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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO NOS PROCESSOS DECISÓRIOS CONTÁBEIS

Fabio Cassio Alvares da Silva


fabiocalvares@gmail.com
Curso

RESUMO

Palavras-chaves:

ABSTRACT

Keywords:
INTRODUÇÃO

1 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE

A tomada de decisões que tem implicações financeiras é uma constante na rotina


de um empreendedor como por exemplo, comprar ou alugar equipamentos e instalações, fixar
preços e controlar estoques. A contabilidade por meio da coleta e processamento de
informações, é o instrumento que auxilia o processo interno de tomar decisões
(MAXIMIANO, 2006).
Segundo Szuster et al. (2009), a contabilidade é a ciência social que tem por
objetivo medir, para poder informar, os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio de
quaisquer entidades, dessa forma entende-se que ela constitui um instrumento para gestão e
controle das entidades, além de representar um sustentáculo da democracia econômica, já
que , por seu intermédio, a sociedade é informada sobre o resultado da aplicação dos recursos
conferidos às entidades.
Já Ribeiro (2014, p. 10) conceitua a contabilidade da seguinte maneira “ciência
que possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das
empresas”, ou seja, a contabilidade permite o registro, resumo, classificação e comunicação as
informações financeiras.
O grande banco de dados de todas as empresas é constituído pelo input que são as
transações que a empresa efetua e o output que são as demonstrações contábeis. Com isso
genericamente pode-se dizer que a contabilidade é como se fosse uma indústria, tendo como
matéria-prima os dados econômico-financeiros que são captados pelos registros contábeis e
processados de forma organizada, gerando, como produto final, as demonstrações contábeis
ou demonstrações financeiras.
A seguir é feita a demonstração da afirmação contida do parágrafo anterior através
de uma ilustração:
Figura 1 - conceito de contabilidade

Fonte: Livro Contabilidade Geral: Introdução à Contabilidade Societária

Com isso, observa-se que a contabilidade possui a estrutura lógica conceitual


fundamentada nos seus princípios norteadores. Tendo em vista que, a capacidade informativa
da contabilidade e a estruturação do sistema contábil são viabilizadas por meio da elaboração
de um “bom” plano de contas, que ordena todas as contas utilizadas pela empresa por
natureza e que possibilitam o acesso a definição das áreas da empresa em que são incorridos
os gastos (SZUSTER et al, 2009).
Sendo assim, com relação aos usuários da contabilidade Ribeiro (2014), os define
como todos aqueles que direta ou indiretamente utilizam as informações fornecidas por ela,
seja para acompanhar o desenvolvimento da empresa, seja para tomar decisões
administrativas, econômicas ou financeiras ou para conhecer as garantias que a empresa
oferece para cumprir seus compromissos junto aos seus clientes, fornecedores e,
principalmente, ao fisco.

1.2 importância das demonstrações contábeis

As demonstrações financeiras (ou demonstrativos financeiros) são relatórios que


classificam e quantificam as contas de uma empresa. As mais utilizadas são o balanço
patrimonial, a demonstração de resultados de exercício, a demonstração de fluxo de caixa, a
demonstração das origens e aplicações de recursos e as alterações do patrimônio líquido, além
de notas explicativas que as acompanham (MAXIMIANO, 2006).
Dessa forma, de acordo com Ribeiro (2014), o artigo 176 da Lei nº 6.404/1976
estabelece que, ao final de cada exercício social, a diretoria da empresa deve elaborar, com
base na escrituração mercantil, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir
com clareza a situação do p
Patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no exercício.

a) Balanço patrimonial;
b) Demonstração de lucro ou prejuízo acumulado;
c) Demonstração do resultado do exercício;
d) Demonstração dos fluxos de caixa;
e) Demonstração do valor adicionado.

