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Edital 2018
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autonomia, de espaços, mobiliários, equi- mensagens e de informações por intermé-
pamentos urbanos, edificações, transpor- dio de sistemas de comunicação e de tecno-
tes, informação e comunicação, inclusive logia da informação;
seus sistemas e tecnologias, bem como de
outros serviços e instalações abertos ao pú- e) barreiras atitudinais: atitudes ou com-
blico, de uso público ou privados de uso co- portamentos que impeçam ou prejudiquem
letivo, tanto na zona urbana como na rural, a participação social da pessoa com defici-
por pessoa com deficiência ou com mobili- ência em igualdade de condições e oportu-
dade reduzida; nidades com as demais pessoas;
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Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacida- Seção Única
de civil da pessoa, inclusive para: DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
I – casar-se e constituir união estável;
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a
II – exercer direitos sexuais e reprodutivos; receber atendimento prioritário, sobretudo
com a finalidade de:
III – exercer o direito de decidir sobre o nú-
mero de filhos e de ter acesso a informa- I – proteção e socorro em quaisquer cir-
ções adequadas sobre reprodução e plane- cunstâncias;
jamento familiar;
II – atendimento em todas as instituições e
IV – conservar sua fertilidade, sendo veda- serviços de atendimento ao público;
da a esterilização compulsória;
III – disponibilização de recursos, tanto hu-
V – exercer o direito à família e à convivên- manos quanto tecnológicos, que garantam
cia familiar e comunitária; e atendimento em igualdade de condições
com as demais pessoas;
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à
curatela e à adoção, como adotante ou ado- IV – disponibilização de pontos de parada,
tando, em igualdade de oportunidades com estações e terminais acessíveis de transpor-
as demais pessoas. te coletivo de passageiros e garantia de se-
gurança no embarque e no desembarque;
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade
competente qualquer forma de ameaça ou de V – acesso a informações e disponibilização
violação aos direitos da pessoa com deficiência. de recursos de comunicação acessíveis;
Parágrafo único. Se, no exercício de suas VI – recebimento de restituição de imposto
funções, os juízes e os tribunais tiverem co- de renda;
nhecimento de fatos que caracterizem as
violações previstas nesta Lei, devem reme- VII – tramitação processual e procedimen-
ter peças ao Ministério Público para as pro- tos judiciais e administrativos em que for
vidências cabíveis. parte ou interessada, em todos os atos e di-
ligências.
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da fa-
mília assegurar à pessoa com deficiência, com § 1º Os direitos previstos neste artigo são
prioridade, a efetivação dos direitos referentes extensivos ao acompanhante da pessoa
à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e com deficiência ou ao seu atendente pesso-
à maternidade, à alimentação, à habitação, à al, exceto quanto ao disposto nos incisos VI
educação, à profissionalização, ao trabalho, à e VII deste artigo.
previdência social, à habilitação e à reabilita- § 2º Nos serviços de emergência públicos
ção, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, e privados, a prioridade conferida por esta
ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, Lei é condicionada aos protocolos de aten-
à comunicação, aos avanços científicos e tecno- dimento médico.
lógicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à
convivência familiar e comunitária, entre outros
decorrentes da Constituição Federal, da Con-
venção sobre os Direitos das Pessoas com De-
ficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e
de outras normas que garantam seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
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CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DO DIREITO À VIDA
DO DIREITO À HABILITAÇÃO
Art. 10. Compete ao poder público garantir a E À REABILITAÇÃO
dignidade da pessoa com deficiência ao longo
de toda a vida. Art. 14. O processo de habilitação e de reabilita-
ção é um direito da pessoa com deficiência.
Parágrafo único. Em situações de risco,
emergência ou estado de calamidade públi- Parágrafo único. O processo de habilitação
ca, a pessoa com deficiência será conside- e de reabilitação tem por objetivo o desen-
rada vulnerável, devendo o poder público volvimento de potencialidades, talentos,
adotar medidas para sua proteção e segu- habilidades e aptidões físicas, cognitivas,
rança. sensoriais, psicossociais, atitudinais, pro-
fissionais e artísticas que contribuam para
Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá a conquista da autonomia da pessoa com
ser obrigada a se submeter a intervenção clínica deficiência e de sua participação social em
ou cirúrgica, a tratamento ou a institucionaliza- igualdade de condições e oportunidades
ção forçada. com as demais pessoas.
Parágrafo único. O consentimento da pes- Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta
soa com deficiência em situação de curatela Lei baseia-se em avaliação multidisciplinar das
poderá ser suprido, na forma da lei. necessidades, habilidades e potencialidades de
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclare- cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes:
cido da pessoa com deficiência é indispensável I – diagnóstico e intervenção precoces;
para a realização de tratamento, procedimento,
hospitalização e pesquisa científica. II – adoção de medidas para compensar
perda ou limitação funcional, buscando o
§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em desenvolvimento de aptidões;
situação de curatela, deve ser assegurada
sua participação, no maior grau possível, III – atuação permanente, integrada e arti-
para a obtenção de consentimento. culada de políticas públicas que possibili-
tem a plena participação social da pessoa
§ 2º A pesquisa científica envolvendo pes- com deficiência;
soa com deficiência em situação de tutela
ou de curatela deve ser realizada, em cará- IV – oferta de rede de serviços articulados,
ter excepcional, apenas quando houver in- com atuação intersetorial, nos diferentes ní-
dícios de benefício direto para sua saúde ou veis de complexidade, para atender às ne-
para a saúde de outras pessoas com defici- cessidades específicas da pessoa com defi-
ência e desde que não haja outra opção de ciência;
pesquisa de eficácia comparável com parti-
V – prestação de serviços próximo ao do-
cipantes não tutelados ou curatelados.
micílio da pessoa com deficiência, inclusive
Art. 13. A pessoa com deficiência somente será na zona rural, respeitadas a organização das
atendida sem seu consentimento prévio, livre Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos territó-
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rios locais e as normas do Sistema Único de complexidade, por intermédio do SUS, garanti-
Saúde (SUS). do acesso universal e igualitário.
Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação § 1º É assegurada a participação da pessoa
e de reabilitação para a pessoa com deficiência, com deficiência na elaboração das políticas
são garantidos: de saúde a ela destinadas.
