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Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof.

Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 4

Aula 4 – Créditos adicionais


AFO p/ TCU e TC-DF
Prof. Sérgio Machado
Prof. Marcel Guimarães
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Sumário
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS: INICIAIS E ADICIONAIS ............................................................................. 5

CRÉDITOS ADICIONAIS .......................................................................................................................... 7

SUPLEMENTARES ................................................................................................................................................. 10
Vigência ........................................................................................................................................................ 15
ESPECIAIS ........................................................................................................................................................... 18
Vigência ........................................................................................................................................................ 19
EXTRAORDINÁRIOS............................................................................................................................................... 23
Vigência ........................................................................................................................................................26
ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS ................................................................................. 29
Qualitativas ..................................................................................................................................................29
Quantitativas ................................................................................................................................................29
FONTE PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS ..................................................................................................... 31

QUESTÕES COMENTADAS – CESPE ...................................................................................................... 46

LISTA DE QUESTÕES – CESPE ................................................................................................................ 73

GABARITO – CESPE .............................................................................................................................. 80

RESUMO DIRECIONADO ........................................................................................................................81

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Dica de um concursado para um concurseiro


Você lembra (em detalhes) do que você leu no livro de ciências da escola? Não? 😕

E dos trabalhos que você fez em uma “feira de ciências”? Agora você lembra um pouco mais, não é? 😏

Isso porque nós lembramos mais de coisas que fazemos (ativamente) do que coisas que simplesmente
recebemos (passivamente). Isso tem tudo a ver com a tal da Pirâmide do Aprendizado (de William Glasser):

É por isso que para potencializar o seu aprendizado, no estudo para concursos públicos, além da leitura
do PDF (que é fundamental), você pode:

• Marcar, riscar, fazer anotações no PDF;


• Assistir às videoaulas;
• Escutar áudios sobre a matéria (uma boa dica é o aplicativo EmAudio);
• Fazer resumos, mapas mentais, etc;
• Resolver questões comentadas;

E a melhor de todas:

• Explicar, ensinar, dar aula para alguém.


Eu, professor Sérgio, mesmo antes de ser professor, costumava comentar pontos interessantes da
matéria com minha família, namorada e amigos. Eu também fechava a porta do quarto e dava aula para mim
mesmo, na frente do espelho.
Você acha que entendeu e memorizou a matéria? Então experimente explicar para alguém, para um
boneco, para seu cachorro ou para você mesmo. Aí sim você vai ver o quanto você realmente aprendeu. Essa é
a prova de fogo!

Já escutou aquela frase: “quem ensina aprende muito mais do que quem está aprendendo?” Pois é... 😄

“Ah, professor. Mas eu medo de passar vergonha!” 😣

Aí eu lhe pergunto: você prefere passar vergonha ou passar no concurso? 😄

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Então, a minha dica para você é: estude ativamente! Ativando a sua mente! Pare de ficar sentado só
recebendo informações, de forma passiva. Resolva questões, aplique o conhecimento adquirido, faça os seus
resumos, os seus mapas mentais e explique a matéria para alguém (nem que seja para você mesmo).

Estude ativamente (ativa a mente) 😏

Mentalidade dos campeões 🏆

Amanhã você pode estar cansado ou você pode estar arrependido. Você escolhe.

@profsergiomachado

@prof.marcelguimaraes

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Esse assunto (créditos adicionais) é tranquilo e está muito relacionado a outros de nossa matéria. Ele não
é tão importante, pois representa somente cerca de 7% das questões de nossa matéria. No entanto, dominá-
lo poderá lhe garantir pontos fáceis na prova. É por isso que você deve estudá-lo.

“Já que você falou em prova, professor, como são as questões sobre créditos adicionais?” 🧐

A criatividade da banca aqui é um pouco limitada! 😂 As questões vão tentar confundir os tipos de
créditos adicionais (suplementares, especiais e extraordinários), trocando nomes e características. Por
exemplo: onde deveria estar escrito “suplementar”, estará “especial”. Ou então elas vão apresentar uma
situação hipotética e perguntar qual é o tipo de crédito adicional adequado.

Para acertá-las, preste atenção nas características de cada um dos tipos de créditos adicionais e nos
exemplos que daremos. Ao final da aula, como de costume, temos o nosso Resumo Direcionado com uma
tabela completa para você!

Então, vamos lá? 😃

Créditos orçamentários: iniciais e adicionais


“A lei orçamentária é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais são consignadas
dotações”1. Esses são os nossos créditos orçamentários iniciais (ou ordinários), porque eles já estão
consignados na LOA. Já iniciamos o exercício financeiro com tais créditos.
Portanto, créditos orçamentários são classificações, contas, que especificam as ações e operações
autorizadas pela lei orçamentária. Já as dotações são os montantes de recursos financeiros com que conta o
crédito orçamentário.
Como dizem os mestres Teixera Machado e Heraldo Reis: “o crédito orçamentário seria o portador de
uma dotação e esta o limite de recurso financeiro autorizado”. É como se o crédito orçamentário fosse uma
gaveta e a dotação é o limite de dinheiro que pode estar dentro daquela gaveta.

Agora eu vou lhe recordar um “segredo”: planejamento é fundamental, mas nem sempre a execução
sai do jeito que foi planejado! 🧐

Ninguém tem bola de cristal, ninguém pode prever o futuro. 🔮 Mesmo com um planejamento excelente,
as circunstâncias, o cenário, as prioridades podem mudar a qualquer momento, especialmente nesse mundo
globalizado e informatizado em que vivemos. Portanto, eventualmente é necessário realizar mudanças ao
longo da execução do plano. Se o planejamento for ruim, teremos ainda mais mudanças!

1
GIACOMONI, James. Orçamento público, 16ª edição, p. 303.

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Imagine a seguinte situação: no seu orçamento, você planejou gastar R$ 500,00 mensais em compras no supermercado.
Só que os preços dos produtos dispararam (ou você simplesmente percebeu que calculou errado) e você não consegue
comprar nem mais o suficiente para sobreviver.

E agora José? 😄 O que você vai fazer? Morrer de fome ou revisar o seu planejamento, ajustando esse valor?

Trazendo para a realidade do orçamento público: mesmo que o planejamento esteja “lindo” (mesmo que
a LOA esteja “linda”), com seus créditos orçamentários iniciais cuidadosamente dotados, pode ocorrer a
necessidade de realização de novas despesas que não foram computadas ou que foram insuficientemente
dotadas. Ainda podemos nos deparar com uma situação imprevisível e urgente, a exemplo de uma guerra ou
uma calamidade pública. Aí será necessário (ou possível) retificar o orçamento.
Portanto, os créditos orçamentários podem sofrer alterações e os mecanismos utilizados para fazê-lo são
os créditos adicionais. Por isso dizemos que os créditos adicionais são mecanismos retificadores do
orçamento. 😉

Como bem disse o mestre James Giacomoni:

Seria impraticável se, durante sua execução, o orçamento não pudesse ser retificado, visando atender
a situações não previstas quando de sua elaboração ou, mesmo, viabilizar a execução de novas despesas,
que só se configuraram como necessárias durante a própria execução orçamentária. Há soluções para isso
e o mecanismo a ser invocado é o do crédito adicional.

“Professor, então, para que mesmo servem os créditos adicionais? Por que eles existem? Quais são suas
finalidades?” 🤔

Ora, os créditos adicionais servem para conferir flexibilidade ao orçamento (e ao gestor público) e
possibilitar o atendimento de novas despesas ou situações não previstas. Essas são suas finalidades! 😉

“E por que esse nome, professor? Adicionais...” 🤔

Boa pergunta! Primeiro, você deve lembrar que os créditos orçamentários podem ser iniciais ou
adicionais. Assim:

Iniciais
(ordinários)
Créditos
orçamentários
Adicionais

Muito bem! 😌

Os créditos adicionais são assim chamados, porque eles não vêm junto com a LOA, que é o caso dos
créditos orçamentários iniciais. Eles são adicionados posteriormente! Entendeu o nome agora? Créditos
adicionais! 😏

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Créditos adicionais
Vamos começar fazendo uma analogia.
Imagine que você fez o seguinte planejamento orçamentário:

• Supermercado = R$ 2.000,00
• Energia elétrica = R$ 1.000,00
• Mensalidade da academia = R$ 1.200,00
• Restaurantes = R$ 500,00
Você sabe que não existe “plano perfeito”, não é mesmo? Talvez só aquele do Michael Scofield que
conseguiu tirar o irmão dele da prisão (quem assistiu Prison Break aí? 😂). Na vida real, os planos falham, os
planos mudam. O seu orçamento, por exemplo, pode estar furado pelos seguintes motivos:

• Você planejou algo, mas na quantidade errada. Por exemplo: você não gasta só R$ 500,00 com
restaurantes. Na verdade, você gasta R$ 700,00; 🙄
• Você “esqueceu” ou não planejou algo. Por exemplo: você costuma gastar R$ 200,00 por mês em
salões de beleza, mas não colocou isso no planejamento. 🧐
Pode acontecer também de a execução do seu planejamento ser afetada por situações urgentes e
imprevisíveis.

Por exemplo: você se machucou no racha de futebol e não tem plano de saúde. Agora vai ter que pagar uma fisioterapia
particular... 😕

Veja, então, que você só vai perceber isso ao longo da execução do seu orçamento. Aqui você tem três
bons motivos para alterar o seu planejamento inicial. Em alguns casos, é até essencial e necessário que você o
faça!

Muito bem. Agora voltemos para o nosso querido orçamento público. 😄 Aqui a Administração Pública
também só vai descobrir a necessidade de retificar o orçamento durante a execução orçamentária, ou seja,
somente durante a fase de execução é que a Administração irá fazer uso dos créditos adicionais.

Elaboração

Discussão e
Controle
votação

Execução

“E por que só na fase de execução, professor?” 🤔

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Ora, porque se a Administração quiser retificar o orçamento durante a elaboração, é só alterar a proposta
orçamentária que será entregue ao Legislativo. E se o orçamento tiver que ser retificado durante a fase de
discussão e votação, ele sofrerá emendas. Já na fase de controle, o orçamento já passou: não faz mais sentido
retificá-lo. ☺

Por exemplo: você está elaborando o seu orçamento. Durante a elaboração, você não gostou de alguma coisa. Você apaga
e faz de novo. Então você mostra o orçamento para seus pais (os donos do dinheiro) para que eles o discutirem e aprovem.
Eles não gostam de alguma coisa, fazem emendas e o devolvem para que você o execute. Durante a execução desse
orçamento (isso mesmo: no meio do caminho) é quando você percebe que precisa fazer alterações. É nessa fase que você
se utilizará de créditos adicionais. E depois que passar o período ao qual o orçamento se referia você já estará
controlando-o, avaliando-o. Não faz mais sentido alterá-lo.

E aqui no orçamento público também existem três motivos que justificam a sua retificação, a saber:
1. Um crédito orçamentário inicial está insuficientemente dotado, ou seja, ele foi planejado, mas
na quantidade errada;
2. Há uma despesa que precisa ser realizada, mas ela não está computada na LOA (e pelo princípio
da legalidade, a Administração Pública só pode realizar aquilo que está na lei, lembra?). Isso
significa que essa despesa não foi contemplada no planejamento; ou
3. Aconteceu um fato imprevisível e urgente.
Para cada uma dessas três situações (três motivos) existe um crédito adicional específico para resolver
o problema. 😏 Quer ver? Dá uma olhadinha na Lei 4.320/64:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Já vêm
Iniciais consignados na
LOA

Reforço de
Créditos Suplementares dotação já
Orçamentários existente

Despesas para as
quais não haja
Adicionais Especiais
dotação
orçamentária

Despesas
Extraordinários imprevisíveis e
urgentes

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Portanto, temos três “tipos” de créditos adicionais:


1. Suplementares;
2. Especiais; e
3. Extraordinários.

Vamos entender cada um deles? 😃 Responda escolhendo uma das opções abaixo:

Questões para fixar


CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo – 2016

Com relação ao orçamento público brasileiro, julgue o item a seguir.

Despesas públicas não computadas na lei de orçamento anual ou insuficientemente dotadas poderão ser autorizadas por
meio dos denominados créditos adicionais.

Comentários:

É isso mesmo! É para isso que os créditos adicionais servem! E a banca também só reformulou o artigo 40 da Lei 4.320/64,
veja só:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.

Gabarito: Certo

FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT – Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal – 2016

Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária.

Comentários:

Agora foi copia e cola da Lei 4.320/64! 😂 De novo:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.

Gabarito: Certo

CESPE – TRT-8ª – Analista Judiciário – 2016

A classificação dos créditos adicionais está prevista em quatro tipos: suplementares, especiais, extraordinários e
superavitários.

Comentários:

Quatro não! Três! Há um intruso aí! 😄

São espécies de créditos adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. “Superavitários” não é uma classificação
de créditos adicionais.

Gabarito: Errado

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Suplementares
A primeira espécie de crédito adicional que veremos são os créditos adicionais suplementares. Eles
servem para reforçar uma dotação orçamentária, ou seja, o crédito orçamentário já existe, mas ele está
insuficientemente dotado! Em outras palavras: caso o crédito orçamentário inicial tenha sido
insuficientemente dotado, poderão ser abertos créditos adicionais suplementares.
Essa é aquela situação em que você planejou a despesa, mas não no valor correto. Ou então, ao longo da
execução do orçamento, você percebeu que precisaria alocar mais recursos para aquela despesa. Por isso que
“em termos de gestão, o crédito suplementar reflete uma falha na programação, haja vista que o valor foi
insuficiente para atender à despesa2”. 😕

Por exemplo: você decide morar sozinho(a) e, no seu orçamento, você planejou gastar R$ 50,00, por mês, em compras no
supermercado. Chegando lá, você viu que não é bem assim! 😆 O buraco é mais embaixo! Você vai precisar desembolsar
uns R$ 300,00 de supermercado. Veja que esse crédito orçamentário (“supermercado”) já existe no seu orçamento, você
só precisa suplementá-lo, reforçar a sua dotação (aumentar de R$ 50,00 para R$ 300,00).

Agora um exemplo no orçamento público:

A LOA prevê o crédito orçamentário “Material de consumo” com dotação de R$ 70.000,00. Ao longo do ano, percebeu-se
que essa quantia não seria suficiente e que, na verdade, a Administração Pública necessitará de R$ 100.000,00. Serão
necessários, então, R$ 30.000,00 para suplementar (reforçar) essa dotação.

Note que os créditos suplementares irão suplementar (😏) uma dotação. Isso mesmo: suplementar!
Suplementar significa suprir o que falta, ampliar, completar. Como um “suplemento de academia”, os créditos
suplementares fazem os créditos orçamentários iniciais crescerem, ficarem maiores (ficar grande, pô!) 😂

Antes: Wolverine crédito inicial. Depois: Wolverine depois de receber créditos suplementares.
Depois que um crédito orçamentário inicial recebe créditos suplementares, ele tem a sua dotação
atualizada. Essa, por sinal, é uma das colunas do Balanço Orçamentário (um das Demonstrações Contábeis
Aplicadas ao Setor Público).

2
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.

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Note que “Pessoas e Encargos Sociais” (um agrupamento de despesas) aumentou. É bem possível que
um ou mais créditos orçamentários que estão dentro desse grupo tenham recebido créditos suplementares.

Beleza! 😄

Agora que você sabe a finalidade dos créditos suplementares, vamos lhe apresentar a uma característica
muito importante deles! E quando digo “importante”, quero dizer: despenca em prova! 😳

Então, você lembra que a Lei Orçamentária Anual (LOA) não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa?

“Lembro sim, professor!” 😃

Qual é o nome desse princípio orçamentário?

“Princípio da exclusividade!” 😇

Excelente! Você está bem, viu? 😄

Muito bem! Agora vamos ver se você está fera mesmo: você lembra das exceções ao princípio da
exclusividade? 🧐

“Aonde você está querendo chegar, professor?” 🤨

Aqui! Olha só o que diz a nossa CF/88:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.

Portanto, são exceções ao princípio da exclusividade, isto é, além da previsão de receitas e fixação de
despesas, também poderão estar na LOA:

• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares);


• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita
orçamentária (ARO).

Percebeu? 😏

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A primeira exceção é justamente a autorização para abertura de créditos suplementares (CF/88, art.
165, § 8º). Atenção: a exceção é somente para créditos suplementares! A autorização para abertura de créditos
suplementares pode vir junto com a LOA. A autorização para abertura de créditos especiais e extraordinários
não! Veja que a Lei 4.320/64 também fala somente em créditos suplementares (se créditos especiais e
extraordinários fossem permitidos, a lei também os mencionaria):

Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;

Várias questões vão dizer que “a autorização para abertura de créditos especiais e extraordinários
poderá constar na LOA”. Isso está errado! Outras questões vão dizer que “a autorização para abertura de
créditos adicionais poderá constar na LOA”. E isso também está errado! Créditos adicionais é gênero, do qual
são espécies: créditos suplementares, créditos especiais e créditos extraordinários. A exceção não é para todas
as espécies de créditos adicionais. É somente para os créditos suplementares. Quando a questão fala em “a
autorização para abertura de créditos adicionais”, ela está incluindo os créditos especiais e extraordinários, e
eles não poderão constar na LOA, não é mesmo? 😉

Por exemplo: a mensalidade da sua academia é R$ 200,00. Seu plano termina em julho e existe a possibilidade desse preço
ser reajustado para R$ 300,00. No orçamento anual, você criará o crédito orçamentário “academia” com dotação de R$
2.400,00 (12 meses x R$ 200,00), mas poderá deixar já autorizado um crédito suplementar de R$ 600,00 (R$ 300,00 – R$
200,00 = R$ 100,00. Durante 6 meses: julho a dezembro).

