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Homenagem aos
Professores e Funcio-
nários Aposentados e
Jantar Convívio
pág.3
Recuperar??!! Alunos
ou Professores?
pág.13
Biodiversidade
pág.16
Cimeira de Copenhaga
pág.17
Passos do Senhor
pág.19
Não à Violência
pág.20
(Des)Acordo Ortográfico
pág.24
A importância do pe-
queno-almoço para as
crianças
pág.28
Aproxi Mação
pág.32
vistas com os
e
Entr utados...
Dep
lo P ortas
u
Dr. Pa e
s co Cunha
Dr. Va
pag. 15
Av Dr Sá Carneiro, S/N 6120-724 MAÇÃO - PORTUGAL - Tel: 241519030 e Fax: 241519038 Horizontes 1
EMail geral: secret-eb23smacao@mailtelepac.pt
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte
Todos os manuais de Ciências Huma- dade legal de interferir na gestão das es- portante, projectando aquilo que vai acon-
nas nos ensinam que o Homem é um ani- colas que até há bem pouco tempo lhe es- tecer num futuro próximo. Neste sentido
mal gregário dado que os elementos des- tava vedada. chamo a atenção para o que vai aconte-
ta espécie têm necessidade de se juntar Como facilmente se vê, hoje, a Comu-
para conseguir sobreviver. nidade Educativa tem uma amplitude mui-
As últimas três décadas do séc. XX to distinta, obrigando os seus membros a
mostraram, no entanto, um caminho de novas dinâmicas, a novas partilhas, a no-
dissolução dos laços comunitários, dan- vas responsabilidades.
do origem a sociedades cada vez mais in- Foi dentro deste novo espírito de parti-
dividualizadas e famílias cada vez mais lha e de responsabilidade que no final do
pequenas. primeiro período aconteceu no Agrupamen-
Como facilmente se vê este caminho to de Escolas Verde Horizonte, o nosso
levaria (ou levará) ao insucesso das soci- Agrupamento, uma cerimónia muito sim-
edades ocidentais, pelo que neste início ples mas repleta de significado.
do séc. XXI, assistimos a um interesse re- A Comunidade Educativa, alargada,
novado pela ideia de comunidade. agradeceu de forma simbólica o contributo
Hoje fala-se em recuperar o espírito de que todos os professores e funcionários,
comunidade, em investir numa comunida- aposentados desde que o Agrupamento
de com significados mais adaptados ao funciona nas actuais instalações, entregan-
nosso tempo e às novas exigências. Hoje do um Testemunho de Apreço pelos servi-
fala-se em comunidade no sentido de nos ços prestados a todos os homenageados;
reconhecermos em “associações” com o testemunhos assinados pelo principal res-
fim de actuar juntos na esfera extra pes- ponsável do Agrupamento e pelo principal
soal. responsável da Autarquia.
A comunidade (ou comunidades) apa- Foi com muita emoção que as mais de
rece agora como laço social que se tece três dezenas de Professores e Auxiliares cer na primeira semana de aulas do 3º
para defender bens e valores comuns. de Acção Educativa se encontraram com período - a Semana Cultural.
Uma comunidade que aparece hoje antigos e novos colegas e ouviram dizer Os dias catorze, quinze e dezasseis de
com significações, motivações e compo- que as instalações do Agrupamento conti- Abril serão três dias repletos de manifes-
sições distintas daquelas que historica- nuam a ser a sua casa, dado que foi aqui tações culturais, com complexidades e
mente lhe estavam reservadas é a Comu- que passaram grande parte, se não a mai- amplitudes distintas e para as quais cha-
nidade Educativa. or, da sua vida. mamos a atenção e presença de toda a
Hoje a interacção das escolas com o Em simultâneo esta Comunidade Comunidade porque esta Semana Cul-
meio envolvente é muito mais estreita e Educativa, alargada, teve ainda possibili- tural é de toda a Comunidade Maçaense
consequentemente mais complexa; os dade de homenagear o aluno Gonçalo Ma- e para toda a Comunidade Maçaense.
pais, a administração local e a comunida- tos pelo feito de dimensão nacional – ven- Boa leitura e uma Páscoa Feliz para
de no sentido lato, têm hoje uma legitimi- cer as Olimpíadas da Matemática. todos.
O Jantar que a equipa de brilhantes co- José António Almeida
FICHA TÉCNICA zinheiras do Agrupamento confeccionaram
Hor
mensais, numa sala magnificamente
decorada, encerrou um período lectivo
Nº 2
complexo mas extremamente
Março de 2010 motivante.
Coordenação: O Jornal “Horizontes” que chegou às
- Anabela Ferreira; nossas mãos, pela primeira vez, tam-
- Luísa Morgado; bém no final do período veio dar uma
- Maria José Mendes; nova visibilidade, interna e externa, às
- Maria da Luz Faria. dinâmicas desta nova Comunidade
Concepção Gráfica: Educativa.
