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Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

http://joomla.esec-macao.rcts.pt

Homenagem aos
Professores e Funcio-
nários Aposentados e
Jantar Convívio
pág.3

Recuperar??!! Alunos
ou Professores?
pág.13

Biodiversidade
pág.16

Cimeira de Copenhaga
pág.17

Passos do Senhor
pág.19

Não à Violência
pág.20

(Des)Acordo Ortográfico
pág.24

A importância do pe-
queno-almoço para as
crianças
pág.28

Aproxi Mação
pág.32

vistas com os
e
Entr utados...
Dep
lo P ortas
u
Dr. Pa e
s co Cunha
Dr. Va
pag. 15

Av Dr Sá Carneiro, S/N 6120-724 MAÇÃO - PORTUGAL - Tel: 241519030 e Fax: 241519038 Horizontes 1
EMail geral: secret-eb23smacao@mailtelepac.pt
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Todos os manuais de Ciências Huma- dade legal de interferir na gestão das es- portante, projectando aquilo que vai acon-
nas nos ensinam que o Homem é um ani- colas que até há bem pouco tempo lhe es- tecer num futuro próximo. Neste sentido
mal gregário dado que os elementos des- tava vedada. chamo a atenção para o que vai aconte-
ta espécie têm necessidade de se juntar Como facilmente se vê, hoje, a Comu-
para conseguir sobreviver. nidade Educativa tem uma amplitude mui-
As últimas três décadas do séc. XX to distinta, obrigando os seus membros a
mostraram, no entanto, um caminho de novas dinâmicas, a novas partilhas, a no-
dissolução dos laços comunitários, dan- vas responsabilidades.
do origem a sociedades cada vez mais in- Foi dentro deste novo espírito de parti-
dividualizadas e famílias cada vez mais lha e de responsabilidade que no final do
pequenas. primeiro período aconteceu no Agrupamen-
Como facilmente se vê este caminho to de Escolas Verde Horizonte, o nosso
levaria (ou levará) ao insucesso das soci- Agrupamento, uma cerimónia muito sim-
edades ocidentais, pelo que neste início ples mas repleta de significado.
do séc. XXI, assistimos a um interesse re- A Comunidade Educativa, alargada,
novado pela ideia de comunidade. agradeceu de forma simbólica o contributo
Hoje fala-se em recuperar o espírito de que todos os professores e funcionários,
comunidade, em investir numa comunida- aposentados desde que o Agrupamento
de com significados mais adaptados ao funciona nas actuais instalações, entregan-
nosso tempo e às novas exigências. Hoje do um Testemunho de Apreço pelos servi-
fala-se em comunidade no sentido de nos ços prestados a todos os homenageados;
reconhecermos em “associações” com o testemunhos assinados pelo principal res-
fim de actuar juntos na esfera extra pes- ponsável do Agrupamento e pelo principal
soal. responsável da Autarquia.
A comunidade (ou comunidades) apa- Foi com muita emoção que as mais de
rece agora como laço social que se tece três dezenas de Professores e Auxiliares cer na primeira semana de aulas do 3º
para defender bens e valores comuns. de Acção Educativa se encontraram com período - a Semana Cultural.
Uma comunidade que aparece hoje antigos e novos colegas e ouviram dizer Os dias catorze, quinze e dezasseis de
com significações, motivações e compo- que as instalações do Agrupamento conti- Abril serão três dias repletos de manifes-
sições distintas daquelas que historica- nuam a ser a sua casa, dado que foi aqui tações culturais, com complexidades e
mente lhe estavam reservadas é a Comu- que passaram grande parte, se não a mai- amplitudes distintas e para as quais cha-
nidade Educativa. or, da sua vida. mamos a atenção e presença de toda a
Hoje a interacção das escolas com o Em simultâneo esta Comunidade Comunidade porque esta Semana Cul-
meio envolvente é muito mais estreita e Educativa, alargada, teve ainda possibili- tural é de toda a Comunidade Maçaense
consequentemente mais complexa; os dade de homenagear o aluno Gonçalo Ma- e para toda a Comunidade Maçaense.
pais, a administração local e a comunida- tos pelo feito de dimensão nacional – ven- Boa leitura e uma Páscoa Feliz para
de no sentido lato, têm hoje uma legitimi- cer as Olimpíadas da Matemática. todos.
O Jantar que a equipa de brilhantes co- José António Almeida
FICHA TÉCNICA zinheiras do Agrupamento confeccionaram

i z o n t e s e que banqueteou os, quase duzentos, co-

Hor
mensais, numa sala magnificamente
decorada, encerrou um período lectivo
Nº 2
complexo mas extremamente
Março de 2010 motivante.
Coordenação: O Jornal “Horizontes” que chegou às
- Anabela Ferreira; nossas mãos, pela primeira vez, tam-
- Luísa Morgado; bém no final do período veio dar uma
- Maria José Mendes; nova visibilidade, interna e externa, às
- Maria da Luz Faria. dinâmicas desta nova Comunidade
Concepção Gráfica: Educativa.
- Sónia Mendes Dias. Estes “Horizontes” chegam mais uma
Redacção:
vez às nossas mãos mostrando, ainda
- Professores e
- Alunos do Agrupamento.
que de forma sumária, aquilo que foi
acontecendo nos últimos três meses nes-
ta nossa Comunidade e, não menos im-

Horizontes 2
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

HOMENAGEM AOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS


POSENTADOS E
JANT AR CONVÍVIO
ANTAR
O nosso Agrupamento de escolas en- outras. lo que as palavras, ainda que muito
cerrou com Chave de Ouro o Primeiro Pe- Distinguiu-se, nesta ocasião, igualmen- enaltecedoras, não conseguiram expres-
António José Ri-
ríodo.
beiro
Com efeito, no dia 21 de Dezembro de
te um ex-aluno da escola, Gonçalo Simões
de Matos, pelo acto meritório, que deverá
sar, o agradecimento imenso devido a
uma vida de dedicação ao outro, quase
2009, todo o pessoal servir de inspiração e que uma missão.
do Agrupamento foi exemplo a todos os Para finalizar, e dentro do espírito de
convidado a reunir-se nossos alunos, de ter amizade intensa que se viveu, prosse-
na Escola Sede para sido galardoado com guiu-se com um jantar convívio de Natal,
realizar uma homena- a Medalha de Ouro – cuja confecção provou, mais uma vez, de
gem a todos os funci- Categoria B do 10º ao que cariz as pessoas que aqui trabalham
onários e professores 12º ano de escolari- se revestem, pela sua excelente qualida-
do mesmo já aposen- dade – nas XXVII de, tendo as sobremesas sido trazidas
tados. O critério de se- Olimpíadas Portugue- pelos presentes, reforçando a partilha, e
lecção, explicado pelo sas da Matemática. encerrando-se com a troca de presentes
Senhor Director do Todos estavam vi- natalícios.
Agrupamento, durante sivelmente emocio- Todos, independentemente de se en-
a cerimónia, e aquando do seu discurso, nados, não só os que recebiam um reco- contrarem no activo ou de já terem traba-
foi a barreira temporal que delimitou o iní- nhecimento merecido, mas lhado na edu-
cio da constituição do Agrupamento, vis- também aqueles que no cação, das vá-
to existir a impossibilidade de realizar esta seu dia-a-dia confirmam rias faixas
homenagem sem a balizar, isto é, reco- que é minuto a minuto que etárias, se sen-
lhendo “ad aeternum” (desde sempre) to- se constrói o amanhã e que taram, lado a
dos os que deram os melhores anos das sabem que o seu esforço lado, e confra-
suas vidas ao projecto comum de formar geralmente não é visível e ternizaram en-
crianças e jovens neste Agrupamento. muito menos dignamente tre sorrisos e
Este evento contou igualmente com a recompensado, alimentan- boa disposi-
presença de várias figuras eminentes do do-se de pequenas alegri- ção.
concelho, o Senhor Presidente da Câma- as como uma palavra de Quem parti-
ra Municipal de Mação, que nos vem ha- simpatia ou uma evolução cipou jamais
bituando com a sua presença sempre sentida. esquecerá.
agradável nas várias actividades escola- Distribuíram-se certificados, devidamen- Neste dia também foi Natal.
res, o Senhor Vereador da Cultura, entre te emoldurados, que materializaram aqui-
Professora Anabela Ferreira

Ser Cidadão é.....


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ser cidadão responsável consiste em Ser cidadão é ser pessoa, é ter direitos que é ser cidadão, viveríamos num pais
conhecer os seus direitos e os seus deve- e deveres, é assumir as suas liberdades e melhor, menos injusto, e a nossa qualida-
res no sei da sociedade. responsabilidades no meio da comunida- de de vida teria outra importância. Infeliz-
Ser cidadão é…saber expor as suas de democrática. mente, são poucas as iniciativas para a
ideias. O ser cidadão é sem dúvida, uma ex- criação de consciência na sociedade.
Ser cidadão é…discordar ou concordar. pressão que precisa de ser mais utilizada
Ser cidadão é …respeitar as opiniões pelos Portugueses. Leonor Castanho, n.º14 do 5.ºA
dos outros. Se todos os Portugueses soubessem o
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ser cidadão é…ser educado.
Ser cidadão é…recusar fazer uma coi-
sa que não é correcta.
Ser cidadão é …saber o que se passa à
nossa volta.
Ser cidadão é …tomar as suas próprias
Jornal Digital
decisões.
Ser cidadão é…saber viver em comuni-
dade.
Ser cidadão é…não ofender nem dei-
Verde Horizonte on-line
xar que te ofendam.
Ser cidadão é…expressar -se livremen-
Leia, colabore e divulgue!!!
te.
Ser cidadão é …saber escutar. http://verdehorizonteonline.blogspot.com/
Mónica Giblote, n.º 17 do 5.ºA

Horizontes 3
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS
A Professora da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica realizou, com
os seus alunos do 2º ciclo, uma exposição de presépios que esteve exposta na E. B. 2,3/S de
Mação, desde a última semana do 1º período até ao Dia de Reis. A Professora agradece, não
só aos alunos pela sua participação, empenho e
interesse, mas também aos respectivos pais/fami-
liares que foram cooperantes com os seus
educandos.
Os alunos vencedores foram:
1º Prémio:
- Ana Rita Lopes – nº3- 6ºAno - turma A.

2º Prémio
- Gonçalo Rei – nº6 - 6ºAno – Turma A;
- Edgar Pereira – nº5 – 5º Ano –Turma B;
- Luís Oliveira – nº11 – 5º Ano –Turma B:

Parabéns aos vencedores!

CONCURSO PORTAS DE NATAL


Porta A14: 1º Escalão
Ao chegar ao final do primeiro período Natal”, onde deu largas à sua imaginação
lectivo lembramo-nos do Natal, época que e criatividade, através de um design origi-
assinala uma das festas católicas mais im- nal equilibrando o espaço com materiais
portantes. e técnicas diversas.
A comunidade educativa não quis dei- Como coordenadora do concurso agra-
xar de passar esta época festiva sem dar deço a todos os participantes que direc-
o seu contributo, entre inúmeras activida- tamente ou indirectamente participaram
des também participou com grande entu- na decoração das portas.
siasmo no concurso intitulado “Portas de
Camila do Rosário Fernandes

6ºC
Natal
Velho Menino-Deus que me vens ver
Porta A13: 2º Escalão Porta C4: 3º Escalão Quando o ano passou e as dores passaram:
Sim, pedi-te o brinquedo, e queria-o ter,
Mas quando as minhas dores o desejaram...

Agora, outras quimeras me tentaram


Em reinos onde tu não tens poder...
Outras mãos mentirosas me acenaram
A chamar, a mostrar e a prometer...

Vem, apesar de tudo, se queres vir.


Vem com neve nos ombros, a sorrir
A quem nunca doiraste a solidão...
Mas o brinquedo... quebra-o no caminho.

O que eu chorei por ele! Era de arminho


Assistentes E batia-lhe dentro um coração...
CEF 1A 12ºB
Operacionais
Miguel Torga

Horizontes 4
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

No dia 6 de Janeiro, os alunos e José Francisco que apresentaram


da Escola do 1ºCiclo e Jardim-de- em Power-point a história “Uma
Infância de Ortiga comemoraram as Aventura na Terra dos Direitos” que
Janeiras de forma original. Os alu- mencionou os Direitos e Deveres
nos ouviram a história dos Reis Ma- das Crianças, salientando que todas
gos e alguns alunos vestiram o pa- as crianças merecem atenção, ca-
pel de actores, dramatizando-a. rinho e o respeito de todos os adul-
Também realizaram a coroa de Reis tos.
com cores e enfeites relembrando A propósito do Carnaval, no dia
este dia. Por fim saíram para a rua 12 de Fevereiro os alunos deram
para cantar as Janeiras, no Centro outro colorido e entusiasmo à loca-
de Solidariedade Social “Nossa Se- lidade, com o tradicional desfile de
nhora das Dores” de Ortiga, na Jun- Carnaval. Visitaram várias institui-
ta de Freguesia de Ortiga e em al- ções do seu meio, contactando de
gumas casas de comércio, percor- perto com diferentes gerações, e
rendo grande parte da aldeia. reviveram uma das tradições mais
Na continuidade das actividades antigas da região. Foram bem aco-
propostas os professores da Edu- lhidos por todos, que se mostraram
cação Especial do Agrupamento receptivos a esta actividade.
Verde Horizonte de Mação, realiza- Esta iniciativa, decorreu com
ram uma exposição para comemo- grande entusiasmo e alegria de toda
rar o “Dia da Não Violência nas Es- a comunidade escolar.
colas”. Este foi assinalado pelos Estas foram algumas actividades
alunos da Escola e do Jardim de que contribuíram para fomentar e in-
Infância, com a elaboração de car- tensificar a relação Escola/Família/
tazes alusivos ao tema. Comunidade, promovendo e estimu-
Realizou-se ainda uma activida- lando a imaginação e a criatividade
de proposta pela Comissão de Pro- dos nossos alunos.
tecção de Crianças e Jovens, para Os Professores da Escola Bási-
assinalar os «20 anos da Conven- ca e Jardim Infância de Ortiga
ção dos Direitos da Criança». Esti- Helena Martins
veram presentes na nossa escola Miguel Ângelo Lopes
a Professora Margarida Castanho

No dia 11 de Fevereiro de 2010 os alu- O primeiro espaço a visitar foi o plane- vimos no computador o avião a passar em
nos do 7ºA,7ºB e 7ºC deslocaram-se ao tário, a sala subterrânea onde se pode si- frente do Sol!!!!!...
Centro de Ciência Viva de Constância, no mular o céu: dia e noite (constelações…). Finalmente saímos ao exterior para nos
âmbito das disciplinas Ciências Físico- Aqui foi-nos explicado a origem dos nomes situarmos e percebermos como se des-
Químicas e Ciências Naturais. das constelações (lendas associadas…) cobriu que a Terra não é o centro do Uni-
Após o planetário, seguimos para o verso…
Observatório solar, laboratório que no seu
terraço tem uma cúpula móvel que abriga
um telescópio que capta imagens do sol.

A tarde começou bem animada ainda


na viagem. Para nós esta visita serviu para enten-
À saída da auto-estrada começamos der o que nos foi explicado na aula e para
a avistar a vegetação que rodeava o des- Nessas imagens conseguimos ver as man- aprofundarmos conhecimentos. De um
tino final: Centro de Ciência Viva de Cons- chas solares, as protuberâncias… Foi - nos modo geral foi muito benéfica.
tância. também explicado as consequências que
Estávamos muito ansiosos por come- o Sol tem para a nossa visão e como é 7ºC
çar esta visita que esperávamos há mui- constituído. Conseguimos visualizar um Mariana Silva nº17 e
to… fenómeno que não se vê todos os dias, Rita Marques nº22

Horizontes 5
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Para participar no Concurso, os alunos


escreveram um conto literário subordina-
do, este ano, ao tema CONTO DE NA-
.R.. E.
B. E.C.R Drº Francisco Piçarra, Conservador da TAL.
Conservatória de Mação, Padre Amândio Os textos foram redigidos individual-
Neste segundo período foram comemo- Mateus, Director do Jornal Voz da Minha mente, na aula de Língua Portuguesa,
radas várias efemérides e realizadas vá- Terra, Drª Rosário Wanhon Bibliotecária sendo originais e inéditos, em folhas de
rias actividades das quais destacamos as da Biblioteca Municipal de Mação, Profes- formato A4, entregues às professoras da
seguintes: nos meses de Janeiro, come- soras, Helena Antunes, Ana Neves e Luísa disciplina de Língua Portuguesa que pro-
moração Dia Mundial de Braille, de Feve- Gonçalves, professor, José Maia, funcio- cederam à sua correcção.
reiro, comemoração do Dia de S. Valentim nários, José Casimiro, Glória Silva e Ali- Posteriormente, os contos foram devol-
ce, equipa de alunos da biblioteca profes- vidos aos alunos, para serem processa-
sores, alunos, agrupamento de Língua dos a computador tendo como limite uma
Portuguesa, funcionários, encarregados página de tamanho A4.
de educação, professores reformados, A selecção foi organizada pelo 2º Ci-
dinamizaram estas iniciativas, com várias clo, 5º e 6º anos, e 3º Ciclo, 7º, 8º e 9º
actividades diversificadas, com o intuito de anos. Havendo 1º, 2º e 3º prémios para
motivar e criar hábitos de leitura, bem cada nível de ensino (ano escolar).
como aprender que a leitura deve ser en- O Júri foi constituído pelas docentes de
carada numa perspectiva essencial para Língua Portuguesa.
a formação individual e profissional, mas A selecção fez-se em três fases, a sa-
assumindo, antes de mais, um perfil cul- ber: 1ª selecção realizada pela docente
tural e lúdico. da disciplina e da respectiva turma do
Os alunos das turmas, A,B,C do 8º e A aluno(a); 2ª selecção realizada pelo gru-
e de Março, comemoração do Dia da Mu- e B do 9º ano e a professora Anabela po de docentes de Língua Portuguesa a
lher e do Dia do Pai. As actividades fo- Martins, elaboraram e distribuíram leccionar o mesmo ano e 3ª selecção re-
ram: a “Escrita Criativa”, em que foram marcadores durante a semana. alizada pelas mesmas para distribuição hi-
dados temas mensalmente, tendo os alu- Destaca-se, ainda, a acção do Agrupa- erárquica dos três prémios.
nos escrito vários textos de vários géne- mento de Língua Portuguesa que A participação, neste concurso, impli-
ros, ilustrados ou não. Os temas propos- contribuíu para que a efeméride decorres- cou a plena aceitação do Regulamento.
tos: no mês de Janeiro – “As Janeiras”; se com sucesso. A atribuição dos prémios já ocorreu e a
Fevereiro –” Workshop de Cartas “e em É inquestionável que a leitura tem um entrega dos mesmos aconteceu no dia 18
Março – “Ser Jovem é”. papel importante no crescimento e no de- de Fevereiro, na B.E./C.R.E. (Biblioteca
Foram divulgadas as Novidades, divul- senvolvimento intelectual e afectivo dos da escola), pelas 12 horas e 30 minutos,
gação semanal/mensal de autores portu- alunos e das pessoas em geral. conforme previsto e antecipando a come-
gueses/estrangeiros com obras na Biblio- moração do Dia Internacional da Língua
teca, tendo sido divul- “O verdadeiro analfa- Materna (21 de Fevereiro).
gados neste período beto é aquele que apren- Foram atribuídos os seguintes prémios:
os seguintes: Miguel de a ler e não lê.” 5ºano:
Sousa Tavares, (Mário Quintano) - 1º prémio - Inês Pereirinha 5ºA
Stephenie Meyer, Jor- - 2º prémio – Micaela Coelho 5ºA
ge Sampaio, Jaime A Equipa da Biblioteca - 3º prémio – Mª Leonor Bento 5ºA
Cortesão, Vitorino Escolar 6ºano:
Nemésio, Fernando António Bento - 1º prémio – Vanessa Lopes 6ºB
Pessoa, José Fanha e - 2º prémio – Raquel Cabrita 6ºB
José Jorge Letria, Eça 7ºano:
de Queirós, entre ou- -1º prémio – Patrícia Esteves 7ºB
tros. -2º prémio – Alison Coluna 7ºC
Na semana de 8 a 12 de Março de -3º prémio – Carolina Gonçalves 7ºA
2010, decorreu no Agrupamento de Es- “Escrever um conto” 8ºano:
colas, sede, Jardim de Infância, Iº Ciclo, O Agrupamento de Língua Portugue- - 1º prémio – Ana Martins 8ºC
de Mação, EB1 de Penhascoso, Ortiga, sa realizou, na nossa escola, a primeira - 2º prémio – Cláudia Gaspar 8ºB
Envendos e Cardigos a Semana da Leitu- edição do concurso “Escrever um conto” - 3º prémio – Teresa Rosa 8ºA
ra, inserida no Plano Nacional de Leitura. destinado aos alunos do 2º e 3º Ciclos. 9ºano:
Estas iniciativas destinaram-se a celebrar Este concurso visou dar a conhecer os - 1º prémio – André Ribeiro 9ºB
e incentivar o prazer de ler. A biblioteca géneros textuais e as técnicas de correc-
da nossa escola em colaboração, com a ção e aperfeiçoamento dos produtos do Agradecemos a todos a participação!
Directoria, convidados como é o caso do processo de escrita e desenvolver a ca- Parabéns a todos!
Drº Saldanha Rocha, Presidente da Câ- pacidade para usar multifuncionalmente
mara Municipal de Mação, Drº Vasco Es- a escrita, com a consciência das esco- Anabela Ferreira
trela, Vereador da Cultura, Arquitecto, lhas decorrentes da função, forma e des-
Ricardo Cabrita, Paula Aparício, Repre- tinatário.
sentante dos Encarregados de Educação,