I – organização, serviços, métodos, técnicas § 2º É assegurado atendimento segundo
e recursos para atender às características normas éticas e técnicas, que regulamen-
de cada pessoa com deficiência; tarão a atuação dos profissionais de saúde
e contemplarão aspectos relacionados aos
II – acessibilidade em todos os ambientes e direitos e às especificidades da pessoa com
serviços; deficiência, incluindo temas como sua dig-
III – tecnologia assistiva, tecnologia de re- nidade e autonomia.
abilitação, materiais e equipamentos ade- § 3º Aos profissionais que prestam assistên-
quados e apoio técnico profissional, de cia à pessoa com deficiência, especialmente
acordo com as especificidades de cada pes- em serviços de habilitação e de reabilitação,
soa com deficiência; deve ser garantida capacitação inicial e con-
IV – capacitação continuada de todos os tinuada.
profissionais que participem dos programas § 4º As ações e os serviços de saúde pública
e serviços. destinados à pessoa com deficiência devem
Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas deverão assegurar:
promover ações articuladas para garantir à pes- I – diagnóstico e intervenção precoces, rea-
soa com deficiência e sua família a aquisição de lizados por equipe multidisciplinar;
informações, orientações e formas de acesso às
políticas públicas disponíveis, com a finalidade II – serviços de habilitação e de reabilitação
de propiciar sua plena participação social. sempre que necessários, para qualquer tipo
de deficiência, inclusive para a manutenção
Parágrafo único. Os serviços de que trata o da melhor condição de saúde e qualidade
caput deste artigo podem fornecer informa- de vida;
ções e orientações nas áreas de saúde, de
educação, de cultura, de esporte, de lazer, III – atendimento domiciliar multidiscipli-
de transporte, de previdência social, de as- nar, tratamento ambulatorial e internação;
sistência social, de habitação, de trabalho,
de empreendedorismo, de acesso ao crédi- IV – campanhas de vacinação;
to, de promoção, proteção e defesa de di- V – atendimento psicológico, inclusive para
reitos e nas demais áreas que possibilitem seus familiares e atendentes pessoais;
à pessoa com deficiência exercer sua cida-
dania. VI – respeito à especificidade, à identidade
de gênero e à orientação sexual da pessoa
com deficiência;
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dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Defi- rantir o seu pleno acesso ao currículo em
ciência. condições de igualdade, promovendo a
conquista e o exercício de sua autonomia;
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei,
considera-se violência contra a pessoa com IV – oferta de educação bilíngue, em Libras
deficiência qualquer ação ou omissão, pra- como primeira língua e na modalidade es-
ticada em local público ou privado, que lhe crita da língua portuguesa como segunda
cause morte ou dano ou sofrimento físico língua, em escolas e classes bilíngues e em
ou psicológico. escolas inclusivas;
V – adoção de medidas individualizadas e
coletivas em ambientes que maximizem o
CAPÍTULO IV desenvolvimento acadêmico e social dos
estudantes com deficiência, favorecendo o
DO DIREITO À EDUCAÇÃO
acesso, a permanência, a participação e a
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa aprendizagem em instituições de ensino;
com deficiência, assegurados sistema educacio- VI – pesquisas voltadas para o desenvolvi-
nal inclusivo em todos os níveis e aprendizado mento de novos métodos e técnicas peda-
ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o gógicas, de materiais didáticos, de equi-
máximo desenvolvimento possível de seus ta- pamentos e de recursos de tecnologia
lentos e habilidades físicas, sensoriais, intelec- assistiva;
tuais e sociais, segundo suas características, in-
teresses e necessidades de aprendizagem. VII – planejamento de estudo de caso, de
elaboração de plano de atendimento edu-
Parágrafo único. É dever do Estado, da fa- cacional especializado, de organização de
mília, da comunidade escolar e da socieda- recursos e serviços de acessibilidade e de
de assegurar educação de qualidade à pes- disponibilização e usabilidade pedagógica
soa com deficiência, colocando-a a salvo de de recursos de tecnologia assistiva;
toda forma de violência, negligência e dis-
criminação. VIII – participação dos estudantes com de-
ficiência e de suas famílias nas diversas ins-
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, tâncias de atuação da comunidade escolar;
criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar: IX – adoção de medidas de apoio que fa-
voreçam o desenvolvimento dos aspectos
I – sistema educacional inclusivo em to- linguísticos, culturais, vocacionais e profis-
dos os níveis e modalidades, bem como o sionais, levando-se em conta o talento, a
aprendizado ao longo de toda a vida; criatividade, as habilidades e os interesses
II – aprimoramento dos sistemas educacio- do estudante com deficiência;
nais, visando a garantir condições de aces- X – adoção de práticas pedagógicas inclusi-
so, permanência, participação e aprendiza- vas pelos programas de formação inicial e
gem, por meio da oferta de serviços e de continuada de professores e oferta de for-
recursos de acessibilidade que eliminem as mação continuada para o atendimento edu-
barreiras e promovam a inclusão plena; cacional especializado;
III – projeto pedagógico que institucionalize XI – formação e disponibilização de profes-
o atendimento educacional especializado, sores para o atendimento educacional es-
assim como os demais serviços e adapta- pecializado, de tradutores e intérpretes da
ções razoáveis, para atender às caracterís-
ticas dos estudantes com deficiência e ga-
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VII – tradução completa do edital e de suas § 1º O direito à prioridade, previsto no ca-
retificações em Libras. put deste artigo, será reconhecido à pessoa
com deficiência beneficiária apenas uma
vez.
CAPÍTULO V § 2º Nos programas habitacionais públicos,
DO DIREITO À MORADIA os critérios de financiamento devem ser
compatíveis com os rendimentos da pessoa
Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito com deficiência ou de sua família.
à moradia digna, no seio da família natural ou
substituta, com seu cônjuge ou companheiro ou § 3º Caso não haja pessoa com deficiência
desacompanhada, ou em moradia para a vida interessada nas unidades habitacionais re-
independente da pessoa com deficiência, ou, servadas por força do disposto no inciso I do
ainda, em residência inclusiva. caput deste artigo, as unidades não utiliza-
das serão disponibilizadas às demais pesso-
§ 1º O poder público adotará programas e as.
ações estratégicas para apoiar a criação e a
manutenção de moradia para a vida inde- Art. 33. Ao poder público compete:
pendente da pessoa com deficiência.
I – adotar as providências necessárias para
§ 2º A proteção integral na modalidade de o cumprimento do disposto nos arts. 31 e
residência inclusiva será prestada no âmbito 32 desta Lei; e
do Suas à pessoa com deficiência em situa-
II – divulgar, para os agentes interessados e
ção de dependência que não disponha de
beneficiários, a política habitacional previs-
condições de autossustentabilidade, com
ta nas legislações federal, estaduais, distri-
vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
tal e municipais, com ênfase nos dispositi-
Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos vos sobre acessibilidade.
ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa
com deficiência ou o seu responsável goza de
prioridade na aquisição de imóvel para moradia
própria, observado o seguinte: CAPÍTULO VI
DO DIREITO AO TRABALHO
I – reserva de, no mínimo, 3% (três por cen-
to) das unidades habitacionais para pessoa
Seção I
com deficiência;
DISPOSIÇÕES GERAIS
II – (VETADO);
Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito
III – em caso de edificação multifamiliar, ga- ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
rantia de acessibilidade nas áreas de uso co- ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
mum e nas unidades habitacionais no piso oportunidades com as demais pessoas.
térreo e de acessibilidade ou de adaptação
razoável nos demais pisos; § 1º As pessoas jurídicas de direito públi-
co, privado ou de qualquer natureza são
IV – disponibilização de equipamentos ur- obrigadas a garantir ambientes de trabalho
banos comunitários acessíveis; acessíveis e inclusivos.
