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Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 4
Sumário
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS: INICIAIS E ADICIONAIS ............................................................................. 5
SUPLEMENTARES ................................................................................................................................................. 10
Vigência ........................................................................................................................................................ 15
ESPECIAIS ........................................................................................................................................................... 18
Vigência ........................................................................................................................................................ 19
EXTRAORDINÁRIOS............................................................................................................................................... 23
Vigência ........................................................................................................................................................26
ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS ................................................................................. 29
Qualitativas ..................................................................................................................................................29
Quantitativas ................................................................................................................................................29
FONTE PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS ..................................................................................................... 31
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E dos trabalhos que você fez em uma “feira de ciências”? Agora você lembra um pouco mais, não é? 😏
Isso porque nós lembramos mais de coisas que fazemos (ativamente) do que coisas que simplesmente
recebemos (passivamente). Isso tem tudo a ver com a tal da Pirâmide do Aprendizado (de William Glasser):
É por isso que para potencializar o seu aprendizado, no estudo para concursos públicos, além da leitura
do PDF (que é fundamental), você pode:
E a melhor de todas:
Já escutou aquela frase: “quem ensina aprende muito mais do que quem está aprendendo?” Pois é... 😄
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Então, a minha dica para você é: estude ativamente! Ativando a sua mente! Pare de ficar sentado só
recebendo informações, de forma passiva. Resolva questões, aplique o conhecimento adquirido, faça os seus
resumos, os seus mapas mentais e explique a matéria para alguém (nem que seja para você mesmo).
Amanhã você pode estar cansado ou você pode estar arrependido. Você escolhe.
@profsergiomachado
@prof.marcelguimaraes
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Esse assunto (créditos adicionais) é tranquilo e está muito relacionado a outros de nossa matéria. Ele não
é tão importante, pois representa somente cerca de 7% das questões de nossa matéria. No entanto, dominá-
lo poderá lhe garantir pontos fáceis na prova. É por isso que você deve estudá-lo.
“Já que você falou em prova, professor, como são as questões sobre créditos adicionais?” 🧐
A criatividade da banca aqui é um pouco limitada! 😂 As questões vão tentar confundir os tipos de
créditos adicionais (suplementares, especiais e extraordinários), trocando nomes e características. Por
exemplo: onde deveria estar escrito “suplementar”, estará “especial”. Ou então elas vão apresentar uma
situação hipotética e perguntar qual é o tipo de crédito adicional adequado.
Para acertá-las, preste atenção nas características de cada um dos tipos de créditos adicionais e nos
exemplos que daremos. Ao final da aula, como de costume, temos o nosso Resumo Direcionado com uma
tabela completa para você!
Agora eu vou lhe recordar um “segredo”: planejamento é fundamental, mas nem sempre a execução
sai do jeito que foi planejado! 🧐
Ninguém tem bola de cristal, ninguém pode prever o futuro. 🔮 Mesmo com um planejamento excelente,
as circunstâncias, o cenário, as prioridades podem mudar a qualquer momento, especialmente nesse mundo
globalizado e informatizado em que vivemos. Portanto, eventualmente é necessário realizar mudanças ao
longo da execução do plano. Se o planejamento for ruim, teremos ainda mais mudanças!
1
GIACOMONI, James. Orçamento público, 16ª edição, p. 303.
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Imagine a seguinte situação: no seu orçamento, você planejou gastar R$ 500,00 mensais em compras no supermercado.
Só que os preços dos produtos dispararam (ou você simplesmente percebeu que calculou errado) e você não consegue
comprar nem mais o suficiente para sobreviver.
E agora José? 😄 O que você vai fazer? Morrer de fome ou revisar o seu planejamento, ajustando esse valor?
Trazendo para a realidade do orçamento público: mesmo que o planejamento esteja “lindo” (mesmo que
a LOA esteja “linda”), com seus créditos orçamentários iniciais cuidadosamente dotados, pode ocorrer a
necessidade de realização de novas despesas que não foram computadas ou que foram insuficientemente
dotadas. Ainda podemos nos deparar com uma situação imprevisível e urgente, a exemplo de uma guerra ou
uma calamidade pública. Aí será necessário (ou possível) retificar o orçamento.
Portanto, os créditos orçamentários podem sofrer alterações e os mecanismos utilizados para fazê-lo são
os créditos adicionais. Por isso dizemos que os créditos adicionais são mecanismos retificadores do
orçamento. 😉
Seria impraticável se, durante sua execução, o orçamento não pudesse ser retificado, visando atender
a situações não previstas quando de sua elaboração ou, mesmo, viabilizar a execução de novas despesas,
que só se configuraram como necessárias durante a própria execução orçamentária. Há soluções para isso
e o mecanismo a ser invocado é o do crédito adicional.
“Professor, então, para que mesmo servem os créditos adicionais? Por que eles existem? Quais são suas
finalidades?” 🤔
Ora, os créditos adicionais servem para conferir flexibilidade ao orçamento (e ao gestor público) e
possibilitar o atendimento de novas despesas ou situações não previstas. Essas são suas finalidades! 😉
Boa pergunta! Primeiro, você deve lembrar que os créditos orçamentários podem ser iniciais ou
adicionais. Assim:
Iniciais
(ordinários)
Créditos
orçamentários
Adicionais
Muito bem! 😌
Os créditos adicionais são assim chamados, porque eles não vêm junto com a LOA, que é o caso dos
créditos orçamentários iniciais. Eles são adicionados posteriormente! Entendeu o nome agora? Créditos
adicionais! 😏
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Créditos adicionais
Vamos começar fazendo uma analogia.
Imagine que você fez o seguinte planejamento orçamentário:
• Supermercado = R$ 2.000,00
• Energia elétrica = R$ 1.000,00
• Mensalidade da academia = R$ 1.200,00
• Restaurantes = R$ 500,00
Você sabe que não existe “plano perfeito”, não é mesmo? Talvez só aquele do Michael Scofield que
conseguiu tirar o irmão dele da prisão (quem assistiu Prison Break aí? 😂). Na vida real, os planos falham, os
planos mudam. O seu orçamento, por exemplo, pode estar furado pelos seguintes motivos:
• Você planejou algo, mas na quantidade errada. Por exemplo: você não gasta só R$ 500,00 com
restaurantes. Na verdade, você gasta R$ 700,00; 🙄
• Você “esqueceu” ou não planejou algo. Por exemplo: você costuma gastar R$ 200,00 por mês em
salões de beleza, mas não colocou isso no planejamento. 🧐
Pode acontecer também de a execução do seu planejamento ser afetada por situações urgentes e
imprevisíveis.
Por exemplo: você se machucou no racha de futebol e não tem plano de saúde. Agora vai ter que pagar uma fisioterapia
particular... 😕
Veja, então, que você só vai perceber isso ao longo da execução do seu orçamento. Aqui você tem três
bons motivos para alterar o seu planejamento inicial. Em alguns casos, é até essencial e necessário que você o
faça!
Muito bem. Agora voltemos para o nosso querido orçamento público. 😄 Aqui a Administração Pública
também só vai descobrir a necessidade de retificar o orçamento durante a execução orçamentária, ou seja,
somente durante a fase de execução é que a Administração irá fazer uso dos créditos adicionais.
Elaboração
Discussão e
Controle
votação
Execução
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Ora, porque se a Administração quiser retificar o orçamento durante a elaboração, é só alterar a proposta
orçamentária que será entregue ao Legislativo. E se o orçamento tiver que ser retificado durante a fase de
discussão e votação, ele sofrerá emendas. Já na fase de controle, o orçamento já passou: não faz mais sentido
retificá-lo. ☺
Por exemplo: você está elaborando o seu orçamento. Durante a elaboração, você não gostou de alguma coisa. Você apaga
e faz de novo. Então você mostra o orçamento para seus pais (os donos do dinheiro) para que eles o discutirem e aprovem.
Eles não gostam de alguma coisa, fazem emendas e o devolvem para que você o execute. Durante a execução desse
orçamento (isso mesmo: no meio do caminho) é quando você percebe que precisa fazer alterações. É nessa fase que você
se utilizará de créditos adicionais. E depois que passar o período ao qual o orçamento se referia você já estará
controlando-o, avaliando-o. Não faz mais sentido alterá-lo.
E aqui no orçamento público também existem três motivos que justificam a sua retificação, a saber:
1. Um crédito orçamentário inicial está insuficientemente dotado, ou seja, ele foi planejado, mas
na quantidade errada;
2. Há uma despesa que precisa ser realizada, mas ela não está computada na LOA (e pelo princípio
da legalidade, a Administração Pública só pode realizar aquilo que está na lei, lembra?). Isso
significa que essa despesa não foi contemplada no planejamento; ou
3. Aconteceu um fato imprevisível e urgente.
Para cada uma dessas três situações (três motivos) existe um crédito adicional específico para resolver
o problema. 😏 Quer ver? Dá uma olhadinha na Lei 4.320/64:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.
Já vêm
Iniciais consignados na
LOA
Reforço de
Créditos Suplementares dotação já
Orçamentários existente
Despesas para as
quais não haja
Adicionais Especiais
dotação
orçamentária
Despesas
Extraordinários imprevisíveis e
urgentes
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Vamos entender cada um deles? 😃 Responda escolhendo uma das opções abaixo:
Despesas públicas não computadas na lei de orçamento anual ou insuficientemente dotadas poderão ser autorizadas por
meio dos denominados créditos adicionais.
Comentários:
É isso mesmo! É para isso que os créditos adicionais servem! E a banca também só reformulou o artigo 40 da Lei 4.320/64,
veja só:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.
Gabarito: Certo
Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária.
Comentários:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.
Gabarito: Certo
A classificação dos créditos adicionais está prevista em quatro tipos: suplementares, especiais, extraordinários e
superavitários.
Comentários:
São espécies de créditos adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. “Superavitários” não é uma classificação
de créditos adicionais.
Gabarito: Errado
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Suplementares
A primeira espécie de crédito adicional que veremos são os créditos adicionais suplementares. Eles
servem para reforçar uma dotação orçamentária, ou seja, o crédito orçamentário já existe, mas ele está
insuficientemente dotado! Em outras palavras: caso o crédito orçamentário inicial tenha sido
insuficientemente dotado, poderão ser abertos créditos adicionais suplementares.
Essa é aquela situação em que você planejou a despesa, mas não no valor correto. Ou então, ao longo da
execução do orçamento, você percebeu que precisaria alocar mais recursos para aquela despesa. Por isso que
“em termos de gestão, o crédito suplementar reflete uma falha na programação, haja vista que o valor foi
insuficiente para atender à despesa2”. 😕
Por exemplo: você decide morar sozinho(a) e, no seu orçamento, você planejou gastar R$ 50,00, por mês, em compras no
supermercado. Chegando lá, você viu que não é bem assim! 😆 O buraco é mais embaixo! Você vai precisar desembolsar
uns R$ 300,00 de supermercado. Veja que esse crédito orçamentário (“supermercado”) já existe no seu orçamento, você
só precisa suplementá-lo, reforçar a sua dotação (aumentar de R$ 50,00 para R$ 300,00).
