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RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS
TERMOFOTOSONOELETRICOS
VENDA PROIBIDA
Bibliografia
Bisschop, G. d. (2001). Eletrofisioterapia. São Paulo: Santos.
Cameron, M. H. (2012). Physical Agents in Rehabilitation: From Research to Practice.
United States of America: Saunders.
Kahn, J. (2001). Princípios e Prática de Eletroterapia (4a ed.). São Paulo: Santos.
Nelson, R. M. (2013). Eletroterapia Clínica (3a ed.). São Paulo: Manole.
Salgado, A. S. (2013). Eletrofisioterapia e Eletroacupuntura. São Paulo: Andreoli.
Starkey, C. (2017). Recursos Terapêuticos em Fisioterapia (4a ed.). São Paulo: Manole.
INTRODUÇÃO
O uso de calor, frio, luz e estimulação elétrica com recursos termofotosonoeletricos têm
sido umas das habilidades chave da fisioterapia, com uma longa história na prática clínica
desde seu princípio mais remoto.
Conceitos:
TERMOTERAPIA
• é uma modalidade terapêutica que se utiliza da aplicação de agentes térmicos ao
corpo resultando no aumento da temperatura dos tecidos corporais com fins
terapêuticos.
FOTOTERAPIA
• é uma modalidade terapêutica baseado em banhos de luz empregada no tratamento
de várias patologias
ELETROTERAPIA:
• é uma modalidade terapêutica que se utiliza de energia elétrica no tratamento de
problemas de saúde. O termo também pode ser aplicado como o uso da corrente
elétrica para acelerar a reabilitação de lesões.
CONTEXTO HISTÓRICO
Scribonius Largus documentou que o adormecimento era gradual e que persistia mesmo
após o contato com o peixe ter sido interrompido. A ele é atribuído o primeiro protocolo de
eletroterapia: “para cada tipo de gota se deve colocar um peixe torpedo sob o pé”.
Com tudo, apesar de todos os relatos históricos, o termo, em se, eletricidade está ligado a
Tales de Mileto que realizou experimentos com barras de âmbar (no grego elékitron), uma
espécie de rezina, que quando atritada contra pele de um animal adquiria a propriedade de
atrair pequenos corpos.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
MATÉRIA
• É tudo ao seu redor.
• Os átomos e moléculas são todos compostos de matéria.
• Matéria é tudo que tem massa e ocupa espaço.
• A matéria está relacionada com luz e radiação eletromagnética.
O ÁTOMO
• Prótons são partículas de um átomo tem uma carga
positiva. Eles estão no meio do átomo, ou seja, no núcleo e
não se movem.
• Nêutron são partículas de um átomo não têm carga. Ele faz
parte do núcleo de um átomo como os prótons.
• Elétrons são partículas de um átomo que orbitam o núcleo, ou
seja, os elétrons não fazem parte do núcleo do átomo, em vez
disso, se movem ao redor do núcleo
ELETRICIDADE
• É o fenômeno físico associado com a presença do fluxo de carga elétrica.
CORRENTE ELÉCTRICA
• É o movimento coordenado das partículas eletricamente carregadas, tipicamente
medido em amperes (A).
– Condições para uma corrente eléctrica
Diferença de potencial;
Via condutora;
Fonte produtora.
– A intensidade de uma corrente eléctrica
É o fluxo de elétrons que atravessa um condutor em um espaço de tempo.
A unidade de medida para a um carga elétrica é o Coulomb (C) e a de tempo é
o segundo (s) => Q = C/s
Podemos medir a quantidade média de elétrons que passam pelo fio, assim a
intensidade média da corrente elétrica “I” num condutor em um intervalo de
tempo Δt, é definido como: I = Q/Δt => Amperes (A)
Etapas da Cicatrização
FASE DE REMODELAÇÃO – ocorre do 21O dia ao 60 ou 90º dia. Balanço entre novo
colágeno e a “quebra” do velho colágeno.
CAPITULO I – TERMOTERAPIA
TERMOTERAPIA
O calor é uma das formas mais antigas de terapia já usada, mas sua evolução foi
lenta ou até mesmo insignificante, pois esteve sempre em mão de curandeiros ou leigos no
assunto.
Temperatura do organismo
Foi usado durante muito tempo corrente elétrica na ordem de 300.000 c/s (ciclos por
segundos) com um comprimento de ondas de 1.000 m. Esta técnica era chamada de
diatermia. Como esta técnica não era muito satisfatória, pois conseguia aquecer apenas
tecidos de maior resistência como tecidos adiposos, ossos, etc. E não estruturas como
músculos, vísceras, etc.
Por este motivo foi modificado a técnica tendendo sempre a aumentar a freqüência e
diminuir conseqüentemente o comprimento de ondas.
Espectro Eletromagnético
ELETRODOS:
As placas devem ser envoltas por toalhas a fim de se deixar uma distância de 2,54
cm da pele do paciente.Se forem ser colocadas no mesmo lado do corpo, deve-se posiciona-
las o mais distante possível.
Para que fiquem estabilizados na posição pode-se utilizar sacos de areia ou velcros
para sustentá-los.
As placas podem ser colocadas das seguintes formas:
FREQUÊNCIA
Baixas frequências são utilizadas nos casos mais agudos e dolorosos respeitando as
fases Inflamatórias e Reparação tecidual.
TEMPO DE APLICAÇÃO
Depende também da área a ser tratada e do estado patológico
POTÊNCIA MÉDIA
Potência de pico do pulso X % ciclos de Diatermia de ondas curtas.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Ao serem aplicadas intensidades moderadas, o tratamento pode ter duração de 20 a
30 minutos e repetidos se necessário, durante duas semanas.
APARELHO
6 10
2 45
1. Chave de ligar / desligar
2. Indicador de operação Led
1 3. Controle de intensidade "INTENSIDADE" e
11 "RESET LOCK"
9 8
3 7 4. Tecla de reinicialização do temporizador
5. Chave de seleção do tempo de tratamento
6. Tecla de seleção de modos contínuos / pulsados
7. Indicador de modo de pulso ativado
8. Ativo Indicador de modo contínuo Led
9. Modo de pulso Seleção de frequência Tecla
10. Indicador de sintonia
11. Controle de sintonia
PRECAUÇÕES
Não deixar os cabos encostarem um no outro porque isso pode criar um curto-
circuito.
A pele deve estar coberta pelo menos por 1,27 cm de toalhas.
Não permitir contato direto da pele com a unidade de aquecimento. Isso poderá
causar queimaduras graves.
Grande quantidade de tecido adiposo pode provocar superaquecimento da pele.
Ficar atento ao superaquecimento pois os sinais não são imediatos.
Sensação dolorosa profunda pode ser um sinal de superaquecimento dos tecidos.
Para segurança do operador deve-se manter uma distância de 91,4 cm da fonte
de energia porque a energia eletromagnética irradia por 60, 9 a 91, 4cm em
diatermia de modo contínuo e 60,9 cm de uma fonte de diatermia pulsada.
INDICAÇÕES
Inflamação da articulação, visto que deve ser feito com cuidadp pois o
aquecimento profundo pode causar destruição do colágeno da articulação.
Áreas grandes que não podem ser aquecidas eficientemente por outros métodos.
Fibrostie
Miosite
Condições inflamatórias subagudas e crônicas de camadas de tecidos profundos.
Osteoartrite
CONTRA INDICAÇÕES
Áreas isquêmicas
Doença vascular periférica;
Implantes de metal: o metal absorve e concentra a energia, podendo causar
queimaduras
Perspiração e roupas úmidas;
Tendência a hemorragia, inclusive menstruação
Câncer
Febre
Perda ou alteração sensorial
Marcapassos cardíacos;
Gravidez
Placas epifisárias em crianás
Órgãos genitais
Locais de infecção
DIU implantado
Olhos e rosto
PARA PENSAR:
1) Forma contínua ou Pulsada?
2) Colocação dos eletrodos?
3) Frequência?
4) Tempo de aplicação?
5) Potência média?
QUESTÕES:
a) Tipo de Ondas Curtas?
b) Frequência?
c) Colocação dos Eletrodos?
d) Tempo de Aplicação?
ESTUDO DE CASO:
3. Lesão de tornozelo- com lesão ligamentar talofibular anterior e calcâneo fibular, sem
gesso, edema em face lateral de tornozelo, 3 dias pós lesão.
– Ondas curtas pulsátil devido ao estágio inicial da fase de inflamação.
– Freqüência baixa devido ás transformações celulares iniciais.
– Transregional ou transversal. Devido á lesão Ter sido ligamentar , mais superficial.
– Tempo de aplicação de 7 minutos no início e assim sucessivamente.
