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UNESPAR - CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA

HISTÓRIA
PROFESSORA: BRUNA SILVA
ACADÊMICO: LUCAS FELIPE DURAEK
3º ANO

Artigo para a conclusão do estágio supervisionado: A ERA VARGAS - uso


de propagandas como fonte histórica

1 - Debate teórico sobre o ensino de História:

O presente artigo busca debater sobre a experiência de estágio na Escola de


Educação Básica Cid Gonzaga com o nono ano três e o terceiro ano cinco.
Dentro do artigo irei debater o caráter teórico do ensino e da criação da
consciência histórica nos alunos e também relatar as aulas e como estruturei o
planejamento conforme experiência na cooparticipação.

Irei iniciar comentando sobre a parte teórica da experiência da docência.


Antes de entrar em sala de aula devemos observar e entender para que a
História serve, muito além da ciência que estuda a ação dos homens no tempo a
História tem um papel fundamental no tempo presente. Quando pensamos no
estudo do passado muitas vezes vemos o mesmo como um monte de escombros,
ferros retorcidos e coisas velhas, entretanto, devemos olhar para além dos fatos
e analisar a História e o seu papel social.

Dentro do espectro do ensino, a História como nos conta Rüssen (1992) tem
um caráter de construtora de uma consciência histórica nos alunos, mas afinal o
que seria a consciência histórica? Em seu texto “O DESENVOLVIMENTO DA
COMPETÊNCIA NARRATIVA NA
APRENDIZAGEM HISTÓRICA: UMA HIPÓTESE ONTOGENÉTICA
RELATIVA À CONSCIÊNCIA MORAL” Nos conta o papel da História na criação
tanto da consciência moral como na consciência histórica.
Rüssen faz uso de uma narrativa sobre dois clãs que firmam um pacto de
proteção em tempos passados e que na comtemporaniedade um
descendente tem que honrar ou não o pacto. Ele utiliza dessa narrativa para
nos demonstrar como a aprendizagem histórica só se concretiza quando
atingimos a consciência histórica, na abertura do texto ja lemos:

A aprendizagem histórica pode se explicar como um processo de


mudança estrutural na consciência histórica. A aprendizagem histórica implica
mais que um simples adquirir de conhecimento do passado e da expansão do
mesmo. Visto como um processo pelo qual as competências são adquiridas
progressivamente, emerge como um processo de mudança de formas
estruturais pelas quais tratamos e utilizamos a experiência e conhecimento da
realidade passada, passando de formas tradicionais de pensamento aos
modos genéticos.

Jörn Rüssen. 1992. Página 1.

Conforme o trecho citado podemos perceber que o papel da


aprendizagem da História é muito maior do que um simples decorar datas e
nomes, devemos pensar na construção da consciência histórica no aluno
para que ele consiga fazer a ligação do passado com o presente para a
tomada de atitudes que acarretem no futuro.

Na passagem que Rüssen utiliza, os clãs Maclean e Maclonish estão


ligados de forma intríseca desde um passado remoto onde o clã Maclonish
ajudou os Maclean a salvar a vida do filho da mãe da família que estava
jurado de morte. Ao longo do relato somos lembrados que os Maclean
juraram proteger os Maclonish independente da situação. E assim Rüssen
transporta o pacto para tempos atuais e faz a pergunta que ajuda a
compreendermos o papel da consciência histórica na vida das pessoas: se
um Maclonish (Ian) aparecesse no castelo Maclean alegando estar sendo
perseguido por polícias por um crime, como você raciocionaria?

Ao longo do artigo o autor utiliza de quatro vertentes da consciência


históorica para nos demonstrar como devemos pensar o ensino histórico,
mas para o nosso trabalho irei apenas destacar a que mais se encaixa no
planejamento do estágio que seria a consciência histórica Genética:

4 - Pode se decidir a convencer Ian Maclonish de que é


inútil se esconder da polícia e que seria melhor se entregar
às autoridades. Você, por sua vez, se compromete a fazer de
tudo para ajudá-lo, por exemplo, contratando o melhor
advogado disponível. Neste caso, você narra o conto às
crianças, mas o circunscreve agregando o seguinte
argumento: o sistema legal se transformou muito desde o
direito do clã da era pré-moderna até a época moderna. Você
ainda se sente obrigado a ajudar alguém do clã Maclonish,
mas deseja fazê-lo baseado em considerações modernas e
não como prescrevia o antigo pacto.