“E por que isso, professor? Por que os créditos adicionais suplementares, e só os suplementares, podem ter
autorização contida no próprio texto da LOA?” 🤔

Economia processual! 😃

Essa “autorização prévia” é uma forma de obter economia processual, porque não há necessidade de
serem autorizados novamente pelo Congresso Nacional, porque o objeto a que se destinam já foi analisado e
aprovado na LOA, agora apenas complementa-se o que se mostrou insuficiente3.
A autorização para abertura de créditos especiais não pode vir na LOA simplesmente porque eles são
destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Não faz sentido! Pense bem:
se a Administração não previu, na LOA, gastos com manutenção de ar condicionados, faz sentido ela colocar
uma autorização para abertura de crédito especial para realizar essa despesa? 🤨

E os créditos extraordinários também não podem vir na LOA porque a sua abertura somente será
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. 😌

Fique atento
A autorização para abertura de créditos suplementares pode vir junto com a LOA.

3
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.

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Isso é o que mais cai em prova, mas precisamos saber um pouco mais sobre os créditos suplementares
para garantir aqueles pontos fáceis na prova. 😉 Vamos lá!

Você acha que abrir um crédito adicional é fácil? 🤔

Vamos responder: não. Não é tão fácil. Não é só dar uma “canetada” e pronto. Imagina se fosse assim: o
orçamento público é todo cuidadosamente planejado, discutido e aprovado pelo povo. Aí vem a Administração
Pública e com algumas “canetadas” reconfigura todo o orçamento inicial. De que adiantou o povo aprovar o
orçamento? De nada! 😕

É por isso que para abrir créditos adicionais suplementares (e especiais também) é preciso ter
autorização legislativa! É preciso ter uma lei! Também é necessário indicar de onde vem o dinheiro para pagar
por essas despesas, ou seja, é necessário indicar a fonte dos recursos. Isso é meio óbvio: se a Administração
Pública quer (ou precisa) gastar mais, ela precisa de autorização do dono do dinheiro (o povo) e precisa dizer
onde conseguirá recursos para arcar com esses gastos, já que dinheiro não nasce em árvore, não é mesmo? 😅

Isso é tão sério que está até na CF/88, observe:

Art. 167. São vedados: (...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;

E a Lei 4.320/64 também trata do assunto:

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

“Mas aí diz ‘abertos por decreto executivo’, professor.” 🤔

Sim! Depois de autorizados por uma lei, os créditos suplementares e especiais são abertos por decreto
executivo. Perceba: primeiro é necessário que haja essa lei autorizativa, depois é que o crédito por ser aberto
por decreto. Ora, se o crédito orçamentário inicial é aprovado por lei, a sua mudança também tem que ser por
meio de lei, não é? Princípio da legalidade... 😌

Autorização Lei
Créditos
suplementares
e especiais
Decreto
Abertura
executivo

Agora tem um detalhe: os créditos suplementares podem ser autorizados na própria LOA, mas estão
vinculados aos limites fixados na forma de percentual (isso porque o artigo 7º da Lei 4.320/64 diz que a LOA
poderá conter autorização ao Executivo para abrir créditos suplementares até determinada importância).

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Quer ver um exemplo de uma LOA de verdade? Esta é a LOA de um município brasileiro:
Artigo 7º - Para a execução do Orçamento de que trata a Lei, fica o Poder Executivo autorizado a:
I - Abrir Créditos Suplementares, mediante a utilização dos recursos adiante indicados, até o limite
correspondente a 50,00 %, do total da Despesa Fixada nesta Lei, com as seguintes finalidades:
a) Atender insuficiência nas dotações orçamentárias, utilizando como fonte de recursos, as
disponibilidades caracterizadas no parágrafo 1º, do Artigo 43, da Lei Federal nº 4,320, de 17 de março de
1964.

Ok, mas e se esses 50 % de créditos suplementares não forem suficientes? E se a Administração precisasse
de ainda mais? 🤔 Afinal (CF/88):

Art. 167. São vedados: (...)

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários


ou adicionais;

Aí teremos que fazer uma lei específica! Princípio da legalidade, de novo... 😌 Em outras palavras: após
esgotado o limite de créditos suplementares autorizados na própria LOA, a autorização deles dar-se-á por meio
de lei específica. 😉

Então, você já sabe que os créditos suplementares podem ser autorizados de duas formas:

• na própria LOA; ou
• por meio de lei específica.
Muito bem! Agora lá vai: se a autorização estiver contida na LOA, a abertura ocorrerá por decreto do
Poder Executivo. Porém, se a autorização decorrer de lei específica, o documento de abertura decorre da
própria publicação da lei, isto é, consideram-se abertos com a publicação da lei, dispensando a emissão do
decreto. 🤨

Já autorizados abertos por


na LOA decreto
Créditos
suplementares abertos com a
Autorizados por publicação da lei
lei específica (decreto é
dispensado)

E tem mais (Lei 4.320/64):


Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Em outras palavras: para a abertura de créditos suplementares e especiais é preciso ter recursos
disponíveis, indicando a sua fonte, e também é preciso oferecer uma justificativa. É como se a Administração
dissesse: “está sobrando dinheiro ali, e nós gostaríamos e usá-lo para abrir créditos suplementares/especiais,
porque... (justificativa)”.

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“Mas, professor, se eu vou abrir um crédito adicional, eu preciso ter recursos disponíveis, não é?” 🤔

Depende de qual crédito adicional nós estamos falando. Leia novamente o artigo 43 da Lei 4.320/64: a
abertura dos créditos suplementares e especiais (só desses dois) depende da existência de recursos
disponíveis. Isso significa que a abertura de créditos extraordinários (outra espécie de crédito adicional) não
depende da existência de recursos disponíveis, ou seja, a Administração não precisa ter dinheiro disponível
agora (nesse momento) para abrir créditos extraordinários, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e
urgentes. Primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos em conseguir os recursos.

Prévia autorização legislativa


Condições básicas para
abrir créditos
suplementares ou
especiais
Indicação de recursos

Pronto! Agora quando estiver tudo ok para abrir o crédito adicional (Lei 4.320/64):

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da
despesa, até onde for possível.

“Importância” é o valor (em R$) do crédito adicional, afinal é vedada a concessão ou utilização de créditos
ilimitados (CF/88, art. 167, VII). “Espécie” é dizer se o crédito adicional é suplementar, especial ou
extraordinário. E “classificação da despesa” é basicamente organizar a despesa no orçamento, informando
qual é o objeto do gasto, quem realizará a despesa, se é uma despesa corrente ou de capital, etc.

Vigência
Antes de mais nada, vamos ver o que diz a Lei 4.320/64 sobre vigência dos créditos adicionais:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Você prestou atenção à exceção? 😏

Ela se refere aos créditos especiais e extraordinários!


Portanto, em regra, os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos.

Por exemplo: um crédito adicional aberto em 2020, em regra, terá vigência até o término desse exercício (31/12/2020).

Porém, e agora vem a exceção, se houver uma disposição legal expressa em contrário (e essa disposição
existe), os créditos especiais e extraordinários poderão não ter vigência adstrita ao exercício financeiro em
que foram abertos, ou seja, a vigência dessas espécies de créditos adicionais pode ir além daquele exercício.
Assim, créditos especiais e extraordinários abertos em 2020, poderão ter vigência até o término de 2021 (mais
detalhes sobre isso daqui a pouco!).
Beleza! Então onde se encaixam os créditos suplementares?

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Na regra, ué! 😄 A exceção é só para créditos especiais e extraordinários.

Por isso, os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos. Eles possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são abertos. Eles são
válidos somente até 31 de dezembro do exercício em que foram abertos.

Por exemplo: um crédito suplementar aberto em 2020 terá vigência até o término desse exercício (31/12/2020). Mesmo
que ele tinha sido aberto no dia 30/12/2020, sua vigência não passará para o próximo exercício financeiro.

“E por que isso, professor?” 🧐


Por conta da própria natureza e finalidade dos créditos adicionais. Os créditos suplementares são
destinados a reforço de dotação orçamentária (já existente, claro). Eles se incorporam orçamento público, se
incorporam à dotação orçamentária (se misturam, como água e açúcar).

Por exemplo: a dotação orçamentária que antes era de R$ 50.000,00 agora se transforma em uma dotação orçamentária
de R$ 100.000,00.

Agora pense conosco: se, pelo princípio da anualidade, o orçamento público é elaborado e aprovado
para um determinado exercício financeiro e os créditos suplementares se incorporam às dotações deste
orçamento, como seria possível um crédito suplementar ter vigência em dois exercícios financeiros diferentes?
Resposta: não é possível!

Resumindo
Os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos

Indicação de
Crédito Autorização
Finalidade Abertura fonte dos Vigência
adicional legislativa
recursos

Por decreto do
Executivo
Sim Sim
Reforço de ou Adstrita ao
dotação Pode vir na Depende da exercício
própria LOA Por lei existência de
Suplementar orçamentária já financeiro em
(exceção ao específica recursos
prevista no que forem
princípio da (após esgotado disponíveis e
orçamento abertos
exclusividade) o limite já justificativa
autorizado na
LOA)

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Questões para fixar


FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT – Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal – 2016

O crédito suplementar é um tipo de crédito adicional destinado a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.

Comentários:

Avisamos que a banca iria tentar confundir os tipos de créditos adicionais (suplementares, especiais e extraordinários),
trocando nomes e características, não foi?

Aqui, se substituíssemos a palavra “suplementar” por “especial”, a questão ficaria correta. O crédito especial que é um
tipo de crédito adicional destinado a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. O crédito
suplementar é destinado a reforço de dotação orçamentária.

Gabarito: Errado

CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo – 2016

A autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de crédito, ainda que por antecipação de receitas,
não pode ser realizada por meio da lei orçamentária anual.

Comentários:

Como assim “não pode”? Claro que pode! Nós vimos isso. Essas são justamente as exceções ao princípio da exclusividade.

CF/88, Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Repare que autorização é para a abertura de créditos suplementares (e não para créditos especiais e extraordinários).

Gabarito: Errado

FCC – TRT-14ª – Técnico judiciário – 2016

Determinado ente público pretende abrir crédito adicional para reforçar o saldo da dotação orçamentária destinada a
aquisição de computadores. Segundo a Lei Federal n° 4.320/1964, o crédito adicional a ser aberto é classificado como

A) especial.

B) suplementar.

C) extraordinário.

D) extraorçamentário.

E) capital.

Comentários:

Qual é o crédito adicional que é destinado a reforço de dotação orçamentária?

Isso mesmo: crédito suplementar! 😃

Gabarito: B

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Especiais
O nosso segundo tipo de créditos adicionais são os créditos especiais. Os créditos especiais são
destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, ou seja, eles se referem a
despesas novas não contempladas na LOA.

Esse é o segundo motivo pelo qual o seu orçamento pode estar furado! 😅 Essa é a situação em que você
“esqueceu” ou não planejou algo. Ao longo da execução do orçamento é que você percebe a necessidade de
realizar uma despesa para a qual você não tinha se planejado. Por isso que, em termos de gestão, o crédito
especial é considerado uma falha de planejamento, porque a despesa sequer foi prevista. 😕

Despesa que não tem dotação no


orçamento

Orçamento

Por exemplo: no começo do ano você elaborou o seu orçamento. Como você estuda e trabalha muito, não reservou nada
para gastos com academia, em outras palavras, para o crédito orçamentário “academia”. Lá pelo meio do ano, você
percebe a importância de fazer exercícios físicos e se matricula em um Cross Fit, tendo que desembolsar R$ 250,00 mensais
para pagar a mensalidade 😄. Essa despesa não estava prevista no seu orçamento (não tinha dotação orçamentária
específica), e agora ela precisa estar lá! O que fazer? Como retificar o orçamento nesse caso? Créditos especiais!

Agora um exemplo da Administração Pública:

O orçamento não previa a aquisição de equipamentos de ar condicionado para as repartições públicas. Acontece que o
verão, naquele ano, foi terrível. ☀ Temperaturas recordes! 🌡 Aquecimento global, sabe como é... 😅

Os servidores estavam “derretendo” como se fossem sorvetes e isso estava prejudicando, em última instância, a qualidade
do serviço prestado à sociedade. Portanto, decidiu-se que os equipamentos seriam comprados e, para inserir essa despesa
no orçamento, foram abertos créditos especiais.

Os créditos especiais são novas despesas no orçamento.

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Se você prestou atenção na explicação dos créditos suplementares, percebeu que alguns dos artigos que
colocamos lá também se referem aos créditos especiais. Por isso, vamos reiterar (Lei 4.320/64):

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Vale lembrar que os créditos especiais não podem ser autorizados diretamente na Lei Orçamentária
Anual (LOA). Essa é uma característica dos créditos suplementares. Os créditos especiais são aprovados por
meio de lei específica e abertos por meio de decreto do Poder Executivo. Porém, na União, por conta de um
dispositivo que vem sendo anualmente inserido na LDO, a abertura ocorre com a publicação da própria lei
específica. Observação: se esse dispositivo estiver na LDO do Estado ou do Município, então essa regra
também valerá para ele. 🧐

Autorizados por
Estados e
lei e abertos por
Municípios*
decreto
Créditos
especiais Abertos com a
publicação da lei
União
(decreto é
dispensado)

*Se não houver regra em contrário na LDO do Estado ou Município.

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Para a abertura de créditos suplementares e especiais é preciso ter recursos disponíveis, indicando a sua
fonte, e também é preciso oferecer uma justificativa. A abertura de créditos extraordinários, por sua vez, não
depende da existência de recursos disponíveis.

Vigência
Essa certamente é a parte mais interessante dos créditos especiais (e dos extraordinários também), por
isso que ela despenca em prova! 😳

Vamos começar observando, novamente, o artigo que fala sobre a vigência dos créditos adicionais,
presente na Lei 4.320/64:

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Olha só quem está aí nas exceções: os créditos especiais! 😃

Então, normalmente, os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, mas, se houver uma disposição legal expressa em contrário (e essa disposição existe), os créditos
especiais e extraordinários poderão não ter vigência adstrita ao exercício financeiro em que foram abertos. 🤔

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Aí vem a CF/88 e nos fala:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

“Como é, professor? Traduz aí, por favor!” 😅

Traduzindo: os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do
exercício podem ser reabertos no exercício seguinte nos limites de seus saldos e viger até o término desse
exercício financeiro.

Por exemplo: em outubro de 2018, foi aberto um crédito especial no valor de R$ 100.000,00, mas até o final de 2018
utilizou-se somente R$ 30.000,00 de sua dotação. Se for preciso, é possível reabrir esses mesmos créditos especiais em
janeiro de 2019 e usá-los até o final de 2019, mas somente nos limites de seus saldos, ou seja, somente R$ 70.000,00.
Perceba que o crédito acabou vigendo por mais 12 meses e ele não ficou limitado àquele exercício financeiro,
configurando-se uma exceção ao princípio da anualidade (ou periodicidade). Esse crédito especial será incorporado ao
orçamento do exercício financeiro de 2019.

Dessa forma, temos três situações possíveis:

1. Créditos orçamentários iniciais e créditos adicionais suplementares: vigência sempre dentro do


exercício financeiro;
2. Créditos especiais e extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado até 31 de
agosto (não nos últimos quatro meses daquele exercício financeiro): vigência sempre dentro do
exercício financeiro;
3. Créditos especiais e extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado entre 1º de
setembro e 31 de dezembro (nos últimos quatro meses daquele exercício financeiro): vigência
poderá ultrapassar aquele exercício financeiro, indo até o final do exercício financeiro
subsequente.

Esquematizando:

janeiro-18 junho-18 dezembro-18 junho-19 dezembro-19

Créditos ordinários

Créditos suplementares

Créditos especiais

Créditos extraordinários
setembro-18
Créditos especiais (últimos quatro meses)

Créditos extraordinários (últimos quatro meses)

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Vamos explorar ainda mais essa característica, voltando ao exemplo dado no início da explicação:

O orçamento não previa a aquisição de equipamentos de ar condicionado para as repartições públicas. Ok. Por isso a
Administração decidiu abrir créditos especiais no valor de R$ 50.000,00.

Se o ato de autorização de abertura for promulgado entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2019: os créditos especiais não
poderão ser reabertos no exercício subsequente (em 2020). Não importa se os R$ 50.000,00 não foram completamente
utilizados.