Horizontes 6
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Um sorriso
Eram seis horas da tarde de dia vinte requintadamente decorada para a ocasião. guém como eu consegue viver assim e
e três de Dezembro, e o Miguel entrava Na manhã seguinte, o céu estava mui- continuar alegre?! A mim, o que me man-
em casa vindo do parque, onde sozinho to nublado, impedindo o sol de espreitar, tém vivo por dentro, são os sorrisos que
fora brincar, já que eram mui- e o vento gritava sem descan- aquelas crianças retribuem todos os dias
to poucos os amigos que ti- so. O rapaz levantou-se num e o brilho de felicidade que os seus pe-
nha. Espreitando através da pulo, ainda cedo, e foi dar um quenos olhos me transmitem. Nunca te
fisga da porta, o rapaz de passeio pelo bairro, deixan- esqueças disto: o amor e o carinho são o
olhos castanhos como o cho- do o resto da família a dor- mais importante de tudo.
colate, observou os seus mir. No caminho, Miguel en- Miguel, sem encontrar palavras para
pais, que conversavam com controu Jeremias, seu conhe- responder a tão sábia afirmação, simples-
ar sério e ao mesmo tempo cido e amigo de seu pai, um mente sorriu e continuou o seu caminho.
triste: velhote simpático de uma sa- Chegou a casa, já os pais e os irmãos
- A nossa situação está bedoria imensa, que todos os estavam de pé, à sua espera para almo-
mesmo muito complicada. dias sorria às criancinhas que çar.
Coitadas das crianças. Nós passavam em frente ao pré- Durante toda a tarde, não conseguiu
nunca tivemos um Natal re- dio, cuja entrada era o seu deixar de pensar no que o velho Jeremias
cheado de prendas para os abrigo. Miguel nunca tinha lhe tinha dito, concluindo sem demora
meninos, ou uma Consoada com peru e percebido bem como é que uma pessoa que ele tinha razão.
bacalhau, mas este ano vai ser o pior de sem um tecto, agasalhos ou uma família, Chegada a hora da Consoada, a fa-
todos. conseguia encarar a realidade com aque- mília reuniu-se à volta de uma pequena
- Tens toda a razão, mas podemos ten- le sorriso na cara, mas não achou que o mesa, que suportava uma travessa com
tar resolver isto, ou pelo menos disfarçar momento fosse o mais indicado para fa- pescada. Todos estavam tristes, excepto
à frente dos miúdos. zer tal pergunta. No entanto, Jeremias res- Miguel, que rematou:
Miguel, ouvindo isto, não conseguiu pondeu-lhe: - Não importa aquilo que hoje come-
conter que uma gota de água salgada - Sabes, Miguel, a vida nem sempre é mos ou onde comemos, mas sim com
escorresse pela sua face, lembrando-se um mar de rosas e muitas vezes tenta dei- quem o fazemos. Tal como alguém me
dos seus colegas de escola, que falaram tar-nos abaixo, mas ela é muita curta e não disse: o amor e o carinho são o mais im-
o mês inteiro sobre caros presentes e a podemos deixar que isso aconteça. Todas portante de tudo.
sua grande família à volta de uma mesa as pessoas se perguntam como é que al- Ana Martins – 8º C

Um Natal Feliz
Era uma vez uma aldeia que esta- Embora não concordando com sua
va junto à costa portuguesa. Era uma Mãe, Alice calou-se e foi preparar a
aldeia pequena, bonita e tinha muitos mesa. Depois, voltou outra vez a per- Sou alguém muito…
pinhais e uma praia. Nessa aldeia vi- guntar à sua Mãe:
viam duas crianças, dos seus nove - Mãe, posso ir visitar a Filipa, à sua Activo! Um ser com muito poder auditivo!
anos. Eram ambas meninas uma cha- cabana ao pinhal? Livre mas responsável…
mava-se Alice e a outra chamava-se - Não, está muito frio, e os lobos de- Enérgica mas nada alérgica,
Filipa. vem de andar por perto. Xenófoba não sou nem quero ser,
As duas meninas andavam juntas Alice foi-se deitar e já quando todos Artista nem por sombras,
na escola. No recreio, falavam recor- dormiam, levantou-se da cama e foi ao Namoradeira e
dando os Natais passados. pinhal. De repente, ouviu uivar os lobos, Divertida …
A Alice era uma menina rica, mas a mas correu tão depressa que chegou à Rancorosa, nunca !!!
Filipa era uma menina pobre. A Alice cabana da Filipa. Quando lá chegou, viu Amorosa sempre que posso e quero.
morava numa grande casa, com um a cabana coberta de anjos e, lá dentro,
jardim e um lago. Enquanto, que a a Filipa e a sua Mãe conversavam ale- Madrugadora e sempre
Filipa vivia numa cabana no pinhal. gremente. Atrasada!
No dia 24 de Dezembro, a Alice e A partir daí a Alice compreendeu que Rapariga muito e pouco
a sua Mãe preparavam as coisas para o Natal é: Trabalhadora,
o jantar de Natal, quando a Alice per- Inteligente, ou não… e quando estou
guntou à sua Mãe: - PAZ Nervosa, nunca visto a minha camisola
- Mãe, podemos convidar a Filipa - ALEGRIA Sedosa.
para vir cá jantar? - SAÚDE Alexandra Martins
- Não, filha, a Filipa é pobre e, além - FELICIDADE 10.ºC , n.º1
disso, ela não é da nossa família. - TEMPO DE FESTA... para todos.
- Mas, Mãe, os pobres também têm
Natal, pois têm? Patrícia Esteves 7ºB
- Não, Alice, os pobres não têm Na-
tal.

Horizontes 7
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

A Sorte do Pai Natal


Um dia, o pai Natal ia no ar com o seu
O Espírito de Natal
trenó cheio de prendas e com as suas re- Estamos em 2009. As pessoas come- -Pois é, os meus pais não vieram, por-
nas voadoras. çam os preparativos para a mais linda e que estão a tratar de negócios. – disse
colorida festa do ano: o Natal. Luís vai às orgulhoso o Daniel aos primos.
compras com os pais. A família reúne-se Entretanto, os primos foram almoçar e
sempre no Natal para trocar as prendas. depois foram ao parque.
Eles apressam-se para terem todas as Luís não quis brincar, pois viu um men-
prendas, pois o Supermercado está a fi- digo e foi-lhe dar algum dinheiro e o men-
car cheio. digo segredou-lhe ao ouvido:
Quando acabam de as comprar, diri- -Vais ter muitas prendas, alegria e feli-
Mais à frente, deixou cair um saco gem-se à caixa para as pagar. Eram, ao cidade neste Natal, rapaz.
com prendas mas não reparou que o saco todo, 25 prendas embrulhadas e, juntos, Pouco depois, o mendigo foi falar com
tinha caído. dirigem-se para o carro. o Daniel.
No dia seguinte, passaram lá dois -Temos prendas para todos, -Então tu é que és o Daniel.
meninos: o Luís e o Pedro, viram o saco mãe? - pergunta o Luís. Sou amigo do teu avô. És rico,
e foram logo a correr para ver o que lá -Temos filho. Uma para não és?
estava dentro. Quando viram os brinque- cada membro da família. – res- -Vai-te embora! Não dou di-
dos o Luís quis ficar com eles, mas o ponde-lhe a mãe, enquanto car- nheiro aos pobres!
Pedro disse: rega o carro com as compras. -Não vais ter nenhuma
- Mas as prendas não são nossas! -o Faltavam dois dias para o Na- prenda este ano e vais ser tris-
Luís concordou e respondeu: tal e o Luís estava muito conten- te como ninguém! – disse o
- Tens razão Pedro, as prendas não te porque ia passar uma sema- mendigo ao afastar-se.
são nossas mas elas são tão bonitas por na com a sua família. A família O Luís foi para casa a pen-
isso è que eu disse que queria ficar com entra no carro e logo arrancam sar nas palavras do mendigo.
elas. Então vamos à cidade ver se encon- para o Norte. À noite, depois do jantar, as
tramos lá o Pai Natal! Quando chegam a casa do avô da fa- crianças e os adultos reuniram-se e tro-
Decidiram então ir à cidade ver se mília, são recebidos de braços abertos e caram prendas. E as palavras do mendi-
apanhavam o pai natal mas disseram-- logo conversam uns com os outros. Luís go concretizaram-se.
lhes que o pai natal só vinha no dia se- vai ter com os primos e brincam todos jun- -Por que é que eu não recebi prendas?
guinte. tos. À noite, a família reúne-se à mesa e – perguntou o Daniel muito admirado.
-Bem, sendo assim a única coisa a comem o que querem. -Bem…És tão rico que podes comprá-
fazer é esperar! – Disse o Pedro. Perto da meia-noite, os meninos vão las tu mesmo. – volveu o avô.
Mal o dia começou, voltaram à ci- para a cama e os adultos conversam mais Lá para a uma da manhã, toda a gente
dade e esperaram que o Pai Natal che- um pouco e depois vão deitar-se. se foi deitar menos o Luís.
gasse. Quando o Pai Natal chegou para De manhã, toda a gente se levanta e -Avô, quem era o mendigo que falou
perguntar às pessoas o que queriam re- prepara as coisas enquanto as crianças connosco no parque? – perguntou Luís.
ceber neste Natal, o Luís, com a ajuda do conversam e brincam. Vai ser uma noite -Um velho amigo meu. – respondeu o
Pedro entregou-lhe o saco com as pren- extraordinária! Entretanto: avô – Chamamo-lo de Espírito de Natal.
das e ficaram contentes pelo facto de o -Abram alas para o príncipe da família. -Porquê?
Pai Natal lhes ter agradecido. Era o primo mais chato que Luís tivera. -Porque é ele que vê quem merece re-
No Natal, o Luís e o Pedro recebe- O Daniel era o mais rico da família e trata- ceber prendas e quem não merece.
ram todas as prendas que tinham encon- vam-no como um príncipe. Todos os pri-
trado no saco. Essa, foi a forma de o Pai mos do Luís foram para ao pé dele. Raquel Cabrita, Nº 15 6º B
Natal os recompensar por terem entregue
as prendas que ele tinha perdido no pas-
seio do dia anterior. Uma Estrela Cadente
Edgar Pereira, Nº5 5ºB neve fria, olhou para o céu tros anos. Nesse dia estava muito nervo-
escuro, onde brilhava pe- so, pois já deveria ter recebido o que ti-
Era uma vez, num dia frio e chuvoso quenas estrelas que pare- nha pedido à estrela.
no País dos Sonhos. Nesse País vivia ciam dizer-lhe “espera um Olhou para o relógio e viu que já
uma família muito pobre… pouco”… e ele, coitado ficava à espera que era 11:30 da noite, hora de já estar a dor-
Passaram dias, semanas e meses, algo acontecesse. mir e de ter chegado tudo o que pedira ‘a
até que chegou o Natal. As ruas estavam Uma, duas, três, quatro, cinco… estrela cadente. Ele não sabia que as
enfeitadas de luzes, tudo estava muito bo- Contava as estrelas do céu, de repente prendas só eram entregues à meia-noite,
nito e perfeito. uma estrela cadente passava a toda a ve- no dia de Natal, e então disse:
Todos os dias das semanas de De- locidade no céu. Miguel fechou os olhos, - Nunca mais acredito numa estre-
zembro, um menino vestido com farrapos cruzou os dedos e pediu baixinho um de- la cadente, que realiza os sonhos. Acre-
chamado Miguel, sabia que em Dezem- sejo para a Noite de Natal. Um desejo só dito sim que um dia serei a melhor pes-
bro, havia algo de mágico! Todas as noi- dele. soa do mundo.
tes uma coisa brilhante passava no céu. Chegou o dia 24 de Dezembro. Vencedora 2º Prémio
Um dia, Miguel ao deitar-se na Miguel não estava contente como nos ou- Micaela Coelho, 5º B

Horizontes 8
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O Menino Jesus fugiu da cabana


No cimo de uma montanha, um senhor José pensou que o Pai Natal o ti- José viu que tinha procedido mal com
com barbas longas, via com uns binócu- nha raptado para fazer estátuas. o Pai Natal e correu atrás dele para lhe
los o menino Jesus e tudo o que ele fazia. Então disse-lhe: pedir perdão.
Um dia, ele reparou, que o menino -Olha lá, desaparece daqui e dá-me o Caminhou toda a tarde, até que o en-
Jesus ia fugir e foi atrás dele. meu filho! controu e disse-lhe, muito arrependido:
Na manhã seguinte, Maria e José repa- - Porquê? – perguntou o Pai Natal. - Peço-lhe imensa desculpa, por tudo
raram que o Menino Jesus não estava - Porque o raptaste! o que disse.
em casa, e ficaram muito aflitos. Pas- - Não, não o rap- - Não faz mal. – disse o Pai Natal.
sados dias José disse a Maria: tei. – respondeu o - Podes vir jantar à minha cabana nes-
- Vai chegar o Natal e o Menino Je- Pai Natal. ta noite de Natal? – perguntou José.
sus não está cá! - Não acredito em - Obrigado, mas não posso, tenho de
Maria continuava muito triste, por- ti, vai-te mas é embo- distribuir presentes toda a noite, para to-
que faltavam três semanas para esse ra. – disse José. das as crianças do mundo.
dia tão especial e nada sabia do Me- Maria, que ouvia a - Está bem, então Feliz Natal para ti!
nino Jesus. conversa, pensava - Muito obrigado, Boas Festas para
E o tempo foi passando. para que quereria o Pai vocês!
Dois ou três dias antes do Natal o Meni- Natal o Menino Jesus, e falou assim: Nessa Noite de Natal todos ficaram fe-
no Jesus apareceu na companhia do Pai - Para que quereria o Pai NATAL o nos- lizes.
Natal. so filho? Vanessa 5º B

Um Natal quase perfeito


Era uma vez uma menina chamada - De nada. da Joana disse:
Joana. - Olha Mafalda, tu gostas de ser po- - É meia-noite em ponto, hora de abrir
Joana tinha apenas onze anos e vivia bre? os presentes!
num bairro de Lisboa muito rico. Ao lado - Gosto! - Boas Festas! – responderam todos.
desse Bairro, existia um bastante pobre, - Como gostas, se nem no Natal rece- O João, que era um senhor muito sim-
que Joana conseguia ver da janela. bes presentes, e não tens aquela ceia de pático, lá do bairro, ofereceu-se para mas-
Nos Natais anteriores, ela punha-se à Natal, em família, e o pior é que não tens carar-se de Pai Natal, e distribuir os pre-
janela a ver os meninos que tinham a rou- dinheiro! sentes para aquelas pessoas.
pa suja e que, com certeza, também não - Posso não ter dinheiro, mas sou feliz Todos gostaram dos presentes e agra-
iam receber presente neste. Natal e muito como sou, e posso não ter presentes, e deceram ao pai e à mãe de Joana.
menos uma ceia de Natal como a sua. Ela ceia de Natal, mas tenho uma família que E os Natais seguintes foram sempre
ia comer peru, bacalhau e muitas outras me adora! muito animados.
coisas muito boas e deliciosas. Ouvindo aquilo, a mãe de Joana teve
Quando começava a Época Natalícia, a uma grande ideia, e essa ideia foi: nos Na- Inês Isabel Ribeiro Pereirinha, 5ºB
Joana ia comprar os presentes e às ve- tais seguintes reunirem-se com os mais ne-
zes, ficava parada a olhar para os brinque- cessitados e dar-lhes um Na-
dos, bastante usados e muitas vezes im- tal como nunca tiveram.
provisados, com que aqueles meninos, que E assim foi.
não conhecia, brincavam na rua. No dia vinte e quatro de
Joana tinha medo deles, que lhe fizes- Dezembro, Véspera de Natal
sem mal mas, ao mesmo tempo, gostaria lá estavam todos os convida-
muito de os tentar ajudar, mas nunca teve dos para a ceia de Natal e,
coragem. claro, não podia faltar a
Tudo isso mudou, numa tarde de sába- Mafalda e a sua família.
do quando Joana ia a correr e caiu. O que aquela gente toda
Uma menina pobrezinha ajudou-a a le- não sabia era que, à meia-
vantar-se. A menina levou-a a casa e a mãe noite em ponto, iam receber
de Joana colocou-lhe um penso. os presentes que tanto dese-
Joana queria ter coragem para falar com javam.
a menina, mas não conseguiu dizer nada. Terminada a Ceia de Na-
Passados uns minutos, teve coragem de tal, às onze horas em ponto,
falar com ela e perguntou- lhe. foram todos para a sala de
- Como te chamas? estar conversar. É claro que
- Chamo-me Mafalda. os mais novos foram todos
- Obrigado por me teres ajudado a le- brincar em conjunto.
vantar! A Cláudia, que era uma criada da casa

Horizontes 9
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Visita de Estudo Fábrica de Por