A LOA prevê o crédito orçamentário “Material de consumo” com dotação de R$ 70.000,00. Ao longo do ano, percebeu-se
que essa quantia não seria suficiente e que, na verdade, a Administração Pública necessitará de R$ 100.000,00. Serão
necessários, então, R$ 30.000,00 para suplementar (reforçar) essa dotação.
Note que os créditos suplementares irão suplementar (😏) uma dotação. Isso mesmo: suplementar!
Suplementar significa suprir o que falta, ampliar, completar. Como um “suplemento de academia”, os créditos
suplementares fazem os créditos orçamentários iniciais crescerem, ficarem maiores (ficar grande, pô!) 😂
Antes: Wolverine crédito inicial. Depois: Wolverine depois de receber créditos suplementares.
Depois que um crédito orçamentário inicial recebe créditos suplementares, ele tem a sua dotação
atualizada. Essa, por sinal, é uma das colunas do Balanço Orçamentário (um das Demonstrações Contábeis
Aplicadas ao Setor Público).
2
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Note que “Pessoas e Encargos Sociais” (um agrupamento de despesas) aumentou. É bem possível que
um ou mais créditos orçamentários que estão dentro desse grupo tenham recebido créditos suplementares.
Beleza! 😄
Agora que você sabe a finalidade dos créditos suplementares, vamos lhe apresentar a uma característica
muito importante deles! E quando digo “importante”, quero dizer: despenca em prova! 😳
Então, você lembra que a Lei Orçamentária Anual (LOA) não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa?
“Princípio da exclusividade!” 😇
Muito bem! Agora vamos ver se você está fera mesmo: você lembra das exceções ao princípio da
exclusividade? 🧐
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
Portanto, são exceções ao princípio da exclusividade, isto é, além da previsão de receitas e fixação de
despesas, também poderão estar na LOA:
Percebeu? 😏
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A primeira exceção é justamente a autorização para abertura de créditos suplementares (CF/88, art.
165, § 8º). Atenção: a exceção é somente para créditos suplementares! A autorização para abertura de créditos
suplementares pode vir junto com a LOA. A autorização para abertura de créditos especiais e extraordinários
não! Veja que a Lei 4.320/64 também fala somente em créditos suplementares (se créditos especiais e
extraordinários fossem permitidos, a lei também os mencionaria):
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;
Várias questões vão dizer que “a autorização para abertura de créditos especiais e extraordinários
poderá constar na LOA”. Isso está errado! Outras questões vão dizer que “a autorização para abertura de
créditos adicionais poderá constar na LOA”. E isso também está errado! Créditos adicionais é gênero, do qual
são espécies: créditos suplementares, créditos especiais e créditos extraordinários. A exceção não é para todas
as espécies de créditos adicionais. É somente para os créditos suplementares. Quando a questão fala em “a
autorização para abertura de créditos adicionais”, ela está incluindo os créditos especiais e extraordinários, e
eles não poderão constar na LOA, não é mesmo? 😉
Por exemplo: a mensalidade da sua academia é R$ 200,00. Seu plano termina em julho e existe a possibilidade desse preço
ser reajustado para R$ 300,00. No orçamento anual, você criará o crédito orçamentário “academia” com dotação de R$
2.400,00 (12 meses x R$ 200,00), mas poderá deixar já autorizado um crédito suplementar de R$ 600,00 (R$ 300,00 – R$
200,00 = R$ 100,00. Durante 6 meses: julho a dezembro).
“E por que isso, professor? Por que os créditos adicionais suplementares, e só os suplementares, podem ter
autorização contida no próprio texto da LOA?” 🤔
Economia processual! 😃
Essa “autorização prévia” é uma forma de obter economia processual, porque não há necessidade de
serem autorizados novamente pelo Congresso Nacional, porque o objeto a que se destinam já foi analisado e
aprovado na LOA, agora apenas complementa-se o que se mostrou insuficiente3.
A autorização para abertura de créditos especiais não pode vir na LOA simplesmente porque eles são
destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Não faz sentido! Pense bem:
se a Administração não previu, na LOA, gastos com manutenção de ar condicionados, faz sentido ela colocar
uma autorização para abertura de crédito especial para realizar essa despesa? 🤨
E os créditos extraordinários também não podem vir na LOA porque a sua abertura somente será
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. 😌
Fique atento
A autorização para abertura de créditos suplementares pode vir junto com a LOA.
3
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Isso é o que mais cai em prova, mas precisamos saber um pouco mais sobre os créditos suplementares
para garantir aqueles pontos fáceis na prova. 😉 Vamos lá!
Vamos responder: não. Não é tão fácil. Não é só dar uma “canetada” e pronto. Imagina se fosse assim: o
orçamento público é todo cuidadosamente planejado, discutido e aprovado pelo povo. Aí vem a Administração
Pública e com algumas “canetadas” reconfigura todo o orçamento inicial. De que adiantou o povo aprovar o
orçamento? De nada! 😕
É por isso que para abrir créditos adicionais suplementares (e especiais também) é preciso ter
autorização legislativa! É preciso ter uma lei! Também é necessário indicar de onde vem o dinheiro para pagar
por essas despesas, ou seja, é necessário indicar a fonte dos recursos. Isso é meio óbvio: se a Administração
Pública quer (ou precisa) gastar mais, ela precisa de autorização do dono do dinheiro (o povo) e precisa dizer
onde conseguirá recursos para arcar com esses gastos, já que dinheiro não nasce em árvore, não é mesmo? 😅
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Sim! Depois de autorizados por uma lei, os créditos suplementares e especiais são abertos por decreto
executivo. Perceba: primeiro é necessário que haja essa lei autorizativa, depois é que o crédito por ser aberto
por decreto. Ora, se o crédito orçamentário inicial é aprovado por lei, a sua mudança também tem que ser por
meio de lei, não é? Princípio da legalidade... 😌
Autorização Lei
Créditos
suplementares
e especiais
Decreto
Abertura
executivo
Agora tem um detalhe: os créditos suplementares podem ser autorizados na própria LOA, mas estão
vinculados aos limites fixados na forma de percentual (isso porque o artigo 7º da Lei 4.320/64 diz que a LOA
poderá conter autorização ao Executivo para abrir créditos suplementares até determinada importância).
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Quer ver um exemplo de uma LOA de verdade? Esta é a LOA de um município brasileiro:
Artigo 7º - Para a execução do Orçamento de que trata a Lei, fica o Poder Executivo autorizado a:
I - Abrir Créditos Suplementares, mediante a utilização dos recursos adiante indicados, até o limite
correspondente a 50,00 %, do total da Despesa Fixada nesta Lei, com as seguintes finalidades:
a) Atender insuficiência nas dotações orçamentárias, utilizando como fonte de recursos, as
disponibilidades caracterizadas no parágrafo 1º, do Artigo 43, da Lei Federal nº 4,320, de 17 de março de
1964.
Ok, mas e se esses 50 % de créditos suplementares não forem suficientes? E se a Administração precisasse
de ainda mais? 🤔 Afinal (CF/88):
Aí teremos que fazer uma lei específica! Princípio da legalidade, de novo... 😌 Em outras palavras: após
esgotado o limite de créditos suplementares autorizados na própria LOA, a autorização deles dar-se-á por meio
de lei específica. 😉
Então, você já sabe que os créditos suplementares podem ser autorizados de duas formas:
• na própria LOA; ou
• por meio de lei específica.
Muito bem! Agora lá vai: se a autorização estiver contida na LOA, a abertura ocorrerá por decreto do
Poder Executivo. Porém, se a autorização decorrer de lei específica, o documento de abertura decorre da
própria publicação da lei, isto é, consideram-se abertos com a publicação da lei, dispensando a emissão do
decreto. 🤨
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“Mas, professor, se eu vou abrir um crédito adicional, eu preciso ter recursos disponíveis, não é?” 🤔
Depende de qual crédito adicional nós estamos falando. Leia novamente o artigo 43 da Lei 4.320/64: a
abertura dos créditos suplementares e especiais (só desses dois) depende da existência de recursos
disponíveis. Isso significa que a abertura de créditos extraordinários (outra espécie de crédito adicional) não
depende da existência de recursos disponíveis, ou seja, a Administração não precisa ter dinheiro disponível
agora (nesse momento) para abrir créditos extraordinários, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e
urgentes. Primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos em conseguir os recursos.
Pronto! Agora quando estiver tudo ok para abrir o crédito adicional (Lei 4.320/64):
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da
despesa, até onde for possível.
“Importância” é o valor (em R$) do crédito adicional, afinal é vedada a concessão ou utilização de créditos
ilimitados (CF/88, art. 167, VII). “Espécie” é dizer se o crédito adicional é suplementar, especial ou
extraordinário. E “classificação da despesa” é basicamente organizar a despesa no orçamento, informando
qual é o objeto do gasto, quem realizará a despesa, se é uma despesa corrente ou de capital, etc.
Vigência
Antes de mais nada, vamos ver o que diz a Lei 4.320/64 sobre vigência dos créditos adicionais:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Por exemplo: um crédito adicional aberto em 2020, em regra, terá vigência até o término desse exercício (31/12/2020).
Porém, e agora vem a exceção, se houver uma disposição legal expressa em contrário (e essa disposição
existe), os créditos especiais e extraordinários poderão não ter vigência adstrita ao exercício financeiro em
que foram abertos, ou seja, a vigência dessas espécies de créditos adicionais pode ir além daquele exercício.
Assim, créditos especiais e extraordinários abertos em 2020, poderão ter vigência até o término de 2021 (mais
detalhes sobre isso daqui a pouco!).
Beleza! Então onde se encaixam os créditos suplementares?
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Por isso, os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos. Eles possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são abertos. Eles são
válidos somente até 31 de dezembro do exercício em que foram abertos.
Por exemplo: um crédito suplementar aberto em 2020 terá vigência até o término desse exercício (31/12/2020). Mesmo
que ele tinha sido aberto no dia 30/12/2020, sua vigência não passará para o próximo exercício financeiro.
Por exemplo: a dotação orçamentária que antes era de R$ 50.000,00 agora se transforma em uma dotação orçamentária
de R$ 100.000,00.
Agora pense conosco: se, pelo princípio da anualidade, o orçamento público é elaborado e aprovado
para um determinado exercício financeiro e os créditos suplementares se incorporam às dotações deste
orçamento, como seria possível um crédito suplementar ter vigência em dois exercícios financeiros diferentes?
Resposta: não é possível!