Segundo Szuster et al. (2009), a análise das demonstrações contábeis corresponde à


interpretação das informações evidenciadas nos relatórios contábeis.
Desse modo, com relação ao proposito de analisar as demonstrações contábeis
verifica-se que, podem ser diversos os propósitos da análise (financeira ou gerencial),
dependendo de cada caso.
Alguns exemplos desses propósitos de acordo com Szuster et al. (2009):

 Mensurar o desempenho de subunidades. O diretor financeiro de uma


empresa tem a necessidade de avaliar o desempenho dos gerentes de cada
divisão (subunidade ou centro de responsabilidade) da empresa.
 Analisar a situação creditícia de potencial
cliente/parceiro/fornecedor/concorrente. Quando uma empresa realiza uma
venda a prazo, é necessário avaliar o risco de crédito, ou seja, a
probabilidade de o cliente não pagar, portanto, o gerente financeiro da
empresa analisa as demonstrações contábeis do cliente para identificar como
anda sua “saúde” financeira. Caso esteja muito boa, o gerente financeiro
pode conceder um prazo maior para pagamento e até não exigir garantias
(aval, por exemplo).
 Verificar a situação de empresas investidas. Um potencial investidor,
antes de comprar títulos de uma empresa, como por exemplo ações, analisa
sua situação econômico-financeira, bem como avalia se o preço de mercado
das ações é atrativo ou elevado.
 Verificar a situação econômico-financeira de empresas reguladas.
Quando o impacto da falência de uma empresa regulada for, potencialmente,
muito prejudicial à sociedade (em especial, ao mercado regulado), é normal
que o órgão regulador acompanhe a “saúde” econômico-financeira das
empresas reguladas. A rigor todos esses órgãos reguladores acompanham a
“saúde” econômico-financeira das empresas que regulam e fiscalizam, por
meio de suas demonstrações contábeis.

Já com relação a obtenção das demonstrações contábeis da empresa, para tal fim
analisa-se que a mesma pode ser feita segundo Szuster et al. (2009), da seguinte maneira:
Para mensurar o desempenho das subunidades o diretor financeiro de uma empresa
tem, em tese, livre acesso à informação econômico-financeira da empresa na qual trabalha,
principalmente no que tange ao desempenho de seus subordinados.
Para analisar a situação creditícia de potencial/parceiro/fornecedor/concorrente é
obtido quando um cliente pede prazo para pagamento de sua dívida, ele tem interesse em
disponibilizar suas demonstrações contábeis ao vendedor, caso contrário o vendedor não
concedera o crédito e exigira o pagamento a vista.
Para verificar a situação de empresas investidas as empresas que oferecem seus
títulos ao mercado são obrigadas, pela comissão de valores imobiliários – (CVM), a divulgar
suas demonstrações contábeis trimestrais e anuais.
E finalmente referente aquelas que tem como propósito verificar a situação
econômico-financeira de empresas reguladas o órgão regulador tem “poder de polícia” sobre
as entidades reguladas, ou seja, ou a empresa regulada fornece as informações solicitadas
(requeridas) pelo órgão regulador, ou fica sujeita a penalidade.

2 APURAÇÃO DE RESULTADO: DRE, DMPL

Para um melhor entendimento sobre a importância da apuração de resultados, no


presente capítulo será apresentado a diferença entre regime de caixa e regime de competência.
Ainda serão apresentadas duas demonstrações contábeis: a demonstração do resultado do
exercício (DRE ou DEREX), que evidencia a composição dos resultados da entidade e a
demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL ou DEMUT), que informa a
movimentação ocorrida nas contas do patrimônio líquido.
Dessa forma, segundo Szuster et al (2009), a geração de resultado positivo é um
objetivo das empresas, inclusive daquelas sem fins lucrativos. Uma empresa que nunca gera
lucros dificilmente terá sua continuidade mantida a longo prazo.

2.1 Conceitos básicos


 Receita
De acordo com Ribeiro (2014), as receitas decorrem da venda de bens e da
prestação de serviços. Pode derivar, também, de remuneração sobre aplicações ou operações
financeiras:

 Aluguéis ativos;
 Descontos obtidos;
 Juros ativos;
 Receitas de Serviços;
 Vendas de mercadoria.