Porcelana da V
orcelana ista Alegr
Vista e
Alegre
No dia quinze de Janeiro, as turmas (2º sua organização sumária. Por volta de pato durante os seus tempos de modelo.
CEF, 10º B/ D) efectuaram uma visita de 1920, surgem as primeiras instalações, O pato recuperou rapidamente a sua pe-
estudo à fábrica Vista Alegre. As profes- contudo o Museu enquanto espaço físico nugem e dizem que a peça ficou belíssima.
soras que conceberam esta visita foram e intelectual organizado e aberto ao públi- Este pato ainda é vivo, encontrando-se ao
co apenas surge na década de 60, do sé- cuidado de um dos guias da visita. Actual-
culo XX. Em 2001, o mesmo foi sujeito a mente, um outro animal serve de modelo,
uma remodelação profunda de moderniza- todos nós o vimos na área da pintura, o
ção dos espaços e conteúdos, num esfor- pobre animal estava só e quiça triste por
ço de aproximar a colecção aos seus pú- estar sem companhia. Coitada daquela
blicos. bela perdiz.
Homem de visão muito além do seu tem- Nos primórdios desta fábrica, os seus
po, pois desde cedo procurou proteger a caminhos de acesso eram bastante lama-
fábrica dotando-a de um Corpo de Bom- centos e acidentados no Inverno, pelo que
beiros Privativo (01/10/1880), que é o mais as delicadas peças de porcelana, ao se-
antigo do país, vocacionado não só para a rem transportadas em primitivos carros de
segurança da fábrica, bem como para a bois, acabavam por se partir em grande
Vila de Ílhavo. A componente social, cultu- número. O fundador da VA, José Ferreira
ral e a saúde dos trabalhadores foi tam- Pinto Basto, não se deixou impressionar
movidas pelo objectivo primordial de pro- bém uma das suas preocupações, tendo por tal dificuldade e rapidamente encon-
porcionar novas vivências/experiências criado uma creche, um teatro e um centro trou uma solução: mandou vir de Angola
aos alunos, contribuindo para o seu pro- de atendimento de saúde para os dois camelos que
cesso de formação pessoal. Nas instala- trabalhadores. passaram a trans-
ções da Vista Alegre, os alunos foram re- A Capela da Nª Srª da Penha portar em segu-
cebidos pelo Drº Pratas, de seguida inici- de França foi mandada edificar rança as peças de
aram a visita pelas diversas áreas de pro- em finais do séc. XVII pelo Bispo porcelana através
dução das inúmeras peças que aí são pro- de Miranda, D. Manuel de Moura das praias planas
duzidas, podendo assim perceber o seu Manuel. Esta Capela é um dos e arenosas, até à
processo de fabrico. Ao longo da visita pontos de interesse da Quinta da estação de cami-
guiada, foram conhecendo a História da Vista Alegre, que foi adquirida em nho de ferro. Os
fábrica. Os alunos ficaram a saber que esta hasta pública a 26 de Outubro de camelos, animais
empresa foi fruto do sonho de um típico 1816 por José Ferreira Pinto Bas- até aí desconheci-
homem moderno do século XIX: José to e classificada Monumento Na- dos na região,
Ferreira Pinto Basto. Influenciado pelo su- cional no ano de 1910. causavam tão
cesso da fábrica de vidro da Marinha Gran- Curiosidades acerca da Vis- grande sensação
de, Pinto Basto decidiu criar uma fábrica ta Alegre: entre a população local que, segundo se
de “porcelanas, vidro e processos quími- Uma das histórias curiosas da vida da diz, até os fiéis abandonavam a missa a
cos”. O Fundador, casado com uma Ingle- Fábrica da Vista Alegre é a história do Pato meio para admirar tão estranhas bestas.
sa, foi pai de quinze filhos. Os rapazes tra- e da Pata. Consta que um dia houve uma Para além de pioneira no fabrico de por-
balhavam na fábrica ao lado dos empre- importante encomenda de um pato em celanas, a Família Pinto Basto teve um
gados, e as filhas faziam as roupas para porcelana. O artista, incumbido de execu- papel fundamental na introdução do fute-
os trabalhadores da empresa. José Basto tar essa encomenda disse que, para fazer bol em Portugal. Foram os bisnetos do fun-
foi uma personalidade ímpar do seu tem- a obra na perfeição, precisava de ter como dador da Vista Alegre que introduziram a
po, multifacetado: negociante, industrial, modelo um pato de verdade. Os seus prática deste desporto no nosso país, Gui-
lavrador e político. Este homem destacou- aprendizes depressa foram buscar o pato lherme, Eduardo e Frederico Pinto Basto
se em várias áreas, nomeadamente na mais bonito da Quinta. Porém, passados estudaram em Inglaterra, país que desen-
protecção das artes, com a criação de uns dias, o pato começou a perder penas volveu a modalidade, como hoje a conhe-
um Museu, inaugurado no ano de 1964. e a ficar mirrado e feio. Preocupado com o cemos, em meados do séc. XIX. De re-
O Museu Histórico da Vista Alegre foi a seu modelo, o mestre pediu aos aprendi- gresso a Portugal, trouxeram este despor-
concretização de um pro- zes que trouxessem um to consigo e que organizaram em Outu-
jecto que vinha sendo de- veterinário para ver o bro de 1888 o primeiro jogo de futebol, em
lineado desde o início da que se passava com o Cascais.
laboração da Fábrica Vis- animal. Quando o vete- O balanço final da visita de Estudo foi
ta Alegre. Foi, contudo, rinário chegou, fez um muito positivo, pois contribuiu para um en-
sob a orientação do refe- breve exame ao pato, riquecimento cultural de todos os
rido empresário, adminis- depressa concluindo intervenientes, fomentando laços de ami-
trador entre 1881 e 1921, que o pato estava a fi- zade e convívio.
que se deu início a um mo- car doente por falta de
vimento de recolha siste- companhia: precisava As Professoras organizadoras:
mática de objectos que se de ter uma pata por per- Augusta Estrela
encontravam dispersos to. Lá foram os aprendi- Luísa Morgado
pelas dependências da zes buscar uma bela Maria José Cavaco
empresa, procedendo à pata para acompanhar o

Horizontes 10
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Do seu Património Cultural Monu- ral da nave do mesmo lado, sobre o al-
mental e Artístico invejável, destaca-se tar lateral, um painel com a representa-
a Igreja Matriz de Mação, dedicada a ção de S. João Baptista, datado de 1644;
Nossa Senhora da Conceição que data pequenos painéis azulejares com a re-
do Séc. XVI terá sido construída em presentação de cruzes, feitos de recor-
1597 e onde no seu interior se podem tes dos azulejos da nave, revestem as
admirar as três naves, os arcos redon- paredes
dos, os azulejos seiscentistas e os alta- nuas da
res de talha nave. Frontal
dourada. Al- do altar-mor
guns dos alta- representan-
res ostentam e fundo marmoreado, em estilo nacional, do a última
retábulos de na capela-mor, os altares colaterais e late- ceia de
talha dourada rais na nave. Azulejos de padrão, Ghirlandaio,
do século polícromos, seiscentistas, (recuperados adaptação de
XVIII. Capela- nos anos 80 do século passado) cobrem Battistini, data-
mor coberta as paredes na zona dos altares colaterais do de 1931.
por uma abó- e laterais e o interior da nave central, en- Púlpito em forma de cálice sobre coluna,
bada de ber- quadrando pequenos quadros devocionais sem escada de acesso. Guarda-vento em
ço. Apresenta com temas da vida de Cristo e da Virgem; madeira e coro-alto com balaustrada tam-
retábulos em sobre o altar colateral da Epístola uma re- bém em madeira.
talha dourada presentação do tema da Árvore de Jessé
(imagem à direita); no topo do alçado late- Texto adaptado da Internet por
Maria José Cavaco
uma vida ao ar livre…. A mina do Ti Gui-
lherme como é chamada vem de uma nas- te enquadradas na natureza como algu-
Parque Carlos Miguel Granja Jerónimo, cente desconhecida, ninguém sabe onde mas que ainda se avistam do local.
mais conhecido por Parque do Brejo, fun- esta começa…… O parque está situado Aproveito, mais uma vez, para salien-
dado a 10 de Julho de 2000, veio acres- num belíssimo local, embora em 2003 um tar que este é um parque lindíssimo e por
centar ao Concelho de Mação (Castelo), terrível incêndio, tenha destruído o experiência própria, recomendo-o para
um local paradisíaco. lindíssimo pinhal que o envolvia. um passeio num dia soalheiro.
Para os amantes da natureza, este é Presentemente, com a renovação na-
sem dúvida o melhor lugar para passar tural da floresta, este não deixa de estar João Condeixa, 9º C
um fim-de-semana com a sua família. O num local de ar puro. Não foi por acaso
ar puro que se respira na mina do Ti Gui- que a Câmara Municipal de Mação em
lherme encanta qualquer cidadão que por parceria com a Junta de Freguesia, fize-
ali passe. O espaço circundante foi cria- ram nesta zona este parque, que entre
do e adequado ao ser humano, desde montes e vales nos deliciamos com pai-
grelhadores, lavatórios para a loiça, três sagens lindíssimas, como por exemplo a
tanques lindíssimos de pura água corrente dos 15 Moinhos, que se situam junto ao
da nascente, bancos e mesas de madei- Bando e de onde podemos avistar, como
ra rústicas para um almoço de família….é outrora, vales e montes verdejantes.
sem dúvida um espaço com característi- As pessoas, naquela época, viviam nas
cas brilhantes para os mais desejosos de suas casas feitas de pedra, perfeitamen-

Horizontes 11
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Uma viagem no tempo


Política
AP vistaa ppelos
olítica vist ov
elos JJov
ovens
ens O Palácio Nacional da Pena foi inunda-
do pelo verde da esperança dos alunos das
turmas do 5.º Ano do Agrupamento de Es-
Culpaa é dos Carrosséis!!
A Culp colas Verde Horizonte.
No dia 26 de Janeiro, partimos rumo à
20h:53min, 4 de Fevereiro de lores (diria mais, próprios paladinos da descoberta do nosso passado!
2010. Não passam ainda quinze moral e da verdade!) como o CDS e PSD, Depois de duas horas de viagem che-
minutos das declarações do Mi- que lutaram afincadamente numa guerra gámos a Sintra. A paisagem que nos en-
nistro das Finanças, Teixeira dos de sinónimos para o casamento homos- volvia era maravilhosa e no meio de tanto
Santos sobre a alteração da lei sexual, venham agora conjuntamente com verde sobressaía, no cimo de um monte,
do endividamento das regiões au- a restante esquerda da oposição querer o Palácio Nacional da Pena.
tónomas, quando dou por mim a dissertar fazer aprovar uma lei que prejudica todo o “Demos corda aos sapatos” e ofegan-
sobre este assunto que tem feito manche- povo português, em detrimento dos habi- tes aproveitámos para respirar o oxigénio
tes na última semana, e vendido, como tantes das regiões autónomas que já se que a natureza nos oferecia. Rapidamen-
se bilhetes de uma nova obra ci- encontram beneficia- te conseguimos alcançar o primeiro objec-
nematográfica de James dos como por exemplo tivo da viagem, a chegada ao palácio.
Cameron se tratasse. no caso da Madeira, Quando lá entrámos pudemos ver e
O circo montado em volta des- que possui IVA reduzi- sentir como viviam os reis e as rainhas que
ta que apelidaram como “grave do relativamente ao lá habitaram. Sem dúvida que àqueles
crise política nacional”, parece restante continente. monarcas não faltava nada, só achámos
frágil como aquele em Lisboa que O que realmente que as camas eram demasiado pequenas.
há dias viu as suas bancadas interessa é fazer O luxo e a riqueza estava em cada um
colapsarem, a diferença é que aprovar uma lei que dos lugares pelos quais passámos, reco-
neste, armado pela comunicação provocará o aumen- nhecendo que os monarcas tinham boas
social, não se paga bilhete, e nem to da despesa públi- ideias, sendo depois aproveitadas para que
existe o risco de nos magoarmos ca, numa altura em o nosso presente e a nossa vida diária se
realmente (infelizmente as esta- que Portugal é tornasse melhor.
ções de televisão pública tiram to- comparado à Naquele dia aprendemos a dar valor ao
dos os extras divertidos). O que na Grécia, sofrendo quedas na nosso passado.
realidade existe, é nada mais, nada me- Bolsa vistas apenas na altura do inicio da Ficámos muito contentes, porque os
nos, que uma irresponsabilidade tremen- crise económica mundial. Estou seguro de nossos professores tiveram a preocupação
da dos partidos da oposição, que nos con- que estes partidos estarão apenas a ter em de nos mostrar o que existe de belo no
tinuam a oferecer aquilo com que deles conta o supremo interesse da nação. nosso Portugal.
sempre pudemos contar: uma mão cheia Quem não percebe isso? A chegada a Mação foi de emoção, mas
de nada. Amanhã esta lei será votada, mais que queremos rapidamente repetir a experiên-
Fiquei de pé atrás com a comemora- provavelmente aprovada com a cia!
ção dos cem dias de governabilidade, pois irresponsabilidade conivente dos líderes Leonor Castanho, n.º14
apercebi-me, que aqueles cem dias não partidários que constitui esta sábia oposi-
tinham oferecido tempo suficiente para a
oposição nos presentear com toda a sua
ção, que parece não ter entendido o reca-
do do conselho de estado.
“Aprender”
“Aprender”
má vontade e sofreguidão de poder, que Enquanto isto, o mundo gira e os Para a Pena fomos
chega agora por altura de Carnaval, épo- carrosséis estão parados, o país abana e A brincar e a aprender
ca que faz jus aos partidos políticos que o Cavaquinho na pacatez do costume, pas- Nela pudemos
proclamam fazer parte de uma oposição seia-se por Penamancor e come uma O passado conhecer
séria, mas que não conhecem na realida- fatiazita de bolo-rei, enquanto diz: “Eu te- E assim muito aprender.
de o significado da dita cuja expressão. nho esperança!” (Que ainda haja mais
A lei do endividamento das regiões au- bolo-rei guardado para o fim da viagem?). Para lá chegar
tónomas vem de si demonstrar o quão É um Presidente da República que ape- Pela Serra de Sintra tivemos de passar
ressabiada é esta camada política que não nas demonstra as aptidões natas de uma Embora não fosse fácil
consegue admitir que perdeu o ciclo elei- pessoa que representa bem a cor do seu Bom ar puro pudemos respirar.
toral, e que por isso, deveria remeter-se partido. Como diz uma grande amiga mi-
ao seu devido lugar, que explicado em nha: São coisas da life. Morada de reis e rainhas
termos leigos se trata apenas de não es- Feliz ou infelizmente, o meu voto já con- Pudemos observar
tragar a boa governação dos outros. tará nas presidenciais. Pode ser que nes- Junto com os seus pertences
Numa altura em que o défice nas con- sa altura a Alegria surja. Que costumavam usar.
tas públicas toma proporções
avassaladoras, é impensável sequer au- João Coelho, 12ºB Boa maneira de aprender
mentar a despesa com leis como esta, que E Portugal conhecer.
não passam de joguinhos políticos, feitos E com orgulho dizer
a pensar em encher o bolso a mais alguns. Que muito nos ajuda a crescer.
Não percebo como partidos de nobres va- Ana Catarina, 5.ºA

Horizontes 12
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Recuperar???!!!... alunos ou professores?


Confesso que não “morro de amo- po a preencher “papeladas inúteis”.
res” pela palavra recuperar; é mesmo A Associação Nacional de Dirigen-
das palavras que menos gosto - utili- tes Escolares chama, e bem, a aten-
za-se quando se está a perder, quan- ção para o facto de “a atenção indivi-
do se está em desvantagem, quando dualizada a um aluno não se decreta”.
se está por baixo, quando urge inver- É necessário criar condições que
ter a situação. A palavra recuperar anda não existem: as turmas têm um núme-
sempre, intimamente, ligada com uma ro demasiado elevado de alunos, dos
situação pouco positiva. quais vários com “planos de apoio” e
Nesta altura do ano, antes do Car- de “recuperação”; os programas das
naval, as escolas (a nossa não é ex- diversas disciplinas são extensos; não
cepção) andam atarefadas a preparar pais (a quem é pedido que se assegu- há professores disponíveis para darem
os chamados “planos de recuperação” rem de aspectos como a assiduidade e o número de aulas de apoio que seria
aplicados a todos os alunos que até ao a pontualidade dos filhos ou que vão ob- desejável; o número de horas que os
Carnaval apresentem indícios de que servando os cadernos diários, os traba- professores passam na escola é exa-
no final do ano lectivo a “raposa” apa- lhos de casa, o estudo, etc.). gerado, têm que preparar aulas, corri-
recerá como “prémio” escolar. Portan- Tendo por base os dados mais recen- gir trabalhos ou testes e, também, têm
to todos os alunos que indiciem dificul- tes que o Ministério da Educação família, em muitos casos longe, mas
dades são “vacinados” com um “plano disponibilizou, referentes ao ano lectivo têm.
de recuperação”, com este instrumen- 2007/2008, os resultados não têm sido Os alunos que recuperam, iriam re-
to de luta contra o insucesso escolar, animadores. Foram aplicados, naquele cuperar mesmo sem despachos e bu-
tão do agrado do Ministério da Educa- ano, 187.638 “planos de recuperação”, rocracias.
ção. números que surpreenderam o próprio Caros Senhores do Ministério da
Em 2007/08 foram pouco menos de Secretário de Estado que assinou o des- Educação o que os professores neces-
duzentos mil (um quarto da população pacho, Valter Lemos. “Seria de esperar sitam é de tempo. Se lhes derem tem-
escolar do ensino básico) a beneficiar que não houvesse tantos alunos com po para se poderem sentar com um
desta medida. Pelo que conheço nem tantas dificuldades”, comentou, na altu- aluno e conversar calmamente, vale-
professores, nem pais, nem alunos e ra. ria mais de que todos os despachos e
muito menos os directores de escola O “plano de recuperação” não con- burocracia.
estão seduzidos pela medida e já re- seguiu “salvar” cerca de um quarto dos
clamam para que a nova Ministra da alunos. Libertem os professores do ema-
Educação, Isabel Alçada, faça uma O presidente da Confederação das ranhado legislativo, de eficácia du-
avaliação rigorosa da sua eficácia. Associações de Pais e Encarregados de vidosa e de desgaste confirmado,
Os “planos de recuperação” “nasce- Educação considera que “a falha” resulta dêem-lhes tempo para substituir a
ram”, como o Menino Jesus, em De- do facto de os planos assentarem “num família nas (poucas) dimensões
zembro, só que 2005 anos mais tarde. tripé - escola, aluno e família - com dois onde isso for possível e teremos me-
Para contemplar esta recente “divinda- pés de duvidosa sustentabilidade”. “A lhores resultados quer nas aprendi-
de” são chamados os alunos que apre- legislação manda que se envolva a fa- zagens, quer nos comportamentos.
sentem “sintomas” de “chumbo” emi- mília mas, na maior parte dos casos, os A não ser assim… comecemos a ela-
nente; são identificados no final do pri- pais destas crianças estudaram menos borar “planos de recuperação” para
meiro período (se tiverem classificação do que os filhos ou já não se lembram professores.
“negativa” a três ou mais disciplinas) do que aprenderam ou têm dois empre-
ou, então, nesta altura do ano, após os gos para os sustentarem, não dispondo José António Almeida
primeiros testes do 2º período, antes de conhecimentos e de tempo para os
desta paragem do Carnaval. apoiarem. Para além de ser difícil en-
O objectivo dos “planos de recupe- volver o aluno e a família, o processo é
ração” é dar às crianças “contempla- complexo e burocrático”, considera.
das” um tratamento especial e indivi- Para que servem, objectivamente, os
dualizado que inclui medidas a desen- planos de recuperação? Para dar traba-
volver pela escola (como “acções de lho, para burocratizar, dado que sem pla-
pedagogia diferenciada em sala de no, qualquer professor olha para um alu-
aula”, actividades de compensação ou no com dificuldades e faz os possíveis
aulas extra) e implicam o envolvimento e os impossíveis para o ajudar. Antes
do próprio aluno (que se compromete de a lei a isso obrigar já os professores
a fazer os trabalhos de casa ou a estar faziam o previsto nos actuais “planos de
atento nas aulas, por exemplo) e dos recuperação”, só não perdiam tanto tem-

Horizontes 13
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

VISITA À ASSEMBLEIA DA REPÚBLIC


ISITA A
EPÚBLICA
“ A Assembleia da República é o cora- dos inicia-se com a primeira reunião da da, Partido Comunista Português e Par-
ção da vida política e a alma da própria A.R. após eleições e cessa com a primei- tido Ecologista “ Os Verdes”.
democracia, a casa representativa do ra reunião após as eleições subsequentes, Nós, alunos do 10º e 11º anos, turmas
povo português, eleita por todos nós, ci- sem prejuízo da suspensão ou da cessa- B, durante a preparação da visita senti-
dadãs e cidadãos de Portugal”. ção individual do mandato. mos, de imediato, alguma curiosidade em
A A.R. é actualmente constituída por Os Deputados eleitos por cada partido contactar com os Deputados e, quiçá en-
230 Deputados eleitos por sufrágio uni- podem constituir-se em grupo parlamen- trevistar algum (s).
versal e directo dos cidadãos eleitores re- tar, existindo na actual legislatura 6 gru-
censeados no território nacional e no es- pos parlamentares correspondentes aos Este nosso desejo concretizou-se,
trangeiro. Os Deputados representam partidos políticos que os elegeram. São uma vez que nos foi possível entrevistar
todo o país e não apenas os círculos por eles: Partido Socialista, Partido Social De- o Dr. Paulo Portas e o Dr. Vasco Cu-
que são eleitos. O mandato dos Deputa- mocrata, Partido Popular, Bloco de Esquer- nha, cujas entrevistas transcrevemos.

