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A certificação de manuais escolares

Desidério Murcho

Há vários anos que argumento contra a certificação de manuais escolares.1Agora que


esta nova realidade está prestes a ser aplicada, vale a pena revisitar este tema.

O argumento mais importante contra a certificação de manuais é que se trata, pura e


simplesmente, de censura. Numa cultura fortemente influenciada pelo centralismo
salazarista, contudo, este argumento não é muito convincente. Mas deve ser repetido. A
certificação de manuais é censura. É censura porque impede pela calada a publicação de
um livro que nunca verá a luz do dia caso não seja certificado. Efectivamente, o
processo de certificação é tal que os manuais serão censurados antes de serem
publicamente conhecidos. Este processo significa também que é publicamente
impossível avaliar a certificação. Caso um manual A seja certificado e seja bastante
pior, ou em tudo semelhante, a um manual B que não receba certificação, os autores do
manual B nada poderão fazer porque o seu manual nunca será publicado — e portanto o
público não poderá comparar os dois manuais.

Note-se que seria muitíssimo diferente o Ministério da Educação propor um sistema de


certificação que incidisse sobre os manuais escolares depois de publicados. A
certificação nesse caso poderia não ser censura se os professores tivessem a
possibilidade de escolher manuais não certificados. A certificação serviria apenas como
uma sugestão de qualidade emanada pelo Ministério da Educação — com a qual os
professores poderiam discordar, adoptando manuais não certificados.2 Mas não é disso
que se trata. A certificação entretanto aprovada em lei é censura porque não é um selo
de garantia público, atribuído a alguns produtos disponíveis no mercado; é antes uma
maneira de impedir que alguns manuais cheguem a ver a luz do dia.

Não vou, contudo, insistir no argumento da liberdade de produção de manuais, pela


razão apontada. Sempre que se fala nisto tenho a sensação que Portugal é um país de
censores, cada qual imaginando-se de tesoura em punho a eliminar o trabalho dos
colegas de quem não gosta particularmente. É esta a mentalidade que Deus nos deu: não
se critica o trabalho dos pares, em público e de igual para igual, quando todos têm o
mesmo poder; mas toda a gente adora censurar o trabalho dos colegas, de cima para
baixo, e secretamente, quando quem censura tem mais poder do que os outros. Enfim. A
alma salazarista está entranhada na cultura portuguesa.

Talvez o argumento matemático seja mais persuasivo para quem não dá grande
importância à liberdade. O argumento matemático é muito simples. Imagine-se que
temos uma linha de montagem de automóveis, da qual saem vinte automóveis por dia.
Ao verificar que muitos dos automóveis saem sem qualquer qualidade, alguém decide
colocar um controle de qualidade no fim da linha de montagem. Será que tal coisa pode
funcionar?

Só poderá funcionar se dos vinte automóveis produzidos todos os dias a esmagadora


maioria — dezoito, digamos, ou dezassete — forem de qualidade. Nesse caso, os dois
ou três automóveis defeituosos podem ser eliminados. Contudo, se dos vinte automóveis
dez for completamente falho de qualidade, será uma loucura introduzir um controle de
qualidade nesta fase: tal controlo terá de ser feito muito antes. Matematicamente, é
quase impossível que uma fábrica tão má que em cada vinte automóveis produz dez
muito maus consiga, quase no final do processo de produção, detectar os automóveis
defeituosos para os eliminar. A probabilidade de se conseguir eliminar todos os
automóveis com defeito é inversamente proporcional ao número de automóveis
defeituosos. Quantos mais automóveis tiverem defeitos, mais automóveis com defeitos
irão escapar às malhas do controlo de qualidade. E pior do que ter no mercado
automóveis defeituosos é ter no mercado automóveis defeituosos com um selo de (falsa)
qualidade.