- Sónia Mendes Dias. Estes “Horizontes” chegam mais uma
Redacção:
vez às nossas mãos mostrando, ainda
- Professores e
- Alunos do Agrupamento.
que de forma sumária, aquilo que foi
acontecendo nos últimos três meses nes-
ta nossa Comunidade e, não menos im-
Horizontes 2
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte
Ser cidadão responsável consiste em Ser cidadão é ser pessoa, é ter direitos que é ser cidadão, viveríamos num pais
conhecer os seus direitos e os seus deve- e deveres, é assumir as suas liberdades e melhor, menos injusto, e a nossa qualida-
res no sei da sociedade. responsabilidades no meio da comunida- de de vida teria outra importância. Infeliz-
Ser cidadão é…saber expor as suas de democrática. mente, são poucas as iniciativas para a
ideias. O ser cidadão é sem dúvida, uma ex- criação de consciência na sociedade.
Ser cidadão é…discordar ou concordar. pressão que precisa de ser mais utilizada
Ser cidadão é …respeitar as opiniões pelos Portugueses. Leonor Castanho, n.º14 do 5.ºA
dos outros. Se todos os Portugueses soubessem o
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Ser cidadão é…ser educado.
Ser cidadão é…recusar fazer uma coi-
sa que não é correcta.
Ser cidadão é …saber o que se passa à
nossa volta.
Ser cidadão é …tomar as suas próprias
Jornal Digital
decisões.
Ser cidadão é…saber viver em comuni-
dade.
Ser cidadão é…não ofender nem dei-
Verde Horizonte on-line
xar que te ofendam.
Ser cidadão é…expressar -se livremen-
Leia, colabore e divulgue!!!
te.
Ser cidadão é …saber escutar. http://verdehorizonteonline.blogspot.com/
Mónica Giblote, n.º 17 do 5.ºA
Horizontes 3
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte
EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS
A Professora da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica realizou, com
os seus alunos do 2º ciclo, uma exposição de presépios que esteve exposta na E. B. 2,3/S de
Mação, desde a última semana do 1º período até ao Dia de Reis. A Professora agradece, não
só aos alunos pela sua participação, empenho e
interesse, mas também aos respectivos pais/fami-
liares que foram cooperantes com os seus
educandos.
Os alunos vencedores foram:
1º Prémio:
- Ana Rita Lopes – nº3- 6ºAno - turma A.
2º Prémio
- Gonçalo Rei – nº6 - 6ºAno – Turma A;
- Edgar Pereira – nº5 – 5º Ano –Turma B;
- Luís Oliveira – nº11 – 5º Ano –Turma B:
6ºC
Natal
Velho Menino-Deus que me vens ver
Porta A13: 2º Escalão Porta C4: 3º Escalão Quando o ano passou e as dores passaram:
Sim, pedi-te o brinquedo, e queria-o ter,
Mas quando as minhas dores o desejaram...
Horizontes 4
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte
No dia 11 de Fevereiro de 2010 os alu- O primeiro espaço a visitar foi o plane- vimos no computador o avião a passar em
nos do 7ºA,7ºB e 7ºC deslocaram-se ao tário, a sala subterrânea onde se pode si- frente do Sol!!!!!...
Centro de Ciência Viva de Constância, no mular o céu: dia e noite (constelações…). Finalmente saímos ao exterior para nos
âmbito das disciplinas Ciências Físico- Aqui foi-nos explicado a origem dos nomes situarmos e percebermos como se des-
Químicas e Ciências Naturais. das constelações (lendas associadas…) cobriu que a Terra não é o centro do Uni-
Após o planetário, seguimos para o verso…
Observatório solar, laboratório que no seu
terraço tem uma cúpula móvel que abriga
um telescópio que capta imagens do sol.
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Horizontes 6
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte
Um sorriso
Eram seis horas da tarde de dia vinte requintadamente decorada para a ocasião. guém como eu consegue viver assim e
e três de Dezembro, e o Miguel entrava Na manhã seguinte, o céu estava mui- continuar alegre?! A mim, o que me man-
em casa vindo do parque, onde sozinho to nublado, impedindo o sol de espreitar, tém vivo por dentro, são os sorrisos que
fora brincar, já que eram mui- e o vento gritava sem descan- aquelas crianças retribuem todos os dias
to poucos os amigos que ti- so. O rapaz levantou-se num e o brilho de felicidade que os seus pe-
nha. Espreitando através da pulo, ainda cedo, e foi dar um quenos olhos me transmitem. Nunca te
fisga da porta, o rapaz de passeio pelo bairro, deixan- esqueças disto: o amor e o carinho são o
olhos castanhos como o cho- do o resto da família a dor- mais importante de tudo.
colate, observou os seus mir. No caminho, Miguel en- Miguel, sem encontrar palavras para
pais, que conversavam com controu Jeremias, seu conhe- responder a tão sábia afirmação, simples-
ar sério e ao mesmo tempo cido e amigo de seu pai, um mente sorriu e continuou o seu caminho.
triste: velhote simpático de uma sa- Chegou a casa, já os pais e os irmãos
- A nossa situação está bedoria imensa, que todos os estavam de pé, à sua espera para almo-
mesmo muito complicada. dias sorria às criancinhas que çar.
