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CIA.

DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA

Demonstrações Financeiras
Referentes aos Exercícios Findos
em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 e
Parecer dos Auditores Independentes

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
¾ Balanço patrimonial
¾ Demonstração do resultado
¾ Demonstração das mutações do patrimônio líquido
¾ Demonstração das origens e aplicações de recursos
¾ Demonstração dos fluxos de caixa
¾ Notas explicativas às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005 e de 2004
- Contexto Operacional
- Apresentação das Demonstrações Contábeis e principais práticas contábeis
- Princípios e Práticas de Consolidação
- Títulos e valores mobiliários
- Contas a receber de clientes
- Estoques
- Impostos a recuperar - Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo
- Depósitos Judiciais
- Investimentos
- Imobilizado
- Provisão para contingências
- Patrimônio líquido
- Instrumentos Financeiros
- Seguros
- Imposto de Renda e Contribuição Social
- Participações Estatutárias
- Outras receitas (despesas) operacionais – líquidas
- Outras receitas (despesas) não operacionais – líquidas
- Resolução n° 268/04 da ANEEL – 2004
- Incorporação
- Saldos e transações com acionistas e partes relacionadas
¾ Relatório da Administração
¾ Parecer dos Auditores Independentes
¾ Parecer do Conselho de Administração sobre o Relatório da Administração e
Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005.
¾ Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório da Administração e Demonstrações
Contábeis da Cia de Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa, em 31 de dezembro de 2005.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Anexo I – Produção e Vendas 4TR/05
Anexo II – Demonstração do resultado 4TR/05
Companhia de
Ferro Ligas
da Bahia -FERBASA
e Controladas
Demonstrações Financeiras
Referentes aos Exercícios Findos
em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 e
Parecer dos Auditores Independentes

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes


COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA E CONTROLADAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

Controladora Consolidado Controladora Consolidado


2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e bancos 859 6.824 1.046 6.871 Fornecedores 20.335 24.840 19.983 22.452
Títulos e valores mobiliários 102.899 88.557 126.509 109.484 Financiamentos 4.061 4.061
Contas a receber de clientes 30.560 82.616 29.550 80.072 Salários e encargos sociais 9.781 9.476 9.783 9.476
Estoques 156.951 158.093 156.657 158.162 Impostos e contribuições sociais 2.904 19.081 4.379 20.631
Impostos a recuperar 8.502 2.878 11.072 4.604 Dividendos propostos 11.329 24.248 11.350 24.295
Imposto de renda e contribuição social diferidos - 4.108 - 4.108 Provisão para contingências - 2.142 - 2.194
Adiantamento a fornecedores 781 1.444 781 1.446 Outras contas a pagar 1.227 1.057 1.227 1.121
Despesas antecipadas 364 435 364 435 Total do circulante 49.637 80.844 50.783 80.169
Outras contas a receber 2.011 870 1.651 642
Total do circulante 302.927 345.825 327.630 365.824

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO


Sociedades controladas 1.130 226 - - Sociedades controladas - 625 -
Impostos a recuperar 5.634 1.691 13.697 9.675 Impostos e contribuições sociais 115 114 202 113
Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.941 - 1.941 Provisão para contingências 2.743 - 2.960 -
Depósitos judiciais 2.478 555 2.671 660 Total do exigível a longo prazo 2.858 739 3.162 113
Outros créditos 371 286 378 298
Total do realizável a longo prazo 11.554 2.758 18.687 10.633
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA 3.588 3.538
PERMANENTE
Investimentos: PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Sociedades controladas 31.094 30.560 - - Capital social 386.223 280.041 386.223 280.041
Outros 78 78 124 139 Reservas de capital 12.414 30.424 12.414 30.424
Total dos investimentos 31.172 30.638 124 139 Reserva de lucros 98.268 140.807 97.915 140.807
Imobilizado 203.676 153.606 207.573 158.455 Ações em tesouraria (28) (28) (28) (28)
Diferido 43 43 13 Total do patrimônio líquido 496.877 451.244 496.524 451.244
Total do permanente 234.891 184.244 207.740 158.607

TOTAL DO ATIVO 549.372 532.827 554.057 535.064 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 549.372 532.827 554.057 535.064

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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-
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA FERBAS,\ E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$mil R$mil R$mil R$mil

RECEITA BRUTA DE VENDAS


Mercado Interno 474.293 534.457 474.293 534.457
Mercado Externo 71.475 75.034 71.475 75.111
Total 545.768 609.491 545.768 609.568
DEDUÇÕES DE VENDAS (118.333) (131.359) (118.515) (131.359)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 427.435 478.132 427.253 478.209
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (ver nota explicativa n2 19) (328.209) (298.977) (327.058) (297.976)
LUCRO BRUTO 99.226 179.155 100.195 180.233

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS


Com vendas (4.205) (3.366) (4.205) (3.371)
Gerais e administrativas (23.296) (24.712) (23.633) (25.166)
Honorários dos administradores (3.226) (2.365) (3.267) (2.379)
Receitas financeiras 19.479 14.610 23.422 17.680
Despesas financeiras (6.023) (4.345) (6.122) (4.639)
Resultado de equivalência patrimonial 3.134 2.617
Outras (despesas) receitas operacionais -liquidas (ver nota explicativa n" 17 ) (6.214) (9.163) (3.753)
Total (22.997) (23.775) (22.968) (21.628)

LUCRO OPERACIONAL 76.229 155.380 77.227 158.605

(DESPESAS) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS - LÍQUIDAS (2.978) (5.042) (2.723) (5.200)

LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA,


CONTRIBUiÇÃO SOCIAL E DAS PARTICIPAÇÕES
ESTATUTÁRIASE DOS MINORITÁRIOS 73.251 150.338 74.504 153.405

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUiÇÃO SOCIAL (ver nota explicativa n" 15 )


ISENÇÃO E REDUÇÃO (11.517) (30.424) (11.517) (30.424)
CORRENTE (10.558) (23.082) (12.075) (24.524)
DIFERIDO (2.167) 4.108 (2.167) 4.108

LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DOS MINORITÁRIOS 49.009 100.940 48.745 102.565

PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS
Administradores (2.133) (1.720) (2.133) (I. 720)
Empregados (2.443) (3.500) (2.443) (3.500)

LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DOS MINORITÁRIOS 44.433 95.720 44.169 97.345

PARTICIPAÇÕES DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS - (89) (205)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCíCIO 44.433 95.720 44.080 97.140

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCíCIO POR AÇÃO DO CAPITAL - R$ 4,03 0,09

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA)


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

Reservas de capital Reservas de lucros


Capital Isenção/redução Reserva de Para Ações em Lucros
social de imposto de renda reinvestimento Legal investimentos tesouraria acumulados Total
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 217.296 25.989 10.515 95.511 (28) 349.283

Capitalização de reservas 62.745 (25.989) (36.756)


Constituição de reserva de isenção/redução de imposto de renda 30.424 30.424
Dividendos prescritos 65 65
Lucro líquido do exercício 95.720 95.720
Destinação do lucro:
Formação de Reservas 4.785 66.752 (71.537)
Dividendos propostos (R$ 17,10 por lote de
mil ações ordinárias e R$ 18,81 por lote de
mil ações preferenciais). (24.248) (24.248)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 280.041 30.424 15.300 125.507 (28) 451.244

Ajuste de exercício anterior (559) (559)


Capitalização de reservas 106.182 (30.424) (75.758)
Constituição de reserva de isenção/redução de imposto de renda 12.076 897 12.973
Dividendos prescritos 115 115
Lucro líquido do exercício 44.433 44.433
Destinação do lucro:
Formação de Reservas 2.222 30.997 (33.219)
Dividendos propostos (R$ 0,95 por lote de
cem ações ordinárias e R$ 1,05 por lote de
cem ações preferenciais). (11.329) (11.329)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 386.223 11.517 897 17.522 80.746 (28) 496.877

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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CIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

ORIGENS DOS RECURSOS


Das operações:
Lucro líquido do exercício 44.433 95.720 44.080 97.140
Mais (menos) itens que não afetam o capital circulante líquido:
Juros e variações monetárias do exigível e realizável a longo prazo (74) - (74) -
Depreciações, amortizações e exaustões 18.032 18.071 18.519 18.714
Equivalência patrimonial (3.134) (2.617) - -
Valor residual de ativo permanente baixado 2.125 5.652 2.141 5.517
Incentivos fiscais do imposto de renda 12.076 30.424 12.076 30.424
Reversão de impostos e contribuições sociais diferidos, líquida 2.167 - 2.167 -
Provisão para contingências 601 - 601 -
Realização de lucros entre controladora e controladas - - - (1.392)
Reversão de provisão para perda Eletrobrás (113) (43) (113) (43)
Ajuste de exercício anterior (559) - (559) -
Outros 191
Participação dos minoritários - - 89 205
Total das operações 75.745 147.207 78.927 150.565
De terceiros:
Diminuição do realizável a longo prazo 6.827 6.261 7.184 9.033
Aumento no exigível a longo prazo - 90 81 -
Transferência do passivo circulante para o exigível a longo prazo 2.144 - 2.362 90
Subvenção para reinvestimento 897 - 897 -
Dividendos prescritos 115 65 115 65
De controladas
Dividendos propostos a receber 674 609 - -
Efeito do capital circulante líquido de controladas incorporadas 786
Total das origens 87.188 154.232 89.566 159.753

APLICAÇÕES DE RECURSOS
Acréscimo nos investimentos 20 9 1
Acréscimo no imobilizado 69.750 75.766 69.750 75.759
Acréscimo no diferido 43 - 43 -
Acréscimo no realizável a longo prazo 7.976 1.227 6.903 2.300
Diminuição do exigível a longo prazo 4.616 5.998 4.697 8.750
Transferência do ativo circulante para o realizável a longo prazo 5.145 - 5.631 903
Dividendos propostos 11.329 24.248 11.350 24.295
Total das aplicações 98.879 107.248 98.374 112.008

(REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (11.691) 46.984 (8.808) 47.745

REPRESENTADO POR:
Ativo circulante:
No final do exercício 302.927 345.825 327.630 365.824
No início do exercício 345.825 270.425 365.824 290.568
(Redução) Aumento (42.898) 75.400 (38.194) 75.256

Passivo circulante:
No final do exercício 49.637 80.844 50.783 80.169
No início do exercício 80.844 52.428 80.169 52.658
(Redução) Aumento (31.207) 28.416 (29.386) 27.511

(REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (11.691) 46.984 (8.808) 47.745

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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CIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (Informação adicional)


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Fluxo de caixa proveniente das operações
Lucro líquido do exercício 44.433 95.720 44.080 97.140
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com
recursos provenientes de atividades operacionais:
Juros e variações monetárias e cambiais líquidas dos ativos e passivos (13.701) - (13.701) -
Depreciações, amortizações e exaustões 18.032 18.071 18.519 18.714
Equivalência patrimonial (3.134) (2.617) - -
Valor residual de ativo permanente baixado 2.125 5.652 2.141 5.517
Incentivos fiscais do imposto de renda 12.076 30.424 12.076 30.424
Reversão de impostos e contribuições sociais diferidos, líquida 2.167 - 2.167 -
Provisão para contingências 601 - 601 -
Realização de lucros entre controladora e controladas - - - (1.392)
Reversão de provisão para perda Eletrobrás (113) (43) (113) (43)
Ajuste de exercício anterior (559) - (559) -
Participação minoritária 89 205
Total 61.927 147.207 65.300 150.565
(Aumento) diminuição nos ativos
Contas a receber de clientes 49.530 951 49.680 1.045
Estoques 1.142 (75.191) 1.505 (74.996)
Outros ativos (991) 1.217 (3.607) 3.271
Diminuição (aumento) 49.681 (73.023) 47.578 (70.680)
Aumento (diminuição) nos passivos
Fornecedores (5.232) 10.559 (5.322) 10.301
Impostos e contribuições sociais (16.104) 12.167 (16.241) 12.521
Salários e encargos sociais 305 1.025 307 1.025
Outros passivos 6.351 (5.178) 9.089 (7.644)
(Diminuição) aumento (14.680) 18.573 (12.167) 16.203

Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais 96.928 92.757 100.711 96.088

Fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimentos


Partes relacionadas - 179 - -
Investimentos (20) (9) - (1)
Imobilizado (69.750) (75.766) (69.750) (75.759)
Diferido (43) - (43)
Dividendos recebidos 609 679 - -
Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento (69.204) (74.917) (69.793) (75.760)
Fluxo de caixa utilizado nas atividades de financiamento
Empréstimos e financiamentos - instituições financeiras 39.192 26.451 39.192 26.451
Pagamentos a instituições financeiras (35.289) (26.772) (35.289) (28.106)
Dividendos pagos (23.573) (19.884) (23.621) (19.884)
Recursos líquidos aplicado nas atividades de financiamento (19.670) (20.205) (19.718) (21.539)
Efeito inicial do caixa das controladas incorporadas 323
Aumento (Diminuição) no caixa e equivalentes 8.377 (2.365) 11.200 (1.211)
Disponibilidades no início do exercício 95.381 97.746 116.355 117.566
Disponibilidades no final do exercício 103.758 95.381 127.555 116.355

Pagamentos efetuados durante o ano:


Juros 1.723 256 1.750 269
Imposto de renda e contribuição social 11.289 14.346 12.778 14.708

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Cia de Ferro Ligas da Bahia – FERBASA está localizada em Pojuca e as empresas sob seu
controle acionário têm por objetivo a fabricação e comercialização dos diversos tipos de ferro
ligas; a pesquisa e exploração de jazidas e beneficiamento de minérios para consumo próprio,
para industrialização e comercialização; fabricação e comercialização de cal virgem e cal
hidratada; a elaboração, execução e administração de projetos de florestamento,
reflorestamento, silvicultura e manejo sustentado, incluindo-se planos de proteção ambiental,
visando a obtenção de madeiras para uso próprio ou comercialização; a transformação de
florestas em carvão vegetal; aproveitamento econômico de resíduos sólidos gerados no
processo de fabricação do ferro ligas, incluindo-se a produção e comercialização de brita de
escória, para a construção civil e asfalto a frio; estabelecimento e exploração de qualquer
indústria que, direta ou indiretamente se relacione com seu objeto, inclusive, mediante
participações em outras sociedades, como acionista ou quotista.

A partir de novembro de 1997, as controladas: Indústria de Minérios Damacal Ltda.,


Mineração Vale do Jacurici S.A., REFLORA - Reflorestadora e Agrícola S.A. e Cia. de
Mineração Serra da Jacobina - SERJANA, e a partir de janeiro de 2004, a Silício de Alta
Pureza da Bahia S.A. – SILBASA arrendaram as suas principais atividades à FERBASA,
objetivando a redução da carga tributária.

Conforme descrito na nota explicativa nº 20, as controladas Cromita do Brasil S.A., Armisa
Arditti Minérios S.A. – Comércio, Indústria e Exportação e Cia. de Mineração Serra da
Jacobina – SERJANA, foram incorporadas pela FERBASA em dezembro de 2005.

Dado o nível atual da produção a Companhia detém minério de cromita suficiente para fazer
frente às suas necessidades durante os próximos trinta anos.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS


PRÁTICAS CONTÁBEIS

Foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as disposições


complementares da CVM – Comissão de Valores Mobiliários e consoante os seguintes
critérios contábeis:

Títulos e valores mobiliários

As aplicações financeiras estão registradas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos


até a data do balanço, que não supera o valor de mercado.

Contas a receber de clientes

São demonstradas ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as


variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço, ajustados por provisão para
perda, se necessária.

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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

Estoques

São avaliados ao custo médio de aquisição ou de fabricação, inferiores ao valor de mercado.


O custo dos estoques está baseado nos princípios do custo médio e incluem gastos incorridos
na aquisição, transportes e armazenagens dos estoques. No caso de estoques de produtos
acabados e estoques de produtos em elaboração, o custo inclui parte das despesas gerais de
fabricação, baseadas na capacidade normal de operação.

Materiais de suprimento são registrados com base no custo de aquisição e baixados como
custo da produção por ocasião do consumo ou obsolescência.

Investimentos

Os investimentos em sociedades controladas são avaliados pelo método da equivalência


patrimonial. Os demais investimentos são registrados ao custo, ajustado por provisão para
perda, se necessário.

Imobilizado

É registrado pelo custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação calculada pelo


método linear e exaustão pela taxa correspondente à relação entre o volume de madeira
vendida e de minério exaurido e o volume total previsto.

Passivos circulante e exigível a longo prazo

São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável,


dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço.

Imposto de renda e contribuição social

Através do Parecer n° 524/98 – SESIT – PJ, da Secretaria da Receita Federal, a Companhia


obteve, em 22 de maio de 1998, reconhecimento da prorrogação do incentivo da redução de
50% do imposto de renda (IRPJ) devido até 31 de dezembro de 2010.

Adicionalmente, a Companhia obteve Portaria DAI/ITE - 0195/2000 de 10 de novembro de


2000 da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), concedendo a
isenção de imposto de renda de pessoa jurídica e adicionais restituíveis sobre toda a
produção que exceder a 28.400 toneladas/ano até o limite de 271.200 toneladas/ano, pelo
prazo de 10 anos, aplicável retroativamente ao ano-calendário de 1997.

A parcela correspondente aos incentivos é reconhecida em uma reserva de capital no


patrimônio líquido que pode ser usada para aumentar o capital social ou absorver prejuízos
acumulados.

As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídas às alíquotas de


15% (quinze por cento), mais adicional de 10% (dez por cento), e 9% (nove por cento),
respectivamente, sobre o lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões admitidas, para a
controladora e consolidado.

Os impostos e contribuições diferidos provenientes de diferenças temporárias são


reconhecidos de acordo com a Instrução CVM nº 371/02 e Deliberação 273/98, com base no
histórico de rentabilidade e análise de recuperação futura desses créditos.
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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

Reconhecimento da receita

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de


competência do exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado
quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador.
Uma receita não é reconhecida se há incerteza significativa na sua realização.

Uso de estimativas
A preparação das demonstrações financeiras requer que a administração efetue estimativas e
adote premissas, no seu melhor julgamento, que afetam os montantes apresentados de ativos
e passivos, assim como os valores de receitas, custos e despesas. Os valores reais podem ser
diferentes daqueles estimados.

Lucro líquido por mil ações


Está calculado com base no número de ações existentes na data do levantamento do balanço
patrimonial, menos as ações em tesouraria.

Reclassificações

As demonstrações financeiras referentes a 31 de dezembro de 2004 foram reclassificadas,


quando aplicável, para fins de comparabilidade, conforme demonstrado abaixo:

• R$ 4.615 mil (controladora) e R$ 4.702 mil (consolidado) referente a depósitos judiciais no


realizável a longo prazo para impostos e contribuições sociais no exigível a longo prazo.

3. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as normas
estabelecidas pela Instrução n° 247, de 27 de março de 1996, da Comissão de Valores
Mobiliários – CVM e incluem a Cia de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa e suas Controladas
que foram consolidadas conforme abaixo:
Participação %
2005 2004
Controladas
Mineração Vale do Jacurici 100,00 99,99
Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 99,92 99,92
Indústria de Minérios Damacal Ltda 100,00 100,00
Cia de Mineração Serra da Jacobina - Serjana (*) - 99,96
Cromita do Brasil S.A. (*) - 99,89
Armisa Arditti Minérios S.A. (*) - 100,00
Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 51,00 51,00
Sociedades em conta de participação: -
Pontes I 80,18 80,18
Ribeiro I (**) - 85,07

(*) Estes investimentos foram incorporados no ano de 2005 (ver nota explicativa no 20).
(**) Este investimento foi baixado no ano de 2005.
10
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• Os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas entre as empresas consolidadas, bem


como a participação da controladora no patrimônio líquido das controladas foram
eliminados;

• Eliminação dos lucros não realizados entre as Companhias; e

• A participação de terceiros no patrimônio líquido e resultado da Companhia está destacada


respectivamente nos balanços patrimoniais e nas demonstrações de resultado.