Resumindo
Os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos
Indicação de
Crédito Autorização
Finalidade Abertura fonte dos Vigência
adicional legislativa
recursos
Por decreto do
Executivo
Sim Sim
Reforço de ou Adstrita ao
dotação Pode vir na Depende da exercício
própria LOA Por lei existência de
Suplementar orçamentária já financeiro em
(exceção ao específica recursos
prevista no que forem
princípio da (após esgotado disponíveis e
orçamento abertos
exclusividade) o limite já justificativa
autorizado na
LOA)
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O crédito suplementar é um tipo de crédito adicional destinado a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
Comentários:
Avisamos que a banca iria tentar confundir os tipos de créditos adicionais (suplementares, especiais e extraordinários),
trocando nomes e características, não foi?
Aqui, se substituíssemos a palavra “suplementar” por “especial”, a questão ficaria correta. O crédito especial que é um
tipo de crédito adicional destinado a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. O crédito
suplementar é destinado a reforço de dotação orçamentária.
Gabarito: Errado
A autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de crédito, ainda que por antecipação de receitas,
não pode ser realizada por meio da lei orçamentária anual.
Comentários:
Como assim “não pode”? Claro que pode! Nós vimos isso. Essas são justamente as exceções ao princípio da exclusividade.
CF/88, Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Repare que autorização é para a abertura de créditos suplementares (e não para créditos especiais e extraordinários).
Gabarito: Errado
Determinado ente público pretende abrir crédito adicional para reforçar o saldo da dotação orçamentária destinada a
aquisição de computadores. Segundo a Lei Federal n° 4.320/1964, o crédito adicional a ser aberto é classificado como
A) especial.
B) suplementar.
C) extraordinário.
D) extraorçamentário.
E) capital.
Comentários:
Gabarito: B
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Especiais
O nosso segundo tipo de créditos adicionais são os créditos especiais. Os créditos especiais são
destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, ou seja, eles se referem a
despesas novas não contempladas na LOA.
Esse é o segundo motivo pelo qual o seu orçamento pode estar furado! 😅 Essa é a situação em que você
“esqueceu” ou não planejou algo. Ao longo da execução do orçamento é que você percebe a necessidade de
realizar uma despesa para a qual você não tinha se planejado. Por isso que, em termos de gestão, o crédito
especial é considerado uma falha de planejamento, porque a despesa sequer foi prevista. 😕
Orçamento
Por exemplo: no começo do ano você elaborou o seu orçamento. Como você estuda e trabalha muito, não reservou nada
para gastos com academia, em outras palavras, para o crédito orçamentário “academia”. Lá pelo meio do ano, você
percebe a importância de fazer exercícios físicos e se matricula em um Cross Fit, tendo que desembolsar R$ 250,00 mensais
para pagar a mensalidade 😄. Essa despesa não estava prevista no seu orçamento (não tinha dotação orçamentária
específica), e agora ela precisa estar lá! O que fazer? Como retificar o orçamento nesse caso? Créditos especiais!
O orçamento não previa a aquisição de equipamentos de ar condicionado para as repartições públicas. Acontece que o
verão, naquele ano, foi terrível. ☀ Temperaturas recordes! 🌡 Aquecimento global, sabe como é... 😅
Os servidores estavam “derretendo” como se fossem sorvetes e isso estava prejudicando, em última instância, a qualidade
do serviço prestado à sociedade. Portanto, decidiu-se que os equipamentos seriam comprados e, para inserir essa despesa
no orçamento, foram abertos créditos especiais.
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Se você prestou atenção na explicação dos créditos suplementares, percebeu que alguns dos artigos que
colocamos lá também se referem aos créditos especiais. Por isso, vamos reiterar (Lei 4.320/64):
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Vale lembrar que os créditos especiais não podem ser autorizados diretamente na Lei Orçamentária
Anual (LOA). Essa é uma característica dos créditos suplementares. Os créditos especiais são aprovados por
meio de lei específica e abertos por meio de decreto do Poder Executivo. Porém, na União, por conta de um
dispositivo que vem sendo anualmente inserido na LDO, a abertura ocorre com a publicação da própria lei
específica. Observação: se esse dispositivo estiver na LDO do Estado ou do Município, então essa regra
também valerá para ele. 🧐
Autorizados por
Estados e
lei e abertos por
Municípios*
decreto
Créditos
especiais Abertos com a
publicação da lei
União
(decreto é
dispensado)
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Para a abertura de créditos suplementares e especiais é preciso ter recursos disponíveis, indicando a sua
fonte, e também é preciso oferecer uma justificativa. A abertura de créditos extraordinários, por sua vez, não
depende da existência de recursos disponíveis.
Vigência
Essa certamente é a parte mais interessante dos créditos especiais (e dos extraordinários também), por
isso que ela despenca em prova! 😳
Vamos começar observando, novamente, o artigo que fala sobre a vigência dos créditos adicionais,
presente na Lei 4.320/64:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Então, normalmente, os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, mas, se houver uma disposição legal expressa em contrário (e essa disposição existe), os créditos
especiais e extraordinários poderão não ter vigência adstrita ao exercício financeiro em que foram abertos. 🤔
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Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Traduzindo: os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do
exercício podem ser reabertos no exercício seguinte nos limites de seus saldos e viger até o término desse
exercício financeiro.
Por exemplo: em outubro de 2018, foi aberto um crédito especial no valor de R$ 100.000,00, mas até o final de 2018
utilizou-se somente R$ 30.000,00 de sua dotação. Se for preciso, é possível reabrir esses mesmos créditos especiais em
janeiro de 2019 e usá-los até o final de 2019, mas somente nos limites de seus saldos, ou seja, somente R$ 70.000,00.
Perceba que o crédito acabou vigendo por mais 12 meses e ele não ficou limitado àquele exercício financeiro,
configurando-se uma exceção ao princípio da anualidade (ou periodicidade). Esse crédito especial será incorporado ao
orçamento do exercício financeiro de 2019.
Esquematizando:
Créditos ordinários
Créditos suplementares
Créditos especiais
Créditos extraordinários
setembro-18
Créditos especiais (últimos quatro meses)
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Vamos explorar ainda mais essa característica, voltando ao exemplo dado no início da explicação:
O orçamento não previa a aquisição de equipamentos de ar condicionado para as repartições públicas. Ok. Por isso a
Administração decidiu abrir créditos especiais no valor de R$ 50.000,00.
Se o ato de autorização de abertura for promulgado entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2019: os créditos especiais não
poderão ser reabertos no exercício subsequente (em 2020). Não importa se os R$ 50.000,00 não foram completamente
utilizados.
Porém, se o ato de autorização de abertura for promulgado entre 1º de setembro e 31 de dezembro 2019: os créditos
especiais poderão sim ser reabertos no exercício subsequente (2020). Digamos que a Administração só conseguiu comprar
alguns equipamentos, no valor de R$ 20.000,00. Muitas repartições públicas ainda estão sem ar condicionado. É possível
reabrir esses créditos especiais no exercício financeiro subsequente, mas somente nos limites de seus saldos, ou seja, R$
30.000,00. Nesse caso, esses créditos irão se incorporar àquele orçamento (2020), vigendo até 31 de dezembro de 2020.
Um ponto que merece atenção: a data que vale para a reabertura é a da promulgação (perceba que eu
até a marquei no exemplo). Portanto, um crédito especial autorizado em 30 de agosto e promulgado em 2 de
setembro pode ser reaberto do exercício financeiro subsequente? 🤔
Ah! Você lembra que os créditos especiais são autorizados por lei e abertos por meio de decreto do
Poder Executivo? 🧐 Pois é... já na reabertura, nós temos o seguinte:
Indicação de
Crédito Autorização
Finalidade Abertura fonte dos Vigência
adicional legislativa
recursos
Vigência no exercício
financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato
Sim de autorização for
Por decreto
Despesas para promulgado nos últimos
Sim do Executivo Depende da
as quais não quatro meses daquele
(reabertura existência de
Especial haja dotação Lei exercício, caso em que,
nos demais recursos
orçamentária específica reabertos nos limites de
Poderes: por disponíveis e
específica seus saldos, serão
ato próprio) justificativa incorporados ao orçamento
do exercício financeiro
subsequente (exceção ao
princípio da anualidade)
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Nas normas do Direito Financeiro, os créditos destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica são chamados de:
A) extemporâneos;
B) tributários;
C) especiais;
D) fiscais;
E) extraordinários.
Comentários:
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública.
Gabarito: C
Créditos especiais são aqueles destinados a despesas urgentes e imprevistas, como nos casos de calamidade pública.
Comentários:
Opa! Créditos especiais são aqueles destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Os
créditos extraordinários que são destinados a despesas urgentes e imprevistas. Veja que a banca só trocou a espécie de
crédito adicional. Em vez da palavra “extraordinários”, ela trouxe “especiais”. As bancas gostam de confundir essas duas
espécies, principalmente porque ambos começam com a letra “e” e o início da pronúncia é parecido.
Gabarito: Errado
O crédito especial é um crédito adicional destinado a despesas urgentes e imprevistas, como uma guerra ou uma
calamidade pública.
Comentários:
Olha o troca-troca, de novo! 😅 O crédito extraordinário é que é um crédito adicional destinado a despesas urgentes e
imprevistas, como uma guerra ou uma calamidade pública.
Gabarito: Errado
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A vigência de todas as modalidades de créditos adicionais é restrita ao exercício financeiro em que foram abertas, sem
possibilidade de reabertura de seu saldo em exercício seguinte.
Comentários:
Se estivéssemos falando só dos créditos suplementares, beleza! 😊 Porém estamos falando de todos os créditos adicionais,
neles incluídos os créditos especiais e extraordinários. Estes podem sim ser reabertos no exercício seguinte, desde que
tenham sido abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro atual.
Gabarito: Errado
Extraordinários
Nossa última espécie de crédito adicional são os créditos extraordinários. Primeira informação muito
importante sobre os créditos extraordinários: não os confunda com os créditos especiais! As bancas adoram
confundir essas duas espécies! 😅
Fique atento
Não confunda créditos especiais e créditos extraordinários
Por exemplo: aconteceu um desastre. Fortes ventos e chuvas causaram enchentes, deixando milhares de pessoas
desabrigadas e em risco de vida. É uma calamidade pública. Estamos diante de despesas imprevisíveis e urgentes. Nesse
caso, poderão ser abertos créditos extraordinários, e eles podem tanto reforçar uma dotação já existente (como se fosse
um crédito suplementar) ou criar novas dotações (como se fosse um crédito especial), porque a imprevisibilidade é isso:
você não sabe do que irá precisar...