Coitadas das crianças. Nós passavam em frente ao pré- Durante toda a tarde, não conseguiu
nunca tivemos um Natal re- dio, cuja entrada era o seu deixar de pensar no que o velho Jeremias
cheado de prendas para os abrigo. Miguel nunca tinha lhe tinha dito, concluindo sem demora
meninos, ou uma Consoada com peru e percebido bem como é que uma pessoa que ele tinha razão.
bacalhau, mas este ano vai ser o pior de sem um tecto, agasalhos ou uma família, Chegada a hora da Consoada, a fa-
todos. conseguia encarar a realidade com aque- mília reuniu-se à volta de uma pequena
- Tens toda a razão, mas podemos ten- le sorriso na cara, mas não achou que o mesa, que suportava uma travessa com
tar resolver isto, ou pelo menos disfarçar momento fosse o mais indicado para fa- pescada. Todos estavam tristes, excepto
à frente dos miúdos. zer tal pergunta. No entanto, Jeremias res- Miguel, que rematou:
Miguel, ouvindo isto, não conseguiu pondeu-lhe: - Não importa aquilo que hoje come-
conter que uma gota de água salgada - Sabes, Miguel, a vida nem sempre é mos ou onde comemos, mas sim com
escorresse pela sua face, lembrando-se um mar de rosas e muitas vezes tenta dei- quem o fazemos. Tal como alguém me
dos seus colegas de escola, que falaram tar-nos abaixo, mas ela é muita curta e não disse: o amor e o carinho são o mais im-
o mês inteiro sobre caros presentes e a podemos deixar que isso aconteça. Todas portante de tudo.
sua grande família à volta de uma mesa as pessoas se perguntam como é que al- Ana Martins – 8º C
Um Natal Feliz
Era uma vez uma aldeia que esta- Embora não concordando com sua
va junto à costa portuguesa. Era uma Mãe, Alice calou-se e foi preparar a
aldeia pequena, bonita e tinha muitos mesa. Depois, voltou outra vez a per- Sou alguém muito…
pinhais e uma praia. Nessa aldeia vi- guntar à sua Mãe:
viam duas crianças, dos seus nove - Mãe, posso ir visitar a Filipa, à sua Activo! Um ser com muito poder auditivo!
anos. Eram ambas meninas uma cha- cabana ao pinhal? Livre mas responsável…
mava-se Alice e a outra chamava-se - Não, está muito frio, e os lobos de- Enérgica mas nada alérgica,
Filipa. vem de andar por perto. Xenófoba não sou nem quero ser,
As duas meninas andavam juntas Alice foi-se deitar e já quando todos Artista nem por sombras,
na escola. No recreio, falavam recor- dormiam, levantou-se da cama e foi ao Namoradeira e
dando os Natais passados. pinhal. De repente, ouviu uivar os lobos, Divertida …
A Alice era uma menina rica, mas a mas correu tão depressa que chegou à Rancorosa, nunca !!!
Filipa era uma menina pobre. A Alice cabana da Filipa. Quando lá chegou, viu Amorosa sempre que posso e quero.
morava numa grande casa, com um a cabana coberta de anjos e, lá dentro,
jardim e um lago. Enquanto, que a a Filipa e a sua Mãe conversavam ale- Madrugadora e sempre
Filipa vivia numa cabana no pinhal. gremente. Atrasada!
No dia 24 de Dezembro, a Alice e A partir daí a Alice compreendeu que Rapariga muito e pouco
a sua Mãe preparavam as coisas para o Natal é: Trabalhadora,
o jantar de Natal, quando a Alice per- Inteligente, ou não… e quando estou
guntou à sua Mãe: - PAZ Nervosa, nunca visto a minha camisola
- Mãe, podemos convidar a Filipa - ALEGRIA Sedosa.
para vir cá jantar? - SAÚDE Alexandra Martins
- Não, filha, a Filipa é pobre e, além - FELICIDADE 10.ºC , n.º1
disso, ela não é da nossa família. - TEMPO DE FESTA... para todos.
- Mas, Mãe, os pobres também têm
Natal, pois têm? Patrícia Esteves 7ºB
- Não, Alice, os pobres não têm Na-
tal.
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Do seu Património Cultural Monu- ral da nave do mesmo lado, sobre o al-
mental e Artístico invejável, destaca-se tar lateral, um painel com a representa-
a Igreja Matriz de Mação, dedicada a ção de S. João Baptista, datado de 1644;
Nossa Senhora da Conceição que data pequenos painéis azulejares com a re-
do Séc. XVI terá sido construída em presentação de cruzes, feitos de recor-
1597 e onde no seu interior se podem tes dos azulejos da nave, revestem as
admirar as três naves, os arcos redon- paredes
dos, os azulejos seiscentistas e os alta- nuas da
res de talha nave. Frontal
dourada. Al- do altar-mor
guns dos alta- representan-
res ostentam e fundo marmoreado, em estilo nacional, do a última
retábulos de na capela-mor, os altares colaterais e late- ceia de
talha dourada rais na nave. Azulejos de padrão, Ghirlandaio,
do século polícromos, seiscentistas, (recuperados adaptação de
XVIII. Capela- nos anos 80 do século passado) cobrem Battistini, data-
mor coberta as paredes na zona dos altares colaterais do de 1931.
por uma abó- e laterais e o interior da nave central, en- Púlpito em forma de cálice sobre coluna,
bada de ber- quadrando pequenos quadros devocionais sem escada de acesso. Guarda-vento em
ço. Apresenta com temas da vida de Cristo e da Virgem; madeira e coro-alto com balaustrada tam-
retábulos em sobre o altar colateral da Epístola uma re- bém em madeira.
