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19/03/2020 Sabedoria Perene: Scientia Sacra

Scientia Sacra
O texto apresentado é uma tradução livre de uma porção do capítulo "Scientia Sacra" de um dos livros do
Prof. Seyyed Hossein Nasr (George Washington University), intitulado "Knowledge and the Sacred". O livro
em questão constitui uma tentativa do autor de ressuscitar a qualidade sagrada do conhecimento e reavivar
a verdadeira tradição intelectual do Ocidente com o apoio das tradições que ainda sobrevivem no Oriente e
que nunca se divorciaram do sagrado. O livro é totalmente baseado nas aulas leccionadas pelo Prof. Nasr na
Universidade de Edimburgo, tendo sido o primeiro Oriental a ser convidado para as prestigiadas  Gifford
Lectures naquela Universidade desde que as mesmas foram instituídas em 1889.

***

Sciencia sacra é aquela em que o conhecimento sagrado que reside no coração de toda a
revelação e é o centro daquele círculo que compreende e define a tradição [sobre a
metáfora do círculo, ver post Tasawwuf]. A primeira questão que se pode colocar é: Como
é possível obter o conhecimento sagrado? A resposta dada pela tradição é que a fonte
gémea deste conhecimento é a revelação e a intelecção (ou intuição intelectual) que
envolve a iluminação do coração e da mente do homem que experimenta e sente um
conhecimento de natureza imediata e directa, a sapiência que a tradição Islâmica
denomina de "conhecimento presencial". O homem está apto a conhecer e este
conhecimento corresponde de algum modo à realidade. Em última análise, o conhecimento
é o conhecimento da Realidade Absoluta e a inteligência possui o dom milagroso de ser
capaz de conhecer aquilo que é e tudo o que perfaz o ser.

Scientia sacra não é o fruto da especulação ou do raciocínio da inteligência humana acerca


do conteúdo de uma inspiração ou de uma experiência espiritual que não seja de natureza
intelectual. Antes, aquilo que é percepcionado por inspiração é em si mesmo de natureza
intelectual; é conhecimento sagrado. A inteligência humana que percepciona esta
mensagem e recebe esta verdade não lhe associa uma natureza intelectual nem o conteúdo
de uma experiência espiritual de um carácter sagrado. O conhecimento contido numa tal
experiência provém da fonte dessa experiência, que é o Intelecto, a fonte de toda a
sapiência e o provedor do principal conhecimento, o Intelecto que também modifica o
recipiente humano que os Escolásticos designaram de intelecto potencial. Neste contexto,
a distinção medieval entre intelecto activo e passivo ou potencial pode elucidar a natureza
do processo de iluminação da mente e eliminar a percepção errada de que a sapiência e o
conteúdo intelectual da experiência espiritual seria o resultado de um acto de meditação
ou de raciocínio sobre a própria experiência, na vez de considerar essa experiência
espiritual ao mais alto nível, ou seja, como sendo ela própria sapiência e de natureza
intelectual.

sabedoriaperene.blogspot.com/2007/06/scientia-sacra_27.html 1/1

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