A conciliação entre o patrimônio líquido e o resultado da controladora FERBASA e o


patrimônio líquido e o resultado consolidado pode ser demonstrada como segue:
Lucro líquido
Patrimônio líquido do exercício
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Demonstrações financeiras da controladora 496.877 451.244 44.433 95.720
Lucro (não realizado) realizado decorrente
de venda de ativo referentes a:
imobilizado - - - 1.392
estoques (353) - (353) 28
Demonstrações financeiras consolidadas 496.524 451.244 44.080 97.140

4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS


Refere-se a aplicações financeiras substancialmente representadas por fundos de renda fixa,
cujo rendimento tem correspondido a aproximadamente 100% da variação dos Certificados de
Depósito Interbancários - CDI.

5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Mercado interno 27.310 75.001 27.351 75.001
Mercado externo 2.199 5.071 2.199 5.071
Coligadas e controladas 1.051 2.544 - -
Total 30.560 82.616 29.550 80.072
O principal cliente da Companhia é a Acesita S.A., que representa aproximadamente 26,6%
(2004, 64%) do total do contas a receber no final do exercício.

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6. ESTOQUES
Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Produtos acabados 74.820 55.638 74.467 55.638
Matérias-primas 48.912 70.269 48.965 70.323
Minérios de cromo 17.736 17.234 17.736 17.234
Materiais para manutenção e outros 14.768 14.196 14.774 14.204
Materiais em trânsito 59 164 59 164
Importações em andamento 656 592 656 599
Total 156.951 158.093 156.657 158.162

7. IMPOSTOS A RECUPERAR – Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo


Controladora Consolidado
Descrição 2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
IPI a recuperar 7.092 7.497
Imposto de renda a recuperar 4.958 2.200 7.200 3.133
Contribuição social sobre o lucro 206 190 845 777
ICMS a recuperar 5.717 1.769 5.871 1.922
PIS a recuperar 667 - 1.138 -
COFINS a recuperar 2.079 - 2.112 -
Outros 509 410 511 950
Total 14.136 4.569 24.769 14.279
Ativo circulante (8.502) (2.878) (11.072) (4.604)
Realizável a longo prazo 5.634 1.691 13.697 9.675

IPI a recuperar - Consolidado

Com a utilização do crédito presumido de IPI, regulado nos termos da Lei no 10.276/2001 e
da Instrução Normativa da SRF no 69/2001, a controlada Silbasa apurou créditos em 2004 no
montante de R$ 1.073 mil, registrado no resultado do exercício como outras receitas
operacionais. Os referidos créditos foram calculados no mês de janeiro de 2004, para fins de
desoneração do custo produtivo, através do ressarcimento da COFINS incidentes nas
aquisições de insumos utilizados nos produtos destinados à exportação. O saldo em 31 de
dezembro de 2005 monta R$ 7.092 mil (2004, R$ 7.497 mil).

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8. DEPÓSITOS JUDICIAIS

Refere-se a depósitos sobre processos cíveis, fiscais, trabalhistas e questionamentos quanto à


legalidade e constitucionalidade de determinados tributos. Os valores estão demonstrados a
seguir:
Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro 1.062 - 1.062 -
ICMS 948 - 948 -
Outros 468 555 661 660
Total 2.478 555 2.671 660
Os principais depósitos judiciais estão correspondidos por provisão na rubrica de impostos e
contribuições sociais, no passivo circulante e exigível a longo prazo e provisão para
contingências, nos casos em que seus assessores jurídicos, internos e externos, consideram
remotas as possibilidades de êxito, quanto aos processos em que se defende, ou enquanto a
companhia não tem assegurado o seu direito relacionado aos questionamentos antes
referidos, em valores considerados suficientes para cobrir eventuais desfechos
desfavoráveis.

CSLL – EXPORTAÇÕES – EC nº 33/2001

A Companhia impetrou Mandado de Segurança pleiteando o reconhecimento do direito


líquido e certo de não incluir na base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL, as receitas oriundas de exportação, a partir de 31 de dezembro de 2001,
inclusive, conforme determinado pela Emenda Constitucional nº 33, declarando-se, por
conseguinte, serem compensáveis os valores indevidamente recolhidos a maior com a
própria CSLL e outros tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, aplicando-se a
Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC. Este processo obteve decisão
improcedente no juízo de primeira instância, e está atualmente aguardando recurso de
julgamento apresentado no Tribunal Regional Federal.

O saldo dos valores depositados em juízo em 31 de dezembro de 2005 monta R$ 1.062 mil,
controladora e consolidado.

ICMS

Ação Ordinária nos 577232-9/2004 e 753213-8/2005


A Companhia ajuizou judicialmente, Ação Anulatória de Lançamento Fiscal dos Autos de
Infração de nº 2796950008/03-6 do exercício de 2004 e nº 2711480717/04-5 do exercício de
2005, lavrado pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, relativos a questionamento de
creditamento do ICMS incidente nas aquisições de bens utilizados no processo produtivo.

Os valores depositados em juízo montam R$ 948 mil, controladora e consolidado.

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Além dos processos acima a Companhia ingressou com as seguintes ações para as quais não
possui depósitos judiciais:

PIS - Leis n° 2445 e 2449/88

A ação foi ajuizada visando a declaração do direito da empresa de não recolher o PIS com
base nos Decretos-Leis n° 2445 e 2449/88, já declarados inconstitucionais, bem como de ter
restituído os valores que foram pagos a maior a título da citada contribuição.

Em vista a procedência da ação, foi requerida a Execução da mesma, tendo sido apresentada
planilha com a descriminação dos valores a serem restituídos. A União Federal opôs
Embargos à Execução e, ao julgá-los, o juiz homologou o laudo pericial, fixando o montante
de R$ 3.262 mil, consolidado, atualizado até agosto de 2003, sendo R$ 2.444 mil relativo à
controladora.

A União Federal interpôs recurso de apelação e os autos encontram-se no Tribunal Regional


Federal 1ª Região, aguardando julgamento do referido recurso.

COFINS - Leis nos 7787/89, 7894/89, 8147/90

A Companhia e suas controladas impetraram Mandado de Segurança para que seja


reconhecido o direito da empresa de proceder à compensação das parcelas pagas a maior a
título de FINSOCIAL com parcelas vencidas ou vincendas da COFINS, não se submetendo
às ordens emanadas pela Instrução Normativa n° 67/92 (inconstitucionalidade das Leis
7787/89, 7894/89, 8147/90, que majoraram a alíquota do FINSOCIAL). Este processo
obteve decisão favorável em todas as instâncias e está atualmente no Supremo Tribunal
Federal, aguardando julgamento de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal.

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9 - INVESTIMENTOS

Informações sobre as investidas:

Ações ou quotas possuídas


(Em milhares) Participação Patrimônio Lucro
Ordinárias no capital Capital líquido (prejuízo)
Ano 2005 Data-base ou quotas Preferenciais integralizado social ajustado do exercício
% R$ mil R$ mil R$ mil
Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 31/Dez 4.172 - 51,26 6.955 7.352 290
Mineração Vale do Jacurici S.A. 31/Dez 8.439 8.437 100,00 22.419 24.648 2.905
Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 31/Dez 2.597 - 99,99 3.448 1.887 37

Ano 2004
Silício de Alta Pureza da Bahia S.A. - Silbasa 31/Dez 4.172 - 51,00 4.172 6.982 628
Mineração Vale do Jacurici S.A. 31/Dez 8.439 8.437 99,99 20.742 20.762 816
Cia de Mineração Serra da Jacobina S.A. - Serjana 31/Dez 5.209 - 99,96 6.382 1.935 112
Reflora - Reflorestadora e Agrícola S.A. 31/Dez 2.597 - 99,92 3.448 1.702 (259)

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Movimentação dos investimentos:

Silício de Alta Mineração Reflora Cia. de Mineração


Pureza da Bahia S.A. Vale do Reflorestadora e Serra da Jacobina
Silbasa Jacurici S.A. Agrícola S.A. Serjana Outros Total
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Saldos em 31 de dezembro de 2003 3.519 20.675 1.694 1.935 920 28.743


Dividendos (51) (558) - (609)
Equivalência patrimonial 174 2.265 153 4 21 2.617
Adições 7 2 9
Baixas (200) (200)
Saldos em 31 de dezembro de 2004 3.642 22.389 1.849 1.939 741 30.560
Dividendos (23) (651) - (674)
Equivalência patrimonial 149 2.905 37 (18) 61 3.134
Adição 5 15 20
Incorporação (1.921) (1.921)
Baixas (25) (25)
Saldos em 31 de dezembro de 2005 3.768 24.648 1.886 - 792 31.094

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10. IMOBILIZADO
Taxas
anuais de
Controladora Consolidado depreciação
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil %
Terrenos 11.790 6.151 12.536 7.345
Edificações 31.091 28.211 35.439 32.529 4%
Máquinas e equipamentos 104.912 86.367 111.344 94.751 10%
Veículos e tratores 29.268 25.567 38.465 35.811 20%
Móveis e utensílios 2.923 2.324 3.022 2.388 10%
Informática 4.399 2.864 4.399 2.900 20%
Jazidas 4.677 3.507 4.677 3.507 (*)
Reflorestamento 45.713 27.728 45.713 27.735 (*)
Outras imobilizações 145 93 162 214 10%
Imobilizações em andamento 59.574 46.690 59.574 46.690
Subtotal 294.492 229.502 315.331 253.870
Depreciações e exaustões acumuladas (90.816) (75.896) (107.758) (95.415)
Total 203.676 153.606 207.573 158.455

(*) Na base proporcional dos cortes efetuados (reflorestamento) e minérios exauridos (jazidas).