talha dourada presentação do tema da Árvore de Jessé
(imagem à direita); no topo do alçado late- Texto adaptado da Internet por
Maria José Cavaco
uma vida ao ar livre…. A mina do Ti Gui-
lherme como é chamada vem de uma nas- te enquadradas na natureza como algu-
Parque Carlos Miguel Granja Jerónimo, cente desconhecida, ninguém sabe onde mas que ainda se avistam do local.
mais conhecido por Parque do Brejo, fun- esta começa…… O parque está situado Aproveito, mais uma vez, para salien-
dado a 10 de Julho de 2000, veio acres- num belíssimo local, embora em 2003 um tar que este é um parque lindíssimo e por
centar ao Concelho de Mação (Castelo), terrível incêndio, tenha destruído o experiência própria, recomendo-o para
um local paradisíaco. lindíssimo pinhal que o envolvia. um passeio num dia soalheiro.
Para os amantes da natureza, este é Presentemente, com a renovação na-
sem dúvida o melhor lugar para passar tural da floresta, este não deixa de estar João Condeixa, 9º C
um fim-de-semana com a sua família. O num local de ar puro. Não foi por acaso
ar puro que se respira na mina do Ti Gui- que a Câmara Municipal de Mação em
lherme encanta qualquer cidadão que por parceria com a Junta de Freguesia, fize-
ali passe. O espaço circundante foi cria- ram nesta zona este parque, que entre
do e adequado ao ser humano, desde montes e vales nos deliciamos com pai-
grelhadores, lavatórios para a loiça, três sagens lindíssimas, como por exemplo a
tanques lindíssimos de pura água corrente dos 15 Moinhos, que se situam junto ao
da nascente, bancos e mesas de madei- Bando e de onde podemos avistar, como
ra rústicas para um almoço de família….é outrora, vales e montes verdejantes.
sem dúvida um espaço com característi- As pessoas, naquela época, viviam nas
cas brilhantes para os mais desejosos de suas casas feitas de pedra, perfeitamen-
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Entrevista
Entre Dr.. P
vista a Dr aulo P
Paulo or tas e a Dr Vasco Cunha
ortas
Por
Acha o seu trabalho cansativo ? Pode explicar-nos o que é ser depu-
Quais as funções de um Deputado? P.P - Por vezes é cansativo e, outras tado?
Paulo Portas – vezes é triste, porque se passam determi- Vasco Cunha: Ser deputado é ter a
A primeira função nados acontecimentos na Assembleia que consciência de que se
de um Deputado é não revelam dignidade, nem elevam este está a representar um
fiscalizar os actos hemiciclo como merece. É preciso manter conjunto de milhares
do Governo quan- o nível, ser resistente e seguir em frente. de pessoas que nos
do está na oposi- atribuíram um manda-
ção; a segunda é Pode relatar-nos um episódio que o to político. Por isso, as
contribuir para tenha afectado, quer positiva quer ne- nossas decisões não
que o país tenha gativamente, aqui na assembleia bem podem ser individuais
boas leis, não como no seu trabalho, em geral ? nem egoístas. Elas têm
muitas, mas sim P.P- Pela positiva, posso referir que de corresponder a um
leis bem feitas; em tenho orgulho em ter conseguido nesta equilíbrio muito forte,
terceiro lugar representar o país como um Assembleia, mesmo não sendo um parti- entre aquilo que são as propostas políti-
todo, porque o deputado é da nação, mas do maioritário, os melhores aumentos das cas e partidárias que apresentamos e
também estar particularmente atento ao pensões com propostas assinadas por mim aquela outra parcela que corresponde aos
seu círculo eleitoral que no meu caso é o e pelo CDS. Pela negativa, todo e qual- anseios e expectativas dos eleitores que
distrito de Aveiro. quer género de ofensa pessoal que se pas- votaram em nós e que nos deram um
se no plenário. mandato de representação para estar no
Pode dar-nos alguns exemplos do Parlamento.
seu trabalho como Deputado? Como vê o futuro da Economia em
P.P. Acho que são públicos e notórios, Portugal ? Pode dar-nos exemplos do seu tra-
mas os mais próximos têm a ver com a P.P- Este tipo de política económica pra- balho como deputado?
defesa dos agricultores para que haja ver- ticada pelo nosso governo não é a mais V.C: Participo em três comissões, das
bas de investimento para a agricultura; correcta. Na minha opinião, o investimen- Obras Públicas, do Ambiente e Poder Lo-
com a defesa dos princípios dos que são to em grandes projectos, por exemplo, o cal e do Orçamento e Finanças. Faço pro-
mais pobres, preferivelmente apoiar os TGV não nos vai salvar dos problemas. postas e sugestões, fiscalizo as leis que
pensionistas a pagar o rendimento de o Governo faz e recebo pessoas, por
reinserção social a quem não quer tra- Como vê o futuro da educação em exemplo, escolas e instituições que que-
balhar, bem como apoiar as pequenas e Portugal? rem apresentar os seus pontos de vista
médias empresas que são a estrutura da P.P- Vivo num país que, em cada 100 sobre aquilo que se passa na sociedade.