Entrevista
Entre Dr.. P
vista a Dr aulo P
Paulo or tas e a Dr Vasco Cunha
ortas
Por
Acha o seu trabalho cansativo ? Pode explicar-nos o que é ser depu-
Quais as funções de um Deputado? P.P - Por vezes é cansativo e, outras tado?
Paulo Portas – vezes é triste, porque se passam determi- Vasco Cunha: Ser deputado é ter a
A primeira função nados acontecimentos na Assembleia que consciência de que se
de um Deputado é não revelam dignidade, nem elevam este está a representar um
fiscalizar os actos hemiciclo como merece. É preciso manter conjunto de milhares
do Governo quan- o nível, ser resistente e seguir em frente. de pessoas que nos
do está na oposi- atribuíram um manda-
ção; a segunda é Pode relatar-nos um episódio que o to político. Por isso, as
contribuir para tenha afectado, quer positiva quer ne- nossas decisões não
que o país tenha gativamente, aqui na assembleia bem podem ser individuais
boas leis, não como no seu trabalho, em geral ? nem egoístas. Elas têm
muitas, mas sim P.P- Pela positiva, posso referir que de corresponder a um
leis bem feitas; em tenho orgulho em ter conseguido nesta equilíbrio muito forte,
terceiro lugar representar o país como um Assembleia, mesmo não sendo um parti- entre aquilo que são as propostas políti-
todo, porque o deputado é da nação, mas do maioritário, os melhores aumentos das cas e partidárias que apresentamos e
também estar particularmente atento ao pensões com propostas assinadas por mim aquela outra parcela que corresponde aos
seu círculo eleitoral que no meu caso é o e pelo CDS. Pela negativa, todo e qual- anseios e expectativas dos eleitores que
distrito de Aveiro. quer género de ofensa pessoal que se pas- votaram em nós e que nos deram um
se no plenário. mandato de representação para estar no
Pode dar-nos alguns exemplos do Parlamento.
seu trabalho como Deputado? Como vê o futuro da Economia em
P.P. Acho que são públicos e notórios, Portugal ? Pode dar-nos exemplos do seu tra-
mas os mais próximos têm a ver com a P.P- Este tipo de política económica pra- balho como deputado?
defesa dos agricultores para que haja ver- ticada pelo nosso governo não é a mais V.C: Participo em três comissões, das
bas de investimento para a agricultura; correcta. Na minha opinião, o investimen- Obras Públicas, do Ambiente e Poder Lo-
com a defesa dos princípios dos que são to em grandes projectos, por exemplo, o cal e do Orçamento e Finanças. Faço pro-
mais pobres, preferivelmente apoiar os TGV não nos vai salvar dos problemas. postas e sugestões, fiscalizo as leis que
pensionistas a pagar o rendimento de o Governo faz e recebo pessoas, por
reinserção social a quem não quer tra- Como vê o futuro da educação em exemplo, escolas e instituições que que-
balhar, bem como apoiar as pequenas e Portugal? rem apresentar os seus pontos de vista
médias empresas que são a estrutura da P.P- Vivo num país que, em cada 100 sobre aquilo que se passa na sociedade.
nossa economia. jovens 22 não têm emprego, portanto é Todavia, este é um resumo simples. Para
preciso que a educação não os engane , além disto, visito e acompanho todos os
Como decorre o seu dia-a-dia na seja mais exigente, sob pena destes, quan- assuntos que dizem respeito ao meu cír-
Assembleia da República ? do saem da escola para o mundo do tra- culo eleitoral (de Santarém), reunindo ou
P.P- Sempre cheio de trabalho, mui- balho, esse sim, exigente e muito compe- falando com todos os responsáveis polí-
tas vezes sou o primeiro a entrar e o úl- titivo, não conseguirem arranjar emprego. ticos e sociais nas mais variadas áreas
timo a sair da Assembleia. Assim, quem promete facilidades está de actividade. Aproveito para estudar e
a enganar as pessoas, e a educação deve documentar-me com todas as informa-
Acha que para si isso é bom ? estar ligada ao mundo das empresas, por- ções e relatórios que se fazem sobre as
P.P- A minha avaliação é efectuada pe- que é nelas que está o trabalho. O pior que áreas que me dizem respeito. Os Depu-
los eleitores. Eu, em consciência, sem- pode suceder a um país (o que acontece tados têm de ter o maior número possível
pre fui uma pessoa muito trabalhadora e em Portugal) é que os jovens, acham que de informação para poder ter opinião sus-
com gosto pelo trabalho que faço. só têm alternativa indo para outros países, tentada sobre aquilo que se passa.
onde lhes seja reconhecido o seu mérito.

Horizontes 14
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Sempre quis ser deputado? gal mais solidário e mais feliz do que aquele Educação esteja bem. Bem sei que esta
V.C: Nunca pensei que algum dia viria que actualmente existe. Em Mação isso pergunta dava para várias horas de con-
a ser deputado. Por isso, apesar de estar tem sido possível porque vocês benefici- versa. Todavia tal não é possível. As es-
temporariamente suspenso do exercício am duma equipa autárquica muito compe- colas, onde se devem juntar os alunos,
da minha actividade profissional sinto-me tente. Mas, infelizmente, há muitos locais os professores, os pais e todos os auxili-
satisfeito com esta etapa da minha vida. do país onde tal não acontece. ares educativos, devem ser locais onde
Estive noutras tarefas políticas mas nem o ensino é o principal objectivo. Nos últi-
sempre tive a ideia de querer ser deputa- Como vê o futuro em relação aos mos anos parece que o ensino passou
do. Fui deputado quase aos 40 anos. Fiz jovens? para um segundo plano e várias outras
a minha carreira profissional até a um V.C: Cada um de vós, os mais jovens, questões, algumas delas importantes,
ponto em que a actividade política podia tem de ter a noção de que o mais impor- substituíram a ideia de uma comunidade
conjugar-se. Felizmente, posso dizer que tante para a nossa vida é o investimento empenhada naquilo que é fundamental
gosto muito da minha actividade profissi- que fazemos no conhecimento. Estudar e que é a passagem do conhecimento en-
onal. Mas também posso dizer que gosto obter resultados é hoje o maior desafio das tre gerações. Infelizmente, parece que a
bastante do exercício político de ser de- gerações mais novas. Trata-se de um ob- escola hoje é um lugar onde só os alunos
putado. É isso que eu gostaria que acon- jectivo individual mais competitivo do que têm direitos e onde os professores não
tecesse aos meus filhos e a todos os jo- aquele que as gerações anteriores tiveram. têm um lugar essencial naquilo que sem-
vens. Que todos eles conseguissem fa- Mas é fundamental que todos aqueles que pre lhes foi destinado que é ensinar. Vejo
zer, um dia, aquilo que profissionalmente fizerem este investimento possam continu- muitas crises com os alunos e não vejo
e do ponto de vista cívico e político mais ar a fazer o seu caminho com uma vida muita gente disponível para defender o
desejam. profissional. É preciso ter a ideia de que a papel essencial que os professores têm
pessoa que está a estudar tem direito a de ter na escola.
Como vê o futuro da Economia em entrar no mercado de trabalho na área que
Portugal ? mais gosta. Se for possível juntar aquilo Qual o papel da Assembleia da Re-
V.C: Está muito difícil. A situação do que cada um de vós gostaria de fazer um pública como garante da Democracia
país não deixa muita margem de espe- dia ao exercício futuro desse trabalho, en- em Portugal?
rança para todos nós. Especialmente para tão cada um de vós será substancialmen- V.C: A AR é um órgão de soberania que
os mais jovens ou para aqueles que es- te mais feliz. Estudar ao longo de vários tem de cumprir com a sua quota-parte no
tão desempregados. É preciso tomar me- anos para conseguir entrar no mercado de desempenho da democracia em Portugal.
didas para que os desempregados con- trabalho e fazer aquilo que realmente se Na essência, a AR fiscaliza o Governo e
sigam entrar no mercado de trabalho, so- gosta é hoje um objectivo quase raro. É faz Leis. Contribui para um equilíbrio de
bretudo os mais jovens. É necessário dar preciso que tal possa acontecer mais ve- poderes, onde o Governo, o Presidente
voz a todos aqueles que estando longe zes... da República e a Justiça têm um papel
dos centros de poder continuam a acre- Como vê a Educação em Portugal? fundamental. É isso que está inscrito na
ditar que é possível construir um Portu- V.C: Infelizmente não vejo que a nossa nossa Constituição da República.

O que é o Conselho Geral e para que serve...


O Conselho Geral que veio substituir
a Assembleia de Escola, eleito por um
sorias à Direcção;
· Reúne ordinariamente uma vez por
Ser cciidadão é…
quadriénio, de acordo com o Decreto lei ano trimestre para cumprimento das suas
nº 75/2008 de 22 Abril, é um órgão competências; Ter direitos como: ser ouvido, ter
orientador da política geral da escola, que · Elege o Director Executivo. uma nacionalidade, discordar, escolher,
produz e aprova, no âmbito das suas Anualmente é da sua competência comunicar (…) mas também é ter deve-
competências. Acompanha e aprecia a também: res como: ouvir o que os outros dizem,
execução da Direcção executiva relati- · Emitir pareceres sobre o plano anual respeitar, controlar-se, dar o exemplo
vamente aos diferentes aspectos da vida de actividades e apreciar o relatório inter- (educação, ajudar os outros…).
da escola. É constituído por 7 professo- médio e final de execução;
res, 4 Encarregados de Educação, 2 alu- · Definir linhas orientadoras para a Ser cidadão é também ter liberdade,
nos, 2 auxiliares da Acção Educativa, 1 elaboração do orçamento e o relatório da pois sem ela não poderíamos discordar.
representante do Centro de Saúde, 2 re- conta de gerência; Viveríamos numa ditadura, e logo não
presentantes da comunidade e 3 repre- · Apreciar os resultados da avaliação poderíamos dizer o que pensávamos.
sentantes da Autarquia e o Director Exe- interna;
cutivo. · Promover e incentivar o relaciona- Eu cheguei à conclusão de que ser
Este órgão aprova: mento com a comunidade educativa. cidadão é ter direitos, deveres e liber-
· O Regulamento Interno, o Projec- dade.
to Educativo, o Plano Anual de Activida- A Presidente do Conselho Geral da nos-
des, bem como, as linhas orientadoras sa Escola, deixa aqui uma mensagem Amélia Silva, n.º1 do 5ºA
para a elaboração do orçamento e os dirigida a todos os alunos.
contratos de autonomia e aprecia o rela-
tório da conta de gerência e os resulta- “Vitorioso não é aquele que vence
dos da avaliação interna; mas aquele que se levanta diante de
· Autoriza a constituição das asses- uma derrota”. J. Talbot

Horizontes 15
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A importância da biodiversidade
Num mundo em constante mudança, qualquer mudança introduzida na variedade de comunidades, habitats e
impulsionada pelo ritmo acelerado da ino- Biosfera pode perturbar o intrincado Sis- ecossistemas. Estima-se que existam na
vação tecnológica, por um sistema eco- tema Terra. Terra entre 10 a 50 milhões de espécies,
nómico ávido de crescimento constante, A todo o instante o planeta Terra expe- das quais só se tem registo de 1.750.000,
pela necessidade (ganância?) de nós, rimenta grandes e graves alterações, aproximadamente. Baseando-se na actual
seres humanos, controlarmos tudo o que consequentes da acção directa ou indirec- taxa de perda de espécies no planeta, es-
nos rodeia perdemos, na maior parte do ta do ser humano: diminuição de habitats tima-se que no ano 2000 um décimo de
e sistemas naturais, alterações climáticas, todas as espécies já havia desaparecido
perda de biodiversidade. A sobrexploração e essa proporção ascenderá a um terço
de florestas, mares, lagos e rios; a produ- em 2020. De acordo com o Livro Verme-
ção agrícola intensiva e consequente lho sobre os Vertebrados, em Portugal,
sobrexploração dos solos; a elevada taxa das espécies de vertebrados que existem
de construção em extensas áreas 42 por cento estão ameaçados.
territoriais; a exploração de pe- As plantas, os animais e os
dreiras; a poluição das águas, so- microrganismos fornecem
los e ar; a introdução de espéci- alimentos, remédios e boa
es alóctones (exóticas), ao lon- parte da matéria-prima indus-
tempo, a noção de que não somos os go de décadas tem destruído ha- trial consumida pelo ser huma-
únicos habitantes da Terra. bitas naturais e rompido as dinâ- no. Um exemplo das
O planeta Terra pode ser visto como micas dos ecossistemas. Ou consequências da perda da
um amplo sistema cujos componentes seja, o ser humano está a alte- biodiversidade, mencionado no li-
interagem uns com os outros numa dinâ- rar o Sistema Terra, ao modificar os vro “Sustentando a vida” de Aaron
mica que permite manter o equilíbrio, mais seus componentes a um ritmo que não Bernstein e Eric Chivian, é a de uma rã
todos os elementos que compõem o Sis- permite a manutenção do equilíbrio. descoberta nos anos 80 em florestas vir-
tema Terra dependem uns dos outros e Em 2010 celebra-se o Ano Internacio- gens da Austrália. Essa rã transporta a cria
qualquer mudança ocorrida num deles al- nal da Biodiversidade, evento que preten- no estômago, o que causou espanto na
tera drasticamente o equilíbrio existente. de não só consciencializar os cidadãos e comunidade científica, uma vez que, em
Sendo a Terra o único planeta no qual respectivos governos para a problemática outros animais, a cria seria destruída pe-
se reconhece a existência de vida (é o da diminuição da biodiversidade, mas tam- las enzimas e ácidos do estômago. Os es-
único em que existe Biosfera - conjunto bém tomar algumas medidas concretas tudos preliminares indicaram que as rãs
de todos os seres vivos ou organismos para reforçar a conservação da bebés produziam substâncias que as pro-
que existem no planeta) esta é um com- biodiversidade promovendo o bem-estar tegem daquela destruição, o que se tor-
ponente importante no equilíbrio do siste- do ser humano bem como o desenvolvi- nou uma pista para tratamentos de úlce-
ma. Todos os seres vivos detêm um pa- mento da economia. À primeira vista a ras gástricas, no entanto esta espécie foi
pel fundamental no sistema que intervêm, biodiversidade não parece muito importan- declarada extinta. Outro exemplo é o de
desde o organismo mais simples como um te, mas ela assume um papel crucial para algumas substâncias usadas no tratamen-
fungo ou uma bactéria, até à raposa ou a espécie humana, uma vez que aproxi- to de duas formas comuns de cancro in-
azinheira, passando pela toupeira, abe- madamente 40% da economia mundial e fantil (leucemia linfoblástica e linfoma de
lha e pela minhoca. Uns têm o papel de 80% das necessidades dos povos depen- Hodgkin): a vincristina e a vinblastina são
predadores mantendo a população de ro- dem dos recursos biológicos. O Ser Hu- extraídas de uma planta existente nas flo-
edores estável; alguns ao mano é elemento inte- restas tropicais de Madagáscar (pervinca
revolverem os solos man- grante de vários de Madagáscar). Por causa da destruição
têm os níveis de gases ecossistemas, logo se a das florestas, essa espécie está
necessários a outros orga- biodiversidade é impor- ameaçada na natureza.
nismos; outros alimentam- tante para o bom funci- O principal impacto da perda de
se dos organismos mortos onamento dos biodiversidade é a extinção de espécies,
decompondo-os em nutri- ecossistemas, é impor- mas os seus efeitos são mais amplos e
entes necessários a ou- tante para o Ser Huma- podem ter implicações directas no modo
tros seres; alguns reali- no. de vida do ser humano, pelo que impedi-
zam a fotossíntese reno- Mas o que é a la é uma prioridade. Sendo o ser humano
vando os gases atmosféricos; outros ain- biodiversidade? Traduzindo à letra o principal responsável pelo acelerado rit-
da são essenciais na polinização dos mais biodiversidade significa diversidade de mo da perda de biodiversidade, cumpre-
variados tipos de plantas. Uma espécie vida, num sentido mais amplo ela engloba nos travá-la.
por si pode não ser importante, mas as não só os seres vivos, mas também a sua
relações por ela estabelecidas com o am- variedade genética, a variedade de fun- Professora Helena Antunes
biente e com outras espécies podem ser ções ecológicas desempenhadas por cada
significativas. Assim, podemos afirmar que organismo no ecossistema que integra, a

Horizontes 16
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O adiar de soluções para um problema já imediato


A expectativa era grande, esperava-se muito, mas o mundo obteve pouco!
As alterações climáticas estão na or- se conseguiu o ideal, mas alguns passos de, dois dos seus membros, a China e os
dem do dia. Estudos demonstram que a importantes foram dados – veja-se as polí- Estados Unidos, emitem, sozinhos, 40 por
temperatura do planeta tem aumentado ticas de implementação de energias alter- cento de gases com efeito estufa no pla-
e consequentemente as calotes polares nativas em Portugal (painéis solares e neta. Os Estados Unidos não avançaram
estão a diminuir (entre outras alterações). aerogeradores). Foi no entanto um perío- números de redução do CO2: estão em
Culpa – O Efeito de Estufa, Culpados – do de grande desenvolvimento, pelo que, segundo lugar no ranking de poluidores
todos nós! apesar das estratégias tomadas, as emis- mundiais logo a seguir à China.
O planeta e os seus habitantes neces- A União Europeia e o Japão anuncia-
sitam do efeito de estufa. Sem ele, a Ter- ram objectivos firmes para Copenhaga:
ra teria uma temperatura média de 18º uma redução de 20 por cento para os
negativos, impossibilitando a vida tal como europeus, de 25 por cento para os
a conhecemos. Mas em níveis excessi- nipónicos, mas ao nível da emissão de
vos, o efeito também é prejudicial. gases de 1990 até 2020. Os Estados
Como resolver o problema: Reduzin- Unidos não avançam objectivos específi-
do as emissões de dióxido de carbono cos de redução. A China e a Índia recu-
(CO2) para a atmosfera (o CO2 é o princi- sam objectivos vinculativos. Os grandes
pal, mas não único, responsável pelo efei- poluidores, apesar de recentes, juntam-
to de estufa). se à União Africana para exigir que os
Problema: Todos nós emitimos CO2, países ricos reduzam 40 por cento, até
todo o desenvolvimento está dependen- 2020, mas calculados em relação às emis-
te da energia, das indústrias e dos trans- sões progrediram 41% (com um pico entre sões de 1990.
portes – sectores todos altamente emis- 2000 e 2008), sendo igualmente problemá- É difícil conciliar interesses tão contra-
sores deste gás (entre outros). Associa- tico que os grandes “sugadores” de CO2 – ditórios mas, entretanto, as emissões para
da está também a grande desflorestação oceanos e florestas – estejam a armaze- a atmosfera continuam a aumentar. To-
que vai ocorrendo em diversas partes do nar cada vez menos (a função de poços dos nós (e as gerações futuras) vamos
planeta. de carbono está simplesmente a esgotar- pagar esta factura.
Mais, as questões ambientais não são se).
limitadas por fronteiras, e todo o planeta Muito se esperava de Copenhaga: O Professora Luísa Gonçalves
se repercute. Daí a importância de defini- texto do acordo de Copenhaga fala do li-
ção de metas / estratégias globais, à es- mite máximo de 2ºC para o aumento da
cala planetária, envolvendo todas as na- temperatura média da Terra no futuro. Pre-
ções, e não só as mais poluentes. vê a constituição, até Fevereiro do próxi- Sou alguém muito…
Mas: Tais soluções envolvem custos mo ano, de uma lista de promessas dos
elevados, não só na sua aplicação, como países desenvolvidos e em desenvolvimen- Jubilosa e atenciosa
também têm implicações no desenvolvi- to para reduzir as suas emissões de dióxido Util
mento local do país e no tecido empresa- de carbono ou para conter o seu cresci- Despreocupada com a opinião dos outros
rial. mento. E aponta um mecanismo para o re- Intensa
Em 1990, quando do protocolo de portar e verificar dos esforços dos países Terna nos sentimentos
Quioto, foram estabelecidas metas quan- em desenvolvimento. Energética nos acontecimentos
titativas. Os países assinantes (os EU não Cria ainda o Fundo Climático de
o assumiram) implementaram estratégi- Copenhaga, com 30 mil milhões de dóla- Carinhosa,
as com vista a atingir essas metas. Não res (21 mil milhões de euros) para os paí- Amiga dos meus amigos
ses pobres nos próximos três anos. E Responsável
promete mais 100 mil milhões de dó- Poderosa
lares (70 mil milhões de euros) anu- Inteligente
ais a partir de 2020. Namoradeira
Segundo o acordo, os países que Tímida
o adoptarem prometem fazer mais es- Envergonhada
forços para combater as alterações Irónica
climáticas, mas sem qualquer com- Respeitável
promisso legal. Orgulhosa
Ao recusar fixar os objectivos Judite carpinteiro
vinculativos, os países travaram as 10.ºC , n.º10
ambições de Copenhaga. Na verda-