Na verdade (CF/88):
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
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“Professor, quer dizer então que eu só posso abrir créditos extraordinários em caso de guerra, comoção interna
ou calamidade pública? Somente nesses casos?” 🤔
Excelente pergunta! 😄
Repare no texto constitucional: “despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de...”. Essa
simples palavra nos mostra que a Constituição Federal, na verdade, citou exemplos de situações em que os
créditos extraordinários podem ser abertos. Trata-se de um rol exemplificativo (e não taxativo). Portanto, é
possível abrir créditos extraordinários em casos que não sejam de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, desde que se tratem de despesas imprevisíveis e urgentes. Entendeu? 😉
“Sim, professor, mas quem vai dizer o que se classifica como uma despesa imprevisível e urgente? Pois o que
impede a Administração Pública de abrir créditos extraordinários para comprar os salgadinhos para festinha de fim
de ano dos servidores? Ou para fazer publicidade? Ou conserto de vias públicas? Pra mim essas despesas parecem
previsíveis...” 🧐
Pois é. Essa utilização caracteriza desvio de finalidade em relação à norma, e disfarça falhas ou falta de
planejamento. É, ainda, inconstitucional, pois a norma violada decorre da própria Constituição Federal de
19884.
Então respondendo à sua pergunta: quem vai dizer o que se classifica como uma despesa imprevisível e
urgente é o STF. Por sinal, ocorreu um caso bem interessante em 2016: a Presidente da República à época,
Dilma Rousseff, editou a Medida Provisória 772/16, abrindo créditos extraordinários no valor de 180 milhões de
reais, sendo 100 milhões para publicidade e propaganda para os jogos olímpicos. Acontece que essa MP foi
ataca por pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 5513, e, em decisão monocrática o Ministro Gilmar
Mendes, entendeu que a MP não atende aos requisitos formais exigidos pela CF/88. Segundo o ministro:
“Nada está a indicar que essas sejam, de fato, despesas imprevisíveis e urgentes. São despesas ordinárias.
Certamente, não se pode dizer que os gastos com publicidade, por mais importantes que possam parecer
ao Governo no quadro atual, sejam equiparáveis às despesas decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, que compõem o parâmetro estabelecido no artigo 167, parágrafo 3º, da
Constituição.”
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
4
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Repare que os requisitos exigidos para abertura de créditos extraordinários (imprevisibilidade e urgência)
são diferentes daqueles exigidos para edição de Medida Provisória (relevância e urgência). Ressalte-se que a
relevância está muito mais sujeita à discricionariedade do gestor público. Basta ele dizer que algo é relevante e
pronto. Já a imprevisibilidade não. 😄
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”
Percebeu a marcação? 😏
O artigo 62 da Constituição Federal versa sobre Medidas Provisórias. Isso significa que, no âmbito
federal, os créditos extraordinários são autorizados e abertos por Medida Provisória. Nos entes que possuam
esse instrumento jurídico, os créditos extraordinários também serão abertos por Medida Provisória. E nos
demais entes, os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo.
Lembre-se que estamos diante de despesas imprevisíveis, urgentes, inadiáveis: não há tempo para se
elaborar, discutir, aprovar e publicar uma lei! Aqui está presente o periculum in mora (perigo da demora).
Afinal, de que adianta resgatar vítimas de uma tragédia duas semanas depois do ocorrido? O resgate tem que ser imediato!
É tanto que os créditos extraordinários independem de autorização legislativa e não precisam indicar
a fonte dos recursos na ocasião da abertura, ou seja, a indicação da fonte de recursos aqui é facultativa! Só
depois é que essa fonte será indicada. Isso mesmo: primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos
em conseguir os recursos e a autorização legislativa.
Assim, a autoridade pública que abrir créditos extraordinários sem autorização do Poder Legislativo e
sem recursos disponíveis está sim agindo em conformidade com a lei, desde que sejam destinados a despesas
urgentes e imprevisíveis. 😄
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
União e entes
que possuam Abertos por MP
MP
Créditos
extraordinários
Abertos por
Demais entes
decreto
Ressalte-se que abertura de créditos extraordinários se dará mediante a publicação da medida provisória
ou do decreto no Diário Oficial (é a publicação que conta), e não é necessário nenhum outro ato
complementar.
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“Tá certo, tá certo. Já entendi que créditos extraordinários são autorizados e abertos por Medida Provisória
(nos entes que a possuem). Inclusive, eles são os únicos créditos adicionais que são abertos assim. Mas eu lembro
de ter visto lá em Direito Constitucional que as Medidas Provisórias não podem versar sobre matéria
orçamentária. E agora, professor?” 🤔
E agora nós vamos ler com atenção o dispositivo constitucional que você mencionou:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
É justamente a abertura de créditos extraordinários! O art. 167, § 3º, é aquele que já vimos várias vezes
(e veremos novamente agora): 😂
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”
Vigência
Nesse tópico, cabem as mesmas observações que fizemos a respeito dos créditos especiais. Lembre-se
do disposto na CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
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Resumindo:
Indicação
Crédito Autorização de fonte
Finalidade Abertura Vigência
adicional legislativa dos
recursos
Vigência no exercício
financeiro em que
forem autorizados,
Medida salvo se o ato de
Provisória autorização for
Somente para
(ou decreto promulgado nos
atender a
do Executivo últimos quatro meses
despesas
Extraordinário Não nos entes Não daquele exercício, caso
imprevisíveis e
que não em que, reabertos nos
urgentes (rol
possuírem limites de seus saldos,
exemplificativo)
Medida serão incorporados ao
Provisória) orçamento do exercício
financeiro subsequente
(exceção ao princípio
da anualidade)
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a realização
da despesa.
Comentários:
Sim! Os créditos extraordinários são abertos para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública. Por isso, eles podem ser abertos ainda que não haja dotações
orçamentárias disponíveis, ou seja, a indicação da fonte de recursos aqui é facultativa!
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;
Repare que a vedação diz respeito somente aos créditos suplementares e especiais, indicando que é permitida a abertura
de créditos extraordinários sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
Gabarito: Certo
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Em relação aos créditos adicionais prorrogáveis quando abertos nos últimos quatro meses do exercício, é correto afirmar
que podem ser especiais e extraordinários, com validade até o final do exercício subsequente.
Comentários:
Exatamente! Os créditos especiais e extraordinários são os dois créditos adicionais que podem ser reabertos (os créditos
suplementares não podem).
Os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício são prorrogáveis: eles poderão
ser reabertos, caso em que eles serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente (CF/88, art. 167, §
3º). Por isso eles terão validade até o final do exercício subsequente. A questão está toda correta.
Gabarito: Certo
Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Comentários:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Gabarito: Certo
Age em conformidade com os dispositivos legais a autoridade pública que abre créditos extraordinários, sem a autorização
do legislativo, em casos de calamidade pública.
Comentários:
É isso mesmo! A autoridade pública está agindo em conformidade os dispositivos legais, porque os créditos
extraordinários são destinados a despesas imprevisíveis e urgentes (como em casos de calamidade pública) e
independem de autorização legislativa (esta é obrigatória somente para créditos suplementares e especiais).
Gabarito: Certo
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• Alterações qualitativas;
• Alterações quantitativas.
Esse assunto é tranquilo, basta entender os conceitos. Vejamos:
Qualitativas
Alterações qualitativas ocorrem quando alteramos a qualidade, o conteúdo, do orçamento. Ocorrem nos
casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que há necessidade de criação de um novo
programa de trabalho.
Essas alterações implicam a criação de uma nova ação com todos os seus atributos, ou no
desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo.
É como se isto acontecesse no orçamento:
Ação 2 Ação 3
Quantitativas
Alterações quantitativas ocorrem quando alteramos a quantidade (numérica) do orçamento, ou seja,
vamos somente modificar o total de crédito constante na Lei Orçamentária Anual (LOA), acrescentar um valor
a algo já existente. Logo, as alterações são feitas por meio de créditos suplementares.
Por exemplo: a dotação de um crédito orçamentário era R$ 100.000,00 e depois de receber um crédito suplementar passou
para R$ 150.000,00. Viu como o total mudou? Nenhum programa de trabalho novo foi criado. Somente alteramos a
dotação de um crédito orçamentário. Somente fizemos uma alteração quantitativa.
Portanto, quando necessárias, as alterações quantitativas viabilizam a realização anual dos programas,
mediante a alocação de recursos para as ações orçamentárias.
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Especiais
Qualitativas
Extraordinários
Alterações
orçamentárias
Quantitativas Suplementares
Você já comeu manteiga QUALI? Pense numa manteiga boa! 😃 Ela é especial! Na verdade, ela é extra
especial!
QUALI
Caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser feita por meio
de créditos suplementares, créditos especiais ou créditos extraordinários.
Comentários:
Não. Caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser feita por
meio de créditos especiais ou créditos extraordinários, apenas. E não por meio de créditos suplementares, pois estes não
modificam os atributos, somente alteram a dotação (R$) do crédito orçamentário.
Gabarito: Errado
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Bom, como você já deve ter percebido, dinheiro não aparece magicamente na sua frente sempre que você
deseja. 😅 Então...
Digamos que você fez o seu orçamento anual, planejando arrecadar R$ 120.000,00 e gastar a mesma
quantia. Acontece que no meio da execução do orçamento, você se deparou com uma falha de programação,
uma falha de planejamento ou com despesas urgentes e imprevisíveis. Agora você já sabe: tem que abrir
créditos adicionais! 😃
Beleza! Mas de onde você vai tirar esse dinheiro? 🤨 Todos os seus recursos já estão alocados, já tem
destino! Em outras palavras: qual será a sua fonte para abertura de créditos adicionais? 🤔
“Ah, professor! Eu posso anular uma despesa: aquela saidinha do final de semana. Assim eu libero um pouco
dos recursos!”
“Ah! Eu também posso ver se sobrou alguma coisa do orçamento do ano passado e usar no orçamento desse
ano!”
Isso mesmo! 🤩
Entendeu agora? Os recursos necessários para a abertura de créditos adicionais sempre vêm de algum
lugar, de alguma fonte. Se você quiser abrir créditos adicionais, você tem que indicar de onde vai tirar esse
dinheiro, tem que indicar a fonte (a origem) desses recursos. Ressalte-se que os créditos extraordinários não
precisam indicar a fonte dos recursos na ocasião da abertura, mas, no final das contas, todos os créditos
adicionais precisarão de recursos para pagar as despesas.
Muito bem. E para a Administração Pública é a mesma coisa: ela também não consegue fazer o dinheiro
aparecer magicamente. Ela tem que obter recursos de alguma fonte!
“Que legal, professor! Então, assim como eu, a Administração Pública também pode cortar algumas despesas
supérfluas, usar o que sobrou do ano passado e fazer empréstimos?” 🤔
“Tá. Então quais são, exatamente, as fontes de recursos para abertura de créditos adicionais?”
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Ok. Vamos começar a responder a sua pergunta com um dispositivo da Lei 4.320/64:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global
não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.
Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Lei 4.320/64
Operações de crédito
Superávit Financeiro
Outras
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Quando marcamos assim, você já sabe que vem coisa boa por aí, não é? 😅
Para quem não sabe, eu tenho “Filho” no meu nome. Sérgio Machado Filho. Minha família simplesmente de chama de
Sérgio Filho. Às vezes, para encurtar, minhas irmãs me chamam de SF.
Eu sou um cara único, certo? Eu sou um cara RARO (assim como você também é, claro 😉).
Ou simplesmente:
SF É RARO
É • Excesso de arrecadação
R • Reserva de Contingência
A • Anulação de dotação
O • Operações de crédito
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É! 😅 Esse era o mnemônico que eu usava, porque bom é assim: quanto mais criativo, louco e pessoal o
mnemônico, melhor ele é! Portanto, na hora da prova, lembre-se do seu professor, lembre-se que ele é raro! 😂
Ou você pode pensar em um Salão de Festas bem raro!
Há vários outros mnemônicos por aí. Vamos lista-los aqui e você escolhe o que mais gostar, ok?
ROSERA
SE ORAR, passa 🙏
Excesso de ar e Onda parada Anulam o Restante do dia do Surfista na bela da praia do Recife
Nesse caso:
Pronto! Agora é só escolher um e correr para o abraço. Ou então você pode criar um! 😄
Só com isso você já resolve boa parte das questões, porém algumas vão explorar os detalhes de cada uma
das fontes. Portanto, vamos comentar cada uma delas a seguir.
Começamos pelo Superávit Financeiro. A sua definição está na Lei 4.320/64:
Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
crédito a eles vinculadas.
O Superávit Financeiro (SF) é diferença positiva entre o Ativo Financeiro (AF) e o Passivo Financeiro
(PF). Ou seja:
SF = AF – PF
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E o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro são encontrados no Balanço Patrimonial (que demonstra o
patrimônio, os ativos, os passivos...). O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias,
bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários. Não há nada de ativo ou passivo financeiro aqui! 🧐
Fique atento
Superávit Financeiro é apurado no balanço patrimonial (não no balanço financeiro)
É simples:
AF = 100
PF = 70
Acontece que, em outubro de 2018 (já nos últimos quatro meses do exercício), foram abertos créditos especiais no
valor de 50, mas somente 30 foram utilizados. Em 2019, esses créditos especiais foram reabertos no limite de seus
saldos, ou seja, no valor de 20 (50 – 30 = 20).
São novas despesas cujos recursos pertencem ao exercício anterior, então, na verdade, não teremos mais aquele SF
de 30, pois parte dele será consumida pelos créditos adicionais reabertos (CAR) no exercício subsequente (2019).
Atenção! ⚠ Subtraímos somente o saldo dos créditos adicionais reabertos, e não o total deles. No nosso
exemplo, veja que subtraímos somente 20 (e não 50).
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E as operações de crédito a eles vinculadas (OCV) devem ser somadas, porque esses recursos já estão no
superávit financeiro do exercício anterior. Ao subtrair todo o saldo dos créditos adicionais reabertos sem
somar de volta (estornar) as operações de crédito, estaríamos excluindo todas as operações de crédito do saldo
trazido do exercício anterior.
Confuso? Um exemplo vai facilitar:
Mesma situação do exemplo anterior: AF = 100, PF = 70, portanto SF 2018 = 30. Em 2019, foram reabertos créditos
adicionais pelo saldo de 20.
Só que, agora, dentro do saldo de 20 nós temos 5 de operações de crédito vinculadas a esses créditos adicionais.
Essas operações de crédito já foram recebidas no ano passado, foram para o Ativo Financeiro (AF = 100) e, portanto,
já foram consideradas naquele Superávit Financeiro de 30.
Agora veja o que acontece se subtrairmos todo o saldo de créditos adicionais reabertos, considerando que AF = 95
+ 5 (de operações de crédito) e saldo de créditos adicionais reabertos (CAR) = 15 + 5 (essas mesmas operações de
crédito):
Percebeu? +5 e -5 se anulam, e fica como se a operação de crédito nunca tivesse acontecido, mas ela aconteceu sim!
Em outras palavras: os 5 referentes a operações de créditos já estavam no SF e foram retirados. Agora nós temos
que colocá-los de volta. Como fazemos isso? Somando-os! 😃
No final, sua fórmula vai ficar assim (é isso que você vai levar para a prova):
Exemplo:
AF = 100
PF = 80
Saldo = 100 – 80 = 20
Foram reabertos créditos especiais e extraordinários (claro, porque créditos suplementares não podem ser reabertos no
exercício subsequente) no valor de 12. Então:
Saldo = 20 – 12 = 8
Mas havia operações de credito vinculadas (OCV) a esses créditos no valor de 5. Portanto:
Saldo = 8 + 5 = 13
No final das contas, nós teremos: 100 – 80 – 12 + 5 = 13. Deu positivo? Então chamamos de Superávit Financeiro.
Art. 43, § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,
a tendência do exercício.
Aqui não tem muito segredo: excesso de arrecadação é arrecadar mais do que o previsto!
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Isso será verificado lá no Balanço Orçamentário (BO), no qual iremos comparar as colunas de “Previsão
atualizada” e “Receitas Realizadas” (lembrando que receita realizada = receita arrecadada).
Tome como exemplo o BO da União de 2017:
“Beleza, professor. Agora me responde essa: se eu arrecadei mais do que o previsto, eu posso usar esse
excesso de arrecadação como fonte para abertura de créditos adicionais. Ok. Mas e se eu não gastar tudo que eu
planejei gastar? Eu também estarei com dinheiro sobrando aí! Posso usar isso como fonte para abertura de
créditos adicionais?” 🧐
O nome disso que você descreveu é economia de despesa. Ela ocorre quando a despesa executada
(empenhada) é menor do que a despesa prevista (dotação atualizada).
Por exemplo: a Administração estava autorizada a gastar R$ 100,00, mas só gastou R$ 80,00. Economia de despesa. 😉
E a economia de despesa não é uma fonte de abertura de créditos adicionais! Você a viu na nossa lista ou
nos nossos mnemônicos, por acaso? 😄
Novamente: no BO, só que agora na parte das despesas. Voltemos ao BO da União de 2017:
Perceba que tivermos economia de despesas nas despesas correntes e em Pessoal e Encargos Sociais.
Basta comparar as colunas de Dotação Atualizada (f) e Despesas Empenhadas (g). Na verdade, se o Saldo (j)
for positivo, já sabemos que houve uma economia de despesas.
Fique atento
A economia de despesas não é uma fonte de abertura de créditos adicionais
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Art. 43, § 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-
se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
Exemplo:
No entanto, foram abertos, naquele exercício, créditos extraordinários no valor de 5. E também foram reabertos créditos
especiais autorizados no exercício anterior, com saldo de 3.
Aqui no excesso de arrecadação, deduzimos somente a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício:
Saldo = 20 – 5 = 15.
Nossa fonte para a abertura de créditos adicionais provenientes de excesso de arrecadação é de 15.
Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos
Fontes para
Ajustes
abertura
Subtrai (-) créditos adicionais reabertos (CAR) trazidos do ano anterior (somente
Superávit créditos especiais e extraordinários – últimos 4 meses)
Financeiro
Soma (+) operações de crédito vinculadas (OCV) a esses créditos transferidos
Excesso de
Subtrai (-) créditos extraordinários abertos no exercício
arrecadação
Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais. Essa é simples e é a mais
utilizada! Trata-se de anular uma dotação orçamentária (cortar despesas do orçamento) para liberar recursos e
permitir a abertura de créditos adicionais.
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Por exemplo:
Existe um crédito orçamentário para realização de show de fim de ano com artistas renomado com dotação de R$
1.000.000,00.
No entanto, surge a necessidade de abertura de créditos adicionais no valor de R$ 300.000,00 para aquisição de
medicamentos.
Então a Administração Pública pensa: “bom, esse show não é tão importaaaante assim. Vamos cortar esses R$ 300.000,00
do show e usá-los para comprar os medicamentos!”
Brilhante!
Agora a dotação para o show é de R$ 700.000,00 e há R$ 300.000,00 disponíveis para a aquisição de medicamentos.
Repare que, no exemplo acima, ocorreu uma anulação parcial, isto é, somente parte da dotação
orçamentária foi anulada (R$ 300.000,00). A anulação total seria a anulação de toda a dotação reservada para
o show de fim de ano (R$ 1.000.000,00).
Operações de credito também são fontes para abertura de créditos adicionais. Elas são, de grosso modo,
um empréstimo, um financiamento. É como aquele exemplo em que você pega dinheiro emprestado, pois os
seus recursos já estão todos alocados.
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,
emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
O produto de operações de crédito constitui recurso para a abertura de créditos adicionais se houver
autorização para a realização da operação e se existirem condições jurídicas que possibilitem ao
Poder Executivo realizá-las. Assim, não basta a autorização genérica eventualmente concedida no
texto da própria lei orçamentária ao amparo ao art. 165, § 8º, da Constituição Federal. E necessário que
a operação apontada conte com amparo nas normas específicas e atenda às exigências da legislação
local. Também, é necessário que a operação seja efetivamente viável, ou seja, que exista a linha de
financiamento e agente disposto a realizar a operação e que as condições - montante, prazos, encargos,
carências etc. - atendam aos interesses superiores da instituição.
Detalhe é que as operações de crédito são as únicas fontes para abertura de créditos adicionais que
constituem receitas orçamentárias. Sim: operações de crédito são receitas orçamentárias! 😄
5
GIACOMONI, James. Orçamento Público, 16ª edição, editora Atlas, 2012.
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Agora preste atenção: operações de crédito são fontes para abertura de créditos adicionais, mas
operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não são!
Fique atento
Operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não são fontes para
abertura de créditos adicionais
Próxima: recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes.
Imagine que o projeto de Lei Orçamentária Anual contenha um crédito orçamentário para aquisição de biscoitos, com
dotação de R$ 500.000,00.
Beleza. O projeto de lei chega ao Poder Legislativo. Lá ele sofre uma emenda parlamentar. Um parlamentar comenta: “é
um absurdo gastar R$ 500.000,00 em biscoitos! 😤 Proponho uma dotação de R$ 100.000,00 para esse crédito
orçamentário”. A proposta de emenda é aprovada.
Pronto. E agora, o que acontece com os R$ 400.000,00 que foram cortados? Eles estavam alocados à aquisição de
biscoitos, mas agora eles estão sem despesas correspondentes. 🧐
Olha que beleza! Agora eles estão “livres”! Agora eles são fontes para abertura de créditos adicionais. 😃
O mesmo aconteceria se esse crédito orçamentário fosse completamente rejeitado. A diferença é que aqui teríamos todos
os R$ 500.000,00 disponíveis para abertura de créditos adicionais. 😉
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“E o veto, professor?” 🤔
Bom, imagine que projeto de Lei Orçamentária Anual passou pelo Legislativo e agora segue para a sanção do chefe do
Executivo. A única alteração feita pelos parlamentares foi substituir a palavra “biscoito” por “bolacha”.