nossa economia. jovens 22 não têm emprego, portanto é Todavia, este é um resumo simples. Para
preciso que a educação não os engane , além disto, visito e acompanho todos os
Como decorre o seu dia-a-dia na seja mais exigente, sob pena destes, quan- assuntos que dizem respeito ao meu cír-
Assembleia da República ? do saem da escola para o mundo do tra- culo eleitoral (de Santarém), reunindo ou
P.P- Sempre cheio de trabalho, mui- balho, esse sim, exigente e muito compe- falando com todos os responsáveis polí-
tas vezes sou o primeiro a entrar e o úl- titivo, não conseguirem arranjar emprego. ticos e sociais nas mais variadas áreas
timo a sair da Assembleia. Assim, quem promete facilidades está de actividade. Aproveito para estudar e
a enganar as pessoas, e a educação deve documentar-me com todas as informa-
Acha que para si isso é bom ? estar ligada ao mundo das empresas, por- ções e relatórios que se fazem sobre as
P.P- A minha avaliação é efectuada pe- que é nelas que está o trabalho. O pior que áreas que me dizem respeito. Os Depu-
los eleitores. Eu, em consciência, sem- pode suceder a um país (o que acontece tados têm de ter o maior número possível
pre fui uma pessoa muito trabalhadora e em Portugal) é que os jovens, acham que de informação para poder ter opinião sus-
com gosto pelo trabalho que faço. só têm alternativa indo para outros países, tentada sobre aquilo que se passa.
onde lhes seja reconhecido o seu mérito.
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Sempre quis ser deputado? gal mais solidário e mais feliz do que aquele Educação esteja bem. Bem sei que esta
V.C: Nunca pensei que algum dia viria que actualmente existe. Em Mação isso pergunta dava para várias horas de con-
a ser deputado. Por isso, apesar de estar tem sido possível porque vocês benefici- versa. Todavia tal não é possível. As es-
temporariamente suspenso do exercício am duma equipa autárquica muito compe- colas, onde se devem juntar os alunos,
da minha actividade profissional sinto-me tente. Mas, infelizmente, há muitos locais os professores, os pais e todos os auxili-
satisfeito com esta etapa da minha vida. do país onde tal não acontece. ares educativos, devem ser locais onde
Estive noutras tarefas políticas mas nem o ensino é o principal objectivo. Nos últi-
sempre tive a ideia de querer ser deputa- Como vê o futuro em relação aos mos anos parece que o ensino passou
do. Fui deputado quase aos 40 anos. Fiz jovens? para um segundo plano e várias outras
a minha carreira profissional até a um V.C: Cada um de vós, os mais jovens, questões, algumas delas importantes,
ponto em que a actividade política podia tem de ter a noção de que o mais impor- substituíram a ideia de uma comunidade
conjugar-se. Felizmente, posso dizer que tante para a nossa vida é o investimento empenhada naquilo que é fundamental
gosto muito da minha actividade profissi- que fazemos no conhecimento. Estudar e que é a passagem do conhecimento en-
onal. Mas também posso dizer que gosto obter resultados é hoje o maior desafio das tre gerações. Infelizmente, parece que a
bastante do exercício político de ser de- gerações mais novas. Trata-se de um ob- escola hoje é um lugar onde só os alunos
putado. É isso que eu gostaria que acon- jectivo individual mais competitivo do que têm direitos e onde os professores não
tecesse aos meus filhos e a todos os jo- aquele que as gerações anteriores tiveram. têm um lugar essencial naquilo que sem-
vens. Que todos eles conseguissem fa- Mas é fundamental que todos aqueles que pre lhes foi destinado que é ensinar. Vejo
zer, um dia, aquilo que profissionalmente fizerem este investimento possam continu- muitas crises com os alunos e não vejo
e do ponto de vista cívico e político mais ar a fazer o seu caminho com uma vida muita gente disponível para defender o
desejam. profissional. É preciso ter a ideia de que a papel essencial que os professores têm
pessoa que está a estudar tem direito a de ter na escola.
Como vê o futuro da Economia em entrar no mercado de trabalho na área que
Portugal ? mais gosta. Se for possível juntar aquilo Qual o papel da Assembleia da Re-
V.C: Está muito difícil. A situação do que cada um de vós gostaria de fazer um pública como garante da Democracia
país não deixa muita margem de espe- dia ao exercício futuro desse trabalho, en- em Portugal?
rança para todos nós. Especialmente para tão cada um de vós será substancialmen- V.C: A AR é um órgão de soberania que
os mais jovens ou para aqueles que es- te mais feliz. Estudar ao longo de vários tem de cumprir com a sua quota-parte no
tão desempregados. É preciso tomar me- anos para conseguir entrar no mercado de desempenho da democracia em Portugal.
didas para que os desempregados con- trabalho e fazer aquilo que realmente se Na essência, a AR fiscaliza o Governo e
sigam entrar no mercado de trabalho, so- gosta é hoje um objectivo quase raro. É faz Leis. Contribui para um equilíbrio de
bretudo os mais jovens. É necessário dar preciso que tal possa acontecer mais ve- poderes, onde o Governo, o Presidente
voz a todos aqueles que estando longe zes... da República e a Justiça têm um papel
dos centros de poder continuam a acre- Como vê a Educação em Portugal? fundamental. É isso que está inscrito na
ditar que é possível construir um Portu- V.C: Infelizmente não vejo que a nossa nossa Constituição da República.