A situação é análoga à certificação de manuais escolares. Quem defende a certificação


afirma que os manuais são, quase todos, muito maus. Não tenho dados para saber se isso
é verdade; só conheço os manuais do 10.º e do 11.º ano de filosofia — e esses são
efectivamente quase todos muito maus: em vinte manuais, aproveitam-se talvez uns
cinco, se não formos muito exigentes em termos de qualidade.3 Se o mesmo acontece
noutras disciplinas e noutros ciclos do ensino (e não há razões para pensar que não
acontece), então a certificação de manuais está fadada a falhar. E esta é uma certeza
matemática.

É improvável que, dos vinte manuais de uma dada disciplina, só os cinco ou seis que
realmente têm qualidade sejam certificados. Mas se só cinco ou seis têm realmente
qualidade, isto significa que serão certificados manuais com erros científicos e
didácticos gritantes. E pior do que ter maus manuais no mercado é ter maus manuais
certificados.

Tal como na analogia da fábrica de automóveis, o problema da certificação é ser um


mero filtro. Certificar manuais não é reescrever manuais, nem dar formação aos seus
autores para que escrevem manuais bons; certificar manuais não é eliminar os erros
científicos e didácticos dos Programas aprovados pelo Ministério da Educação; nem é
publicar livros e artigos que ajudem professores e autores de manuais a fazer um
trabalho melhor. Certificar manuais não é nada disto; é apenas um filtro para excluir a
falta de qualidade. O que significa que só funciona quando a qualidade ultrapassa em
muito a sua ausência. Mas isto é precisamente o que não acontece, como os próprios
defensores da certificação aceitam. Logo, a sua posição é matematicamente incoerente.
Se tivermos uma fábrica com um índice elevadíssimo de produtos defeituosos quase no
final da cadeia de produção, o que fazemos? Pomos um filtro quase no fim dessa cadeia,
para deitar fora o lixo? Claro que não. O que temos de fazer é ir ao princípio da cadeia
de produção, detectar a origem causal da falta de qualidade e resolvê-la aí. Só então fará
sentido ter um controle de qualidade quase no fim da cadeia de produção. Ora, no caso
dos manuais, esse controlo de qualidade já existe: são as escolhas dos professores. Se os
professores escolhem mal é porque a maior parte dos manuais que lhes chegam são
maus e muito parecidos uns aos outros; porque os Programas que os manuais têm de
seguir são maus; porque os professores não têm formação científica suficiente para
detectar os erros óbvios nos manuais; e porque nem têm tempo para analisar
correctamente os manuais, dado que têm de o fazer num par de semanas. Não é possível
resolver o problema da falta de qualidade de manuais escolares sem ter em conta estes
factores. Alguns destes factores são a origem causal da falta de qualidade dos manuais.

Dada a situação grave do ensino, em grande parte motivada por Programas maus, a
certificação de manuais corre o risco de se tornar mais um instrumento de poder de um
Ministério da Educação que há anos está apostado em destruir os conteúdos cognitivos
centrais dos Programas. A Matemática não é para ensinar matemática, a História não é
para ensinar história, a Filosofia não é para ensinar filosofia e nem a nova disciplina
fantasiosamente chamada Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) serve para
ensinar tecnologias de informação e comunicação, mas antes para formar para a
"cidadania".4 Desde há vários anos que os técnicos do Ministério da Educação se têm
dedicado a esvaziar os conteúdos cognitivos centrais do ensino, substituindo-os por
fantasias, brincadeiras, formação para a cidadania — tudo e mais alguma coisa, menos
os conteúdos centrais das disciplinas centrais. Assim, é muito provável que um bom
manual possa ser afastado por não cumprir o Programa — apesar de não o cumprir
precisamente porque os autores não querem incluir no manual tolices sem sentido,
concentrando-se antes nos conteúdos científicos que os técnicos do Ministério da
Educação excluíram dos Programas.

