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Introdução

Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-


da de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada,
pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-
cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.
Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia
o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas,
ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.
Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor
e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada
plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente
elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas
atividades formativas.
Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do
trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação
cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e
atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em ati-
vidades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas
à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar
cidadãos produtivos.
Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo
da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um
curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-
blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química,
física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral
passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.
Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-
parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e
comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos
para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem
durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-
dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário
formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em
relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.
Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-
rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação
de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?
O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de
recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da quali-
dade de vida.
Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:
• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio.
• Maior estabilidade no emprego.
• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho.
• Facilidade em conciliar trabalho e estudos.
• Mais de 72% ao se formarem estão empregados.
• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se
formaram.
Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional
e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto
Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação
Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de
forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.
Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
(Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”,
revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O per-
centual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Ensino Profissionalizante no Brasil e


Necessidade do Livro Didático Técnico
O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a
formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados
da seguinte forma:
a) Integrado – Ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno
também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno.
b) Concomitante – Num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino
Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.
c) Subsequente – O aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o
Ensino Médio.
Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização
para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma
integrada.
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Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo
Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.
O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de
cursos. Estes estão organizados em 13 eixos tecnológicos, a saber:
1. Ambiente e Saúde
2. Desenvolvimento Educacional e Social
3. Controle e Processos Industriais
4. Gestão e Negócios
5. Turismo, Hospitalidade e Lazer
6. Informação e Comunicação
7. Infraestrutura
8. Militar
9. Produção Alimentícia
10. Produção Cultural e Design
11. Produção Industrial
12. Recursos Naturais
13. Segurança.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a


parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de
temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infra-
estrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um
mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indu-
tora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e
produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para
a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais pas-
saram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas.
Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de
alunos matriculados em educação profissional passou de 993 mil em 2011
para 1,064 milhões em 2012 – um crescimento de 7,10%. Se considerarmos os
cursos técnicos integrados ao ensino médio, esse número sobe para 1,3 millhões.
A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência a aumentar, tanto
devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também
pelo crescimento do Brasil.

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Comparação de Matrículas Brasil
Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2011 e 2012.
Etapas/Modalidades de Matrículas / Ano
Educação Básica 2011 2012 Diferença 2011-2012 Variação 2011-2012
Educação Básica 62 557 263 62 278 216 –279 047 –0,45
Educação Infantil 6 980 052 7 295 512 315 460 4,52%
• Creche 2 298 707 2 540 791 242 084 10,53%
• Pré-escola 4 681 345 4 754 721 73 376 1,57%
Ensino Fundamental 30 358 640 29 702 498 –656 142 –2,16%
Ensino Médio 8 400 689 8 376 852 –23 837 –0,28%
Educação Profissional 993 187 1 063 655 70 468 7,10%
Educação Especial 752 305 820 433 68 128 9,06%
EJA 4 046 169 3 861 877 –184 292 –4,55%
• Ensino Fundamental 2 681 776 2 516 013 –165 763 –6,18%
• Ensino Médio 1 364 393 1 345 864 –18 529 –1,36%
Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo


principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta traba-
lhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta
disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento
este que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.
Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes,
seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.
Podemos observar o crescimento da educação profissional no gráfico a seguir:

Educação Profissional
Nº de matrículas*

1 362 200
1 250 900
1 140 388
1 036 945
927 978
780 162

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

* Inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino médio.

As políticas e ações do MEC nos últimos anos visaram o fortalecimento, a expansão e


a melhoria da qualidade da educação profissional no Brasil, obtendo, nesse período, um
crescimento de 74,6% no número de matrículas, embora esse número tenda a crescer
ainda mais, visto que a experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas
da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado
pelo Ministério da Educação. Se hoje há 1,064 milhões de estudantes matriculados, para
atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos 3 milhões de estudantes em
cursos técnicos dentro de cinco anos. 5
Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio pro-
fissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular
do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino
Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do
PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à for-
mação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida
e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica.
Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a
subsequente: somente a formação técnica específica.
Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor,
é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do
curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.
Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido refor-
ça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona
permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da
formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.
Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base
em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua
regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

O Que É Educação Profissional?


O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas em ativi-
dades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a
inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolari-
zação é imprescindível nesse processo.

Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos


Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo pla-
no por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos
docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação.
Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos
superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum
que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.
Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos
alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é
preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um sim-
ples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.
Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas
de aula há muitos anos e veem no Ensino Técnico uma oportunidade de retomar os estudos
e ingressar no mercado profissional.

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O Livro Didático Técnico e o Processo
de Avaliação
O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar pro-
va, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como
mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser
passivo e receptivo.
Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para em-
basar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.
O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter
valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar
o "valor" de determinado indivíduo.
Mas precisamos ir além.
A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-
dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao
desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao
processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda,
sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento
de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades
complementares e estágios.
A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de
conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e
dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se
necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo
educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendiza-
gens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o proces-
so avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.
Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno,
promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um
processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assi-
milados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão
surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.
Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de er-
ros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de ru-
mos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/
aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de
avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica,
concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.
O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando
encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o
progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão
dos assuntos abordados.
Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em
assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coi-
sas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega
professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante.
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Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno
fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório,
chegando à conclusão que este aluno necessita de um processo de ensi-
no/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar
o tema.
Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa.
Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/apren-
dizagem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com
o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz
em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando
a fornecer os dados para eventuais correções.
Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos
de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de
docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes,
mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

Avaliação e Progressão
Para efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre conside-
rar os avanços alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno
progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em
relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a per-
guntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a
próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferi-
mento da progressão do estudante.
Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram
exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.
Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado
o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação
às suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos
diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta pos-
sibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos,
atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.
A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.
Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de
avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de Avaliação
Existem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada,
o importante é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um con-
junto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo
da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.
Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envol-
vem na sua própria avaliação.

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A avaliação pode incluir:
1. Observação
2. Ensaios
3. Entrevistas
4. Desempenho nas tarefas
5. Exposições e demonstrações
6. Seminários
7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um alu-
no ao longo de um período de tempo.
8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)
9. Elaboração de projetos
10. Simulações
11. O pré-teste
12. A avaliação objetiva
13. A avaliação subjetiva
14. Autoavaliação
15. Autoavaliação de dedicação e desempenho
16. Avaliações interativas
17. Prática de exames
18. Participação em sala de aula
19. Participação em atividades
20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação
discente pelo grupo de professores.
No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destaca-
das poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor
em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações se-
manais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor
para o aluno perante a turma.
Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativida-
de em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/
aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da Obra
Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está
de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvi-
mento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugin-
do da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações.
Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte
da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tor-
nando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas
dimensões.

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Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de
aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complemen-
tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as
práticas desenvolvidos no capítulo.
A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradá-
vel e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto-
-e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um
professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.
O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre
necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real.
Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.
Neste manual do professor apresentamos:
• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas.
• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.
• Sugestões para a gestão da sala de aula.
• Uso do livro.
• Atividades em grupo.
• Laboratório.
• Projetos.
A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades
suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para
a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre
as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apre-
sentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas Gerais


FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz
e Terra, 1997.
FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São
Paulo: Cortez, 2005.
BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a
prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógi-
cas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual
Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.
net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

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SOLOS
Orientações gerais
O conhecimento do uso e preservação do solo como recurso natural que sustenta
a vida no planeta é imprescindível para todos os profissionais que se interessam pelo
meio ambiente, incluindo geógrafos, biólogos, agrônomos, técnicos agrícolas, ecólogos,
engenheiros, técnicos em edificações, gestores ambientais e outros profissionais.
O livro de Solos visa apresentar esse recurso natural de forma abrangente, discutindo
a importância ambiental e tecnológica do solo, enfocando sua composição e formação, os
diferentes tipos de solos existentes e as propriedades físicas, químicas e morfológicas que
os diferenciam entre si, além de fornecer informações sobre questões ambientais envol-
vendo o uso e a conservação do solo.
Dessa forma, o livro está organizado em 10 capítulos elaborados de forma didática e
adaptados ao eixo técnico e tecnológico, contendo exemplos práticos que podem ser executa-
dos em sala de aula (manual do professor) e sugestões de sites e artigos que complementam o
conteúdo. Este é apresentado na forma de perguntas e respostas sequenciais, que estimulam
o aprendizado e a fixação de conceitos e detalham as interpretações.
Ao final de cada capítulo, são apresentadas questões relativas ao conteúdo na forma de
guia de estudos, para auxiliar a aprendizagem de conceitos importantes e aprofundar os
conhecimentos e as práticas do capítulo.