Porém, se o ato de autorização de abertura for promulgado entre 1º de setembro e 31 de dezembro 2019: os créditos
especiais poderão sim ser reabertos no exercício subsequente (2020). Digamos que a Administração só conseguiu comprar
alguns equipamentos, no valor de R$ 20.000,00. Muitas repartições públicas ainda estão sem ar condicionado. É possível
reabrir esses créditos especiais no exercício financeiro subsequente, mas somente nos limites de seus saldos, ou seja, R$
30.000,00. Nesse caso, esses créditos irão se incorporar àquele orçamento (2020), vigendo até 31 de dezembro de 2020.

Um ponto que merece atenção: a data que vale para a reabertura é a da promulgação (perceba que eu
até a marquei no exemplo). Portanto, um crédito especial autorizado em 30 de agosto e promulgado em 2 de
setembro pode ser reaberto do exercício financeiro subsequente? 🤔

Pode sim! O que vale é a data da promulgação! 😃

Ah! Você lembra que os créditos especiais são autorizados por lei e abertos por meio de decreto do
Poder Executivo? 🧐 Pois é... já na reabertura, nós temos o seguinte:

• No Poder Executivo: por decreto;


• Nos demais Poderes, Ministério Público da União (MPU) e Tribunal de Contas da União (TCU): por
ato próprio.
Então, resumindo:

Indicação de
Crédito Autorização
Finalidade Abertura fonte dos Vigência
adicional legislativa
recursos

Vigência no exercício
financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato
Sim de autorização for
Por decreto
Despesas para promulgado nos últimos
Sim do Executivo Depende da
as quais não quatro meses daquele
(reabertura existência de
Especial haja dotação Lei exercício, caso em que,
nos demais recursos
orçamentária específica reabertos nos limites de
Poderes: por disponíveis e
específica seus saldos, serão
ato próprio) justificativa incorporados ao orçamento
do exercício financeiro
subsequente (exceção ao
princípio da anualidade)

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Questões para fixar


FGV – Câmara de Salvador - BA – Advogado legislativo – 2018

Nas normas do Direito Financeiro, os créditos destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica são chamados de:

A) extemporâneos;

B) tributários;

C) especiais;

D) fiscais;

E) extraordinários.

Comentários:

Mais uma vez, transcrevemos a Lei 4.320/64 para você gravar:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública.

A questão veio igualzinha ao texto da lei, não foi? 😅

Gabarito: C

CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo – 2016

Créditos especiais são aqueles destinados a despesas urgentes e imprevistas, como nos casos de calamidade pública.

Comentários:

Opa! Créditos especiais são aqueles destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Os
créditos extraordinários que são destinados a despesas urgentes e imprevistas. Veja que a banca só trocou a espécie de
crédito adicional. Em vez da palavra “extraordinários”, ela trouxe “especiais”. As bancas gostam de confundir essas duas
espécies, principalmente porque ambos começam com a letra “e” e o início da pronúncia é parecido.

Gabarito: Errado

FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT – Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal – 2016

O crédito especial é um crédito adicional destinado a despesas urgentes e imprevistas, como uma guerra ou uma
calamidade pública.

Comentários:

Olha o troca-troca, de novo! 😅 O crédito extraordinário é que é um crédito adicional destinado a despesas urgentes e
imprevistas, como uma guerra ou uma calamidade pública.

Gabarito: Errado

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CESPE – TRT-8ª – Analista Judiciário – 2016

A vigência de todas as modalidades de créditos adicionais é restrita ao exercício financeiro em que foram abertas, sem
possibilidade de reabertura de seu saldo em exercício seguinte.

Comentários:

Sem possibilidade de reabertura de seu saldo em exercício seguinte? 🤨

Se estivéssemos falando só dos créditos suplementares, beleza! 😊 Porém estamos falando de todos os créditos adicionais,
neles incluídos os créditos especiais e extraordinários. Estes podem sim ser reabertos no exercício seguinte, desde que
tenham sido abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro atual.

Gabarito: Errado

Extraordinários
Nossa última espécie de crédito adicional são os créditos extraordinários. Primeira informação muito
importante sobre os créditos extraordinários: não os confunda com os créditos especiais! As bancas adoram
confundir essas duas espécies! 😅

Fique atento
Não confunda créditos especiais e créditos extraordinários

Então vamos lá! 😃

Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,


comoção intestina ou calamidade pública (Lei 4.320/64, art. 41, III).

Por exemplo: aconteceu um desastre. Fortes ventos e chuvas causaram enchentes, deixando milhares de pessoas
desabrigadas e em risco de vida. É uma calamidade pública. Estamos diante de despesas imprevisíveis e urgentes. Nesse
caso, poderão ser abertos créditos extraordinários, e eles podem tanto reforçar uma dotação já existente (como se fosse
um crédito suplementar) ou criar novas dotações (como se fosse um crédito especial), porque a imprevisibilidade é isso:
você não sabe do que irá precisar...

Na verdade (CF/88):

Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

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“Professor, quer dizer então que eu só posso abrir créditos extraordinários em caso de guerra, comoção interna
ou calamidade pública? Somente nesses casos?” 🤔

Excelente pergunta! 😄

Repare no texto constitucional: “despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de...”. Essa
simples palavra nos mostra que a Constituição Federal, na verdade, citou exemplos de situações em que os
créditos extraordinários podem ser abertos. Trata-se de um rol exemplificativo (e não taxativo). Portanto, é
possível abrir créditos extraordinários em casos que não sejam de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, desde que se tratem de despesas imprevisíveis e urgentes. Entendeu? 😉

“Sim, professor, mas quem vai dizer o que se classifica como uma despesa imprevisível e urgente? Pois o que
impede a Administração Pública de abrir créditos extraordinários para comprar os salgadinhos para festinha de fim
de ano dos servidores? Ou para fazer publicidade? Ou conserto de vias públicas? Pra mim essas despesas parecem
previsíveis...” 🧐

Pois é. Essa utilização caracteriza desvio de finalidade em relação à norma, e disfarça falhas ou falta de
planejamento. É, ainda, inconstitucional, pois a norma violada decorre da própria Constituição Federal de
19884.

Agora eu lhe pergunto: quem é o guardião da Constituição? 😃

O Supremo Tribunal Federal (STF)!

Então respondendo à sua pergunta: quem vai dizer o que se classifica como uma despesa imprevisível e
urgente é o STF. Por sinal, ocorreu um caso bem interessante em 2016: a Presidente da República à época,
Dilma Rousseff, editou a Medida Provisória 772/16, abrindo créditos extraordinários no valor de 180 milhões de
reais, sendo 100 milhões para publicidade e propaganda para os jogos olímpicos. Acontece que essa MP foi
ataca por pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 5513, e, em decisão monocrática o Ministro Gilmar
Mendes, entendeu que a MP não atende aos requisitos formais exigidos pela CF/88. Segundo o ministro:

“Nada está a indicar que essas sejam, de fato, despesas imprevisíveis e urgentes. São despesas ordinárias.
Certamente, não se pode dizer que os gastos com publicidade, por mais importantes que possam parecer
ao Governo no quadro atual, sejam equiparáveis às despesas decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, que compõem o parâmetro estabelecido no artigo 167, parágrafo 3º, da
Constituição.”

Portanto, compete ao STF verificar a imprevisibilidade (ou não) de um crédito orçamentário,


determinando se ele poderá configurar-se como créditos extraordinários em Medida Provisória.
Falando nisso, vejamos o que dispõe a CF/88 acerca desse instrumento jurídico:

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

4
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.

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Repare que os requisitos exigidos para abertura de créditos extraordinários (imprevisibilidade e urgência)
são diferentes daqueles exigidos para edição de Medida Provisória (relevância e urgência). Ressalte-se que a
relevância está muito mais sujeita à discricionariedade do gestor público. Basta ele dizer que algo é relevante e
pronto. Já a imprevisibilidade não. 😄

Agora vamos voltar ao dispositivo constitucional:

Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”

Percebeu a marcação? 😏

O artigo 62 da Constituição Federal versa sobre Medidas Provisórias. Isso significa que, no âmbito
federal, os créditos extraordinários são autorizados e abertos por Medida Provisória. Nos entes que possuam
esse instrumento jurídico, os créditos extraordinários também serão abertos por Medida Provisória. E nos
demais entes, os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo.
Lembre-se que estamos diante de despesas imprevisíveis, urgentes, inadiáveis: não há tempo para se
elaborar, discutir, aprovar e publicar uma lei! Aqui está presente o periculum in mora (perigo da demora).

Afinal, de que adianta resgatar vítimas de uma tragédia duas semanas depois do ocorrido? O resgate tem que ser imediato!

É tanto que os créditos extraordinários independem de autorização legislativa e não precisam indicar
a fonte dos recursos na ocasião da abertura, ou seja, a indicação da fonte de recursos aqui é facultativa! Só
depois é que essa fonte será indicada. Isso mesmo: primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos
em conseguir os recursos e a autorização legislativa.
Assim, a autoridade pública que abrir créditos extraordinários sem autorização do Poder Legislativo e
sem recursos disponíveis está sim agindo em conformidade com a lei, desde que sejam destinados a despesas
urgentes e imprevisíveis. 😄

Senão vejamos (Lei 4.320/64):

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

União e entes
que possuam Abertos por MP
MP
Créditos
extraordinários
Abertos por
Demais entes
decreto

Ressalte-se que abertura de créditos extraordinários se dará mediante a publicação da medida provisória
ou do decreto no Diário Oficial (é a publicação que conta), e não é necessário nenhum outro ato
complementar.

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“Tá certo, tá certo. Já entendi que créditos extraordinários são autorizados e abertos por Medida Provisória
(nos entes que a possuem). Inclusive, eles são os únicos créditos adicionais que são abertos assim. Mas eu lembro
de ter visto lá em Direito Constitucional que as Medidas Provisórias não podem versar sobre matéria
orçamentária. E agora, professor?” 🤔

E agora nós vamos ler com atenção o dispositivo constitucional que você mencionou:

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,


ressalvado o previsto no art. 167, § 3º.

Opa! Tem uma ressalva aí! Que ressalva é essa? 🤨

É justamente a abertura de créditos extraordinários! O art. 167, § 3º, é aquele que já vimos várias vezes
(e veremos novamente agora): 😂

Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”

Viu como um dispositivo está conectado com o outro? 😉

Vigência
Nesse tópico, cabem as mesmas observações que fizemos a respeito dos créditos especiais. Lembre-se
do disposto na CF/88:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

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Resumindo:

Indicação
Crédito Autorização de fonte
Finalidade Abertura Vigência
adicional legislativa dos
recursos

Vigência no exercício
financeiro em que
forem autorizados,
Medida salvo se o ato de
Provisória autorização for
Somente para
(ou decreto promulgado nos
atender a
do Executivo últimos quatro meses
despesas
Extraordinário Não nos entes Não daquele exercício, caso
imprevisíveis e
que não em que, reabertos nos
urgentes (rol
possuírem limites de seus saldos,
exemplificativo)
Medida serão incorporados ao
Provisória) orçamento do exercício
financeiro subsequente
(exceção ao princípio
da anualidade)

Questões para fixar


CESPE – STM – Analista judiciário – 2018

Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a realização
da despesa.

Comentários:

Sim! Os créditos extraordinários são abertos para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública. Por isso, eles podem ser abertos ainda que não haja dotações
orçamentárias disponíveis, ou seja, a indicação da fonte de recursos aqui é facultativa!

Veja o que diz a CF/88:

Art. 167. São vedados: (...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;

Repare que a vedação diz respeito somente aos créditos suplementares e especiais, indicando que é permitida a abertura
de créditos extraordinários sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.

Gabarito: Certo

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FGV – TJ-SC – Analista administrativo – 2018

Em relação aos créditos adicionais prorrogáveis quando abertos nos últimos quatro meses do exercício, é correto afirmar
que podem ser especiais e extraordinários, com validade até o final do exercício subsequente.

Comentários:

Exatamente! Os créditos especiais e extraordinários são os dois créditos adicionais que podem ser reabertos (os créditos
suplementares não podem).

Os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício são prorrogáveis: eles poderão
ser reabertos, caso em que eles serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente (CF/88, art. 167, §
3º). Por isso eles terão validade até o final do exercício subsequente. A questão está toda correta.

Gabarito: Certo

FCC – MPE-PE – Analista ministerial – 2018

Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Comentários:

Nos diga se a banca mudou alguma palavra (CF/88):

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Gabarito: Certo

CESPE – TRT-8ª – Analista judiciário – 2016

Age em conformidade com os dispositivos legais a autoridade pública que abre créditos extraordinários, sem a autorização
do legislativo, em casos de calamidade pública.

Comentários:

É isso mesmo! A autoridade pública está agindo em conformidade os dispositivos legais, porque os créditos
extraordinários são destinados a despesas imprevisíveis e urgentes (como em casos de calamidade pública) e
independem de autorização legislativa (esta é obrigatória somente para créditos suplementares e especiais).

Gabarito: Certo

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Alterações orçamentárias qualitativas e quantitativas


As alterações orçamentárias podem ser classificadas como:

• Alterações qualitativas;
• Alterações quantitativas.
Esse assunto é tranquilo, basta entender os conceitos. Vejamos:

Qualitativas
Alterações qualitativas ocorrem quando alteramos a qualidade, o conteúdo, do orçamento. Ocorrem nos
casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que há necessidade de criação de um novo
programa de trabalho.
Essas alterações implicam a criação de uma nova ação com todos os seus atributos, ou no
desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo.
É como se isto acontecesse no orçamento:

Ação 1 Depois Ação 1


Antes

Ação 2 Ação 3

Quantitativas
Alterações quantitativas ocorrem quando alteramos a quantidade (numérica) do orçamento, ou seja,
vamos somente modificar o total de crédito constante na Lei Orçamentária Anual (LOA), acrescentar um valor
a algo já existente. Logo, as alterações são feitas por meio de créditos suplementares.

“Por que ‘por meio de créditos suplementares’, professor?” 🤔

Porque os créditos suplementares apenas reforçam (e alteram) a dotação de um crédito orçamentário.


Eles não criam um novo programa de trabalho, como acontece nas alterações qualitativas (provocados por
créditos especiais e extraordinários. Esses sim criam “novas despesas”).

Por exemplo: a dotação de um crédito orçamentário era R$ 100.000,00 e depois de receber um crédito suplementar passou
para R$ 150.000,00. Viu como o total mudou? Nenhum programa de trabalho novo foi criado. Somente alteramos a
dotação de um crédito orçamentário. Somente fizemos uma alteração quantitativa.

Portanto, quando necessárias, as alterações quantitativas viabilizam a realização anual dos programas,
mediante a alocação de recursos para as ações orçamentárias.

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Especiais

Qualitativas

Extraordinários
Alterações
orçamentárias

Quantitativas Suplementares

“Como é que vou lembrar disso, professor?” 🤔

Você já comeu manteiga QUALI? Pense numa manteiga boa! 😃 Ela é especial! Na verdade, ela é extra
especial!

QUALI

Manteiga QUALI é EXTRA ESPECIAL

• Alterações qualitativas: extraordinários e especiais;


• Alterações quantitativas: suplementares.

Questões para fixar


CESPE – TCE-SC – Auditor Fiscal de Controle Externo – 2016

Caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser feita por meio
de créditos suplementares, créditos especiais ou créditos extraordinários.

Comentários:

Não. Caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser feita por
meio de créditos especiais ou créditos extraordinários, apenas. E não por meio de créditos suplementares, pois estes não
modificam os atributos, somente alteram a dotação (R$) do crédito orçamentário.

Gabarito: Errado

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Fonte para abertura de créditos adicionais


Esse assunto é importante! Você verá que muitas questões tratam desse tópico, talvez porque ele
envolve um pouco de memorização. Mas isso não acontecerá com você, porque daqui a pouco você entenderá
tudo e conhecerá nossos mnemônicos! 😄

Bom, como você já deve ter percebido, dinheiro não aparece magicamente na sua frente sempre que você
deseja. 😅 Então...

Digamos que você fez o seu orçamento anual, planejando arrecadar R$ 120.000,00 e gastar a mesma
quantia. Acontece que no meio da execução do orçamento, você se deparou com uma falha de programação,
uma falha de planejamento ou com despesas urgentes e imprevisíveis. Agora você já sabe: tem que abrir
créditos adicionais! 😃

Beleza! Mas de onde você vai tirar esse dinheiro? 🤨 Todos os seus recursos já estão alocados, já tem
destino! Em outras palavras: qual será a sua fonte para abertura de créditos adicionais? 🤔

“Ah, professor! Eu posso anular uma despesa: aquela saidinha do final de semana. Assim eu libero um pouco
dos recursos!”

Exatamente! Você está entendo o espírito do negócio... 😃

“Ah! Eu também posso ver se sobrou alguma coisa do orçamento do ano passado e usar no orçamento desse
ano!”

Isso mesmo! 🤩

“Posso até fazer um empréstimo, se necessário...”

