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OS ÍNDIOS E O MEIO AMBIENTE

Nome: Dahlin Batista de Souza


RA: 2016009194

CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTATUTO DO ÍNDIO

O Estatuto do Índio é o nome pelo qual ficou conhecida a lei brasileira de


número 6.001/73, que dispõe sobre as relações do estado e da sociedade com
os povos indígenas. Essa lei entrou em vigor em 1973. O Estatuto do Índio segue o
mesmo conceito do Código Civil Brasileiro de 1916 e considera os povos indígenas
como "relativamente incapazes", sendo tutelados por um órgão estatal, no caso
a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), até sua integração na sociedade nacional.
Em seu primeiro artigo, a lei estabelece que seu objetivo é "integrar os índios à
sociedade brasileira, assimilando-os de forma harmoniosa e progressiva".

O ESTATUTO DO ÍNDIO E A CONSTITUIÇÃO DE 1988

A Constituição de 1988 dá um novo tratamento aos povos indígenas:


reconhece sua identidade cultural própria e diferenciada (organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições), assegurando o direito de permanecerem
como índios e explicita como direito originário (que antecede a criação do estado) o
usufruto das terras que tradicionalmente ocupam. Segundo a constituição, cabe ao
Estado zelar pelo reconhecimento destes direitos por parte da sociedade. O papel
do estado passa, então, da tutela de pessoas para a tutela de direitos.
Diante desta mudança, tornou-se necessária a revisão do Estatuto do Índio.
Neste sentido, foram apresentados na Câmara Federal três projetos de lei: um de
autoria do Poder Executivo e outros dois de autoria de organizações não
governamentais.
A partir de 1992, criou-se, na câmara, uma comissão especial para examinar
o assunto. Em junho de 1994, esta comissão aprovou um substitutivo que disciplina
o Estatuto das Sociedades Indígenas. Entretanto, antes de seguir para o Senado,
em dezembro do mesmo ano, após as eleições presidenciais, parlamentares
entraram com um recurso para que o projeto fosse submetido ao plenário da
Câmara.
Desde então, encontra-se paralisado. A revisão do Estatuto do Índio é uma
das principais demandas dos povos indígenas hoje no Brasil, ao lado da
demarcação das suas terras.
APRESENTAÇÃO DE DEFINIÇÕES LEGAIS E SUAS DIVISÕES

Segundo a legislação brasileira, são aquelas tradicionalmente ocupadas


pelos povos indígenas do Brasil, habitadas em caráter permanente, utilizadas para
as suas atividades produtivas, e imprescindíveis à preservação dos recursos
naturais necessários para o seu bem-estar e sua reprodução física e cultural, de
acordo com seus usos, costumes e tradições. As terras indígenas são bens da
União inalienáveis e indisponíveis, e os direitos dos índios sobre elas não caducam.
Os juristas fazem uma distinção entre terras indígenas em sentido lato e
terras indígenas em sentido estrito. Terras indígenas, estritamente falando, seriam
aquelas definidas na Constituição de 1988, de ocupação tradicional. Em sentido lato,
seriam as definidas no Estatuto do Índio, de 1973, que declara como terras
indígenas, além das últimas, também as terras reservadas (com quatro categorias) e
as terras dominiais.
O Estatuto definiu a situação jurídica dos índios e de suas comunidades, "com
o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmonicamente,
à comunhão nacional", considerando-os integrados "quando incorporados à
comunhão nacional e reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, ainda que
conservem usos, costumes e tradições característicos da sua cultura".

COMPETÊNCIA PARA PROTEÇÃO

O Supremo Tribunal Federal confirmou nesta semana a competência


exclusiva da União para legislar sobre questões indígenas. O Plenário da Corte
decidiu a favor da Procuradoria Geral da República (PGR), que questionou pontos
da Constituição do Pará e uma Lei Complementar Estadual.
A Constituição estadual, no seu artigo 300, previa que o estado e os
municípios incentivariam a organização social e proteção dos índios no que diz
respeito a critérios como costumes, línguas e crenças. Precisa também que as duas
esferas garantiriam a posse dos índios sobre terras tradicionalmente ocupadas.
A Lei Complementar cria o Conselho Estadual Indigenista. A instituição teria
entre suas funções, a de fiscalizar ações de entidades privadas de assistência aos
indígenas e propor ao governo uma legislação que impeça a discriminação dos
povos indígenas.
A PGR questionou a legislação, alegando que, de acordo com a Constituição
Federal, é a União que tem a responsabilidade de legislar sobre causas indígenas e
o Ministério Público que tem a função de defender os interesses dos índios na
Justiça.