Objetivos do material didático


• Apresentar os conceitos de solo em nível pedológico, agronômico, ambiental e tecno-
lógico e as interações entre o solo e as esferas ambientais.
• Apresentar a constituição básica dos solos, abordando seus componentes minerais e
orgânicos.
• Detalhar os fatores e os principais processos de formação do solo, dando uma visão
global do assunto, necessária a todos os profissionais que utilizam o solo nas suas
atividades.
• Apresentar as principais propriedades físicas, químicas, morfológicas e mineralógicas
do solo que dependem da sua constituição, das condições ambientais e do seu manejo.
• Abordar os conceitos de fertilidade relacionados à disponibilidade de nutrientes no
solo e à aplicação de fertilizantes na agricultura.
• Detalhar as classes gerais de solos existentes no Brasil e os sistemas de classificação
utilizados.
• Abordar os conceitos de degradação de solo, relacionando-os às principais formas de
uso, com a intenção de propor a compreensão e a interação com as variadas áreas do
conhecimento.
• Apresentar o conceito de qualidade do solo e como ele pode ser avaliado e mensurado.
• Abordar os principais processos poluidores a que o solo está submetido, bem como os
meios de prevenção e controle.

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Princípios pedagógicos
Os princípios pedagógicos que orientam o livro constituem-se de ati-
vidades de fixação e sugestões de práticas laboratoriais nos capítulos, a
fim de proporcionar uma interação entre o conteúdo teórico e a vivência
na prática.
Isso proporciona ao aluno a facilidade de entendimento dos temas
abordados bem como ao professor um planejamento das aulas de manei-
ra ágil, em que estas podem ser desenvolvidas basicamente utilizando-se
de recursos audiovisuais, exposição oral e desenvolvimento de atividades
como trabalhos em grupo, seminários, visitas técnicas e aulas práticas
laboratoriais.

Articulação do conteúdo
O docente pode articular o conteúdo do livro com outras disciplinas/
áreas de conhecimento como: biologia, química, agricultura, agroecologia,
hidrologia, geologia, mecânica dos solos e meio ambiente, nas quais será
enfocado o desenvolvimento do conhecimento a ser adquirido pelos alu-
nos por meio de projetos integrados.

Atividades complementares
Sugerimos, como material complementar, algumas experiências
práticas para serem realizadas em laboratório para compreensão do
conteúdo. Essas experiências fazem parte do projeto Solo na escola, da
UFPR, e são difundidas no meio acadêmico por meio do site: <http://
www.escola.agrarias.ufpr.br>.
Outro site que disponibiliza experimentos para serem feitos na escola
é o do Programa de extensão universitária solo na escola, da Escola Supe-
rior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). O site é: <http://solonaescola.
blogspot.com.br>.

Sugestão de leitura
No decorrer do livro, são apresentadas sugestões de leituras com-
plementares de aprofundamento do conteúdo, no ícone saiba mais. Essas
literaturas podem ser baixadas da internet (os links de acesso são forneci-
dos no livro) ou acessadas em bibliotecas.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresenta vídeos
educacionais na área de meio ambiente e solos. Na área de solos são dispo-
nibilizados vídeos sobre: composição do solo, erosão, cuidados com o solo
e erosão causada pela chuva. O link para acessar os materiais é: <http://
videoseducacionais.cptec.inpe.br>.

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Sugestão de planejamento
Este manual foi elaborado para dar suporte e ser utilizado para
60 horas em sala de aula. É altamente recomendado que o professor da
disciplina desenvolva a aula com textos e atividades complementares,
em conformidade com a turma, sobretudo potencializando a especia-
lização de determinado assunto, aplicando sua criatividade em prol do
incremento do processo educativo.

Semestre 1
Primeiro bimestre
Capítulo 1 – Introdução ao estudo dos solos
Capítulo 2 – Natureza e composição do solo
Capítulo 3 – Formação dos solos (gênese)
Objetivos
• Apresentar os conceitos básicos de solos.
• Demonstrar que o solo é um sistema aberto e dinâmico.
• Apresentar as fases constituintes do solo, sólida, líquida e gasosa,
e suas interações.
• Discutir o comportamento da água no perfil do solo.
• Apresentar os tipos e as características dos minerais presentes na
composição do solo, relacionando suas propriedades.
• Conceituar a matéria orgânica do solo, demonstrando sua im-
portância ambiental.
• Apresentar a importância dos sistemas de manejo para a conser-
vação da matéria orgânica do solo.
• Sugerir leitura complementar sobre a biota do solo e as principais
utilizações tecnológicas da microbiota do solo na área ambiental.
• Mostrar a importância dos fatores formadores do solo nos diferentes
biomas.
• Detalhar os fatores de formação do solo e os principais processos
de formação.
• Auxiliar o aluno a reconhecer os principais horizontes que cons-
tituem o perfil dos solos.
• Discutir o processo de decomposição da rocha e a formação dos
horizontes do perfil do solo (intemperismo).
• Apresentar os tipos de rocha e as propriedades resultantes no
material de origem do solo.

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• Propor a complementação do conteúdo sobre as rochas em vídeo didático disponível
na internet.
• Interpretar as variações observadas nos solos formados sob diferentes tipos de relevo.
• Apresentar as funções dos organismos na formação dos solos.
• Apresentar os principais processos formadores dos solos (processos pedogenéticos)
e os processos específicos que ocorrem durante a sua gênese.

Segundo bimestre
Capítulo 4 – Propriedades dos solos
Capítulo 5 – Nutrientes dos solos
Capítulo 6 – Fertilidade dos solos
Objetivos
• Apresentar os principais conceitos de qualidade de solos.
• Identificar um perfil de solo e seus principais horizontes constituintes.
• Demonstrar as propriedades físicas e morfológicas do solo e sua interpretação no
campo.
• Propor atividades que levem a entender e diferenciar a textura e a estrutura dos solos.
• Demonstrar a importância da agregação do solo e as práticas de manejo que afetam a
sua estrutura e conservação.
• Compreender o processo de infiltração e retenção de água no solo.
• Demonstrar a importância das propriedades químicas na fertilidade e nas funções
ambientais que o solo desempenha.
• Apresentar o conceito de capacidade de troca catiônica e a origem da carga nos solos.
• Discutir a ocorrência de solos ácidos e as suas consequências para a fertilidade do
solo.
• Conhecer a composição da solução do solo e a troca de nutrientes entre a solução do
solo e a fase sólida.
• Apresentar os fatores que afetam o crescimento e o desenvolvimento das plantas e a
disponibilidade de nutrientes no solo.
• Apresentar o conceito de ciclagem de nutrientes no solo e os fatores que interferem
nesse processo solo/planta.
• Apresentar as funções dos nutrientes minerais (cálcio, magnésio, enxofre, nitrogênio,
fósforo, potássio) e a forma como são disponibilizados para a planta.
• Conhecer os principais micronutrientes que ocorrem nos solos e os fatores que
influem na sua disponibilidade às plantas.
• Conceituar a fertilidade do solo e os seus processos de manejo.
• Conceituar um fertilizante e conhecer sua classificação e as principais características
de cada classe.