A Companhia registrou baixa, contra o resultado não operacional, de parte de reservas


florestais em decorrência da impossibilidade de replantio para corte em diversas áreas de
reflorestamento, no montante de R$ 412 mil (2004, R$ 2.485 mil).
Adicionalmente, as demonstrações financeiras consolidadas contemplam, além das baixas por
perda de parte das reservas florestais citadas acima, aproximadamente R$ 3.378 mil (2004,
R$ 3.010 mil), de baixas referentes a máquinas, equipamentos, instalações e edificações da
Companhia e suas controladas decorrentes de desgastes naturais.
Os valores registrados na rubrica de obras em andamento referem-se a projetos que estão
sendo desenvolvidos nas áreas de mineração, metalurgia e reflorestamento.

11. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Fiscais 1.463 657 1.505 707
Cíveis 624 484 731 484
Trabalhistas 656 1.001 724 1.003
Total 2.743 2.142 2.960 2.194

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Autos de Infração e Notificações Fiscais

• Tributos Federais – IR/PIS/COFINS


A Companhia responde administrativamente, a autos de infração lavrados pela Delegacia da
Receita Federal de Camaçari relativos a questionamentos sobre as declarações de PIS e
COFINS dos anos base 1998 e 2000 e erros no preenchimento da DIPJ de 1999. A
administração, baseada na opinião dos seus assessores jurídicos, constituiu provisão para fazer
face às perdas consideradas como prováveis no montante de R$ 1.463 mil (2004, R$ 386 mil).
• Auto de Infração do ICMS
A Companhia está se defendendo de auto de infração de ICMS relativo a aproveitamento de
créditos sobre materiais para os quais o Fisco Estadual entende não estar ligados diretamente à
produção. A administração, baseada no prognóstico de êxito provável emitido por seus
assessores jurídicos, estornou a provisão para perdas constituída em 2004 no montante de R$
271 mil.

Ações Indenizatórias
• Processos trabalhistas e cíveis
A Companhia e suas controladas possuem diversos processos judiciais decorrentes de
reclamações formuladas por ex-empregados e de reparação de danos e perdas materiais e
morais. Baseada na opinião de seus assessores jurídicos, a administração mantém registrada a
provisão para fazer face às perdas consideradas como prováveis no montante de R$ 1.280 mil,
controladora e R$ 1.455 mil, consolidado (2004, R$ 1.485 mil, controladora e R$ 1.487 mil
consolidado).

12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

O capital subscrito e integralizado está representado em 31 de dezembro de 2005 por 11.040 mil
ações nominativas sem valor nominal, sendo 3.680 mil ações ordinárias, das quais 5 mil estão em
tesouraria, e 7.360 mil ações preferenciais e, em 31 de dezembro de 2004, por 1.104.000 mil
ações nominativas sem valor nominal, sendo 368.000 mil ações ordinárias, das quais 500 mil
estão em tesouraria, e 736.000 mil ações preferenciais.

A Companhia pode, por deliberação em Assembléia Geral, promover o aumento das diversas
espécies e classes existentes, sem guardar proporção com as demais ou criar uma nova classe de
ações preferenciais, observando o limite de 2/3 do total das ações emitidas para as ações
preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrições quanto a tal direito.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 4 de abril de 2005 aprovou o aumento de capital,


sem modificação do número de ações, no montante de R$ 106.182 mil, sendo R$ 30.424 mil
proveniente da Reserva de Isenção de Imposto de Renda (Lei 4.239/63) e R$ 75.758 mil da
Reserva de Retenção de Lucros, passando o capital social para R$ 386.223 mil, e o grupamento
de ações com a relação 100 para 1, com os acionistas recebendo uma ação nova para cada grupo
de 100 (cem) ações possuídas, obedecidas as diretrizes a seguir:

18
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

• os acionistas terão um prazo de 30 dias, a seu critério, para ajustar suas posições de ações em
lotes múltiplos de 100, mediante negociação na BOVESPA;
• decorrido o prazo estabelecido para o ajuste das posições pelos acionistas, as ações passarão a
ser negociadas exclusivamente por cotação unitária; e
• as frações de ações resultantes do grupamento serão separadas, agrupadas em números inteiros
e vendidas em leilão na BOVESPA, sendo os valores resultantes da alienação disponibilizados
em nome dos respectivos acionistas, tudo nos termos de aviso aos acionistas que será
imediatamente publicado.

O novo capital social passará a ser dividido em 11.040.000 (onze milhões e quarenta mil) ações,
sem valor nominal, sendo 3.680.000 (três milhões, seiscentos e oitenta mil) ações ordinárias e
7.360.000 (sete milhões, trezentos e sessenta mil) ações preferenciais.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 29 de dezembro de 2005 aprovou aumento de capital


no montante de R$ 384, mediante transferência de 16 ações em tesouraria, em função da relação
de trocas das ações quando da incorporação das controladas Cromita do Brasil S.A., Armisa
Arditti Minérios S.A. Comércio, Indústria e Exportação e, Cia de Mineração Serra da Jacobina –
SERJANA, ver nota explicativa no 20.

A Assembléia Geral Ordinária realizada em 2 de abril de 2004 aprovou aumento de capital, sem
modificação do número de ações, no montante de R$ 62.745 mil, sendo R$ 25.989 mil
proveniente da Reserva de Isenção de Imposto de Renda (Lei 4.239/63) e R$ 36.756 mil da
Reserva de Retenção de Lucros, passando o capital social para R$ 280.041 mil.

Ações em Tesouraria

O objetivo da aquisição dessas ações refere-se ao reembolso dos acionistas dissidentes e estão
representadas por 5 mil ações ordinárias. O custo médio de aquisição foi de R$ 0,06 por ação e o
valor de mercado destas ações, considerando o preço médio de cotação em bolsa de valores é de
R$ 26,16 por lote de mil ações em 31 de dezembro de 2005.

Direito das ações

As ações ordinárias só poderão pertencer a brasileiros ou pessoas jurídicas com a totalidade do


capital social pertencente a brasileiros.

As ações preferenciais não têm direito a voto e têm garantia estatutária de pagamento de
dividendos 10% superiores àqueles pagos aos possuidores de ações ordinárias e prioridade no
reembolso de capital.

Apropriação do lucro

De acordo com o estatuto social, as importâncias apropriadas às reservas de lucro, são


determinadas como segue:

• Reserva legal

A reserva legal é constituída com a destinação de 5% do lucro do exercício, até alcançar


20% do capital social, e sua utilização está restrita à compensação de prejuízos, após
terem sido absorvidos os saldos de lucros acumulados e das demais reservas de lucros, e
ao aumento do capital social a qualquer momento a critério da companhia.
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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

• Dividendos

Aos acionistas é garantido dividendo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido do


exercício, ajustado nos termos da Lei das Sociedades por Ações.

• Reserva para a realização de investimentos

Os lucros, após a apropriação da reserva legal e atribuição dos dividendos a serem


distribuídos aos acionistas, são transferidos para a conta de reserva para a realização de
investimentos, a ser realizada de acordo com o orçamento de capital da companhia.

O orçamento de capital da companhia, com a justificativa de retenção de lucros para a


reserva para investimentos propostos para o exercício de 2005, incluindo as fontes de
recursos e aplicações de capital, estará sendo submetido pelos órgãos da administração à
Assembléia Geral Ordinária que deliberará sobre o balanço do exercício. O saldo
referente à apropriação da reserva para investimentos do exercício de 2004 foi aprovado
na Assembléia Geral Ordinária de 4 de abril de 2005.

Dividendos propostos

2005 2004
R$ mil R$ mil
Lucro líquido do exercício 44.433 95.720
(-) Reserva legal (2.222) (4.785)
Lucro líquido ajustado 42.211 90.935
Dividendos propostos 11.329 24.248
Percentagem sobre o lucro líquido do exercício ajustado 26,84 26,67

Os dividendos foram atribuídos às ações ordinárias e preferenciais, nos montantes de


R$ 3.528 mil (R$ 0,96 por ação) e de R$ 7.801 mil (R$ 1,06 por ação), (2004, R$ 7.570 mil
e R$ 16.678 mil), respectivamente.

13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS


Os principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta na condução das suas
atividades são:

• Risco de crédito

O risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da


dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Para reduzir esse tipo de
risco e para auxiliar no gerenciamento do risco de inadimplência, a Companhia vem
monitorando as contas a receber de clientes.

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COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

• Risco de taxa de câmbio

As transações comerciais de venda da Companhia para o mercado externo representam


13%, controladora e consolidado, do total das vendas no exercício e suas vendas para o
mercado interno são efetuadas com base no preço das commodities de ligas de cromo e
ferro silício. Os valores dessas transações são baseados nas cotações do dólar, os quais
podem gerar ganhos ou perdas.

A variação da taxa de câmbio das importações das matérias-primas previstas para o ano
de 2006 é gerenciada com operações de derivativos. Tais operações são realizadas com
objetivo exclusivo de reduzir a exposição ao risco. O contrato de swap, cujo vencimento
ocorrerá em 18 de abril de 2006 apresentou perdas no exercício no montante de R$ 881
mil.

• Valor de mercado dos instrumentos financeiros

Para determinar o valor estimado de mercado dos instrumentos financeiros, foram


utilizadas as informações disponíveis e metodologias de avaliação própria. As estimativas
não indicam, necessariamente, que tais instrumentos possam ser operados no mercado
diferentemente das taxas utilizadas. O uso de diferentes informações de mercado e/ou
metodologias de avaliação poderão ter um efeito relevante no montante do valor estimado
de mercado. A Companhia tem como política não ficar exposta aos riscos de mercado,
evitando assumir posições expostas a flutuações e operando apenas instrumentos que lhe
permitam o controle desses riscos.