4. Paciente com L.E.R./ DORT membro superior D + trapézio superior , com dores
constantes.
– Ondas curtas pulsátil com baixa frequência enquanto houver estágio de dor,
aumentando a frequência á medida que houver redução da dor, paciente deverá sentir
um calor suave e depois tolerável e agradável.
– Longitudinal saindo do trapézio superior D e outra placa na palma da mão com o
punho em posição neutra.Esta colocação de eletrodo consegue dissipar calor e energia
eletromagnética por todo o membro superior lesado.
– Tempo de aplicação de 15 minutos.
5. Paciente com entorse de joelho 10 dias sem imobilização, edema de fundo de saco,
lesão do ligamento colateral medial.
– Ondas curtas pulsátil devido á estar do 10º dia pós lesão.
– Nesta etapa sabemos que as células necessitam de aumento da carga térmica onde
utilizaremos uma frequência média onde o paciente referirá calor, mas tolerável e sem
exageros para não aumentar o quadro inflamatório, o importante será o efeito
eletromagnético e não o valor térmico somente.
– Transregional / transversal pois se trata de uma lesão de um ligamento de fácil acesso,
mas com o joelho em semi-flexão de + ou – 20 graus para abrir o fundo de saco
sinovial com um rolo sob o joelho.
– Tempo de aplicação de 15 minutos.
OBSERVAÇÕES:
Não utilizar calor em excesso, não permitindo por exemplo que o paciente diga ao
Fisioterapeuta para que diminua a temperatura do ondas curtas pois sabemos que
todo excesso de temperatura leva informações ao hipotálamo que naturalmente
controlará através do primeiro momento uma vasodilatação + com estimulação das
glândulas sudoríparas que poderá trazer o resfriamento evaporativo.
Diante de contratura que já apresentam uma diminuição da porção vascular e
aumento do tônus, se utilizarmos um calor controlado e agradável verifica-se
diminuição desta contratura caso contrário podendo ocorrer reação contrária.
São utilizados ondas curtas em todos as lesões periféricas. Por experiências clínicas
verifica-se que o uso de correntes elétricas são a preferência para as patologias da
coluna vertebral.
Não utilizamos ondas curtas sobre a coluna vertebral pois existe uma controvérsia nas
pesquisas. Vários países reconhecidos no campo da eletrotermoterapia preferem não
permitir, que enquanto não haja comprovação científica, as aplicações sobre áreas
simpáticas e viscerais.
CONCLUSÃO
Baixas frequências: indicado na fase aguda- 0-0,5 Hz;
Médias Freqüências: indicado Fase Sub-aguda- 70- 150Hz;
Altas Freqüências: Indicado Fase Crônica- 150- 300Hz + contínuo.
Situações de Baixa atividade celular – Baixas frequências.
EFEITO TÉRMICO
Sendo assim, este aparelho não é ideal para aplicação nos músculos, tanto devido a sua
baixa absorção, quanto ao fato de que a maioria são grandes e os transdutores pequenos
fazendo com que o calor seja dissipado pela difusão térmica e pelo fluxo sanguíneo local.
TRATAMENTO DE ÚLCERAS
Há muita controvérsia quanto ao tratamento de úlceras com o US, entretendo os
melhores resultados de estudos foram através da utilização de modo pulsado 20%, 0,8-1
W/cm2, 3MHz de frequência por 5 a 10 minutos. Sua aplicação pode ser feita com gel no
tecido intacto circunjacente, diretamente cobrindo com material adequado ou de modo
aquático.
FONOFORESE
TIPOS DE ULTRASSOM
Contínuo ou pulsátil.
Frequências entre 1MHZ e 3 MHZ.
Aplicação total máximo de 15 minutos
Mínimo de 1 minuto por cm2
Aplicação de pequenas áreas não ultrapassar de 75 á 100 cm
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS
Casos de câncer;
Caso de gravidez (no abdomen, lombar ou pelve);
SNC;
Olhos;
Marcapasso;
Tromboflebite;
Órgãos genitais;
PRECAUÇÕES
Inflamação aguda (altas intensidades);
Implantes mamários (calor pode causar pressão e levar a ruptura)
Disco epifisário (altas intensidades)
Fratura (altas intensidades)
APLICAÇÃO
-Ciclo
100% (contínuo): quando o objetivo for aumento da temperatura do tecido;
20% ou menos: quando somente os efeitos não térmicos são desejados;
-Intensidade
Se o objetivo for aumento da temperatura o paciente deve sentir 2 a 3 minutos
depois do início da aplicação: 1MHz = 1,5 – 1 W/cm2
3 MHz = 0,5w/cm2
Se o objetivo for efeito não térmico:
0,5 a 1 W/cm2 SATP (0,1 a 0,2 W/cm SATA)
0,15 W/cm2 SATP (0,03 W/cm2 SATA)
Sendo suficiente para facilitar a reparação do osso.
DURAÇÃO
Para a maioria das aplicações térmicas e não térmicas, o ultrassom deve ser
utilizado por 5 a 10 minutos para cada área de tratamento que é duas vezes a ERA do
transdutor.
Deve-se aumentar o tempo de aplicação quando são utilizadas baixas intensidades
ou frequências, quando a área é maior que duas vezes a ERA do transdutor, ou quando altas
temperaturas são desejadas. A duração do tratamento deve diminuir se acontecer o
contrário.
Na reparação de fraturas, tratamentos de duração longa como 15 a 20 minutos são
aconselhados.
PARA PENSAR:
Utilizado em:
Baixas intensidades e modo pulsátil
Pequenas áreas
Atuação direta sobre as fibras nervosas aferentes e relaxamento do sistema
ortossimpático
Uso no momento adequado da lesão
Iniciamos o tratamento desde a fase inflamatória.
Encurtamento do tecido Atraso da reparação tecidual
Lesões mole
Dor Inflamação prolongada
Efeitos do ultrassom Térmico Não térmico
Ciclo 100% 20%
Profundidade do problema 1-2cm/5cm 1-2cm/5cm
Frequência 3MHz /1MHz 3MHz / 1MHz
Intensidade 0,5W/cm2 1,5-2W/cm2 0,5-1,00 W/cm2
Duração 5-10 min/ 2X ERA
APARELHO
1- Chave liga / desliga.
2- LED indicador da condição
“equipamento ligado”.
3- Teclas de controle BACK e NEXT.
4- Teclas de controle SET+ e SET-.
5- VISOR de cristal líquido alfanumérico.
6- Tecla de controle START/STOP.
7- Teclas de controle de intensidade do
ultra-som UP/DOWN.
8- Tecla de controle PROGRAM.
MICRO-ONDAS
APARELHO
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Seus efeitos fisiológicos são semelhantes às ondas curtas:
Analgesia
Hiperemia
Anti-inflamatório
Aumento da condução nervosa
Diminuição da acidez
Diminuição do espasmo muscular
Vasodilatação
Diminuição da sudorese
Redução da excitabilidade dos nervos
APLICAÇÃO
O emissor de antena deve ser direcionado à área a ser tratada, sendo que áreas
menores se usa menor distância.
A distância média para a grande maioria das aplicações é de 10 a 20 cm.
CONTRA – INDICAÇÃO
Circulação deficiente
Sensação térmica reduzida
Presença de objeto metálico num raio de 30 cm da área de tratamento
Feridas ou curativos molhados
Olhos
Órgãos genitais
Inflamação aguda
Infecção aguda ou locais contendo líquido sob tensão
Hemorragia recente
Marca-passos cardíacos
Tumores
Gravidez
MICROONDAS FRIO
Pesquisas atuais apontam uma novidade no micro-ondas ainda discutida. Esta
novidade é o micro-ondas de pausa ou pulsátil, que consiste em emissão de radiação
pulsada. São chamadas de micro-ondas frio, pois durante a pausa há a absorção calórica ou
o resfriamento tecidual.
Outros estudos demonstram que se pode aplicar ultra dosagens com poder de
penetração muito maiores (intrarticulares, ligamentos, etc) com efeitos superiores à os
outros métodos, inclusive o Ondas Curtas pulsátil). Não há formação de ponto quente,
mesmo com sua grande penetração. A técnica é a mesma do micro-ondas convencional, só
que a intensidade é de 2 a 5 vezes maior que o normal.
O uso do micro-ondas sobre implantes metálicos é perfeitamente possível, pois o
metal não absorve radiação, não se aquece e, portanto, não traz nenhum risco ao paciente.
Formação do ponto quente, ou seja, o encontro da emissão com a reflexão sobre o metal é
compensado pelo distanciamento do emissor sem risco aos tecidos próximos, tornando esta
terapia única e segura para estes casos determinados.
