Não deixar a vítima comer, beber ou fumar, pois pode ser
necessária uma anestesia geral.
Fracturas Abertas ou Expostas
Instalar a vítima de forma confortável, movimentando-a o

menos possível;
Expor o local da fractura, cortando a roupa que o envolve;
Retirar adornos;
Usar luvas. Cobrir a ferida com uma compressa limpa ou
com um penso esterilizado. Exercer pressão para controlar a
hemorragia, sem pressionar sobre um osso exposto;
Colocar cuidadosamente uma compressa limpa, sobre e em
volta da fractura;
Segurar o penso e as compressas com uma ligadura, cuidado
para não impedir a circulação nem pressionar demasiado os
topos ósseos;
Imobilizar a parte lesionada como se fosse uma fractura
fechada;
Providenciar o transporte da vítima para o hospital;

Estar preparada para actuar em caso de choque;

Verificar e registar os sinais vitais – circulação e respiração
Verificar nível de consciência;
Verificar a circulação abaixo da ligadura, de dez em dez
minutos. Se a circulação estiver impedida, alargar as ligadu-
ras. Na mão retirar os anéis;
Não retirar a vítima do local até a parte lesionada estar imo-
bilizada, a não ser que esteja em perigo;
Não deixar a vitima comer, beber ou fumar, pois pode ser
necessária uma anestesia geral.
Traumatismo da Coluna
Não retirar a vitima da posição em que a encontrou, a não ser

que esteja em perigo de vida;
Não retirar a vitima da posição em que a encontrou, a não ser
que esteja em perigo de vida;
Tranquilizar a vítima e dizer-lhe para não se mexer;
Ligue 112
Verifique e registe, com ajuda, os sinais vitais: pulsação e
respiração;
Verificar nível de consciência;
Actuar segundo o nível de consciência da vítima;
Colocar colar circular improvisado;
Prevenir o choque.

ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
Alcoolismo Agudo
Se vítima consciente:
→ Eliminar o conteúdo gástrico provocando vómito;

→ Dar bebidas fortemente açucaradas;
→ Cobrir a vítima com uma casaco ou um cobertor, para diminuir
a sensação de frio;
→ Observar a vítima procurando lesões, sobretudo na cabeça;
→ Verificar e registar os sinais vitais, pulsação e respiração, até a
vitima recuperar ou ser deixada ao cuidado de um responsável;
→ Verificar grau de consciência;
Se vítima inconsciente:
→ Manter a via aérea permeável;

→ Se ventila, colocar em P.L.S.;
→ Manter a temperatura corporal;
→ Colocar açúcar debaixo da língua;
→ Vigiar PV;
→ Ligar 112.
→ Se em paragem cardio-respiratória, iniciar S.B.V.

Desmaio
♦ Se a vítima presente que vai desmaiar, dizer-lhe para se deitar;
♦ Ajoelhar-se junto à vítima, levantar-lhe as pernas e apoiar-lhe
os tornozelos nos seus ombros. Isto ajuda a melhorar o afluxo

de sangue ao cérebro;
♦ Assegurar-se de que o ambiente junto à vítima está fresco e
arejado. Abrir uma janela e pedir às pessoas presentes para se

afastarem;
♦ À medida que a vítima recupera, tranquiliza-la e ajuda-la a
sentar-se. Se existir risco de novo desmaio, deve mantê-la dei-

tada e com as pernas erguidas até recuperar por completo;
♦ Se a vítima não recuperar os sentidos rapidamente, abrir as vias
aéreas e verificar a ventilação utilizando o V.O.S.;
♦ Se ventila, colocar em P.L.S.;
♦ Preparar-se para iniciar S.B.V.;
♦ Se necessário, ligar para o 112.

Convulsões Epiléptica
Se a vitima cair, tentar amparar a queda:
● Colocar-se atrás dela, envolvê-la com os braços, sem se
apoiar nela;
● Afastar os seus pés, com os joelhos ligeiramente flectidos,
deixando que a vítima caia para trás contra o seu corpo,
sem a tentar suster;
● Manter uma posição erecta, deixar que a vítima escorregue ao
longo do seu corpo até ficar sentada no chão. Não tentar
segurá-la;
● Ajoelhar-se no chão ao lado ou atrás da vítima, e tentar colo-
cá-la numa posição confortável;
Criar espaço à volta da vítima:

● Pedir às pessoas presente para se afastarem;
• Afastar objectos perigosos, como bebidas quentes; ou objec-
tos afiados.
→ Anotar a hora a que o ataque teve início;

→ Se possível, proteger a cabeça da vítima com uma almofada;
→ Desapertar a roupa no pescoço, tórax e abdómen;
→ Quando as convulsões terminarem, abrir as vias aéreas e verifi-
car a ventilação e o grau de consciência da vítima:
→ Actuar segundo o grau de consciência;
→ Verificar e registar os sinais vitais: pulsação e respiração;
→ Anotar a duração do ataque.