15
• Conhecer os fatores que influem na eficiência de um fertilizante e as princi-
pais perdas de nutrientes aplicados ao solo por meio do fertilizante.
• Compreender os princípios da adubação equilibrada do solo.
• Conhecer os métodos de avaliação da fertilidade natural do solo basea-
dos na análise química deste e no diagnóstico do estado nutricional das
plantas.
• Sintetizar as principais recomendações para o manejo da adubação em
solos.
• Discutir os impactos do uso de fertilizantes minerais no meio ambiente.

Semestre 2
Primeiro bimestre
Capítulo 7 – Classificação dos solos
Capítulo 8 – Manejo e conservação de solos
Objetivos
• Conhecer o conceito de classificação de solos e a evolução dos sistemas de
classificação de solos no mundo.
• Entender como reconhecer e classificar um solo no campo por meio da
análise do perfil do solo.
• Classificar um solo utilizando o Sistema Brasileiro de Classificação.
• Reconhecer um horizonte diagnóstico do solo e sua respectiva classe
de solo.
• Conhecer os principais parâmetros empregados como elementos de re-
ferência para a distinção e a classificação dos solos, conforme o Sistema
Brasileiro de Classificação de Solos.
• Conhecer o processo de levantamento de solos por meio da interpretação
de mapas pedológicos.
• Detalhar as principais características das classes gerais de solos brasileiros.
• Conhecer os tipos de solos que ocorrem nas regiões brasileiras e nos seus
respectivos biomas.
• Conhecer os processos e as consequências da degradação dos solos.
• Demonstrar os principais tipos de degradação do solo com ênfase nos pro-
cessos erosivos.
• Identificar e diferenciar os principais danos causados pela erosão hídrica.
• Apresentar as principais práticas de conservação do solo e o controle da
erosão, tanto em solos urbanos quanto em solos agrícolas.

16
Segundo bimestre
Capítulo 9 – Qualidade do solo e meio ambiente
Capítulo 10 – Poluição e remediação de solos
Objetivos
• Conhecer as principais funções do solo que são usadas para determinar sua qualidade.
• Reconhecer as funções ambientais e tecnológicas do solo.
• Conhecer os métodos para avaliação da qualidade do solo baseados na interpretação
de indicadores ambientais.
• Apresentar as principais fontes poluidoras dos solos.
• Diferenciar poluentes produzidos por fontes pontuais e não pontuais.
• Discorrer sobre os principais poluentes do solo rural e seus impactos no meio ambiente.
• Conhecer os processos que dirigem o comportamento dos pesticidas no solo.
• Conhecer a origem dos elementos traço em solo (metais pesados) e os fatores que
controlam a sua mobilidade, biodisponibilidade e a toxicidade no ambiente.
• Conhecer os processos poluidores dos solos urbanos.
• Discutir os mecanismos de prevenção da poluição e da contaminação dos solos.
• Conhecer as tecnologias de recuperação ou remediação de solos contaminados
e/ou degradados.

Orientações didáticas e respostas das


atividades
As atividades sugeridas ao final dos capítulos deste livro são baseadas no texto corres-
pondente, por meio do qual o aluno poderá embasar suas respostas, muitas vezes, na forma
de livre associação, permitindo uma avaliação mais ampla pelo professor.

Capítulo 1
Respostas – página 12
1) Por ser um corpo natural da superfície terrestre é constituído por materiais minerais
e orgânicos e é um dos mais importantes recursos naturais do planeta, pois são utili-
zados para prover a maior parte da nossa alimentação, além de manter a vida sobre a
Terra nas suas mais variadas formas.
2) a – engenheiro civil; b – agrônomo; c – pedólogo; d – geólogo; e – engenheiro de minas.
3) Engenheiro civil: solo compactado, firme.
Agrônomo: solo fértil, capaz de suportar o crescimento de plantas.
Pedólogo: solo com todos os horizontes, mineral.

17
Geólogo: solo formado a partir da rocha (ígnea, sedimentar ou metamórfica). Enge-
nheiro de minas: solo fácil de ser removido, raso.
Professor, as questões a seguir são a critério do aluno, porém há algumas sugestões
como respostas e, também alguns sites para consultas/pesquisas. <http://brasilescola.
uol.com.br/geografia/o-solo.htm>; <http://alunosonline.uol.com.br/geografia/solo.
html>;
<http://escolakids.uol.com.br/o-solo.htm>;
<http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/pai_pedologia.pdf>;
<http://www.partes.com.br/2013/06/13/o-homem-e-a-natureza-uma-pequena-
trajetoria-da-historia/#.WBzUsvkrKUk>.
4) Resposta a critério do aluno.
5) Justus Von Liebig: criou a Lei do Mínimo da Nutrição de Plantas: “a produtividade das
culturas é limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade no solo, mes-
mo que os demais estejam em níveis adequados".
V. V. Dokouchaev, considerado pai da ciência do solo, constatou que os solos eram
constituídos por uma sucessão vertical de camadas horizontais, resultantes da ação
conjunta de diversos fatores.
6) A importância do estudo do solo para o meio ambiente é o de desempenho de várias
funções ambientais, como filtragem da água e retenção do carbono, além da transfor-
mação de resíduos. Além disso, interagem com as outras esferas ambientais (hidros-
fera, atmosfera, biosfera), trocando matéria e energia.
7) Resposta a critério do aluno.

Capítulo 2
Respostas – página 40
1) As três fases são: fase sólida, fase líquida e fase gasosa.
A fase sólida tem natureza mineral e orgânica, onde a mineral é composta pelas fra-
ções granulométricas do solo (areia, silte, argila) e os minerais do solo; a fase sólida
orgânica é composta pela matéria orgânica do solo.
A fase líquida é constituída por água acrescida de minerais e compostos orgânicos, e
tem grande importância na nutrição vegetal e no ambiente, pois funciona como sol-
vente e agente de transporte para outros elementos dentro do solo.
A fase gasosa é caracterizada pela atmosfera do solo, e está relacionada à porosidade
do solo.
2) Compõem-se de partículas sólidas de formas e tamanhos variados, as quais são clas-
sificadas de acordo com o seu diâmetro em frações, ou seja, granulométricas. Além
disso, a fase sólida também contém partículas orgânicas resultantes da decomposição
de resíduos vegetais e animais.
18
3) A fase líquida do solo é constituída por água acrescida de minerais e compostos orgâ-
nicos dissolvidos, formando a solução do solo, a qual contém íons dissolvidos, como
H2PO4–, SO42–, NO3–, Na+, K+, Cl–, Ca2+, H+, NH4+, etc.
4) As frações granulométricas do solo são partículas sólidas minerais classificadas de
acordo com diferentes tamanhos (fração argila, fração silte e fração areia).
5) A fração argila possui maior área superficial especifica (ASE), ou seja, quanto menor
a partícula (no caso da argila), maior é a superfície de contato com a solução do solo,
e maior será sua capacidade de absorção de nutrientes e até de poluentes. Por isso, a
fração argila é considerada ativo porque controla o comportamento químico do solo
no que se refere à retenção de nutrientes e poluentes; acidez do solo e eficiência de
herbicidas, fungicidas, adubos fosfatados e nitrogenados, entre outros.
6) É a superfície de contato da partícula sólida com o meio externo, em dado volume, e é
inversamente proporcional ao tamanho da partícula. A importância está intimamente
ligada à atividade da partícula em relação à troca de nutrientes com a solução do solo.
7) Os minerais presentes nos solos se originam do intemperismos dos minerais da rocha
de origem.
8) Os minerais remanescentes da rocha que deram origem ao solo são chamados mine-
rais primários, por exemplo: quartzo, biotita, feldspato. Os minerais decompostos e/
ou recompostos depois da degradação dos minerais primários são chamados mine-
rais secundários, por exemplo: filossilicatos, óxidos.
9) Os minerais secundários são encontrados na fração mais fina do solo (argila), mas
também podem ser localizados na fração silte. Os minerais primários ocorrem nas
frações areia e silte.
10) Os principais minerais da fração argila dos solos são formados por silício, alumínio e
oxigênio, e são chamados de silicatos.
11) Os ambientes tropicais são mais ricos em argilominerais 1:1 devido ao clima mais
quente e úmido que favorece o intemperismo dos minerais. Porque os filossilicatos
possuem estrutura cristalina mais simples e são comuns em solos mais intemperiza-
dos como os das regiões tropicais e subtropicais.
12) Os óxidos de ferro são importantes pelo efeito pigmentante no solo e pela capacida-
de de retenção de ânions para nutrientes sob a forma aniônica, como o fósforo. Atu-
am também como cimentantes (como se fossem uma “cola”) das partículas do solo e
da matéria orgânica, formando agregados do solo (ou torrões) e contribuindo, assim,
com a sua estrutura.
13) Para Theng et al., a matéria orgânica do solo (MOS) é resultante da deposição de resí-
duos de plantas (fonte primária) e animais (fonte secundária) em vários estágios de
decomposição, além de organismos vivos ou mortos, micro-organismos e raízes de
vegetais.
14) Retenção de nutrientes; liberação de nitrogênio, fósforo, enxofre e micronutrientes;
adsorção de poluentes orgânicos potencialmente tóxicos (pesticidas, rejeitos indus-
triais, etc.).

