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Aibo: procurando um animal de estimação?

Vendem-se: filhotes de cachorro. Não é necessário levá-lo para passear,


não suja os tapetes, não estraga os móveis nem os chinelos, não come. Pode
ser desligado e colocado num armário toda vez que você sair de férias. Para
mais informações: www.world.sony.com/robot/get/meet/html.
Da terra do encantamento com os robôs vem a última novidade entre
essas máquinas — um cachorrinho chamado Aibo, um robô que proporciona
divertimento. Esse não é um animal ou uma máquina comum. Seu nome
apresenta diversas possibilidades. Talvez ele signifique robô de inteligência
artificial. Talvez ele se refira ao foco de uma câmera da Aibo, que faz dela o
‘olho de animal’. Ou talvez esse seja simplesmente o nome de um japonês
companheiro ou camarada.
O que você pode fazer com um Aibo? Bem, pode brincar com ele. O Aibo
tem como brinquedo favorito uma bolinha cor-de-rosa. Ele corre atrás dessa
bolinha, pega-a com a boca e a traz como qualquer cachorro de verdade faria.
Se você o elogia, ele abana o rabo, seus olhos acendem uma luz verde e ele
toca uma música alegre. O Aibo não é idêntico a um cachorro de verdade, mas
não há como negar que responde visivelmente ao amor e à afeição dedicados a
ele.
Uma vez que o Aibo pode responder a um elogio, ele pode aprender.
Quando você elogia um determinado comportamento do Aibo, ele fica mais
propenso a repetir esse comportamento. Quando censurado, muitas vezes fica
triste e toca uma música também triste. Outras vezes, ele responde à censura
ficando agitado e tocando uma música tempestuosa, enquanto seus olhos ficam
vermelhos. Apesar de as respostas do Aibo serem diferentes das dos cachorros
de verdade, ele demonstra as mesmas emoções. Como um cachorro de
verdade, o Aibo mostra que quer brincar pulando ao seu redor. Além de
nervosismo, tristeza e alegria, o Aibo pode demonstrar satisfação (seus olhos
ficam verdes e ele toca uma música alegre), surpresa (seus olhos acendem, ele
estremece e toca uma música que sugere surpresa), descontentamento (seus
olhos ficam vermelhos e ele se afasta) e medo (quando se depara com um
obstáculo que o impede de seguir em frente, ele toca uma música que sugere
medo).
Comandos de voz como ‘senta’ ou ‘rola’ não funcionam com o Aibo
porque o cachorrinho não possui mecanismo de resposta de voz. Em vez disso,
você o comanda por meio de um controlador de som. O Aibo responde apenas a
tons perfeitos, uma vez que seu controlador de som contém combinações de
comandos presentes em tons perfeitos. Se o Aibo está de mau humor, ele
simplesmente lhe ignora. Em contrapartida, quando está de bom humor, faz mil
gracinhas. Como muitos cachorros temperamentais, ele brinca apenas quando
quer.
Quando é hora de parar de brincar, você aperta um determinado botão e
o Aibo vai dormir. Quando não está ativo, ele fica em uma estação, que serve
como um carregador de bateria. O cachorrinho robótico vem com duas baterias
de lítio, de modo que uma pode ser carregada enquanto a outra está em uso.
Uma bateria dura cerca de 1,5 hora.
Há três cores de Aibo (cinza, preto metálico e prateado). Além disso, ele
possui microfones estéreos nos ouvidos, é capaz de reconhecer cores e formas
e emite uma grande variedade de sons. Um sensor em sua cabeça pode
distinguir um elogio de uma censura. Você pode escolher entre o Aibo to
Performance Mode, que faz gracinhas, e o Game Mode, do qual pode controlar
seus movimentos. Fazendo o Aibo correr e chutar, você pode até mesmo jogar
futebol com ele.
Pronto para comprar um Aibo? Você não conseguirá encontrá-lo em
qualquer loja. Ele é vendido somente pela Internet no site
www.world.sony.com/robot/get/meet/html, e seu preço é um pouco salgado —
250 mil ienes ou 2 500 dólares. Alguém está disposto a comprar um Aibo por um
preço desse? Em junho de 1999, a Sony ofereceu três mil Aibos no Japão e dois
mil nos Estados Unidos, e eles foram vendidos em 20 minutos. Em novembro de
1999, quando a Sony ofereceu mais dez mil, mais de 130 mil pedidos chegaram
à empresa. Diante dessa demanda maior do que a esperado, a Sony sorteou
Aibos no Japão, Estados Unidos e Europa.
Uma das principais características do Aibo é sua arquitetura aberta. Com
base nas experiências com o videogame PlayStation, a Sony decidiu não
desenvolver tudo sozinha. Assim, ela convidou outros desenvolvedores para
criar novos programas para o Aibo. Isso resultou em um rápido desenvolvimento
de programas que permitem a você ensinar gracinhas e movimentos para o
cachorrinho.
O que você pode ensinar para o Aibo? O que acha de um cachorro
dançante que canta músicas do Elvis como You ain’t nothing but a hound dog.
Ou de um cachorro que realmente odeia gatos? O Aibo pode ser programado
para reconhecer gatos e reagir a eles com firmeza. Na verdade, duas empresas
criaram gatos computadorizados, de modo que logo poderemos ter boas lutas
entre gatos e cachorros, mas sem sangue, feridas e contas no veterinário.
Para testar a reação dos consumidores a essas criaturinhas antes de
colocá-las à venda, a Sony demonstrou o Aibo em muitas feiras. A reação geral
foi: “Ele é tão bonitinho!” Um entusiasmado consumidor comentou: “Eu adoro
esses robozinhos. Para mim, este seria perfeito. Sou solteiro e não tenho tempo
para um dedicar a um cachorro de verdade.” Outro disse: “Essa é coisa mais
legal que já vi em minha vida.” Inúmeros jornalistas, bastante privilegiados por
brincar com o Aibo, se divertiram muito com o cãozinho — mesmo não
conseguindo fazer muita coisa.
Embora o Aibo não busque seu jornal, traga seus sapatos ou espante os
ladrões, esse pequeno cãozinho é uma promessa do ponto de vista do
marketing. A Sony espera criar um novo setor de robôs que proporcionem
divertimento — setor que a administração da Sony acredita ser maior do que o
de computador pessoal.
Esses robôs dão início a uma nova era de criaturas digitais. É certo que
há pessoas fanáticas por essas máquinas que já se reúnem anualmente para o
Robocup — a Copa do Mundo dos robôs (www.robocup.org) — e robôs que
lutam sumô e participam de competições no Japão. Mas esses têm apelo
apenas entre consumidores com interesses específicos e muitas vezes
limitados. Os novos robôs do estilo do Aibo, que proporcionam divertimento, têm
um apelo mais amplo. E o que é mais importante: eles podem deixar as pessoas
mais confortáveis com a idéia de interagir com máquinas parecidas com
humanos. Acontecendo isso, os robôs podem se tornar enfermeiras,
empregadas domésticas e guarda-costas. Eles podem até mesmo se tornar
colegas que andam e conversam conosco. Há muito mais do que um R2D2 — o
robô de Guerra nas Estrelas — em tudo isso. Além disso, na década de 1980,
quando Guerra nas Estrelas era popular, o R2D2 e seus companheiros pareciam
muito distantes. Hoje, o Aibo e os outros ‘animais de estimação robôs’ parecem
estar nos levando para o mundo de Guerra nas Estrelas muito mais rapidamente
do que pensávamos.
Para aqueles que não podem pagar por um Aibo, a Shaper Image lançou
o Wee Bot, que está disponível em versão adulto ou criança e também em
família. O Wee Bot possui olhos grandes, brilhantes e expressivos que se
movem e uma linguagem extraterrestre de arrotos, pios, roncos, arrulhos,
risadas, latidos, gargalhadas, ronrons e gemidos. O que dispara essas reações?
O carinho e outros sentimentos que você lhe dispensa. Eles expressam
felicidade quando acariciados, mau humor quando com sono e impaciência
quando importunados. Eles respondem aos comandos a partir de um ‘tradutor’
sem fio silencioso que converte os desejos do dono numa linguagem que o
cãozinho compreende. As crianças, chamadas de PeeWee Bots, tem sua
própria rotina e respondem a mensagens de voz emitidas do Wee Bot adulto
mais próximo. Elas gostam de exercícios e de tirar cochilos; também comem
emitindo sons como se estivessem engolindo e comendo de verdade. Quando
felizes, eles se comportam. Em contrapartida, quando não estão felizes, é
necessário ‘modos especiais’ para mantê-los na linha.
Os Wee Bots não se parecem com nenhuma criatura que conhecemos. O
corpo deles é arredondado, e há dois modelos de adultos: o Twirple, que tem o
corpo roxo e os olhos verdes, e o Ziggle, que tem o corpo laranja e os olhos
verdes. O melhor de tudo: eles não custam muito caro. Um Wee Bot adulto custa
39,95 dólares, um PeeWee Bot, 29,95, e uma família (um adulto e duas
crianças) sai por 99 dólares. Basta entrar em contato com a Sharper Image para
obter um animal de estimação da nova era.