Essa narrativa pode ser analisada sobre o olhar da moral e também sobre o
olhar histórico da aprendizagem. Quando entendemos que o pacto existe e deve
ser cumprido, a nossa escolha de narrativa deve passar por entre os tempos e se
adaptar para a comtemporaniedade para que todos os que escutem tal narrativa
consigam entender o porque do pacto e o porque da sua atitude de ajudar um
homem desconhecido.

A narrativa dos clãs serve para demonstrar que a consciência histórica faz
parte da nossas escolhas dentro do campo da moral, sendo um pré requisito para
nossos atos segundo Rüssen “a consciência histórica funciona como um modo
específico de orientação em situações reais da vida presente: tem como função
ajudar-nos a compreender a realidade passada para compreender a realidade
presente” ou seja, devemos buscar na consciência histórica a orientação para o
ensino histórico.

Podemos então concluir que o aprendizado histórico dos alunos e também o


nosso, só será completo quando entendermos o papel da consciência histórica e
soubermos usar dela na nossa vida prática. Conforme estudamos, a ciência que
estuda os homens no tempo deve servir para entendermos o passado para a
tomada de ações no presente e isso deve ser pensado quando estamos indo
para a sala de aula. Dentro desse espectro da aprendizagem devemos pensar
em como fazer o aluno construir a consciência histórica e não apenas decorar
algo para uma prova, sendo assim os professores devem redobrar o cuidado
quanto ao planejamento para que ele seja atrativo e que dialogue com o dia a dia
do aluno.

Dentro da escola nossos alunos estão preocupados com a nota e não com o
aprendizado histórico, sendo assim, cabe a nós professores tentarmos aproximar
o conteúdo dos mesmo para que eles se sintam incluidos no processo de
aprendizagem. Para que isso aconteça, a avaliação deve surgir para verificar a
construção da aprendizagem de uma forma democratica.

Conforme LUCKESI escreve, devemos prestar atenção nas avaliações que


levamos aos nossos alunos para que elas não sejam antidemocraticas. Sendo
assim, o conceito de avaliação diagnóstica surge como uma luz para os
professores que devem pensar não só na avaliação mas no que vem antes dela,
ou seja, o conteúdo apresentado e a forma como ele foi trabalhado dentro da sala
de aula.

Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um


instrumento de compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em
vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que
possa avançar no seu processo de aprendizagem. Se é
importante aprender aquilo que se ensina na escola, a
função da avaliação será possibilitar ao educador
condições de compreensao do estágio em que o aluno
se encontra, tendo em vista poder trabalhar com ele
para avançar em termos dos conhecimentos
necessários.”
(LUCKESI, 2003, p. 81)

Luckesi nos mostra na citação que a avaliação deve surgir para a


avaliação do processo de aprendizagem e não apenas da confirmação de
que o aluno decorou algo que lhe foi solicitado. Quando damos importância
ao processo de aprendizagem começamos a pensar mais no nosso papel
como professor e como ele influência no processo do aluno.
Quando dialogamos com os dois autores citados podemos perceber que
além do aluno, o professor deve saber o seu local de fala e usar da própria
consciência histórica para se fazer entender em sala de aula. A nossa moral
deve ser condizente com a nossa consciência histórica e deve estar presente
enquanto ministramos as nossas aulas. Ajudar o aluno no caminho do
aprendizado é mais importante do que a nota 10 que ele pode ter tirado mas
que apenas decorou nomes, datas e fatos para uma prova.

Concluímos então que, a aprendizagem histórica deve começar desde o


planejamento das aulas e na construção de uma narrativa que se faça
entender e aproxime o conteúdo da vida prática do aluno para que ele crie a
consciência histórica necessária sobre o assunto para ai então caminhar
rumo a aprendizagem para entender como os assuntos do passado servem
para a tomada de atitudes nos dias atuais.

2 - EXPLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO

O tema do estágio sobre qual faço esse artigo era a “Era Vargas” em
ambas as turmas. O planejamento foi pensado para a construção do
pensamento crítico sobre o processo político que Getúlio Vargas fez nos seus
15 anos como presidente.