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A importância da biodiversidade
Num mundo em constante mudança, qualquer mudança introduzida na variedade de comunidades, habitats e
impulsionada pelo ritmo acelerado da ino- Biosfera pode perturbar o intrincado Sis- ecossistemas. Estima-se que existam na
vação tecnológica, por um sistema eco- tema Terra. Terra entre 10 a 50 milhões de espécies,
nómico ávido de crescimento constante, A todo o instante o planeta Terra expe- das quais só se tem registo de 1.750.000,
pela necessidade (ganância?) de nós, rimenta grandes e graves alterações, aproximadamente. Baseando-se na actual
seres humanos, controlarmos tudo o que consequentes da acção directa ou indirec- taxa de perda de espécies no planeta, es-
nos rodeia perdemos, na maior parte do ta do ser humano: diminuição de habitats tima-se que no ano 2000 um décimo de
e sistemas naturais, alterações climáticas, todas as espécies já havia desaparecido
perda de biodiversidade. A sobrexploração e essa proporção ascenderá a um terço
de florestas, mares, lagos e rios; a produ- em 2020. De acordo com o Livro Verme-
ção agrícola intensiva e consequente lho sobre os Vertebrados, em Portugal,
sobrexploração dos solos; a elevada taxa das espécies de vertebrados que existem
de construção em extensas áreas 42 por cento estão ameaçados.
territoriais; a exploração de pe- As plantas, os animais e os
dreiras; a poluição das águas, so- microrganismos fornecem
los e ar; a introdução de espéci- alimentos, remédios e boa
es alóctones (exóticas), ao lon- parte da matéria-prima indus-
tempo, a noção de que não somos os go de décadas tem destruído ha- trial consumida pelo ser huma-
únicos habitantes da Terra. bitas naturais e rompido as dinâ- no. Um exemplo das
O planeta Terra pode ser visto como micas dos ecossistemas. Ou consequências da perda da
um amplo sistema cujos componentes seja, o ser humano está a alte- biodiversidade, mencionado no li-
interagem uns com os outros numa dinâ- rar o Sistema Terra, ao modificar os vro “Sustentando a vida” de Aaron
mica que permite manter o equilíbrio, mais seus componentes a um ritmo que não Bernstein e Eric Chivian, é a de uma rã
todos os elementos que compõem o Sis- permite a manutenção do equilíbrio. descoberta nos anos 80 em florestas vir-
tema Terra dependem uns dos outros e Em 2010 celebra-se o Ano Internacio- gens da Austrália. Essa rã transporta a cria
qualquer mudança ocorrida num deles al- nal da Biodiversidade, evento que preten- no estômago, o que causou espanto na
tera drasticamente o equilíbrio existente. de não só consciencializar os cidadãos e comunidade científica, uma vez que, em
Sendo a Terra o único planeta no qual respectivos governos para a problemática outros animais, a cria seria destruída pe-
se reconhece a existência de vida (é o da diminuição da biodiversidade, mas tam- las enzimas e ácidos do estômago. Os es-
único em que existe Biosfera - conjunto bém tomar algumas medidas concretas tudos preliminares indicaram que as rãs
de todos os seres vivos ou organismos para reforçar a conservação da bebés produziam substâncias que as pro-
que existem no planeta) esta é um com- biodiversidade promovendo o bem-estar tegem daquela destruição, o que se tor-
ponente importante no equilíbrio do siste- do ser humano bem como o desenvolvi- nou uma pista para tratamentos de úlce-
ma. Todos os seres vivos detêm um pa- mento da economia. À primeira vista a ras gástricas, no entanto esta espécie foi
pel fundamental no sistema que intervêm, biodiversidade não parece muito importan- declarada extinta. Outro exemplo é o de
desde o organismo mais simples como um te, mas ela assume um papel crucial para algumas substâncias usadas no tratamen-
fungo ou uma bactéria, até à raposa ou a espécie humana, uma vez que aproxi- to de duas formas comuns de cancro in-
azinheira, passando pela toupeira, abe- madamente 40% da economia mundial e fantil (leucemia linfoblástica e linfoma de
lha e pela minhoca. Uns têm o papel de 80% das necessidades dos povos depen- Hodgkin): a vincristina e a vinblastina são
predadores mantendo a população de ro- dem dos recursos biológicos. O Ser Hu- extraídas de uma planta existente nas flo-
edores estável; alguns ao mano é elemento inte- restas tropicais de Madagáscar (pervinca
revolverem os solos man- grante de vários de Madagáscar). Por causa da destruição
têm os níveis de gases ecossistemas, logo se a das florestas, essa espécie está
necessários a outros orga- biodiversidade é impor- ameaçada na natureza.
nismos; outros alimentam- tante para o bom funci- O principal impacto da perda de
se dos organismos mortos onamento dos biodiversidade é a extinção de espécies,
decompondo-os em nutri- ecossistemas, é impor- mas os seus efeitos são mais amplos e
entes necessários a ou- tante para o Ser Huma- podem ter implicações directas no modo
tros seres; alguns reali- no. de vida do ser humano, pelo que impedi-
zam a fotossíntese reno- Mas o que é a la é uma prioridade. Sendo o ser humano
vando os gases atmosféricos; outros ain- biodiversidade? Traduzindo à letra o principal responsável pelo acelerado rit-
da são essenciais na polinização dos mais biodiversidade significa diversidade de mo da perda de biodiversidade, cumpre-
variados tipos de plantas. Uma espécie vida, num sentido mais amplo ela engloba nos travá-la.
por si pode não ser importante, mas as não só os seres vivos, mas também a sua
relações por ela estabelecidas com o am- variedade genética, a variedade de fun- Professora Helena Antunes
biente e com outras espécies podem ser ções ecológicas desempenhadas por cada
significativas. Assim, podemos afirmar que organismo no ecossistema que integra, a
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Violência??
