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Evolução da produção?
Antes dos anos 80 a produção de bens seguia sobretudo à produção em
massa (mass production). Caracterizada por:
Linha de produção
Tecnologia
Procura maior que a oferta levando à garantia de que tudo o que era
produzido seria vendido.
Pouca concorrência
A partir de 1995 entra-se numa era de mass customization onde, para ter
sucesso, é indispensável não só um produto, mas sim um produto que se
adapte ás necessidades dos clientes. Características:
Importância da tecnologia, performance e cliente
Tem de se estar atento ao cliente, tentar compreende-lo e satisfazer as
suas necessidades antes da concorrência.
Forte concorrência
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Ao nível de supply network
Ao nível das operações
Ao nível do processo
Análise de Processo
Análise do processo - Documentação e compreensão detalhada de como o
trabalho é desempenhado e como pode ser redesenhado.
Exemplo:
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Os processos podem ser classificados:
Front Office
Caracteriza-se por apresentar um alto grau de customização, onde existe
uma grande interacção com os clientes.
Consequentemente a produção é complexa com muitas excepções.
Exemplo: Venda de serviços financeiros
Hybrid Office
Caracteriza-se por apresentar algumas interacções com os clientes, no
entanto mantém um processo de produção estandardizado, abrindo a
possibilidade de se fazer alguns ajustes requeridos pelos clientes.
Quanto à complexidade tem uma complexidade moderada, admitindo
algumas excepções na produção.
Back Office
Pouca interacção com os clientes, serviço estandardizado
Trabalho simples, rotineiro, sem alterações nos processos de produção.
Estratégias de Produção:
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Make to order Começa a produção apenas após receber a
encomenda do cliente. Esta estratégia é geralmente usada quando se
produz poucas quantidades de produto e especializados. Características:
1. Tempo de resposta: Lento
2. Stocks de: Matéria-prima
3. Experiência/qualificação dos trabalhadores: Alta
4. Equipamento: standard
Estrutura do processo:
Baixo volume de
Vários produtos Grandes quantidades
produção Maior volume
Volume Alta estandardização
Produtos feitos à medida de produção
moderado
do cliente
Complexidade
Produto customizado
Projectos
Sequência única de
tarefas
Produção de
Trabalho
lotes (batch):
moderadamente
pequenos lotes
complexo
ou gd lotes
Processo em
Trabalho repetitivo
linha
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Processo continuo
Produção continua
(24 horas por dia)
Projectos:
Alto grau de flexibilidade
Os recursos são dedicados a tarfeas que demoram longos períodos de
tempo.
Exemplo: construção civil
Pequenos lotes:
O equipamento é agrupado de acordo com as funções do processo
Pode-se produzir uma grande variedade de produtos customizados
Exemplo: Metalurgia
Grandes lotes:
O equipamento é agrupado de acordo com as funções do processo
Os produtos são geralmente estandardizados
Exemplo: Roupa
Processo em linha:
Grande volume de produção
Exemplo: Industria automóvel
Processo continuo:
Produto vem em doses e não em unidades individuais
Exemplo: pasta de papel
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- Variedade
- baixos custos
Make to stock
- entrega rápida
Análise da Capacidade
Capacidade Máximo número de outputs de um processo. Geralmente é
medido pela quantidade produzida por unidade de tempo.
A capacidade é importante:
Só conhecendo a nossa capacidade é possível saber se com ela somos
capazes de satisfazer toda a nossa procura de curto-prazo.
Para satisfazermos os nossos clientes temos de saber o que eles querem.
No entanto a procura é dinâmica. Só sendo capaz de saber o que querem
hoje e prever o que querem amanhã, será possível oferecer um melhor
serviço ao equilibrar a nossa oferta com a procura (dado os recursos
serem limitados).
A procura depende:
Clima
Ocasiões especiais
Comportamentais
Políticos
Financeiros
Sociais
A capacidade depende:
Tamanho (escala)
Experiência (curva de experiência)
Flexibilidade (equipamento, pessoal..)
Equipamento eficiente (OEE é uma ferramenta que permite avaliar a
eficiência).
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Há 3 estratégias para lidar com as flutuações:
1. Absorver a procura Aumentar a capacidade:
i. Produzir para ter em stock
ii. Ter capacidade excedentária
iii. Fazer com que os clientes esperem
Theory of Constraints:
Estuda como se pode gerir as restrições que estão a bloquear o processo.
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4. Elevar a capacidade do bottleneck, criando mais desses processos.
5. Observar se o bottleneck continua a ser o mesmo, ou se agora há outro
bottleneck que precisa de ser tido em conta.
Note-se que:
Starvation – Quando uma actividade fica momentaneamente
sem nada para fazer, pois a actividade anterior é mais lenta
que ela.
Blocking - Quando a próxima actividade é mais lenta que a
anterior pelo que ainda está a processar o produto anterior:??
Buffers – Pode reduzir starvation e blocking ????