V – elaboração de especificações técnicas § 2º A pessoa com deficiência tem direito,
no projeto que permitam a instalação de em igualdade de oportunidades com as de-
elevadores. mais pessoas, a condições justas e favorá-
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veis de trabalho, incluindo igual remunera- reabilitação que possibilite à pessoa com
ção por trabalho de igual valor. deficiência restaurar sua capacidade e habi-
lidade profissional ou adquirir novas capaci-
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pes- dades e habilidades de trabalho.
soa com deficiência e qualquer discrimina-
ção em razão de sua condição, inclusive nas § 2º A habilitação profissional corresponde
etapas de recrutamento, seleção, contrata- ao processo destinado a propiciar à pessoa
ção, admissão, exames admissional e peri- com deficiência aquisição de conhecimen-
ódico, permanência no emprego, ascensão tos, habilidades e aptidões para exercício de
profissional e reabilitação profissional, bem profissão ou de ocupação, permitindo nível
como exigência de aptidão plena. suficiente de desenvolvimento profissional
para ingresso no campo de trabalho.
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito
à participação e ao acesso a cursos, treina- § 3º Os serviços de habilitação profissional,
mentos, educação continuada, planos de de reabilitação profissional e de educação
carreira, promoções, bonificações e incenti- profissional devem ser dotados de recursos
vos profissionais oferecidos pelo emprega- necessários para atender a toda pessoa com
dor, em igualdade de oportunidades com os deficiência, independentemente de sua ca-
demais empregados. racterística específica, a fim de que ela pos-
sa ser capacitada para trabalho que lhe seja
§ 5º É garantida aos trabalhadores com de- adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de
ficiência acessibilidade em cursos de forma- conservá-lo e de nele progredir.
ção e de capacitação.
§ 4º Os serviços de habilitação profissional,
Art. 35. É finalidade primordial das políticas de reabilitação profissional e de educação
públicas de trabalho e emprego promover e ga- profissional deverão ser oferecidos em am-
rantir condições de acesso e de permanência da bientes acessíveis e inclusivos.
pessoa com deficiência no campo de trabalho.
§ 5º A habilitação profissional e a reabilita-
Parágrafo único. Os programas de estímulo ção profissional devem ocorrer articuladas
ao empreendedorismo e ao trabalho autô- com as redes públicas e privadas, especial-
nomo, incluídos o cooperativismo e o asso- mente de saúde, de ensino e de assistência
ciativismo, devem prever a participação da social, em todos os níveis e modalidades,
pessoa com deficiência e a disponibilização em entidades de formação profissional ou
de linhas de crédito, quando necessárias. diretamente com o empregador.
Seção II § 6º A habilitação profissional pode ocorrer
DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL E em empresas por meio de prévia formaliza-
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL ção do contrato de emprego da pessoa com
deficiência, que será considerada para o
Art. 36. O poder público deve implementar cumprimento da reserva de vagas prevista
serviços e programas completos de habilitação em lei, desde que por tempo determinado
profissional e de reabilitação profissional para e concomitante com a inclusão profissional
que a pessoa com deficiência possa ingressar, na empresa, observado o disposto em regu-
continuar ou retornar ao campo do trabalho, lamento.
respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu
§ 7º A habilitação profissional e a reabili-
interesse.
tação profissional atenderão à pessoa com
§ 1º Equipe multidisciplinar indicará, com deficiência.
base em critérios previstos no § 1º do art.
2º desta Lei, programa de habilitação ou de
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Seção III CAPÍTULO VII
DA INCLUSÃO DA PESSOA COM DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL
DEFICIÊNCIA NO TRABALHO
Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa e os benefícios no âmbito da política pública de
com deficiência no trabalho a colocação com- assistência social à pessoa com deficiência e sua
petitiva, em igualdade de oportunidades com família têm como objetivo a garantia da segu-
as demais pessoas, nos termos da legislação rança de renda, da acolhida, da habilitação e da
trabalhista e previdenciária, na qual devem ser reabilitação, do desenvolvimento da autonomia
atendidas as regras de acessibilidade, o forne- e da convivência familiar e comunitária, para a
cimento de recursos de tecnologia assistiva e a promoção do acesso a direitos e da plena parti-
adaptação razoável no ambiente de trabalho. cipação social.
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Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento
ser construídos observando-se os princípios aberto ao público, de uso público ou privado
do desenho universal, além de adotar todos os de uso coletivo e em vias públicas, devem ser
meios de acessibilidade, conforme legislação reservadas vagas próximas aos acessos de cir-
em vigor. culação de pedestres, devidamente sinalizadas,
para veículos que transportem pessoa com defi-
§ 1º Os estabelecimentos já existentes de- ciência com comprometimento de mobilidade,
verão disponibilizar, pelo menos, 10% (dez desde que devidamente identificados.
por cento) de seus dormitórios acessíveis,
garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade § 1º As vagas a que se refere o caput deste
acessível. artigo devem equivaler a 2% (dois por cen-
to) do total, garantida, no mínimo, 1 (uma)
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º vaga devidamente sinalizada e com as espe-
deste artigo deverão ser localizados em ro- cificações de desenho e traçado de acordo
tas acessíveis. com as normas técnicas vigentes de acessi-
bilidade.
§ 2º Os veículos estacionados nas vagas re-
CAPÍTULO X servadas devem exibir, em local de ampla
DO DIREITO AO TRANSPORTE visibilidade, a credencial de beneficiário, a
E À MOBILIDADE ser confeccionada e fornecida pelos órgãos
de trânsito, que disciplinarão suas caracte-
Art. 46. O direito ao transporte e à mobilida- rísticas e condições de uso.
de da pessoa com deficiência ou com mobili-
§ 3º A utilização indevida das vagas de que
dade reduzida será assegurado em igualdade
trata este artigo sujeita os infratores às san-
de oportunidades com as demais pessoas, por
ções previstas no inciso XVII do art. 181 da
meio de identificação e de eliminação de todos
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
os obstáculos e barreiras ao seu acesso.