A violência é um comportamento que
causa dano a outra pessoa, ser vivo, ou
professores ou pais, um cidadão comum
Não à V
não se atreve a intervir. Essa
objecto. Ninguém nasce vocacionado permissividade social faz com que seja di-
para a violência, ou para qualquer outro fícil educar.
comportamento, como garante Carolino A escola é local de excelência para de-
Monteiro, professor da Faculdade de Far- senvolver competências não apenas
mácia da Universidade de Lisboa. Os fac- académicas mas também pessoais e so-
tores genéticos e ambientais têm um ciais. Nos últimos anos muitas são as no-
peso idêntico na formação da personali- tícias de actos de violência dentro dos es-
dade dos indivíduos. Atendendo a que o paços escolares, factos isolados ou de vi-
primeiro ambiente educativo é a família, olência continuada sobre indivíduos ou
muitos dos comportamentos desenvol- grupos (bullying). De acordo com Manuel
vem-se no seio da mesma sem que os Matos, investigador e docente na Facul-
pais e outros familiares se apercebam. dade de Psicologia e Ciências da Educa-
Javier Urra, psicólogo forense cuja ex- ção, da Universidade do Porto. A violên-
periência de trabalho está directamente cia na escola é um assunto “velho” com
ligada a jovens conflituosos, no seu livro uma nova visibilidade.
“O pequeno ditador, da criança mimada Segundo Augusto Cury, o uso da
ao adolescente agressivo” refere que a agressividade é sinónimo de fraqueza e
tirania infantil é como uma onda, resulta não de inteligência.
de um processo continuado. Aquilo que Matos entende o recurso à violência
tinha graça numa criança de quatro anos “como uma situação que vem na sequên- com os professores e o estabelecimento
torna-se insuportável na fase da adoles- cia de um destino trágico que é o facto de de laços de amizade com os pares apare-
cência. As crianças crescem em estes alunos não terem um projecto”. Nes- cem aqui como factores potencialmente
desequilíbrio, te sentido, a escola deverá ajudar estes protectores de situações de envolvimento
os seus com- alunos, a construir o seu projecto de vida, em actos de violência na escola.
portamentos e não responsabilizar apenas as famílias Votando a referir Javier Urra, “educar
são resultado nas quais também reina muitas vezes a no respeito e no afecto, transmitir valores,
de uma falha ausência de projectos. Para o mesmo, o impor limites e exercer a autoridade sem
educativa. essencial é não perder de vista que “os medo devem ser as linhas orientadoras
Para o mesmo actores da violência são muito mais víti- dos pais (e professores, direi eu). Os pais
autor ser pai, mas do que autores”. (e professores) têm de cumprir o seu pa-
fisiologica- De acordo com um estudo realizado em pel. Para isso o que se requer é amor, ló-
mente é muito Portugal com jovens, do 6º, 8º e 10º anos, gica, técnica arte e conhecimento. As cri-
fácil, mas por Margarida Gaspar de Matos e Susana anças, terão que aprender a lidar com
educar, trans- Fonseca Carvalhosa da Equipa do pro- sentimentos de frustração, medo, tristeza
mitir valores, jecto Aventura Social e Saúde (disponível ,agressividade… Não é fácil mas não é
ética, tentar na internet). impossível, podemos recorrer à leitura dos
que as crian- Os resultados sugerem
ças e jovens que são os jovens com 13
sejam solidári- anos se envolvem mais em
os, felizes, actos de violência, e que aos
isso é mais di- 11 anos são normalmente ví-
fícil. Implica timas. Apresentam um perfil
pensar anteci- de afastamento em relação
padamente à casa, família e à escola, re-
nas coisas, ferem problemas de relação
ser coerente, social, consideram difícil ar-
ter perspecti- ranjar novos amigos, envol-
vas. Este au- vem-se com maior frequên-
tor, numa en- cia em experincias de consu-
trevista, reve- mo de tabaco e álcool.
lou que considera a sociedade No âmbito da promoção
em Portugal e Espanha demasiado per- de estilos de vida saudáveis
missiva. Outrora toda a comunidade ac- nos adolescentes, este estu- contos de fadas, que ajudam as crianças
tuava, hoje comportamentos do reforça a importância já reconhecida a resolver conflitos, entender sentimentos
desadequados, como danificar um bem dos contextos sociais do jovem, assim a identificando-se com as personagens.
público, é para ser resolvido pela polícia, família, o envolvimento escolar, a relação “Ler um conto de fadas a uma criança
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Sugestões de leitura:
Javier Urra:
- “O pequeno ditador, da
Criança Mimada ao Adoles-
cente Agressivo”;
Colabora!!...
EFA2 - 1ºano
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(Des)Acordo Ortográfico
“A minha pátria é a língua portuguesa”.