Horizontes 17
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Horizontes 18
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O que é a Quaresma ?????? Por volta das 2h da manhã, um gru-


Chama-se Quaresma, ao período de po de homens reúne-se e percorre al-
40 dias de jejum e penitência, que ante- da Páscoa com três dias de oração, medi- gumas ruas da Vila, rezando o Terço.
cedem a festa da Páscoa. Essa prepara- tação e jejum. Por volta do ano 350 D. C., Na madrugada de domingo de Páscoa
ção existe desde o tempo dos Apósto- a Igreja aumentou o tempo de preparação tem lugar o último Terço, que é o chama-
los, que limitaram sua duração a 40 dias, para quarenta dias. Assim surgiu a Qua- do Terço da Farinheira, onde geralmente
em memória do jejum de Jesus Cristo no resma. participam algumas dezenas de pesso-
deserto. A Semana Santa em Mação… as. Percorrem algumas ruas da Vila e
A Quaresma, que começa na quarta- fazem uma pequena procissão, desde a
A Semana Santa em Mação sempre foi
feira de cinzas e termina na quarta-feira Igreja Matriz até à Igreja da Misericórdia.
um momento solene da vila, marcado prin-
da Semana Santa, os católicos realizam É uma tradição de grande importân-
cipalmente pelo Dia de Passos. Em Maio
a preparação para a Páscoa. cia na vida dos Maçaenses, que se tem
de 1936, na Revista “Terras do Tejo” n.º 6,
O período é reservado para a reflexão, prolongado ao longo dos tempos e reú-
encontra-se um artigo de duas páginas
a conversão espiritual. Ou seja, o católi- ne várias centenas de pessoas naquela
sobre a Procissão dos Passos onde se lê
que é a mais emblemática celebração
co deve - se aproximar de Deus procu- “Mação tem dias grandes: os dos mer-
religiosa do Concelho.
rando o seu crescimento espiritual. Nes- cados, os da Feira dos Santos, os da
se tempo Santo, a Igreja Católica propõe, Semana Santa, os das festas de Verão, TRÍDUO PASCAL de 2010
por meio do Evangelho proclamado na mas o de Passos é o Dia Maior”. Quinta-feira Santa, 1 de Abril
quarta-feira de cinzas, três grandes li- Sobre o dia de Passos diz refere a mes- 18.30h – Eucaristia da Ceia do Senhor
nhas: a oração; a penitência e a carida- ma revista: “Domingo, logo de manhã cedo – Lava-Pés
de. armam-se os Passos e enfeitam-se de 21.30h – Procissão da Condenação do
Essencialmente, este período é um re- espadanas e lírios roxos e círios. Em fren- Senhor
tiro espiritual votado à reflexão, onde os te deles a rua juncada e no junco ajoelham Sexta-feira Santa, 2 de Abril
cristãos se recolhem em oração e peni- gentes simples com a fé brotando dos 15h – Via Sacra
tência para preparar o espírito para a aco- olhos comovidos e dos lábios murmuran- 18h – Adoração da Cruz
lhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Do- tes”. Especial destaque nesta procissão 21.30h – Procissão do Enterro e Ser-
mingo de Páscoa. para os “anjinhos” que transportam os mão da Soledade
Assim, retomando questões espiritu- emblemas da paixão do Senhor. Sábado Santo, 3 de Abril
ais, simbolicamente o cristão está renas- Integrados nas Celebrações Pascais 22h – Vigília Pascal
cendo, como Cristo. Cerca de duzentos estão também os Terços, que decorrem na Domingo de Páscoa, 4 de Abril
anos após o nascimento de Cristo, os Quaresma, todos os domingos de madru- 12h – Procissão da Ressurreição e Eu-
cristãos começaram a preparar a festa gada, até à Páscoa. caristia
15.30h – Visita Pascal

Programa e fotografias cedidas pelo Padre Amândio


Textos/ informação retirada da Internet

Horizontes 19
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Violência??
A violência é um comportamento que
causa dano a outra pessoa, ser vivo, ou
professores ou pais, um cidadão comum
Não à V
não se atreve a intervir. Essa
objecto. Ninguém nasce vocacionado permissividade social faz com que seja di-
para a violência, ou para qualquer outro fícil educar.
comportamento, como garante Carolino A escola é local de excelência para de-
Monteiro, professor da Faculdade de Far- senvolver competências não apenas
mácia da Universidade de Lisboa. Os fac- académicas mas também pessoais e so-
tores genéticos e ambientais têm um ciais. Nos últimos anos muitas são as no-
peso idêntico na formação da personali- tícias de actos de violência dentro dos es-
dade dos indivíduos. Atendendo a que o paços escolares, factos isolados ou de vi-
primeiro ambiente educativo é a família, olência continuada sobre indivíduos ou
muitos dos comportamentos desenvol- grupos (bullying). De acordo com Manuel
vem-se no seio da mesma sem que os Matos, investigador e docente na Facul-
pais e outros familiares se apercebam. dade de Psicologia e Ciências da Educa-
Javier Urra, psicólogo forense cuja ex- ção, da Universidade do Porto. A violên-
periência de trabalho está directamente cia na escola é um assunto “velho” com
ligada a jovens conflituosos, no seu livro uma nova visibilidade.
“O pequeno ditador, da criança mimada Segundo Augusto Cury, o uso da
ao adolescente agressivo” refere que a agressividade é sinónimo de fraqueza e
tirania infantil é como uma onda, resulta não de inteligência.
de um processo continuado. Aquilo que Matos entende o recurso à violência
tinha graça numa criança de quatro anos “como uma situação que vem na sequên- com os professores e o estabelecimento
torna-se insuportável na fase da adoles- cia de um destino trágico que é o facto de de laços de amizade com os pares apare-
cência. As crianças crescem em estes alunos não terem um projecto”. Nes- cem aqui como factores potencialmente
desequilíbrio, te sentido, a escola deverá ajudar estes protectores de situações de envolvimento
os seus com- alunos, a construir o seu projecto de vida, em actos de violência na escola.
portamentos e não responsabilizar apenas as famílias Votando a referir Javier Urra, “educar
são resultado nas quais também reina muitas vezes a no respeito e no afecto, transmitir valores,
de uma falha ausência de projectos. Para o mesmo, o impor limites e exercer a autoridade sem
educativa. essencial é não perder de vista que “os medo devem ser as linhas orientadoras
Para o mesmo actores da violência são muito mais víti- dos pais (e professores, direi eu). Os pais
autor ser pai, mas do que autores”. (e professores) têm de cumprir o seu pa-
fisiologica- De acordo com um estudo realizado em pel. Para isso o que se requer é amor, ló-
mente é muito Portugal com jovens, do 6º, 8º e 10º anos, gica, técnica arte e conhecimento. As cri-
fácil, mas por Margarida Gaspar de Matos e Susana anças, terão que aprender a lidar com
educar, trans- Fonseca Carvalhosa da Equipa do pro- sentimentos de frustração, medo, tristeza
mitir valores, jecto Aventura Social e Saúde (disponível ,agressividade… Não é fácil mas não é
ética, tentar na internet). impossível, podemos recorrer à leitura dos
que as crian- Os resultados sugerem
ças e jovens que são os jovens com 13
sejam solidári- anos se envolvem mais em
os, felizes, actos de violência, e que aos
isso é mais di- 11 anos são normalmente ví-
fícil. Implica timas. Apresentam um perfil
pensar anteci- de afastamento em relação
padamente à casa, família e à escola, re-
nas coisas, ferem problemas de relação
ser coerente, social, consideram difícil ar-
ter perspecti- ranjar novos amigos, envol-
vas. Este au- vem-se com maior frequên-
tor, numa en- cia em experincias de consu-
trevista, reve- mo de tabaco e álcool.
lou que considera a sociedade No âmbito da promoção
em Portugal e Espanha demasiado per- de estilos de vida saudáveis
missiva. Outrora toda a comunidade ac- nos adolescentes, este estu- contos de fadas, que ajudam as crianças
tuava, hoje comportamentos do reforça a importância já reconhecida a resolver conflitos, entender sentimentos
desadequados, como danificar um bem dos contextos sociais do jovem, assim a identificando-se com as personagens.
público, é para ser resolvido pela polícia, família, o envolvimento escolar, a relação “Ler um conto de fadas a uma criança

Horizontes 20
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Violência Violência Doméstica


é muito mais do que contar-lhe uma qual-
quer história. É dar-lhe asas e respostas
para a vida. (retirado do artº de Ana
Esteves da revista Pais e Filhos, Abril/
2007)
No nosso Agrupamento comemorou-
se no dia 31 de Janeiro o “dia da não
violência nas escolas”, actividade dinami-
zada pelo Núcleo de Educação Especial
e Serviços Especializados.
Os alunos, sensíveis ao problema da
violência, reflectiram e participaram na ac-
tividade, elaborando trabalhos, com fra-
ses alusivas ao tema, os quais estiveram
expostas no átrio da secretaria da
EB2,3,Sec. ou nas respectivas escolas.

Sugestões de leitura:
Javier Urra:
- “O pequeno ditador, da
Criança Mimada ao Adoles-
cente Agressivo”;

Augusto Cury: Hoje em dia a violência doméstica, as-


- “ Filhos Brilhan- sim como já há muitos anos, é um tema
tes, Alunos Fascinantes”; que atormenta muitas famílias no nosso
- “Pais Brilhantes, Professo- país e no resto do mundo.
res Fascinantes”. Este tema ainda não é facilmente abor-
dado por todos. Cada vez mais, as nos-
Elaborado por: Olga Pereira sas gentes apesar de conhecerem os pro-
Baseado nos autores referidos no texto blemas, tentam omiti-los, deixando-os pas-
sar despercebidos. O medo de represáli-
as faz-se sentir, embora já se notem algu-
mas mudanças nas mentalidades mais
actuais. Torna-se, por isso, importante
alertar e sensibilizar.
No passado mês de Novembro, em Ma-
ção, realizou-se, a Marcha contra a Vio-
lência Doméstica, na qual participaram al-
gumas turmas do Agrupamento de Esco-
las Verde Horizonte. Os formandos da Tur-
ma EFA2, do 1ºAno elaboraram os panfle-
tos que foram distribuídos pelas ruas, com
o objectivo de sensibilizarem a população
para este flagelo.
Os meios de comunicação são uma aju-
da preciosa para a divulgação do tema.
Com a ajuda de todos podemos dimi-
nuir estes “crime”.

Colabora!!...

EFA2 - 1ºano

Horizontes 21
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Outra forma de Violência!!... Bullying


O que é o Bullying? Existem vários tipos de
Curiosidades acerca do
É um termo inglês utilizado para des- Bullying
crever violência física ou psicológica, ac-
O Bullying tem várias vertentes de vio- Bullying
tos intencionais e repetidos, praticados - Estudos adicionais têm mostrado
lência, como a Física, a mais comum, em
por um indivíduo ou grupo de indivíduos que enquanto inveja e ressentimento
que os Bullies batem nas vítimas,
com o objectivo de intimidar ou agredir podem ser motivos para a prática do
pontapeiam-nas, beliscam-nas, empur-
outro indivíduo incapaz(es) de se defen- Bullying, ao contrário da crença popular,
ram-nas e agridem-nas; temos também a
der, por vezes só apenas por prazer. É
violência Verbal em que os Bullies, go- há pouca evidência que sugira que os
frequentemente usado para descrever Bullies sofram de qualquer défice de
zam, colocam apelidos e insultam os fa-
uma forma de assédio interpretado por al- auto-estima. Outros pesquisa-
miliares ou a própria pessoa;
guém que está, de alguma forma, em con-
Moral, os Bullies difamam, dis- dores também identificaram a
dições de exercer o seu poder sobre al- rapidez em se enraivecer e
criminam e tiranizam as vítimas;
guém ou sobre um grupo mais fraco.
também Sexual, os Bullies abu- usar a força, um acréscimo de
Quem são os Bullies? sam das vítimas, assediando-as comportamentos agressivos, o
e até podem mesmo violá-las acto de encarar as acções de
Estes indicam que adultos agressores
têm personalidades auto- sexualmente; Psicologica, os outros como hostis, a preocu-
Bullies intimidam as vítimas, pação com a auto-imagem e
ritárias, combinadas com
ameaçam, perseguem, aterrori- o empenho em acções obses-
uma forte necessidade de
controlar ou dominar. São zam e humilham-nas; Materialmente, os sivas ou rígidas. É frequentemente su-
Bullies roubam a vítima e destroem mate- gerido que os comportamentos agressi-
aqueles a que chama-
riais pessoais e finalizando com a violên- vos têm sua origem na infância.
mos “agressores” aqueles
que praticam alguns dos cia Virtual, os Bullies, por meio da internet - Também tem sido sugerido que um
ou telemóvel, gozam, insultam e amea- défice em habilidades sociais e um pon-
tipos de Bullying existentes.
çam. to de vista preconceituoso sobre subor-
Judite Carpinteiro e Manuel Bento dinados podem ser factores de risco em
10º C particular.

desrespeitar esses direitos. Mantêm leis


que violam esses direitos e, em casos
mais graves, cooperam com frentes re-
A Declaração Universal dos Direitos os direitos do Homem? Claro que sim, afi- volucionárias, mantendo milhares de ho-
Humanos foi adoptada pela ONU em nal “todo o ser humano tem direito à vida”. mens em escravatura. Outras vezes, essa
1838. Todos nós vemos centenas de lojas espa- situação serve ainda como forma de as-
Quando esta declaração foi criada, es- lhadas pelo país, onde se vendem marcas censão ao poder.
tava a decorrer a II Guerra Mundial. Pe- desportivas bastante conhecidas, cujos Ainda que pensemos o contrário, cada
rante este cenário de holocausto, os paí- produtos, são por vezes adquiridos, ape- um de nós deve ter um papel activo na
ses consideraram que era importante cri- nas pelo seu prestígio. Mas o que nós tam- preservação dos direitos do homem. Uma
ar uma declaração que salvaguardasse bém parecemos ignorar, é que os produ- forma simples de o fazer, é denunciar os
os direitos dos Homens. O objectivo era tos de algumas dessas marcas, foram fa- casos que presenciamos no dia-a-dia,
que cada indivíduo da sociedade visse de- bricados por indivídu- aqueles de que temos conhecimento.
finidos e defendidos os seus direitos, os, entre os quais cri- Mas, infelizmente, o que sucede muitas
como são o direito à vida, à liberdade, a anças, em con- vezes é que os cidadãos ignoram essa
constituir uma família, direito ao apoio a dições miserá- realidade, porque preferem não se “can-
nível da saúde, direito à educação, entre veis. Agora per- sar”. Cansar? Incomodar? Não podemos
outros. Decerto que nenhum de nós que gunto: Será que jamais pensar assim, quando se trata de
vemos, normalmente, defendidos estes algum de nós defender os direitos de uma espécie da
direitos, não nos imaginamos a viver sem compraria algum qual nós mesmos fazemos parte. Hoje as-
usufruir de alguns deles. Dito de outra for- desses produtos, sistimos à violação dos direitos dos ou-
ma, talvez não nos consigamos imaginar se soubéssemos tros, mas não sabemos nunca se ama-
a viver em certas condições. que foram produzidos, pe- nhã não seremos nós os desrespeitados
Mas o que é certo, é que quase todos los nossos filhos, mantidos em condições e, se assim sucedesse, gostaríamos muito
sabemos, que milhares de pessoas, em miseráveis? É duro meter as coisas nes- e ficaríamos eternamente gratos por te-
todo o mundo, vivem sem verem respei- tes termos, mas por vezes, torna-se ne- rem lutado por nós quando não tínhamos
tados estes direitos e em condições mui- cessário ferir a sensibilidade de cada um, possibilidade de o fazer.
tas vezes miseráveis. E nós conhecemos para que as pessoas deixem de ignorar Por vezes, os grandes feitos nascem
situações em que os seus direitos são constantemente e assumam um papel dos pequenos actos, e esses têm de ser
desrespeitados. mais activo no combate a esta problemáti- feitos por cada um de nós. Porque se nós,
Sem fazer um esforço, negamos esta ca. indivíduos da sociedade, vulgares como
afirmação. Mas, no entanto, quem não Esta situação assume ainda maior in- todos os outros, não defendermos os nos-
sabe que alguns países ainda mantém justiça, quando os próprios países funda- sos direitos, ninguém mais o fará.
pena de morte. Isso não é desrespeitar dores são, muitas vezes, os primeiros a Sofia Martins, 12ºB

Horizontes 22
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

A COMIS OMISSÃO SÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS - CPCJ DE


A Lei nº 147/99, de 1 de Setembro, em MAÇÃO Ø Sujidade;
vigor desde Janeiro de 2001 com aplica- Ø Eritema genital;
ção ao território nacional, define o regime ØDoenças. Ø Pediculose (afecção cutânea pro-
jurídico da intervenção social do Estado Requisitos: duzida por piolhos);
e da comunidade, nas situações de me- Para que se possa falar desta situação Ø Unhas, sujas e por cortar;
nores em perigo e carecidos de protec- requer que algum (s) do (s) indicadores se Ø Hematomas ou outras lesões
ção, nomeadamente nas situações que verifiquem de forma reiterada. inexplicadas/explicação contraditória;
ameacem a segurança, a saúde, a for- Ø Acidentes frequentes por falta de
mação, a educação ou o desenvolvimen- 2- Negligência: supervisão de situações perigosas;
to dos menores, criança ou jovem; pro- Situação em que as necessidades físi- Ø Atraso no desenvolvimento sexu-
pondo-se à promoção dos seus direitos cas básicas da criança e a sua segurança al.
individuais, económicos, sociais e cultu- não são atendidas por quem cuida dela Outros:
rais. (pais ou outros responsáveis), embora não Ø Alimentação-hábitos/horários e em
A Comissão de Protecção de Crianças de uma forma manifestamente intencio- quantidades inadequadas;
e Jovens de Mação foi criada pela Porta- nal de causar danos à criança. Ø Vestuário inadequado em relação
ria Nº 406/ 2003 de 19 de Maio e tem a à época e ao tamanho;
sua sede na Rua 5 de Outubro, nº 25 – Negligência - Sintomas: Ø Lesões resultantes de exposições
6120-752 Mação (Junto ao Serviço de Ø Atraso nas aquisições das compe- climáticas adversas (sol/frio);
Acção Social da Câmara Municipal de tências instrumentais: Ø Carências vitamínicas;
Mação – Antiga Escola Secundária). · Linguagem Ø Cárie dentária;
Contactos: · Motricidade Ø Unhas quebradiças, grandes e/ou
241 571541 e 96 851 68 11. Ø Perturbações do comportamento sujas;
Dada a complexidade de uma área de alimentar: Ø Infecções persistentes ou doença
intervenção como a de fazer cumprir os · Roubo de alimentos crónica que não mereceu tratamento mé-
direitos de cidadania das crianças atra- · Tendência a comer “até não poder” dico.
vés da sua promoção e protecção, com- Ø Perturbações do humor e do con- Requisitos:
petem, em primeira linha, às entidades trolo emocional Para que se possa falar desta situa-
públicas e privadas com atribuições em · Sonolência ção requer que algum (s) do (s) indicado-
matéria de infância e juventude e às co- · Apatia res se verifiquem de forma reiterada.
missões de protecção e, em última ins- · Depressão
tância, aos tribunais; garantir uma protec- · Hiperactividade A professora tutora e representante
ção especial às crianças, mas esse de- · Agressividade do Ministério da Educação na CPCJ
ver cabe também a todas as pessoas, sin- Ø Desenvolvimento pessoal e social de Mação, Eulália Ribeiro
gulares ou colectivas, com idênticas res- · Problemas de aprendizagem
ponsabilidades na sociedade mais · Absentismo/Abandono escolar
alargada, colaborarem, contactando a · Pobre desenvolvimento pessoal
CPCJ da sua área de residência, para co- com os pares
locar questões, esclarecer dúvidas, ou de- · Comportamentos para chamar a
nunciar situações. A criança é um ser de atenção dos adultos
direitos que todos nós devemos ver pro- · Fantasia
tegidos, não importa a sua raça, cor ou · Comportamentos anti-sociais
religião. Ø Ausência persistente dos pais na
De seguida serão referidas algumas procura/acompanhamento das crianças/jo-
das diferentes situações de perigo e ris- vens
co em que uma criança pode incorrer, para · Incumprimento do calendário de va-
que todos as consigam identificar e, even- cinas
tualmente, denunciar, no sentido de pre- · Falta a consultas de pediatria
venir, respeitar e promover os direitos das · Ausência nas reuniões de pais
crianças. Indicadores:
Tipologia das situações de perigo:
1- Abandono: Na negligência prolongada - Sinais físi-
Criança abandonada ou entregue a si cos:
própria, não tendo quem lhe assegure a Ø Atraso ou baixo crescimento;
satisfação das suas necessidades físicas Ø Cabelo fino;
básicas e de segurança. Ø Abdómen proeminente;
Indicadores: Ø Arrefecimento persistente;
ØFome habitual; Ø Mãos e pés avermelhados;
ØFalta de protecção do frio; Ø (Necessário excluir qualquer pato-
ØNecessidade de cuidados de higie- logia que medicamente justifique a
ne e de saúde; sintomatologia).
ØFeridas; Carências higiénicas:

Horizontes 23
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

(Des)Acordo Ortográfico
“A minha pátria é a língua portuguesa”.
Fernando Pessoa
do-a dos étimos pelos quais se regia – la- vogais, se deve colocar o hífen (exemplos:
tino ou grego – com alterações em pala- auto-avaliação, extra-escolar) e as pala-
vras como pharmacia, orthographia, lyrio, vras cujo prefixo termine em i levariam um
diccionario, caravella, estylo, hífen se este fosse seguido de uma pala-
diphthongo…e muitas outras mais. Esta vra iniciada por i, h, r ou s (exemplos: anti-
modificação originou uma parte da diver- semita, anti-religioso). Ora, pelo AO, pas-
gência entre as duas ortografias (a de Por- sariam estas palavras a escrever-se sem
tugal e a do Brasil). hífen, o que, convenhamos, aparentemen-
Ao longo de várias décadas, foram te simplifica, pois a nova norma diz que
Numa época de globalização, esta afir- introduzidas outras alterações na norma deixa de haver regra distinta de acordo
mação possui mais valor do que nunca. do Brasil, realizadas várias tentativas de com a vogal em que termina o prefixo, ou
É a nossa língua que nos identifica, que uniformização das duas grafias, e, toda- seja, estas palavras deixam de levar o hí-
nos permite comunicar e que facilita a via, estas permaneceram sempre diver- fen (exemplos: autoavaliação,
coesão nacional e até uma aproximação gentes. Em 1945 o Acordo Ortográfico extraescolar, antissemita, antirreligioso).
entre todos os seus falantes. É, portan- passou a lei em Portugal, contudo não vi- Mas, há sempre um mas, existem pala-
to, a nossa identidade. Contudo, convém ria a realizar-se a sua ratificação sob a vras que actualmente na língua portugue-
que, para garantir a unidade entre os fa- forma de Decreto-Lei. Posteriormente, sa de Portugal não possuem hífen e que,
lantes, não se deturpe o que os une: a várias tentativas foram feitas voltando a com o Acordo, “admirem-se as
língua. De que nos serve comunicarmos não se concretizar o entendimento e sen- turbas”(espantem-se as multidões), pas-
numa língua única, se o fazemos com do apontadas como principais dificuldades sariam a tê-lo, iniciando-se uma nova fase
erros sistemáticos ou, dito de uma forma para tal factos de duas ordens divergen- de implementação do hífen (exemplos: mi-
mais tolerante, com flutuações atribuídas tes: por um lado, o facto de Portugal viver croondas que passa a micro-ondas,
ao uso dos falantes que permitem varia- um período conturbado após o 25 de Abril arquiinimigo que passa a arqui-inimigo).
ções tão amplas que o próprio falante de 74 e, por outro, o teor de uma das alte- Porquê? Perguntaria qualquer incauto
acaba por não saber como pode expres- rações que visava suprimir os acentos nas falante…Ora,porque sim… Confuso?...
sar-se correctamente ou se o faz de uma palavras proparoxítonas (esdrúxulas). Garantimos que isto não é nada!
forma sistematicamente incorrecta. Como os partidários do AO continuam O busílis da questão reside na orienta-
Duas correntes opõem-se actualmen- a considerá-lo como garantia da unidade ção do próprio Acordo. Cegos pela vonta-
te e já há bastante tempo relativamente intercontinental da língua que lhe permiti- de de unificar o unificável, de conjugar o
ao tão referido Acordo Ortográfico (AO). ria um maior prestígio internacional, a sua que por si já se encontrava conjugado em
De um lado, os mais renitentes que vêem persistência mantém-se e, após 1988, foi duas variantes da mesma língua, e na ten-
estas mudanças como precipitações não criado o “Anteprojecto de Bases da Orto- tativa de aceitar alterações introduzidas na
calculadas, do outro, os que apelidam os grafia Unificada da Língua Portuguesa” norma brasileira aleatoriamente pelo uso,
primeiros de “Velhos do Restelo” e que que foi ainda sujeita a críticas e levou em criou-se algo que se baseia não na
consideram a mudança como útil, inevi- 1990 ao Acordo Ortográfico. etimologia da palavra, isto é, na origem
tável e como garantia da unidade entre A questão pertinente que se coloca é a da palavra recorrendo à sua evolução gra-
os falantes, isto é, como tábua de salva- mesma que se colocou anteriormente e matical com raiz no grego ou no latim, mas
ção da permanência da própria língua no que sempre impossibilitou a aplicação do atendendo e baseando-se nas alterações
panorama global, da sua sobrevivência. Acordo: estará este texto capaz de unifor- aleatórias do uso, muitas vezes baseadas
A preocupação com o prestígio inter- mizar a língua, visto ser esse o seu objec- na pronúncia do falante.
nacional do português fez com que em tivo, dando regras precisas e Não cabe num artigo desta natureza e
1990 se tentasse o Acordo Ortográfico da inquestionáveis? Isto é, o falante portu- extensão a explicação cabal e pormenori-
Língua Portuguesa que visava uma orto- guês, brasileiro, angolano, moçambicano, zada nem do AO, nem das suas incoerên-
grafia oficial una da língua portuguesa enfim, o falante de língua portuguesa, ao cias. Não temos pruridos para tal. Admiti-
pondo, assim, termo às duas normas ofi- aplicar as regras de ortografia da língua mos até a nossa impossibilidade de o fa-
ciais existentes, então como até agora, e portuguesa tem que ter obrigatoriamente zer, neste momento. Recomendamos a
divergentes entre si, a saber: a norma bra- uma norma perfeitamente definida que se leitura do AO que se divide em quatro tex-
sileira e a norma dos restantes países de aplique à totalidade da língua não poden- tos, a saber: Acordo Ortográfico de Lín-
língua oficial portuguesa. Desengane-se, do existir nela lacunas, omissões, confu- gua Portuguesa que é um tratado de 1990
porém, quem julgue que tal preocupação sões, dualidades, ou até aplicações con- composto por um preâmbulo e quatro ar-
e tais tentativas de unificação se inicia- traditórias. Vejamos, a norma portuguesa tigos; o anexo I do mesmo Acordo que é
ram apenas em 1990. De facto, após a num dos casos de hifenização indicava ri- constituído por uma lista de 21 bases or-
Implantação da República em Portugal gorosamente (como deve acontecer numa tográficas que discriminam um novo alfa-
(1911) realizou-se em Portugal uma re- norma) que quando o prefixo termina beto e características gerais de uma nova
forma ortográfica que alterou a língua es- numa das vogais a ou o, sendo este se- ortografia, dando exemplos; o anexo II que
crita aproximando-a da actual e afastan- guido de palavra iniciada com as mesmas sendo um texto explicativo e

Horizontes 24
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

argumentativo se refere a antecedentes e pronúncia) e as excepções. Define, além prefixação, recomposição e sufixação; os
que justifica opções tidas no próprio AO das excepções, casos de dupla acentua- casos em que inequivocamente não se
e, por último, uma rectificação que corri- ção referentes às várias pronúncias do emprega e aponta o seu uso em pala-
ge algumas inexactidões do AO. português de acordo com a variante; vras de origem tupi-guarani (origem de
Passemos a uma breve análise, por Ponto 9- define as palavras paroxítonas étimos provenientes de povos originári-
isso nada pormenorizada, devido também (graves) que na acentuação gráfica vão os do Brasil);
à sua extensão, do segundo texto receber o acento agudo e circunflexo e Ponto 17- coloca o emprego do hífen
supramencionado, o anexo I, que se divi- as que não serão acentuadas graficamen- na ênclise (colocação dos pronomes áto-
de em 21 tópicos, apelidados de bases, te. Prevêem-se usos facultativos e casos nos depois do verbo) e na tmese (figura
assim: de dupla acentuação; que divide o verbo para lhe intercalar o
Ponto 1- introduz no alfabeto as letras Ponto 10- refere os casos em que as pronome – exemplo: dir-se-ia), bem
W, K e Y; palavras levam e não levam acentuação como nas ligações da preposição de com
Ponto 2- determina o uso do h no início gráfica nas vogais tónicas grafadas i ou u formas monossilábicas do presente do
e no final da palavra com a lacuna de não das palavras oxítonas e paroxítonas; indicativo do verbo haver;
referir a palavra húmido que determinaria Ponto 11- indica os casos em que nas Ponto 18- regra os casos em que o
a impossibilidade do uso do h (aguarda- palavras proparoxítonas (esdrúxulas), re- apóstrofo é indicado e os casos cujo uso
mos esclarecimento pelo Vocabulário Or- ais ou aparentes, se aplica o acento agu- é inadmissível;
tográfico da Língua Portuguesa); do; os casos em que se aplica o acento Ponto 19- indica quando devem ser
Ponto 3- aponta a homofonia de alguns circunflexo e os casos em que as pala- utilizadas as minúsculas e as maiúscu-
grafemas consonânticos (ch/x; g; j; s/ss/ vras tanto podem levar o acento agudo las iniciais e ressalva a possibilidade de
c/ç e x; s colocados no final de sílaba (nas como o circunflexo; que obras especializadas possam obser-
várias posições na palavra – início, interi- Ponto 12- refere os casos em que deve var outras regras, provindas de códigos
or e fim de palavra); x e z com valor foné- ser utilizado o acento grave; ou normalizações específicas, provindas
tico semelhante; letras interiores s, x e z. Ponto 13- informa da supressão de de entidades científicas ou
Não se prevêem as divergências entre o acentos em palavras derivadas e aponta normalizadoras que sejam reconhecidas
uso do português de Portugal e o do Bra- o caso dos advérbios terminados em internacionalmente;
sil (exemplos: champô/xampu, chichi/xixi); _mente, derivados dos adjectivos com Ponto 20- refere, na divisão silábica,
uso do g/j (exemplos: alforge/alforje, acento agudo ou circunflexo e das pala- os casos em que as sucessões de duas
beringela/berinjela); uso do ss/ç (exem- vras derivadas que contêm sufixos inicia- consoantes podem ou não ser divididas;
plos: missanga/miçanga) e em elementos dos por z com formas de base que pos- a divisão de vogais e dos digramas (con-
toponímicos (exemplos: Singapura/ suem vogal tónica com acento agudo ou juntos de duas letras que representam
Cingapura, Sintra/Cintra). circunflexo; um único som) e
Ponto 4- indica o uso de consoantes Ponto 14- suprime o trema, excepto em Ponto 21- afirma a garantia da possi-
em sequência com supressão das conso- palavras derivadas de nomes próprios es- bilidade de (na área das assinaturas e
antes mudas, isto é, o uso do c em cç e ct trangeiros que o possuam; firmas) pessoas, firmas comerciais, no-
e o uso do p em pt, pç e pt, que ora se Ponto 15- refere o emprego do hífen mes de sociedades, marcas e títulos com
podem conservar, ora se podem eliminar; em compostos, locuções e encadeamen- registo público poderem manter a escri-
o b torna-se facultativo em bd e em bt; tos vocabulares – nas palavras compos- ta actual.
igualmente de uso facultativo é o g em gd tas por justaposição; na toponímia com- Podemos, com estes 21 pontos que
(ex: amígdala ou amídala); bem como o posta; nas palavras compostas quando constituem pouco mais do que tópicos
uso do m em mn (ex: amnistia ou anistia, designam espécies botânicas e zoológi- das mudanças a efectuar, ajuizar da ex-
omnipotente ou onipotente) e do t na se- cas; nas palavras compostas com bem, tensão e da complexidade da reforma
quência tm (aritmética ou arimética). mal, além, aquém, recém e sem; nas lo- implementada pelo Acordo Ortográfico.
Ponto 5- regula as vogais átonas e, i, o cuções; na ligação de duas ou mais pala-
e u com razões etimológicas e histórico- vras que ocasionalmente se possam com- O presente artigo será concluído no
fonéticos (evolução pela pronúncia); binar, formando assim os chamados en- próximo número.
Ponto 6- refere as vogais nasais, a sua cadeamentos vocabulares;
ortografia nos vários casos (com til, m ou Ponto 16- refere os casos em que se Professora Anabela Ferreira
n); emprega o hífen nas formações por
Ponto 7- aponta os ditongos orais e
distribui-os em dois grupos principais
dependendo do segundo elemento do
ditongo ser i ou u; refere ditongos re-
presentados por vogal e semivogal e
ditongos representados por vogal com
a consoante nasal m;
Ponto 8- regula o uso do acento
agudo e do circunflexo e os casos em
que não é obrigatório o acento gráfico
para distinguir as palavras oxítonas
homógrafas (isto é, palavras agudas
com a mesma grafia), mas
heterofónicas (com outras fonias –

Horizontes 25
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Veganismo… uma filosofia de vida


Apesar de ser um tema quer actividade que implica escravidão, produção de alimentos de origem vegetal
praticamente desconheci- posse ou deslocamento do animal do seu pois não haverá o alimento necessário
do para a maior parte dos portugue- habitat natural, tal como circos com ani- para tantas pessoas.
ses, a verdade é que em determinados mais, touradas e jardins zoológicos. Não A defesa dos animais é um acto muito
países (Brasil, Estados Unidos da Améri- caçam nem pescam, boicotando também nobre, a defesa dos seus direitos é es-
ca, …) este tipo de filosofia de vida é uma estes desportos. sencial, e a realidade é que muitos ani-
realidade em crescimento, revelando-se Os veganos referem que existem inú- mais ainda não são respeitados, no en-
até assunto de grandes discussões e ma- meras razões para uma pessoa optar pela tanto este facto é uma questão de
nifestações. A dúvida que revelo em rela- sua filosofia de vida, nomeadamente por mentalizar a humanidade para esta situ-
ção ao veganismo é se será realmente um motivos de saúde, ambientais, de defesa ação. Se nos tornarmos todos veganos
modo saudável de viver, terá alguma lógi- animal, económicas e até religiosos. Co- como iremos controlar o aumento de al-
ca para a natureza… mecemos pelos motivos de saúde, neste gumas espécies que actualmente são uti-
Primeiro é necessário esclarecer o con- caso ao preferirem uma dieta exclusiva- lizadas para a nossa alimentação? É uma
ceito “veganismo”, pois a maioria das pes- mente à base de produtos de origem ve- questão à qual não sei respon-
soas não estão informadas em relação a getal conseguirão obter todos os nutrien- der, pois a natureza apenas se
esta filosofia de vida confundindo-a até tes que o corpo humano necessita para mantém em equilíbrio se hou-
com vegetarianismo, no entanto, o estar em equilíbrio? Muitos veganos defen- ver um determinado número de
veganismo é muito mais do que cumprir dem ser a melhor alimentação que o ser espécies num determinado es-
um regime alimentar que exclui todos os humano pode ter, demonstrando sempre paço de tempo. É problemáti-
tipos de carne bem como alimentos deri- em congressos e documentários realiza- co pois o aumento de espéci-
vados. O veganismo é, como já referi, uma dos, que estão bem de saúde desde que es vai levar ao aumento de con-
filosofia de vida motivada por convicções se tornaram vegetarianos estritos. Um des- sumo de alimento em todo o
éticas com base nos direitos dos animais, tes exemplos é Alex Bourke, presidente da planeta e a outros problemas.
é caracterizada por ser o regime mais ri- Sociedade Vegana da Inglaterra e vegano Economicamente, ser
goroso em relação a esses direitos. Ba- há 15 anos. Defendem que a maior parte vegano é uma vantagem, pois
seia-se em princípios que proíbem todos dos nutrientes essenciais ao ser humano como se pode comprovar, ac-
os produtos relacionados com os animais. estão presente nos alimentos que ingerem tualmente alimentos de origem
No vestuário e adornos, artigos em pele, (origem vegetal), o que é verdade, pois a vegetal são mais baratos que
couro, lã, seda, camurça, adornos com vitamina C, o cálcio, e muitas proteínas são os restantes (carne, peixe). No
pêlos, penas, pérolas, marfim, etc, são encontradas nestes alimentos, no entan- entanto, muitas empresas e
preteridos, pois implicam a morte e/ou to, existem questões a ser levantadas. A particulares passariam por
exploração dos animais que lhes deram vitamina B12 também essencial e presen- grandes dificuldades económi-
origem. Deste modo, um vegano só veste te no leite e nos ovos, apenas é ingerida cas se produtos como a carne
tecidos de origem vegetal (algodão, linho) pelos veganos através de suplementos e o peixe fossem excluídos da
ou sintéticos (poliéster). Na alimentação comercializados actualmente. Outro facto, ementa dos humanos.
são vegetarianos estritos, ou seja, a sua é que é raro encontrar alguém que goste A nível religioso, o tema é
dieta é composta unicamente por alimen- de todo o tipo de alimentos vegetais, le- verdadeiramente complexo,
tos de origem vegetal (cereais, frutas, le- vando esta pessoa a ter que comprar mais não tendo capacidade para fazer uma
gumes, cogumelos e qualquer produto, suplementos. Os suplementos podem não avaliação mais aprofundada do que refe-
industrializado ou não, desde que não parecer um problema mas, se pensarmos rir que o veganismo é apoiado por diver-
contenha nenhum ingrediente de origem um pouco, não existem produtos feitos em sos movimentos religiosos, principalmente
animal). Evitam ao máximo o uso de me- laboratórios totalmente naturais. pela defesa dos direitos dos animais.
dicamentos, cosméticos e produtos de hi- A nível ambiental, os objectivos dos Em suma, é possível verificar o quão
giene e de limpeza que tenham sido tes- veganos são os melhores, na realidade complexo é este tema e, certamente que
tados em animais. Apenas violam os seus apenas querem proteger o planeta, no en- não referi todos os problemas que o
princípios quando não há alternativas dis- tanto, quem está à frente de manifestações veganismo pode trazer ao nosso planeta,
poníveis ou em caso de emergência. No e debates para reunir mais pessoas a este pois, apesar das intenções dos veganos
que toca ao entretenimento boicotam qual- modo de vida não tem noção que se todos serem as melhores, se a sociedade nes-
nós nos tornarmos veganos possivelmen- te momento se tornar toda ou apenas
te teremos um grande problema mundial mais de metade vegana, iria ocorrer um
idêntico ao que temos hoje. Vejamos, ac- colapso no planeta. Acho que o principal
tualmente, entre outras coisas, estamos a a reter das vantagens e desvantagens que
destruir o planeta com a construção de inú- apresentei neste texto é o facto da natu-
meras infra-estruturas nomeadamente fá- reza necessitar de equilíbrio. Sei que a
bricas para a produção de alimentos, ves- situação que o planeta atravessa presen-
tuário e tudo o mais, no entanto, se o nú- temente não é agradável mas é tudo uma
mero de veganos aumentar questão de mentalização da humanida-
exponencialmente teremos que construir de, não podemos ser tão radicais como
infra-estruturas também para a produção são os veganos, tudo na natureza preci-
de alimentos de origem vegetal e possi- sa de harmonia e equilíbrio.
velmente teremos que começar a utilizar
produtos menos naturais para acelerar a Carla Matos nº3, 11ºA