É. Se for necessário, você pode fazer isso. ☺

Entendeu agora? Os recursos necessários para a abertura de créditos adicionais sempre vêm de algum
lugar, de alguma fonte. Se você quiser abrir créditos adicionais, você tem que indicar de onde vai tirar esse
dinheiro, tem que indicar a fonte (a origem) desses recursos. Ressalte-se que os créditos extraordinários não
precisam indicar a fonte dos recursos na ocasião da abertura, mas, no final das contas, todos os créditos
adicionais precisarão de recursos para pagar as despesas.
Muito bem. E para a Administração Pública é a mesma coisa: ela também não consegue fazer o dinheiro
aparecer magicamente. Ela tem que obter recursos de alguma fonte!
“Que legal, professor! Então, assim como eu, a Administração Pública também pode cortar algumas despesas
supérfluas, usar o que sobrou do ano passado e fazer empréstimos?” 🤔

É claro que pode! E é exatamente isso que ela faz! 😄

“Tá. Então quais são, exatamente, as fontes de recursos para abertura de créditos adicionais?”

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Ok. Vamos começar a responder a sua pergunta com um dispositivo da Lei 4.320/64:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,


autorizados em Lei;

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder


executivo realiza-las.

Tem também esse dispositivo aqui, presente no Decreto-Lei 200/67:

Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global
não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

E a Constituição Federal também entrou na festa: 😅

Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Fontes provenientes da Receita Fontes provenientes da Despesa

Lei 4.320/64

Excesso de arrecadação Anulação de dotação

Operações de crédito

Superávit Financeiro

Outras

Recursos sem despesas correspondentes Reserva de contingência

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Portanto, temos 6 fontes de abertura para créditos adicionais:


1. superávit financeiro (apurado em balanço patrimonial do exercício anterior);
2. excesso de arrecadação;
3. anulação de dotação;
4. operações de crédito;
5. reserva de contingência;
6. recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição.

Quando marcamos assim, você já sabe que vem coisa boa por aí, não é? 😅

Então vamos lá.

Para quem não sabe, eu tenho “Filho” no meu nome. Sérgio Machado Filho. Minha família simplesmente de chama de
Sérgio Filho. Às vezes, para encurtar, minhas irmãs me chamam de SF.

Eu sou um cara único, certo? Eu sou um cara RARO (assim como você também é, claro 😉).

Então, podemos afirmar que:

Sérgio Filho É RARO

Ou simplesmente:

SF É RARO

SF • Superávit Financeiro (apurado em balanço


patrimonial do exercício anterior)

É • Excesso de arrecadação

R • Reserva de Contingência

A • Anulação de dotação

R • Recursos decorrentes de veto, emenda ou


rejeição

O • Operações de crédito

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“Que viagem, professor!” 😂

É! 😅 Esse era o mnemônico que eu usava, porque bom é assim: quanto mais criativo, louco e pessoal o
mnemônico, melhor ele é! Portanto, na hora da prova, lembre-se do seu professor, lembre-se que ele é raro! 😂
Ou você pode pensar em um Salão de Festas bem raro!
Há vários outros mnemônicos por aí. Vamos lista-los aqui e você escolhe o que mais gostar, ok?

ROSERA

SE ORAR, passa 🙏

Excesso de ar e Onda parada Anulam o Restante do dia do Surfista na bela da praia do Recife

Nesse caso:

• Excesso de ar = Excesso de arrecadação 💨


• Onda parada = Operação de crédito 🌊
• Anulam = Anulação de dotação ❌
• Restante do dia = Reserva de contingência 🌞
• Surfista na bela da praia = Superávit financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício
anterior; =
• Recife = Recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição 🐚🐟🦈

Pronto! Agora é só escolher um e correr para o abraço. Ou então você pode criar um! 😄

Só com isso você já resolve boa parte das questões, porém algumas vão explorar os detalhes de cada uma
das fontes. Portanto, vamos comentar cada uma delas a seguir.
Começamos pelo Superávit Financeiro. A sua definição está na Lei 4.320/64:

Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
crédito a eles vinculadas.

Agora eu pergunto: Superávit Financeiro é apurado onde?

“Eu sei, professor! Eu sei! Superávit Financeiro é apurado no balanço financeiro!” 😀

Disse o aluno apressado...

O Superávit Financeiro (SF) é diferença positiva entre o Ativo Financeiro (AF) e o Passivo Financeiro
(PF). Ou seja:

SF = AF – PF

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E o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro são encontrados no Balanço Patrimonial (que demonstra o
patrimônio, os ativos, os passivos...). O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias,
bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários. Não há nada de ativo ou passivo financeiro aqui! 🧐

Nesse caso, o SF seria: 1.000 – 800 = 200.

Fique atento
Superávit Financeiro é apurado no balanço patrimonial (não no balanço financeiro)

“E que história é essa de diferença positiva, professor?” 🤔

É simples:

• se AF – PF for positivo, chamamos de Superávit Financeiro;


• se AF – PF for negativo, chamamos de Déficit Financeiro.
Agora repare que o dispositivo legal também nos informa que no cálculo do Superávit Financeiro serão
conjugados, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos (reabertos) e as operações de credito a eles
vinculadas.
Os saldos dos créditos adicionais reabertos (CAR) devem ser subtraídos, porque esses recursos
pertencem ao exercício anterior. No orçamento atual, eles serão tratados como uma nova despesa. Uma nova
despesa que consome o saldo trazido do exercício anterior.

Imagine que no exercício de 2018, tivemos o seguinte:

AF = 100

PF = 70

Por enquanto, SF 2018 = 100 -70 = 30.

Acontece que, em outubro de 2018 (já nos últimos quatro meses do exercício), foram abertos créditos especiais no
valor de 50, mas somente 30 foram utilizados. Em 2019, esses créditos especiais foram reabertos no limite de seus
saldos, ou seja, no valor de 20 (50 – 30 = 20).

São novas despesas cujos recursos pertencem ao exercício anterior, então, na verdade, não teremos mais aquele SF
de 30, pois parte dele será consumida pelos créditos adicionais reabertos (CAR) no exercício subsequente (2019).

Portanto, teremos o seguinte: SF ajustado 2018 = 100 – 70 – 20 = 10.

Atenção! ⚠ Subtraímos somente o saldo dos créditos adicionais reabertos, e não o total deles. No nosso
exemplo, veja que subtraímos somente 20 (e não 50).

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E as operações de crédito a eles vinculadas (OCV) devem ser somadas, porque esses recursos já estão no
superávit financeiro do exercício anterior. Ao subtrair todo o saldo dos créditos adicionais reabertos sem
somar de volta (estornar) as operações de crédito, estaríamos excluindo todas as operações de crédito do saldo
trazido do exercício anterior.
Confuso? Um exemplo vai facilitar:

Mesma situação do exemplo anterior: AF = 100, PF = 70, portanto SF 2018 = 30. Em 2019, foram reabertos créditos
adicionais pelo saldo de 20.

Só que, agora, dentro do saldo de 20 nós temos 5 de operações de crédito vinculadas a esses créditos adicionais.
Essas operações de crédito já foram recebidas no ano passado, foram para o Ativo Financeiro (AF = 100) e, portanto,
já foram consideradas naquele Superávit Financeiro de 30.

Agora veja o que acontece se subtrairmos todo o saldo de créditos adicionais reabertos, considerando que AF = 95
+ 5 (de operações de crédito) e saldo de créditos adicionais reabertos (CAR) = 15 + 5 (essas mesmas operações de
crédito):

SF ajustado 2018 = (95 + 5) – 70 – 15 – 5 = 10.

Percebeu? +5 e -5 se anulam, e fica como se a operação de crédito nunca tivesse acontecido, mas ela aconteceu sim!
Em outras palavras: os 5 referentes a operações de créditos já estavam no SF e foram retirados. Agora nós temos
que colocá-los de volta. Como fazemos isso? Somando-os! 😃

Portanto, teremos o seguinte: SF ajustado 2018 = (95 + 5) – 70 – 15 -5 + 5 = 15.

No final, sua fórmula vai ficar assim (é isso que você vai levar para a prova):

SF ajust = AF – PF – CAR + OCV

Exemplo:

AF = 100

PF = 80

Saldo = 100 – 80 = 20

Foram reabertos créditos especiais e extraordinários (claro, porque créditos suplementares não podem ser reabertos no
exercício subsequente) no valor de 12. Então:

Saldo = 20 – 12 = 8

Mas havia operações de credito vinculadas (OCV) a esses créditos no valor de 5. Portanto:

Saldo = 8 + 5 = 13

No final das contas, nós teremos: 100 – 80 – 12 + 5 = 13. Deu positivo? Então chamamos de Superávit Financeiro.

Ufa! Agora vejamos o excesso de arrecadação (Lei 4.320/64):

Art. 43, § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,
a tendência do exercício.

Aqui não tem muito segredo: excesso de arrecadação é arrecadar mais do que o previsto!

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Isso será verificado lá no Balanço Orçamentário (BO), no qual iremos comparar as colunas de “Previsão
atualizada” e “Receitas Realizadas” (lembrando que receita realizada = receita arrecadada).
Tome como exemplo o BO da União de 2017:

Repare que tivemos excesso de arrecadação na Receita de Contribuições e na Receita Patrimonial. É só


conferir o Saldo (d): se ele for positivo, tivemos excesso de arrecadação.

Excesso de arrecadação = Rec. Arrecadada – Rec. Prevista

“Beleza, professor. Agora me responde essa: se eu arrecadei mais do que o previsto, eu posso usar esse
excesso de arrecadação como fonte para abertura de créditos adicionais. Ok. Mas e se eu não gastar tudo que eu
planejei gastar? Eu também estarei com dinheiro sobrando aí! Posso usar isso como fonte para abertura de
créditos adicionais?” 🧐

A resposta é: NÃO! Não pode! 😤

O nome disso que você descreveu é economia de despesa. Ela ocorre quando a despesa executada
(empenhada) é menor do que a despesa prevista (dotação atualizada).

Por exemplo: a Administração estava autorizada a gastar R$ 100,00, mas só gastou R$ 80,00. Economia de despesa. 😉

E a economia de despesa não é uma fonte de abertura de créditos adicionais! Você a viu na nossa lista ou
nos nossos mnemônicos, por acaso? 😄

“Beleza. Mas onde eu verifico isso, professor?” 🤔

Novamente: no BO, só que agora na parte das despesas. Voltemos ao BO da União de 2017:

Perceba que tivermos economia de despesas nas despesas correntes e em Pessoal e Encargos Sociais.
Basta comparar as colunas de Dotação Atualizada (f) e Despesas Empenhadas (g). Na verdade, se o Saldo (j)
for positivo, já sabemos que houve uma economia de despesas.

Fique atento
A economia de despesas não é uma fonte de abertura de créditos adicionais

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Ok. Mas ainda há uma regrinha importante aqui (Lei 4.320/64):

Art. 43, § 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-
se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Exemplo:

Previsão atualizada da receita = 80

Receita realizada (arrecadada) = 100

Saldo = 100 – 80 = 20.

Por enquanto temos um excesso de arrecadação de 20.

No entanto, foram abertos, naquele exercício, créditos extraordinários no valor de 5. E também foram reabertos créditos
especiais autorizados no exercício anterior, com saldo de 3.

Aqui no excesso de arrecadação, deduzimos somente a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício:

Saldo = 20 – 5 = 15.

Nossa fonte para a abertura de créditos adicionais provenientes de excesso de arrecadação é de 15.

⚠ Repare: para apurar o excesso de arrecadação deduzimos somente os créditos extraordinários


abertos no exercício. Lá no Superávit Financeiro nós deduzimos os saldos dos créditos adicionais (especiais
ou extraordinários) transferidos para o exercício subsequente, ou seja, o saldo dos créditos adicionais
reabertos (CAR) no exercício subsequente. Por isso, simplesmente ignoramos os créditos especiais reabertos
no cálculo do exemplo anterior (que tinham saldo de 3).

Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos

SF ajust = AF – PF – CAR + OCV

Fontes para
Ajustes
abertura

Subtrai (-) créditos adicionais reabertos (CAR) trazidos do ano anterior (somente
Superávit créditos especiais e extraordinários – últimos 4 meses)
Financeiro
Soma (+) operações de crédito vinculadas (OCV) a esses créditos transferidos

Excesso de
Subtrai (-) créditos extraordinários abertos no exercício
arrecadação

Quais outras fontes para abertura de créditos adicionais nós temos? 🤔

Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais. Essa é simples e é a mais
utilizada! Trata-se de anular uma dotação orçamentária (cortar despesas do orçamento) para liberar recursos e
permitir a abertura de créditos adicionais.

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Por exemplo:

Existe um crédito orçamentário para realização de show de fim de ano com artistas renomado com dotação de R$
1.000.000,00.

No entanto, surge a necessidade de abertura de créditos adicionais no valor de R$ 300.000,00 para aquisição de
medicamentos.

Então a Administração Pública pensa: “bom, esse show não é tão importaaaante assim. Vamos cortar esses R$ 300.000,00
do show e usá-los para comprar os medicamentos!”

Brilhante!

Agora a dotação para o show é de R$ 700.000,00 e há R$ 300.000,00 disponíveis para a aquisição de medicamentos.

Repare que, no exemplo acima, ocorreu uma anulação parcial, isto é, somente parte da dotação
orçamentária foi anulada (R$ 300.000,00). A anulação total seria a anulação de toda a dotação reservada para
o show de fim de ano (R$ 1.000.000,00).
Operações de credito também são fontes para abertura de créditos adicionais. Elas são, de grosso modo,
um empréstimo, um financiamento. É como aquele exemplo em que você pega dinheiro emprestado, pois os
seus recursos já estão todos alocados.

“Mas o que exatamente são operações de crédito, professor?” 🧐

Quem vai lhe responder essa pergunta é a LRF:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,
emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

E o mestre James Giacomoni também explora o assunto5:

O produto de operações de crédito constitui recurso para a abertura de créditos adicionais se houver
autorização para a realização da operação e se existirem condições jurídicas que possibilitem ao
Poder Executivo realizá-las. Assim, não basta a autorização genérica eventualmente concedida no
texto da própria lei orçamentária ao amparo ao art. 165, § 8º, da Constituição Federal. E necessário que
a operação apontada conte com amparo nas normas específicas e atenda às exigências da legislação
local. Também, é necessário que a operação seja efetivamente viável, ou seja, que exista a linha de
financiamento e agente disposto a realizar a operação e que as condições - montante, prazos, encargos,
carências etc. - atendam aos interesses superiores da instituição.

Detalhe é que as operações de crédito são as únicas fontes para abertura de créditos adicionais que
constituem receitas orçamentárias. Sim: operações de crédito são receitas orçamentárias! 😄

5
GIACOMONI, James. Orçamento Público, 16ª edição, editora Atlas, 2012.

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Agora preste atenção: operações de crédito são fontes para abertura de créditos adicionais, mas
operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não são!

Lembre-se: SF É RARO, mas não é ARO! 😉

Fique atento
Operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não são fontes para
abertura de créditos adicionais

Próxima: recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes.

“Nossa, professor! O que é isso?” 🤨

Melhor explicar logo com um exemplo:

Imagine que o projeto de Lei Orçamentária Anual contenha um crédito orçamentário para aquisição de biscoitos, com
dotação de R$ 500.000,00.

Beleza. O projeto de lei chega ao Poder Legislativo. Lá ele sofre uma emenda parlamentar. Um parlamentar comenta: “é
um absurdo gastar R$ 500.000,00 em biscoitos! 😤 Proponho uma dotação de R$ 100.000,00 para esse crédito
orçamentário”. A proposta de emenda é aprovada.

Pronto. E agora, o que acontece com os R$ 400.000,00 que foram cortados? Eles estavam alocados à aquisição de
biscoitos, mas agora eles estão sem despesas correspondentes. 🧐

Olha que beleza! Agora eles estão “livres”! Agora eles são fontes para abertura de créditos adicionais. 😃

O mesmo aconteceria se esse crédito orçamentário fosse completamente rejeitado. A diferença é que aqui teríamos todos
os R$ 500.000,00 disponíveis para abertura de créditos adicionais. 😉

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“E o veto, professor?” 🤔

Bom, imagine que projeto de Lei Orçamentária Anual passou pelo Legislativo e agora segue para a sanção do chefe do
Executivo. A única alteração feita pelos parlamentares foi substituir a palavra “biscoito” por “bolacha”.

O chefe do Executivo então fica irado: “não é bolacha! É biscoito! Eu vou vetar isso aqui!”. 😂

O crédito orçamentário é vetado e o veto é aprovado pelo Legislativo. Pronto. Agora aqueles recursos reservados à
aquisição de biscoitos (ou bolachas 😅) também estão sem despesas correspondentes, podendo servir como fonte para
abertura de créditos adicionais.

É interessante saber que créditos extraordinários não podem ser abertos com esses recursos que, em
decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes. Isso porque está expresso na CF/88 que eles serão utilizados somente para créditos especiais
e suplementares, observe:

Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

“É muita informação, professor! Sem falar que esse nome é enorme. Como eu vou memorizar isso?” 😕

Você pode usar o mnemônico:

VER-SE

• V: veto
• E: emenda
• R: rejeição
• S: suplementares
• E: especiais
Por último, temos a reserva de contingência. A reserva de contingência é uma dotação global não
especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica,
cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais (DL 200/67).