Pensando na dinâmica das aulas os conteúdos foram divididos da


seguinte forma: Crise de 1929; Revolução de 1930; Governo provisório
1930-34; Governo Constitucional 1934-37; Ação Integralista Brasileira,
Aliança Nacional Libertadora; Intentona Comunista e Integralista; Estado
Novo e o Plano Cohen; Departamento de Imprensa e Propaganda; CLT;
Paternalismo e nacionalismo; O fim da Era Vargas. Conforme podemos
conferir, os conteúdos específicos dão conta de todas as especificidades da
Era Vargas.

O planejamento foi pensado baseando se no livro didático das turmas


que tráz de forma muito breve os assuntos a serem trabalhados. O
planejamento foi pensado para ser usado o maior número de fontes possíveis
dentro da sala de aula. Além do material didático impresso, foram levados em
formas de slides: fotos da época, documentos oficiais, as propagandas
varguistas, da ANL e da AIB, livros para serem circulados em sala... Tudo
para aproximar o conhecimento histórico do dia a dia do aluno além de claro,
tornar o saber histórico mais palpável.

Ao longo do planejamento a metodologia das aulas são de sua maioria


aulas oficina e algumas aulas expositivas. As aulas oficinas foram pensadas
para dinamizar a sala de aula e tirar o aluno da sua zona de conforto e
produzir o conhecimento trabalhado e não apenas o memorizar.

No nono ano a aula oficina surge em dois momentos, o primeiro foi


pensado para que os alunos tivessem a consciência que as propagandas,
políticas ou não, sempre tem um porque e um alvo. Em sala foram analisadas
algumas propagandas varguistas e ficou para o encargo dos alunos a análise
de uma propaganda.

Na segunda oportunidade a aula oficina aparece na confecção de um


mapa mental para maior entendimento do assunto. O mapa mental deveria
conter os principais acontecimentos do governo Vargas e deveria ser
construído em sala de aula.

Já no terceiro ano, a aula oficina surge como a do nono ano na análise da


propagando e também em um debate dirigido que visava o entendimento dos
alunos sobre a ANL e a AIB. Para além disso, as aulas foram planejadas para
dar conta do conteúdo dos quinze anos do governo varguista em apenas seis
aulas.

As formas de avaliação foram pensadas no conceito ja apresentado de


Luckesi de avaliação diagnóstica, entretanto como o período de aulas foi
extenso optei por fazer algumas atividades valendo pontos somatórios para
apenas uma nota final.
No nono ano as notas foram distribuídas da seguinte forma: Análise da
propaganda 3,0; Confecção do mapa mental 2,0; prova dissertativa 5,0. No
terceiro ano as notas foram pensadas dessa forma: debate dirigido 2,0;
análise da propaganda 3,0; prova dissertativa 5,0.

3 - APRESENTAÇÃO DA ESCOLA/TURMA

O estágio foi ministrado na Escola de Educação Básica Coronel Cid Gonzaga


que fica situada na Rua Annes Gualberto Nº 187 no Bairro Cidade Nova no
Município de Porto União no Estado de Santa Catarina. As turmas escolhidas
foram o Nono ano cinco vespertino e o Terceiro ano três matutino. A escola está
situada na área central da cidade e recebe alunos dos bairros próximos e
também de bairros mais distantes por se destacar no cenário da educação do
município.

Segundo o site do INEP (http://portal.inep.gov.br/ideb) a escola tem um corpo


docente de 60 profissionais, 1136 matrículas, 23 salas de aulas e 43 turmas. A
escola conta com uma nota 6,0 no IDEB em 2017 o que garante o terceiro lugar
no ranking do município.

A escola tem uma estrutura razoavel visto que o espaço é amplo mas as
salas de aula em si não correspondem com a estrutura fisíca, as carteiras são
antigas e já estão em uso à tempos. A lousa também ja foi muito usada mas está
em melhores condições do que as carteiras, algumas salas como a que ministrei
não tem cortinas o que dificulta a visão do quadro em alguns momentos do dia.

De certa forma a estrutura fisíca da escola é boa, apenas esses objetos de


uso diário que deixam a desejar para uma melhor avaliação.

