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Este documento analisa o poema "Soneto científico a fingir" de Ana Luísa Amaral. Resume que o poema explora o conceito de arte poética subjacente ao poema ao refletir sobre o seu próprio conteúdo em vez da forma. Identifica a ironia, interrogação retórica e linguagem coloquial como marcas de coloquialidade no poema. Explica que o título refere-se ao diálogo entre tradição e exploração do amor e ciência, criando uma nova arte que não segue regras estritas
Este documento analisa o poema "Soneto científico a fingir" de Ana Luísa Amaral. Resume que o poema explora o conceito de arte poética subjacente ao poema ao refletir sobre o seu próprio conteúdo em vez da forma. Identifica a ironia, interrogação retórica e linguagem coloquial como marcas de coloquialidade no poema. Explica que o título refere-se ao diálogo entre tradição e exploração do amor e ciência, criando uma nova arte que não segue regras estritas
Este documento analisa o poema "Soneto científico a fingir" de Ana Luísa Amaral. Resume que o poema explora o conceito de arte poética subjacente ao poema ao refletir sobre o seu próprio conteúdo em vez da forma. Identifica a ironia, interrogação retórica e linguagem coloquial como marcas de coloquialidade no poema. Explica que o título refere-se ao diálogo entre tradição e exploração do amor e ciência, criando uma nova arte que não segue regras estritas
Análise do poema Soneto científico a fingir de Ana Luísa Amaral
1- Explicar o conceito de “arte poética” subjacente ao poema:
O conceito de arte poética consiste no produto artístico e no espaço de reflexão do poeta sobre o próprio poema. Neste sentido, ao longo desta composição, o “eu” enunciador revela-se preocupado e atento com o conteúdo do seu poema e não com a sua forma (“Só não vejo vantagens pela rima/ E se é soneto coxo, não faz mal/ E se não tem tercetos, paciência:”) Assim, ao contrário dos poetas clássicos, o sujeito enunciador trabalha a sua imaginação de forma a escrever um poema significante e instrutor daí que o título deste ensaio lírico seja “Soneto científico a fingir”.
2- Identificar três marcas de coloquialidade presentes no poema:
As marcas de coloquialidade subjacentes a grande parte das obras estudadas relacionam-se com os critérios que os seus autores utilizam para lhes atribuir um maior dinamismo, musicalidade e proximidade aos leitores. Desta forma, e neste poema o sujeito enunciador recorre a interrogação retórica (“Que me interessa que seja por soneto/ em vez de verso ou linha devastada? / O soneto é antigo?”, vv.5-7) e à exclamação (“Isso é ciência!”, v.20). Por outro lado, utiliza uma linguagem popular, frequentemente, usada em situações informais, quando falamos de uma maneira mais rápida, espontânea e descontraída “paciência”, v.18. Concluindo, explora o recurso expressivo ironia no verso parentético “([esta rimou, mas foi só por acaso])” como forma de demostrar a sua aversão ao clássico. 3- Explicar o título do poema, relacionando-o com o conteúdo das estrofes que o compõem: O sujeito enunciador estabelece o diálogo da tradição com exploração do tema do amor e ciência, acabando por criar a sua própria arte, que não segue regras estreitas. Neste sentido, o "Soneto científico a fingir" apresenta marcas da herança clássica no título, referindo o soneto, mas, após a sua leitura, percebe-se a alternância entre o clássico e o moderno. Nomeadamente, a ausência do uso de rimas e a utilização de dois quartetos e dois tercetos. O “eu” enunciador cria uma espécie de enlace entre a escrita clássica, que não usa, e o que demonstra ser verdadeiramente importante na escrita, nomeadamente, os sentimentos que expressa, enquanto mulher. Neste sentido, apesar de enunciar todas as regras que deve seguir um soneto, limita-se a escrever expressando-se sem regras concretas.
4- Identificar dois recursos expressivos e comentar o seu efeito
estético: São vários os recursos expressivos aos quais, ao longo deste poema, o sujeito poético recorre. Por um lado, verificamos a utilização da ironia no verso parentético, introduzido na terceira estrofe, que consiste no desabafo do “eu”, no registo informal (marca de coloquialidade) e que realça a construção tradicional de um soneto. Por outro lado, usa a anáfora no décimo sétimos e décimo oitavo verso com o intuito de reforçar a ideia de que se o soneto não respeitar o número de estrofes clássico, ou mesmo a rima, não tem problema, uma vez que a importância é o conteúdo e não a forma. Concluindo, aplica a interrogação retórica como forma de apelar a reflexão dos leitores sobre relevância da matéria sobre a qual escreve em detrimento da estrutura do poema.