“Professor, por que a reserva de contingência é uma fonte para abertura de créditos adicionais?” 🤔

Bom, sabe aquele dinheiro que você deixa “embaixo do colchão”? Aquela sua reserva de emergência?
Pois é, a reserva de contingência é mais ou menos isso. 🧐 Se alguma coisa der errado, se algum risco se
concretize, e surja a necessidade de abertura de créditos adicionais, a Administração tem recursos guardados
para esse propósito. 😌

Veja que esses recursos não estão especificamente destinados a nada. Eles estão “livres”, e, por isso,
também podem servir como fonte para abertura de créditos adicionais. 😏

A LRF mesmo nos diz que a reserva de contingência é destinada ao atendimento de passivos
contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, justamente como eu falei:

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Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:

III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:

b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

E nunca é demais lembrar que: a reserva de contingência está na LOA, mas a forma de utilização e o
montante dessa reserva estão na LDO.

conterá a Reserva de
LOA
Contingência

Reserva de
Contingência

Estabelece a forma de
LDO
utilização e montante

Muito bem! Agora que você entendeu cada uma das fontes, aqui vai uma informação importante: nem
todas as fontes aumentam o valor global do orçamento.

“Vixe, professor! Mais coisas para decorar?” 😣

Calma! Aqui tem mnemônico também! 😅

Você já sabe que o Sérgio Filho É RARO. Beleza. Agora você vai gravar que:

Sérgio Filho É O Rei

Ou somente:

SF É O Rei 👑

Vocês devem estar pensando que eu (professor Sérgio) sou um convencido! 😅 Mas tudo bem. Eu corro
esse risco. Se você acertar as questões, tá valendo! 😄

Outro que você pode usar é:

SE ORar sem ar, aumenta 🙏 💨

É o mnemônico que vimos anteriormente (SE ORAR, passa 🙏), sem o “AR” no final.

Ou ainda:

ROSE🌹

É só lembrar da palavra “rosa” em inglês. 😏

“Beleza! Agora, professor, explica aí! Por que a anulação de dotação e a reserva de contingência não
aumentam o valor global do orçamento?” 🤔

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Essa é fácil de entender. ☺ A reserva de contingência não aumenta o valor global do orçamento, porque
ela já está no orçamento! E a anulação de dotação orçamentária não aumenta o valor global do orçamento,
porque ela só retira a dotação de um crédito orçamentário para ser utilizado em outro. É um toma lá, dá cá.

Por exemplo: imagine um orçamento de R$ 1.000.000,00, com as seguintes dotações:

Créditos orçamentário A = R$ 500.000,00

Créditos orçamentário B = R$ 300.000,00

Reserva de contingência = R$ 200.000,00

Muito bem. Agora nós vamos anular R$ 100.000,00 do “Crédito orçamentário A” para abertura de créditos suplementares,
que irão reforçar a dotação do “Crédito orçamentário B”. Observe:

Créditos orçamentário A = R$ 500.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 400.000,00

Créditos orçamentário B = R$ 300.000,00 + R$ 100.000,00 = R$ 400.000,00

Reserva de contingência = R$ 200.000,00

E aí? O valor global do orçamento aumentou? Não! Continua sendo R$ 1.000.00,00 (R$ 400.000,00 + R$ 400.000,00 + R$
200.000,00).

As demais fontes (Superávit Financeiro, excesso de arrecadação, operações de crédito e recursos sem
despesas correspondentes) aumentam o valor global do orçamento.
Então, vamos esquematizar isso em um quadro para facilitar:

Aumentam o valor global do orçamento Não aumentam o valor global do orçamento

Superávit Financeiro Anulação de dotação

Excesso de Arrecadação Reserva de contingência

Operações de crédito

Recursos sem despesas correspondentes

Questões para fixar


CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo – Administração – 2018

O Poder Executivo de um município pretende apresentar projeto de lei para abertura de créditos adicionais especiais. Em
relação às fontes de recursos, o executivo poderá utilizar

A) o excesso de arrecadação do exercício corrente, mas não o superávit do orçamento corrente.

B) o excesso de arrecadação do exercício corrente, bem como o superávit do orçamento corrente.

C) o excesso de arrecadação do exercício corrente, mas não as operações de crédito.

D) a anulação parcial de dotações orçamentárias, mas não o superávit financeiro do exercício anterior.

E) as operações de crédito, mas não o excesso de arrecadação do exercício corrente.

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Comentários:

O município quer abrir créditos adicionais. Quais fontes ele pode usar?

SF É RARO

superávit financeiro (apurado em balanço patrimonial do exercício anterior);

excesso de arrecadação;

reserva de contingência;

anulação de dotação;

recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição;

operações de crédito.

Então, vejamos as alternativas:

a) Correta. Sim. É possível utilizar o excesso de arrecadação (do exercício corrente), e não é possível utilizar o superávit do
orçamento corrente, porque o que o município pode usar é o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do
exercício anterior.

b) Errada. Como eu disse, o município não pode utilizar superávit do orçamento corrente.

c) Errada. O município pode sim utilizar operações de crédito.

d) Errada. O município pode sim utilizar superávit financeiro do exercício anterior.

e) Errada. O município pode sim utilizar o excesso de arrecadação do exercício corrente

Vale lembrar que o município pretende abrir créditos especiais. Se ele quisesse abrir créditos extraordinários, ele não
poderia utilizar os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes.

Gabarito: A

CONSUPLAN – TRE-RJ – Analista Judiciário – 2017

A diferença positiva ou negativa entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, conjugando-se os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas, são entendidos como superávit financeiro ou déficit
financeiro, respectivamente.

Comentários:

Exatamente! Lembre-se da nossa fórmula:

SF = AF – PF – CAR + OCV

E mais, se essa diferença for positiva, chamamos de Superávit Financeiro. Se for negativa, chamamos de Déficit
Financeiro.

Gabarito: Certo

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FCC – DPE-RR – Técnico em Contabilidade – 2015

No mês de novembro de 2015, determinado ente público abriu créditos adicionais, no valor de R$ 287.500.000,00. De
acordo com a Lei Federal n° 4.320/1964, NÃO é considerado recurso para abertura de créditos adicionais suplementares e
especiais, desde que não comprometidos, o

A) superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.

B) proveniente de excesso de arrecadação.

C) produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.

D) resultante de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.

E) superávit da execução orçamentária apurado ao final de cada quadrimestre do exercício financeiro.

Comentários:

Quais dessas alternativas não contém uma fonte para abertura de créditos adicionais?

Lembre-se do seu mnemônico favorito e corra para o abraço!

Repare que a questão perguntou somente “de acordo com a Lei Federal n° 4.320/1964”. Nela, temos que:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei;

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.

As alternativas A, B, C e D são praticamente cópias da lei. Já o superávit da execução orçamentária apurado ao final de
cada quadrimestre do exercício financeiro (alternativa E) não é uma fonte para abertura de créditos adicionais. Portanto,
é o nosso gabarito.

Gabarito: E

CESPE – TJ-AC - Analista Judiciário – 2012

De acordo com a Lei Federal n.º 4.320/1964 e suas alterações, julgue os itens subsecutivos.

Ocorre excesso de arrecadação quando há diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro acrescido dos
saldos dos créditos adicionais transferidos e das operações de crédito vinculadas.

Comentários:

Olha a banca tentando trocar as bolas. É o Superávit Financeiro (SF) que é diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro: SF = AF – PF

E no Superávit Financeiro ajustado, subtraímos os créditos adicionais reabertos (CAR) e adicionamos (de volta) as
operações de créditos vinculadas (OCV) a eles: SF = AF – PF – CAR + OCV

O excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada. É simplesmente arrecadar mais do que o previsto. Aqui nós ajustamos subtraindo os créditos extraordinários
abertos no exercício: Excesso de arrecadação = Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos

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Questões comentadas – CESPE


1. CESPE – TCE-MG - Analista de Controle Externo – 2018

O princípio orçamentário da exclusividade foi consagrado na Constituição Federal de 1988 (CF) por meio da
determinação de que a lei orçamentária anual não contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa. No entanto, a CF prevê como exceção a essa regra a autorização para a abertura de
créditos:
A) suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

B) suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por antecipação de receita.


C) especiais e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

D) suplementares e para a liquidação dos passivos financeiros e dos restos a pagar.


E) especiais e suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por antecipação de receita.

Comentários:
Primeiro, vejamos o que prevê a CF/88:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.

Esse é o famoso princípio da exclusividade, segundo o qual a LOA não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa. No entanto, há exceções a esse princípio, quais sejam:

• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares);


• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita
orçamentária (ARO).

Percebeu? 😏

A primeira exceção é justamente a autorização para abertura de créditos suplementares (CF/88, art.
165, § 8º). Atenção: a exceção é somente para créditos suplementares! A autorização para abertura de créditos
suplementares pode vir junto com a LOA. A autorização para abertura de créditos especiais e extraordinários
não! Veja que a Lei 4.320/64 também fala somente em créditos suplementares (se créditos especiais e
extraordinários fossem permitidos, a lei também os mencionaria):

Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;

Com isso você elimina as alternativas C e E.

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A segunda exceção ao princípio da exclusividade é a autorização para contratação de operações de


crédito, ainda que por antecipação de receita orçamentária – ARO – e não “exceto por antecipação de receita”
(alternativa B).
Autorização para liquidação dos passivos financeiros e dos restos a pagar (alternativa D) não pode estar
contida na LOA.
Gabarito: A

2. CESPE – MPU - Técnico – 2018

A respeito dos instrumentos de planejamento da gestão pública, julgue o item a seguir.

Caso o Poder Executivo abra um crédito suplementar, os recursos correspondentes ao referido crédito serão
excluídos do cômputo total de créditos orçamentários.
Comentários:

Excluídos? Mas como assim? 🤨

Se os créditos suplementares servem justamente para reforçar dotação orçamentária e se o nome é


créditos adicionais, porque eles seriam excluídos do cômputo total de créditos orçamentários? Na verdade, eles
são adicionados!
Lembre-se: depois que um crédito orçamentário inicial recebe créditos suplementares, ele tem a sua
dotação atualizada. Lembra do Wolverine depois dos créditos suplementares? 😏

Além disso, os créditos orçamentários são compostos pelos créditos iniciais e pelos créditos adicionais.
😉

Iniciais
(ordinários)
Créditos
orçamentários
Adicionais

Gabarito: Errado

3. CESPE – MPU - Técnico – 2018

A respeito dos instrumentos de planejamento da gestão pública, julgue o item a seguir.


Se determinado recurso ficar sem a despesa correspondente em decorrência de veto parcial ao projeto de lei
orçamentária anual, será vedada a utilização do referido recurso ainda que na forma de fonte para a abertura
de créditos adicionais.
Comentários:

Vedada? 🤨

Por que a sua utilização seria vedada, se esses recursos são fontes para abertura de créditos adicionais?
Repita conosco quais fontes são essas:

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• superávit financeiro (apurado em balanço patrimonial do exercício anterior);


• excesso de arrecadação;
• anulação de dotação;
• operações de crédito;
• reserva de contingência;
• recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição.

SF É RARO

Observe também o disposto na CF/88:

Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

VER-SE

• V: veto
• E: emenda
• R: rejeição
• S: suplementares
• E: especiais

Então, na verdade, a utilização desses recursos não é vedada. É permitida!


Gabarito: Errado

4. CESPE – EBSERH - Analista Administrativo – 2018


Acerca das técnicas empregadas na elaboração e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
Para que determinado crédito especial seja aprovado, são suficientes a autorização legislativa e a indicação da
fonte de recursos.
Comentários:
Será que é só disso mesmo que precisamos para abrir um crédito especial? Autorização legislativa e
indicação da fonte de recursos é suficiente?
Vamos ver o que diz a nossa querida Lei 4.320/64:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Percebeu? A questão “esqueceu” de mencionar que a abertura dos créditos especiais (e suplementares)
será precedida de exposição justificativa, ou seja, é necessário justificar a abertura desses créditos. Repare que
os créditos extraordinários prescindem de justificativa, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e
urgentes! 😬

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Portanto, ao contrário do que afirma a questão, a autorização legislativa e a indicação da fonte de


recursos não são suficientes.
Gabarito: Errado

5. CESPE – EBSERH - Analista Administrativo – 2018


Julgue o item seguinte, relativo ao instrumento e ao processo de orçamentação.
Alterações quantitativas no orçamento devem ser feitas, obrigatoriamente, com a utilização do crédito
especial.
Comentários:

Você lembra da manteiga QUALI? Pense numa manteiga boa! 😄

Manteiga QUALI é EXTRA ESPECIAL

• Alterações qualitativas: extraordinários e especiais;


• Alterações quantitativas: suplementares.

Portanto, as alterações quantitativas no orçamento devem ser feitas por meio de créditos
suplementares, pois eles não criam um novo programa de trabalho, como acontece nas alterações
qualitativas (provocados por créditos especiais e extraordinários. Esses sim criam “novas despesas”). Os
créditos suplementares apenas reforçam (e alteram) a dotação de um crédito orçamentário.

Especiais

Qualitativas

Extraordinários
Alterações
orçamentárias

Quantitativas Suplementares

Gabarito: Errado

6. CESPE – EBSERH - Analista Administrativo – 2018

Julgue o item seguinte, relativo ao instrumento e ao processo de orçamentação.


A reserva de contingência destina-se ao pagamento de restos a pagar que excederem as disponibilidades de
caixa ao final do exercício.
Comentários:
Nada disso! A Reserva de contingência é destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros
riscos e eventos fiscais imprevistos (LRF, art. 5º, III, b).

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Lembrando que a reserva de contingência é uma dotação global não especificamente destinada a
determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados
para abertura de créditos adicionais (DL 200/67). Por isso, ela é considerada uma exceção ao princípio da
especificação (especialização ou discriminação).
Gabarito: Errado

7. CESPE – TCM-BA - Auditor Estadual de Controle Externo – 2018


Caso um gestor público identifique a necessidade de recursos para aquisição de produtos alimentícios a serem
distribuídos à população desabrigada por chuvas e desabamentos, na solução do problema, ante a inexistência
de previsão orçamentária, ele deverá solicitar a abertura de
A) quaisquer modalidades de créditos adicionais disponíveis que cubram as despesas não previstas.
B) créditos suplementares que visem à correção de erros e imprevisibilidades no orçamento.
C) créditos especiais que visem à cobertura de dotações insuficientes ou novos programas de governo.
D) créditos extraordinários que visem à cobertura de recursos decorrentes da necessidade de ação imediata do
poder público em razão de calamidades imprevistas.
E) autorização legislativa para contratação de operações de crédito que visem à cobertura de dotação não
prevista.
Comentários:
A questão lhe dá dicas para descobrir qual crédito adicional é cabível. Vejamos:

1. “inexistência de previsão orçamentária”. Como não havia crédito orçamentário no orçamento,


você já sabe que os créditos adicionais só podem ser especiais ou extraordinários, pois os
créditos suplementares são destinados a reforço de dotação orçamentária (já existente). Já
podemos eliminar a alternativa B;
2. “população desabrigada por chuvas e desabamentos”. Você diria que chuvas e desabamentos são
despesas imprevisíveis e urgentes? São exemplos de comoção intestina ou calamidade
pública? Com certeza! E quais são os créditos adicionais utilizados nesse caso? Os créditos
extraordinários! Veja só (CF/88):

Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

Então vamos para as alternativas:

a) Errada. Não podem ser abertas quaisquer modalidades de créditos adicionais que cubram as despesas
não previstas. Créditos suplementares e especiais também cobrem despesas que não foram previstas e, na
questão, identificamos que deverão ser abertos créditos extraordinários.
b) Errada. Já eliminamos essa alternativa, porque não havia crédito orçamentário no orçamento.
c) Errada. Deverão ser abertos créditos extraordinários e não créditos especiais.

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d) Correta. Créditos extraordinários são abertos para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, a
exemplo de calamidades imprevistas que exigem ação imediata do poder público.
e) Errada. Quanto tempo iria demorar essa autorização legislativa para contratação de operações de
créditos? Não há tempo para isso! Aqui está presente o periculum in mora (perigo da demora). O gestor público
deverá solicitar a abertura de créditos extraordinários!
Gabarito: D

8. CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2018

Acerca do orçamento público, julgue o item a seguir.

É vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os
referidos créditos foram autorizados.
Comentários:

Nada disso! A prorrogação é permitida! 😉

Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício
podem ser reabertos no exercício seguinte nos limites de seus saldos e viger até o término desse exercício
financeiro. Então eles podem sim ter vigência em exercício financeiro diverso daquele em que os referidos
créditos foram autorizados.
Confira na CF/88;

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

Agora, se substituíssemos a palavra “especiais” por “suplementares”, a questão estaria correta, não é
mesmo? 😎 Porque os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos.

Confira comigo no replay! Quer dizer, na Lei 4.320/64: 😂

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Gabarito: Errado

9. CESPE – STM - Técnico Judiciário – 2018

Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende da
indicação dos recursos correspondentes.