A não absorção pelo tecido gorduroso tornou-se melhor opção de aquecimento
muscular quando se tem uma manta adiposa extensa à qual não deve nem ser aquecida.
CONCLUSÃO
Conclui-se através destes dados que o tratamento terapêutico por micro-ondas trás
ótimos resultados graças ao seu poder de seletividade, situado no espectro eletromagnético
entre as ondas curtas e o infravermelho, com uma frequência de 2.450 MHz e 12,5 cm de
comprimento, possui características técnicas ideais para terapêutica. É importante ressaltar,
portanto, que o micro-ondas não emite calor, ele gera calor por ação física interna do
próprio tecido, portanto gera maior temperatura em tecidos mais hidratados. A produção
das micro-ondas se deve a uma válvula chamada magnetron que mistura a indutância da
bobina com a capacitância do capacitor. Estudos comparativos o indicam superior às ondas
curtas na maioria dos aspectos citados, sendo também superior na maioria dos resultados.
Entretanto, nos Estados Unidos sua disponibilidade é limitada em decorrência da
radiação apresentar um alto risco inerente, porque tende a sofrer reflexão e espalhar-se pelo
ambiente vizinho associado a um alto grau de abortos entre terapeutas do sexo feminino
que operam regularmente estes aparelhos. Sendo assim é importante uma cuidadosa atenção
às medidas de segurança tanto com o paciente quanto como terapeuta e teremos um método
simples e eficiente de aquecimento de músculos e articulações superficiais.
MANTA TÉRMICA
Existem vários tamanhos (30x39cm, ou 0,70 x 1,40m) e modelos de Mantas
Térmicas, o importante que tenha um termostato (IMPORTANTE), isso oferece para
paciente e para o terapeuta segurança. A temperatura de uma Manta pode várias entre 40 a
80 °C.
PRECAUÇÕES E ORIENTAÇÕES:
- Nunca deixe a Manta ligada e dobrada, pois o revestimento plástico pode fundirse
provocando um superaquecimento;
COMPRESSAS QUENTES
Existem várias de aplicar as compressas quentes:
Toalhas Úmidas
Bolsas de água quente
Bolsas de gel
APLICAÇÃO:
Vai depender do objetivo da aplicação dos agentes térmicos
Da área a ser tratada:
Exemplos:
– Tratamento Corporal – Manta térmica
– Tratamento Corporal – Compressa Quente
– Tratamento Facial – Manta Térmica
VAPORIZADORES DE OZÔNIO
É um aparelho elétrico que permite uma projeção do vapor da água com adução de ozônio.
INDICAÇÃO:
Limpeza de pele:
Hidratação
CONTRA- INDICAÇÕES:
Perda de Sensibilidade
Alergia
HIPOTERMOTERAPIA
A crioterapia é a "terapia com frio" a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo
que resulte em remoção do calor corporal, diminuindo, assim a temperatura dos tecidos.
COMPRESSAS FRIAS:
As compressas frias podem ser aplicadas no corpo por meio de quatro técnicas:
Bolsas plásticas com gelo Moído:
– Evitar que a bolsa fique muito cheia de gelo, pois ela deve ser moldada no corpo.
– A área da lesão deve ser toda coberta (1 bolsa de gelo ou mais). Fixar com a ajuda
de uma faixa elástica
Bolsas reutilizáveis de gel frio:
Unidade de terapia de frio compressivo (TFC)
Compressões frias químicas (frio é produzido por uma reação química).
BANDAGEM FRIA:
A bandagem fria consiste na aplicação de um gel, cuja base substâncias que promovem o
resfriamento dos tecidos superficiais, seguidos ou não da colocação da faixa de algodão ou
crepe embebidos em soluções. O enfaixamento proporciona uma melhor qualidade no
resfriamento e mantém a área resfriada por um período maior.
CUIDADOS ESPECIAIS:
Não enfaixar a área lesada
Não se deve cobrir a área tratada.
Não se deve tomar banho até três horas após a aplicação.
CONTRAINDICAÇÕES:
CAPÍTULO 2 – ELETROTERAPIA
A MIOSINA
A molécula de miosina é formada por seis cadeias polipeptídicas - duas pesadas e
quatro leves. As duas cadeias pesadas enrolam-se de modo espiralado para formar uma
dupla hélice. Uma das extremidades dessa hélice dobra-se para formar uma massa protéica
globular a que chamamos cabeça de miosina, a outra extremidade, alongada, chamamos de
cauda. As quatro cadeias leves, fazem parte da cabeça, juntando-se duas a cada cabeça.
Cada filamento grosso é formado por cerca de 200 moléculas individuais de
miosina, as caudas das moléculas de miosina prendem-se entre si para formar o corpo do
filamento ficando as cabeças pendentes para fora e para o lado. A parte da porção helicoidal
de cada molécula, que se estende para fora e para o lado, forma um braço que afasta a
cabeça do corpo, além disto, para que a estrutura se possa movimentar durante a contração,
formam-se dobradiças que vão permitir essa mobilidade.
O tratamento químico da molécula de miosina com a enzima tripsina proteolítica
divide a molécula em dois fragmentos - meromiosina pesada e meromiosina leve. A
primeira delas forma a porção da molécula de miosina a que chamamos de ligação cruzada
ou ponte cruzada, que tem duas propriedades biológicas importantes: abriga a ATPase
utilizada para a hidrólise do ATP e apresenta uma atração pelos sítios ativos da molécula de
actina. A meromiosina leve é a porção da miosina que forma o corpo do filamento.
A ACTINA
O filamento de actina é composto por três constituintes protéicos: a actina, a
tropomiosina e a troponina (ver figura 3). O arcabouço do filamento de actina é uma
molécula da proteína actina-F com dois filamentos formando uma hélice (como na
O PROCESSO CONTRÁTIL
Os sítios ativos, no filamento normal de actina no músculo relaxado, estão inibidos
ou recobertos pelo complexo troponina - tropomiosina, logo, estes sítios não podem fixar os
filamentos de miosina para a contração. Então, antes que a contração possa ocorrer, o efeito
deste complexo deve ser inibido. Quem promove esta inibição são os íons cálcio, que são
liberados das cisternas do retículo sarcoplasmático quando o potencial de ação penetra na
fibra via túbulos transversos, que vão reagir com a troponina C e induzem o complexo
troponina - tropomiosina a se movimentar para fora e a abrir os sítios ativos da actina,
permitindo a interação destes com as pontes cruzadas da miosina e a continuação do
processo contrátil
Esse processo ocorre em 5 fases:
FASE 5 - Essa troca faz com que as pontes cruzadas mudem a sua angulação
relativamente ao eixo central da miosina e os filamentos de actina são
empurrados ou puxados ao longo dos filamentos de miosina. Nesta fase há a
liberação do ADP+Pi da cabeça de miosina, todavia a interação de ACTINA-
MIOSINA é altamente estável e é ainda um complexo rígido.
SISTEMA AERÓBICO
UNIDADES MOTORAS
Sherrington foi o primeiro a reconhecer que a contração muscular é induzida pela
excitação dos motoneurônios, que emergem da medula espinhal, e usou o termo “unidade
motora” para definir a unidade funcional básica do músculo esquelético, sendo esta
constituída pelo motoneurônio e pelas fibras musculares que inerva.
As fibras musculares de uma unidade motora pertencem ao mesmo tipo, o que põe
em evidência a função das mesmas, na expressão dos tipos de fibra e nas suas
características de contração, ou seja, as fibras inervadas por uma unidade motora possuem
propriedades bioquímicas, físicas, ultraestruturais e contrateis similares, o que nos mostra a
importância do motoneurônio ao controlar todos estes parâmetros. Isto pode ser confirmado
quando se faz a inervação cruzada, que consiste na denervação de um músculo rápido e de
um músculo lento e na renervação inversa, levando a que as propriedades bioquímicas,
histoquímicas e fisiológicas sejam totalmente transformadas.
Os músculos pequenos que reagem rapidamente (onde o controle deve ser bastante
preciso), têm unidades motoras com poucas fibras musculares como por exemplo os
músculos laríngeos - 2 a 3 fibras. Os grandes, que não precisam de controle tão exato,
(como o quadríceps femoral), podem ter unidades motoras com várias centenas de fibras
musculares. Um valor médio para todos os músculos do corpo pode ser de, cerca de 100
fibras musculares, em cada unidade motora.