(Código de Trânsito Brasileiro). (Vide Lei nº
§ 1º Para fins de acessibilidade aos serviços 13.281, de 4/5/2016)
de transporte coletivo terrestre, aquaviário
§ 4º A credencial a que se refere o § 2º deste
e aéreo, em todas as jurisdições, conside-
artigo é vinculada à pessoa com deficiência
ram-se como integrantes desses serviços os
que possui comprometimento de mobilida-
veículos, os terminais, as estações, os pon-
de e é válida em todo o território nacional.
tos de parada, o sistema viário e a prestação
do serviço. Art. 48. Os veículos de transporte coletivo ter-
restre, aquaviário e aéreo, as instalações, as es-
§ 2º São sujeitas ao cumprimento das dis-
tações, os portos e os terminais em operação no
posições desta Lei, sempre que houver inte-
País devem ser acessíveis, de forma a garantir o
ração com a matéria nela regulada, a outor-
seu uso por todas as pessoas.
ga, a concessão, a permissão, a autorização,
a renovação ou a habilitação de linhas e de § 1º Os veículos e as estruturas de que trata o
serviços de transporte coletivo. caput deste artigo devem dispor de sistema de
comunicação acessível que disponibilize infor-
§ 3º Para colocação do símbolo internacio- mações sobre todos os pontos do itinerário.
nal de acesso nos veículos, as empresas de
transporte coletivo de passageiros depen- § 2º São asseguradas à pessoa com defici-
dem da certificação de acessibilidade emi- ência prioridade e segurança nos procedi-
tida pelo gestor público responsável pela mentos de embarque e de desembarque
prestação do serviço.
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desenho universal, tendo como referência as § 3º O poder público, após certificar a aces-
normas de acessibilidade. sibilidade de edificação ou de serviço, de-
terminará a colocação, em espaços ou em
§ 1º O desenho universal será sempre to- locais de ampla visibilidade, do símbolo in-
mado como regra de caráter geral. ternacional de acesso, na forma prevista em
§ 2º Nas hipóteses em que comprovada- legislação e em normas técnicas correlatas.
mente o desenho universal não possa ser Art. 57. As edificações públicas e privadas de
empreendido, deve ser adotada adaptação uso coletivo já existentes devem garantir aces-
razoável. sibilidade à pessoa com deficiência em todas as
§ 3º Caberá ao poder público promover a suas dependências e serviços, tendo como refe-
inclusão de conteúdos temáticos referentes rência as normas de acessibilidade vigentes.
ao desenho universal nas diretrizes curricu- Art. 58. O projeto e a construção de edificação de
lares da educação profissional e tecnológica uso privado multifamiliar devem atender aos pre-
e do ensino superior e na formação das car- ceitos de acessibilidade, na forma regulamentar.
reiras de Estado.
§ 1º As construtoras e incorporadoras res-
§ 4º Os programas, os projetos e as linhas ponsáveis pelo projeto e pela construção
de pesquisa a serem desenvolvidos com o das edificações a que se refere o caput des-
apoio de organismos públicos de auxílio à te artigo devem assegurar percentual míni-
pesquisa e de agências de fomento deverão mo de suas unidades internamente acessí-
incluir temas voltados para o desenho uni- veis, na forma regulamentar.
versal.
§ 2º É vedada a cobrança de valores adicio-
§ 5º Desde a etapa de concepção, as polí- nais para a aquisição de unidades interna-
ticas públicas deverão considerar a adoção mente acessíveis a que se refere o § 1º des-
do desenho universal. te artigo.
Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a Art. 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos
mudança de uso de edificações abertas ao públi- espaços públicos, o poder público e as empresas
co, de uso público ou privadas de uso coletivo de- concessionárias responsáveis pela execução das
verão ser executadas de modo a serem acessíveis. obras e dos serviços devem garantir, de forma
§ 1º As entidades de fiscalização profissio- segura, a fluidez do trânsito e a livre circulação
nal das atividades de Engenharia, de Arqui- e acessibilidade das pessoas, durante e após sua
tetura e correlatas, ao anotarem a respon- execução.
sabilidade técnica de projetos, devem exigir Art. 60. Orientam-se, no que couber, pelas re-
a responsabilidade profissional declarada gras de acessibilidade previstas em legislação e
de atendimento às regras de acessibilidade em normas técnicas, observado o disposto na
previstas em legislação e em normas técni- Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, nº
cas pertinentes. 10.257, de 10 de julho de 2001, e nº 12.587, de
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a 3 de janeiro de 2012:
emissão de certificado de projeto executivo I – os planos diretores municipais, os planos
arquitetônico, urbanístico e de instalações diretores de transporte e trânsito, os planos
e equipamentos temporários ou perma- de mobilidade urbana e os planos de pre-
nentes e para o licenciamento ou a emissão servação de sítios históricos elaborados ou
de certificado de conclusão de obra ou de atualizados a partir da publicação desta Lei;
serviço, deve ser atestado o atendimento às
regras de acessibilidade.
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pessoa com deficiência o direito de acesso à lei- de material de divulgação em formato aces-
tura, à informação e à comunicação. sível.
§ 1º Nos editais de compras de livros, inclu- Art. 70. As instituições promotoras de congres-
sive para o abastecimento ou a atualização sos, seminários, oficinas e demais eventos de
de acervos de bibliotecas em todos os níveis natureza científico-cultural devem oferecer à
e modalidades de educação e de bibliote- pessoa com deficiência, no mínimo, os recursos
cas públicas, o poder público deverá adotar de tecnologia assistiva previstos no art. 67 desta
cláusulas de impedimento à participação Lei.
de editoras que não ofertem sua produção
também em formatos acessíveis. Art. 71. Os congressos, os seminários, as ofici-
nas e os demais eventos de natureza científico-
§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os -cultural promovidos ou financiados pelo poder
arquivos digitais que possam ser reconhe- público devem garantir as condições de acessi-
cidos e acessados por softwares leitores de bilidade e os recursos de tecnologia assistiva.
telas ou outras tecnologias assistivas que vie-
rem a substituí-los, permitindo leitura com Art. 72. Os programas, as linhas de pesquisa e os
voz sintetizada, ampliação de caracteres, di- projetos a serem desenvolvidos com o apoio de
ferentes contrastes e impressão em Braille. agências de financiamento e de órgãos e enti-
dades integrantes da administração pública que
§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a atuem no auxílio à pesquisa devem contemplar
adaptação e a produção de artigos científicos temas voltados à tecnologia assistiva.
em formato acessível, inclusive em Libras.
Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente
Art. 69. O poder público deve assegurar a dispo- ou em parceria com organizações da sociedade
nibilidade de informações corretas e claras so- civil, promover a capacitação de tradutores e
bre os diferentes produtos e serviços ofertados, intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de
por quaisquer meios de comunicação emprega- profissionais habilitados em Braille, audiodes-
dos, inclusive em ambiente virtual, contendo a crição, estenotipia e legendagem.
especificação correta de quantidade, qualidade,
características, composição e preço, bem como
sobre os eventuais riscos à saúde e à segurança do
consumidor com deficiência, em caso de sua uti- CAPÍTULO III
lização, aplicando-se, no que couber, os arts. 30 a DA TECNOLOGIA ASSISTIVA
41 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência
§ 1º Os canais de comercialização virtual e os acesso a produtos, recursos, estratégias, prá-
anúncios publicitários veiculados na impren- ticas, processos, métodos e serviços de tecno-
sa escrita, na internet, no rádio, na televisão logia assistiva que maximizem sua autonomia,
e nos demais veículos de comunicação aber- mobilidade pessoal e qualidade de vida.