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Comentários:
É justamente o contrário! Os créditos extraordinários são os únicos que não dependem (não precisam)
de indicação dos recursos correspondentes, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e urgentes.
Primeiro resolvemos a urgência e depois nos preocupamos em conseguir os recursos.
Gabarito: Errado

10. CESPE – STM - Técnico Judiciário – 2018


Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.

Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do
Poder Executivo.
Comentários:

Aquela questão típica da banca: duas assertivas em uma só! 🙃

Vamos por partes:

Primeiro: os créditos suplementares podem ser previamente autorizados na LOA?


Sim! Essa é uma das exceções ao princípio da exclusividade! Detalhe é que a exceção é para abertura de
créditos suplementares (só os suplementares. Créditos especiais e extraordinários não!).
Segundo: os créditos suplementares são abertos por decreto mesmo?
Sim também! A Lei 4.320/64 não nos deixa mentir:

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Autorização Lei
Créditos
suplementares
e especiais
Decreto
Abertura
executivo

Pronto! Tudo certo!


Gabarito: Certo

11.CESPE – STM - Técnico Judiciário – 2018


Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Os créditos suplementares possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são
abertos.
Comentários:

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Que questão excelente! 🤩

Sim! Os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.
Em outras palavras: eles possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são
abertos.

Por exemplo: um crédito suplementar aberto em 2020 terá vigência até o término desse exercício (31/12/2020). Mesmo
que ele tinha sido aberto no dia 30/12/2020, sua vigência não passará para o próximo exercício financeiro.

Já os créditos especiais e extraordinários: não! 😏

Vamos ler, de novo, na CF/88:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

Gabarito: Certo

12. CESPE – STM - Analista Judiciário – 2018

Acerca de administração financeira e orçamentária e do orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a
realização da despesa.

Comentários:
É isso mesmo! Créditos extraordinários são destinados ao atendimento de despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Estamos diante de uma
situação grave, urgente! Precisamos resolver isso agora. “O dinheiro nós conseguimos depois!” Por isso, “os
créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a
realização da despesa”, exatamente como afirma a questão.
Veja como a Lei 4.320/64 somente exigiu existência de recursos disponíveis para os créditos
suplementares e especiais:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Isso significa que a abertura de créditos extraordinários (outra espécie de crédito adicional) não depende
da existência de recursos disponíveis, ou seja, a Administração não precisa ter dinheiro disponível agora (nesse
momento) para abrir créditos extraordinários, afinal estamos diante de despesas imprevisíveis e urgentes.
Gabarito: Certo

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13.CESPE – CGM de João Pessoa - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018


Com relação às técnicas e aos instrumentos utilizados na elaboração e na aprovação do orçamento, julgue o
item que se segue.
É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para a abertura de
créditos suplementares ou especiais.
Comentários:
Vedada? Nada disso! É permitida!

O excesso de arrecadação é sim uma fonte para a abertura de créditos adicionais.

SF É RARO

• superávit financeiro (apurado em balanço patrimonial do exercício anterior);


• excesso de arrecadação;
• reserva de contingência;
• anulação de dotação;
• recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição;
• operações de crédito.

Confira também na Lei 4.320/64:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (...)

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

Gabarito: Errado

14. CESPE – CGM de João Pessoa - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018
Com relação ao processo orçamentário brasileiro, julgue o item subsequente.
Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponíveis, ainda que
oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.
Comentários:

Questão bem ao estilo da banca: duas assertivas em uma só, ligadas por uma conjunção (“ainda que”).
Vamos ver a primeira parte:
1. “Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponíveis”.
Isso está certo. 😊 Os créditos suplementares só podem ser abertos se existirem recursos
disponíveis. O único crédito adicional que pode ser aberto mesmo sem recursos disponíveis é o
crédito extraordinário. Confira aqui na Lei 4.320/64:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

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2. “ainda que oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais”. Os recursos
utilizados para abrir esses créditos suplementares podem ser oriundos de operações de crédito?
Em outras palavras: operações de crédito podem ser utilizadas como fonte para abertura de
créditos suplementares?

A resposta é: SIM! 😃 Operações de crédito podem ser utilizadas como fontes para abertura de créditos
adicionais! SF É RARO. A letra “O” é de “Operações de crédito”, lembra?
Dê uma olhadinha também na literalidade da Lei 4.320/64:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (...)

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder


executivo realiza-las.

Gabarito: Certo

15.CESPE – TRE-TO - Analista Judiciário – 2017


Em função de fortes chuvas ocorridas no Tocantins, uma ponte de determinado município do estado ruiu,
ficando os moradores isolados. Devido ao desastre, o acesso a água e a alimentos ficou limitado, pois a
distribuição passou a se dar unicamente por via aérea. Esses fatos levaram à decretação do estado de
calamidade.
Nessa situação hipotética, o governo do estado do Tocantins, para agir com celeridade, deverá
A) empregar, mediante ato executivo, um crédito especial.
B) abrir, por ato executivo, um crédito extraordinário.
C) usar os créditos ordinários disponíveis.
D) utilizar os créditos suplementares previamente previstos na lei do orçamento.
E) solicitar ao Poder Legislativo a abertura de créditos suplementares.
Comentários:
Fortes chuvas, desastre, acesso a água e alimentos limitado, estado de calamidade...

Está sentindo o cheiro de créditos extraordinários? 🧐

Eu estou! 😃

Nessa situação hipotética, o governo do estado do Tocantins, para agir com celeridade, deverá abrir um
crédito extraordinário, porque eles são destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública (Lei 4.320/64, art. 41, III).

Na verdade (CF/88):

Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”

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Agora só falta a gente saber como os créditos extraordinários são abertos.


É o seguinte: no âmbito federal, os créditos extraordinários são autorizados e abertos por Medida
Provisória. Nos entes que possuam esse instrumento jurídico, os créditos extraordinários também serão
abertos por Medida Provisória. E nos demais entes, os créditos extraordinários serão abertos por decreto do
Poder Executivo (ato executivo, como denominou a questão).

União e entes
que possuam Abertos por MP
MP
Créditos
extraordinários
Abertos por
Demais entes
decreto

Vamos aproveitar para dar uma olhadinha na Lei 4.320/64:

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Agora nós já conseguimos encontrar o gabarito da nossa questão. Ele está na alternativa B.
Gabarito: B

16. CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017

O item que se segue, apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do
orçamento público e da programação orçamentária e financeira no Brasil.
No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a
emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício financeiro, teriam sido
totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária
a aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de
passaportes seja retomado.

Comentários:
Vamos lá: o Departamento de Polícia Federal tinha uma dotação específica para custear a emissão de
passaportes durante todo o exercício financeiro de 201X.

Acontece que essa dotação somente foi suficiente para arcar com essas despesas até o mês de julho. Isso
significa que o crédito orçamentário estava insuficientemente dotado.
Agora eu lhe pergunto: qual é o tipo de crédito adicional que utilizamos para reforçar (suplementar) uma
dotação?

Já entregamos a resposta, não é? 😅

Utilizamos os créditos suplementares! 😃

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A questão, no entanto, vem nos dizer que “é necessária a aprovação e a publicação de uma lei de créditos
adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado”. Não! É necessária a
aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo suplementar.
Gabarito: Errado

17.CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017


Em relação às técnicas e aos princípios do orçamento público, julgue o item a seguir.

A abertura de créditos suplementares por meio da lei orçamentária anual é uma exceção ao princípio da
exclusividade vedada pela Constituição Federal de 1988.

Comentários:
A redação dessa questão está meio confusa. Por isso que ela foi anulada. A justificativa da anulação foi:
“o julgamento objetivo do item foi prejudicado, uma vez que pode haver mais de um referente para o termo
‘vedada’".
O importante, no entanto, é saber que são exceções ao princípio da exclusividade, isto é, além da
previsão de receitas e fixação de despesas, também poderão estar na LOA:

• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares);


• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita
orçamentária (ARO).
Gabarito: Anulada

18. CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017


Acerca dos mecanismos necessários à execução do orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito
suplementar.
Comentários:
Qual é o único tipo de crédito adicional que pode ter sua autorização já contida na lei orçamentária
anual? 😃

Isso mesmo: os créditos suplementares!

As outras espécies de créditos adicionais (especiais e extraordinários) não podem ser autorizadas na LOA.
Observe com carinho o dispositivo constitucional:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Esse é o princípio da exclusividade, segundo o qual, além da previsão de receitas e fixação de despesas,
também poderão estar na LOA:

• Autorização para abertura de créditos adicionais suplementares (só os suplementares);


• Autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita
orçamentária (ARO).

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Você viu créditos especiais e extraordinários aí? 🧐

Eu também não! 😅

A Lei 4.320/64 também só fala em créditos suplementares (se créditos especiais e extraordinários fossem
permitidos, a lei também os mencionaria):

Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;

Portanto, podemos afirmar com segurança que “crédito adicional aberto com base em autorização dada
pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito suplementar”, exatamente como está escrito na
questão.
Gabarito: Certo

19. CESPE – SEDF - Professor de Educação Básica – 2017

No mês de novembro de 2016, fortes chuvas e ventanias assolaram uma região administrativa do DF. O fato de
terem causado danos a casas e aparelhos públicos possibilitou a caracterização de calamidade pública, e não
havia, na Lei de Orçamento de 2016, dotação orçamentária específica para a sua recuperação.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Nesse caso, para o reparo das casas, o GDF deverá utilizar-se da abertura de crédito extraordinário.
Comentários:

Mais uma vez, preste atenção na situação: fortes chuvas e ventanias, calamidade pública... 🤔

A questão ainda nos diz que não havia, na Lei de Orçamento de 2016, dotação orçamentária específica
para a sua recuperação. Se não havia dotação orçamentária específica, então já excluímos a possibilidade de
abertura de créditos suplementares, não é mesmo? 😉 Afinal, estes são destinados a reforço de dotação já
existente!

“Então qual tipo de crédito adicional deverá ser aberto, professor?” 🤔

Eu devolvo com outra pergunta: qual o tipo de crédito adicional destinado a despesas urgentes e
imprevistas, para fazer frente a situações como essa calamidade pública descrita na questão?

“Créditos extraordinários!” 😃

Muito bem! 😍

(CF/88):

Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.”

Gabarito: Certo

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20. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo – 2016


Julgue o item a seguir, relativo à implementação do orçamento público no Brasil.
Caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser
feita por meio de créditos suplementares, créditos especiais ou créditos extraordinários.

Comentários:
As alterações orçamentárias podem ser:

• Alterações qualitativas;
• Alterações quantitativas.
As alterações qualitativas ocorrem quando alteramos a qualidade, o conteúdo, do orçamento e são feitas
por créditos especiais e extraordinários.
As alterações quantitativas ocorrem quando alteramos a quantidade (numérica) do orçamento, ou seja,
vamos somente modificar o total de crédito constante na Lei Orçamentária Anual (LOA), acrescentar um valor
a algo já existente. Logo, as alterações são feitas por meio de créditos suplementares.

De novo, você lembra da manteiga QUALI? 😄

Manteiga QUALI é EXTRA ESPECIAL

• Alterações qualitativas: extraordinários e especiais;


• Alterações quantitativas: suplementares.
Então, os créditos suplementares não criam um novo programa de trabalho, não alteram os atributos
do crédito orçamentário. Eles somente reforçam a dotação desse crédito, somente fazem uma alteração
quantitativa.

Os atributos só são modificados por créditos especiais e extraordinários, pois nesses casos há uma
alteração qualitativa.

Portanto, caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a


modificação deverá ser feita somente por meio de créditos especiais ou créditos extraordinários.
Gabarito: Errado

21. CESPE – TRT 8 - Analista Judiciário – 2016

Caso precise abrir um crédito suplementar para cobrir despesa com a folha de pagamentos dos servidores
públicos, o governo poderá utilizar como fonte de recursos
A) o saldo em caixa apurado em trinta e um de dezembro do exercício anterior.
B) a diferença a maior entre despesas e receitas.
C) parte dos recursos consignados na reserva de contingência.

D) os recursos livres provenientes de crédito extraordinário.


E) o resultado da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.

Comentários:

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Lembra dos nosso mnemônicos para as fontes para abertura de créditos adicionais?

SF É RARO

SE ORAR, passa 🙏

Excesso de ar e Onda parada Anulam o Restante do dia do Surfista na bela da praia do Recife

Use o que você quiser! Qualquer um que faça você acertar questões! 😃

a) Errada. Essa não é uma das fontes para abertura de créditos adicionais.
b) Errada. Acreditamos que a banca estava doida para que você lembrasse do Superávit Financeiro ou do
excesso de arrecadação e marcasse essa alternativa! 😅 Só que a diferença a maior entre despesas e receitas
não é Superávit Financeiro e nem excesso de arrecadação!
Superávit Financeiro (SF) é diferença positiva entre o ativo financeiro (AF) e o passivo financeiro (PF).

SF = AF – PF

Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada.

Excesso de arrecadação = Rec. Arrecadada – Rec. Prevista

c) Errada. Essa foi uma boa alternativa. De fato, a reserva de contingência é uma das fontes para abertura
de créditos adicionais, no entanto não podemos nos esquecer da finalidade dessa reserva: atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
E agora eu lhe pergunto: despesa com a folha de pagamentos lhe parece um passivo contingente ou um
risco fiscal?

Não, né? 😄 Então, nesse caso, não podemos utilizar a reserva de contingência como fonte para abertura
de crédito suplementar.
d) Errada. Essa também não é uma das fontes para abertura de créditos adicionais.
e) Correta. Essa sim é uma fonte para abertura de créditos adicionais. É a letra “A” do nosso mnemônico:
SF É RARO. Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias. Por sinal, essa é a fonte mais utilizada!
Gabarito: E

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22. CESPE – Telebras - Contador – 2015


A correção de falhas na lei do orçamento ou o atendimento a situações emergenciais podem ser feitos por meio
de instrumentos de ajustes orçamentários, a exemplo dos créditos adicionais. A respeito desse assunto, julgue
o item subsecutivo.
Entre os recursos que podem ser destinados a créditos adicionais, incluem-se os resultantes de anulação parcial
ou total de outros créditos adicionais já autorizados em lei.
Comentários:

Esses recursos podem ser utilizados como fonte para abertura de créditos adicionais?
Vamos deixar a Lei 4.320/64 responder essa:

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,


autorizados em Lei;

Portanto, sim: os recursos resultantes de anulação parcial ou total de outros créditos adicionais já
autorizados em lei podem ser utilizados para abertura de créditos adicionais!

É a letra “A” do mnemônico: SF É RARO. Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias. 😉

Gabarito: Certo

23.CESPE – Telebras - Analista Superior – 2015


Na execução do orçamento, alguns mecanismos são utilizados para corrigir insuficiências ou para garantir o
pagamento a fornecedores caso todo o processo não seja passível de execução dentro do exercício. Acerca
desses mecanismos, julgue o item subsequente.
Em decorrência de planejamento mal formulado, distorções orçamentárias podem ser identificadas no
decorrer do exercício. Nesse caso, para corrigir essas distorções, recorre-se aos créditos adicionais, que são
classificados como suplementares, extraorçamentários, especiais e extraordinários.

Comentários:

A primeira frase está correta. A segunda, nem tanto! 😅

Afinal (Lei 4.320/64):


Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;

III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção


intestina ou calamidade pública.
Portanto, crédito extraorçamentário não é uma das espécies de créditos adicionais.
Gabarito: Errado

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24. CESPE – Telebras - Analista Superior – 2015


Com relação à lei orçamentária anual (LOA), julgue o item que se segue.
A reserva de contingência é uma dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade
orçamentária, programa ou categoria econômica cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos
adicionais.
Comentários:

Questão totalmente baseada no DL 200/67! Veja como é praticamente um copia e cola: 😅

Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global
não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais.

Gabarito: Certo

25.CESPE – STJ - Analista Judiciário – 2015


Com relação a sistema e processo de orçamentação, classificações orçamentárias, estrutura programática e
créditos ordinários e adicionais, julgue o próximo item.

Situação hipotética: Determinado ente da administração pública, que necessita da abertura de um crédito
especial, dispõe dos seguintes dados:
• diferença entre a receita realizada e a prevista: R$ 400;
• ativo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 180;
• passivo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 140;
• créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 230;
• créditos adicionais reabertos: R$ 10.

Assertiva: Nessa situação, há margem para abertura do crédito especial de R$ 200.


Comentários:

Uh! Questão muito boa! Questão de cálculo! 😅

Aqui as nossas fórmulas vão te ajudar muito! O aluno mais apressado poderia pensar assim:

• SF = AF – PF = 180 – 140 = 40
• Excesso de arrecadação = Rec. Arrecadada – Rec. Prevista= 400
• Total da margem para abertura de crédito especial = R$ 440.

Marca errado e sai da prova todo confiante! 😂

Calma, jovem! ☝

Há outras informações na questão. Um dos detalhes das questões de cálculo é saber se as informações ali
serão consideradas ou não.