As fibras musculares de uma unidade motora não ficam todas agrupadas no músculo, mas,
pelo contrário, ficam dispersas por todo o músculo em microfeixes de 3 a 15 fibras, o que
leva à intercalação de microfeixes de diversas unidades motoras. Esta interdigitação
permite que unidades motoras distintas se contraiam, apoiando-se umas às outras, não de
forma total, como se fossem segmentos isolados, fazendo com que não seja possível ativar
somente fibras musculares de contração lenta sem ativar também algumas fibras de
contração rápida.
Um outro ponto importante é que durante as contrações voluntárias as unidades
motoras são recrutadas de maneira assincrônica, isto é, as unidades motoras não são todas
ativadas no mesmo instante de tempo.
FORÇA MÁXIMA
A expressão de força máxima de um músculo requer mais do que o recrutamento de
todas as unidades motoras. Quando o sistema nervoso central recruta uma unidade motora,
ele pode solicitá-la com diferentes frequências de disparo. A frequência de disparo, taxa de
disparo ou rate coding, refere-se ao número de impulsos nervosos (excitações) por segundo,
que as fibras musculares de uma unidade motora recebem do seu motoneurônio. As
unidades motoras disparam com taxas entre 10 e 60 impulsos por segundo, quanto maior o
nível de excitações dos motoneurônios pelo sistema nervoso, maiores as taxas de disparo
(frequência) das unidades motoras e consequentemente a força de contração muscular.
Quando essa freqüência atinge um nível crítico, as contrações sucessivas são tão rápidas
que se fundem entre si, e a contração aparece como uniforme e contínua, a que chamamos
de tetanização. Com frequências ainda mais elevadas, a força da contração atinge seu
máximo, de modo que, qualquer aumento adicional na frequência, não produzirá qualquer
aumento na força contrátil, como é mostrado no gráfico da figura 8, o aumento na tensão
máxima foi quase nulo a partir dos 50 Hz.
A partir destas descrições pode-se ver que as fibras musculares rápidas são
adaptadas para contrações musculares muito rápidas e fortes, como as que ocorrem, por
exemplo, nas corridas curtas. As fibras lentas são adaptadas para a atividade muscular
prolongada e contínua, como a de sustentação do corpo contra a gravidade e atividades
desportivas de longa duração como, por exemplo, a maratona.
Já se sabe, há várias décadas, que os atletas de top em esportes que requerem alta
velocidade ou uma resistência muito grande, têm uma composição de tipos de fibras muito
diferente nos seus músculos.
A figura 4 ilustra este fato com as amostras do músculo vasto lateral de um nadador, cuja
especialidade são os sprints de 50 metros crawl (figura 9 a e c), e de um ciclista de estrada,
profissional de classe mundial (figura 9 b e d). O nadador tem cerca de 80% de fibras do
tipo II, enquanto que o ciclista, tem cerca de 80% de fibras do tipo I.
Segundo Billeter e Hoppeler (1992), a pergunta que ainda está em debate é: até que ponto
estes extremos, de composição de tipos de fibras, são geneticamente pré-determinados ou
causados pelo treinamento duro e intenso destes atletas? Na opinião deles, ambos têm
importância.
motoras mais lentas (do tipo S) utilizadas para pequenos esforços, sendo gradualmente
recrutadas as mais rápidas (do tipo FR ou FF) quando há a necessidade de maiores níveis de
produção de força. Durante a eletroestimulação, o recrutamento ocorre de forma inversa, as
fibras do tipo II são as primeiras a serem recrutadas, sendo isto documentado nos músculos
de diferentes funções e composições, isto porque o estímulo elétrico é aplicado
externamente à terminação nervosa e as células “grandes” com resistência de “input”
axonal baixa, serem mais excitáveis. Além disto, as unidades motoras de condução rápida,
mais fatigáveis e maiores, necessitam de menores intensidades de estimulação, o que pode
explicar a capacidade de a eletroestimulação produzir fortalecimento muscular com níveis
menores que aqueles requeridos durante a contração voluntária.
A razão pela qual as unidades motoras rápidas são recrutadas em primeiro lugar, é
por elas serem inervadas por axônios com baixa resistência à estimulação (com grande
diâmetro) e além disto, as fibras preferencialmente ativadas serem as mais superficiais que
são, predominantemente, de contração rápida. Neste contexto “quanto maior o axônio,
menor a ativação necessária para produzir força” (inverso do que ocorre com o exercício
voluntário) e além disto “a anatomia ajuda a esta inversão, porque as unidades motoras
maiores estão localizadas mais superficialmente no músculo, e por isso ficam mais perto do
eletrodo”. Como resumo deste seu trabalho, este autor afirma que a ordem de ativação das
unidades motoras, depende do diâmetro do axônio e da distância eletrodo-axônio.
Sendo assim a eletroestimulação ativa as fibras na sua terminação nervosa motora
ou perto dela e a corrente aplicada externamente pega a trilha de menor resistência, o que
vem de encontro com as conclusões de Enoka (1988), que afirmou que a eletroestimulação
excita os ramos nervosos intramusculares e não as fibras musculares diretamente, isto
porque, o limiar de excitabilidade dos axônios é significativamente inferior ao da
membrana da fibra muscular, para estimularmos a fibra muscular, necessitaríamos de um
estímulo bastante mais forte, já tinha demonstrado com os seus experimentos, nos músculos
da coxa, em pacientes curarizados (curare - substância que impede a passagem do impulso
nervoso do axônio para o músculo, competindo com a acetilcolina e tomando o seu lugar),
nos quais não conseguiu promover a contração mesmo quando a intensidade de corrente foi
aumentada a níveis maiores do que aqueles necessários para promover a contração antes da
curarização, isto provou, que a eletroestimulação não ativa diretamente o músculo, mas
sim, as ramificações das terminações nervosas dentro do músculo, isto é, a excitação dos
nervos periféricos.
A ELETROESTIMULAÇÃO NO PÓS-OPERATÓRIO
Após cirurgia de joelho devido à presença do reflexo de inibição (o derrame intra-
articular do joelho e as irritações da cápsula articular, estimulam os mecanorreceptores
intracapsulares os quais reagem à pressão e à dilatação provocando a inibição reflexa dos
músculos extensores - quadríceps, a recuperação do controle muscular e a performance dos
exercícios de fortalecimento, são difíceis de realizar devido ao edema, dor e à diminuição
da atividade dos receptores articulares que influenciam a ativação das unidades motoras
para a musculatura da articulação e interferem na capacidade do paciente contrair a
musculatura circunvizinha, o que impede a execução dos exercícios reabilitativos, e as
recuperações do controle muscular, da força e da amplitude de movimento, por isso, na fase
inicial do processo reabilitativo, a eletroestimulação é mais efetiva do que o exercício
voluntário, visto que vai ativar, como já referimos, diretamente os nervos periféricos e vai
também prevenir os desajustes enzimáticos (por ex. diminuição na atividade da SDH -
enzima que marca o potencial oxidativo do músculo, que ocorrem principalmente em
mulheres, devido à cirurgia que leva a um aumento dos glucocorticoides e a um estado
catabólico com um certo grau de perda muscular.
Esta estimulação deve durar no mínimo três semanas pois durante este período o
aumento de força verificado deve-se fundamentalmente a alterações neurais isto porque a
atividade elétrica do músculo decresce dramaticamente, podendo atingir níveis em que os
pacientes são incapazes de contrair a musculatura afetada mesmo em pequenos graus de
contração. Por não existirem alterações na placa motora, supõe-se que estes músculos
recebem menos comandos dos motoneurônios. Os objetivos da eletroestimulação são ajudar
a ultrapassar o reflexo de inibição que está presente devido à dor, derrame, imobilidade e
distensão da cápsula articular. Além do já salientado, nos estágios iniciais do treinamento
de força, o recrutamento mais efetivo das unidades motoras e o aumento na taxa de disparo
delas, são os maiores responsáveis pelo ganho de força.
INTENSIDADE DE CORRENTE
No que respeita à intensidade de corrente que devemos utilizar, partindo do
princípio de que quanto maior a sobrecarga mais efetivo o treinamento e a tolerância varia
de sujeito para sujeito, devemos utilizar a intensidade máxima tolerada pelo indivíduo.
Além disto, com o decorrer do treinamento, a tolerância do indivíduo aumenta, logo, não
podemos fixar um valor para a intensidade.
FORÇA MÁXIMA
- Coordenação intramuscular
DINÂMICO
- Superfície de corte
RÁPIDO 1 a 5 seg. 85 a 100
muscular
CONCÊNTRICO 6 a 12 seg. 70 a 85
FORÇA RÁPIDA
10 a 15 seg. 30 a 60
FORÇA DE RESISTÊNCIA
20 a 60 seg. 30 a 50
DINÂMICO
FORÇA MÁXIMA
LENTO
- Superfície de corte
CONCÊNTRICO 8 A 12 seg. 50 a 70
muscular
E 10 a 30 seg. 30 a 50
FORÇA DE RESISTÊNCIA
EXCÊNTRICO
ELETRODOS
Os eletrodos devem ser colocados nos pontos motores pois é o ponto onde a
impedância é menor, isto é, onde a resistência à passagem da corrente é menor. O ponto
motor é o local onde o nervo entra no músculo e é caracterizado por uma alta condutância
elétrica e uma baixa resistência cutânea, geralmente situando-se na porção média do
músculo.