19
15) Em climas quentes e solos bem aerados, a decomposição e a mineralização é rápida,
liberando facilmente os nutrientes para as plantas, todavia, em clima mais seco e/ou
frio, a taxa de decomposição da matéria orgânica é menor, havendo maior acúmulo de
húmus no solo.
16) O teor de matéria orgânica no solo em um determinado local será resultante do balan-
ço entre as taxas de adição e de perda: Em solos não modificados pela ação do homem
ou degradados, atinge-se um ponto de equilíbrio entre as taxas de adição e perda de
matéria orgânica, o qual permanece estável ao longo do tempo, como nos solos de flo-
resta e campo nativo; em solos sob vegetação natural (cerrado, mata), a preservação
da matéria orgânica é maior porque o solo não é revolvido ou, se isso ocorre, não é
suficiente para acelerar a decomposição microbiana da matéria orgânica. Porém, em
sistemas de cultivo/manejo intensivo do solo, baseados em sucessivas dragagens e
revolvimento, a taxa de perda de carbono da matéria orgânica será maior que a taxa
de adição, resultando em um decréscimo dos teores de matéria orgânica do solo; em
áreas cultivadas, os teores de matéria orgânica diminuem com o revolvimento do solo,
pois as frações orgânicas são mais expostas ao ataque microbiano.
17) Professor, orientar que as pesquisas sejam feitas formas de manejo do solo que retém
a matéria orgânica, sistema de plantio direto, rotação de culturas, adubação orgânica,
sistemas agroflorestais, cultivo mínimo do solo, etc.

Capítulo 3
Respostas – página 67
1) O clima e os organismos atuam sobre o material de origem (geralmente uma rocha) ao
longo do tempo, provocando uma situação de desequilíbrio, o que resulta em intem-
perismo (desgaste da rocha) e na consequente formação do solo.
2) É provocado principalmente pela água e gás carbônico dissolvidos, que causam rea-
ções químicas entre os minerais da rocha e a água, formando os minerais secundários
e liberando elementos químicos da sua estrutura cristalina para a solução do solo. A
temperatura também influencia, aumentando a velocidade das reações químicas do
intemperismo.
3) Intemperismo químico, devido ao clima tropical.
4) Intemperismo físico, principalmente devido ao déficit hídrico dos solos que não favo-
rece o intemperismo químico.
5) O intemperismo físico provoca a transformação das propriedades físicas das rochas,
como a morfologia, a resistência e a textura, por meio da desagregação ou separação
dos grãos minerais, antes coesos, por causa das bruscas alterações de temperatura no
ambiente. É favorecido por variações na temperatura ambiental, cristalização de sais
e formação de gelo na água de chuva, movimento da água e ação de raízes sobre as
rochas.
6) As rochas ígneas originam-se do magma, sob altas temperaturas, por resfriamento
e consolidação. Exemplos: granitos, basaltos e diabásicos. Já as rochas metamórficas
são formadas por modificações de rochas preexistentes pelo efeito de altas tempera-
turas e pressões elevadas, e pela ação química de soluções e gases (metamorfismo).
Exemplos: quartzito, gnaisse, mármore e micaxistos.
20
7) São formadas pela deposição de material proveniente da intemperização de ou-
tras rochas, cujo material decomposto foi transportado e depositado, transfor-
mando-se em rocha por meio da consolidação dos sedimentos (endurecimento
ou litificação).
8) Sim, desde que outros fatores de formação sejam diferentes entre os ambientes.
9) O clima de uma região é determinado por variáveis como temperatura, umidade,
pressão atmosférica, direção e velocidade dos ventos, quantidade e qualidade
das chuvas. As variações de temperatura e de pluviosidade são os fatores que
mais influenciam no intemperismo.
10) Pela forma direta − pela precipitação (chuva) e temperatura, principalmente, tra-
zendo água e calor para a realização das reações químicas; e pela forma Indireta − o
clima determina a flora e a fauna local, que por sua vez atuam efetivamente no
processo evolutivo do solo.
11) De modo geral, os organismos atuam na pedogênese por meio da biociclagem, da
adição de matéria orgânica, da proteção e agregação do solo e da bioturbação.
12) Nas áreas de baixada onde acumula água no solo, a deposição de material das
áreas mais altas, devido à enxurrada ou à flutuação do lençol freático, dá ori-
gem a solos rasos, não muito intemperizados e ricos em nutrientes, os solos es-
tão saturados de água e cobertos com sedimentos trazidos das águas (aluviais),
permanecendo jovens e com acúmulo de matéria orgânica, apresentando cores
acinzentadas devido à redução do ferro em ambiente alagado.
Em áreas bem drenadas, sob relevo plano, a infiltração de água é mais intensa
e, com isso, o intemperismo químico é facilitado, ocorrendo a formação de solos
profundos, altamente intemperizados, ácidos e pobres em nutrientes, de cores
avermelhadas a amareladas. Há maior infiltração que erosão, favorecendo o in-
temperismo químico no solo.
13) Sim, desde que o processo erosivo ou deposicional (sedimentação) seja maior
que a sua pedogênese (formação). Isso ocorre sob relevos acidentados, onde a
erosão é maior.
14) Os processos de formação de solos ou processos pedogenéticos são: adição, per-
das ou remoção, translocação e transformação.
15) Quando se diz que um solo é jovem, significa que a pedogênese (ou seja, a ação
dos fatores de formação do solo) foi pouco intensa ou que a taxa de erosão foi
maior que a taxa de pedogênese (em relevo acidentado, por exemplo), formando
um solo pouco espesso (raso), podendo apresentar minerais ainda passíveis de
intemperização (minerais primários). Quando um solo está maduro, há forma-
ção do horizonte B, composto por minerais secundários e argila. Já um solo velho
é espesso (profundo), quimicamente pobre, com minerais bastante intemperiza-
dos (minerais secundários e acúmulo de óxidos) e com horizontes bem definidos
e em maior número.
16) Resposta a critério do aluno. Pesquisar em sites, como IBGE ou Secretaria de Pla-
nejamento (do seu estado).

