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Identificação
Índice do livro:
Capítulo Um: A ignorância da arquitectura
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Capítulo V – As interpretações da arquitectura
Interpretação política
A interpretação filosófico-religiosa
A interpretação científica
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particularmente evidente na escolha de Le Corbusier na Villa Savoie
para ficar sobre pilotis. Escolha esta que rompe com a distinção entre a
fachada principal, fachadas laterais e fachada traseira, que estava
implícita na representação da perspectiva.
A interpretação económico-social
Interpretações materialistas
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interpretação, surgiu na descoberta, no Mosteiro de São Gallo, por
Poggio Bracciolini dos textos antigos de Vitrúvio.
A interpretação técnica
As interpretações fisiopsicológicas
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- A elipse. Móvel e irrequieta.
A filosofia da empatia deu prestígio às interpretações anteriores:
-Interpretação das proporções segundo a qual há uma escala musical
relacionada à fisiologia humana.
-Interpretação geométrica-matemática onde os autores mais
significativos, de acordo com Zevi, limitam-se a referir a geometria
latente em muitas composições arquitectónicas.
-Interpretação antropomórfica que justificava as ordens pela sua
concordância com o corpo humano.
A teoria da Einfühlung investe todo o edifício. Segundo esta a crítica
da arquitectura tem como objectivo transferir o espírito do edifício.
O Einfühlung através do método de identificação de formas humanas
mostrou que a arquitectura se move constantemente sob o sol numa
volta contínua.
A interpretação formalista
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-A expressão ou carácter. Deve ser capaz de se familiarizar com os
estilos arquitectónicos, com o objectivo de compreender a expressão
do arquitecto, mesmo dentro de um estilo particular, comunicando
através do traço da arquitectura. Nesta lógica por exemplo temos o
arquitecto Borromini de carácter calmo, mesmo no contexto da
arquitectura barroca em movimento. Um edifício deve expressar o que
é, a sua intenção.
-A verdade. Cada edifício deve ser coerente com a verdade, tendo
em conta que ele comunica. Deve ser então evitada a consideração
de valores associativos ou simbólicos, como indicadores da verdade de
um edifício. Por exemplo as janelas de uma agência bancária devem
limitadas ao máximo para transmitirem a sensação de
impenetrabilidade mesmo comprometendo o seu funcionamento
técnico, o que demonstra falta de verdade do edifício.
-A propriedade. Neste contexto, Zevi considera a denúncia da
estrutura e a relação que estrutura deve cumprir com a função
extremista, sendo que considera com um valor maior que verdade
estrutural a capacidade de caminhar sobre um piso do que ver a sua
estrutura.
-A urbanidade. É a qualidade que, de acordo com Zevi, falta aos
arquitectos que acreditam que a arquitectura é apenas uma expressão
da sua individualidade absoluta e sem referência ao contexto.
Considera então que os arquitectos não têm sempre sensibilidade
urbana e que se eles sentem a necessidade de sobressair, para serem
originais a todo o custo. O resultado desta abordagem é que as
paisagens criadas por essas arquitecturas, cheias de contrastes,
acabam sendo menos habitáveis e mais monótonas que outras que
encontrados em algumas cidades do séc. XIX, aparentemente de
desenho urbano mais uniforme.
-O estilo. O autor alega que não é possível para criar obras num estilo
antigo, caducado comparando-a com o uso da linguagem. Para se
expressar o arquitecto deve usar a linguagem, deve ser entendido e
evitar expressões "arcaicas". O que significa que o estilo não é imutável
e estático. Zevi como cada arquitecto usa o estilo, que é semelhante à
linguagem, de modo individual e pessoal.
Além dos mencionados até agora, o autor também aponta o
conceito, difícil de traduzir para livability que significa a habitabilidade
num sentido material e psicológico. Além disso, também revela o
design, concebido como uma relação harmonia entre as partes que
fazem o mesmo.
A interpretação espacial
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- Interpretações formais
Estas interpretações ainda que interessantes não são suficientes para
compreender a diferença entre uma obra de arte e outra porque
carecem de caracterização.
O autor acredita que na arquitectura desenvolveram-se teorias
antropomórficas e fisiopsicológicas como uma tentativa de dar
conteúdo às formas humanas. As opiniões expressas por esses métodos
referem-se ao volume, as massas murais e decoração. No entanto o
espaço aqui fica de fora.
Zevi cita então uma passagem de Geoffrey Scott, que compreende,
segundo o autor, a importância do espaço. A arquitectura lida
directamente com o espaço, usa-o como material e coloca-nos no seu
meio. O espaço, de acordo com Scott, é um "nada" que muitas vezes
ignoramos. Mas este "nada" é a base para muito do prazer que
recebemos da arquitectura. Nós instintivamente adaptamo-nos aos
espaços onde estamos, projectamo-nos neles, preenchemo-los
idealmente com os nossos movimentos.
Não é possível, tendo em conta Scott, estabelecer a proporção fixa do
espaço como arquitectónicamente correcto. O valor afecta centenas
de considerações do espaço. Além do tamanho, por exemplo, Scott
também menciona a luz e a posição das sombras, mudando ao longo
do dia e das estações do ano, a cor, as nossas próprias expectativas,
especialmente em relação ao espaço visitado anteriormente.
As conclusões de Geoffrey Scott segundo Zevi:
- O valor do espaço próprio, original, da arquitectura e interiores
- Todos os outros valores, volumétricos, plásticos e decorativos
aplicáveis apenas em relação ao espaço de valor.
- O espaço de valor é afectado pelos mesmos elementos do valor
utilitarista, ou vazio.
Agora a pergunta que se coloca é: qual é o conteúdo da
arquitectura? Qual o espaço de conteúdo?
O conteúdo da arquitectura é o espaço, ou espaços dos homens
vivos. O conteúdo da arquitectura é portanto o seu conteúdo social.
A função, a tecnologia e a arte não são só três fases distintas da
arquitectura mas um conjunto interligado de raciocínio onde o
arquitecto deve jogar em harmonia.
A conclusão que retiramos do capítulo é que no domínio da
arquitectura o que dirige e é substancial é o espaço.
Concluindo, as interpretações são interessantes e relevantes mas nelas
devem ser indicados os valores de espaço. A interpretação espacial
não é uma interpretação própria, separada das outras, mas uma
espécie de fio condutor que intercala as interpretações, um género de
interpretação nobre.
O espaço não só não exclui outras interpretações, mas agrega-lhes
valor, mostrando-lhes a validade, desde que assumam o espaço.
Outra conclusão com que nos deparamos é que a arquitectura, os
valores sociais, psicológicos e formais materializam-se no espaço.
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Entender o espaço significa compreender todas as realidades de um
edifício.
Quem vai investigar a natureza do homem e da arquitectura tem
como ponto de partida uma abordagem integrada e um entendimento
que tem como centro um espaço de análise métrica do espaço.