O chefe do Executivo então fica irado: “não é bolacha! É biscoito! Eu vou vetar isso aqui!”. 😂
O crédito orçamentário é vetado e o veto é aprovado pelo Legislativo. Pronto. Agora aqueles recursos reservados à
aquisição de biscoitos (ou bolachas 😅) também estão sem despesas correspondentes, podendo servir como fonte para
abertura de créditos adicionais.
É interessante saber que créditos extraordinários não podem ser abertos com esses recursos que, em
decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes. Isso porque está expresso na CF/88 que eles serão utilizados somente para créditos especiais
e suplementares, observe:
Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
“É muita informação, professor! Sem falar que esse nome é enorme. Como eu vou memorizar isso?” 😕
VER-SE
• V: veto
• E: emenda
• R: rejeição
• S: suplementares
• E: especiais
Por último, temos a reserva de contingência. A reserva de contingência é uma dotação global não
especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica,
cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais (DL 200/67).
“Professor, por que a reserva de contingência é uma fonte para abertura de créditos adicionais?” 🤔
Bom, sabe aquele dinheiro que você deixa “embaixo do colchão”? Aquela sua reserva de emergência?
Pois é, a reserva de contingência é mais ou menos isso. 🧐 Se alguma coisa der errado, se algum risco se
concretize, e surja a necessidade de abertura de créditos adicionais, a Administração tem recursos guardados
para esse propósito. 😌
Veja que esses recursos não estão especificamente destinados a nada. Eles estão “livres”, e, por isso,
também podem servir como fonte para abertura de créditos adicionais. 😏
A LRF mesmo nos diz que a reserva de contingência é destinada ao atendimento de passivos
contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, justamente como eu falei:
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Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
E nunca é demais lembrar que: a reserva de contingência está na LOA, mas a forma de utilização e o
montante dessa reserva estão na LDO.
conterá a Reserva de
LOA
Contingência
Reserva de
Contingência
Estabelece a forma de
LDO
utilização e montante
Muito bem! Agora que você entendeu cada uma das fontes, aqui vai uma informação importante: nem
todas as fontes aumentam o valor global do orçamento.
Você já sabe que o Sérgio Filho É RARO. Beleza. Agora você vai gravar que:
Ou somente:
SF É O Rei 👑
Vocês devem estar pensando que eu (professor Sérgio) sou um convencido! 😅 Mas tudo bem. Eu corro
esse risco. Se você acertar as questões, tá valendo! 😄
É o mnemônico que vimos anteriormente (SE ORAR, passa 🙏), sem o “AR” no final.
Ou ainda:
ROSE🌹
“Beleza! Agora, professor, explica aí! Por que a anulação de dotação e a reserva de contingência não
aumentam o valor global do orçamento?” 🤔
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Essa é fácil de entender. ☺ A reserva de contingência não aumenta o valor global do orçamento, porque
ela já está no orçamento! E a anulação de dotação orçamentária não aumenta o valor global do orçamento,
porque ela só retira a dotação de um crédito orçamentário para ser utilizado em outro. É um toma lá, dá cá.
Muito bem. Agora nós vamos anular R$ 100.000,00 do “Crédito orçamentário A” para abertura de créditos suplementares,
que irão reforçar a dotação do “Crédito orçamentário B”. Observe:
E aí? O valor global do orçamento aumentou? Não! Continua sendo R$ 1.000.00,00 (R$ 400.000,00 + R$ 400.000,00 + R$
200.000,00).
As demais fontes (Superávit Financeiro, excesso de arrecadação, operações de crédito e recursos sem
despesas correspondentes) aumentam o valor global do orçamento.
Então, vamos esquematizar isso em um quadro para facilitar:
Operações de crédito
O Poder Executivo de um município pretende apresentar projeto de lei para abertura de créditos adicionais especiais. Em
relação às fontes de recursos, o executivo poderá utilizar
D) a anulação parcial de dotações orçamentárias, mas não o superávit financeiro do exercício anterior.
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Comentários:
O município quer abrir créditos adicionais. Quais fontes ele pode usar?
SF É RARO
excesso de arrecadação;
reserva de contingência;
anulação de dotação;
operações de crédito.
a) Correta. Sim. É possível utilizar o excesso de arrecadação (do exercício corrente), e não é possível utilizar o superávit do
orçamento corrente, porque o que o município pode usar é o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do
exercício anterior.
b) Errada. Como eu disse, o município não pode utilizar superávit do orçamento corrente.
Vale lembrar que o município pretende abrir créditos especiais. Se ele quisesse abrir créditos extraordinários, ele não
poderia utilizar os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes.
Gabarito: A
A diferença positiva ou negativa entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, conjugando-se os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas, são entendidos como superávit financeiro ou déficit
financeiro, respectivamente.
Comentários:
SF = AF – PF – CAR + OCV
E mais, se essa diferença for positiva, chamamos de Superávit Financeiro. Se for negativa, chamamos de Déficit
Financeiro.
Gabarito: Certo
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No mês de novembro de 2015, determinado ente público abriu créditos adicionais, no valor de R$ 287.500.000,00. De
acordo com a Lei Federal n° 4.320/1964, NÃO é considerado recurso para abertura de créditos adicionais suplementares e
especiais, desde que não comprometidos, o
C) produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.
Comentários:
Quais dessas alternativas não contém uma fonte para abertura de créditos adicionais?
Repare que a questão perguntou somente “de acordo com a Lei Federal n° 4.320/1964”. Nela, temos que:
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.
As alternativas A, B, C e D são praticamente cópias da lei. Já o superávit da execução orçamentária apurado ao final de
cada quadrimestre do exercício financeiro (alternativa E) não é uma fonte para abertura de créditos adicionais. Portanto,
é o nosso gabarito.
Gabarito: E
De acordo com a Lei Federal n.º 4.320/1964 e suas alterações, julgue os itens subsecutivos.
Ocorre excesso de arrecadação quando há diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro acrescido dos
saldos dos créditos adicionais transferidos e das operações de crédito vinculadas.
Comentários:
Olha a banca tentando trocar as bolas. É o Superávit Financeiro (SF) que é diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro: SF = AF – PF
E no Superávit Financeiro ajustado, subtraímos os créditos adicionais reabertos (CAR) e adicionamos (de volta) as
operações de créditos vinculadas (OCV) a eles: SF = AF – PF – CAR + OCV
O excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada. É simplesmente arrecadar mais do que o previsto. Aqui nós ajustamos subtraindo os créditos extraordinários
abertos no exercício: Excesso de arrecadação = Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos
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O princípio orçamentário da exclusividade foi consagrado na Constituição Federal de 1988 (CF) por meio da
determinação de que a lei orçamentária anual não contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa. No entanto, a CF prevê como exceção a essa regra a autorização para a abertura de
créditos:
A) suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.
Comentários:
Primeiro, vejamos o que prevê a CF/88:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
Esse é o famoso princípio da exclusividade, segundo o qual a LOA não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa. No entanto, há exceções a esse princípio, quais sejam:
Percebeu? 😏
A primeira exceção é justamente a autorização para abertura de créditos suplementares (CF/88, art.
165, § 8º). Atenção: a exceção é somente para créditos suplementares! A autorização para abertura de créditos
suplementares pode vir junto com a LOA. A autorização para abertura de créditos especiais e extraordinários
não! Veja que a Lei 4.320/64 também fala somente em créditos suplementares (se créditos especiais e
extraordinários fossem permitidos, a lei também os mencionaria):
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;
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Caso o Poder Executivo abra um crédito suplementar, os recursos correspondentes ao referido crédito serão
excluídos do cômputo total de créditos orçamentários.
Comentários:
Além disso, os créditos orçamentários são compostos pelos créditos iniciais e pelos créditos adicionais.
😉
Iniciais
(ordinários)
Créditos
orçamentários
Adicionais
Gabarito: Errado
Vedada? 🤨
Por que a sua utilização seria vedada, se esses recursos são fontes para abertura de créditos adicionais?
Repita conosco quais fontes são essas:
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SF É RARO
Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
VER-SE
• V: veto
• E: emenda
• R: rejeição
• S: suplementares
• E: especiais
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Percebeu? A questão “esqueceu” de mencionar que a abertura dos créditos especiais (e suplementares)
será precedida de exposição justificativa, ou seja, é necessário justificar a abertura desses créditos. Repare que
os créditos extraordinários prescindem de justificativa, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e
urgentes! 😬
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Portanto, as alterações quantitativas no orçamento devem ser feitas por meio de créditos
suplementares, pois eles não criam um novo programa de trabalho, como acontece nas alterações
qualitativas (provocados por créditos especiais e extraordinários. Esses sim criam “novas despesas”). Os
créditos suplementares apenas reforçam (e alteram) a dotação de um crédito orçamentário.
Especiais
Qualitativas
Extraordinários
Alterações
orçamentárias
Quantitativas Suplementares
Gabarito: Errado
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Lembrando que a reserva de contingência é uma dotação global não especificamente destinada a
determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados
para abertura de créditos adicionais (DL 200/67). Por isso, ela é considerada uma exceção ao princípio da
especificação (especialização ou discriminação).
Gabarito: Errado
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
a) Errada. Não podem ser abertas quaisquer modalidades de créditos adicionais que cubram as despesas
não previstas. Créditos suplementares e especiais também cobrem despesas que não foram previstas e, na
questão, identificamos que deverão ser abertos créditos extraordinários.
b) Errada. Já eliminamos essa alternativa, porque não havia crédito orçamentário no orçamento.
c) Errada. Deverão ser abertos créditos extraordinários e não créditos especiais.
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d) Correta. Créditos extraordinários são abertos para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, a
exemplo de calamidades imprevistas que exigem ação imediata do poder público.
e) Errada. Quanto tempo iria demorar essa autorização legislativa para contratação de operações de
créditos? Não há tempo para isso! Aqui está presente o periculum in mora (perigo da demora). O gestor público
deverá solicitar a abertura de créditos extraordinários!
Gabarito: D
É vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os
referidos créditos foram autorizados.
Comentários:
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício
podem ser reabertos no exercício seguinte nos limites de seus saldos e viger até o término desse exercício
financeiro. Então eles podem sim ter vigência em exercício financeiro diverso daquele em que os referidos
créditos foram autorizados.
Confira na CF/88;
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Agora, se substituíssemos a palavra “especiais” por “suplementares”, a questão estaria correta, não é
mesmo? 😎 Porque os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos.
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Gabarito: Errado
Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende da
indicação dos recursos correspondentes.