21
Capítulo 4
Resposta – página 76
Franco argiloso.

Respostas – páginas 98-99


1) A textura é a proporção relativa (porcentagem) das classes de tamanho de partículas
de um solo. A organização das partículas e agregados é conhecida como estrutura do
solo, e esta é afetada pelo manejo do solo pelo rompimento dos agregados estruturais
pelo pisoteio de gado, passagem de máquinas agrícolas, impacto pela gota de chuva
em solo descoberto, entre outros fatores.
2) As consequências para o solo da degradação da sua estrutura são: formação de cama-
das compactadas subsuperficiais e de crostas superficiais; resistência do solo à pene-
tração de raízes e de implementos agrícolas; favorecimento da erosão – em sulcos ou
laminar.
3) Podemos dizer que, do ponto de vista da produção, a estrutura do solo afeta o cresci-
mento das plantas pela sua influência sobre a infiltração, a percolação, a retenção de
água, a aeração do solo e o impedimento mecânico ao crescimento radicular. Um solo
com estrutura preservada (bem agregado) possui boa infiltração e retenção de agua
pois terá boa porosidade; as raízes das plantas também terão facilidade de penetrar
no solo pois está bem estruturado (agregado). Por outro lado, um solo com estrutura
degradada (compactado) não terá boa infiltração e retenção de água pois a porosi-
dade diminuiu, as raízes das plantas terão dificuldade para penetrar no solo pois ele
estará mais denso.
4) A estabilidade do agregado está ligada à textura do solo, ao tipo de argila, à matéria
orgânica e à microbiota do solo.
5) É o teor de matéria orgânica (húmus de cor escura, preta) e os óxidos de ferro (hema-
tita - vermelha e a goethita - amarela).
6) Algumas generalizações acerca da cor do solo podem ser feitas:
• Solos escuros costumam indicar altos teores de matéria orgânica.
• A cor vermelha ou amarela está relacionada a solos naturalmente bem drenados e
com altos teores de óxidos de Fe.
• Tons de cinza indicam permanente excesso de água no perfil, como nos solos das
áreas úmidas próximas a rios e riachos.
7) Em regiões quentes e úmidas como o clima tropical, são comuns as cores marrom-
-avermelhado e marrom-amarelado nos solos. Em áreas tropicais úmidas, as tempe-
raturas mais altas aceleram a taxa de intemperismo e aumentam, desse modo, o teor
de óxidos de ferro no solo, e também dos óxidos de alumínio e titânio (cores cinzentas
neutras, menos visíveis). Os teores de matéria orgânica são baixos, pois sua taxa de
decomposição é alta. Os óxidos de ferro e de alumínio acumulam-se nos solos e, por
isso, têm cores mais vermelhas e uniformes em todo o perfil do solo.
22
8) Solo franco ou de textura média contém uma mistura equilibrada de partículas de
areia, de silte e de argila. Esses solos normalmente apresentam boas características do
solo arenoso e do solo argiloso, como agregação, taxa de infiltração e nenhum impedi-
mento à drenagem. Muitos solos de importância agrícola pertencem a essa classe.
9) Macroporos: drenagem de água, aeração e desenvolvimento de raízes. Microporos:
retenção de umidade no solo.
10) A densidade do solo é uma propriedade física que pode ser usada como índice simples
da condição estrutural geral de determinado solo. A compactação reduz o volume do
espaço poroso para uma dada quantidade de solo, aumentando, assim, a sua densida-
de. Isso pode causar diminuição da aeração do solo, baixa infiltração de água e impe-
dimento ao crescimento radicular. Isso pode ser causado por aração excessiva, tráfego
de máquinas pesadas, baixa umidade do solo, baixo teor de matéria orgânica, pisoteio
por animais e escoamento superficial (erosão).
11) Uma forma de analisar o comportamento da água no solo é a curva de retenção de
umidade ou curva de retenção de água no solo. Essa curva relaciona o conteúdo de
umidade do solo e o esforço (em termos de pressão) necessário para retirar a água do
solo. A avaliação da curva de retenção permite uma estimativa rápida da disponibili-
dade de água no solo para as plantas, na profundidade de solo considerada.
12) A capacidade de infiltração de água no solo é influenciada pela textura e estrutura do
solo. Um solo compactado pelo pisoteio de gado tem sua estrutura degradada, com
baixa porosidade, diminuindo assim a capacidade de infiltração de água nesse solo.
13) A capacidade de campo (CC) é a capacidade máxima do solo em reter água, acima da
qual ocorrem perdas por percolação de água no perfil ou por escorrimento superficial.
14) Capacidade de campo: conteúdo de umidade no solo sujeito à força da gravidade. Pon-
to de murchamento permanente: umidade do solo para a qual as plantas não conse-
guem mais retirar água e morrem.
15) A quantidade máxima de armazenamento de água é a umidade do solo na capacida-
de de campo. A capacidade de campo tem sido assumida como o limite superior de
disponibilidade a plantas e, por isso, ganhou grande importância, particularmente na
engenharia da irrigação. Se a irrigação for acima da capacidade de campo, perde-se
água pelo efeito da gravidade; se a irrigação for insuficiente e aquém do ponto de mur-
chamento permanente, as plantas não sobrevivem.
16) As cargas estão situadas na superfície das partículas sólidas do solo (fase mineral e
matéria orgânica) e podem ser do tipo: carga variável ou permanente.
17) Na interpretação da análise química do solo, o mais importante são as cargas nega-
tivas dos coloides do solo (argila e matéria orgânica), pelo fato de poder adsorver
cátions nutrientes como Ca+2 e Mg+2 e disponibiliza-los às plantas.
18) A CTC é definida como a quantidade de cátions que um solo é capaz de reter por uni-
dade de peso, e representa a densidade de cargas negativas expressas em cmolc/kg de
solo (centimol de cargas por kg de solo). A CTC é uma propriedade fundamental para
a caracterização da fertilidade natural do solo e para a avaliação de sua potencialidade
agrícola.

23
19) Matéria orgânica (aumenta a CTC do solo). Tipo de mineral de argila (argilominerais
1:1 e óxidos possuem menor CTC do que argilominerais 2:1). Textura do solo (solos
argilosos possuem maior CTC que solos arenosos); o pH (altera a CTC do solo pela
disponibilização de cargas elétricas dependentes de pH).
20) Mesmo quando o solo possui grande quantidade de elementos férteis, pode ocorrer
manejo inadequado, isto é, transformá-lo em solo de baixa fertilidade, que podem ser
tanto naturais (material de origem pobre em nutrientes, intemperismo elevado e ele-
vada acidez) quanto antrópicas (provocadas pelo manejo inadequado e pela erosão).

