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A LINGUAGEM E O PENSAMENTO: FERRAMENTAS NO PROCESSO DE

ENSINO E APRENDIZAGEM

Professores: Me. Ianamary Monteiro, Me. Maicon Martta e Esp. Sandro Santos

1 INTRODUÇÃO

Pensamento e Linguagem e Ensino e Aprendizagem são expressões que se unem


ao redor do aluno como sistema da sua vivência e cotidiano.

A diversidade entre os alunos na rede pública de ensino é natureza intrínseca


desse universo, delegando a tal fato ao invés de oportunidade de um mote ampliado para
a linguagem e aprendizagem, um crescente déficit avaliativo, com resultados cada vez
mais ineptos nos medidores de órgãos internacionais para a Educação.

A partir da teoria vigotskiana este ensaio visa destacar a importância da linguagem


para o desenvolvimento cognitivo e social do homem, evidenciando seu aspecto gregário
e seu caráter de sujeito criador de sua própria história.

2. APORTE TEÓRICO

O eixo centralizador desse aporte teórico utiliza como subsidio os estudos


socioculturais sobre linguagem e pensamento no processo de desenvolvimento da
aprendizagem, principalmente nas contribuições de estudo do psicólogo russo Lev.
Vygotsky.

O Linguista Benveniste entende a linguagem como atributo e especificidade que


atribui ao ser humano característica ímpar. O homem se faz pela linguagem, não podendo
ser dela separado. A linguagem desse modo é um componente que faz do homem sujeito
e o diferencia dos demais animais, pois ela não é somente instrumento de comunicação,
mas também elemento identitário e cultural. (BENVENISTE apud RIOLI p. 30)

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O russo Lev S. Vygotsky (1896-1934) é conhecido como o principal estudioso da
Psicologia histórico-cultural. Responsável por constituir uma “nova” Psicologia, buscou
integralizar uma “nova” concepção de homem.

Questionou as concepções e determinismos naturalistas da época, que se constitui


por meio da argumentação por intermédio da cultura construída historicamente. Vygotsky
foi um dos primeiros pensadores a estudar a importância da linguagem na aprendizagem,
tratando da relação entre àquela e o pensamento. Para o psicólogo russo a conexão
pensamento e linguagem está sempre em dinâmica de modo a não permitir uma
estabilidade pela própria interação social. (VYGOTSKY, 1991)

Buscou entender o processo de desenvolvimento da criança e o papel do ensino


oficial no progresso da educação do indivíduo e da sociedade. Para Vygotsky, o
desenvolvimento mental é a experiência acumulada pela humanidade no decurso da
história social, pelo qual o homem se apropria. As conquistas do desenvolvimento social
foram gradualmente acumuladas e transmitidas de geração em geração. Assim se
consolidaram e se tornaram um patrimônio da humanidade. (VYGOTSKY, 1991)

Vygotsky entende o homem como sujeito de sua história. A perspectiva


Vygotskyana vê o comportamento humano de modo dialético, onde o homem para
atender suas necessidades altera o meio, de modo que essa transformação vai influenciar
seu próprio comportamento futuro; metamorfoseando a si mesmo. (VYGOTSKY, 1991)

Partindo da percepção de homem como ser sócio-histórico-cultural, sua formação e


seu desenvolvimento se perfazem e concretizam pela interação com um grupo cultural.
Voltando então a análise do desenvolvimento humano para a teoria sociocultural
concluímos que as características do indivíduo em sociedade se estruturam através do
convívio social, onde as questões biológicas ou pressões ambientais possuem menos
influência nessa trajetória.

Para Vygotsky através da interação cultural as crianças adquirem habilidades


cognitivas, por meio de atividades compartilhadas como indução ao um modo de vida.
Desse modo a criança internaliza os modos de comportamento e pensamento de suas
sociedades. (VYGOTSKY, 1991)

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Oliveira ao utilizar Vygotsky como aporte de seu trabalho em aprendizagem cita a
diferenciação utilizada pelo psicólogo russo do ser humano das outras espécies animais
pelo que se denominou “Processos Psicológicos Superiores” (PPS). Tais funções
concentram-se na percepção desses artifícios psicológico mais engendrados que
envolvem ação intencional, controle consciente do comportamento e liberdade ambiental
no tempo e espaço. (OLIVEIRA, 1997)

Os processos superiores denominados por Vygotsky não são inatos, mas sim
compartilhados em sociedade, tendo origem na participação do sujeito nas atividades
culturais desenvolvidas pelo grupo e internalizadas pelo indivíduo. (VYGOTSKY, 1991)

A aprendizagem se encaixa desse modo no processo de desenvolvimento


organizado culturalmente no ensino oficial promovido pela sociedade e pelo Estado,
cabendo a escola um importante cenário de apropriação de conhecimento histórico e
cultural.

Cabe a escola dentro do processo de desenvolvimento de aprendizagem


sociocultural o papel de mediadora uma vez que a relação do homem com o mundo é
intermediada por instrumentos mediadores, sendo que tal conexão é indireta.

O desenvolvimento do psiquismo humano para Vygotsky estaria portanto gerido


por dois dispositivos de mediação: os instrumentos e os signos. Os signos que possuem
orientação interna para modificação do próprio sujeito; ao passo que os instrumentos se
constituem de ferramentas externas para transformação do objeto. (VYGOTSKY, 1991)

Concluímos, portanto, que através da mediação ocorre a aprendizagem,


responsável pelo desenvolvimento do psiquismo humano e também responsável pela
internalização da linguagem pensamento e cultura de determinada sociedade.