tos ou por assinatura devem disponibilizar,
conforme a compatibilidade do meio, os re- Art. 75. O poder público desenvolverá plano
cursos de acessibilidade de que trata o art. específico de medidas, a ser renovado em cada
67 desta Lei, a expensas do fornecedor do período de 4 (quatro) anos, com a finalidade de:
produto ou do serviço, sem prejuízo da ob-
I – facilitar o acesso a crédito especializado,
servância do disposto nos arts. 36 a 38 da Lei
inclusive com oferta de linhas de crédito
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
subsidiadas, específicas para aquisição de
§ 2º Os fornecedores devem disponibilizar, tecnologia assistiva;
mediante solicitação, exemplares de bulas,
prospectos, textos ou qualquer outro tipo
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§ 2º A acessibilidade e as tecnologias assis- LIVRO II
tiva e social devem ser fomentadas median-
te a criação de cursos de pós-graduação, a PARTE ESPECIAL
formação de recursos humanos e a inclusão
do tema nas diretrizes de áreas do conheci-
mento.
TÍTULO I
§ 3º Deve ser fomentada a capacitação tec-
nológica de instituições públicas e privadas Do Acesso à Justiça
para o desenvolvimento de tecnologias as-
sistiva e social que sejam voltadas para me-
lhoria da funcionalidade e da participação
social da pessoa com deficiência. CAPÍTULO I
§ 4º As medidas previstas neste artigo de- DISPOSIÇÕES GERAIS
vem ser reavaliadas periodicamente pelo
Art. 79. O poder público deve assegurar o aces-
poder público, com vistas ao seu aperfeiço-
so da pessoa com deficiência à justiça, em igual-
amento.
dade de oportunidades com as demais pessoas,
Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o garantindo, sempre que requeridos, adaptações
desenvolvimento, a inovação e a difusão de tec- e recursos de tecnologia assistiva.
nologias voltadas para ampliar o acesso da pes-
§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa
soa com deficiência às tecnologias da informa-
com deficiência em todo o processo judicial,
ção e comunicação e às tecnologias sociais.
o poder público deve capacitar os membros
Parágrafo único. Serão estimulados, em es- e os servidores que atuam no Poder Judiciá-
pecial: rio, no Ministério Público, na Defensoria Pú-
blica, nos órgãos de segurança pública e no
I – o emprego de tecnologias da informação sistema penitenciário quanto aos direitos
e comunicação como instrumento de su- da pessoa com deficiência.
peração de limitações funcionais e de bar-
reiras à comunicação, à informação, à edu- § 2º Devem ser assegurados à pessoa com
cação e ao entretenimento da pessoa com deficiência submetida a medida restritiva
deficiência; de liberdade todos os direitos e garantias a
que fazem jus os apenados sem deficiência,
II – a adoção de soluções e a difusão de nor- garantida a acessibilidade.
mas que visem a ampliar a acessibilidade da
pessoa com deficiência à computação e aos § 3º A Defensoria Pública e o Ministério Pú-
sítios da internet, em especial aos serviços blico tomarão as medidas necessárias à ga-
de governo eletrônico. rantia dos direitos previstos nesta Lei.
Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos
de tecnologia assistiva disponíveis para que a
pessoa com deficiência tenha garantido o aces-
so à justiça, sempre que figure em um dos polos
da ação ou atue como testemunha, partícipe da
lide posta em juízo, advogado, defensor público,
magistrado ou membro do Ministério Público.
Parágrafo único. A pessoa com deficiência
tem garantido o acesso ao conteúdo de to-
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dos os atos processuais de seu interesse, in- Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos
clusive no exercício da advocacia. relacionados aos direitos de natureza patrimo-
nial e negocial.
Art. 81. Os direitos da pessoa com deficiência
serão garantidos por ocasião da aplicação de § 1º A definição da curatela não alcança o
sanções penais. direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao
matrimônio, à privacidade, à educação, à
Art. 82. (VETADO). saúde, ao trabalho e ao voto.
Art. 83. Os serviços notariais e de registro não § 2º A curatela constitui medida extraordi-
podem negar ou criar óbices ou condições dife- nária, devendo constar da sentença as ra-
renciadas à prestação de seus serviços em ra- zões e motivações de sua definição, preser-
zão de deficiência do solicitante, devendo reco- vados os interesses do curatelado.
nhecer sua capacidade legal plena, garantida a
acessibilidade. § 3º No caso de pessoa em situação de ins-
titucionalização, ao nomear curador, o juiz
Parágrafo único. O descumprimento do dis- deve dar preferência a pessoa que tenha
posto no caput deste artigo constitui discri- vínculo de natureza familiar, afetiva ou co-
minação em razão de deficiência. munitária com o curatelado.
Art. 86. Para emissão de documentos oficiais,
não será exigida a situação de curatela da pes-
CAPÍTULO II soa com deficiência.
DO RECONHECIMENTO
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a
IGUAL PERANTE A LEI fim de proteger os interesses da pessoa com de-
ficiência em situação de curatela, será lícito ao
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegura-
juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a
do o direito ao exercício de sua capacidade legal
requerimento do interessado, nomear, desde
em igualdade de condições com as demais pes-
logo, curador provisório, o qual estará sujeito,
soas.
no que couber, às disposições do Código de Pro-
§ 1º Quando necessário, a pessoa com defi- cesso Civil.
ciência será submetida à curatela, conforme
a lei.
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a
TÍTULO II
adoção de processo de tomada de decisão
apoiada.
Dos Crimes e das Infrações
Administrativas
§ 3º A definição de curatela de pessoa com
deficiência constitui medida protetiva ex- Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação
traordinária, proporcional às necessidades de pessoa em razão de sua deficiência:
e às circunstâncias de cada caso, e durará o
menor tempo possível. Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos,
e multa.
§ 4º Os curadores são obrigados a prestar,
anualmente, contas de sua administração § 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço)
ao juiz, apresentando o balanço do respec- se a vítima encontrar-se sob cuidado e res-
tivo ano. ponsabilidade do agente.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no ca-
put deste artigo é cometido por intermédio
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de meios de comunicação social ou de pu- com deficiência destinados ao recebimento de
blicação de qualquer natureza: benefícios, proventos, pensões ou remuneração
ou à realização de operações financeiras, com o
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, fim de obter vantagem indevida para si ou para
e multa. outrem:
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
poderá determinar, ouvido o Ministério Pú- anos, e multa.
blico ou a pedido deste, ainda antes do in-
quérito policial, sob pena de desobediência: Parágrafo único. Aumenta-se a pena em
1/3 (um terço) se o crime é cometido por
I – recolhimento ou busca e apreensão dos tutor ou curador.