Além disto são nestes pontos onde a estimulação é mais confortável, e capacitamos
o indivíduo para suportar maiores intensidades de corrente.
A colocação do eletrodo negativo ou positivo neste ponto, parece não ter grande
influência pois existe bastante literatura abordando este tema e é muito controversa o que
nos leva a pensar que este parâmetro não seja influente. No entanto, por uma questão de
metodologia devemos colocar sempre o mesmo eletrodo no ponto motor. Pessoalmente
coloco o eletrodo negativo no ponto motor do músculo que vou estimular.
No que diz respeito ao tamanho dos eletrodos estes devem ser proporcionais ao músculo
que estimulamos.
CONTRAINDICAÇÕES:
Fraturas recentes;
Flebite;
Marcapasso de demanda (os modelos novos podem sugerir um cuidado maior ao
invés de uma proibição);
Vista superior- colocação dos eletrodos para melhor aproveitamento deste grupo muscular
– vasto medial e lateral, podendo ser utilizado de maneira simultânea durante a contração
e /ou alternada.
– Vista lateral mostrando calço sob o joelho para melhor drenagem do fundo de saco
sinovial bem como abertura da interlinha articular.
Podemos fechas a cadeia em estados pós-operatórios imediatos colocando estímulo sob o
calcâneo e solicitando ao paciente para contrair seu grupo extensor de joelho empurrando
contra a mão do Fisioterapeuta- Utilizará a cadeia em série anterior que são os extensorees
dos dedos e dorsiflexores + extensores de joelho.
Eletroestimulação em co-contração- Utilizamos aqui eletrodos sobre o grupo quadríceps e
sobre os isquiotibiais em cadeia fechada com flexão de joelho à 60 graus. Este
procedimento é muito utilizado em pós-operatórios de lesão do ligamento Cruzado anterior
do joelho onde não há riscos para o neo-ligamento.Pedimos auxiliado pela corrente elétrica
a contração isométrica do quadríceps + isquiotibiais.
Eletroestimulação dos músculos flexores plantares – Tríceps sural- associado à resistência
dos elásticos.
Podemos realizar este procedimento na posição ortostática ou sentado com os joelhos em
extensão.
Eletroestimulação dos músculos lombares na posição decúbito lateral com os joelhos
fletidos e travesseiro entre os membros inferiores.
Notar que colocamos dois eletrodos maiores longitudinalmente aos músculos lombares e
mais dois eletrodos acima e abaixo destes.
Esta colocação é utilizada para fortalecimento eletro- induzido e também para
revascularização.
Para a região lombar esta colocação serve também para analgesia.
Eletroestimulação dos músculos lombares com o paciente sobre a bola realizando trabalho
proprioceptivo, pois estes músculos são trabalhados sob desequilíbrio.
Eletroestimulação dos músculos lombares com paciente sobre a bola realizando trabalho
proprioceptivo com maior dificuldade com as mãos cruzadas atrás da cabeça.
Eletroestimulação dos músculos adutores da escápula na posição sentada associada à
contração voluntária.
ELETROANALGESIA
A dor é uma sensação iniciada nos receptores do sistema nervoso sendo transmitida
por nervos periféricos aferentes até ao cérebro, para aí ser processada uma resposta a esse
estímulo doloroso.
As fibras nervosas são, geralmente, classificadas em duas classes: uma geral que
inclui as fibras sensoriais, as motoras e as do sistema autonômico e a outra classificação,
que mais nos interessa neste capítulo, somente das fibras nervosas sensoriais.
Na classificação geral as fibras são divididas nos tipos A e C, sendo as do tipo A
subdivididas em alfa, beta, gama e delta. As fibras do tipo A são típicas dos nervos
espinhais; as do tipo C são de pequeno diâmetro, não mielinizadas que conduzem impulsos
com baixa velocidade.
Na classificação das fibras nervosas sensoriais, estas dividem-se em cinco grupos:
Então, existem dois tipos de fibras nervosas aferentes que transmitem a informação
dolorosa, as do grupo III e as do grupo IV. Estes dois tipos de fibras são de pequeno
diâmetro e têm um alto limiar de excitação quando comparadas com as do grupo II.
Bond, 1984 e Charman, 1989; elaboraram uma linguagem para melhor compreendermos as
duas principais vias de nocicepção que são: o tracto espinotalâmico lateral
(neospinotalâmico) e o sistema ascendente multisináptico (paleospinotalâmico). O tracto
espinotalâmico lateral contém os neurônios de segunda ordem do grupo III (fibras do tipo A
delta) e aqueles que transportam a primeira dor, de condução rápida com relativamente
poucas colaterais (como vai no cordão espinhal, não tem muitas sinapses com outras
estruturas neurais). O sistema ascendente multisináptico, é difuso com muitas colaterais
para o cérebro, ele transporta os neurônios de segunda ordem do grupo IV (fibras do tipo C)
consequentemente de condução lenta, o que faz com que a localização da dor seja
imprecisa referindo-se apenas á área corporal mais ampla que está afetada.
Diversas áreas cerebrais possuem receptores opiáceos, especialmente as áreas do
sistema de analgesia. Das substâncias opiáceas encontradas, as mais importantes são: a
beta-endorfina, a dinorfina, a metencefalina e a leucencefalina. As duas encefalinas são
encontradas nas áreas do sistema de analgesia (a encefalina é liberada pelas fibras que
terminam no núcleo magno rafe e causa a inibição pré-sináptica nas junções medulares das
fibras de dor do tipo C e A delta. Assim, o sistema de analgesia é capaz de bloquear os
sinais dolorosos em seus pontos de entrada na medula espinhal) enquanto que a beta-
endorfina se pode encontrar tanto no hipotálamo como na hipófise.
A título de curiosidade, a dinorfina que é encontrada no sistema nervoso em
quantidades muito reduzidas, é um analgésico cerca de 200 vezes mais potente do que a
morfina.
Estas são substâncias endógenas que bloqueiam a atividade das fibras A delta e C,
há inúmeros trabalhos científicos que concluem que a inibição da dor mediada por estas
substâncias é possível conseguir quando utilizamos TENS de baixa freqüência.
QUANTO A DURAÇÃO:
Dor rápida (ou em pontada, ou agulhada) ocorre 0,1seg. após a aplicação do
estímulo doloroso, não ocorrendo na maior parte dos tecidos corporais
profundos, pois ela é sentida quando, por exemplo, espetamos uma agulha ou
cortamos a pele com uma lâmina. Ela é transportada pelas fibras dolorosas do
tipo A delta, com velocidades entre 6 e 30 m/seg. e com um limiar de ativação
alto podendo levar a um sofrimento prolongado e insuportável. Geralmente este
tipo de dor é causada pela estimulação dos nociceptores mecânicos e térmicos e
é conduzida pelo tracto neospinotalâmico.
Dor lenta (em queimação, ou latejante, ou crónica) começa 1 ou mais
segundos após a aplicação do estímulo doloroso, aumentando lentamente por
muitos segundos ou às vezes minutos. Está associada à destruição tecidual.
Pode ocorrer na pele ou em qualquer tecido ou órgão profundo, é transmitida
por fibras nervosas do tipo C, com velocidades entre 0,2 e 2 m/seg. com um
limiar de ativação alto. É devida à estimulação dos três tipos de nociceptores:
mecânicos, térmicos e químicos e é conduzida pelo tracto paleospinotalâmico.
QUANTO A ORIGEM:
Dor tegumentar cutânea Dor superficial ou profunda.
Dor visceral Difícil de ser localizada.
Dor referida Dor profunda que se projeta à distancia seguindo uma
distribuição metamérica.
CONTROLE DA DOR:
VIAS DE ANALGESIA
Nos anos 60, Melzack e Wall deram a conhecer o seu trabalho da Teoria das
Comportas segundo a qual a entrada dos impulsos dolorosos no sistema nervoso central
seria regulada por neurônios e circuitos nervosos existentes na substância gelatinosa nas
colunas posteriores da medula espinhal, que funcionaria como um portão, permitindo, ou
não, a entrada de impulsos dolorosos. Este mecanismo seria controlado por fibras
descendentes supra-espinhais e pelos próprios impulsos nervosos que penetram pelas fibras
das raízes dorsais. Esta teoria é o conceito básico de que a super estimulação das fibras de
grande diâmetro (do grupo II), por exemplo, com correntes elétricas podem reduzir a
percepção da dor que resulta da atividade das fibras de pequeno diâmetro (dos grupos III e
IV) já que sua velocidade de transmissão é consideravelmente menor e estar em menor
quantidade.