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Comentários:
É justamente o contrário! Os créditos extraordinários são os únicos que não dependem (não precisam)
de indicação dos recursos correspondentes, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e urgentes.
Primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos em conseguir os recursos.
Gabarito: Errado
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do
Poder Executivo.
Comentários:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Autorização Lei
Créditos
suplementares
e especiais
Decreto
Abertura
executivo
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Sim! Os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.
Em outras palavras: eles possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são
abertos.
Por exemplo: um crédito suplementar aberto em 2020 terá vigência até o término desse exercício (31/12/2020). Mesmo
que ele tinha sido aberto no dia 30/12/2020, sua vigência não passará para o próximo exercício financeiro.
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Gabarito: Certo
Acerca de administração financeira e orçamentária e do orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a
realização da despesa.
Comentários:
É isso mesmo! Créditos extraordinários são destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Estamos diante de uma
situação grave, urgente! Precisamos resolver isso agora. “O dinheiro nós conseguimos depois!” Por isso, “os
créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a
realização da despesa”, exatamente como afirma a questão.
Veja como a Lei 4.320/64 somente exigiu existência de recursos disponíveis para os créditos
suplementares e especiais:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Isso significa que a abertura de créditos extraordinários (outra espécie de crédito adicional) não depende
da existência de recursos disponíveis, ou seja, a Administração não precisa ter dinheiro disponível agora (nesse
momento) para abrir créditos extraordinários, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e urgentes.
Gabarito: Certo
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SF É RARO
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (...)
Gabarito: Errado
14. CESPE – CGM de João Pessoa - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018
Com relação ao processo orçamentário brasileiro, julgue o item subsequente.
Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponíveis, ainda que
oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.
Comentários:
Questão bem ao estilo da banca: duas assertivas em uma só, ligadas por uma conjunção (“ainda que”).
Vamos ver a primeira parte:
1. “Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponíveis”.
Isso está certo. 😊 Os créditos suplementares só podem ser abertos se existirem recursos
disponíveis. O único crédito adicional que pode ser aberto mesmo sem recursos disponíveis é o
crédito extraordinário. Confira aqui na Lei 4.320/64:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
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2. “ainda que oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais”. Os recursos
utilizados para abrir esses créditos suplementares podem ser oriundos de operações de crédito?
Em outras palavras: operações de crédito podem ser utilizadas como fonte para abertura de
créditos suplementares?
A resposta é: SIM! 😃 Operações de crédito podem ser utilizadas como fontes para abertura de créditos
adicionais! SF É RARO. A letra “O” é de “Operações de crédito”, lembra?
Dê uma olhadinha também na literalidade da Lei 4.320/64:
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (...)
Gabarito: Certo
Eu estou! 😃
Nessa situação hipotética, o governo do estado do Tocantins, para agir com celeridade, deverá abrir um
crédito extraordinário, porque eles são destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública (Lei 4.320/64, art. 41, III).
Na verdade (CF/88):
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”
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União e entes
que possuam Abertos por MP
MP
Créditos
extraordinários
Abertos por
Demais entes
decreto
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Agora nós já conseguimos encontrar o gabarito da nossa questão. Ele está na alternativa B.
Gabarito: B
O item que se segue, apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do
orçamento público e da programação orçamentária e financeira no Brasil.
No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a
emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício financeiro, teriam sido
totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária
a aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de
passaportes seja retomado.
Comentários:
Vamos lá: o Departamento de Polícia Federal tinha uma dotação específica para custear a emissão de
passaportes durante todo o exercício financeiro de 201X.
Acontece que essa dotação somente foi suficiente para arcar com essas despesas até o mês de julho. Isso
significa que o crédito orçamentário estava insuficientemente dotado.
Agora eu lhe pergunto: qual é o tipo de crédito adicional que utilizamos para reforçar (suplementar) uma
dotação?
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A questão, no entanto, vem nos dizer que “é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos
adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado”. Não! É necessária a
aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo suplementar.
Gabarito: Errado
A abertura de créditos suplementares por meio da lei orçamentária anual é uma exceção ao princípio da
exclusividade vedada pela Constituição Federal de 1988.
Comentários:
A redação dessa questão está meio confusa. Por isso que ela foi anulada. A justificativa da anulação foi:
“o julgamento objetivo do item foi prejudicado, uma vez que pode haver mais de um referente para o termo
‘vedada’".
O importante, no entanto, é saber que são exceções ao princípio da exclusividade, isto é, além da
previsão de receitas e fixação de despesas, também poderão estar na LOA:
As outras espécies de créditos adicionais (especiais e extraordinários) não podem ser autorizadas na LOA.
Observe com carinho o dispositivo constitucional:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Esse é o princípio da exclusividade, segundo o qual, além da previsão de receitas e fixação de despesas,
também poderão estar na LOA:
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Eu também não! 😅
A Lei 4.320/64 também só fala em créditos suplementares (se créditos especiais e extraordinários fossem
permitidos, a lei também os mencionaria):
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;
Portanto, podemos afirmar com segurança que “crédito adicional aberto com base em autorização dada
pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito suplementar”, exatamente como está escrito na
questão.
Gabarito: Certo
No mês de novembro de 2016, fortes chuvas e ventanias assolaram uma região administrativa do DF. O fato de
terem causado danos a casas e aparelhos públicos possibilitou a caracterização de calamidade pública, e não
havia, na Lei de Orçamento de 2016, dotação orçamentária específica para a sua recuperação.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Nesse caso, para o reparo das casas, o GDF deverá utilizar-se da abertura de crédito extraordinário.
Comentários:
Mais uma vez, preste atenção na situação: fortes chuvas e ventanias, calamidade pública... 🤔
A questão ainda nos diz que não havia, na Lei de Orçamento de 2016, dotação orçamentária específica
para a sua recuperação. Se não havia dotação orçamentária específica, então já excluímos a possibilidade de
abertura de créditos suplementares, não é mesmo? 😉 Afinal, estes são destinados a reforço de dotação já
existente!
Eu devolvo com outra pergunta: qual o tipo de crédito adicional destinado a despesas urgentes e
imprevistas, para fazer frente a situações como essa calamidade pública descrita na questão?
“Créditos extraordinários!” 😃
Muito bem! 😍
(CF/88):
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”
Gabarito: Certo
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Comentários:
As alterações orçamentárias podem ser:
• Alterações qualitativas;
• Alterações quantitativas.
As alterações qualitativas ocorrem quando alteramos a qualidade, o conteúdo, do orçamento e são feitas
por créditos especiais e extraordinários.
As alterações quantitativas ocorrem quando alteramos a quantidade (numérica) do orçamento, ou seja,
vamos somente modificar o total de crédito constante na Lei Orçamentária Anual (LOA), acrescentar um valor
a algo já existente. Logo, as alterações são feitas por meio de créditos suplementares.
Os atributos só são modificados por créditos especiais e extraordinários, pois nesses casos há uma
alteração qualitativa.
Caso precise abrir um crédito suplementar para cobrir despesa com a folha de pagamentos dos servidores
públicos, o governo poderá utilizar como fonte de recursos
A) o saldo em caixa apurado em trinta e um de dezembro do exercício anterior.
B) a diferença a maior entre despesas e receitas.
C) parte dos recursos consignados na reserva de contingência.
Comentários:
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Lembra dos nosso mnemônicos para as fontes para abertura de créditos adicionais?
SF É RARO
SE ORAR, passa 🙏
Excesso de ar e Onda parada Anulam o Restante do dia do Surfista na bela da praia do Recife
Use o que você quiser! Qualquer um que faça você acertar questões! 😃
a) Errada. Essa não é uma das fontes para abertura de créditos adicionais.
b) Errada. Acreditamos que a banca estava doida para que você lembrasse do Superávit Financeiro ou do
excesso de arrecadação e marcasse essa alternativa! 😅 Só que a diferença a maior entre despesas e receitas
não é Superávit Financeiro e nem excesso de arrecadação!
Superávit Financeiro (SF) é diferença positiva entre o ativo financeiro (AF) e o passivo financeiro (PF).
SF = AF – PF
Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada.
c) Errada. Essa foi uma boa alternativa. De fato, a reserva de contingência é uma das fontes para abertura
de créditos adicionais, no entanto não podemos nos esquecer da finalidade dessa reserva: atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
E agora eu lhe pergunto: despesa com a folha de pagamentos lhe parece um passivo contingente ou um
risco fiscal?
Não, né? 😄 Então, nesse caso, não podemos utilizar a reserva de contingência como fonte para abertura
de crédito suplementar.
d) Errada. Essa também não é uma das fontes para abertura de créditos adicionais.
e) Correta. Essa sim é uma fonte para abertura de créditos adicionais. É a letra “A” do nosso mnemônico:
SF É RARO. Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias. Por sinal, essa é a fonte mais utilizada!
Gabarito: E
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Esses recursos podem ser utilizados como fonte para abertura de créditos adicionais?
Vamos deixar a Lei 4.320/64 responder essa:
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
Portanto, sim: os recursos resultantes de anulação parcial ou total de outros créditos adicionais já
autorizados em lei podem ser utilizados para abertura de créditos adicionais!
Gabarito: Certo
Comentários:
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Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global
não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.
Gabarito: Certo
Situação hipotética: Determinado ente da administração pública, que necessita da abertura de um crédito
especial, dispõe dos seguintes dados:
• diferença entre a receita realizada e a prevista: R$ 400;
• ativo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 180;
• passivo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 140;
• créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 230;
• créditos adicionais reabertos: R$ 10.
Aqui as nossas fórmulas vão te ajudar muito! O aluno mais apressado poderia pensar assim:
• SF = AF – PF = 180 – 140 = 40
• Excesso de arrecadação = Rec. Arrecadada – Rec. Prevista= 400
• Total da margem para abertura de crédito especial = R$ 440.
Calma, jovem! ☝
Há outras informações na questão. Um dos detalhes das questões de cálculo é saber se as informações ali
serão consideradas ou não.
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Nesse caso, elas serão consideradas sim. Precisamos, ainda, ajustar o SF e o Excesso de arrecadação. E é
aqui que entram as nossas fórmulas:
Belíssima questão! 👌
Antes de resolver a questão, lembre-se que os créditos orçamentários podem ser iniciais (que já estão
consignados na LOA) ou adicionais (abertos durante a fase de execução do orçamento).
Iniciais
Créditos
orçamentários
Adicionais
Muito bem! Então vejamos a primeira parte da questão: “todo crédito adicional constitui um crédito
orçamentário”. Isso está correto.
E a segunda parte: “mas nem todo crédito orçamentário é também um crédito adicional”. Isso também
está correto, porque um crédito orçamentário não necessariamente é adicional. Ele pode ser inicial. 😉
Gabarito: Certo
Se a arrecadação efetivamente realizada for maior que a prevista na lei orçamentária anual, a diferença a maior
poderá ser utilizada como fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais.