Vejamos um exemplo. Há uns anos houve um grande escândalo na imprensa porque um


manual de Português da Porto Editora incluía as regras do concurso televisivo Big
Brother.5 Os comentadores protestaram publicamente, acusando o editor e os autores do
manual. Mas a acusação era totalmente deslocada. Os autores incluíam as regras desse
concurso em particular por uma boa razão: era o concurso que os estudantes melhor
conheciam. E incluíam regras de um concurso televisivo porque é isso que o Programa
da disciplina exige. Assim, o que estava errado não era o manual, mas sim o Programa
nacional de Português, que contempla regras de concursos televisivos, quase eliminando
a literatura — supostamente, porque isso não interessa às crianças e adolescentes.

Com a certificação de manuais, a situação torna-se muitíssimo mais grave. Suponha-se


que um autor de manuais de Português, competente e responsável, decide não incluir
tolices que estão previstas no Programa, como os concursos televisivos. Não inclui tal
coisa por considerar que o espaço dedicado a tal disparate será melhor aproveitado
estudando gramática ou literatura. E esse autor faz um dos melhores manuais do
mercado — um manual informado, rigoroso, cientificamente correcto e didacticamente
adequado. Escusado será dizer que esse manual corre um sério risco de não ser
certificado, e portanto de nunca ver a luz do dia. E o certificador tem até um bom
argumento: o manual não cumpre rigorosamente o Programa. Claro que o autor tem um
argumento ainda melhor para não cumprir rigorosamente o Programa: é que cumpri-lo
obriga a não cumprir rigorosamente os conteúdos tradicionais da disciplina, privando
assim os estudantes do seu direito fundamental ao ensino de qualidade. Mas os
argumentos do autor serão irrelevantes porque o manual não chegará sequer a ver a luz
do dia. Logo, a certificação de manuais irá impedir o aparecimento de manuais de
Português com mais qualidade, que privilegiem os conteúdos disciplinares centrais e
não as fantasias que os técnicos do Ministério da Educação privilegiam.

Ora, esta situação não acontece apenas na disciplina de Português. Em quase todas as
disciplinas acontece o mesmo: quem quiser fazer um manual de qualidade tem de
subverter os Programas, porque os Programas subvertem, por sua vez, as disciplinas em
causa. Se sem certificação havia poucos manuais com qualidade, redigidos por pessoas
que amam as disciplinas e o conhecimento, e que querem transmitir conteúdos sólidos e
centrais às crianças e adolescentes, com certificação a existência de tais manuais será
reduzida a quase zero. O que teremos serão fantasias sem conteúdos, com muitos
bonecos, que seguem religiosamente os maus Programas das disciplinas, cheios portanto
de idiotices sem qualquer dignidade escolar,6 porque o Ministério da Educação não quer
que os professores ensinem conteúdos centrais: quer que eduquem para a cidadania, que
ocupem os tempos livres dos meninos, que os levem a passear — tudo, menos ensinar
seriamente matemática, história ou português.

O erro dos defensores da certificação é o erro de toda a mentalidade centralista: pensa-


se que uma comissão perfeita, bem-intencionada, conhecedora e imparcial poderá
introduzir a qualidade onde ela não havia antes. O erro é não perceber que a qualidade
ou surge organicamente, por força de vários factores, na origem das coisas, ou não pode
ser imposta por decreto nem por comissões de sábios, no fim de todo um processo que
se desenvolve no tempo. Na situação de pauperização do ensino e da cultura portuguesa,
se acaso houvesse tais sábios em número suficiente, para censurar os manuais dos
outros, seria desavisado que não fossem eles a escrever bons manuais — se não forem
eles a escrevê-los, quem o fará? Quem defende a certificação de manuais parece pensar
que no país não faltam pessoas altamente qualificadas em matemática, física, história,
português ou filosofia, conhecedoras dos Programas e da realidade do ensino secundário
e básico. Mas se houvesse tais pessoas, por que razão não estariam elas a escrever
manuais de qualidade? Não seria muito melhor para o país que escrevessem manuais de
alta qualidade, em vez de censurar os manuais dos colegas, vendo-se obrigados a
certificar manuais sofríveis porque não aparecem manuais verdadeiramente excelentes
para certificação?