A seleção das fibras do grupo II é possível graças às descobertas da engenharia
industrial de que estas reagem melhor a formas de pulso que não são sentidas como
contínuas e geralmente contém várias fases positivas e negativas enquanto que as fibras do
grupo III e IV reagem melhor às formas de pulso contínuas ou sentidas como tal, como é o
caso da frequência de 100 Hz que por ser tão alta é sentida como contínua.Com base neste
fato surgiram as chamadas “técnicas de estimulação transcutânea”, usadas com sucesso
para o tratamento de dor.
Além da teoria das comportas há pesquisas com TENS quanto ao aumento produção
de endorfinas em casos de dor, sendo que a estimulação não precisa ser necessariamente
dolorosa. Geralmente recomenda-se o uso de baixas frequências (1, 4Hz) em casos
crônicos, ou seja, nos quais o suprimento de endorfina disponível foi diminuindo ao longo
do tempo.
Frequências ainda menores podem ser utilizadas (como 1, 2 Hz) associadas a altas
intensidades produzindo estimulação muscular juntamente com produção de endorfinas.
Entretanto, poucos aparelhos oferecem esta opção.
AS CORRENTES ELÉTRICAS
A corrente elétrica consiste no fluxo de elétrons através da matéria, visto que haja
uma diferença de potencial entre as extremidades das vias condutoras, onde o pólo negativo
é chamado cátodo e o positivo ânodo. A medida de intensidade da corrente é denominada
ampère, que corresponde ao movimento de 6,24x1018 elétrons por segundo. Na
eletroterapia é mais comum a utilização do termo miliampère (mA).
Para se obter uma corrente de 1 A é necessária uma pressão elétrica através de uma
resistência de 1 V. Assim, o watt (W) é o que se denomina potência elétrica, que é a medida
da corrente (A) X a força eletromotriz (V).
Para que o sinal elétrico possa ser detectado pelos sentidos, o transdutor realiza a
transformação da energia (som, luz, movimento) em uma corrente elétrica.
Desta descrição podemos dizer que a corrente ideal para a estimulação analgésica é
a pulsada pois o nervo tem o período refratário em que não reage a estímulos.
FORMA DA ONDA:
A forma de onda de uma corrente refere-se ao que vimos no gráfico amplitude /
tempo.
Na corrente monofásica a corrente flui numa só direção (unidirecional) em que um
eletrodo atua como cátodo (negativo) e o outro como ânodo (positivo).
Os pulsos elétricos podem se apresentar de diversas formas:
Na corrente bifásica a corrente flui em ambas as direções, assim, cada eletrodo atua
como cátodo durante uma parte da onda, que tem dois componentes (ou fases), um positivo
e outro negativo o que representa uma mudança no fluxo da corrente, esta é a forma de
onda mais freqüentemente encontrada nos aparelhos de TENS.
A forma de onda é chamada de bifásica simétrica se a porção da primeira fase for
exatamente igual á segunda fase, mas na direção oposta. Ao contrário, a onda bifásica
assimétrica, tem também duas fases, mas a forma de cada uma das fases é diferente e em
direções opostas, ou seja, a duração e a magnitude da corrente não é igual nas duas
direções.
A corrente ideal deve ter uma média nula, isto é, a quantidade de cargas na fase
positiva deve ser igual na fase negativa (ou a área da fase positiva deve ser igual à da fase
negativa), isto para reduzir os riscos de irritação da pele e de queimadura que pode
acontecer devido ao acúmulo de íons num dos eletrodos como ocorre nas correntes que não
são bifásicas.
produzindo uma resposta associada de acordo com as suas características, seja ela sensitiva,
motora ou dolorosa. A curva I / T é um indicador do limiar necessário para causar a
despolarização de um determinado tipo de fibra nervosa.
Da curva I/t
TIPOS DE TENS
O uso da eletricidade como modalidade terapêutica já é descrita nas catacumbas do
Egito antigo (2500 anos A.C.) com o uso do peixe malapterurus electricus (uma espécie de
peixe gato) para o tratamento da dor. O objetivo primário do TENS (Transcutaneous
Electrical Nerve Stimulation – Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) é o alívio da
dor e define-se como sendo a aplicação de estimulação elétrica na superfície da pele através
de eletrodos cutâneos para estimular as fibras nervosas e obtermos o alívio da dor. Nos
últimos 30 anos devido a uma melhor compreensão dos mecanismos da dor, principalmente
devido à publicação em 1965 do trabalho de Melzack & Wall, e ao desenvolvimento
tecnológico dos aparelhos, este tipo de estimulação tem sido o mais utilizado apresentando
resultados muito bons no alívio dos mais diversos tipos de dor.
Na prática clínica corrente, utilizam-se quatro tipos de TENS e para aplicá-los,
apenas necessitamos de um aparelho em que possamos controlar os parâmetros básicos de
freqüência, duração do pulso e intensidade.
PARÂMETROS
Os modelos atuais, na grande maioria, utilizam formas de pulso bifásicas podendo
ser quadradas, retangulares, sinusóides ou triangulares. Há uma tendência a se igualar as
fases positivas e negativas a fim de que não haja nenhum efeito eletroquímico devido à
polaridade excessiva.
Porém, apesar dos esforços ainda se percebe uma polaridade diferencial entre os
eletrodos, com predomínio principalmente da fase positiva. Assim, se os cabos de eletrodos
apresentarem cores diferentes (vermelho e preto) ou o manual do aparelho recomendar
reverter a colocação dos eletrodos para aumentar a sua efetividade, deve-se considerar a
diferença se polaridade , apesar de compensações e de se afirmar que o componente de
corrente direta seja = 0.
De acordo com a situação do paciente pode-se utilizar uma forma de pulso ideal.
Em pacientes hipersensíveis ou com lesão nervosa associada à patologia dolorosa o pulso
mais adequado são os de forma quadrada ou retangular por apresentarem maior duração e
se assemelharem ao pulso sinusóide que irrita menos a pela.
Frequência
– Em casos agudos, usa-se frequência de pulso altas (80 a 120Hz) pois
oferecem alívio mais imediato. Frequências entre 1 e 20 Hz são mais usadas
em dor crônica, explicado pela liberação de endorfina associado a
estimulação muscular.
Largura de Pulso
– Largura de pulso é o tempo que cada pulso está atuando e varia entre 50 e
400 microssegundos nos aparelhos atuais.
– Em sistemas neuromusculares intactos utiliza-se uma faixa de 100 e 150 s
enquanto que em casos de danos neurológicos são indicadas larguras
maiores (200 a 300 s). Se associado a este estiver presente reação de
degeneração (RD) deve-se utilizar correntes interrompidas diretas
monofásicas para estimular a contração muscular. Porém, a fim de se obter
analgesia, é usado pulso bifásico.
Intensidade
– Recomendamos a utilização de intensidade que possa ser apenas sentida pelo
paciente, ou seja, baixa o suficiente para que se houver alguma redução esta
possa ser sentida imediatamente.
Acomodação
– Normalmente após um tempo de aplicação o paciente pode se acomodar a
estimulação elétrica, tornando-se menos eficaz. Para evitar este fato, há
modulações dos parâmetros de frequência, duração do pulso e amplitude que
podem ser feitas pelo fisioterapeuta ou que podem ser estabelecidas pelo
fabricante.
A intensidade deve ser a máxima tolerada pelo paciente e deve ser utilizada por
curtos períodos de tempo.
Mannheimer & Lampe (1984), recomendam o uso deste tipo de TENS antes de
procedimentos dolorosos, como por exemplo a debridação de feridas,
mobilizações articulares e massagem transversa profunda.
Os TENS que utilizam freqüências baixas (entre 1 e 4 Hz) tem a sua ação mais
prolongada devido à liberação de beta – endorfinas (pela glândula pituitária na
circulação sistêmica) que contribuem para o controle descendente da
nocicepção. Porém, há alguns relatos clínicos de que dentre os tipos de TENS
que fornecem analgesia por longa duração, o modo Breve e Intenso tem menor
vida útil.
OS ELETRODOS
Existem várias controvérsias quanto a colocação ideal dos eletrodos, algumas
sugestões são:
A área dolorosa freqüentemente é a mais escolhida quando se utiliza o TENS
convencional e os eletrodos devem cercar a área.