Questões

1. De que modo fatores pessoais poderiam afetar a compra de um Aibo?


E de um Wee Bot?
2. Quais fatores culturais e sociais poderiam afetar a decisão de se
comprar um Aibo ou um Wee Bot?
3. De que maneira os grupos de referência afetam o interesse do
consumidor em robôs de estimação ou robôs em geral?
4. Quais necessidades um indivíduo que compra um robô de estimação
provavelmente está satisfazendo?
5. Na sua opinião, por que a Sony decidiu vender o Aibo apenas pela
Internet? De que maneira essa escolha pode afetar o processo de decisão de
compra do consumidor? Para você, essa decisão foi inteligente?
6. De que modo as vendas apenas na Internet poderiam afetar a taxa de
difusão do Aibo? Na criação desse novo setor, o que a Sony poderia fazer para
tornar mais rápida a difusão dos robôs voltados para o entretenimento?

Fonte: Neil Gross e Irene Kunii, “Man’s best friends: and no scooper
needed”, Business Week, 20 jul. 1998, p. 53; Irene Kunii, “This cute little pet is a
robot”, Business Week, 24 maio 1999, p. 56–57; Peter Landers, “At last, a dog
that barks, wags its tail, and never has to go out”, Wall Street Journal, 12 maio
1999, p. B1; Ginny Parker, “In Japan, robots are not just for factories anymore”,
Greensboro News and Record, 2 nov. 1999, p. B6–B7; “Robots”, The Economist,
5 jun. 1999, p. 78; Richard Shaffer, “Can’t anyone make a decent robot?”,
Fortune, 19 jul. 1999, p. 120–121; “Sony launches special edition ‘Aibo’
entertainment robot”, press release da Sony, 26 out. 1999; “Sony’s Aibo robot
dogs draw 130,000 orders in Japan alone”, AsiaPulse News, 15 nov. 1999, p.
100; e catálogo da Sharper Image, 1999.

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