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Nesse caso, elas serão consideradas sim. Precisamos, ainda, ajustar o SF e o Excesso de arrecadação. E é
aqui que entram as nossas fórmulas:

SF ajust = AF – PF – CAR + OCV

Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec.Prevista – Créd. Extraordinários abertos

Então vamos lá:

• SF ajust = AF – PF – CAR + OCV = 180 – 140 – 10 + 0 = 30


• Excesso de arrecadação ajust = 400 -230 = 170
• Total da margem para abertura de crédito especial = 30 + 170 = R$ 200
Gabarito: Certo

26. CESPE – MPOG - Administrador – 2015


Com relação ao orçamento público no Brasil, julgue o item a seguir.
Todo crédito adicional constitui um crédito orçamentário, mas nem todo crédito orçamentário é também um
crédito adicional.
Comentários:

Belíssima questão! 👌

Antes de resolver a questão, lembre-se que os créditos orçamentários podem ser iniciais (que já estão
consignados na LOA) ou adicionais (abertos durante a fase de execução do orçamento).

Iniciais
Créditos
orçamentários
Adicionais

Muito bem! Então vejamos a primeira parte da questão: “todo crédito adicional constitui um crédito
orçamentário”. Isso está correto.
E a segunda parte: “mas nem todo crédito orçamentário é também um crédito adicional”. Isso também
está correto, porque um crédito orçamentário não necessariamente é adicional. Ele pode ser inicial. 😉

Gabarito: Certo

27.CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2015


Com referência aos aspectos doutrinários e históricos da administração financeira e orçamentária, julgue o item
a seguir.

Se a arrecadação efetivamente realizada for maior que a prevista na lei orçamentária anual, a diferença a maior
poderá ser utilizada como fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais.

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Comentários:
Com certeza! Pode sim! Essa é o famoso excesso de arrecadação:

Excesso de arrecadação = Rec. Arrecadada – Rec.Prevista

Interessante também lembrar o disposto na Lei 4.320/64:

Art. 43, § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,
a tendência do exercício.

É a letra “E” do nosso mnemônico SF É RARO. 😉

Gabarito: Certo

28. CESPE – CGE-PI - Auditor Governamental – 2015


Em relação a lei orçamentária anual (LOA), planejamento governamental no estado do Piauí e créditos
adicionais, julgue o tem a seguir.

Créditos especiais e extraordinários são abertos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo
ser transferidos para a continuidade da execução no exercício seguinte, se a autorização do Poder Legislativo
ocorrer no mês de novembro.
Comentários:

Créditos especiais e extraordinários são abertos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA?

Sim! 😃

Os créditos suplementares é que somente reforçam uma dotação orçamentária já existente!


E os créditos especiais e extraordinários ser transferidos para a continuidade da execução no exercício
seguinte, se a autorização do Poder Legislativo ocorrer no mês de novembro?

Pode apostar que sim! 😄

Se autorizados nos últimos quatro meses do exercício, eles podem ser reabertos no exercício seguinte
(nos limites de seus saldos) e viger até o término desse exercício financeiro.
Vejamos a legislação correlata para gravar bem:
Lei 4.320/64:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Gabarito: Certo

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29. CESPE – PGE-PI - Procurador do Estado Substituto – 2014


Acerca dos créditos adicionais no direito financeiro, assinale a opção correta de acordo com a Lei nº 4.320/1964,
que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,
dos estados, dos municípios e do DF.
A) Os créditos suplementares destinam-se a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
B) Os créditos especiais destinam-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente; os extraordinários, a
cobrir despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

C) Os créditos suplementares serão autorizados por decreto do Poder Executivo e dependerão da existência de
recursos disponíveis para se atender à despesa.

D) Recursos disponíveis para legitimar a abertura de créditos suplementares são apenas o superávit financeiro
apurado em balanço patrimonial do exercício anterior e os recursos provenientes de excesso de arrecadação.
E) Os créditos adicionais, que incluem as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente
dotadas na LOA, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
disposição legal em contrário quanto aos especiais e extraordinários.
Comentários:
Vamos logo direto para as alternativas?
a) Errada. Os créditos especiais é que se destinam a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica (Lei 4.320/64, art. 41, II).
b) Errada. Os créditos suplementares é que se destinam ao reforço de dotação orçamentária insuficiente
(Lei 4.320/64, art. 41, I). Os créditos extraordinários realmente se destinam a cobrir despesas urgentes e
imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
c) Errada. Não, não! Os créditos suplementares serão abertos por decreto do Poder Executivo (e
autorizados por lei). Eles dependerão sim existência de recursos disponíveis para se atender à despesa. Confira
na Lei 4.320/64:

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

d) Errada. Nós temos muito mais fontes do que essas duas, não é mesmo? No total, temos 6 fontes para
abertura de créditos adicionais, são elas:

SF É RARO

• superávit financeiro (apurado em balanço patrimonial do exercício anterior);


• excesso de arrecadação;
• reserva de contingência;
• anulação de dotação;
• recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição;
• operações de crédito.

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Lembrando que os recursos decorrentes de veto, emenda ou rejeição não poderão ser utilizados para
abrir créditos extraordinários!
e) Correta. Isso mesmo. E a resposta está, como bem disse a questão, na Lei 4.320/64:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Perceba como a questão só combinou os dois artigos da lei.


Gabarito: E

30. CESPE – TCE-ES - Analista Administrativo – 2013

Antes do encerramento de determinado exercício financeiro, foi constatada a necessidade de reforço da


dotação para certa despesa que fora subestimada, e, na tentativa de identificar possíveis fontes, verificou-se
que:
• a receita arrecadada ficaria em R$ 150.000,00 abaixo do previsto;
• a despesa realizada geraria uma economia de despesa de R$ 180.000,00;

• o balanço patrimonial do exercício anterior apresentava superávit financeiro de R$ 55.000,00;


• haviam sido reabertos créditos adicionais de R$ 35.000,00;
• R$ 70.000,00 de determinada dotação não iriam ser utilizados.

Com base nessa situação e na Lei n.º 4.320/1964, concluiu-se, em relação ao pretendido reforço, que

A) não há restrições à complementação da dotação.


B) não haverá recursos disponíveis.

C) é possível abrir crédito suplementar de R$ 90.000,00.


D) há recursos suficientes para suplementação de R$ 120.000,00.
E) há margem para abertura de crédito especial de até R$ 160.000,00

Comentários:
Primeiro, vamos ler um pouco da CF/88:

Art. 167. São vedados:

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Portanto, há restrições sim à complementação da dotação. Não podemos complementar a dotação


infinitamente, até porque os recursos são finitos! 😄

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Segundo: guarde as nossas fórmulas!

SF ajust = AF – PF – CAR + OCV

Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos

Então, vamos aos trabalhos!

• a receita arrecadada ficaria em R$ 150.000,00 abaixo do previsto;


Se a receita arrecadada ficaria abaixo do previsto, então não teremos excesso de arrecadação, que é uma
das fontes para aberturas de créditos adicionais.

• a despesa realizada geraria uma economia de despesa de R$ 180.000,00;

A economia de despesas não é uma fonte de abertura de créditos adicionais! Portanto, não podemos
usar isso para reforçar a dotação citada na questão.

• o balanço patrimonial do exercício anterior apresentava superávit financeiro de R$ 55.000,00;


Agora sim! Isso nós podemos usar. O Superávit Financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício
anterior é uma fonte para abertura de créditos adicionais.

• haviam sido reabertos créditos adicionais de R$ 35.000,00;


Créditos Adicionais Reabertos (CAR): precisamos subtraí-los do Superávit Financeiro que trouxemos do
exercício anterior, porque esses recursos pertencem ao exercício anterior.

• R$ 70.000,00 de determinada dotação não iriam ser utilizados.


Como essa dotação não iria ser utilizada, a Administração Pública pode anular essa dotação, liberando
esses recursos para serem utilizados como fonte para abertura de créditos adicionais.
Assim, temos:
SF ajust = 55.000,00 – 35.000,00 = R$ 20.000,00
Anulação de dotação = R$ 70.000,00
Total dos recursos disponíveis para o pretendido reforço da dotação = 20.000 + 70.000 = R$ 90.000,00.
Gabarito: C

31.CESPE – MPU - Analista – 2013


Em relação aos créditos ordinários e adicionais, julgue o seguinte item.
Considera-se recurso para a abertura de créditos suplementares e especiais o superávit financeiro do exercício
anterior.
Comentários:
Sim! O Superávit Financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior é uma fonte para
abertura de créditos adicionais! Lembra do mnemônico, não é? SF É RARO. SF significa Superávit Financeiro.
Gabarito: Certo

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32.CESPE – ANTT - Analista Administrativo – 2013


Um crédito especial solicitado no mês de agosto e autorizado no mês de setembro poderá ser incorporado ao
orçamento financeiro subsequente, pelo valor do crédito ainda não aplicado.
Comentários:

Poderá sim, pois a data que vale para a reabertura é a da promulgação! 😃 Observe o dispositivo
constitucional:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.

Gabarito: Certo

33.CESPE – TCE-RO - Agente Administrativo – 2013


O excesso de arrecadação apurado em exercício anterior poderá ser utilizado integralmente como fonte de
abertura de créditos adicionais.

Comentários:
Opa! O excesso de arrecadação é apurado no exercício corrente! O Superávit Financeiro é que é
apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior. Não confunda!

Superávit apurado em BP do
Financeiro exercício anterior
Fonte para
abertura de
créditos adicionais
Excesso de apurado no
arrecadação exercício corrente

Gabarito: Errado

34. CESPE – MI - Analista Técnico – 2013

Os créditos adicionais gerados a partir de anulação parcial ou total de dotação orçamentária provocam
aumento dos valores globais da lei orçamentária, uma vez que envolvem somente despesas.
Comentários:

Nem todas as fontes aumentam o valor global do orçamento. Veja:

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Aumentam o valor global do orçamento Não aumentam o valor global do orçamento

Superávit Financeiro Anulação de dotação

Excesso de Arrecadação Reserva de contingência

Operações de crédito

Recursos sem despesas correspondentes

Você pode usar os seguintes mnemônicos:

SF É O Rei 👑

SE ORar sem ar, aumenta 🙏 💨

Muito bem! Então, corrigindo a questão, os créditos adicionais gerados a partir de anulação parcial ou
total de dotação orçamentária não provocam aumento dos valores globais da lei orçamentária.
Mas é verdade que envolvem somente receitas, olha só:

Fontes provenientes da Receita Fontes provenientes da Despesa

Lei 4.320/64

Excesso de arrecadação Anulação de dotação

Operações de crédito

Superávit Financeiro

Outras

Recursos sem despesas correspondentes Reserva de contingência

Gabarito: Errado

35.CESPE – TRF 2 - Juiz Federal – 2013


Quando, no decorrer da execução orçamentária, uma dotação se revelar insuficiente, o Poder Executivo poderá
lançar mão da abertura de
A) crédito suplementar, após autorização legislativa.
B) crédito especial, independentemente da existência de recursos disponíveis para a realização da despesa.
C) créditos especiais ou suplementares, por meio de medidas provisórias.
D) crédito especial, após aprovação legal.
E) crédito extraordinário, por meio de decreto.

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Comentários:
Quando, no decorrer da execução orçamentária, uma dotação se revelar insuficiente, nós precisaremos
reforçá-la, não é mesmo?

Qual é a espécie de créditos adicionais que utilizamos para isso? 🧐

Créditos suplementares! 😃

Só com isso, nós já eliminamos as alternativas B, C, D e E, chegando ao nosso gabarito: alternativa A.


E, só para complementar, os créditos adicionais necessitam de autorização legislativa para serem
abertos. Isso é tão sério que está até na CF/88, observe:

Art. 167. São vedados: (...)

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;

E a Lei 4.320/64 também trata do assunto:

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Gabarito: A

36. CESPE – TRT 10 - Analista Judiciário – 2013

A respeito de créditos adicionais e suas peculiaridades, julgue os itens subsequentes.


Os créditos suplementares têm como objetivo reforçar a dotação orçamentária existente e sua vigência será de
sua abertura ao término do exercício financeiro. Contudo, se a abertura se der nos últimos quatro meses
daquele exercício, esses créditos poderão ser reabertos no limite de seus saldos e incorporados ao orçamento
do exercício subsequente.
Comentários:
“Os créditos suplementares têm como objetivo reforçar a dotação orçamentária existente e sua vigência
será de sua abertura ao término do exercício financeiro.” Isso está certo! 😃

Mas os créditos suplementares terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos.
Eles possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são abertos. Eles são válidos
somente até 31 de dezembro do exercício em que foram abertos.

Somente os créditos especiais e extraordinários é que poderão ser reabertos no exercício subsequente,
senão vejamos (Lei 4.320/64):
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:

I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

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E aí vem a CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Gabarito: Errado

37.CESPE – TJ-AC - Analista Judiciário – 2012


Julgue os itens seguintes, acerca da execução da gestão pública. O superávit financeiro apurado em balanço
patrimonial do exercício imediatamente anterior e os recursos provenientes de excesso de arrecadação, desde
que não estejam comprometidos, podem ser utilizados para a abertura de créditos suplementares e especiais.
Comentários:

Certamente! Podem sim!

SF É RARO

“SF” de Superávit Financeiro. “É” de excesso de arrecadação.


A questão baseou-se no texto da Lei 4.320/64, quer ver?
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis
para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
Gabarito: Certo

38. CESPE – ANTAQ - Analista Administrativo – 2009


Na utilização do superávit financeiro como fonte para abertura de créditos suplementares e especiais, devem
ser considerados os saldos dos créditos adicionais do exercício anterior e as operações de crédito a eles
vinculadas.

Comentários:
Exatamente!

SF ajust = AF – PF – CAR + OCV

Observe também a Lei 4.320/64:

Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
credito a eles vinculadas.

Gabarito: Certo

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Questões Cespe

Questão Resposta Errei Dúvida Questão Resposta Errei Dúvida


1 20
2 21
3 22
4 23
5 24
6 25
7 26
8 27
9 28
10 29
11 30
12 31
13 32
14 33
15 34
16 35
17 36
18 37
19 38

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Lista de questões – CESPE


1. CESPE – TCE-MG - Analista de Controle Externo – 2018
O princípio orçamentário da exclusividade foi consagrado na Constituição Federal de 1988 (CF) por meio da
determinação de que a lei orçamentária anual não contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa. No entanto, a CF prevê como exceção a essa regra a autorização para a abertura de
créditos:
A) suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.
B) suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por antecipação de receita.
C) especiais e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.
D) suplementares e para a liquidação dos passivos financeiros e dos restos a pagar.
E) especiais e suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por antecipação de receita.

2. CESPE – MPU - Técnico – 2018


A respeito dos instrumentos de planejamento da gestão pública, julgue o item a seguir.
Caso o Poder Executivo abra um crédito suplementar, os recursos correspondentes ao referido crédito serão
excluídos do cômputo total de créditos orçamentários.

3. CESPE – MPU - Técnico – 2018


A respeito dos instrumentos de planejamento da gestão pública, julgue o item a seguir.

Se determinado recurso ficar sem a despesa correspondente em decorrência de veto parcial ao projeto de lei
orçamentária anual, será vedada a utilização do referido recurso ainda que na forma de fonte para a abertura
de créditos adicionais.

4. CESPE – EBSERH - Analista Administrativo – 2018


Acerca das técnicas empregadas na elaboração e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
Para que determinado crédito especial seja aprovado, são suficientes a autorização legislativa e a indicação da
fonte de recursos.

5. CESPE – EBSERH - Analista Administrativo – 2018


Julgue o item seguinte, relativo ao instrumento e ao processo de orçamentação.
Alterações quantitativas no orçamento devem ser feitas, obrigatoriamente, com a utilização do crédito
especial.

6. CESPE – EBSERH - Analista Administrativo – 2018


Julgue o item seguinte, relativo ao instrumento e ao processo de orçamentação.
A reserva de contingência destina-se ao pagamento de restos a pagar que excederem as disponibilidades de
caixa ao final do exercício.

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7. CESPE – TCM-BA - Auditor Estadual de Controle Externo – 2018


Caso um gestor público identifique a necessidade de recursos para aquisição de produtos alimentícios a serem
distribuídos à população desabrigada por chuvas e desabamentos, na solução do problema, ante a inexistência
de previsão orçamentária, ele deverá solicitar a abertura de
A) quaisquer modalidades de créditos adicionais disponíveis que cubram as despesas não previstas.
B) créditos suplementares que visem à correção de erros e imprevisibilidades no orçamento.
C) créditos especiais que visem à cobertura de dotações insuficientes ou novos programas de governo.

D) créditos extraordinários que visem à cobertura de recursos decorrentes da necessidade de ação imediata do
poder público em razão de calamidades imprevistas.
E) autorização legislativa para contratação de operações de crédito que visem à cobertura de dotação não
prevista.

8. CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2018

Acerca do orçamento público, julgue o item a seguir.


É vedada a prorrogação de vigência de créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os
referidos créditos foram autorizados.

9. CESPE – STM - Técnico Judiciário – 2018

Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Embora seja admitida para atender despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende da
indicação dos recursos correspondentes.

10. CESPE – STM - Técnico Judiciário – 2018

Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Os créditos suplementares previamente autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do
Poder Executivo.