No nervo periférico que inerva a área cutânea dolorosa
Na raiz nervosa paralelamente à emergência nervosa do dermátomo ou miótomo
afetado (aplicação paravertebral)
Nos “ trigger points”
Nos pontos motores
Nos pontos de acupuntura proximais ou distais ao local da dor;
Transarticulares são efetivas no ombro, joelho, cotovelo, punho e pé.
Bilaterais são efetivas, principalmente em regiões lombares e torácicas;
Contralaterais quando o local da dor não é acessível, devido a amputações,
vestimentas, feridas abertas e gessos.
– Região poplítea;
– Padrão cruzado: paravertebral em l1 e l5, num padrão cruzado, com
circuitos cruzando em l3.
O TENS também pode ser usado após o parto cesariana caso haja dor sobre a
incisão.Os parâmetros são os seguintes:
Os eletrodos são colocados anteriormente, estando um par proximal e outro
distal às extremidades da incisão;
Frequência deve ser alta: 80 a 120 Hz;
Largura de pulso média: 150 s
Ampltude mínima
Tratamento com duração de 1 hora, quatro vezes ao dia.
CORRENTES V.I.F.
A corrente V.I.F. foi criada pelo Fisioterapeuta Francês, Francis Crépon. O conceito
desta corrente obedece aos parâmetros do que vem a ser uma corrente “ótima “ baseada
portanto sobre os pulsos bidirecionais, início brusco, pequena largura de pulso e baixa
frequência.
“Início Brusco “ = Eficácia
Um pulso é mais eficaz quando apresenta forma reta (retangular)
Pequena largura de pulso = conforto
Para uma intensidade dada, quanto maior a largura de pulso maior a percepção
pelo paciente.
Média Nula = Inocuidade
Pelos pulsos bidirecionais de média nula não apresentam efeitos eletrolíticos,
permitindo desta maneira aplicações sem risco de efeitos de queimadura química
dos tecidos.
Baixa frequência e intensidade = efeitos terapêuticos
A eletroestimulação analgésica e excitomotora utiliza unicamente correntes de
baixa frequência (< que 150 Hz) e de muito baixa frequência (< que 10 Hz)
SUGESTÕES DE PROTOCOLOS
CONTRAINDICAÇÕES
Não aplicar as correntes sobre áreas cardíacas e região ântero-lateral do pescoço.
Patologias evolutivas ou agudas:- flebite, tumores ou infecções,epilepsia,
cardiopatias, alterações cognitivas,
Região abdominal na gravidez
Portadores de marcapassos
Zonas de anestesia ou hipoestesia
Lesões cutâneas.
INSTALAÇÃO DO PACIENTE
Paciente deverá ser instalado confortavelmente sem possuir contato com
nenhum tipo de metal.
Introdução á eletroterapia de média frequência
Características das correntes de média frequência :
Sem efeito polar – despolarizada
Cada eletrodo produz os mesmos processos eletrolíticos
Ausência de propriedades galvânicas
Não produzem hiperemia
Endosmose
Variação eletrotônus
Variação da permeabilidade da membrana lipoproteica
Não apresentam riscos dos efeitos eletrolíticos ( cauterização )
Adequadas para tratamentos das camadas mais profundas dos tecidos.
Paciente tolera altas intensidades de corrente
OBSERVAÇÃO:
Todos os estímulos de baixa ou média frequência geram despolarização das fibras
nervosas.
6) Métodos:
TEMPO DE APLICAÇÃO
Média de 15 minutos.
Variando de 5 á 30 minutos .
Para produzir Betaendorfinas (30 á 40 minutos).
INDICAÇÕES:
Tratamento de transtornos causado por dor
Pontos dolorosos
Pontos desencadeantes
Áreas hiperestésicas
Causas possíveis
– Desequilíbrio neurovegetativo, provocando problemas na circulação e
funções orgânicas.
– Problemas pós-traumáticos e pós-operatórios ex: distensões, luxações,
fraturas.
– Problemas reumáticos: artrose, bursites, tendinites, mialgias, artrite.
CONTRAINDICAÇÕES
Febre, tumor, tuberculose;
Sensibilidade região tratada (alterada);
Trombose;
Tendência a sangramento;
Marcapasso;
Implantes metálicos.
IONTOFORESE
Este método é usado há mais de meio século e já era mencionado na
literatura desde os anos 1700 e 1800.
PRECAUÇÕES
Alguns medicamentos exigem prescrição médica.
A dosagem exata liberada no corpo é desconhecida.
Pode aparecer eritema após o tratamento.
Não reutilizar um eletrodo porque a medicação permanece nele, contaminando o
próximo uso.
INDICAÇÕES
Inflamação aguda
Inflamação crônica
Artrite
Miosite ossificante
Síndrome dolorosa miofascial
Veículo para liberação de anestésicos locais, antes de injeção ou outros
procedimentos invasivos menores.
Hiperidrose
CONTRA INDICAÇÕES
História de reações adversas ou de hiprsensibilidade à estimulação elétrica.
Contraindicações à medicação a ser administrada.
Dor ou sintomas de origem desconhecida.
Se o paciente é alérgico a frutos do mar ou teve reação ruim a um pielograma
intravenoso não use iodo
Pacientes com asma reagem desfavoravelmente em relação ao odor do
Mecholyl: café forte e ar fresco ajudam.
Pacientes com úlceras ou gastrite podem reagir mal hidrocortisona, mesmo em
pequenas quantidades.
Pacientes com problemas com aspirina reagem desfavoravelmente ao salicilato.
Pacientes sensíveis a metais podem reagir ao cobre, zinco, magnésio e outros
metais.
RESULTADOS
Frequentemente os objetivos da terapia não são imediatos, porém vários são de ação
rápida.
CAPÍTULO 3 – FOTOTERAPIA
É uma luz Amplificada por Emissão Estimulada de Radiação (light amplification by the
stimulated emission of radiation). Uma onda infravermelho e invisível de comprimento de
onda 904 nm que estimulam fotorreceptores, citocromos que estão presentes em células
mitocondriais e na membrana celular.
Emissão de luz a partir da estimulação da matéria através do fornecimento de energia aos
átomos.
Radiação do LASER depende do material que é estimulado.
Vai determinar o comprimento de onda e sua frequência.
São ondas eletromagnéticas que apresentam características ou propriedades precisas.
Incrementa a fosforilação oxidava mitocondrial e por consequência aumenta a síntese de
ATP necessária para que a bomba NA/K expulse o sódio extra que desequilibram o
potencial da membrana. Com a normalização do potencial ocorre aumento do número de
mitoses causando ação regenerativa favorecendo a revascularização.
Mudança significativa na síntese de DNA-RNA.
ENERGIA LASER
A 904 nm, o laser é fornecido de modo pulsado por causa do calor produzido na
junção dos cristais de diodo.
A taxa na qual a energia laser é produzida é medida em joules por segundo,
consequentemente em watts (1w=1J/s). A maioria dos lasers usados na fisioterapia
possui potência de saída em miliwatts.
Quando a radiação é aplicada em ângulos retos e em contato com a superfície, a
reflexão é mínima, portanto, a penetração é maximizada.
Embora as radiações divirjam de alguma forma no tecido com a distância e
considerável espalhamento, a área tratada deve ainda ser pequena.
DEFINIÇÃO
Amplificação luminosa pela emissão estimulada de laser. Refere-se a produção de um feixe
de radiação que se diferencia da luz comum pelas seguintes características:
Monocromaticidade: possui um comprimento de onda específico único e desta
forma uma frequência definida. É produzida uma única cor.
Coerência: a radiação laser não possui apenas o mesmo comprimento de onda, mas
também a mesma fase, o que quer dizer que os picos e vales dos campos elétrico e
magnético ocorrem todos ao mesmo tempo = coerência temporal. Além do mais
eles tão viajando todos na mesma direção = coerência espacial. A distância na qual
os comprimentos de onda permanecem em fase é chamada extensão de coerência.
Ela varia de menos de um milímetro a centenas de metros.
Colimação: como consequência da coerência espacial os lasers se mantem em um
feixe paralelo. Como a radiação não diverge, a energia é propagada por distâncias
muito longas.
EMISSORES:
Sólidos: neodímio YAG
Com tubo de gás: hélio Neon, CO2, Argônio
Por meio de um diodo: Arseneto de Gálio, Arseneto de Gálio e Alumínio
Os emissores são classificados considerando a sua potência e perigo:
I e II: potência muito baixa, emitem luz vermelha visível
– Ex: leitores de códigos de barras, leitores de CD, impressoras laser
IIIA e IIIB: potência média, geralmente inferior a 50 mW, emitem luz vermelha
visível oi infravermelha invisível. São utilizados na Fisioterapia e conhecidos como
LASER de baixa intensidade.