Ausências
♦ Ajudar a vítima a sentar-se num local sossegado;
♦ Falar com a vítima calmamente e tranquilizá-la;
♦ Se a vítima não tiver consciência da sua condição, aconselhá-la
a consultar rapidamente um médico.
Convulsões febris
► Colocar almofadas ou cobertores à volta da criança para que

mesmo os movimentos mais bruscos não causem lesões;
► Refrescá-la com uma esponja embebida em água tépida, come-
çando pela cabeça e percorrendo todo o corpo;
► Depois de terminarem as convulsões, manter as vias aéreas
abertas, pondo a criança na PLS;
► Se necessário, ligar para 112 ou informar os pais de que devem
recorrer a um serviço de saúde;
► Tranquilizar a criança e os pais;
► Verificar e registar nível de consciência e sinais vitais.

DIABETES
Hiperglicémia
→ Obter história clínica (que tipo de medicação faz o doente, se

fez toma hoje, o que comeu, …);
→ Ligar 112;
→ Se vítima ficar inconsciente, manter permeabilidade das vias
aéreas e colocá-la na posição lateral de segurança;
→ Verificar e anotar os sinais vitais.
Hipoglicémia
→ Ajudar a vítima a sentar-se ou deitar-se;

→ Se a vítima estiver consciente, dar-lhe açúcar, chocolate ou
outro alimento doce;
→ Se a vítima reagir bem, dar-lhe algo mais para beber ou comer
deixando-a descansar até que se sinta melhor;
→ Manter a temperatura corporal;
→ Informá-la para consultar um médico, mesmo que se sinta total-
mente recuperada;
→ Se a vítima não melhorar, vigiar o nível de consciência e P.V;
→ Actuar segundo o nível de consciência;
→ Promover transporte a um serviço de saúde.

PICADAS DE INSECTO
→ Se o ferrão estiver visível, raspar com a unha ou uma faca,
com o lado oposto ao gume. Não utilizar uma pinça, pois pode
injectar mais veneno;
→ Se possível, elevar a parte afectada e aplicar um saco de gelo
ou uma compressa fria;
→ Aconselhar a vitima a consultar um médico se o edema e a dor
persistirem;
→ Para picadas na boca e na garganta: - dar á vitima um cubo de
gelo para chupar ou um copo de água fria para beber em goles
pequenos. Se o edema se desenvolver, ligar 112.
MORDEDURAS DE ANIMAL
→ Usar luvas descartáveis;

→ Lavar bem a ferida com água e sabão, para minimizar o risco
de infecção;
→ Secar bem a ferida, sem esfregar;
→ Cobrir com um penso;
→ Aconselhar a vítima a verificar a actualização da vacina do
tétano;
→ Aconselhar a vítima a consultar um técnico de saúde – médico
ou enfermeiro.

VÓMITOS E DIARREIA
Dar à vítima líquidos para beber em goles pequenos e frequen-

tes;
Se a vítima voltar a ter apetite, dar-lhe apenas alimentos leves,
de fácil digestão nas 24 horas seguintes;
Se estiver preocupado com o estado da vítima, ou se os vómi-

tos e diarreia persistirem por longo tempo, leva-la a um servi-
ço de saúde.
FEBRE
Colocar a vítima confortável, num ambiente fresco, por exem-

plo na cama com poucos cobertores;
Dar-lhe bebidas frescas para compensar a perda de líquidos na
transpiração;
Administrar antipirético- se houver autorização dos pais, por
escrito.