A receita é considerada realizada no momento em que (1) ocorre a venda e a


transferência de um bem ao cliente; (2) ocorre a prestação de um serviço; ou (3) ocorre a
aquisição de um direito produzido por outro tipo de transação, como os juros obtidos em uma
aplicação financeira. Em qualquer dessas alternativas, deve existir o compromisso da outra
parte de realizar um pagamento simultâneo ou futuro (SZUSTER et al, 2009).
Segundo a definição do Ibracon (NPC nº 14, de 18 de janeiro de 2001), a receita é
a entrada bruta de benefícios econômicos durante o período em que ocorre o curso das
atividades ordinárias de uma empresa, quando tais entradas resultam em aumento do
patrimônio líquido, excluídas aquelas decorrentes de contribuições dos proprietários,
acionistas ou quotistas.
Dessa forma, verifica-se que, a receita reflete uma quantidade de produtos ou
serviços vendidos multiplicada por um preço de negação que foi validado pelo mercado.
De acordo com Szuster et al (2009), pela estrutura do próprio sistema econômico,
para se obterem receitas é necessário que a empresa produza um bem ou serviço que seja
comprado pelo mercado consumidor. Nesse processo, diversos eventos ocorrem, sendo que a
contabilidade utiliza a seguinte terminologia:

b) Gasto

Segundo Marion (2009), é o esforço econômico com que a entidade arca na


realização de uma atividade ou transação qualquer, representado pela entrega ou promessa de
entrega de ativos, normalmente dinheiro. O gasto pode ser classificado em investimento,
custo, despesa ou perda.
b1) Investimento

“consiste no gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis


a período futuros. Um exemplo é a aquisição de máquinas para a produção” MARION, 2009).

b2) Custo

É o gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou


serviços. É o caso, por exemplo, da matéria-prima consumida no processo de produção; ou da
energia elétrica consumida no parque fabril.

b3) Despesa

As despesas segundo Ribeiro (2014), decorrem do consumo de bens e da


utilização de serviços. Por exemplo: a energia elétrica consumida, os materiais de limpeza
consumidos (sabões, desinfetantes, vassouras, detergentes), o café consumido, os materiais de
expediente consumidos (canetas, papéis, cartuchos de tintas para impressos e outros), a
utilização dos serviços telefônicos etc.
Szuster et al, (2009), define despesas como o gasto relativo a bem ou serviço
consumido direta ou indiretamente para:

a) Comercialização e distribuição dos produtos (despesa de vendas);


b) Direção geral e área de apoio (despesa administrativa); e
c) Remuneração do capital de terceiros (despesa financeira).

Sendo assim, as despesas incorridas para a obtenção de receitas devem ser


contabilizadas no mesmo período em que as receitas foram contabilizadas, em consequência
do pressuposto do regime de competência (SZUSTER et al, 2009).

b4) Perda

Segundo Ludícibus e Marion (2006), as despesas e receitas não relacionadas


diretamente com com o objetivo do negócio da empresaa são classificadas como não
operacionais. Normalmente, trata-se de ganhos ou perdas, isto é, são aleatórioas. Por exemplo:
ganhos ou perdas de capital, são os lucros ou prejuízos na venda de itens do ativo permanente:
venda de um veículo (imobilizado), com lucro ou prejuízo; venda de máquinas e
equipamentos (imobilizado), om lucro ou prejuízo; venda com lucro ou prejuízo de ações
(investimento) etc.
Já Szuster et al (2009), define perda como o bem ou serviço consumido de forma
anormal, ou involuntária e inesperada, que não tem a capacidade de gerar benefícios no
presente nem no futuro, por exemplo, ou assalto ao caminhão que estava entregando a
mercadoria da empresa.

c) desembolso

É o esforço financeiro associado ao pagamento – saída de caixa – resultante,


normalmente, da aquisição de bem ou serviço (SZUSTER et al 2009).
Dessa forma, diante dessas conceituações, pode-se concluir que, tanto o custo e a
despesa, a perda e o investimento representam gastos. O custo ocorre efetivamente quando da
transformação da matéria-prima em produto acabado, de forma que todos os gastos incorridos
no processo fabril representam custos de produção. Uma vez determinado o custo de um
produto, pode-se dizer que o mesmo se transformará em despesas por ocasião da efetivação da
venda.