Capítulo 5
Respostas – página 119
1) A solução do solo é o compartimento no solo em que os nutrientes estão disponíveis
para as plantas e representa a fonte imediata de nutrientes às plantas.
2) O pH é o fator que mais afeta a composição da solução do solo, visto que pode ser al-
terado pelo homem com a calagem. A disponibilidade de muitos nutrientes na solução
do solo depende do pH do meio. A faixa de pH de 5,5 a 6,5 tem sido considerada como
ótima para o crescimento da maioria das plantas cultivadas.
3) Cátions são adsorvidos nos coloides do solo com diferentes forças de atração e a série
liotrópica representa a força relativa de adsorção dos cátions no solo: Al3+ > H+ >
Ca2+ > Mg2+ > K+ > NH4+ > Na+.
4) Macronutrientes são elementos químicos que ocorrem em níveis consideráveis em
materiais vegetais ou em fluidos da planta e incluem carbono, hidrogênio, oxigênio,
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Já os micronutrientes são os
elementos essenciais em níveis muito baixos e, geralmente, são necessários para o
funcionamento de enzimas essenciais. São eles: Fe, Mn, B, Mo, Cu, Zn, Cl e Co.
5) A mineralização é o processo pelo qual a matéria orgânica se transforma em íon de
amônio e esse processo ocorre por causa da ação dos fungos e de bactérias anaeróbi-
cas e aeróbicas.
6) A fixação de nitrogênio é um processo cujas bactérias procarióticas reduzem os gases
N2 e NH3 isoladamente ou em simbiose com várias espécies de plantas leguminosas e
não leguminosas. O tipo mais significativo de fixação biológica de nitrogênio terrestre
é a simbiose de rizóbios/leguminosas. O rizóbio utiliza os carboidratos provenientes
da fotossíntese da planta hospedeira para gerar a energia necessária para promover
o processo de fixação biológica de nitrogênio. Por outro lado, a planta beneficia-se do
nitrogênio fixado pela bactéria na síntese de suas proteínas.
7) O fosforo no solo ocorre em três formas: fósforo dissolvido na solução do solo, fósforo
orgânico e fósforo inorgânico. O orgânico inclui ésteres fosfatos, ácidos nucleicos, fos-
folipídios e outros ésteres provenientes do material orgânico. O inorgânico ocorre nos
minerais primários (derivados diretamente do material de origem intemperizado) e
minerais secundários (aqueles formados pela precipitação de fósforo com alumínio,
cálcio e ferro) e no adsorvido na superfície dos minerais de argila, dos oxihidróxidos
de ferro, alumínio ou carbonato de cálcio.
24
8) Porque no solo o fósforo é pouco móvel, pois é firmemente retido, não sendo um nu-
triente facilmente sujeito a perdas por percolação. Entretanto, a erosão é a responsá-
vel pelas maiores perdas, quando ocorrem perdas de matéria orgânica e partículas
coloidais com fósforo.
9) Como as plantas absorvem os nutrientes da solução do solo, as reações de troca entre
o mineral, a matéria orgânica e a solução do solo ocorrem para reabastecer a solução:
os processos biológicos são mais importantes para a disponibilidade do N e do S, en-
quanto que as reações de troca superficiais são importantes para K, Ca e Mg.
10) Professor, ver figura 2.9 da página 24 do livro do aluno.
11) São elementos essenciais, e é imprescindível para que a planta consiga completar seu
ciclo vegetativo e, por isso, não podem faltar durante o processo de nutrição das plantas.
12) A quantidade total do micronutriente varia com o material de origem e com o grau de
intemperização dos solos: derivados de basalto (uma rocha ígnea, rica em Fe e Mn)
são mais ricos em micronutrientes do que os derivados de arenitos (uma rocha sedi-
mentar).
13) a. pH do Solo − as concentrações dos micronutrientes, que são preferencialmente ab-
sorvidas da solução do solo pelas plantas, em solos bem arejados, são bastante de-
pendentes do pH, pois ele controla a solubilidade desses compostos. Por exemplo, o
Fe pode estar no solo nas formas Fe3+ (baixa solubilidade) e Fe2+ (solúvel), sendo
absorvido na forma solúvel. A solubilidade do ferro decresce, aproximadamente,
mil vezes a cada aumento de uma unidade de pH na faixa de 4 a 9. Outros micronu-
trientes, como Mn, Cu e Zn, também diminuem sua solubilidade com o aumento do
pH do solo.
b. Potencial de Oxirredução − reações de oxirredução são comuns em solos e influen-
ciam na disponibilidade dos micronutrientes, especialmente Fe e Mn. Solos bem
drenados e arejados têm potencial de oxirredução elevado (entre 400 e 700 mV),
em solos inundados esse potencial cai para valores entre –250 e –300 mV. Nesses
baixos valores de potencial de oxirredução ocorre a redução do Mn e do Fe, aumen-
tando a solubilidade desses micronutrientes na solução do solo, podendo causar
até toxidez para as plantas.
c. Antagonismo pode ser definido como o efeito contrário produzido por um elemen-
to sobre o outro. Exemplo: quando a presença de um elemento no meio diminui a
absorção de outro, como no caso do cálcio e do cobre. Normalmente, o antagonismo
entre nutrientes – macro e micro – causa o surgimento de sintomas de deficiência
no nutriente exigido em menores quantidades. Portanto, a deficiência que deve
surgir será a do micronutriente.

Capítulo 6
Respostas – página 138
1) Os fertilizantes são materiais que podem ser adicionados ao solo para fornecer nu-
trientes diretamente para as plantas, a fim de suplementar a fertilidade natural do
solo e aumentar a produtividade das culturas.
25
2) Os principais fatores que determinam o armazenamento, a mobilidade e, principal-
mente, as perdas de fertilizantes estão relacionados às características físicas do solo,
como textura, estrutura e porosidade.
3) A CTC (capacidade de troca catiônica) do solo indica a sua capacidade de armaze-
namento de nutrientes que poderiam estar sujeitos à lixiviação; já o pH determina a
disponibilidade dos nutrientes no solo.
4) De acordo com a lei do mínimo, a produção agrícola é limitada pelo nutriente que se
encontra menos disponível. Isso significa que o nutriente que regula a produção é o
que estiver no mínimo ou menos disponível para as plantas. É de suma importância no
manejo da fertilidade do solo, pois recomenda uma adubação equilibrada.
5 Por volatilização de nitrogênio, erosão, lixiviação ou percolação e fixação.
6) Porque as regiões mais úmidas são mais pobres de fertilizantes nitrogenados do que
os das regiões secas. Isso está relacionado à intensidade do intemperismo químico e
às condições de lixiviação a que esses solos são submetidos.
7) Fertilizantes sólidos − é a forma predominantemente usada no Brasil. São apresenta-
dos na forma de pó (ou farelado) e granulado. Outra característica da qualidade dos
fertilizantes sólidos, que está relacionada ao tamanho de suas partículas, é a uniformi-
dade do tamanho.
Fertilizantes líquidos ou fluidos − apresentam-se no estado líquido e estão subdividi-
dos em duas classes: soluções (líquidos, formam soluções verdadeiras) e suspensões
(formam uma fase sólida dispersa em um meio líquido).
8) Geralmente os fertilizantes são aplicados na linha de semeadura ou a lanço, e podem
ser aplicados antes do início do cultivo (pré-semeadura), na semeadura (adubação de
base) ou durante o ciclo da cultura (adubação de cobertura). Nutrientes pouco mó-
veis no solo são aplicados preferencialmente na semeadura e eventualmente na pré-
-semeadura, enquanto que os mais móveis são aplicados parceladamente (parte na
semeadura e o restante na cobertura).
9) Podem ser baseados no diagnóstico visual do estado nutricional de plantas, a fim de
identificar deficiências, toxidez ou desequilíbrios nutricionais no sistema solo-planta.
10) Pelo tamanho e variabilidade da área amostrada. Por mais uniforme que seja a área,
sempre haverá uma variabilidade intrínseca ao solo, que refletirá nas suas caracte-
rísticas químicas. Coleta-se um número de amostras simples de acordo com as ca-
racterísticas de maior variabilidade. Para Sanchez esse número pode variar de 10 a
20 ou, segundo Alvarez e Carraro, de 20 a 40 amostras simples por área. Entretanto,
recomenda-se não coletar menos que 10 amostras simples por área.
11) Alguns produtos para correção do solo (corretivos) contêm cálcio e magnésio juntos,
sendo consideradas fontes desses dois nutrientes e corretivos da acidez do solo. Há
inúmeros tipos de fertilizantes comercializados para uso agrícola, e o seu emprego
correto depende de conhecermos as principais características que os diferem entre si.
12) Práticas conservacionistas.
Professor, sugerir o site: <http://www.epamig.br/index.php?option=com_docman&
task=cat_view&gid=125>.
26
Capítulo 7
Respostas – página 184
1) Classificação americana - Soil Taxonomy; classificação da FAO/UNESCO; classificação
brasileira de solos - Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SIBCS).
2) Professor, para Horizontes diagnósticos do SIBCS, ver tabela 7.2 da página 145 do
livro do aluno.
3) Latossolo – Possui horizonte B latossólico, solo altamente evoluído, rico em óxidos de
ferro e alumínio e argilas silicatadas 1:1, típico de regiões tropicais altamente intem-
perizadas, sob relevo plano. Argissolo – Possui horizonte B textural, solo bem evoluí-
do, apresentando mobilização da argila do horizonte A para o B, solo intemperizado.
4) Plintossolo − Horizonte plíntico, possui segregação de ferro na forma de plintita e
mosqueados no perfil, causadas pela flutuação do lençol freático ou encharcamentos
periódicos. Planossolo − Horizonte B plânico, com perda de argila do horizonte A para
o B, baixa permeabilidade.
5) Vertissolo possui Horizonte vértico, apresenta expansão e contração das argilas 2:1,
provocando fendas e estrutura forte no perfil.
6) Quanto ao solo da região sudeste, encontra-se grande variedade de solos devido à
zona de transição entre os climas semiárido e úmido, e também pela diversidade do
relevo, vegetação e material de origem.
7) Na região nordeste ocorre solos de média à alta fertilidade natural, em geral, pouco
profundo, em decorrência de seu baixo grau de intemperismo.
8) Os solos da região sul são originados de rochas básicas e sedimentos diversos, e pos-
suem, em relação às outras regiões do Brasil, solos mais férteis.
9) Resposta a critério do aluno.
10) A unidade básica do solo é chamada de pedon, tridimensional, com limites e dimen-
sões arbitrárias, cuja área é determinada pela variabilidade lateral das características
utilizadas em taxonomia de solos. A face do pedon é chamada de perfil de solo. O perfil
do solo é utilizado para fins de exame, descrição, coleta do solo e classificação dentro
de um Sistema organizado de Classificação dos solos. Polipedon é uma área de solos
constituída por agrupamento de pedons semelhantes, e é a base utilizada para estabe-
lecer mapas de solos. (Manual Técnico de Pedologia, IBGE).
11) A identificação e posterior classificação do solo de uma área se baseiam na ob-
servação do perfil e na identificação do horizonte diagnóstico do solo. Os horizontes
diagnósticos são utilizados como critérios para a classificação dos solos, na mais alta
categoria (ordens), podendo ser de subsuperfície e de superfície. É considerado diag-
nóstico porque apresenta o grau máximo de desenvolvimento do solo, em termos de
cor, textura, estrutura, condicionadas pelos diferentes graus de alteração do material
de origem.