exemplares do material discriminatório;
II – interdição das respectivas mensagens
ou páginas de informação na internet. TÍTULO III
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, cons-
Disposições Finais e Transitórias
titui efeito da condenação, após o trânsito
em julgado da decisão, a destruição do ma- Art. 92. É criado o Cadastro Nacional de Inclusão
terial apreendido. da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão),
Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, pro- registro público eletrônico com a finalidade de
ventos, pensão, benefícios, remuneração ou coletar, processar, sistematizar e disseminar in-
qualquer outro rendimento de pessoa com de- formações georreferenciadas que permitam a
ficiência: identificação e a caracterização socioeconômica
da pessoa com deficiência, bem como das bar-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) reiras que impedem a realização de seus direi-
anos, e multa. tos.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em § 1º O Cadastro-Inclusão será administrado
1/3 (um terço) se o crime é cometido: pelo Poder Executivo federal e constituído
por base de dados, instrumentos, procedi-
I – por tutor, curador, síndico, liquidatário, mentos e sistemas eletrônicos.
inventariante, testamenteiro ou depositário
judicial; ou § 2º Os dados constituintes do Cadastro-
-Inclusão serão obtidos pela integração dos
II – por aquele que se apropriou em razão sistemas de informação e da base de dados
de ofício ou de profissão. de todas as políticas públicas relacionadas
Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em aos direitos da pessoa com deficiência, bem
hospitais, casas de saúde, entidades de abriga- como por informações coletadas, inclusive
mento ou congêneres: em censos nacionais e nas demais pesqui-
sas realizadas no País, de acordo com os pa-
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) râmetros estabelecidos pela Convenção so-
anos, e multa. bre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Parágrafo único. Na mesma pena incorre e seu Protocolo Facultativo.
quem não prover as necessidades básicas § 3º Para coleta, transmissão e sistematiza-
de pessoa com deficiência quando obrigado ção de dados, é facultada a celebração de
por lei ou mandado. convênios, acordos, termos de parceria ou
Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qual- contratos com instituições públicas e pri-
quer meio eletrônico ou documento de pessoa
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§ 6º Para os fins do contrato de aprendi- sar inscrição de aluno em estabelecimento
zagem, a comprovação da escolaridade de de ensino de qualquer curso ou grau, públi-
aprendiz com deficiência deve considerar, co ou privado, em razão de sua deficiência;
sobretudo, as habilidades e competências
relacionadas com a profissionalização. II – obstar inscrição em concurso público ou
acesso de alguém a qualquer cargo ou em-
.................................................................... prego público, em razão de sua deficiência;
§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 III – negar ou obstar emprego, trabalho ou pro-
(dezoito) anos ou mais, a validade do con- moção à pessoa em razão de sua deficiência;
trato de aprendizagem pressupõe anotação
na CTPS e matrícula e frequência em pro- IV – recusar, retardar ou dificultar internação
grama de aprendizagem desenvolvido sob ou deixar de prestar assistência médico-hospi-
orientação de entidade qualificada em for- talar e ambulatorial à pessoa com deficiência;
mação técnico-profissional metódica." (NR) V – deixar de cumprir, retardar ou frustrar
"Art. 433. ......................................................... execução de ordem judicial expedida na
ação civil a que alude esta Lei;
I – desempenho insuficiente ou inadapta-
ção do aprendiz, salvo para o aprendiz com VI – recusar, retardar ou omitir dados téc-
deficiência quando desprovido de recursos nicos indispensáveis à propositura da ação
de acessibilidade, de tecnologias assistivas civil pública objeto desta Lei, quando requi-
e de apoio necessário ao desempenho de sitados.
suas atividades; § 1º Se o crime for praticado contra pes-
..........................................................." (NR) soa com deficiência menor de 18 (dezoito)
anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço).
Art. 98. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de
1989, passa a vigorar com as seguintes altera- § 2º A pena pela adoção deliberada de cri-
ções: térios subjetivos para indeferimento de ins-
crição, de aprovação e de cumprimento de
"Art. 3º As medidas judiciais destinadas à pro- estágio probatório em concursos públicos
teção de interesses coletivos, difusos, individu- não exclui a responsabilidade patrimonial
ais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoal do administrador público pelos da-
pessoa com deficiência poderão ser propostas nos causados.
pelo Ministério Público, pela Defensoria Públi-
ca, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, § 3º Incorre nas mesmas penas quem impe-
pelo Distrito Federal, por associação constituída de ou dificulta o ingresso de pessoa com de-
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, ficiência em planos privados de assistência
por autarquia, por empresa pública e por funda- à saúde, inclusive com cobrança de valores
ção ou sociedade de economia mista que inclua, diferenciados.
entre suas finalidades institucionais, a proteção § 4º Se o crime for praticado em atendi-
dos interesses e a promoção de direitos da pes- mento de urgência e emergência, a pena é
soa com deficiência. agravada em 1/3 (um terço)." (NR)
............................................................" (NR) Art. 99. O art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio
"Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte
2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: inciso XVIII:
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Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de 23 de de- "Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso
zembro de 1991, passa a vigorar acrescido do V do § 2º e no inciso II do § 5º do art. 3º desta
seguinte § 3º: Lei deverão cumprir, durante todo o período de
execução do contrato, a reserva de cargos pre-
"Art. 2º ............................................................ vista em lei para pessoa com deficiência ou para
§ 3º Os incentivos criados por esta Lei so- reabilitado da Previdência Social, bem como as
mente serão concedidos a projetos culturais regras de acessibilidade previstas na legislação.
que forem disponibilizados, sempre que Parágrafo único. Cabe à administração fis-
tecnicamente possível, também em forma- calizar o cumprimento dos requisitos de
to acessível à pessoa com deficiência, ob- acessibilidade nos serviços e nos ambientes
servado o disposto em regulamento." (NR) de trabalho."
Art. 103. O art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de de-
de 1992, passa a vigorar acrescido do seguinte zembro de 1993, passa a vigorar com as seguin-
inciso IX: tes alterações:
"Art. 11. .......................................................... "Art. 20. .........................................................
IX – deixar de cumprir a exigência de requi- § 2º Para efeito de concessão do benefício
sitos de acessibilidade previstos na legisla- de prestação continuada, considera-se pes-
ção." (NR) soa com deficiência aquela que tem impe-
Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, dimento de longo prazo de natureza física,
passa a vigorar com as seguintes alterações: mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode
"Art. 3º ............................................................. obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com
§ 2º .............................................................
as demais pessoas.
V – produzidos ou prestados por empresas
§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio
que comprovem cumprimento de reserva
supervisionado e de aprendizagem não se-
de cargos prevista em lei para pessoa com
rão computados para os fins de cálculo da
deficiência ou para reabilitado da Previdên-
renda familiar per capita a que se refere o §
cia Social e que atendam às regras de aces-
3º deste artigo.
sibilidade previstas na legislação.