11.CESPE – STM - Técnico Judiciário – 2018


Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
Os créditos suplementares possuem vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são
abertos.

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12. CESPE – STM - Analista Judiciário – 2018


Acerca de administração financeira e orçamentária e do orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias disponíveis para a
realização da despesa.

13.CESPE – CGM de João Pessoa - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018


Com relação às técnicas e aos instrumentos utilizados na elaboração e na aprovação do orçamento, julgue o
item que se segue.
É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para a abertura de
créditos suplementares ou especiais.

14. CESPE – CGM de João Pessoa - Auditor Municipal de Controle Interno – 2018

Com relação ao processo orçamentário brasileiro, julgue o item subsequente.


Poderão ser abertos créditos suplementares ao orçamento desde que haja recursos disponíveis, ainda que
oriundos de operações de crédito autorizadas nos termos legais.

15.CESPE – TRE-TO - Analista Judiciário – 2017


Em função de fortes chuvas ocorridas no Tocantins, uma ponte de determinado município do estado ruiu,
ficando os moradores isolados. Devido ao desastre, o acesso a água e a alimentos ficou limitado, pois a
distribuição passou a se dar unicamente por via aérea. Esses fatos levaram à decretação do estado de
calamidade.
Nessa situação hipotética, o governo do estado do Tocantins, para agir com celeridade, deverá
A) empregar, mediante ato executivo, um crédito especial.
B) abrir, por ato executivo, um crédito extraordinário.
C) usar os créditos ordinários disponíveis.
D) utilizar os créditos suplementares previamente previstos na lei do orçamento.
E) solicitar ao Poder Legislativo a abertura de créditos suplementares.

16. CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017

O item que se segue, apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do
orçamento público e da programação orçamentária e financeira no Brasil.
No ano 201X, o Departamento de Polícia Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a
emissão de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício financeiro, teriam sido
totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária
a aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo especial para que o serviço de emissão de
passaportes seja retomado.

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17.CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017


Em relação às técnicas e aos princípios do orçamento público, julgue o item a seguir.
A abertura de créditos suplementares por meio da lei orçamentária anual é uma exceção ao princípio da
exclusividade vedada pela Constituição Federal de 1988.

18. CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017

Acerca dos mecanismos necessários à execução do orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito
suplementar.

19. CESPE – SEDF - Professor de Educação Básica – 2017

No mês de novembro de 2016, fortes chuvas e ventanias assolaram uma região administrativa do DF. O fato de
terem causado danos a casas e aparelhos públicos possibilitou a caracterização de calamidade pública, e não
havia, na Lei de Orçamento de 2016, dotação orçamentária específica para a sua recuperação.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.


Nesse caso, para o reparo das casas, o GDF deverá utilizar-se da abertura de crédito extraordinário.

20. CESPE – TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo – 2016

Julgue o item a seguir, relativo à implementação do orçamento público no Brasil.


Caso seja necessário modificar os atributos de determinado crédito orçamentário, a modificação deverá ser
feita por meio de créditos suplementares, créditos especiais ou créditos extraordinários.

21. CESPE – TRT 8 - Analista Judiciário – 2016


Caso precise abrir um crédito suplementar para cobrir despesa com a folha de pagamentos dos servidores
públicos, o governo poderá utilizar como fonte de recursos
A) o saldo em caixa apurado em trinta e um de dezembro do exercício anterior.

B) a diferença a maior entre despesas e receitas.


C) parte dos recursos consignados na reserva de contingência.
D) os recursos livres provenientes de crédito extraordinário.

E) o resultado da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias.

22. CESPE – Telebras - Contador – 2015

A correção de falhas na lei do orçamento ou o atendimento a situações emergenciais podem ser feitos por meio
de instrumentos de ajustes orçamentários, a exemplo dos créditos adicionais. A respeito desse assunto, julgue
o item subsecutivo.

Entre os recursos que podem ser destinados a créditos adicionais, incluem-se os resultantes de anulação parcial
ou total de outros créditos adicionais já autorizados em lei.

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23.CESPE – Telebras - Analista Superior – 2015


Na execução do orçamento, alguns mecanismos são utilizados para corrigir insuficiências ou para garantir o
pagamento a fornecedores caso todo o processo não seja passível de execução dentro do exercício. Acerca
desses mecanismos, julgue o item subsequente.
Em decorrência de planejamento mal formulado, distorções orçamentárias podem ser identificadas no
decorrer do exercício. Nesse caso, para corrigir essas distorções, recorre-se aos créditos adicionais, que são
classificados como suplementares, extraorçamentários, especiais e extraordinários.

24. CESPE – Telebras - Analista Superior – 2015


Com relação à lei orçamentária anual (LOA), julgue o item que se segue.
A reserva de contingência é uma dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade
orçamentária, programa ou categoria econômica cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos
adicionais.

25.CESPE – STJ - Analista Judiciário – 2015


Com relação a sistema e processo de orçamentação, classificações orçamentárias, estrutura programática e
créditos ordinários e adicionais, julgue o próximo item.

Situação hipotética: Determinado ente da administração pública, que necessita da abertura de um crédito
especial, dispõe dos seguintes dados:
• diferença entre a receita realizada e a prevista: R$ 400;
• ativo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 180;

• passivo financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior: R$ 140;


• créditos extraordinários abertos no exercício: R$ 230;
• créditos adicionais reabertos: R$ 10.

Assertiva: Nessa situação, há margem para abertura do crédito especial de R$ 200.

26. CESPE – MPOG - Administrador – 2015

Com relação ao orçamento público no Brasil, julgue o item a seguir.


Todo crédito adicional constitui um crédito orçamentário, mas nem todo crédito orçamentário é também um
crédito adicional.

27.CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2015


Com referência aos aspectos doutrinários e históricos da administração financeira e orçamentária, julgue o item
a seguir.
Se a arrecadação efetivamente realizada for maior que a prevista na lei orçamentária anual, a diferença a maior
poderá ser utilizada como fonte de recursos para a abertura de créditos adicionais.

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28. CESPE – CGE-PI - Auditor Governamental – 2015


Em relação a lei orçamentária anual (LOA), planejamento governamental no estado do Piauí e créditos
adicionais, julgue o tem a seguir.
Créditos especiais e extraordinários são abertos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo
ser transferidos para a continuidade da execução no exercício seguinte, se a autorização do Poder Legislativo
ocorrer no mês de novembro.

29. CESPE – PGE-PI - Procurador do Estado Substituto – 2014


Acerca dos créditos adicionais no direito financeiro, assinale a opção correta de acordo com a Lei nº 4.320/1964,
que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,
dos estados, dos municípios e do DF.
A) Os créditos suplementares destinam-se a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
B) Os créditos especiais destinam-se ao reforço de dotação orçamentária insuficiente; os extraordinários, a
cobrir despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
C) Os créditos suplementares serão autorizados por decreto do Poder Executivo e dependerão da existência de
recursos disponíveis para se atender à despesa.

D) Recursos disponíveis para legitimar a abertura de créditos suplementares são apenas o superávit financeiro
apurado em balanço patrimonial do exercício anterior e os recursos provenientes de excesso de arrecadação.
E) Os créditos adicionais, que incluem as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente
dotadas na LOA, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
disposição legal em contrário quanto aos especiais e extraordinários.

30. CESPE – TCE-ES - Analista Administrativo – 2013


Antes do encerramento de determinado exercício financeiro, foi constatada a necessidade de reforço da
dotação para certa despesa que fora subestimada, e, na tentativa de identificar possíveis fontes, verificou-se
que:
• a receita arrecadada ficaria em R$ 150.000,00 abaixo do previsto;
• a despesa realizada geraria uma economia de despesa de R$ 180.000,00;
• o balanço patrimonial do exercício anterior apresentava superávit financeiro de R$ 55.000,00;
• haviam sido reabertos créditos adicionais de R$ 35.000,00;
• R$ 70.000,00 de determinada dotação não iriam ser utilizados.
Com base nessa situação e na Lei n.º 4.320/1964, concluiu-se, em relação ao pretendido reforço, que

A) não há restrições à complementação da dotação.


B) não haverá recursos disponíveis.
C) é possível abrir crédito suplementar de R$ 90.000,00.

D) há recursos suficientes para suplementação de R$ 120.000,00.


E) há margem para abertura de crédito especial de até R$ 160.000,00

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31.CESPE – MPU - Analista – 2013


Em relação aos créditos ordinários e adicionais, julgue o seguinte item. Considera-se recurso para a abertura
de créditos suplementares e especiais o superávit financeiro do exercício anterior.

32. CESPE – ANTT - Analista Administrativo – 2013


Um crédito especial solicitado no mês de agosto e autorizado no mês de setembro poderá ser incorporado ao
orçamento financeiro subsequente, pelo valor do crédito ainda não aplicado.

33.CESPE – TCE-RO - Agente Administrativo – 2013


O excesso de arrecadação apurado em exercício anterior poderá ser utilizado integralmente como fonte de
abertura de créditos adicionais.

34. CESPE – MI - Analista Técnico – 2013


Os créditos adicionais gerados a partir de anulação parcial ou total de dotação orçamentária provocam
aumento dos valores globais da lei orçamentária, uma vez que envolvem somente despesas.

35.CESPE – TRF 2 - Juiz Federal – 2013


Quando, no decorrer da execução orçamentária, uma dotação se revelar insuficiente, o Poder Executivo poderá
lançar mão da abertura de
A) crédito suplementar, após autorização legislativa.
B) crédito especial, independentemente da existência de recursos disponíveis para a realização da despesa.
C) créditos especiais ou suplementares, por meio de medidas provisórias.
D) crédito especial, após aprovação legal.
E) crédito extraordinário, por meio de decreto.

36. CESPE – TRT 10 - Analista Judiciário – 2013


A respeito de créditos adicionais e suas peculiaridades, julgue os itens subsequentes. Os créditos
suplementares têm como objetivo reforçar a dotação orçamentária existente e sua vigência será de sua
abertura ao término do exercício financeiro. Contudo, se a abertura se der nos últimos quatro meses daquele
exercício, esses créditos poderão ser reabertos no limite de seus saldos e incorporados ao orçamento do
exercício subsequente.

37.CESPE – TJ-AC - Analista Judiciário – 2012


Julgue os itens seguintes, acerca da execução da gestão pública.
O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício imediatamente anterior e os recursos
provenientes de excesso de arrecadação, desde que não estejam comprometidos, podem ser utilizados para a
abertura de créditos suplementares e especiais.

38. CESPE – ANTAQ - Analista Administrativo – 2009


Na utilização do superávit financeiro como fonte para abertura de créditos suplementares e especiais, devem
ser considerados os saldos dos créditos adicionais do exercício anterior e as operações de crédito a eles
vinculadas.

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Gabarito – CESPE
1. A 14. Certo 27. Certo
2. Errado 15. B 28. Certo
3. Errado 16. Errado 29. E
4. Errado 17. Anulada 30. C
5. Errado 18. Certo 31. Certo
6. Errado 19. Certo 32. Certo
7. D 20. Errado 33. Errado
8. Errado 21. E 34. Errado
9. Errado 22. Certo 35. A
10. Certo 23. Errado 36. Errado
11. Certo 24. Certo 37. Certo
12. Certo 25. Certo 38. Certo
13. Errado 26. Certo

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Resumo direcionado
Os créditos orçamentários podem sofrer alterações e os mecanismos utilizados para fazê-lo são os
créditos adicionais (mecanismos retificadores do orçamento).
Somente durante a fase de execução é que a Administração irá fazer uso dos créditos adicionais.

Já vêm consignados
Iniciais
na LOA

Créditos
Orçamentários
Reforço de dotação já
Suplementares
existente

Despesas para as
Adicionais Especiais quais não haja
dotação orçamentária

Despesas
Extraordinários imprevisíveis e
urgentes

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Indicação
Crédito Autorização de fonte
Finalidade Abertura Vigência
adicional legislativa dos
recursos

Por
decreto do
Executivo Sim
Sim
Reforço de ou Depende
dotação Pode vir na da Adstrita ao exercício
própria LOA Por lei existência
Suplementar orçamentária já financeiro em que forem
(exceção ao específica de recursos
prevista no abertos
princípio da (após disponíveis
orçamento
exclusividade) esgotado o e
limite já justificativa
autorizado
na LOA)

Por Sim
decreto do Depende Vigência no exercício
Despesas para
Executivo da financeiro em que
as quais não Sim (reabertura existência
Especial haja dotação forem autorizados,
Lei específica nos demais de recursos
orçamentária salvo se o ato de
Poderes: disponíveis
específica autorização for
por ato e
próprio) promulgado nos
justificativa
últimos quatro meses
Medida daquele exercício, caso
Provisória em que, reabertos nos
Somente para (ou decreto limites de seus saldos,
atender a do serão incorporados ao
despesas Executivo orçamento do exercício
Extraordinário Não Não
imprevisíveis e nos entes
financeiro subsequente
urgentes (rol que não
(exceção ao princípio
exemplificativo) possuírem
da anualidade)
Medida
Provisória)

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Vigência dos créditos adicionais:

Lei 4.320/64, Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

CF/88, Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.

Dessa forma, temos três situações possíveis:


4. Créditos orçamentários iniciais e créditos adicionais suplementares: vigência sempre dentro do
exercício financeiro;
5. Créditos especiais e extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado até 31 de
agosto (não nos últimos quatro meses daquele exercício financeiro): vigência sempre dentro do
exercício financeiro;
6. Créditos especiais e extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado entre 1º de
setembro e 31 de dezembro (nos últimos quatro meses daquele exercício financeiro): vigência
poderá ultrapassar aquele exercício financeiro, indo até o final do exercício financeiro
subsequente.

janeiro-18 junho-18 dezembro-18 junho-19 dezembro-19

Créditos ordinários

Créditos suplementares

Créditos especiais

Créditos extraordinários
setembro-18
Créditos especiais (últimos quatro meses)

Créditos extraordinários (últimos quatro meses)

Alterações orçamentárias qualitativas e quantitativas:

• Alterações qualitativas: ocorrem nos casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários,


em que há necessidade de criação de um novo programa de trabalho. Implicam a criação de
uma nova ação com todos os seus atributos, ou no desdobramento de uma ação existente em
novo subtítulo.
• Alterações quantitativas: alteração do total de crédito constante na Lei Orçamentária Anual
(LOA) por meio de créditos suplementares. Não criam um novo programa de trabalho.
Viabilizam a realização anual dos programas, mediante a alocação de recursos para as ações
orçamentárias.

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Fontes para abertura de créditos adicionais:

SF • Superávit Financeiro (apurado em balanço


patrimonial do exercício anterior)

É • Excesso de arrecadação

R • Reserva de Contingência

A • Anulação de dotação

R • Recursos decorrentes de veto, emenda ou


rejeição

O • Operações de crédito

Sérgio Filho É RARO

SF É RARO

ROSERA

SE ORAR, passa 🙏

Excesso de ar e Onda parada Anulam o Restante do dia do Surfista na bela da praia do Recife

O Superávit Financeiro (SF) é diferença positiva entre o Ativo Financeiro (AF) e o Passivo Financeiro
(PF):

SF = AF – PF

No cálculo do Superávit Financeiro serão conjugados, ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos (reabertos) e as operações de credito a eles vinculadas:

SF ajust = AF – PF – CAR + OCV

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Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada. É arrecadar mais do que o previsto! A economia de despesas não é uma fonte de
abertura de créditos adicionais.

Excesso de arrecadação ajust= Rec. Arrec. – Rec. Prevista – Créd. Extraordinários abertos

Fontes para
Ajustes
abertura

Subtrai (-) créditos adicionais reabertos (CAR) trazidos do ano anterior (somente
Superávit créditos especiais e extraordinários – últimos 4 meses)
Financeiro
Soma (+) operações de crédito vinculadas (OCV) a esses créditos transferidos

Excesso de
Subtrai (-) créditos extraordinários abertos no exercício
arrecadação

Anulação (parcial ou total) de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais: trata-se de anular uma
dotação orçamentária (cortar despesas do orçamento) para liberar recursos e permitir a abertura de créditos
adicionais.
O produto de operações de crédito constitui recurso para a abertura de créditos adicionais se houver
autorização para a realização da operação e se existirem condições jurídicas que possibilitem ao Poder
Executivo realizá-las.
Operações de crédito são fontes para abertura de créditos adicionais, mas operações de crédito por
Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) não são! SF É RARO, mas não é ARO! 😉

Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

VER-SE

• V: veto
• E: emenda
• R: rejeição
• S: suplementares
• E: especiais

Créditos extraordinários não podem ser abertos com esses recursos! CF/88 menciona somente créditos
especiais e suplementares.

A reserva de contingência é uma dotação global não especificamente destinada a determinado órgão,
unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de
créditos adicionais

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Literalidade da Lei 4.320/64:


Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:

I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

II - os provenientes de excesso de arrecadação;

III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,


autorizados em Lei;

IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder


executivo realiza-las.

§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
credito a eles vinculadas.

§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência
do exercício.

§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a


importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da
despesa, até onde for possível.

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