27
12) Na classificação brasileira: latossolo, solo bem desenvolvido, típico de regiões de cli-
mas tropicais úmidos. As altas temperaturas e as chuvas abundantes atuam promo-
vendo intensa intemperização do material de origem, formando argilominerais tipo
1:1 e óxidos de Fe e Al, por isso as diferenças das propriedades físicas, químicas e
mineralógicas são muito pouco perceptíveis ao longo do perfil. Na classificação ame-
ricana: oxisol, solo bem desenvolvido, com horizonte B com acúmulo de óxidos de Fe
e Al e argila de atividade baixa.
13) a. Possui elevado teor de óxidos de ferro e de argila: nitossolo.
b. Possui a caulinita como mineral dominante da fração argila: latossolo, argissolo.
c. Possui mineral do tipo 2:1: uvissolo, vertissolo.
14) Os mapas de solos ou levantamentos pedológicos podem ser definidos como a apli-
cação sintética das informações pertinentes à formação e distribuição geográfica dos
diferentes solos existentes em determinada localidade. Isso é possível porque há uma
relação entre a morfologia da paisagem e a ocorrência de determinadas unidades de
solos. Os mapas pedológicos podem ter diferentes graus de detalhe, tais como:
• Mapas esquemáticos e generalizados: sua finalidade é fornecer informações gerais
sobre a distribuição geográfica e sobre a natureza dos solos de grandes áreas.
• Mapas exploratórios: sua finalidade é identificar áreas de maior ou menor poten-
cial, prioritárias para o desenvolvimento regional.
• Mapas de reconhecimento: são executados para avaliar qualitativa e semi-quantita-
tivamente os solos, visando estimar seu potencial de uso agrícola e não agrícola.
• Mapas semi-detalhados: são utilizados em projetos de colonização, loteamentos
rurais, estudos de microbacias entre outros, elaborados em áreas pequenas.
• Mapas detalhados e ultra-detalhados: geralmente, são executados para atender
problemas específicos de áreas muito pequenas, no nível de parcelas experimen-
tais e áreas residenciais ou industriais.
Ver Tabela 7.6 − Diferenciação de mapas/cartas e tipos de levantamentos de solos
(página 153 do livro do aluno).
15) Professor, consultar o material Manual Técnico de uso da terra (IBGE) no site:
<biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv81615.pdf>.

Capítulo 8
Respostas – página 208
1) Clima (vento, temperatura e intensidade/frequência das chuvas), solo (textura, estru-
tura, intensidade e forma de manejo), relevo (declividade do terreno, comprimento e
regularidade das vertentes) e vegetação.
2) A cobertura do solo também influi na intensidade da erosão, pois atua como uma pro-
teção natural contra o impacto das gotas de chuva que causam a erosão hídrica. Entre
os benefícios que a cobertura vegetal fornece, temos:
• Proteção contra o impacto das gotas de chuva.

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• Dispersão e quebra da energia das águas de enxurradas.
• Aumento da infiltração pela produção de poros no solo por ação das raízes.
• Aumento da capacidade de retenção de água pela estruturação do solo devido à
incorporação de matéria orgânica vegetal.
3) Entre as principais vantagens da rotação de culturas estão o aumento do teor de ma-
téria orgânica do solo que assegura a manutenção e/ou recuperação das propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo, e é fundamental para se evitar a erosão em solos
agrícolas. Essas práticas de conservação do solo também visam diminuir ou minimi-
zar os efeitos da erosão (exposição e enxurrada) por evitar que o solo fique descober-
to.
4) A declividade ou grau de inclinação do terreno influencia no arrastamento superfi-
cial das partículas do solo pela água, ou seja, a erosão é menor nos relevos planos e
aumenta à medida que aumenta o declive do terreno. As regiões montanhosas são,
portanto, mais suscetíveis à erosão hídrica.
5) Textura, estrutura e densidade.
6) Práticas vegetativas, edáficas e mecânicas.
7) Cobertura morta é o uso de palha ou de resíduos vegetais, que servem como proteção
do solo contra o impacto das gotas de chuva, diminuindo o escoamento superficial e
incorporando a matéria orgânica, aumentando, dessa forma, a resistência à erosão.
Podem ser usados todos os capins de porte alto e baixo ou qualquer material orgânico
(casca de café, palha-de-trigo, arroz, sorgo, milho, casca de amendoim e girassol, ba-
gaço de cana, torta de mamona, etc.).
8) São procedimentos complementares de controle da erosão baseados na redução da
velocidade do escoamento superficial e, consequentemente, da capacidade de trans-
porte de sedimentos. Pode ser feito por meio de barreiras mecânicas, tais como: ter-
raços, plantio em curvas de nível, uso de bacias de captação de águas pluviais, entre
outras.
9) Professor, sugerir o livro Manejo ecológico do solo (Ana Primavesi), como material
de pesquisa.
10) Porque influem na estrutura do solo (parâmetro físico de qualidade).
11) A aração pressupõe o uso de maquinas agrícolas e revolvimento da estrutura do solo.
Caso seja contínua e realizada de forma inadequada, pode destruir os agregados do
solo e provocar uma compactação superficial.
12) Servem como proteção do solo contra o impacto das gotas de chuva, diminuindo o
escoamento superficial e incorporando a matéria orgânica, aumentando, dessa forma,
a resistência à erosão.
13) Queima controlada ou prescrita é o método de manejo florestal no qual incêndios re-
lativamente pequenos e controlados são ateados sob condições favoráveis para evitar
a formação de grandes quantidades de matagal ou de madeira morta, prevenindo as-
sim os incêndios mais destrutivos durante as estações de seca. Para realiza-la deve-
-se controlar: época, frequência e intensidade da queima e fazer a queimada contra o
vento.
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14) Professor, sugestão de pesquisa: Queima controlada no Pantanal. Disponível em:
<http://queimadas.cptec.inpe.br/~rqueimadas/material3os/DOC35.pdf>.
15) As vantagens ou desvantagens do sistema de plantio direto dependem de uma série
de fatores e características do solo e do clima da região onde esse sistema é ou será
utilizado. É fundamental que, em cada região, o sistema seja adaptado para se tornar
o mais eficiente possível.
Para complementar essa questão, sugerimos o estudo da matéria publicada no site:
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_72_
59200523355.html>.