Medição da qualidade
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Não basta produzir muito, tem de se produzir com qualidade. Daí que seja
importante a qualquer empresa controlar a qualidade a vários níveis:
Qualidade
Qualidade Fiabilidade
Satisfaz a necessidade para a É capaz de produzira um nível
qual foi desenvolvido de qualidade satisfatório
Variáveis Atributos
Aquilo que se pode medir. Aquilo que se pode avaliar.
Exemplo: tamanho, peso… Exemplo: bom ou mau…
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Como saber se a variação num determinado processo é natural, ou
ocasional?
Neste método assume-se que para o cliente, qualquer peça que ficar dentro
do intervalo permitido é igualmente boa, e qualquer peça que ficar fora do
intervalo é igualmente má.
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Exemplo: imagine-se uma empresa produtora de tabletes de 150g de
chocolate. Sabe-se que se tiver dentro do intervalo de 145g-155g o erro é
aceitável. Se no entanto estiver à esquerda do lower, ou seja se a tabletes
pesar menos de 145g, o cliente ficará insatisfeito, pelo que isso trás custos
para a empresa. Se por outro lado pesar mais de 155g os custos também
aumentam. Ou seja este método pretende evidenciar que sempre que
produz para fora dos limites a empresa está a incorrer em custos adicionais.
De acordo com Taguchi, o método anterior não faz sentido por 2 motivos:
1. Do ponto de vista do cliente, praticamente não há diferença entre um
produto que esteja um pouco dentro das especificações e outro que
esteja um pouco fora delas. No método tradicional há uma diferença
muito grande entre qualidade de um produto que está dentro do
objectivo e a qualidade daquele que está perto de um limite.
2. Á medida que os clientes se tornam mais exigentes, há uma pressão
para reduzir a variabilidade, contudo o método tradicional não tem
isto em conta.
Controlo do processos
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O controlo do processo preocupa-se com o controle de qualidade enquanto
o produto ou serviço está a ser produzido. Os seus objectivos são de
proporcionar em tempo útil informação sobre os itens que estão a ser
produzidos, e detectar mudanças no processo que sinalizem que os
produtos futuros talvez não atendam ás especificações.
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Há alguns pontos que indicam que o processo está fora de controlo:
Qualquer observação acima do UCL ou abaixo do LCL.
7 pontos seguidos todos acima ou abaixo da linha central
7 pontos seguidos sempre a subir, ou sempre a descer.
Outras tendências como cíclicos etc.
P-Chart
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Passos que se deve seguir para calcular o p-chart:
1. Calcular o p (proporção de itens defeituosos em toda a amostra) para
toda a amostra.
2. Calcular a média de erros registados
3. Calcular o desvio padrão
4. Calcular os limites
5. Fazer o gráfico registando a distribuição p, a média e os limites.
Exercício:
O gestor de um banco está preocupado com os erros com o número de conta dos seus
clientes. Cada semana é tirada uma amostra de 2500 depósitos e o número de erros com
o número de conta é registado. O resultado das últimas 12 semanas é evidenciado na
seguinte tabela.
P-chart
0,012
0,01
Proporção de erro
0,008 p
média
0,006
UCL
0,004 LCL
0,002
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14
Semanas
Exercício 2:
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X-Chart e R-chart
Control Chart para as variáveis é usado para monitorizar a média e a
variabilidade do processo.
Há dois tipos de control chart:
X-Chart (para a média da amostra) para controlar a média de uma
variável.
R-Chart (for sample range) Para controlar a variabilidade de uma
variável. Onde o r é a diferença entre o número mais alto e mais baixo
da amostra.
Onde,
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Exercício:
A empresa X produz pregos. É importante que o perímetro dos pregos esteja sempre
sobre controlo. Daí que sejam feitos testes regulares ao perímetro de uma amostra de
forma a se certificar que a produção está a correr bem. Das últimas amostras realizadas
retirou-se os seguintes resultados.
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O R-Chart será portanto:
Process capability
Capabilidade do processo: é a capacidade do processo ser capaz de servir
as especificações desenhadas para um produto ou serviço. Para tal é
importante conhecer o nominal value (média) e tolerance (limites).
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Na linha azul o processo é
capable, pois está
centrado na média e está
dentro dos limites.
Rácio da capabilidade do processo Cp: Na linha vermelha isso já
não acontece.
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Em termos matemáticos este índice é calculado da seguinte forma:
Note-se que se deve escolher o mínimo dos dois rácios, pois é o que nos dá
a pior situação possível.
Exemplo:
Trabalhando com o exercício anterior assuma-se que o processo está
centralizado em 1,251 e o desvio-padrão é 0,00083.
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Isso quer dizer que a média do processo se deslocou para a direita, mas as
peças ainda estão bem dentro dos limites do projecto.
Exercício:
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Como melhorar a capabilidade do processo:
Recolher informação sobre o processo, calcular médias e desvio-padrão
Usar a informação recolhida do processo para fazer process control
charts.