As turmas foram escolhidas pela equipe pedagogica pensando nos alunos


que ainda não tinham passados por estágios nos anos anteriores. O nono ano
conta com 18 alunos sendo 8 meninas e 10 meninos, com 3 aulas semanais que
ficaram distribuídas na terça e na sexta, entretanto as aulas de sexta são mais
curtas e contam com apenas 36min cada. A turma é mais agitada, com conversar
paralelas constantes e maior desinteresse por parte dos mesmos.

O terceiro ano conta com 21 alunos sendo 11 meninas e 10 meninos, a turma


foi mais calma do que a do nono e se demonstrou mais interessada nas
propostas trazidas pelo estagiário. Contando com duas aulas semanais apenas,
sendo uma na segunda e outra na sexta onde pode ser percebida a evasão nas
sextas feiras. Alguns alunos da turma já trabalham no período da tarde/noite.

4 - RELATO DE EXPERIÊNCIA

O estágio tem como objetivo fazer com que o acadêmico conheça o chão da
sala, ministrando seis aulas em cada turma pude perceber o dia a dia do
professor que prepara suas aulas e que se frusta com uma estrutura precária e
com o desinteresse dos alunos. As aulas de cooparticipação foram feitas no
primeiro semestre e já la percebi a dificuldade da professora em sala de aula,
falta de livros e a estrutura da sala não colaboraram com as aulas em que estive
presente.

A professora usava o livro didático em ambas as turmas, no nono ano ela


teve que passar o conteúdo de forma mais direta no quadro pois nem todos os
alunos tinham o livro didático, esse tempo em que a professora teve que escrever
no quadro os alunos contiuavam a conversar mas copiavam a matéria de forma
completa pois a professora iria passar visto nos cadernos.

No terceiro ano os livros didáticos também foram usados e nesse caso não
foi preciso a cópia por parte dos alunos, dando tempo para uma discussão mais
ampla do assunto em sala de aula. Entretanto a turma do terceiro ano também foi
prejudicada pela estrutura da escola, na primeira aula em que estava
cooparticipando os alunos tinham apresentação de trabalho e tiveram que se
dirigir para a sala multimídia pois a escola não conta com um data show para as
salas de aula e mesmo que tivesse disponível a sala não conta com cortinas que
dificultaria a visão dos demais.
Para além disso, as aulas de cooparticipação seguiram normais nesses
moldes de aulas expositivas com alguns exercícios do livro sendo feitos no
caderno. Além do trabalho, presenciei uma avaliação multipla escolha.

A cooparticipação ocorreu no primeiro semestre e logo após as férias a


professora das turmas saiu em licença-prêmio o que acarretou em um atraso na
distribuição dos temas a serem trabalhados no estágio. Normalizada a situação,
as turmas ficaram com dois professores diferentes que trabalharam os conteúdos
de formas diferentes.

A professora do nono ano seguiu o planejamento anterior e continuou com o


conteúdo da forma com que o livro didático está disposto, já o professor do
terceiro ano decidiu trabalhar sem seguir o livro. O tema que recebi em ambas as
turmas foi a Era Vargas com a única diferença é que eu teria um mês de
diferença entre o ínicio dos estágios, sendo o nono ano o primeiro.

Conforme o planejamento ja apresentado, as aulas alternaram entre


expositivas e oficinas. Nas aulas expositivas confeccionei o material didático que
seria trabalhado naquele dia e levei uma cópia para cada aluno. Nas aulas onde
precisei da ajuda de material visual, a professora disponibilizou o data show
próprio para a apresentação dos slides.

No terceiro ano segui o mesmo planejamento com alguns ajustes que não
deram muito certo no nono ano, visto que a turma do nono ano se mostrou
desisteressada e fez as atividades apenas por obrigação. No terceiro ano dei
mais enfase no uso de fontes dentro da sala de aula e levei livros de onde tirei
citações pertinente sobre Olga Benário, Julio Prestes e das raízes fascistas do
regime varguista... Esse tipo de contato ajudou a prender o interesse dos alunos
pois é algo mais palpável do que um simples A4 com um resumo. Os livros
circularam em sala e todos puderam ver as fotos da época, os relatos das
violências praticadas e outras coisas do tipo.
O problema do data show se mostrou presente nas aulas do terceiro ano pois
a sala multimídia estava ocupada em todas as segundas e sextas feitas nas quais
ministrei minhas aulas, o professor ofereceu então sua TV para que eu desse
conta dos slides preparados. Em uma das aulas eu usei a TV e na outra precisei
usar o Notebook para a apresentação dos slides. Mesmo que de forma precária,
os alunos conseguiram entender os slides e fizeram a atividade solicitada.