Horizontes 26
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Perfeição (i)mortal
Na actualidade, a acarreta problemas psicológicos. As pes- Para finalizar, coloco a seguinte ques-
preocupação da soci- soas interessadas na cirurgia estética de- tão/reflexão: “Será que vale a pena reali-
edade para com o seu pró- vem informar-se, antes de tomarem uma zar a cirurgia que, apesar da “imortalida-
prio corpo é muito fre- decisão, principalmente na escolha da clí- de” dos resultados, pode ser mortal, ape-
quente. A ambição pelo nica/médico onde a cirurgia se irá realizar nas pela busca de perfeição?” Na minha
corpo perfeito levou a para não correr riscos. opinião existem alternativas mais viáveis
que cada vez mais pes- Riscos? Aqui está o ponto crucial da que já referi, mas para quem, mesmo as-
soas procurem a cirur- questão, pois os riscos só se correm em sim, opta pelo método cirúrgico, aqui fica
gia estética para a casos de falta de higiene e segurança do um conselho, não se deixem enganar pela
cura do seu “mal”. local ou de experiência do médico/cirur- perfeição e procurem especialistas (é pos-
Cerca de 88% são mulheres e dentro do gião. “Se todos os critérios técnicos de se- sível aceder a todas as informações dos
grupo das mulheres, 63% têm idades gurança forem respeitados, os riscos são médicos), para não correrem riscos e não
compreendidas entre os 21 e os 50 anos. mínimos”, refere um cirurgião plástico. darem aos falsos médicos o que eles pre-
A cirurgia estética a que me refiro é a Mas, infelizmente, há cada vez mais mé- tendem.
lipoaspiração, que, ao contrário do que a dicos falsos, impostores que, sabendo da Liliana Lopes nº10 11ºA
maioria das pessoas que a procuram falta de informação ou da “ce-
pensam, não serve para uma eventual gueira” pelo perfeito, se fazem
perda de peso, mas sim para modelar passar por especialistas e rea-
certas zonas do corpo. Porém, já nos de- lizam as cirurgias estéticas. Por
mos conta de notícias de jovens que fa- vezes chegamos ao cúmulo de
leceram devido a cirurgias como a os supostos consultórios/clíni-
lipoaspiração, e agora o caso mais re- cas se localizarem em andares
cente e nacional do treinador de futebol sem condições algumas para a
Manuel Machado. E porque será que prática médica de cirurgia. O
acontecem complicações numa cirurgia preço exerce, na escolha da clí-
tão segura como referem os médicos? nica/médico, um papel funda-
A lipoaspiração é um tratamento cirúr- mental, visto que os utentes vão
gico que remove depósitos de gordura, optar pelo valor monetário mais
através , tal como o sugere o nome, da baixo, principalmente da classe
aspiração da mesma. Os resultados des- média baixa o que pode levar a
ta cirurgia têm grande longevidade. Como que depois paguem juros, falo
da própria vida.
Há que ter em conta que é im-
portante a realização da
lipoaspiração em ambiente lim-
po e com todas as condições
técnicas e de higiene, atenden-
do a que há risco de infecções generaliza-
das, embolias gordurosas, tromboflebites
ou trombose venosa e edemas, que, como
noticiado, já provocaram a morte a jovens Sou alguém muito…
ambiciosas e desejosas da perfeição.
É muito importante que as pessoas que Honesto
pretendam realizar cirurgias deste tipo pen- Egoísta não sou, mas sim
sem em todas as probabilidades e este- Leal, como um cardeal
já referido, o objectivo é puramente o da jam conscientes do perigo. Inteligência não me falta
perfeição estética e nunca deve ser usa- Este tipo de cirurgia não é uma neces- Orgulhoso sou com a malta.
da como forma de emagrecimento, visto sidade médica e existem alternativas para
que nem sequer é adequada a pessoas nos sentirmos mais satisfeitos com nosso Feliz e
que sofram de obesidade. corpo, tais com a prática de exercício físi- Infeliz
Claro que o facto de os resultados se- co em detrimento do sedentarismo e uma Generoso e muito poderoso!
rem de longa duração abona a favor da alimentação equilibrada. Util e inútil
cirurgia, seduzindo as pessoas ambicio- Então quero deixar bem clara a minha Estúpido não me parece que seja
sas e que não estão satisfeitas com o seu crítica pelo facto de existirem falsos médi- Irónico quando ela me beija
corpo. Mas, para além deste “conto de cos com falsas clínicas, que podem pôr em Responsável e até
fadas”, existem os pontos fracos. Entre risco a vida dos utentes, que cegos pela Amável sou!
eles, encontram-se o preço elevado que perfeição, caem nas garras dos imposto- Hélio Figueira
varia entre os 2000 e os 4000 euros e o res ambiciosos pelo poder. Algo terá de ser 10.ºC , n.º5
facto de os resultados não feito, pois não é admissível que as pesso-
corresponderem às expectativas, o que as sejam prejudicadas.

Horizontes 27
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

A importância do pequeno-almoço para Origem do Brasão de Mação

as crianças “O BRASÃO de Mação, aprovado em


1930, é vermelho, com uma
fundamentais: ovelha no centro. Em chefe, um
- Leite, porque fornece cálcio e proteí- cacho de uvas folhado e acom-
nas valiosas que permitem construir, man- panhado por duas abelhas, tudo
ter e renovar os tecidos. em ouro. Orla de prata cortada
- Pão ou cereais, porque fornecem por fachas onduladas de azul. Coroa Mu-
energia de uma forma constante, devido ral de prata de quatro torres. Bandeira
aos hidratos de carbono complexos que amarela com um listel branco em letras
os constituem. pretas. Cordões e borlas de ouro. Lança e
- Fruta, porque contém vitaminas e mi- haste douradas. O vermelho, que significa
O pequeno-almoço é uma refeição de nerais necessários para nos proteger das vitórias, ardis e guerras, deriva de ter sido
extrema importância, em todas as idades, doenças e manter o corpo em equilíbrio. Mação quarter general das tropas de Lippe
e de um modo muito particular nas crian- No caso de não se beber leite e se op- em 1762. As indústrias de tecelagem de
ças. Normalmente, esta refeição é com- tar por outro produto lácteo (iogurte, queijo lã, fabricação de curtumes e exportação de
partilhada com a família, sendo fundamen- ou requeijão), é importante que o peque- gados que caracterizam, desde tempos
tal que os pais assumam um papel fulcral no-almoço inclua uma outra bebida (de remotos a vida económica de Mação, es-
atribuindo a devida importância a esta re- preferência um sumo natural), porque o tão representados na ovelha. As uvas e as
feição. corpo, após uma noite inteira sem ingerir abelhas simbolizam a agricultura em dois
Verifica-se que as crianças que não co- líquidos, precisa de ser rehidratado. dos seus produtos característicos: o vinho
mem de forma suficiente e equilibrada logo e o mel. As correntes, que fertilizam Ma-
pela manhã se tornam desatentas e agi- Sugestões para contornar um ção, estão representadas por faixas ondu-
tadas ou fracas e sonolentas. Isto sucede “problema” chamado pequeno- ladas de azul e prata.
porque, quando em jejum ou mal alimen- almoço
tado, o nosso organismo ataca as nossas Para quem tem dificuldade em tomar o
Ruben Gaspar nº 15, 8ºB
reservas de açúcar para conseguir man- pequeno-almoço ou beber leite, aqui fi-
ter o nível de energia. Apesar de obter cam algumas sugestões:
assim alguma energia, não consegue a - Varie sabores de leite (com chocola- Lenda de Cardigos
suficiente para responder às exigências te, com sabores: morango, baunilha, …)
físicas e intelectuais que lhe são feitas. O e experimente fazer batidos com diferen- Conquistada por D. Afonso
jejum prolongado põe em funcionamento tes frutas. Henriques em 1135. Na época
outros mecanismos prejudiciais à saúde. - Se não tem fome logo que acorda, romana tinha o nome de
Por outro lado, a falta do pequeno-al- prepare um pequeno-almoço saboroso Brucharia, de onde derivaram os
moço vai fazer com que a criança fique para comer assim que sinta fome. Algu- de Bichieira, Abrichieira,
com mais fome para a refeição seguinte mas ideias: pacotinhos de leite, iogurtes Bichoeira. A origem da palavra é
(lanche da manhã ou almoço), pelo que com cereais, iogurtes líquidos, uma san- o insecto bruchus, cuja larva vive de flores
irá, provavelmente, comer insaciavelmen- duíche bem recheada, etc. e sementes das leguminosas.
te nessa próxima refeição, o que poderá A 25 de Setembro de 1522 a coroa to-
contribuir para uma futura obesidade. Consumir leite: só ao pequeno- mou posse dos Casais de Bustelim, ou
almoço?
Vustelim, termo do conselho da Bicheira,
Mas qual a importância do A resposta é, obviamente, não. O leite
conselho e povoação do Priorado do Crato,
pequeno-almoço? pode e deve ser consumido ao longo de
na presença de dois juízes ordinários e
- Quebra o jejum nocturno (que nas cri- todo o dia, sendo um alimento ideal para
outros homens bons e principais da dita
anças pode ser de 12 horas ou mais); quebrar os intervalos entre as refeições
povoação, junto do ribeiro de Vustelim.
- Permite uma distribuição equilibrada que, muitas vezes, têm tendência a tor-
Três anos depois começou a edificar-
dos alimentos ao longo do dia, evitando nar-se excessivamente longos.
se em Bustelim a igreja paroquial e esta
refeições mais pesadas; Pode-se beber, por exemplo, a meio da
freguesia foi apartada da de Amêndoa, a
- Assegura que as nossas capacidades manhã (quando o pequeno-almoço já se
que antes pertencia. Tudo consta de uma
se mantenham constantes; consumiu na azáfama do princípio do dia);
carta, dirigida a D. João III por Afonso Vaz,
- Permite “recarregar baterias”, forne- durante as refeições principais (um bom
contador de el-rei no Priorado de Crato, no
cendo os elementos de que o corpo pre- truque, para as crianças que sofrem de
ano se 1525.
cisa para funcionar bem ao longo do dia. falta de apetite); ou à hora de deitar (um
Foi elevada a vila pela mesma conces-
copo de leite pode mesmo ser um bom
são que beneficiou Belver, Envendos e
O que deve conter um bom indutor do sono).
Carvoeiro, em 18 de Maio de 1518. Para a
pequeno-almoço? No entanto, não é necessário cair em
Um bom pequeno-almoço deve forne- sua criação muito concorreu Pedro Anes.
excessos: tal como os outros alimentos
cer cerca de um quinto das nossas ne- Assim se formou a Vila Nova de Cardigos,
do seu grupo, o leite deve ser consumido
cessidades calóricas diárias. Ou seja, que pouco suplantou a antiga Bicheira,
diariamente, de forma moderada (a Nova
deve ser uma das principais refeições, tão nome que desapareceu dos documentos
Roda dos Alimentos recomenda duas a
nutritiva como qualquer outra. oficiais em 1836. Foi sede de comarca
três porções diárias de lacticínios).
Para além disso, é importante que o durante 200 anos, desde 1605.
pequeno-almoço contenha três elementos Professora M. Manuela M. Alves
Rui Esteves Marques nº16, 8ºB

Horizontes 28
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Segurança Informática
A segurança é uma das principais pre- Os Cavalos de Tróia são um tipo de ví- todos os dias aparecem novos vírus, pelo
ocupações da sociedade actual, mas em rus. Tal como na lenda (se não conhecem que o programa anti-vírus precisa ser ac-
relação à informática a maioria dos podem pesquisar na Biblioteca e/ou na tualizado com regularidade.
utilizadores continua a exibir autênticos internet sobre a “Lenda do Cavalo de Mesmo assim, há algo mais que nos
comportamentos de risco. Tróia”), um vírus do tipo “cavalo de Tróia” pode proteger de vírus de forma ainda
A área da segurança informática é bas- apresenta-se disfarçado como se fosse um mais eficiente que um anti-vírus actuali-
tante vasta, mas pode ser classificada em jogo ou uma animação engraçada, mas por zado: usar a cabeça.
três categorias principais: a segurança trás desse jogo ou animação instala um Devemos sempre desconfiar de men-
das máquinas, a segurança dos dados e vírus. sagens que nos chegam através do
a segurança das pessoas. Apesar de es- Uma ameaça muito séria é também o Messenger ou do e-mail e que nos pe-
tas três categorias estarem obviamente Spyware. O Spyware não é exactamente dem para clicar num certo endereço de
interligadas, podem até certo ponto ser internet. Mesmo que seja uma mensa-
tratadas de forma independente. gem de alguém que conhecemos bem!
A segurança das pessoas tem a ver Porque estas mensagens podem ser
com comportamentos que se supõem falsificadas e ter sido enviadas por ou-
do senso comum, mas que muitas ve- tra pessoa qualquer.
zes são ignorados, como o não reve- Devemos também evitar usar e ins-
lar informação pessoal online, ter cui- talar programas de origem “duvidosa”
dado com as fotos e vídeos que são (podem trazer os tais Cavalos de
publicados, não marcar encontros Tróia).
com pessoas que se conheceram Há muitas outras regras e técnicas
através da internet, etc. de proteger um computador contra ví-
A segurança dos dados tem a ver, rus, mas estas são as mais simples e
com algo que os utilizadores raramen- possíveis de ser utilizadas mesmo sem
te fazem e muitas vezes se arrepen- grandes conhecimentos técnicos.
dem: cópias de segurança. Para quem é um utilizador mais “avan-
Mas vamos focar-nos hoje na seguran- um vírus, porque não tenta “infectar” as çado” outra regra importante é não usar
ça das máquinas, o que implica falar de pens nem se envia para os nossos ami- a conta de administrador do Windows
coisas como vírus, Cavalos de Tróia, gos, mas, como o próprio nome diz, fica a para trabalhar no dia-a-dia.
spyware, entre outros. espiar tudo o que fazemos no computa- Um facto que a maior parte dos
Vamos tentar explicar primeiro o que é dor. Quais os sites que visitamos, quais os utilizadores ignora é que o Windows re-
um vírus informático. Um vírus é um pro- programas que usamos, que música ouvi- conhece dois tipos de utilizadores, os
grama de computador, tal como um mos, etc. Pode parecer que não tem muita “Administradores”, que podem fazer tudo
processador de texto, ou um jogo ou um importância (mas na verdade tem), mas no computador (até estragá-lo) e os
leitor de música. A diferença é o objecti- ninguém gosta que nos estejam a espiar. “Utilizadores limitados”, que não podem,
vo desse programa. Enquanto que um Muito menos o nosso próprio computador! por exemplo, instalar programas. Um
processador de texto é feito para ajudar Então o que podemos fazer para nos utilizador inteligente tem uma conta de
os utilizadores (nós) a criar textos, um proteger dos vírus e spyware? Bem, pri- administrador para realizar as tarefas de
jogo é feito para que o utilizador passe meiro que tudo há que compreender que manutenção do sistema (instalar ou re-
alguns momentos agradáveis a jogar e os vírus e spyware apenas afectam o mover programas e hardware) e uma
um leitor de música é feito para que o Windows, em qualquer das suas versões outra conta limitada que utiliza para tra-
utilizador ouça música através do com- XP, Vista ou 7. O balhar (ir à internet, escrever e imprimir
putador, um vírus é feito para se escon- Windows é um tipo de programa de documentos, etc). Esta simples técnica
der do utilizador e para realizar acções computador chamado “sistema operativo”, elimina o risco de vírus quase por com-
às escondidas. Como por exemplo, envi- que serve para pôr o computador a funcio- pleto.
ar cópias do vírus para todos os contac- nar. Existem outros sistemas operativos, Bem, o artigo já vai longo. Se estive-
tos de Messenger do utilizador ou copi- como por exemplo o MacoS ou o Linux, rem interessados, continuamos no pró-
ar-se para todas as pen que sejam que não têm vírus. A primeira regra para ximo número.
inseridas no computador. Tudo isto de quem precisa de usar um computador em Este artigo foi escrito num computa-
forma completamente escondida. E es- segurança é: não usar Windows! Mas a dor com Linux.
tes são os vírus mais “simpáticos”, por- verdade é que mais de 90% dos computa-
que há alguns que, além de fazerem isto dores vendidos actualmente vêm com o Ilídio Vicente
começam a tentar descobrir passwords Windows instalado e a maioria dos Certificado Cisco Network Security
dos utilizadores, como por exemplo a utilizadores não sabe (ou prefere não sa-
password de acesso ao e-mail ou, pior ber) utilizar outros sistemas. Para os
ainda, a password de acesso à conta ban- utilizadores de Windows a única salvação
cária ou o número de um cartão de crédi- é a utilização de um programa anti-vírus e/
to. Depois de descobrir esta informação, ou anti-spyware. Actualmente, a maioria
os vírus são ainda capazes de a transmi- dos anti-vírus tem também funções de anti-
tir ao seu criador através da internet. spyware, mas nem todos... No entanto,

Horizontes 29
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

CONCURSO DE TEXTO 2010


Tema: Diferenças
Normas de participação:
1. Os textos concorrentes devem ser
redigidos em folha A4, times new roman,
tamanho 12, espaçamento 1,5.
2. Cada trabalho apresentado deve-
rá conter entre 25 e 40 linhas, excepto os
do 1º escalão que deverão conter entre
15 e 25 linhas.
3. Cada participante poderá concorrer
com um ou mais textos, desde que o
faça com pseudónimos diferentes.
4. Todos os participantes devem con-
correr com pseudónimo, devendo envia-
rem envelope separado, a sua identifica-
ção ( nome, idade, data de nascimento,
escola, ano e turma (no caso de se tratar
de um aluno), residência e contacto tele-
fónico.
Cada trabalho deverá estar identifica-
do, para além do pseudónimo, com o es-
calão em que concorre.
O supracitado envelope identificado, no
exterior, com o pseudónimo e escalão,
será aberto durante a reunião do júri, após
a selecção dos trabalhos premiados.

Critérios de selecção:
- Criatividade;
- Espírito de síntese;
- Correcção linguística e organização
textual.

Júri:
O júri terá um número ímpar de mem-
bros e será presidido pelo Sr. Director do
Agrupamento. Os restantes elementos se-
rão professores do agrupamento e um re-
Tendo presente a sensibilização para Prazos: presentante dos pais. Estes serão convi-
o tema indicado e a necessidade de pro- Envio de trabalhos: entre os dias 13 e dados pela organização. As suas deci-
moção da escrita, o Núcleo de Educação 30 de Abril, para o Agrupamento de esco- sões serão soberanas e definitivas, não
Especial do Agrupamento de Escolas Ver- las verde Horizonte ao cuidado do Núcleo podendo ficar sujeitas a qualquer tipo de
de Horizonte irá promover um concurso, de Educação Especial. recurso ou reclamação.
de âmbito concelhio, destinado a premi- Selecção dos premiados: Durante o mês Os elementos do júri estão impedidos
ar os melhores trabalhos apresentados. de Maio de participar no concurso.
Entrega de prémios: Mês de Junho, em
Objectivos: data a designar. Trabalhos premiados e prémios:
- Sensibilizar os alunos e a comunida- 1. Os textos que obtiverem melhor clas-
de envolvente para a problemática enun- Escalões: sificação serão divulgados, a par dos res-
ciada; 1º - crianças entre os 7 e os 10 anos pectivos autores, através da Internet, na
- Promover o gosto pela escrita e pela 2º - Crianças entre os 11 e os 14 anos página do Agrupamento e no Jornal Hori-
leitura; 3º - Jovens entre os 15 e os 18 anos zontes.
- Reforçar as potencialidades criativas; 4º - Adultos com idade superior a 18 2. Será atribuído um prémio por cada
- Promover a divulgação de textos iné- anos. escalão a concurso.
ditos. 3. Os prémios serão constituídos por
( Relativamente aos primeiros 3 esca- livros e/ou Cds, de acordo com o escalão
Destinatários: lões aceita-se a participação de concorren- etário a que se destinem.
Podem concorrer crianças, jovens e tes não-residentes no concelho, desde que
adultos, residentes/ trabalhadores no con- frequentem este agrupamento de escolas). Núcleo de Educação Especial
celho de Mação.