IV: potência elevada, são utilizados em cirurgias para coagulação ou corte,
tratamento de tumores, eliminação de capas superficiais da pele e cauterizações
pontuais em oftalmologia.
Alta potência
Potencial destrutivo
POWER LASER Realização de cirurgias
LASER de CO2 , Argônio
Comprimento de onda: 10.000 nm
Média potência
Sem poder destrutivo
Regime de emissão pulsado
MID LASER:
LASER de Arseneto de Gálio ( AS-GA)
Comprimento de onda: 904 nm
Invisível
Baixa potência
Sem poder destrutivo
Regime de emissão contínuo
SOFT LASER
LASER de Hélio Neon (HE – NE)
Comprimento de onda: 632 nm
Visível (cor vermelha)
EFEITOS FISIOLÓGICOS:
Estimula microcirculação
Aumenta produção de ATP
Aumenta processo de reparação
Libera endorfina
Aumenta o número de fibroblastos
Aumenta número de fibras colágenas
EFEITOS TERAPÊUTICOS:
Analgésico
Cicatrizante
Anti-inflamatório
Antiedematoso
CONTROLE DE DOR
A ação primária da aplicação do laser para o controle do edema e da inflamação dá-se
mediante a interrupção da formação dos substratos intermediários necessários para a
produção dos mediadores químicos inflamatórios como as quininas, histaminas,
prostaglandinas. Sem estes mediadores químicos, a ruptura do estado homeostático do
corpo é minimizada, e a extensão da dor e do edema é diminuída.
O laser “aperfeiçoa” a permeabilidade da membrana celular, que regula a pressão osmótica-
hidrostática intersticial, o que, desta maneira, permites o fluxo do líquido nos espaços
intracelulares, durante o trauma tecidual.
INDICAÇÕES
Cicatrização das feridas
Redução da dor
Aumento da força de coesão da cicatriz
Diminuição da inflamação
Cicatrização do osso e consolidação de fraturas
PRECAUÇÕES:
Explicar o procedimento
Utilizar óculos de proteção
Limpar a área
Ambiente bem iluminado
Detectar os pontos focais
CONTRA- INDICAÇÕES:
Carcinoma ativo
Lesões com potencial de malignidade
Exposição direta sobre olhos
Sobre abdômen de gestantes
Áreas hemorrágicas
Pacientes hemofílicos
Feriadas abertas infectadas
USO NA FISIOTERAPIA:
Obs: a penetração do LASER é diretamente proporcional ao comprimento de onda
LASER HE-NE:
– 632,8 nm
– Visível (vermelha)
– Emissão Contínua
– Absorção tissular intensa, rápida e de penetração superficial (utilisado em dermato)
– Aplicações: feridas, úlceras e queimaduras
LASER AS - GA:
– 904 nm
– Não visível (infravermelha)
– Emissão pulsada
– Levemente absorvido pela hemoglobina e água
– Penetrações mais profundas
– Aplicações: patologia articular, muscular e tendínea.
LASER AS – GA - AL:
– 780 e 830 nm
– Não Visível (infravermelha)
– Emissão contínua
– Penetrações mais profundas
– Aplicações: patologia articular, muscular e tendínea
TIPOS DE APLICAÇÃO:
Pontual (HeNe e AsGa)
Varredura (HeNe – em lesões dermatológicas para acelerar o processo cicatricial)
TÉCNICA DE APLICAÇÃO:
Incidência da radiação em 90°
Posicionar a caneta antes de ligar o aparelho e desligar o aparelho antes de retirar a
caneta do contato com a pele.
Utilizar óculos protetor
DENSIDADE ENERGÉTICA:
É a relação entre a energia e a área, expressa em Joules/ cm 2, ou seja é a unidade
posológica:
Analgésico 2a4
Anti-inflamatório 1a3
Cicatrizante 3a6
Circulatório 1a3
Aguda 2,5
Cura de feridas 20
TERAPIA COMBINADA
Eletrodiagnóstico
Procedimento terapêutico
Outra vantagem é o ganho de tempo pela associação entre Ultra-som e correntes
elétricas.
MÉTODO
ALODÍNEA
“ Estímulo não doloroso que provoca dor. Baixa intensidade de estímulo que
provoca dor “.
Ex: Neurite do Herpes Zooster.
Outro exemplo é quando dói ao assoprar uma região do corpo, ou quando o tecido
de uma camisa entra em contato com a pele e a pessoa refere dor, dor ao passar levemente a
mão sobre uma dada região do corpo.
NOCICEPÇÃO
Estímulo mecânico, químico ou térmico que há transmissão pelo tipo IIIb e IV
aferentes dos ramos dorsais da medula espinhal pretendendo fornecer informação para o
sistema nervoso sobre a lesão tecidual ou lesão potencial tecidual e ação direta inicial.
Uma das reações clínicas de importância é a sensibilização de terminações nervosas
livres resultando em hiperalgesia (terminações nervosas livres ficam hipersensibilizadas).
Uma inflamação da pele e outro tecido inervado é caracterizado por dor persistente
e hiperalgesia.
Por exemplo: a palpação de um ponto de hiperalgesia – a dor é maior que o normal.
HIPERALGESIA
Diminuição do limiar de sensibilidade dolorosa e aumento da resposta ao estímulo
doloroso.
Existem dois tipos de hiperalgesia:
Hiperalgesia primária
– Local da lesão tecidual histológica (foco histológico)
– Aumento da sensibilidade dolorosa local.
– Alteração da nocicepção
Aumento da sensibilidade pelos efeitos da sensibilização da prostaglandina E e terminações
nervosas livres não mielinizadas e “substância P “nas terminações nervosas livres
periféricas.
Hiperalgesia secundária:
– Origem central
– Triggerpoints / tenderpoint
– Facilitação das raízes dorsais da medula espinhal
Aumento da sensibilidade dolorosa não no local da lesão mas sim á distância.
DOR REFERIDA:
É uma dor projetada em uma estrutura densamente inervada (pele), a distância e
geralmente mais superficial que o órgão de origem pelo estímulo nociceptivo.
Dor espalhada diagnosticada pelo paciente através da mão e não através de um dedo.
Exemplo: Estímulos aferentes somáticos – viscerais cardíacos ( T1 – T5 ) – dor referida em
ombro e membro superior e parte do esterno.
“Existem 4 últimos aspectos da dor clínica ou patológica que não se apresentam em relação
á lesão tecidual ou inflamação “. C.J. Woolf – 1991.
1. Redução do limiar doloroso (Allodynia)
2. Aumento da intensidade da resposta (ex: palpação)
3. Aumento no tempo da resposta á este estímulo transitório provocando dor
persistente.
4. Dor referida, espalhada superficialmente.
FATORES PREDISPONENTES:
– Micro e/ou macrotraumas
– Ações repetidas ex: Uso de óculos bifocais para leitura.
– Stress crônico
– Inflamação/ infecção
– Mecanismos alterados
FATORES PERPETUANTES:
– Deficiência de vitaminas
– Deficiência hormonal
–
– Problemas associados
– Disfunções articulares
Clinicamente devemos encontrar quando palpamos o paciente
3 ítens para que possamos considerar um ponto miofascial:-
1. Dor á palpação
2. Resposta de contração local (Jump response)
3. Dor referida = hiperemia local
CONCLUSÃO:
Fadiga local ou global
Rigidez muscular
Traumatismos
Alteração emocional
Retardo no processo de cura
Se houver distúrbios nervosos haverá também diminuição do estado trófico e haverá lesão
por exemplo em uma articulação.
Na Fisioterapia as observações são feitas através dos mecanismos cognitivos, motores e
sensoriais.
Ex: “pessoas idosas apresentam diminuição do sistema cognitivo, diminuição da
concentração e diminuição dos movimentos, apresentando também diminuição do estímulo
sensorial” (degeneração articular e cartilaginosa).
PROCESSO COGNITIVO:
Refere-se à capacidade do sistema nervoso de armazenar e processar informações do meio
ambiente utilizando desta maneira as informações para regulação do comportamento.
Função e ação quando o caracter de automatismo da performance é esquecido e o controle
tem de ser reestabelecido.
COMPORTAMENTO MOTOR:
Sofre influência do meio externo/ meio ambiente.
Mecanismo de ação e reação.
Sistema de auto-regulação
A DIFERENÇA ENTRE:
Fibromialgia = pontos simétricos, geralmente não reproduzem o padrão de dor do
paciente.
Triggers points = Podem Reproduzir padrão de dor do paciente.