Capítulo 9
Respostas – página 217
1) Atuando nas funções de:
• Filtro, por meio da separação mecânica entre compostos sólidos e líquidos, contro-
lando o seu transporte até o lençol freático.
• Acumulador e atenuador, pela adsorção e precipitação de compostos poluentes
(metais pesados e elementos radioativos).
• Transformador, pela alteração, decomposição e reciclagem microbiológica e bio-
química de compostos orgânicos tóxicos (pesticidas, por exemplo).
2) Diz respeito à capacidade do solo resistir às alterações químicas e físicas, e depende
da composição da sua fase sólida, que compreende os minerais de argila e a matéria
orgânica. As propriedades químicas tamponantes do solo são as mais conhecidas pelo
uso na agricultura, nos processos de calagem e adubação do solo.
3) Sustentação da biomassa; filtragem; tamponamento; transformação de resíduos;
hábitat ecológico e reserva genética; retenção do carbono atmosférico; sustentação
de obras; fonte de materiais e fonte de evidências forenses; meio de preservação his-
tórica e meio de descarte de resíduos
4) O solo é o meio físico que suporta os alicerces de casas, as instalações industriais, es-
tradas, etc., e para que atenda a essa função, é necessário que o solo seja estável, sem
variações de volume ou de resistência. Para Oliveira e Brito, vários parâmetros geo-
técnicos devem ser medidos e observados no solo a ser utilizado como sustentação de
obras, tais como: adensamento, permeabilidade, resistência ao cisalhamento (defor-
mação sofrida por ação de forças cortantes), erodibilidade, colapsividade, resistência
do material compactado e saturado, compressibilidade do material compactado e sa-
turado, entre outros.
5) Sugestão de resposta: basicamente, quando o solo perde ou reduz a intensidade das
suas funções.
Professor, indique os sites: <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/formas-
degradacao-solo.htm> e <http://www.suapesquisa.com/geografia/degradacao_solo.
htm>.

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6) É a capacidade de um solo funcionar dentro dos limites de um ecossistema natural ou
manejado, para sustentar a produtividade de plantas e animais, manter ou aumentar a
qualidade do ar e da água e promover a saúde das plantas, dos animais e dos homens.
Um método para avaliar a qualidade do solo é baseado na análise dos seus atributos
indicadores de qualidade, que são propriedades mensuráveis que influenciam a ca-
pacidade do solo de desempenhar uma função específica. Exemplo: indicadores de
compactação, de acidez do solo, de contaminação com metais pesados, indicadores da
quantidade de matéria orgânica, etc.
7) Resposta a critério do aluno.
Professor, indique o site: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S0100-6832009000400001>.

Capítulo 10
Respostas – página 239
1) Devido à expansão urbana e industrial, com o aumento da produção agrícola e indus-
trial, que resultou em uma grande carga poluidora e de resíduos descartados no meio
ambiente. Com a expansão da agricultura, ocorreu um aumento na utilização de fertili-
zantes, inseticidas, fungicidas, herbicidas para controle de pragas, doenças e espécies
invasoras que infestam as lavouras.
2) Fertilizantes sintéticos e defensivos agrícolas, resíduos orgânicos e metais pesados.
3) A poluição dos solos urbanos é causada por resíduos gerados pelas atividades típicas
das cidades, tais como: a indústria, o comércio e os serviços, além dos provenientes
das residências.
4) Primeiro, deve-se efetuar o levantamento de todas as emissões oriundas do processo,
quer sejam sólidas, líquidas ou gasosas e que venham causar implicações na biota,
comprometendo a qualidade da água, do ar e, principalmente, do solo. Depois, deve-
-se efetuar qualquer prática que reduza ou elimine os poluentes da fonte geradora.
No caso do solo rural, pode-se reduzir as aplicações de pesticidas, fertilizantes, água
de irrigação e resíduos sólidos. Manter a cobertura vegetal; manter ou incrementar
o teor de matéria orgânica, pois estimula a atividade biológica e inativa de metais e
compostos orgânicos poluentes, além de aumentar a CTC e tamponar o pH do solo.
Professor, esta resposta pode ser complementada. Sugestão de site: <http://
w w w. re v i s t a r u ra l . c o m . b r / e d i c o e s / i t e m / 6 8 7 6 - p ro d u t o r - d e ve - e v i t a r -
contamina%C3%A7%C3%A3o-do-solo-e-da-%C3%A1gua>.
5) Os metais pesados chegam ao solo por vários caminhos: a sua origem primária são as
rochas que, ao se decomporem (sofrem intemperismo), liberam esses metais para o
solo pela lixiviação no perfil. Outras fontes são os fertilizantes minerais e corretivos de
acidez do solo, resíduos urbanos e industriais, água de irrigação poluída e deposição
atmosférica.
6) Sugestão de resposta: Sim, traz benefícios como o aumento de teor de matéria orgâni-
ca, elevação do pH de solões ácido, entre outros. Entretanto, apresenta a desvantagem
de contaminar o solo com metais pesados.
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Para complementar a resposta acessar o site: <http://www.cnpma.embrapa.br/
download/LivroLodoEsgoto.pdf>.
7) Exemplos de metais pesados tóxicos: mercúrio, chumbo, cádmio, cobre, níquel.
8) O teor de matéria orgânica é a propriedade mais relevante na absorção do pestici-
da: quanto maior o teor em matéria orgânica, maior a adsorção do produto no solo.
Após o contato com o solo, muitos pesticidas sofrem modificações químicas, media-
das ou não pelos micro-organismos. Quando essa transformação é devida à ação de
organismos do solo, a degradação é dita biológica, como ocorre, por exemplo, com o
DDT, modificado pela ação de fungos e bactérias em ambiente anaeróbio. Com o uso
de práticas que incrementam o teor de matéria orgânica no solo, também elevam o
aporte de micro-organismos decompositores no solo, responsáveis pela degradação
do pesticida no ambiente.
Professor, esta resposta pode ser complementada. Sugestão de site: <http://revistas.
ufpr.br/pesticidas/article/view/39667>.
9) Remediação é o conjunto de ações e tecnologias que visam eliminar, neutralizar ou
transformar contaminantes presentes em subsuperfície (solo e águas subterrâneas).
Refere-se a áreas contaminadas. (ABNT, 1989).
10) As técnicas de remediação de solos contaminados se baseiam nas propriedades quí-
micas das substâncias e/ou processos físicos que serão utilizados para a retenção, mo-
bilização ou destruição de determinado contaminante presente no solo. Essas técnicas
são baseadas em tratamentos térmicos, físico-químicos e biológicos, tais como: biorre-
mediação, fitorremediação, separação mecânica, tratamento eletrocinético, Tratamento
químico, separação pirometalúrgica.
11) Biorremediação − É a utilização de organismos vivos, especialmente micro-organis-
mos para degradar poluentes ambientais, desde que esses resíduos sejam suscetíveis
à degradação biológica. Fitorremediação − É o uso da vegetação para a descontamina-
ção in situ de solos e sedimentos, eliminando metais e poluentes orgânicos.

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