Um outro problema conferido na turma do terceiro ano foi o da evasão das


aulas na sexta feira. Muitos alunos faltaram no dia em que analisei as
propagandas em sala de aula, fui informado que a ausência dos alunos se daria
pois na quinta feira anterior os mesmos tiveram 3 aulas vagas das 5 que
deveriam ter. A ausência dos mesmos me fez mudar o planejamento e colocar a
análise da propaganda como um trabalho para a casa mas não sendo injusto com
os alunos que estavam presentes em sala, a nota dos que faltaram seria menor
pois é do entendimento de todos o dever de comparecer as aulas.

Passados os pontos negativos da experiência, irei pontuar o que eu


considerei como ganho da experiência do estágio supervisionado. Ao longo das
aulas pude perceber quais materiais e abordagens funcionam mais para os
alunos, as aulas oficina foram as que mais percebi a compreensão por parte dos
alunos. No nono ano a confecção do mapa mental demonstrou que a maioria
tinha um pensamento uniforme sobre o assunto trabalhado e souberam
desenvolver e articular muito bem as idéias no papel. Já no terceiro ano, fiquei
surpreso com o debate de alto nível que os alunos apresentaram.

A proposta do debate seria trazer a ANL e a AIB para os moldes dos debates
atuais. Foram escolhidos um representante de cada lado e ambos tiveram que
responder duas questões elaboradas por mim. As questões foram pensadas para
ajudar na fixação das diferenças entre os dois lados do espectro político da época
e para a minha surpresa, os mesmos demonstraram um domínio muito grande
sobre os conceitos como: comunismo, fascismo, liberalismo, feminismo... O
debate durou mais tempo do que o previsto mas deixei os mesmos livres para
apresentarem quais aspectos do seu lado eram melhores que o do seu opositor.
Como a atividade foi desenvolvida em grupo, a compreensão do assunto foi
maior pois os mesmos tiveram que estudar e debater entre si para acharem os
pontos forte do seu lado e atacarem os pontos fracos do lado oposto.

Em ambas as salas a análise da propaganda surtiu o efeito esperado, todos


conseguiram entender o propósito das mesmas e a sua semelhança com as
propagandas nazifascistas centradas na idéia de imbuir a população a acreditar
no messianismo dos seus líderes.

As aulas seguiram normalmente sem nenhuma ocorrência e com certa


participação da turma. À respeito das avaliações o terceiro ano se saiu melhor do
que o nono. Enquanto no terceiro obtive algumas notas dez, no nono as notas
não chegaram a nove. Isso pode ser compreendido pela falta de interesse dos
alunos pois ao longo das aulas foram apresentadas diferentes formas e
metodologias de ensino e mesmo assim apenas alguns alunos conseguiram se
sair bem nas notas.

Levando em consideração as falhas na estrutura, a falta de material didático


a percepção sobre o estágio foi de grande valia para a compreensão do que é o
ensino público no Brasil. Tendo em vista que a escola ocupa o terceiro lugar do
IDEB do município perdendo apenas para as escolas particulares podemos
perceber que os professores se dedicam para que os alunos tenham o melhor
desempenho possível.

5 - PROBLEMÁTICA

Conforme podemos conferir na explicação do planejamento, as aulas foram


pensadas para aproximar o aluno do conhecimento e assim fazer com que a
concepção da consciência histórica se torne completa. Ao longo das aulas pude
perceber que quando trabalhamos com fontes em sala de aula o conhecimento
se torna mais palpável para o aluno.
Quando pensamos na Era Vargas, temos muitos aspectos para analisar.
Podemos pensar nos conflitos, nas intentonas e etc... Entretanto, o assunto por
mim destacado nas aulas foram as propagandas ultra nacionalistas e
paternalistas que o governo produziu e também os livros que contam as histórias
de Julio Prestes e Olga Benário.