14. SEGUROS

Face à natureza de sua atividade, à distribuição das florestas em diversas áreas distintas e às
medidas preventivas adotadas contra incêndio e outros riscos, é política da companhia
contratar cobertura de seguros apenas para os bens do ativo imobilizado sujeito a riscos e
por montantes considerados suficientes para fazer face à eventuais perdas. Não é prática da
companhia contratar seguros para a totalidade dos investimentos florestais.

Em 31 de dezembro de 2005, a companhia e suas controladas possuíam cobertura de seguro


contra incêndio de equipamentos, explosões, danos elétricos, veículos e responsabilidade
civil no valor de R$ 61.140 mil (2004, R$ 53.759 mil).

21
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Os valores do imposto de renda e contribuição social que afetaram o resultado do exercício


são demonstrados como segue:
2005 2004
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Lucro contábil antes do imposto de renda e


contribuição social, menos participação estatutária 68.675 69.928 145.118 148.185
Alíquota combinada do imposto de renda e
contribuição social 34% 34% 34% 34%
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas da
legislação (23.350) (23.776) (49.340) (50.383)
Ajustes ao lucro líquido que afetam o resultado do
exercício:
Resultado de equivalência patrimonial 1.065 890
Outros (1.957) (1.983) (948) (457)
Imposto de renda e contribuição social no resultado (24.242) (25.759) (49.398) (50.840)

Da parcela correspondente ao imposto de renda, R$ 12.076 mil (2004, R$ 30.424 mil) foram
incorporados à reserva de incentivos fiscais, sendo R$ 4.436 mil (2004, R$ 9.108 mil)
registrado em conta de imposto a pagar, no passivo circulante. A contribuição social monta
R$ 6.122 mil (2004, R$ 13.974 mil).

Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos registrados no ativo realizável a


longo prazo no montante de R$ 1.941 mil (2004, R$ 4.108 mil) são decorrentes de diferenças
temporárias.

Estudos técnicos de viabilidade, aprovados pela Administração da Companhia, indicam a


plena recuperação dos valores dos impostos diferidos reconhecidos como definido pela
Instrução CVM nº 371.

Os estudos técnicos acima mencionados correspondem às melhores estimativas da


Administração sobre a evolução futura da Companhia e do mercado que a mesma opera.

Com relação aos créditos constituídos estima-se que os mesmos serão realizados no exercício
de 2007.

16. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

O estatuto social da companhia estabelece que o resultado do exercício, depois de deduzidos


os prejuízos acumulados e a provisão do imposto de renda, serão deduzidos:

• Até 10% para distribuição aos empregados, a critério da Diretoria Executiva, e obedecida
as normas estabelecidas pela companhia sobre o assunto;

• Até 10% do saldo resultante para gratificação aos administradores.

22
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

Entretanto, as normas estabelecidas pela Companhia para o valor da participação nos lucros
para distribuição aos empregados e no Acordo Coletivo de Participação dos
Lucros/Resultados, sendo que, para o exercício de 2005 o resumo das condições negociadas
é:

• A participação nos lucros corresponderá ao número de meses trabalhados no exercício de


2005;

• Farão jus à participação nos lucros todos os funcionários que contarem com 01 a 03 anos
no final do exercício, no atual contrato, e que estiverem na empresa na data do efetivo
pagamento da distribuição;

• Os funcionários com 03 (três) anos de serviços completados até 31 de dezembro de 2005,


ou com tempo superior, receberão 1,8 (um ponto oito) salários;

• Os funcionários com 02(dois) anos de serviços completados até 31 de dezembro de 2005,


receberão 0,52 (zero ponto cinqüenta e dois) salário; e,

• Os funcionários com 01 (um) ano completado até 31 de dezembro de 2005, receberão


0,26 (zero ponto vinte e seis) salário.

17. OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS - LÍQUIDAS

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Reversão (constituições) de provisões 103 (1.279) (62) (1.472)
Demurrage importação de Coque - (3.039) - (3.039)
Impostos, taxas e contribuições (2.377) (2.795) (2.387) (2.795)
Realização de lucros entre a controladora - - - -
e controladas - - - 1.392
Doações (1) (6.339) - (6.339) -
Crédito presumido de IPI - 454 - 1.527
Outras (247) 445 (375) 634
Total (8.860) (6.214) (9.163) (3.753)

(1) Os valores registrados na conta de doações referem-se basicamente aos gastos com as
obras para ampliação de fornecimento de energia elétrica, no município de Andorinha,
através do contrato de nº 003/CCO/2005, firmado com a Cia de Eletricidade do Estado da
Bahia – COELBA, no montante de R$ 6.139 mil, controladora e consolidado, com as
seguintes especificações:
• Projeto e construção de uma saída de linha, em 69 kv, com disjuntor, na subestação
Senhor do Bonfim;
• Projeto e construção de uma linha de transmissão SE Senhor do Bonfim – Ferbasa, em
69 kv, trifásica, extensão aproximada de 52 km, cabo condutor 336,4 MCM, circuito
simples, estrutura de concreto para circuito duplo, com cabo pára-raios.
23
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

As instalações construídas em função deste contrato, uma vez concluídas, serão incorporadas
ao patrimônio e ao sistema elétrico da COELBA, ficando a Concessionária responsável pela
sua manutenção, segundo as normas técnicas e os seus padrões de serviços.

Conforme previsto na Resolução nº 223/ANEEL, de 29/04/2003, a qual regulamenta os Art.


14 e 15 da Lei 10.438 de 26/04/2002, é de responsabilidade do solicitante o desembolso dos
recursos para custear a referida obra, ficando condicionado o seu ressarcimento ao plano de
Universalização a ser aprovado pela ANEEL e ou legislação vigente na época da devolução.

18. RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS – LÍQUIDAS

Controladora Consolidado
2005 2004 2005 2004
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil

Valor residual dos ativos permanentes baixados (2.100) (5.652) (2.100) (5.712)
Outras (878) 610 (623) 512
Total (2.978) (5.042) (2.723) (5.200)

19. RESOLUÇÃO N° 268/04 DA ANEEL - 2004

A Resolução n° 268/04 da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica de 24 de


novembro de 2004 autorizou a CHESF – Companhia Hidrelétrica do São Francisco a cobrar
os valores da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens de “Parcela A” –
CVA para o período de novembro de 2002 a outubro de 2004, cujo valor atualizado em 31
de dezembro de 2004 e devido pela Companhia no montante de R$ 8.131 mil foi registrado
nas rubricas de fornecedores (balanço patrimonial) e custo das vendas (demonstração do
resultado).

20. INCORPORAÇÃO

Controladora e consolidado

Em 29 de dezembro de 2005, a Ata de Assembléia Geral Extraordinária aprovou a


incorporação das controladas Cromita do Brasil S.A., Armisa Arditti Minérios S.A.
Comércio, Indústria e Exportação e, Cia de Mineração Serra da Jacobina - SERJANA, pelo
respectivo valor contábil dos patrimônio líquido da SERJANA e dos passivos a descoberto
da CROMITA e ARMISA na data - base de 30 de novembro de 2005, cujo acervo líquido
incorporado monta R$ 1.730 mil, conforme laudo emitido por empresa especializada.

Os objetivos da incorporação foram a concentração dos recursos financeiros na FERBASA,


visando a administração das receitas e despesas e, economia de recursos com a concentração
da administração, contabilidade, operação e controle das atividades, haja vista que as
empresas incorporadas encontravam-se praticamente sem operação.

24
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

Os itens do balanço patrimonial incorporados estão apresentados abaixo:

Ativo R$ mil
Disponível 753
Créditos com controladora 625
Outros ativos circulantes 116
Imobilizado 452
Total do ativo 1.946

Passivo
Obrigações fiscais e trabalhistas 83
Débitos com controladora 133
216
Patrimônio líquido 1.730

25
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA – FERBASA E CONTROLADAS

21. SALDOS E TRANSAÇÕES COM ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS

CONTROLADORA
TRANSAÇÕES SALDOS
Realizável a Exigível a
Ativo circulante longo prazo Passivo circulante longo prazo
Despesas Contas a Contas a
Compras de Custos com gerais e receber de Dividendos receber de Dividendos Contratos
produtos arrendamento administrativas clientes a receber de mútuos (1) Fornecedores propostos de mútuos (1)
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Acionistas
Fundação José Carvalho 2.441 5.494

Interligadas
Silício de Alta Pureza da Bahia S.A.
Silbasa 840 1.051 23 930
Mineração Vale do Jacurici S.A. 960 651 200 240
Reflora e outros 6 156 112

Total em 31 de dezembro de 2005 6 1.956 2.441 1.051 674 1.130 352 5.494 -

Total em 31 de dezembro de 2004 103 1.836 1.959 2.388 609 226 2.544 11.781 625

(1) Sobre os saldos de mútuo não incidem encargos financeiros, bem como, inexistem contratos com a formalização dos mútuos.

26
16/3/200616:19:01

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Ferbasa 2005

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O crescimento da economia, para o setor industrial do País, apresentou desempenho frustrante


em 2005, com 2,5% do PIB, comparado ao crescimento mundial de quase o dobro. Ao
contrario de 2004, as ações governamentais concentraram-se no controle da inflação, tendo
como ferramenta gerencial o aumento substancial da taxa de juros internos, reprimindo a
demanda, aliada ao programa de pífios investimentos em infra-estrutura, indispensáveis ao
desenvolvimento futuro. A moeda americana teve uma desvalorização média de 16,95% no
ano, impactando negativamente a competitividade de toda indústria inserida no contexto de
globalização, que segue os preços internacionais internados. Na Ferbasa 85% do faturamento
bruto sofre influência cambial.

Apesar de todas as vantagens competitivas, a indústria siderúrgica, não foi capaz de superar
os efeitos da política econômica governamental, resultando na redução de 3,9% da produção
de aço bruto em 2005, ao contrário da expansão de quase 6% do ano anterior. A produção
anual ficou limitada a 31.630 mil toneladas.