§ 11. Para concessão do benefício de que
§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser
trata o caput deste artigo, poderão ser utili-
estabelecida margem de preferência para:
zados outros elementos probatórios da con-
I – produtos manufaturados e para serviços dição de miserabilidade do grupo familiar e
nacionais que atendam a normas técnicas da situação de vulnerabilidade, conforme
brasileiras; e regulamento." (NR)
II – bens e serviços produzidos ou prestados Art. 106. (VETADO).
por empresas que comprovem cumprimen-
Art. 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995,
to de reserva de cargos prevista em lei para
passa a vigorar com as seguintes alterações:
pessoa com deficiência ou para reabilitado
da Previdência Social e que atendam às re- "Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática
gras de acessibilidade previstas na legisla- discriminatória e limitativa para efeito de acesso
ção. à relação de trabalho, ou de sua manutenção,
por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado
............................................................" (NR)
civil, situação familiar, deficiência, reabilitação
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profissional, idade, entre outros, ressalvadas, "Art. 86-A. As vagas de estacionamento regula-
nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e mentado de que trata o inciso XVII do art. 181
ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. desta Lei deverão ser sinalizadas com as respec-
7º da Constituição Federal." (NR) tivas placas indicativas de destinação e com pla-
cas informando os dados sobre a infração por
"Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º estacionamento indevido."
desta Lei e nos dispositivos legais que tipificam
os crimes resultantes de preconceito de etnia, "Art. 147-A. Ao candidato com deficiência au-
raça, cor ou deficiência, as infrações ao dispos- ditiva é assegurada acessibilidade de comunica-
to nesta Lei são passíveis das seguintes comina- ção, mediante emprego de tecnologias assisti-
ções: vas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do
processo de habilitação.
............................................................" (NR)
§ 1º O material didático audiovisual utiliza-
"Art. 4º .............................................................. do em aulas teóricas dos cursos que prece-
I – a reintegração com ressarcimento in- dem os exames previstos no art. 147 desta
tegral de todo o período de afastamento, Lei deve ser acessível, por meio de subtitu-
mediante pagamento das remunerações lação com legenda oculta associada à tradu-
devidas, corrigidas monetariamente e ção simultânea em Libras.
acrescidas de juros legais; § 2º É assegurado também ao candidato
............................................................" (NR) com deficiência auditiva requerer, no ato
de sua inscrição, os serviços de intérprete
Art. 108. O art. 35 da Lei nº 9.250, de 26 de de- da Libras, para acompanhamento em aulas
zembro de 1995, passa a vigorar acrescido do práticas e teóricas."
seguinte § 5º:
"Art. 154. (VETADO)."
"Art. 35. ..........................................................
"Art. 181. ........................................................
§ 5º Sem prejuízo do disposto no inciso
IX do parágrafo único do art. 3º da Lei nº XVII – .........................................................
10.741, de 1º de outubro de 2003, a pes- Infração – grave;
soa com deficiência, ou o contribuinte que
tenha dependente nessa condição, tem pre- ..........................................................." (NR)
ferência na restituição referida no inciso III
do art. 4º e na alínea "c" do inciso II do art. Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art. 56 da Lei nº
8º." (NR) 9.615, de 24 de março de 1998, passam a vigo-
rar com a seguinte redação:
Art. 109. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997 (Código de Trânsito Brasileiro), passa a vi- "Art. 56. .........................................................
gorar com as seguintes alterações: VI – 2,7% (dois inteiros e sete décimos por
"Art. 2º ........................... ............................. cento) da arrecadação bruta dos concursos
..... de prognósticos e loterias federais e simi-
lares cuja realização estiver sujeita a auto-
Parágrafo único. Para os efeitos deste Có- rização federal, deduzindo-se esse valor do
digo, são consideradas vias terrestres as montante destinado aos prêmios;
praias abertas à circulação pública, as vias
internas pertencentes aos condomínios § 1º Do total de recursos financeiros resultan-
constituídos por unidades autônomas e as tes do percentual de que trata o inciso VI do
vias e áreas de estacionamento de estabe- caput, 62,96% (sessenta e dois inteiros e no-
lecimentos privados de uso coletivo." (NR) venta e seis centésimos por cento) serão des-
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tinados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e c) barreiras nos transportes: as existentes
37,04% (trinta e sete inteiros e quatro centé- nos sistemas e meios de transportes;
simos por cento) ao Comitê Paralímpico Bra-
sileiro (CPB), devendo ser observado, em am- d) barreiras nas comunicações e na infor-
bos os casos, o conjunto de normas aplicáveis mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu-
à celebração de convênios pela União. de ou comportamento que dificulte ou im-
possibilite a expressão ou o recebimento de
..........................................................." (NR) mensagens e de informações por intermé-
dio de sistemas de comunicação e de tecno-
Art. 111. O art. 1º da Lei nº 10.048, de 8 de no- logia da informação;
vembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte
redação: III – pessoa com deficiência: aquela que
tem impedimento de longo prazo de natu-
"Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos reza física, mental, intelectual ou sensorial,
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) o qual, em interação com uma ou mais bar-
anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com reiras, pode obstruir sua participação ple-
crianças de colo e os obesos terão atendimento na e efetiva na sociedade em igualdade de
prioritário, nos termos desta Lei." (NR) condições com as demais pessoas;
Art. 112. A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de IV – pessoa com mobilidade reduzida:
2000, passa a vigorar com as seguintes alterações: aquela que tenha, por qualquer motivo, di-
"Art. 2º ............................................................. ficuldade de movimentação, permanente
ou temporária, gerando redução efetiva da
I – acessibilidade: possibilidade e condição mobilidade, da flexibilidade, da coordena-
de alcance para utilização, com segurança e ção motora ou da percepção, incluindo ido-
autonomia, de espaços, mobiliários, equi- so, gestante, lactante, pessoa com criança
pamentos urbanos, edificações, transpor- de colo e obeso;
tes, informação e comunicação, inclusive
seus sistemas e tecnologias, bem como de V – acompanhante: aquele que acompanha
outros serviços e instalações abertos ao pú- a pessoa com deficiência, podendo ou não
blico, de uso público ou privados de uso co- desempenhar as funções de atendente pes-
letivo, tanto na zona urbana como na rural, soal;
por pessoa com deficiência ou com mobili- VI – elemento de urbanização: quaisquer
dade reduzida; componentes de obras de urbanização,
II – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, tais como os referentes a pavimentação,
atitude ou comportamento que limite ou saneamento, encanamento para esgotos,
impeça a participação social da pessoa, bem distribuição de energia elétrica e de gás,
como o gozo, a fruição e o exercício de seus iluminação pública, serviços de comunica-
direitos à acessibilidade, à liberdade de mo- ção, abastecimento e distribuição de água,
vimento e de expressão, à comunicação, ao paisagismo e os que materializam as indica-
acesso à informação, à compreensão, à cir- ções do planejamento urbanístico;
culação com segurança, entre outros, classi- VII – mobiliário urbano: conjunto de objetos
ficadas em: existentes nas vias e nos espaços públicos, su-
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas perpostos ou adicionados aos elementos de
vias e nos espaços públicos e privados aber- urbanização ou de edificação, de forma que
tos ao público ou de uso coletivo; sua modificação ou seu traslado não provo-
que alterações substanciais nesses elemen-
b) barreiras arquitetônicas: as existentes tos, tais como semáforos, postes de sinaliza-
nos edifícios públicos e privados; ção e similares, terminais e pontos de acesso
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deficiência ou com mobilidade reduzida "Art. 1.518 Até a celebração do casamento po-
a todas as rotas e vias existentes, inclusi- dem os pais ou tutores revogar a autorização."