O que está aqui em causa é a síndrome portuguesa do treinador especializado de


bancada. É saudável que se discuta publicamente diferentes aspectos da vida de um
país, e as pessoas que não conhecem a área, excepto como consumidores, devem poder
pronunciar-se. Por exemplo, eu devo poder pronunciar-me publicamente sobre o traçado
das auto-estradas, apesar de não ser engenheiro especializado na área. O estranho é
haver profissionais de uma dada área que se assumem também como treinadores de
bancada — são os treinadores especializados de bancada. Se um professor de química
acha que o ensino da química é muito mau e que os manuais dos colegas são muito
maus, não tem o direito de andar a dizer isso publicamente se ele próprio não for autor
de manuais. Ser professor de química e dizer mal do ensino da química não é como ser
químico e dizer mal do traçado das auto-estradas. Não seria de esperar, e seria
desastroso, que os professores de química decidissem o traçado das auto-estradas. Mas
se os professores de química que protestam contra a falta de qualidade dos manuais não
escrevem bons manuais de química, quem os escreverá? Não serão com certeza os
engenheiros de auto-estradas que poderão escrevê-los bem. Mostrem-me alguém da área
X que diz mal de X e nada faz para melhorar X — e eu sei que estou perante um
hipócrita. Afinal, até dá estilo dizer que X está muito mal, muito mal, mas nada fazer
excepto ir buscar o ordenado certo ao fim do mês e beber uns copos no bar da esquina o
resto do tempo.

Acresce que num país particularmente dado à corrupção, conceber uma certificação de
manuais que seja isenta, cientificamente informada e didacticamente sensata é pedir a
Lua. Isso nunca acontecerá. Haverá muito dinheiro a circular, compadrios, decisões
baseadas em boatos e ódios pessoais, incompetência e irresponsabilidade. Não adianta
defender a certificação argumentando que se defende um modelo isento, imparcial,
cientificamente rigoroso, didacticamente cuidado. Com o mesmo tipo de argumento
poderíamos dizer que não vale a pena ter Polícia: num mundo maravilhoso em que não
há pessoas dispostas a roubar e a matar, não precisamos de Polícia. Só que o mundo não
é assim. Quando concebemos uma medida administrativa, é irrelevante argumentar que
a medida seria perfeita se o mundo fosse perfeito, pois tal medida não será aplicada
nesse mundo platónico, mas sim no mundo real — térreo, imperfeito, feio e sujo.

Em conclusão, a certificação de manuais é uma má ideia:

1. É inaceitável num estado democrático, porque é censura.


2. Não produz os efeitos esperados, porque não ataca as causas da falta de
qualidade dos manuais.
3. Terá tendência para colocar no mercado maus manuais muito semelhantes entre
si, que seguem religiosamente maus Programas disciplinares, porque será
demasiado arriscado tentar fazer manuais diferentes.
4. Excluirá do mercado os melhores manuais, que forçosamente tentarão subverter
Programas que subvertem as disciplinas, transformando-as em variações
românticas do jogo do pau.
5. E dará ao censores a sensação, tão tranquilizadora quanto falsa, de que estão a
dar a contribuição que têm o dever de dar em prol do ensino de qualidade, em
vez de se dedicarem a escrever bons manuais.

Numa palavra, não há aspectos positivos na certificação de manuais e há aspectos


negativos muito graves. A certificação de manuais é apenas uma ilusória solução fácil
para um problema que é demasiado complexo para poder ser resolvido com medidas
automáticas, fáceis e centralistas. E é uma ideia hipócrita. Quando se tornar evidente
que a certificação não só não produziu resultados positivos como produziu resultados
negativos, os seus defensores dirão que o problema foi o modo como se fez a
certificação, e não a ideia de certificação em si. Pois claro; e se as pessoas fossem todas
boazinhas, a Polícia podia dedicar-se aos bordados de Arraiolos em vez de andar a
perder tempo a tentar prevenir o crime.