A produção mundial de aço atingiu 1.129.000 mil toneladas em 2005, crescimento na ordem
de 8,6% em relação ao ano anterior, liderada novamente pela China que produziu 348.000 mil
toneladas, crescimento anual de 25,63%, enquanto que os países do bloco ocidental reduziram
a produção no segundo semestre do ano invalidando todo o crescimento auferido de início. A
produção mundial de aço inox em 2005 atingiu 24.721 mil toneladas, mantendo-se
praticamente estável em relação ao ano anterior, tendo o suporte decisivo do incremento da
produção da China e da Índia, na ordem de 38% e de 16% respectivamente. O segmento
nacional de aço inox também sofreu o impacto de desaceleração do mercado doméstico,
notadamente no segundo semestre de 2005, com produção de 400 mil toneladas, queda na
ordem de 10% se comparada com o ano anterior.

No contexto global, a ação de ajuste de estoques via retração de produção de aço, nos países
do bloco ocidental, exerceu forte pressão sobre o ganho de preço auferido pelas commodities
no primeiro semestre de 2005, resultando em queda mais forte no segundo semestre.

A Ferbasa dentro de sua política comercial, acompanhou as oscilações de preços


internacionais, tendo absorvido, no ano em curso, queda de 8,73% no preço médio de venda
das ferroligas.

O setor de ferro ligas é de vital importância ao parque siderúrgico nacional, como supridora
de matéria prima de qualidade e como segmento industrial onde participa indiretamente de
toda exportação de aço, contribuindo para o superávit da balança comercial brasileira. A
Ferbasa é uma das líderes no suprimento das ligas de cromo e ferro silício ao longo de 45
anos, abastecendo o mercado interno e atendendo o mercado externo. A participação na
produção nacional corresponde a 22%. Sua política de investimento acompanha a expectativa
de expansão dos clientes, ajustada a conjuntura do momento, sem perder de vista sua
característica de solidez financeira. Em 2005 os investimentos da controladora totalizaram R$
69.750 mil.

1
16/3/200616:19:01

PRODUÇÃO

Em 2005 a produção da companhia atingiu 230.639 mil toneladas, redução de 4,95% em


relação ao ano anterior em conseqüência da retração de demanda do mercado doméstico. Essa
queda é reflexo direto da desaceleração da economia no segundo semestre e do incremento
das importações predatórias de ferro silício 75, proveniente da China, que mantém a moeda
local desvalorizada em relação ao dólar, favorecendo seus produtores locais. Essa situação
tende a agravar-se, caso permaneça a mesma política cambial, aumentando a desvalorização
do dólar ante uma inflação capitalizada, que impulsiona aumentos das tarifas públicas,
encargos setoriais e impostos novos, inflando os custos em reais.

Com o aumento de estoque de ferro silício 75 e a queda acentuada do preço no mercado


internacional, a Ferbasa foi forçada a reformular seu mix de produção, aumentando a de ferro
cromo e diminuindo a de ferro silício 75, que estava utilizando os fornos de cromo,
postergando a reforma destes fornos. Com isso, conseguiu otimizar toda a energia contratada
da Chesf em 2005, adequando o programa de produção para 2006, com redução acentuada da
demanda de energia contratada, dentro do prazo legal das normas do setor elétrico atual,
minimizando prejuízo para a companhia.

Dentre os custos adicionais, optamos pelo aumento de estoque em 2005, ajustados a uma
menor produção em 2006 para um volume de vendas que contemplasse os dois valores.

Produção 2005 2004 2003


Ferro Cromo Alto Carbono 140.304 158.222 160.816
Ferro Cromo Baixo Carbono 15.429 19.054 10.441
Ferro Silício Cromo 14.570 11.560 8.307
Ferro Silício 75% 60.336 53.815 51.351
TOTAL 230.639 242.651 230.915

VENDAS

PRODUÇÃO E VENDAS
O volume total de vendas alcançou 201.531 toneladas, redução de 3,73% se comparado com
as 209.330 do ano anterior. No mercado interno, o volume total de vendas foi de 167.513
toneladas, redução de 7,76% em relação ao ano anterior.

As vendas de ferro cromo no mercado interno totalizaram 127.579 toneladas em 2005, contra
as 140.386 toneladas do ano anterior, redução de 9,12%, seguida da redução de venda do ferro
silício 75 na ordem de 6,01%, correspondente as 22.841 toneladas em 2005 contra as 24.301
toneladas do ano anterior. As vendas de ferro cromo baixo carbono prosseguem firmes,
consolidando volume da ordem de 17.000 toneladas ao ano.
Vendas
194.836
181.596
167.513

34.018
27.734
15.675

2005 2004 2003

2
M. Interno M.Externo
16/3/200616:19:01

A receita operacional bruta foi de R$ 545.768 mil, 10,45% menor que a do exercício de 2004,
tendo o mercado interno contribuído em 86,9 % deste resultado.

A receita líquida de vendas alcançou R$427.435 mil em 2005, 10,60% menor que o ano
anterior, pesando sobremodo a valorização cambial de nossa moeda.

As exportações atingiram 34.018 toneladas, incremento de 22,66% em relação ao ano anterior


correspondente ao faturamento de U$ 29.389 mil. Representa 16,72% do faturamento e está
concentrado no ferro silício 75, notadamente o de alta pureza (baixo alumínio, cálcio, carbono
e titânio), que agregam mais valor. Por esta razão a Ferbasa investiu em um novo forno, o
forno XII, para atender à demanda dos clientes orientais, na premissa de aumento de consumo
ditado pelo mercado crescente na fabricação de aços especiais inerente à tecnologia de maior
eficiência dos motores elétricos, transformadores e conversores de energia. Mas por razão de
excedente de estoque de ferro silício 75, a partida do forno XII foi protelada para o primeiro
trimestre de 2006, a fim de se adequar às condições prevalecentes do mercado.

Vendas 2005 2004 2003


Mercado Interno
Ferro Cromo Alto Carbono 127.579 140.386 146.349
Ferro Cromo Baixo Carbono 17.077 16.741 11.402
Ferro Silício Cromo 16 168 513
Ferro Silício 75% 22.841 24.301 36.572
167.513 181.596 194.836
Mercado Externo
Ferro Cromo Alto Carbono 75 50
Ferro Silício 75% 33.943 27.684 15.675
34.018 27.734 15.675
TOTAL (MI + ME) 201.531 209.330 210.511

Consumo Próprio (t) 2005 2004 2003


Ferro Cromo Alto Carbono 8.417 6.762 5.098
Ferro Silício Cromo 10.560 12.688 6.761
Ferro Silício 75% 230 337 171
TOTAL 19.207 19.787 12.030

Estoques (t) 2005 2004 2003


Ferro Cromo Alto Carbono 36.786 32.553 21.529
Ferro Cromo Baixo Carbono 748 2.396 83
Ferr Silício Cromo 4.170 176 1.471
Ferro Silício 75% 6.604 3.282 1.789
TOTAL 48.308 38.407 24.872

RESULTADO – INDICADORES FINANCEIROS (Controladora)

O lucro bruto em 2005 foi de R$99.226 mil, redução de 44,61% comparada aos R$179.155 do
ano anterior.

O lucro operacional da controladora alcançou R$ 76.229 mil, uma redução de 50,94% em


relação ao ano anterior. Resultado muito aquém das expectativas, causado pela intensidade da
desvalorização cambial de 16,95%, o aumento nos custos dos produtos vendidos (14%) e a
queda de preço do ferro silício no mercado internacional (7%).

3
16/3/200616:19:01

2005 2004
Resultado financeiro líquido 13.456 10.265

Ressaltamos o valor extra de R$ 6.139 mil que foi lançado como despesa operacional,
referente a implantação da nova linha de transmissão 69kv/55km para atender o projeto de
ampliação da mineração de cromo. Mesmo sendo um investimento da Ferbasa, o patrimônio
passa a ser de usofruto da concessionária de distribuição de energia, Coelba. (Ver nota
explicativa nº17).

As matérias primas e os gastos diretos de fabricação representaram cerca de 70% do aumento


de custos dos produtos incorridos em 2005, dos quais identificamos minério de cromo, carvão
vegetal e energia elétrica com aumento médio de 18%, quartzo e coque metalúrgico na ordem
de 30% e minério de ferro 42%. Outros custos indiretos, no âmbito de saúde, segurança e
meio ambiente, foram incorporados à atividade produtiva.

Medidas gerenciais no controle e redução de custos já estão em andamento desde o último


trimestre de 2005. Esperamos que os efeitos dessa redução, já sinalizados no inicio deste ano,
atinjam ao máximo exigido a fim de suportar o cambio valorizado por mais tempo.

Atrelado ao panorama desfavorável de câmbio, o aumento dos custos incorridos contribuiu


com a queda no resultado do exercício de 2005, que apresentou lucro líquido de R$ 44.433
mil, redução de 53,58 % em relação ao ano anterior, lucratividade de 10,40% e margem
EBTIDA de 18,17%, praticamente a metade do ano anterior.

Malgrado o resultado do exercício tenha reduzido à metade os números dos principais


indicadores econômicos, a companhia mostra todo esmero no índice de liquidez corrente
(6,10), consolidando o seu perfil de solidez financeira aos olhos dos acionistas na confiança
de superar períodos de dificuldades sazonais característicos do nosso seguimento.

Indicadores 2005 2004 2003


Endividamento (%) 10,56 19,10 18,23
Liquidez corrente (R$) 6,10 4,28 5,16
Margem Líquida (%) 10,40 20,02 21,97
Lucro EBITDA (R$ mil.) 77.671 160.569 129.239
Margem EBITDA (% ) 18,17 33,58 35,74
Lucro por ações 4,03 8,67 7,20

MARGEM EBITDA (% ) Valor Adicionado = R$ 205.496


35,74
33,58
Lucros Pessoal e
retidos 16,11% encargos
18,17 27,26%
Dividendos
5,51%

juros e
aluguéis 4,16%

2005 2004 2003


Impostos,
taxas e
contribuições
46,96%

4
16/3/200616:19:01

DESTINAÇÃO DO LUCRO

Do lucro líquido apurado, a diretoria executiva está propondo à Assembléia Geral Ordinária
destinar R$ 11.329 mil (onze milhões, trezentos e vinte e nove mil reais) para distribuição aos
acionistas, dividendos de 26,84% do lucro líquido ajustado, sendo R$ 0,96 por ação ordinária
e R$ 1,06 por ação preferencial.