Com base no livro didático, pude perceber que a Era Vargas é tratada apenas
como mais um momento de instabilidade dos governos brasileiros, entretanto
quando vamos mais afundos e comparamos o governo varguista com os
fascismos europes que aconteciam no mesmo período podemos perceber a
semelhança entre eles. O uso da propaganda como controle de massas é uma
das principais semelhanças e levar para dentro da sala de aula o comparativo
entre o varguismo no brasil e por exemplo, o nazismo de Hitler podemos ajudar o
aluno a construir uma ponte entre os assuntos que corrobora para a criação de
um pensamento critico para com ambos os assuntos.
Conforme o slide acima utilizado em sala de aula, podemos perceber a
semelhança entre os governos e a sua forma de lidar com a população, em
ambas as imagens o propósito delas é a de imbuir já na infância a imagem de um
líder carismático e que ajuda os seu povo.

Conforme podemos verificar nos slides, o uso da propaganda em sala de


aula funciona melhor do que apenas um material didático escrito. Dar um
rosto para Vargas, dar uma cor para aquele período ajuda o aluno a entender
como tudo era arquitetado nos governos autoritários.

Sendo assim, qual a melhor forma de utilizar essas propagandas em sala de


aula? Existem várias abordagens sobre o estudo das propagandas, sejam elas
comerciais ou não, mas a que mais parece funcionar quando falamos nas
propagandas varguistas é olhar a propaganda como controladora de massas e
também como uma representação coletiva.
Vargas usou da propaganda para criar a imagem de um líder paternal,
carismático e que ajudava a sua população. A Idéia da sua propaganda era
sempre de imbuir na popoulação a imagem do líder forte mas amoroso, de justo e
que ajuda os trabalhadores. Quando levamos essas propagandas para a sala de
aula, podemos perceber o maior entendimento da figura de Vargas por parte dos
alunos, muitos passam pelo conteúdo sem nem saber como é o rosto de Vargas.

Sendo assim, a propaganda como fonte histórica em sala de aula pode ser
utilizada de várias formas, por exemplo: após analise das propagandas
poderiamos pedir aos alunos para criarem uma propaganda com os mesmos
moldes varguistas para serem colocadas nos muros das escolas... Entretanto, eu
decidi por pedir uma analise das fontes pois acreditei ser a melhor forma de
trabalhar o conteúdo pois quando analisamos uma propaganda podemos
perceber todo o seu contexto, fazer pontes com outros assuntos e também
trabalhar o conceito de representação dentro de sala de aula.

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo da experiência com o estágio supervisionado pude perceber a vida


do professor que enfrenta a sala dia a dia e se frustra as vezes com alunos
desinteressados, hora com falta de estruturas e material. Entretanto podemos
concluir que a experiência como docente durantes as 12 aulas foi de grande
ajuda na minha formação.

A preparação das aulas e do planejamento me ajudaram a entender como


deve ser pensada uma aula e como devem ser utilizadas as fontes históricas
dentro da sala de aula. Conforme vimos no planejamento, quando utilizamos
esses recursos alcançamos um melhor resultado dentro da nossa experiência
como docentes.

Podemos então concluir que o estágio supervisionado, além de ser uma


experiência rica sobre a docencia também nos ensina muito sobre como lidar
com as vidas humanas dentro da sala de aula e não esquecer que cada aluno
tem um conhecimento prévio sobre o assunto, que o aluno tem dias bons e ruins
e que além de tudo, devemos pensar em uma educação fora dos moldes de
decorar nomes e datas mas sim um aprendizado histórico que sirva para o dia a
dia do aluno onde ele consiga compreender o papel do passado na nossa
sociedade, que o passado já passou mas que as coisas que aconteceram ainda
reverberam por algum tempo na nossa sociedade.

7 - REFERÊNCIAS

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 15ª edição. São


Paulo: Cortez, 2003.

RÜSEN, Jörn. O desenvolvimento da competência narrativa na


aprendizagem histórica: uma hipótese ontogenética relativa à consciência
moral. In: SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS, E. R. (Orgs.). Jörn Rüsen e o
ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2010a.

CERRI, Luis Fernando. A política, a propaganda e o ensino de História in Cad.


Cedes, Campinas, vol. 25, n. 67, p. 319-331, set./dez. 2005.

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