Para o a compreensão do conceito de mediação destarte, demanda importância a


concepção de internalização, essa possui natureza instrumental, cuja função implica
reconstrução, transferência de conteúdo do ambiente exterior para o interior, concluindo
assim a construção da consciência. (VYGOTSKY, 1991)

Os signos internos se constituem como conceito ou imagens que se formam na


consciência de modo a substituir os objetos do mundo real, na relação do homem com o
mundo externo, formando assim a linguagem.

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A linguagem funciona então como um sistema de signos operando como um dos
principais sistemas de mediação pelo qual o homem transforma e vê o mundo. A
linguagem é um constructo social, então dentro de cada cultura, cada palavra guardará
seu valor e seu significado.

Para Vygotsky a formação de conceitos é um processo criativo, orientado


precipuamente para a solução de problemas, mas também em função da experiência, do
contexto histórico-cultural do indivíduo, das vivências do sujeito, já que é na relação entre
o indivíduo e o contexto que ocorre a apropriação de significados que vão ajudar a formar
novos conceitos. (VYGOTSKY, 1991)

A conexão entre pensamento e linguagem ocorrerá na relação entre o sujeito e o


outro, da necessidade de troca entre os indivíduos através de atividades tipicamente
humanas onde haverá a necessidade de comunicação.

O significado da palavra traz consigo uma dupla função: “o intercambio social” que
culmina no fenômeno da fala e o pensamento generalizante que culmina na ocorrência do
próprio pensamento. (OLIVEIRA, 1997).

Vygotsky porém demonstrou que a composição do sistema de signos não se


estagna em representar mentalmente os objetos do mundo exterior, pois os significados
estão em constante transição estrutural na dialética entre sujeito e cultura. (VYGOTSKY,
1991)

3. ARGUMENTAÇÃO

A criança dentro do sistema de aprendizagem sociocultural é inserida no


processo de educação formal da sociedade através do ensino escolar. Previamente a
educação básica de ensino todavia, toda criança carrega consigo um histórico de
aquisição de desenvolvimento. (VYGOTSKY, 1991)

Um entre tantos problemas adaptativos da diversidade cultural da relação


aluno-escola reside na divergência exatamente linguística entre a linguagem proposta
pela educação escolar e a linguagem previamente aprendida pelo aluno fora da escola.

Soares trazendo os ensinamento de Bourdieu enfatiza que a linguagem


muitas vezes legitimada pelo ensino tradicional pode acarretar uma discrepância entre a

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realidade compreendida pelo aluno e o universo linguístico de classes econômicas mais
favorecidas. Aumentando desse modo uma maior estratificação social. (SOARES, 1997)

Ainda segundo Soares as relações de poder na escola ainda podem se estender


não somente em relação a linguagem-escola, como também linguagem-pensamento, já
que ambas relações não são estáticas se dinamizando nas constantes mudanças
culturais. (SOARES, 1997)

As escolas entretanto que adotarem a abordagem multiculturalista também podem


incidir em erro, a partir do momento que práticas e posturas inadequadas acabem por
gerar efeitos negativos, conforme a lição de Cortesão, tais como: não folclorizar ou
exotificar as diferenças, transformando a diversidade em questões bizarras; não
transformar a visibilidade de minorias em uma suposta relação de vitimização,
transformando- as ainda mais em um grupo vulnerável e a transformação do processo de
ensino-aprendizagem em atividade lúdica e prazerosa.

Analisar o processo de aprendizagem observando as relações linguagem-


pensamento, linguagem-escola, de uma perspectiva social, possibilita um outro olhar
sobre o que se entende por dificuldade de aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O profissional da educação deve conhecer o processo do pensamento e linguagem


respeitando os limites das crianças para elaboração de propostas pedagógicas que que
utilizem de ferramentas didáticas de estímulo ao aprendizado.

Linguagem e pensamento percorrem juntos o processo de ensino e aprendizagem.


O aprendizado é responsável pelas transformações internas ocorridas no universo infantil,
gerando assim seu desenvolvimento. Cabendo ao professor flexibilidade no decorrer do
processo pedagógico.

Em síntese Para Vygotsky linguagem é social, edificada nos grupos para a


comunicação humana, apresentando sentido e significados construídos culturalmente
dentro de um grupo.

Apresentamos resumidamente as relações existentes entre o pensamento e a


linguagem. Entendemos de certo modo, sem descarte de outras teorias, que a linha

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Vygotskiana apresenta esclarecimento em recorte sociocultural do processo de
aprendizagem.

A reflexão recai portanto, sobre a práxis pedagógica e abordagens culturais


utilizadas por professores e rede de ensino proporcionarão melhores resultados quanto a
adaptação da diversidade histórica dos alunos ao ensino formal.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, M. K.: aprendizado e desenvolvimento - um processo sócio-


histórico. São Paulo: Scipione, 1997.

SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 15. ed. São Paulo:
Ática, 1997.

RIOLFI, C. R. O discurso sustenta a prática pedagógica: Formação de professor


de língua materna. Campinas, 1999, Tese de doutorado. IEL/Unicamp.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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