Lucro Líquido

95.720
79.456

44.433

2005 2004 2003

INVESTIMENTOS

Do programa de investimento divulgado ao mercado, para o triênio 2005/2006/2007 no valor


de R$224 milhões, foram alocados recursos na ordem de R$ 70 milhões de reais em 2005,
sofrendo naturalmente redução compatível com o cenário de cautela. Em resumo, destacamos
os itens mais importantes por diretoria privilegiando ganhos de produtividade, aumento de
produção, novas tecnologias, redução de custo e sem perder o foco de prioridade na saúde,
segurança e meio ambiente.

Diretoria Industrial (31%) - Do orçamento inicial de R$ 19 milhões de reais da parte


metalúrgica do forno XII foram gastos cerca de 90% até o final do ano, dando seu start up no
primeiro trimestre de 2006, em conjunto com a montagem de um filtro de manga. Dentre os
outros investimentos – reforma do forno I, ampliação da subestação rebaixadora de 230 kv,
aquisição de transformador de 100 MVA, escavadeira de esteira com rompedor hidráulico,
disjuntores de alta tensão, montagem de galpão e equipamentos diversos.

Diretoria de Mineração (22%) - Construção de subestação rebaixadora 13.8 kv e linha de


transmissão elétrica interna, construção de galpão de almoxarifado, veículos e ônibus
rodoviário, ampliação da torre da usina de concentração da mina Medrado, ampliação do
sistema de separação magnética de impurezas de minério concentrado, abertura de rampa de
2800 metros no subsolo de Ipueira II/III/IV, abertura de raise bore (chaminé de ventilação),
desenvolvimento de galerias e sondagens a diamante na mina Ipueira V, sistema de
tratamento de finos para aumento de produção na mina Pedrinhas, reforma de caminhões fora
de estrada, aquisição de robô para projeção de concreto e equipamento de perfuração e
instalação automática de cabolt Tamrock.

Diretoria Recursos Florestais (30%) - Implantação de 4.281 hectares de floresta, usando a


mesma técnica de subsolagem profunda nas áreas de impedimento de crescimento da muda,
aquisição de clones geneticamente selecionados, direcionados ao ganho de produtividade,
manutenção de 9.552 hectares dos plantios iniciados desde o ano 2000, manutenção de quatro
baterias de produção de carvão existentes, abertura e manutenção de 280 km de estradas

5
16/3/200616:19:01

internas do complexo florestal, e aquisição de 3.560 hectares de terras para dar complemento
ao programa de auto suficiência de produção de carvão com o adicional do novo forno XII. O
programa total de auto suficiência em carvão vegetal, com o novo forno estava fixado em
40.000 metros cúbicos de carvão por mês, correspondente a 20 mil hectares plantados de
florestas (40.000 hectares de área bruta). Dispomos até o momento de 13.830 mil hectares
plantados mais 3 mil hectares liquidos, disponível ao plantio. Faltando aproximadamente
3.200 hectares líquido (6400 ha brutos) para atingir os 20 mil hectares plantados. Contudo,
esta parcela final está suspensa. Negociações comerciais com nossos clientes estão
consolidando a mesma faixa do teor de enxofre no nosso ferro cromo alto carbono à
especificação internacional menos restritiva. Significa na prática deixar de adicionar 0,5 metro
cúbico de carvão por tonelada de liga, ou 6500 metros cúbicos de carvão mensal a menos.
Implicando naturalmente menos investimento em 6400 ha de terra bruta, bateria de fornos,
equipamentos e florestas, investimentos na ordem de R$ 16 milhões ao longo dos primeiros
seis anos.

Recursos Humanos (3%) - Construção do auditório para 150 funcionários, construção de


prédio anexo ao administrativo alojando a divisão de segurança, sala de treinamento e
laboratório de controle de qualidade, reforma do refeitório, implantação de sistema de
vigilância eletrônica, modernização de computadores e acessórios de informática,
modernização da frota de veículos da administração e compra de moveis e utensílios.

Meio Ambiente e outros (14%) - Conclusão da montagem do primeiro filtro de manga – forno
XI, início da montagem do filtro de manga do forno novo – forno XII, instalação de
exaustores nas bicas de corridas dos 4 fornos de ferro silício, instalação de estação supressores
de pó do sistema de britagem de ferro cromo alto carbono e ferro silício 75, reforma do forno
de calcinação para produção de cal virgem, conclusão do sistema de tratamento de escória de
ferro cromo baixo carbono, aquisição de carregadeira e equipamentos para usina de produção
de asfalto, duplicação do estacionamento de caminhões, início de projeto de tratamento de
efluente da companhia com o manilhamento do riacho que corta a área de produção e
separação dos nossos efluentes das águas pluviais proveniente da bacia hidrográfica à
montante da nossa área, desenvolvimento do sistema de lavadores de gases da fábrica de ferro
cromo alto carbono – lavador inox do forno no 3 e cobertura das baias de estocagem de toda
produção de ferro silício.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

As ações desenvolvidas em prol do seu crescimento não afastaram o olhar da Ferbasa sobre as
necessidades das comunidades nas quais se encontra envolvida e do reconhecimento ao
talento dos seus funcionários como um dos principais pilares para o alcance do sucesso
desejado.

Assim, nessa trajetória, em 2005 a empresa incluiu em suas prioridades, a continuidade do


programa de responsabilidade social, através do desenvolvimento de várias ações, dentre as
quais a seguir destacamos:

Educação em primeiro lugar


Apoiada na convicção de que a educação é a chave para a transformação social a que o país
urge submeter-se, a Ferbasa destinou recursos para a educação de jovens carentes da zona
rural, dando seguimento ao trabalho desenvolvido em parceria com a Fundação José
Carvalho, cuja proposta visa conferir aos beneficiários, em concomitância com o curso

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16/3/200616:19:01

fundamental completo, habilidades e conhecimentos específicos, de modo a oferecer-lhes


condições de desenvolvimento nessa área, visando a construção ou o fortalecimento da
agricultura familiar. Além desses, o programa propicia-lhes outros benefícios sociais, como a
assistência médico-odontológica, alimentação, transporte e outros.

Saúde e Segurança
A implantação de um novo sistema de gestão continuou em 2005, como uma das principais
prioridades da empresa, que persegue o objetivo de reduzir ao máximo as perdas inerentes aos
acidentes. Todos os esforços já são nitidamente reconhecidos, especialmente pela melhoria de
diversos índices.

Educação profissional
Em 2005 a FERBASA, em parceria com o SENAI, ofereceu aos jovens da comunidade local
e circunvizinhas, cursos de qualificação voltados para atividades profissionais nas áreas de
manutenção elétrica e mecânica. Na sequência, todos os participantes desse programa foram
contratados como estagiários, proporcionando à maioria a oportunidade do primeiro emprego.

Educação Ambiental
A crescente preocupação da empresa com as questões ambientais pode ser demonstrada
através das ações educativas desenvolvidas no decorrer do ano, sendo essas extensivas aos
membros da comunidade onde atua. Vale ressaltar que, com base nas diretrizes traçadas em
sua política, a Ferbasa contribuiu também com projetos de preservação de reservas ambientais
em todas as suas áreas de florestas de eucaliptos .

Indicadores Sociais (em números)


Reais - mil
Laboriais Alimentação 1.377
Salários e encargos 54.366
Saúde 2.365
Participação no Lucro - empregados 2.443
Outros 385
Sociais Programa Integrado de Saúde, Segurança e 1.000
Meio Ambiente
Desenvolvimento profissional e Educação 1.730
Ambiental
Educação 2.492

PERSPECTIVAS E CONSIDERAÇÕES

Superar os desafios é a palavra de ordem da Ferbasa em 2006, voltando-se para as tarefas de


ajuste de custo, diminuição de estoque de matéria prima, controle da operação de produção e
vigilância contínua dos custos fixos e investimentos. Tais atitudes demandarão esforços
conjunto de todos os setores da empresa para que se possa vencer a diminuição do resultado,
traduzida principalmente pela desigualdade entre a forte queda de receita em reais, projetada
pela contínua valorização cambial em 2006 e a resistência de redução do custo médio dos
produtos em estoque, que serão realizados ao longo do ano.

Do lado positivo estão os preços do ferro cromo alto e baixo carbono que estão na ordem de
60cents US$ /lbCr comparado-se com os 40 cents /lbCr historicamente vividos pelo setor três

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anos atrás. Da mesma forma, os preços do ferro silício 75 estão se recuperando no mercado
internacional e tendendo a atingir patamares mais lucrativos.

A demanda mundial por ferro ligas tem aumentado consistentemente neste primeiro trimestre
do ano, tendendo a se prolongar até o final do semestre, dando sinais de que a siderurgia
mundial manterá nível de crescimento positivo. Da mesma forma o aço inoxidável tem
sinalizado recuperação de seus preços neste início de ano, após uma retração na produção,
atrelada ao ajuste de estoque excedente, contribuindo naturalmente para melhor estabilização
de preço das ligas de cromo.

A produção mundial das ferroligas a base de cromo e silício está bem ajustada à demanda,
comandada pelos produtores da África do Sul, mantendo certo controle dos estoques
reguladores, impedindo queda brusca do preço .

Quanto ao mercado doméstico, a expectativa é de que os investimentos públicos impulsionem


a construção civil, projetos públicos privados no setor elétrico e rodoviário a fim de gerar
mais emprego e o crescimento econômico superior ao do ano anterior. Como reflexo, o
consumo de aço e ferro ligas pode reverter o quadro de retração vivido no último trimestre de
2005.