Horizontes 30
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

A Herança Muçulmana
Os alunos do 5.º Ano deram largas à pedrinhas. total de trinta, aquele que teve mais su-
imaginação na disciplina de História e Ge- Alguns alunos fizeram cartazes e expli- cesso foi a picota!
ografia de Portugal! caram a utilidade de cada um dos meca- Com esta exposição viajámos na His-
Foi-lhes proposto que fizessem répli- nismos utilizados pelos Muçulmanos. tória!
cas dos mecanismos trazidos para a Pe- Os trabalhos foram expostos no átrio da Bruna Santos , n.º3
nínsula Ibérica pelos Muçulmanos e que escola desde o dia dezoito de Fevereiro e Dalila Marques, n.º4
eram utilizados para captar, elevar e dis- o dia 2 de Março para que pudessem ser Daniela Lopes, n.º 6
tribuir a água (nora, picota, tanque, açu- observados e apreciados. Lamentamos Inês Maia, n.º8
de e levada). que alguns alunos não demonstrassem Joana carvalho, n.º9
Os alunos utilizaram diversos materi- respeito pelos autores dos trabalhos e te- Leonor Castanho, n.º14
ais, tais como madeira, barro, plasticina, nham retirado peças expostas. Mónica Giblote, n.º 17
cartolina, esferovite, cortiça e algumas De todos os mecanismos expostos, no

II Campeonato SuperTmatik Quiz


História de Portugal
Os alunos do 2.º inter-turmas os alunos Maria Leonor Cas- que durante esse período, os alunos se
Ciclo do Ensino Bá- tanho Bento do 5.ºA e João Pedro Martins ambientem ao SuperTmatik online e ao
sico participaram no Lourenço do 6.º C que irão disputar a final tipo de prova que irão realizar.
c a m p e o n a t o nacional online que decorrerá de 9 a 23 de A final nacional online decorrerá de 9
SuperTmatik de His- Abril. a 23 de Abril e os alunos dispõem de três
tória de Portugal. tentativas para realizar o melhor tempo
Este campeonato no SuperTmatik..
tem como objectivos Apenas o melhor resultado de cada
fomentar o gosto pela aprendizagem da aluno será contabilizado para efeitos de
História de Portugal; contribuir para a posicionamento no Ranking Nacional do
aquisição, consolidação e ampliação de SuperTmatik 2010.
conhecimentos sobre a história do nosso
país; reforçar a componente lúdica na Professora Ligia Silva
aprendizagem da História de Portugal e
ainda promover o convívio entre alunos,
professores e restante comunidade es-
colar.
A competição iniciou-se com a reali-
zação dos campeonatos intra-turma para
apuramento dos campeões SuperTmatik A partir de 16
de turma. Em seguida, os campeões de de Março e até 7 de Abril, os alunos selec-
turma pertencentes ao mesmo escalão cionados poderão aceder a uma aplicação
(ano de escolaridade) participaram no tor- online que será utilizada na competição da
neio inter-turma, para apuramento do final nacional e que estará disponível numa
campeão escolar, por escalão de com- versão limitada, com acesso livre em
petição. www.eudactica.com, na secção “Campeo-
Foram apurados como campeões natos”, botão “supergame”. Pretende-se

Horizontes 31
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Curso de Educação e Formação


Formação
Jardinagem e Espaços V
Jardinagem erdes
Ver
erdes VEREADOR DA CULTURA VISIT
ULTURA A
VISITA

Os alunos deste curso sugerem a consulta deste calendário antes de realizar as


AUNOS DO CEF-1A
actividades a desenvolver nesta época.
No passado dia 11 de Março, o Verea-
dor da Cultura da Câmara Municipal de
Mação, Dr. Vasco Estrela, apresentou-se
à turma do CEF -1A, acompanhado pelo
professor António Bento e pelo senhor
Director, José António Almeida, tendo
apresentado aos alunos algumas publica-
ções periódicas editadas pela Câmara
Municipal de Mação.
Esta visita aconteceu no âmbito da
Semana da Leitura na nossa escola, ten-
do como objectivo não só motivar os alu-
nos para a leitura das publicações – In-
formação Verde Horizonte e Mação Re-
vista Informativa, como também a divul-
gação das diferentes actividades culturais
promovidas pela Câmara, muitas delas
dirigidas a um público jovem.
Como tal, os alunos ficaram mais
elucidados acerca das possibilidades que
lhes são oferecidas para conhecerem me-
lhor o concelho onde residem.

Larissa Teixeira, n.º7


Sílvia Raimundo, n.º 10

Orientação Escolar e Profissional


AproxiMação
Avaliação/Apoio Psicológico nas Programa Construir o Futuro
2009/10 Escolas EB1 do Agrupamento Verde
Horizonte A tomada de uma decisão acertada
A Santa Casa da Misericórdia de Ma- para o nosso futuro escolar e profissio-
ção, através do Contrato Local de Desen- Dando continuidade a um trabalho que nal implica não só termos consciência das
volvimento Social: Projecto AproxiMação, tem sido já desenvolvido nos últimos anos nossas preferências e das nossas capa-
em parceria com o Serviço de Acção So- pelo Serviço de Acção Social da Câmara cidades, mas também algum conheci-
cial da Câmara de Mação, tem vindo a Municipal de Mação, e em parceria com mento e reflexão prévia sobre o mundo
desenvolver desde Fevereiro do presen- este organismo, bem como o Agrupamen- do trabalho. Isto traduz-se numa maturi-
te ano, sessões de Orientação Escolar e to de Escolas Verde Horizonte, A Santa dade vocacional, condição necessária
Profissional junto dos alunos das turmas Casa da Misericórdia de Mação, através para uma boa tomada de decisão no que
do 9º ano, da Escola Básica do 2º, 3º Ci- do Contrato Local de Desenvolvimento diz respeito ao delineamento de um Pro-
clos e Secundária de Mação. O objectivo Social: Projecto AproxiMação tem vindo a jecto de Vida. O programa “Construir o
destas sessões é proporcionar aos alu- proporcionar sessões de avaliação / apoio Futuro”, que se irá desenvolver a partir
nos um melhor conhecimento das suas psicológico aos alunos das escolas EB1 do presente mês de Março do junto dos
preferências e aptidões, bem como das do Concelho. Esta actividade visa colmatar alunos do 1º ano de escolaridade do Agru-
possibilidades de futuro a nível escolar e as necessidades sentidas ao nível do di- pamento de Escolas Verde Horizonte,
profissional, para que possam fazer no agnóstico e intervenção de problemáticas tem como objectivo a preparação preco-
final 9º ano uma escolha acertada e pon- na infância, como as dificuldades de apren- ce para o trabalho, através da realização
derada para o seu futuro. dizagem ou os problemas de acções de desenvolvimento
comportamentais, vocacional, no contexto escolar. Este pro-
entre outros. grama enquadra-se também, no plano de
acção do Projecto AproxiMação - Contra-
to Local de Desenvolvimento Social, cuja
entidade Coordenadora e Gestora é a
Santa Casa da Misericórdia de Mação.
ADENDA: por lapso, na última edição onde se lê “O projecto “EMPRESÁRIOS NA
ESCOLA”...em parceria com a Câmara Municipal de Mação...” deve ler-se “O projecto
“EMPRESÁRIOS NA ESCOLA”...em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Mação,
Projecto “AproxiMação”, Contrato Local de Desenvolvimento Social...”.

Horizontes 32
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

GESTEMPRE
Vimos, mais uma vez, trazer internacional, através da plataforma do No que respeita às actividades a
aos leitores do jornal projecto que, tal como nós, são estudantes desenvolver na escola, estamos a preparar
Horizontes notícias da do nível secundário, da região das Astúrias, o Segundo Evento promovido pela
Gestempre que, para quem Espanha. Temos estabelecido com o nosso Gestempre, que consistirá num stand de
ainda não conhece, é a vendas de produtos alusivos à época
empresa criada pelos alunos Pascal e que terá lugar no átrio da
do 12ºB do Curso Profissional Secretaria da nossa escola, na última
de Gestão, no âmbito do semana de aulas do 2º Período.
Projecto EMPRE da Devido à necessidade de fechar a
TagusValley, em parceria com edição deste jornal, não podemos anunciar
a Santa Casa da Misericórdia o resultado daquele evento. No entanto,
de Mação-Projecto aproveitamos a ocasião para publicitar a
“AproxiMação”, no âmbito do parceiro contactos via e-mail, numa base nossa participação na Semana Cultural do
Contrato Local de semanal e efectuámos, também, o nosso Agrupamento, entre os dias 12 e 16
Desenvolvimento Social. respectivo Estudo de Mercado. Estamos de Abril, onde contamos com a presença
Desde a última edição deste ainda a elaborar o nosso catálogo, que de todos os leitores deste jornal.
jornal, a empresa tem iremos, oportunamente, apresentar ao
desenvolvido diversas nosso parceiro internacional para A Gestempre deseja, desde já, a todos
actividades. Importa referir que posteriores encomendas e divulgação dos os leitores do Horizontes, bem como a
nos foi atribuído um parceiro nossos produtos. todos os amigos e clientes da empresa,
uma Páscoa Feliz.

CEFER’s do Dia Internacional da stand de vendas da empresa, que irá ter


Mulher, promovendo lugar no dia 19 de Março (Dia do Pai), do
uma venda de flores na qual esperam obter os bons resultados dos
A CEFER’s, empresa criada
nossa Escola. Todas as anteriores eventos, sempre com a
pelos alunos da turma 2A do
flores, que foram inestimável colaboração dos seus clientes,
Curso de Educação e
Formação de Práticas Técnico-
postas à disposição aos quais desejam uma Páscoa Feliz.
dos clientes da
Comerciais no âmbito do
empresa, continham
projecto EMPRE, em parceria
um singelo cartão, em
com a Santa Casa da
que foi inscrita uma frase carregada de
Misericórdia de Mação-Projecto
significado, cuja pretensão foi homenagear
“AproxiMação”, no âmbito do
todas as Mulheres. Mais uma vez, os
Contrato Local de
clientes da empresa deram o seu valioso
Desenvolvimento Social,
contributo para o êxito do evento.
realizou o seu 1º stand de
Os sócios da CEFER’s encontram-se,
vendas no dia 12 de Fevereiro.
no momento em que esta notícia está a
Os sócios da empresa
ser escrita, a preparar a realização do 3º
quiseram proporcionar aos
seus clientes a possibilidade de
agradarem aos seus “mais que
tudo” com uma flor (com um poema de um
Sorteio de um Jantar Romântico
autor português) ou com um “derrete- Realizou-se no dia dos namorados um jantar romântico, promovido pela
corações”, um porta-chaves em feltro feito turma do 8º B, no âmbito do Empreendorismo, desenvolvido em parceria
pelas alunas da turma, com a ajuda de uma com TagusVally (Associação para a promoção e desenvolvimento do
professora. Os sócios da Tecnopólo de Abrantes), Câmara Municipal de Mação e o Agrupamento de
CEFER’s ficaram Escolas Verde Horizonte, tendo como função básica, o desenvolvimento
satisfeitos com o de capacidades empreendedoras nos jovens adolescentes, através da criação e ges-
resultado das vendas e tão de uma empresa na escola. O projecto consistiu na venda de rifas no mês de
com o facto de os seus Janeiro, decorreu com muita motivação e empenho de todos os jovens da turma,
clientes continuarem a sempre dispostos a aceitar a aposta, souberam cativar a população na compra das
celebrar o amor, apesar mesmas, de forma a concretizarem o seu objectivo. Na data agendada foi efectuado
da crise (e do Carnaval!), pelo que o sorteio, e a feliz contemplada oriunda do nosso concelho, mas residente em
gostariam de deixar aqui o seu Abrantes, deslocou-se com o seu marido, até ao restaurante o “ Cantinho”, deliciando
agradecimento a todos os que concorreram – se com o jantar.
para o sucesso do negócio.
No dia 8 de Março, os sócios da Os jovens da Turma e a sua Directora de Turma, agradecem a todos as pessoas
CEFER’s juntaram-se às comemorações que ajudaram e não deixaram de acreditar que o prémio sempre sai a um feliz con-
templado.

Horizontes 33
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

A Matemática é uma disciplina com ca- implementou-se na escola EB 2 e 3/S de se ultrapassar as dificuldades evidencia-
racterísticas muito próprias, sendo utiliza- Mação o Plano da Matemática I (PMI). Ao das pelos alunos. Tal tarefa revela-se bas-
da em praticamente todas as áreas do co- longo dos três anos do projecto, na escola tante difícil, no entanto, aproveitando al-
nhecimento científico e, principalmente no realizaram-se correcções ao plano inicial, guma da experiência já adquirida no an-
quotidiano da sociedade. É uma das dis- em função das reflexões que se efectua- terior PMI, foram desenvolvidas activida-
ciplinas mais importantes na solução de ram. Do trabalho realizado, destaca-se a des tais como o Atelier da Matemática,
problemas do dia-a-dia, no entanto, sem- formação de pares pedagógicos; o traba- Concurso de Calculo Mental,
pre foi considerada pelos alunos como lho colaborativo dos professores e o tra- SuperTmatic, Olimpíadas da Matemática,
sendo uma disciplina bastante difícil e com balho entre as escolas. Passados os três tentando implementar-se uma Matemáti-
pouca relevância para a sua vida diária. anos é possível reconhecer nos alunos ca mais dinâmica. Pretende-se que os
A Matemática, quando comparada a ou- uma evolução positiva na atitude e moti- alunos “descubram” a Matemática através
tras disciplinas destaca-se por possuir vação face à Matemática e no domínio de de desafios e problemas/tarefas de inves-
uma linguagem própria, que a torna uma alguns conceitos e procedimentos. tigação levando a que exista uma mate-
disciplina “diferente”, seja pelo misticismo Neste ano lectivo de 2009/2010, iniciou- mática experimental. Ou seja, pretende-
do mundo dos números, ou das formas se uma nova etapa com a implementação se que o aluno adquira novas perspecti-
geométricas. do Plano da Matemática II (PMII), onde vas sobre a disciplina de Matemática,
Com a finalidade de melhorar a rela- para além do 2º e 3º ciclos, também o 1º onde não basta fazer contas, mas sim
ção existente entre os alunos e a escola ciclo está a ser abrangido. Novos desafios descobrir as coisas e compreendê-las.
em si e abordar sobre uma perspectiva se colocam todos os anos, sempre dife-
ou ângulo diferente a Matemática, rentes, implicando novas estratégias para Professor João Gonçalves

Entrevista com… Gonçalo Simões


Gonçalo Simões, 18 anos, natural de meu valor. mentalidade de
Mação. Ganhou em 2009 a medalha de A.M. – O que é que te levou a repetir a nunca desistir por
ouro nas Olimpíadas Portuguesas da Ma- participação nas OPM ano após ano? mais difícil que o
temática (O.P.M.), facto que o levou às G.S. – Participei durante vários anos desafio seja…
Olimpíadas Internacionais. Estudou na porque queria ganhar, e só consegui no úl-
nossa escola até ao ano lectivo de 2009/ timo ano. Depois porque os problemas são A.M. - Estas
2010, tendo concluído o ensino secundá- sempre diferentes, são novos desafios, uns experiências
rio na área de Ciências e Tecnologias com divertidos outros nem tanto. Também pelo condicionaram/
média de 18,8, é hoje aluno do Instituto convívio com pessoas com os mesmos in- influenciaram a
Superior Técnico de Lisboa, no curso de teresses, pois criam-se amizades que fi- escolha do teu
Matemática Aplicada à Computação. cam para a vida. E hoje se pudesse volta- curso?
va a participar, não só pelos novos desafi- G.S. - Claro que condicionaram. Se não
Ana Matos (A.M.) – Como é que ocu- os, mas porque há novos “adversários” e tivesse tido nenhuma destas experiênci-
pas os tempos livres? os antigos também melhoram e treinam as provavelmente nem teria pensado em
Gonçalo Simões (G.S.) – Costumo es- mais. ir para matemática, quanto mais escolher
tar com os meus amigos, jogar futebol, realmente este curso.
jogar computador, ver séries, etc. A.M. – Como é que te sentiste nas ex-
periências internacionais a que as OPM A.M. - Quais são as tuas perspecti-
A.M. – Como é que surgiu o teu gos- te levaram? vas de futuro? O que é que te vês a
to pela matemática? G.S. - Senti-me bem, foram novos de- fazer quando acabares o curso?
G.S. – Vem desde pequeno, não sei safios embora muito mais técnicos, desa- G.S. - Não tenho perspectivas, estou a
bem como surgiu. Foi algo de que sem- fios que precisavam de muito mais baga- fazer uma coisa de cada vez. Agora pen-
pre gostei. gem, que felizmente tive a sorte de adqui- so em fazer o curso, depois logo vejo. Não
rir em Coimbra. No entanto, embora a pre- me vejo em lado nenhum daqui a 3 anos,
A.M. – Como é que lidas com o facto paração portuguesa seja já muito boa, não tal como no 10º ano não sabia para que
de toda a gente de conhecer pelas tuas se compara em nada à preparação efec- curso queria ir e não me imaginava em
notas, e pelas OPM? tuada por outros países, por tudo isso, e matemática.
G.S. – Sinto-me como qualquer outra tendo sido a minha primeira (e única) par-
pessoa, nunca me senti descriminado por ticipação em olimpíadas internacionais, A.M. – Matemática: hobbie ou obri-
isso. acho que foi uma óptima experiência e gação?
acho que me saí muito bem. G.S. – Começou como hobbie, conti-
A.M. – Qual foi a sensação de teres nua a ser um hobbie, mas já se estendeu
ganho as OPM? A.M. - O que é que retiras de mais po- a obrigação.
G.S. – Foi excelente, foi uma sitivo de toda esta experiência?
experiencia muito gratificante, o culminar G.S. – Retiro muita coisas positiva: as Agradecimentos a Gonçalo Simões.
de muito trabalho e o reconhecimento do amizades, os conhecimentos adquiridos, Ana Teresa Matos, 12ºA

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Agrupamento de Escolas Verde Horizonte

Sudoku
Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica.
Apesar de ser bastante simples, é divertido
e viciante. Basta completar cada linha, colu-
na e quadrado 3x3 com números de 1 a 9.

Qual a operação?
Objectivo deste jogo é aprender a re-
solver sozinhos os problemas, deste
modo calcula aplicando as operações ma-
temáticas que quiseres, de forma que o
resultado obtido seja 6. Verás que é mui-
to fácil.

Encontra na sopa de letras o nome das Juntas de Freguesia de Mação e algumas


das Aldeias tuas conhecidas:

Soluções “HORIZONTES” Nº 1
- Bolas numeradas (26);

- Quadrado mágico ;

- Folhas ao vento ;

- Dominós 6/2;

- Triângulos ;

- Tinta para o tecto (8 litros); ORTIGA, ABOBOBEIRA, MACÃO, ENVENDOS, CARDIGOS, CAPELA, CERRO,
- Carta escondida (Ás de ouros); LADEIRA , CORGA, RODA, PENHASCOSO, CARVOEIRO, CASTELO, PEREIRO,
- Sequência de figuras (A). SANTOS, AMENDOA, GALEGA, SERRA, CABO, MOITA

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