Desidério Murcho

Notas
1. Cf. "Liberdade, Excelência e Manuais Escolares" , "Mais ou Menos "Margem de
Manobra"?" e "A Qualidade dos Manuais Escolares".
2. Esta foi a contraproposta do próprio Conselho Nacional de Educação, que se
opôs ao modelo de certificação entretanto aprovado, sugerindo uma alternativa
democrática, que não envolvesse censura prévia de manuais. Cf. "Conselho
Nacional de Educação Critica Proposta de Avaliação Prévia dos Manuais
Escolares", in Público (7 de Janeiro de 2006).
3. Veja-se uma análise dos vários manuais de filosofia disponíveis no mercado
para o 10.º e 11.º anos na publicação Filosofia e Educação: "Manuais Escolares:
10.º ano" e "Manuais Escolares: 11.º ano". Ao contrário do que os autores
afirmam, o facto de serem eles mesmos co-autores de um dos manuais não os
coloca em má posição para avaliar manuais; pelo contrário, coloca-os em melhor
posição, pois sabem bem quão difícil é fazer um bom manual, conhecem os
Programas e as bibliografias. Este é o tipo de avaliação voluntária do trabalho
dos colegas que faz falta na cultura portuguesa, e que infelizmente é vista com
maus olhos.
4. Veja-se o "Programa de Matemática Aplicada às Ciências Sociais", onde se pode
ler preto no branco o seguinte:

Mais do que pretender que os estudantes dominem questões técnicas e de


pormenor, pretende-se que os estudantes tenham experiências matemáticas
significativas que lhes permitam saber apreciar devidamente a importância das
abordagens matemáticas nas suas futuras actividades. Assim, este programa
admite diferentes níveis de aprofundamento das diversas rubricas (podendo
mesmo ficar-se por uma simples referência) desde que tal se traduza em
vantagem para o trabalho dos estudantes de modo a garantir que tenham
experiências matemáticas significativas. Ao definir o currículo de uma disciplina
desta índole, também se tem em vista propósitos de Educação para a cidadania e
o papel importante assumido pela Escola, para esse fim.

Portanto, o Programa de Matemática aplicada às ciências sociais não tem por


objectivo ensinar matemática aplicada às ciências sociais, mas sim "cidadania" e
"experiências matemáticas significativas". Não se pense que este é um exemplo
isolado, um problema apenas do Programa desta disciplina. Até em disciplinas
tão obviamente de aplicação técnica como as referidas TICse declara preto no
branco que "A disciplina de TIC não deverá em caso algum ser entendida como
uma disciplina de informática", pretendo-se ao invés, uma vez mais, educar para
a cidadania e promover a coesão social.

5. Cf. o artigo referido na nota 1, "A Qualidade dos Manuais Escolares".


6. Faustino Vaz manifestou igualmente oposição à certificação ministerial de
manuais precisamente por esta razão. Cf. o seu artigo "O Estado Actual do
Ensino". Paulo Ruas, no entanto, defende a certificação no artigo "O Parecer da
SPF Sobre a Certificação Prévia de Manuais Escolares", reagindo contra
o Parecer do CEF-SPF. Curiosamente, o artigo de Paulo Ruas não enfrenta os
argumentos centrais apresentados no Parecer do CEF-SPF. Paulo Ruas
pressupõe erradamente que nas comissões de avaliação estariam pessoas
imparciais, conhecedoras e inteligentes como ele; mas a probabilidade de tal
coisa acontecer é quase nula (basta ver os Programas do Ministério da
Educação); mesmo que tal acontecesse, teriam de certificar maus manuais que
cumprem religiosamente maus Programas; e mesmo que um ou outro dos
censores seja competente e imparcial, isso significa que lhe acontecerá o que
aconteceu a Richard Feynman — cf. o seu artigo "Uma Comissão de Avaliação
de Manuais".

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