Destacamos a política de relacionamento com auditores independentes, na prestação de


serviços não relacionados à auditoria externa, referendados por princípios que preservem a
independência do auditor, estabelecidos assim:
- auditor não deve auditar seu próprio trabalho
– auditor não deve exercer funções gerenciais
- auditor não deve advogar para seu próprio cliente

Em conformidade com o estabelecido na Instrução CVM-381/03, informamos que a firma de


auditoria prestou serviços no valor de R$ 54.270,00 referente a emissão de laudos de
avaliação do patrimônio a valor contábil.

Ademais, temos que agradecer a confiança dos nossos clientes e dos nossos acionistas, a
dedicação de todos os funcionários e empreiteiros e o apoio dos órgãos federais, estaduais e
municipais, que compartilharam com o resultado alcançado pela companhia em 2005 .

Pojuca, 22 de fevereiro de 2006.

A Diretoria

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PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da


Companhia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASA
Pojuca – BA

1. Examinamos os balanços patrimoniais da COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA -


FERBASA, controladora e consolidado, levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, as
respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (controladora) e
das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas,
elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de
expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e


compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o
volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia e
controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) avaliação das práticas e das
estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia e
controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam


adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
COMPANHIA DE FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA, controladora e consolidado,
em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu
patrimônio líquido (controladora) e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes
aos exercícios findos naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Adicionalmente, examinamos as demonstrações dos fluxos de caixa, controladora e


consolidado, correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004,
aplicando os mesmos procedimentos descritos no parágrafo 2. Essas demonstrações, não são
requeridas pela legislação societária brasileira e foram elaboradas para propiciar informações
adicionais. Em nossa opinião, essas demonstrações estão adequadamente apresentadas, em
todos os aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Salvador, 22 de fevereiro de 2006

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU José Luiz Santos Vaz Sampaio


Auditores Independentes Contador
CRC- n° 2SP 011.609/O-8-F “BA” CRC – BA n°015.640/O-3
PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Os membros do Conselho de Administração da Cia. de Ferro Ligas da Bahia – Ferbasa, atendendo ao disposto
na lei, reunidos na sede da referida empresa, examinaram os livros contábeis, documentos, contas, Balanço
Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de
2005, constatando perfeita ordem em tudo. Assim, estão de acordo que todos os atos e operações realizadas ao
curso daquele exercício devam ser aprovados pelos senhores acionistas.

Pojuca, 16 de março de 2006.


José Joaquim de Santana - Presidente
Aluisio Marins - Vice Presidente
Ruydemberg Trindade
Carlos Humberto de Miranda Pereira Mello
Gilvan Rodrigues Durão Filho
Geraldo de Oliveira Lopes

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal da Cia de Ferro Ligas da Bahia - FERBASA, cumprindo as atribuições legais
e estatutárias, elaboradas de acordo com a legislação vigente, examinaram o Relatório da Administração, em
conjunto com as Demonstrações Financeiras e notas explicativas do exercício findo em 31 de dezembro de
2005, bem como tomaram conhecimento da proposta da administração a ser submetida à assembléia geral de
acionistas já refletida nas mencionadas demonstrações financeiras. Considerando que a documentação
examinada está formalizada em termos que traduzem a situação patrimonial e financeira da Cia de Ferro
Ligas da Bahia - FERBASA, em 31 de dezembro de 2005 e considerando o parecer dos auditores
independentes, os membros do conselho fiscal, são de opinião que o relatório da administração e as
demonstrações financeiras, encontram-se em condições de serem submetidos à deliberação da Assembléia
Geral dos Acionistas.

Pojuca, 16 de março de 2006.


Getulio Lamartine de Paula Fonseca
André Carvalhaes Ribeiro
Carlos Dantas Costa
INFORMAÇÕES ADICIONAIS

ANEXO I - PRODUÇÃO E VENDAS – QUARTO TRIMESTRE 2005.

Produção (toneladas) REALIZADO PREVISTO


Ferro Cromo Alto Carbono 33.370 33.144
Ferro Cromo Baixo Carbono 3.773 4.757
Ferro Silício Cromo 5.260 5.271
Ferro Silício 75% 12.825 13.253
TOTAL 55.227 56.425

Distribuição (toneladas)
Mercado Interno
Ferro Cromo Alto Carbono 27.277 31.000
Ferro Cromo Baixo Carbono 3.693 4.590
Ferro Silício Cromo 0 -
Ferro Silício 75% 4.802 4.500
35.772 40.090
Mercado Externo
Ferro Cromo Alto Carbono 25 -
Ferro Silício 75% 10.796 11.500
10.821 11.500
TOTAL (MI + ME) 46.593 51.590

A produção anual realizada de 230.639 toneladas, atingiu praticamente o previsto no IAN de 227.620
toneladas.

Em função da queda de preço e demanda do ferro silício no quarto trimestre, a entrada do novo forno de ferro
silício foi adiada e incrementada a produção de ferro cromo. Assim sendo foram produzidas mais ligas de
cromo e menos de silício que a previsão inicial.

As vendas no trimestre de 46.593 toneladas ficaram cerca de 10 % menores que as projeções de 51.590
toneladas. As ligas de ferro cromo alto e baixo carbono do mercado interno refletiram este resultado.
Todo setor siderúrgico sofreu retração de produção no último trimestre do ano, acompanhando a tendência
mundial de adequação dos estoques ao arrefecimento da demanda, estabilizando os preços.

Os preços das ligas de cromo acompanharam a tendência de queda do mercado internacional de 6,8% (5
cents/lbCr) e no caso das ligas de silício 75 a pressão de redução de preço foi com maior intensidade às
nossas previsões .

As projeções são positivas para o primeiro trimestre de 2006 no que se refere a retomada de produção
mundial de aço inox, que fechou o ano sem crescimento em 2005 se comparado com o ano anterior. A queda
dos estoques fará com que aumento de preço do aço inox se tornem viáveis no 1º trimestre de 2006, abrindo
espaço para que os produtores de ferro cromo também recuperem, com maior rapidez, a queda do preço de
5cents de dólar por libra de cromo no mesmo período.

Da mesma forma, o ferro silício 75 já confirmou aumentos de 70/80 US$ (10/12%) de preço no 1º trimestre
de 2006 e com forte tendência de aumentos futuros, revertendo a situação.
Do lado negativo temos a constância na valorização do Real que deprime o faturamento bruto da Ferbasa,
diminuindo a lucratividade da empresa.

Projetamos que a cotação do câmbio atinja o limite em R$ 2,10 / US$ ao longo do primeiro semestre de 2006
podendo apresentar melhora no segundo semestre com a combinação de risco em ano eleitoral.

Todos os esforços estão sendo intensificados para uma compensação da queda de margem via redução de
custo geral e aumento de produtividade durante o ano de 2006.

Quanto a pesquisa de níquel em nossas áreas no município de Andorinha/Ba, optamos pela empresa INCO
Brasil Ltda., por se tratar de empresa capacitada, que dispõe de áreas contíguas às nossas, de bom potencial.
Todo o risco do investimento é da INCO. Os trabalhos de pesquisa deverão ter início no final do primeiro
trimestre de 2006, com previsão de dois anos para a conclusão da primeira fase.

Pojuca, 8 de março de 2006.

Gilvan Rodrigues Durão Filho


Diretor de Relações com Investidores
INFORMAÇÕES ADICIONAIS

ANEXO II - Demonstração do Resultado do Exercício - Quarto trimestre 2005


de 01/10/2005 a de 01/01/2005 a de 01/10/2004 de 01/01/2004
Descrição da Conta
31/12/2005 31/12/2005 a 31/12/2004 a 31/12/2004
Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 115.761 545.767 159.105 609.491
Deduções da Receita Bruta (23.943) (118.332) (34.370) (131.359)
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 91.818 427.435 124.735 478.132

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (75.173) (328.209) (80.879) (288.032)


Resultado Bruto 16.645 99.226 43.856 190.100

Despesas/Receitas Operacionais (6.354) (23.008) (16.962) (34.720)

Com Vendas (1.156) (4.204) (894) (3.367)


Despesas portuarias (349) (1.103) (157) (623)
Comissão de agente (64) (212) (71) (226)
Outras (743) (2.889) (666) (2.518)

Gerais e Administrativas (6.228) (26.522) (7.825) (27.078)


Salários e encargos (1.677) (6.585) (1.556) (5.913)
Honorários dos administradores (1.004) (3.227) (712) (2.272)
Depreciações (226) (783) (129) (413)
Serviços de terceiros (1.345) (6.729) (1.320) (5.847)
Assistência médica e social (283) (1.169) (328) (1.929)
Outras (1.693) (8.029) (3.780) (10.704)

Financeiras 3.019 13.456 3.732 10.265


Receitas Financeiras 4.845 19.479 3.957 14.610
Despesas Financeiras (1.826) (6.023) (225) (4.345)

Outras Receitas Operacionais 374 1.505 146 1.035


Outras Despesas Operacionais (3.233) (10.378) (12.660) (18.193)

Resultado da Equivalência Patrimonial 870 3.135 539 2.618

Resultado Operacional 10.291 76.218 26.894 155.380

Resultado Não Operacional (262) (2.980) (1.627) (5.042)


Receitas 45 302 648 986
Despesas (307) (3.282) (2.275) (6.028)

Resultado Antes Tributação/Participações 10.029 73.238 25.267 150.338

Provisão para IR e Contribuição Social (2.160) (22.076) (6.437) (49.398)

IR Diferido (62) (2.167) - -

Participações/Contribuições Estatutárias (4.562) (4.562) (5.220) (5.220)


Participações (4.562) (4.562) (5.220) (5.220)
Contribuições - - - -

Lucro/Prejuízo do Período 3.245 44.433 13.610 95.720

Pojuca, 8 de março de 2006.

Gilvan Rodrigues Durão Filho


Diretor de Relações com Investidores

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