Tirar amostras aleatórias
Calcular o índice da capabilidade do processo, e o rácio da capabilidade
do processo se necessário. Se os resultados forem inaceitáveis procurar
razões para o problema.
Previsão
A previsão consiste em tentar antecipar comportamentos futuros, com base
em informação passada.
Princípios:
Não há previsão perfeita, todas as previsões estão erradas
Quanto mais longe for a previsão, menos exacta será.
Padrões de procura:
Horizontal – A procura está estável, flutua sempre sobre uma dada
média.
Tendencial – A procura tem tendência a subir ou descer
consecutivamente.
Sazonal – A procura segue um padrão repetitivo de subida ou descida
consoante a hora, mês, estação do ano, etc.
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Cíclico – Subidas ou descidas gradual, mas durante um período mais
longo do que um ano.
Aleatória
Time series:
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Tal como já foi referido o time series é uma previsão baseada em vaolres
passados, que assume que os factores que influenciaram o passado e o
presente vão continuar a influenciar o futuro.
Exemplo:
Naive approach:
Assume-se que a procura para o próximo período será igual á deste
período.
Exemplo:
As vendas de Maio foram de 48, logo as vendas de Junho serão 48.
Exemplo:
Qual será o moving average forecast para a procura a 3 semanas e a 6
semanas?
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Repare-se que a curva da previsão para 6 semanas é mais lisa, do que a
previsão para 3 semanas. E que esta é mais lisa que a procura real.
Exemplo:
Dada a procura das semanas anteriores e o seu peso, qual será a previsão para a 4
semana.
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Considera que os pesos sobem exponencialmente, pelo que a informação
mais recente vale mais do que a passada.
Exemplo:
Tenho informação sobre os últimos 8 trimestres (α=0,10). A previsão para o primeiro
trimestre foi de 175. Quero saber qual a previsão para o 9º trimestre.
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Causal methods:
Neste caso pode identificar-se relações entre aquilo que estamos a prever e
outros factores internos ou externos.
Exercício:
Qual a formula da regressão linear, que pode ser usado para prever as vendas nas
próximas semanas?
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Y= 143,5+ 6,3X
Padrões de sazonalidade:
Há certos produtos e serviços que sofrem flutuações na procura de acordo
com determinadas épocas do ano. Uma das forma de conseguir prever a
procura durante o ano é através do weight moving average, onde o peso
maior é colocado nos períodos anteriores da mesma época do ano.
Exercício:
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Erro
Para qualquer método previsional é importante medir o erro.
Medidas de erro:
Cumulative Sum of Forecast Errors (CFE) – Medida do erro total
cometido pela previsão.
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Mean absolute deviation (MAD) – Medida da dispersão do erro da
previsão.
Desvio padrão
Porque é necessário:
A procura não é constante e portanto é difícil de prever
Produzir em pleno, optimizando os recursos
Ter a certeza que existe capacidade suficiente para satisfazer a procura
Planear alterações na capacidade de produção para responder aos picos
e descidas da procura.
Obter o máximo de outputs para o montante de recursos disponíveis.
Quais os objectivos:
Minimizar custos/ maximizar lucros
Maximizar a satisfação do cliente
Maximizar investimentos em inventário
Minimizar alterações nas taxas de produção
Minimizar alterações a nível de contratação e despedimentos
Maximizar a utilização dos recursos disponíveis.
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Produtos complementares: Produtos ou serviços que têm
necessidades de recursos similares mas diferentes ciclos de
procura.
Creative Pricing: Campanhas promocionais desenhadas para
aumentar as vendas, com base em estratégias de preços.
Estratégias de planeamento:
Chase strategy: Adapta a capacidade da empresa à sua procura.
Características:
A produção em cada período varia para igualar a procura
A capacidade varia através de alterações no número de
trabalhadores.
O custo de inventários é muito reduzido.
Custos de despedimento, contratação e formação são
muito elevados.
Não beneficia de descontos de quantidade
Características:
A produção é constante em cada período
O gap entre aquilo que se planeou produzir e a previsão
da procura é preenchido com inventários ou backorders.
O custo de inventário é bastante significativo.
Não tem custos de despedimento, contratação e
formação.
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Há diferentes level strategies:
Level utilization strategy: Estratégia que mantém o
número de trabalhadores constantes, mas varia a sua
utilização para se adequar à procura.
Level inventory strategy: Estratégia que procura
antecipar a necessidade de inventários de forma a
manter o nível de produção e de trabalhadores constante.
Calcular:
i. Hours/worker/month
ii. Unit/workers
iii. €/worker
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b) Determinar os custos da empresa, caso esta seguisse uma chage strategy
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c) Determinar os custos da empresa, caso esta seguisse uma level strategy
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d) Compare os dois métodos. Qual é o melhor?
Neste caso o melhor é o Level Strategy. Deve-se ter cuidado, quando em termos
contabilísticos o melhor é o Chase, pois por esta análise não se tem em conta factores
intangíveis como lealdade dos colaboradores e motivação.
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