2.2 Regimes de contabilidade

A contabilidade se utiliza de duas maneiras distintas para apuração de resultado. A


estas duas maneiras (formas) distintas de apurar resultados denominados regimes de
contabilidade.
 Regime de competência

Segundo Ludícibus e Marion (2006), o regime de competência é universalmente


adotado, aceito e recomendado pelo Imposto de Renda. Evidencia o resultado da empresa
(Lucro ou Prejuízo) de forma mais adequada e completa. As regras básicas para a
contabilidade pelo regime de competência são:
A receita será contabilizada no período em que for gerada,
independentemente do seu recebimento. Assim, se a empresa vendeu a prazo em dezembro
do ano T1 para receber somente em T2, pelo regime de competência, considera-se que a
receita foi gerada em T1; portanto, ela pertence a T1.
A despesa será contabilizada como tal no período em que for consumida,
incorrida, utilizada, independentemente do pagamento. Assim, se em 10 de janeiro de T2
a empresa pagar seus funcionários (que trabalharam em dezembro de T1), a despesa compete
a T1, pois nesse período ela incorreu efetivamente.
Segundo Szuster et al (2009), o regime de competência é adotado pela
contabilidade das empresas, visando dotá-las de uma fiel expressão monetária de todos os
seus bens, direitos e obrigações representativos de sua estrutura patrimonial. A adoção desse
regime é consubstanciada na Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404), em seu artigo 177,
e no inciso 1º do artigo 187.
Tais conceituações contidas nessa Lei representam basicamente dois conceitos
fundamentais da contabilidade o de competência ou Realização de Receita e confronto das
despesas com as Receitas e com os Períodos Contábeis (SZUSTER et al, 2009).
Segundo a realização de receitas, essas conceituações são reconhecidas no
exercício em que ocorre o evento econômico – como a venda de bens ou prestação de serviços
-, ou seja, quando do fornecimento de bens ou serviços em troca de outros bens ou direitos, tal
como os títulos a receber. Assim sendo, esse fundamento norteia a contabilização das vendas
de bens e prestação de serviços, e o consequente registros a receber, independentemente da
sua realização financeira (HOJI, 2007).

 Regime de caixa

O regime de caixa consiste em classificar e reconhecer as operações de uma


pessoa jurídica pelo efetivo ingresso e desembolso de bens numerários. Mais precisamente,
sua adoção está, a rigor, voltada ao fluxo financeiro – ou fluxo de caixa - de um
empreendimento (SZUSTER et al, 2009).
Dessa forma, verifica-se que, segundo Ludícibus e Marion (2006), o regime de
caixa é uma forma simplificada de contabilidade; é aplicado basicamente às entidades sem
fins lucrativos, tais como igrejas, clubes, sociedades filantrópicas etc.
As regras básicas ainda segundo Ludícibus e Marion (2006), para esse regime são:

 A receita será contabilizada no momento de seu recebimento, ou seja, quando


entrar dinheiro no caixa (encaixe).
 A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair
dinheiro do caixa (desembolso).
Assim o lucro será apurado subtraindo-se toda a despesa paga (saída de dinheiro
do caixa) da receita recebida (entrada de dinheiro no caixa).

3 OS DESAFIOS DO GESTOR

CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e


normativas. 7. ed. São Paulo: Manole, 2014.

HOJI. Masakuzu. Administração financeira na prática: guia para educação


financeira corporativa e gestão financeira pessoal. São Paulo: Atlas, 2007.

Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações). Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 15 dez. 1976.

LUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, Carlos. Curso de contabilidade para não


contadores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Administração para empreendedores:


fundamento da criação e da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2006.

PRIMAK. Fábio Vinícius. Decisões com B.I. (Business Intelligence). Rio de


Janeiro: Editora Moderna Ltda, 2008.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

SZUSTER, Natan et al. Contabilidade Geral: introdução à contabilidade societária.


2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade


empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

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