BIBLIOGRAFIA
Curso de Primeiros Socorros. Retirado em Julho de 2008 de

http://ambiformed pt/formacao/ficha_curso.
Curso Técnico de Primeiros Socorros. União dos Escoteiros do

Brasil. Região de São Paulo. Pólo de Desenvolvimento do Escotis-
mo. São Paulo Piratininga. (São Paulo, 26 de Março 2006).
Formação em Primeiros Socorros. Retirado em Julho 2008 de

formacaoexpresso emprego.pt.
Manual de Primeiros Socorros. Compilado por: Jonathan

Nunes Boilesen. Retirado em Julho de 2008 de http://
www.caoquira.com.br.
Manual de Primeiros Socorros – Cuidados de Emergência em

qualquer Situação, Edição revista e actualizada. Cruz Vermelha
Portuguesa (Porto, Março 2003). 288 páginas.
Manual de Socorrismo, Cruz Vermelha Portuguesa (Lisboa,

2006, 6ª Edição). 107 páginas.
N’Dalo Rocha, Aprender Primeiros Socorros – Conhecimentos

úteis para toda a gente, (2002). Retirado em Julho 2008 de
www.lifecooler. com/ edições/lifecooler /desenvartigo. ap.

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Noções Básicas de Primeiros Socorros / Consulta Rápida

Equipa de Saúde Escolar

Ana lam / Ana Evaristo

CONTEÚDO DE UMA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS ……………….. 3

Ana lam / Ana Evaristo 2

CONTEÚDO DE UMA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

Manual de Primeiros Socorros;

Ana lam / Ana Evaristo 3

PRINCÍPIOS A RESPEITAR NO SOCORRISMO

1º – PREVENIR – Acções antecipatórias, realizadas para

No caso de existirem múltiplas vítimas o socorrista deverá ser

Ana lam / Ana Evaristo 4

Antes de prestar qualquer cuidado à vítima, o socorrista

Avaliação da Função Ventilatória

No caso da vítima se encontrar no nível de consciência quatro (não

- VER – Os movimentos do tórax e abdómen;

Ana lam / Ana Evaristo 5

Avaliação da Função Circulatória

1 – Frequência (batimentos minuto);

POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA

Se a vítima se encontrar no nível de consciência quatro (não

Suporte Básico de Vida

Técnica de compressão torácica

As insuflações só deveram ser efectuados através da utilização de

Ana lam / Ana Evaristo 7

INALAÇÃO E INGESTÃO DE CORPOS ESTRANHOS

Tosse seca ou persistente;

Tranquilizar a vítima e tentar descobrir o que foi ingerido;

OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA

Com obstrução parcial:

Com obstrução total:

Ana lam / Ana Evaristo 8

Se a vítima está a perder as forças, ou parar de respirar ou de

Se as palmadas não libertarem a obstrução:

Ana lam / Ana Evaristo 9

→ Deitar a vítima sobre um cobertor para a proteger do frio do

NOTA: - Não deixar a vítima fumar, comer, beber ou mover-se

Ana lam / Ana Evaristo 10

Desligar sempre o quadro eléctrico;

• Se não for possível desligar o quadro eléctrico:

Actuação junto da vítima:

Se a vítima estiver inconsciente:

Se ventila – Colocá-la em P.L.S. (Posição Lateral de

Ana lam / Ana Evaristo 11

• Ao transportar a vítima para terra mantenha a cabeça mais

Suporte Básico de Vida em Vítimas de Afogamento

O S.B.V. em caso de vítima afogada deve ser sempre inicia-

Hemorragia Nasal – Epistaxis

• Diga à vítima para se sentar com a cabeça direita, no alinha-

• Não deixe a vítima falar, engolir, tossir, cuspir ou fungar, pois

• Após dez minutos, dizer à vítima para retirar a pressão. Se ain-

• Aconselhar a vítima a descansar algumas horas. Dizer que evite

• Se a hemorragia parar e depois recomeçar, diga à vítima para

Ana lam / Ana Evaristo 14

→ Coloca-la numa posição confortável e perguntar-lhe o que pro-

Para que possa ir actuando correctamente enquanto espera por

Ana lam / Ana Evaristo 15

A ventilar – colocar em P.L.S.

Em paragem cardio-respiratória – iniciar S.B.V., atenção as situa-

→ Aconselhar a vitima a deitar-se e a descansar, ajudando-a se

Ana lam / Ana Evaristo 16

Manter a calma e tranquilizar a vítima;

Instalar a vítima em posição confortável;

Instalar a vítima em posição confortável;

Instalar a vítima em posição confortável;

Distender o músculo afectado para forçar o seu relaxa

Não modificar a posição;