ve as que concentrem os focos geradores (NR)
de maior circulação de pedestres, como os
órgãos públicos e os locais de prestação de "Art. 1.548 .......................................................
serviços públicos e privados de saúde, edu- I – (Revogado);
cação, assistência social, esporte, cultura,
correios e telégrafos, bancos, entre outros, ............................................................" (NR)
sempre que possível de maneira integrada
"Art. 1.550 .........................................................
com os sistemas de transporte coletivo de
passageiros." (NR) § 1º ..............................................................
Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de § 2º A pessoa com deficiência mental ou
2002 (Código Civil), passa a vigorar com as se- intelectual em idade núbia poderá contrair
guintes alterações: matrimônio, expressando sua vontade dire-
tamente ou por meio de seu responsável ou
"Art. 3º São absolutamente incapazes de exer-
curador." (NR)
cer pessoalmente os atos da vida civil os meno-
res de 16 (dezesseis) anos. "Art. 1.557 ..........................................................
I – (Revogado); III – a ignorância, anterior ao casamento,
de defeito físico irremediável que não ca-
II – (Revogado);
racterize deficiência ou de moléstia grave e
III – (Revogado)." (NR) transmissível, por contágio ou por herança,
capaz de pôr em risco a saúde do outro côn-
"Art. 4º São incapazes, relativamente a certos juge ou de sua descendência;
atos ou à maneira de os exercer:
IV – (Revogado)." (NR)
II – os ébrios habituais e os viciados em tó-
xico; "Art. 1.767 .........................................................
III – aqueles que, por causa transitória ou I – aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua permanente, não puderem exprimir sua
vontade; vontade;
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§ 7º Se o apoiador agir com negligência, Art. 119. A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012,
exercer pressão indevida ou não adimplir passa a vigorar acrescida do seguinte art. 12-B:
as obrigações assumidas, poderá a pessoa
apoiada ou qualquer pessoa apresentar de- "Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço
núncia ao Ministério Público ou ao juiz. de táxi, reservar-se-ão 10% (dez por cento) das
vagas para condutores com deficiência.
§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz desti-
tuirá o apoiador e nomeará, ouvida a pes- § 1º Para concorrer às vagas reservadas na
soa apoiada e se for de seu interesse, outra forma do caput deste artigo, o condutor
pessoa para prestação de apoio. com deficiência deverá observar os seguin-
tes requisitos quanto ao veículo utilizado:
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tem-
po, solicitar o término de acordo firmado em I – ser de sua propriedade e por ele condu-
processo de tomada de decisão apoiada. zido; e
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a ex- II – estar adaptado às suas necessidades,
clusão de sua participação do processo de nos termos da legislação vigente.
tomada de decisão apoiada, sendo seu des- § 2º No caso de não preenchimento das va-
ligamento condicionado a manifestação do gas na forma estabelecida no caput deste
juiz sobre a matéria. artigo, as remanescentes devem ser dispo-
§ 11. Aplicam-se a tomada de decisão nibilizadas para os demais concorrentes."
apoiada, no que couber, as disposições re- Art. 120. Cabe aos órgãos competentes, em
ferentes a prestação de contas na curatela." cada esfera de governo, a elaboração de rela-
Art. 117. O art. 1º da Lei nº 11.126, de 27 de junho tórios circunstanciados sobre o cumprimento
de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: dos prazos estabelecidos por força das Leis nº
10.048, de 8 de novembro de 2000, e nº 10.098,
"Art. 1º É assegurado a pessoa com deficiência de 19 de dezembro de 2000, bem como o seu
visual acompanhada de cão-guia o direito de encaminhamento ao Ministério Público e aos
ingressar e de permanecer com o animal em órgãos de regulação para adoção das providên-
todos os meios de transporte e em estabeleci- cias cabíveis.
mentos abertos ao público, de uso público e pri-
vados de uso coletivo, desde que observadas as Parágrafo único. Os relatórios a que se refe-
condições impostas por esta Lei. re o caput deste artigo deverão ser apresen-
tados no prazo de 1 (um) ano a contar da
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica- entrada em vigor desta Lei.
-se a todas as modalidades e jurisdições do
serviço de transporte coletivo de passagei- Art. 121. Os direitos, os prazos e as obrigações
ros, inclusive em esfera internacional com previstos nesta Lei não excluem os já estabeleci-
origem no território brasileiro." (NR) dos em outras legislações, inclusive em pactos,
tratados, convenções e declarações internacio-
Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei nº 11.904, nais aprovados e promulgados pelo Congresso
de 14 de janeiro de 2009, passa a vigorar acres- Nacional, e devem ser aplicados em conformi-
cido da seguinte alínea "k": dade com as demais normas internas e acordos
internacionais vinculantes sobre a matéria.
"Art. 46. ............................................................
Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais
IV – ............................................................. benéfica à pessoa com deficiência.
k) de acessibilidade a todas as pessoas. Art. 122. Regulamento disporá sobre a ade-
........................................................... " (NR) quação do disposto nesta Lei ao tratamento di-
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MPU – Acessibilidade – Prof. Mateus Silveira
ferenciado, simplificado e favorecido a ser dis- Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorri-
pensado às microempresas e às empresas de dos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação
pequeno porte, previsto no § 3º do art. 1º da oficial.
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006. Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da Indepen-
dência e 127º da República.
Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos:
I – o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei nº
9.008, de 21 de março de 1995;
II – os incisos I, II e III do art. 3º da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil);
III – os incisos II e III do art. 228 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil);
IV – o inciso I do art. 1.548 da Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
V – o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);
VI – os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Ci-
vil);
VII – os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
Art. 124. O § 1º do art. 2º desta Lei deverá en-
trar em vigor em até 2 (dois) anos, contados da
entrada em vigor desta Lei.
Art. 125. Devem ser observados os prazos a se-
guir discriminados, a partir da entrada em vigor
desta Lei, para o cumprimento dos seguintes
dispositivos:
I – incisos I e II do § 2º do art. 28, 48 (qua-
renta e oito) meses;
II – § 6º do art. 44, 48 (quarenta e oito) me-
ses;
III – art. 45, 24 (vinte e quatro) meses;
IV – art. 49, 48 (quarenta e oito) meses.
Art. 126. Prorroga-se até 31 de dezembro de
2021 a vigência da Lei nº 8.989, de 24 de feve-
reiro de 1995.
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