DIREITOS CIVÍS, POLÍTIVOS E TRABALHISTAS

A prática do direito civil e político dos índios variam das condições previstas
pela lei e na legislação. A aplicação das normas de direito está na relação dos índios
não integrados e pessoas estranhas na comunidade.
As comunidades indígenas que não são ligadas à união nacional ficam presos
ao regime tutelar. Se o índio tiver conhecimento do ato praticado não irá ser aplicada
a regra do regime. Os nascimentos e óbitos e os casamentos civis dos índios não
incluídos, serão registrados de acordo com legislação comum. O processo civil será
realizado pelas autoridades administrativas competentes.
Em questão de trabalho, não poderá haver distinções de empregados
indígenas ou aos demais empregados e a todos sendo aplicados direitos e garantias
trabalhistas e previdência social. É concedido a adaptações e condições de trabalho
ao uso e costumes das comunidades ao qual pertencer.

O QUE A LEI PREVÊ EM RELAÇÃO A EDUCAÇÃO, CULTURA


E SAÚDE

O Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, criado em 1999 (Lei


nº 9836/99, conhecida como Lei Arouca), é formado pelos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEIS) que se configuram em uma rede de serviços
implantada nas terras indígenas para atender essa população, a partir do critérios
geográficos, demográficos e culturais.
Seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), esse subistema
considerou a participação indígena como uma premissa para aumentar o controle e
o planejamento dos serviços, em como uma forma de reforçar aa autodeterminação
desses povos.
Os povos indígenas têm direito a uma educação escolar diferenciada e
intercultural (Decreto 6.861), bem como multilíngue e comunitária. Seguindo o que
diz a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), a coordenação nacional das Políticas de Educação Escolar
Indígenas é de competência do Ministério da Educação (Decreto nº 26, de 1991),
cabendo aos estados e municípios a execução para a garantia desse direito dos
povos indígenas. “Hoje há também o papel preservacionista, a população indígena
tem como direito a uma escola dentro de sua alteia, onde são ensinados, além do
português, a sua língua originária, a sua forma de reprodução cultural tradicional”.

APLICABILIDADE DA NORMA PENAL PARA OS ÍNDIOS

Considerados sujeitos passíveis de responsabilização penal e,


estando inseridos em uma sociedade pluriétnica e respeitadora do
direito à diferença, quando o índio figurar como investigado em inquérito
policial ou como réu em ação penal, compete ao Estado-juiz aplicar o
regramento penal e processual penal tendo como norte hermenêutico as
diretrizes protetivas e preservacionistas do art. 231 da CF/88 e da
Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Assim, no âmbito da atuação punitiva estatal, seja em fase de
inquérito ou em fase de ação penal, devem ser consideradas as
peculiaridades culturais expressas na organização social, costumes,
línguas, crenças, tradições e relações com a terra que tradicionalmente
ocupam, quando da análise dos elementos configuradores da figura
penal (tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade), de modo a permitir a
aplicação de um sistema penal compatível com os preceitos
hermenêuticos que regem a temática indígena.

O QUE A LEI PREVÊ DOS CRIMES PRATICADOS CONTRA OS


ÍNDIOS

No contexto da Constituição de 1988, tendo como referência as críticas de


sertanistas e especialistas à prática de “atração de índios isolados”, a FUNAI adotou
como premissa, e institucionalizou uma política de proteção e promoção dos direitos
dos povos indígenas isolados.
A Constituição e as normas protetoras de direitos humanos, entre elas a
Convenção 169/OIT, protegem a vida dos índios. O art. 4º da Convenção 169/OIT
determina a necessidade de adoção de medidas especiais necessárias para
salvaguardar as pessoas, as instituições, os bens, as culturas e o meio ambiente
dos povos indígenas. Para assegurar efetividade a esses preceitos, é necessário
que em todos os crimes envolvendo índios, como autores ou vítimas sejam
realizados estudo antropológico para apuração de o autor ou vítima realmente ser
indígena, bem como dos reflexos do crime na comunidade em face de seus
costumes e de seu direito consuetudinário.

NUMERO DA POPULAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL

Estima-se que existam hoje no mundo pelo menos 5 mil povos indígenas,
somando mais de 370 milhões de pessoas (IWGIA, 2015). No Brasil, até meados
dos anos 70, acreditava-se que o desaparecimento dos povos indígenas seria algo
inevitável.
Nos anos 80, verificou-se uma tendência de reversão da curva demográfica e,
desde então, a população indígena no país tem crescido de forma constante,
indicando uma retomada demográfica por parte da maioria desses povos, embora
povos específicos tenham diminuído demograficamente e alguns estejam até
ameaçados de extinção. Na listagem de povos indígenas no Brasil elaborada pelo
ISA, sete deles têm populações entre 5 e 40 indivíduos.
Dos 256 povos listados pelo ISA, 48 têm parte de sua população residindo em
outros países. Quando há informações demográficas a respeito, essas parcelas são
contabilizadas e apresentadas separadamente, segundo a fonte da informação, e
não contam na estimativa global para o Brasil.
Segundo o Censo IBGE 2010, os mais de 305 povos indígenas somam
896.917 pessoas. Destes, 324.834 vivem em cidades e 572.083 em áreas rurais, o
que corresponde aproximadamente a 0,47% da população total do país.

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