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Comentários:
Com certeza! Pode sim! Essa é o famoso excesso de arrecadação:
Art. 43, § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,
a tendência do exercício.
Gabarito: Certo
Créditos especiais e extraordinários são abertos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo
ser transferidos para a continuidade da execução no exercício seguinte, se a autorização do Poder Legislativo
ocorrer no mês de novembro.
Comentários:
Créditos especiais e extraordinários são abertos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA?
Sim! 😃
Se autorizados nos últimos quatro meses do exercício, eles podem ser reabertos no exercício seguinte
(nos limites de seus saldos) e viger até o término desse exercício financeiro.
Vejamos a legislação correlata para gravar bem:
Lei 4.320/64:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Gabarito: Certo
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C) Os créditos suplementares serão autorizados por decreto do Poder Executivo e dependerão da existência de
recursos disponíveis para se atender à despesa.
D) Recursos disponíveis para legitimar a abertura de créditos suplementares são apenas o superávit financeiro
apurado em balanço patrimonial do exercício anterior e os recursos provenientes de excesso de arrecadação.
E) Os créditos adicionais, que incluem as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente
dotadas na LOA, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
disposição legal em contrário quanto aos especiais e extraordinários.
Comentários:
Vamos logo direto para as alternativas?
a) Errada. Os créditos especiais é que se destinam a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica (Lei 4.320/64, art. 41, II).
b) Errada. Os créditos suplementares é que se destinam ao reforço de dotação orçamentária insuficiente
(Lei 4.320/64, art. 41, I). Os créditos extraordinários realmente se destinam a cobrir despesas urgentes e
imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
c) Errada. Não, não! Os créditos suplementares serão abertos por decreto do Poder Executivo (e
autorizados por lei). Eles dependerão sim existência de recursos disponíveis para se atender à despesa. Confira
na Lei 4.320/64:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
d) Errada. Nós temos muito mais fontes do que essas duas, não é mesmo? No total, temos 6 fontes para
abertura de créditos adicionais, são elas:
SF É RARO
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Lembrando que os recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição não poderão ser utilizados para
abrir créditos extraordinários!
e) Correta. Isso mesmo. E a resposta está, como bem disse a questão, na Lei 4.320/64:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Com base nessa situação e na Lei n.º 4.320/1964, concluiu-se, em relação ao pretendido reforço, que
Comentários:
Primeiro, vamos ler um pouco da CF/88:
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Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos
A economia de despesas não é uma fonte de abertura de créditos adicionais! Portanto, não podemos
usar isso para reforçar a dotação citada na questão.
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Poderá sim, pois a data que vale para a reabertura é a da promulgação! 😃 Observe o dispositivo
constitucional:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.
Gabarito: Certo
Comentários:
Opa! O excesso de arrecadação é apurado no exercício corrente! O Superávit Financeiro é que é
apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior. Não confunda!
Superávit apurado em BP do
Financeiro exercício anterior
Fonte para
abertura de
créditos adicionais
Excesso de apurado no
arrecadação exercício corrente
Gabarito: Errado
Os créditos adicionais gerados a partir de anulação parcial ou total de dotação orçamentária provocam
aumento dos valores globais da lei orçamentária, uma vez que envolvem somente despesas.
Comentários:
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Operações de crédito
SF É O Rei 👑
Muito bem! Então, corrigindo a questão, os créditos adicionais gerados a partir de anulação parcial ou
total de dotação orçamentária não provocam aumento dos valores globais da lei orçamentária.
Mas é verdade que envolvem somente receitas, olha só:
Lei 4.320/64
Operações de crédito
Superávit Financeiro
Outras
Gabarito: Errado
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Comentários:
Quando, no decorrer da execução orçamentária, uma dotação se revelar insuficiente, nós precisaremos
reforçá-la, não é mesmo?
Créditos suplementares! 😃
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Gabarito: A
Mas os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.
Eles possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são abertos. Eles são válidos
somente até 31 de dezembro do exercício em que foram abertos.
Somente os créditos especiais e extraordinários é que poderão ser reabertos no exercício subsequente,
senão vejamos (Lei 4.320/64):
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
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E aí vem a CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Gabarito: Errado
SF É RARO
Comentários:
Exatamente!
Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
credito a eles vinculadas.
Gabarito: Certo
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Questões Cespe
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Se determinado recurso ficar sem a despesa correspondente em decorrência de veto parcial ao projeto de lei
orçamentária anual, será vedada a utilização do referido recurso ainda que na forma de fonte para a abertura
de créditos adicionais.
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D) créditos extraordinários que visem à cobertura de recursos decorrentes da necessidade de ação imediata do
poder público em razão de calamidades imprevistas.
E) autorização legislativa para contratação de operações de crédito que visem à cobertura de dotação não
prevista.
Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende da
indicação dos recursos correspondentes.
Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do
Poder Executivo.
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O item que se segue, apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do
orçamento público e da programação orçamentária e financeira no Brasil.
No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a
emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício financeiro, teriam sido
totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária
a aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de
passaportes seja retomado.
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Acerca dos mecanismos necessários à execução do orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito
suplementar.
No mês de novembro de 2016, fortes chuvas e ventanias assolaram uma região administrativa do DF. O fato de
terem causado danos a casas e aparelhos públicos possibilitou a caracterização de calamidade pública, e não
havia, na Lei de Orçamento de 2016, dotação orçamentária específica para a sua recuperação.
A correção de falhas na lei do orçamento ou o atendimento a situações emergenciais podem ser feitos por meio
de instrumentos de ajustes orçamentários, a exemplo dos créditos adicionais. A respeito desse assunto, julgue
o item subsecutivo.
Entre os recursos que podem ser destinados a créditos adicionais, incluem-se os resultantes de anulação parcial
ou total de outros créditos adicionais já autorizados em lei.
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Situação hipotética: Determinado ente da administração pública, que necessita da abertura de um crédito
especial, dispõe dos seguintes dados:
• diferença entre a receita realizada e a prevista: R$ 400;
• ativo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 180;
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D) Recursos disponíveis para legitimar a abertura de créditos suplementares são apenas o superávit financeiro
apurado em balanço patrimonial do exercício anterior e os recursos provenientes de excesso de arrecadação.
E) Os créditos adicionais, que incluem as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente
dotadas na LOA, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
disposição legal em contrário quanto aos especiais e extraordinários.
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Gabarito – CESPE
1. A 14. Certo 27. Certo
2. Errado 15. B 28. Certo
3. Errado 16. Errado 29. E
4. Errado 17. Anulada 30. C
5. Errado 18. Certo 31. Certo
6. Errado 19. Certo 32. Certo
7. D 20. Errado 33. Errado
8. Errado 21. E 34. Errado
9. Errado 22. Certo 35. A
10. Certo 23. Errado 36. Errado
11. Certo 24. Certo 37. Certo
12. Certo 25. Certo 38. Certo
13. Errado 26. Certo
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Resumo direcionado
Os créditos orçamentários podem sofrer alterações e os mecanismos utilizados para fazê-lo são os
créditos adicionais (mecanismos retificadores do orçamento).
Somente durante a fase de execução é que a Administração irá fazer uso dos créditos adicionais.
Já vêm consignados
Iniciais
na LOA
Créditos
Orçamentários
Reforço de dotação já
Suplementares
existente
Despesas para as
Adicionais Especiais quais não haja
dotação orçamentária
Despesas
Extraordinários imprevisíveis e
urgentes
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Indicação
Crédito Autorização de fonte
Finalidade Abertura Vigência
adicional legislativa dos
recursos
Por
decreto do
Executivo Sim
Sim
Reforço de ou Depende
dotação Pode vir na da Adstrita ao exercício
própria LOA Por lei existência
Suplementar orçamentária já financeiro em que forem
(exceção ao específica de recursos
prevista no abertos
princípio da (após disponíveis
orçamento
exclusividade) esgotado o e
limite já justificativa
autorizado
na LOA)
Por Sim
decreto do Depende Vigência no exercício
Despesas para
Executivo da financeiro em que
as quais não Sim (reabertura existência
Especial haja dotação forem autorizados,
Lei específica nos demais de recursos
orçamentária salvo se o ato de
Poderes: disponíveis
específica autorização for
por ato e
próprio) promulgado nos
justificativa
últimos quatro meses
Medida daquele exercício, caso
Provisória em que, reabertos nos
Somente para (ou decreto limites de seus saldos,
atender a do serão incorporados ao
despesas Executivo orçamento do exercício
Extraordinário Não Não
imprevisíveis e nos entes
financeiro subsequente
urgentes (rol que não
(exceção ao princípio
exemplificativo) possuírem
da anualidade)
Medida
Provisória)
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Lei 4.320/64, Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
CF/88, Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
Créditos ordinários
Créditos suplementares
Créditos especiais
Créditos extraordinários
setembro-18
Créditos especiais (últimos quatro meses)
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É • Excesso de arrecadação
R • Reserva de Contingência
A • Anulação de dotação
O • Operações de crédito
SF É RARO
ROSERA
SE ORAR, passa 🙏
Excesso de ar e Onda parada Anulam o Restante do dia do Surfista na bela da praia do Recife
O Superávit Financeiro (SF) é diferença positiva entre o Ativo Financeiro (AF) e o Passivo Financeiro
(PF):
SF = AF – PF
No cálculo do Superávit Financeiro serão conjugados, ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos (reabertos) e as operações de credito a eles vinculadas:
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Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada. É arrecadar mais do que o previsto! A economia de despesas não é uma fonte de
abertura de créditos adicionais.
Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos
Fontes para
Ajustes
abertura
Subtrai (-) créditos adicionais reabertos (CAR) trazidos do ano anterior (somente
Superávit créditos especiais e extraordinários – últimos 4 meses)
Financeiro
Soma (+) operações de crédito vinculadas (OCV) a esses créditos transferidos
Excesso de
Subtrai (-) créditos extraordinários abertos no exercício
arrecadação
Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais: trata-se de anular uma
dotação orçamentária (cortar despesas do orçamento) para liberar recursos e permitir a abertura de créditos
adicionais.
O produto de operações de crédito constitui recurso para a abertura de créditos adicionais se houver
autorização para a realização da operação e se existirem condições jurídicas que possibilitem ao Poder
Executivo realizá-las.
Operações de crédito são fontes para abertura de créditos adicionais, mas operações de crédito por
Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não são! SF É RARO, mas não é ARO! 😉
Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
VER-SE
• V: veto
• E: emenda
• R: rejeição
• S: suplementares
• E: especiais
Créditos extraordinários não podem ser abertos com esses recursos! CF/88 menciona somente créditos
especiais e suplementares.
A reserva de contingência é uma dotação global não especificamente destinada a determinado órgão,
unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de
créditos adicionais
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Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
credito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência
do exercício.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da
despesa, até onde for possível.
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