Fernando Pessoa
do-a dos étimos pelos quais se regia – la- vogais, se deve colocar o hífen (exemplos:
tino ou grego – com alterações em pala- auto-avaliação, extra-escolar) e as pala-
vras como pharmacia, orthographia, lyrio, vras cujo prefixo termine em i levariam um
diccionario, caravella, estylo, hífen se este fosse seguido de uma pala-
diphthongo…e muitas outras mais. Esta vra iniciada por i, h, r ou s (exemplos: anti-
modificação originou uma parte da diver- semita, anti-religioso). Ora, pelo AO, pas-
gência entre as duas ortografias (a de Por- sariam estas palavras a escrever-se sem
tugal e a do Brasil). hífen, o que, convenhamos, aparentemen-
Ao longo de várias décadas, foram te simplifica, pois a nova norma diz que
Numa época de globalização, esta afir- introduzidas outras alterações na norma deixa de haver regra distinta de acordo
mação possui mais valor do que nunca. do Brasil, realizadas várias tentativas de com a vogal em que termina o prefixo, ou
É a nossa língua que nos identifica, que uniformização das duas grafias, e, toda- seja, estas palavras deixam de levar o hí-
nos permite comunicar e que facilita a via, estas permaneceram sempre diver- fen (exemplos: autoavaliação,
coesão nacional e até uma aproximação gentes. Em 1945 o Acordo Ortográfico extraescolar, antissemita, antirreligioso).
entre todos os seus falantes. É, portan- passou a lei em Portugal, contudo não vi- Mas, há sempre um mas, existem pala-
to, a nossa identidade. Contudo, convém ria a realizar-se a sua ratificação sob a vras que actualmente na língua portugue-
que, para garantir a unidade entre os fa- forma de Decreto-Lei. Posteriormente, sa de Portugal não possuem hífen e que,
lantes, não se deturpe o que os une: a várias tentativas foram feitas voltando a com o Acordo, “admirem-se as
língua. De que nos serve comunicarmos não se concretizar o entendimento e sen- turbas”(espantem-se as multidões), pas-
numa língua única, se o fazemos com do apontadas como principais dificuldades sariam a tê-lo, iniciando-se uma nova fase
erros sistemáticos ou, dito de uma forma para tal factos de duas ordens divergen- de implementação do hífen (exemplos: mi-
mais tolerante, com flutuações atribuídas tes: por um lado, o facto de Portugal viver croondas que passa a micro-ondas,
ao uso dos falantes que permitem varia- um período conturbado após o 25 de Abril arquiinimigo que passa a arqui-inimigo).
ções tão amplas que o próprio falante de 74 e, por outro, o teor de uma das alte- Porquê? Perguntaria qualquer incauto
acaba por não saber como pode expres- rações que visava suprimir os acentos nas falante…Ora,porque sim… Confuso?...
sar-se correctamente ou se o faz de uma palavras proparoxítonas (esdrúxulas). Garantimos que isto não é nada!
forma sistematicamente incorrecta. Como os partidários do AO continuam O busílis da questão reside na orienta-
Duas correntes opõem-se actualmen- a considerá-lo como garantia da unidade ção do próprio Acordo. Cegos pela vonta-
te e já há bastante tempo relativamente intercontinental da língua que lhe permiti- de de unificar o unificável, de conjugar o
ao tão referido Acordo Ortográfico (AO). ria um maior prestígio internacional, a sua que por si já se encontrava conjugado em
De um lado, os mais renitentes que vêem persistência mantém-se e, após 1988, foi duas variantes da mesma língua, e na ten-
estas mudanças como precipitações não criado o “Anteprojecto de Bases da Orto- tativa de aceitar alterações introduzidas na
calculadas, do outro, os que apelidam os grafia Unificada da Língua Portuguesa” norma brasileira aleatoriamente pelo uso,
primeiros de “Velhos do Restelo” e que que foi ainda sujeita a críticas e levou em criou-se algo que se baseia não na
consideram a mudança como útil, inevi- 1990 ao Acordo Ortográfico. etimologia da palavra, isto é, na origem
tável e como garantia da unidade entre A questão pertinente que se coloca é a da palavra recorrendo à sua evolução gra-
os falantes, isto é, como tábua de salva- mesma que se colocou anteriormente e matical com raiz no grego ou no latim, mas
ção da permanência da própria língua no que sempre impossibilitou a aplicação do atendendo e baseando-se nas alterações
panorama global, da sua sobrevivência. Acordo: estará este texto capaz de unifor- aleatórias do uso, muitas vezes baseadas
A preocupação com o prestígio inter- mizar a língua, visto ser esse o seu objec- na pronúncia do falante.
nacional do português fez com que em tivo, dando regras precisas e Não cabe num artigo desta natureza e
1990 se tentasse o Acordo Ortográfico da inquestionáveis? Isto é, o falante portu- extensão a explicação cabal e pormenori-
Língua Portuguesa que visava uma orto- guês, brasileiro, angolano, moçambicano, zada nem do AO, nem das suas incoerên-
grafia oficial una da língua portuguesa enfim, o falante de língua portuguesa, ao cias. Não temos pruridos para tal. Admiti-
pondo, assim, termo às duas normas ofi- aplicar as regras de ortografia da língua mos até a nossa impossibilidade de o fa-
ciais existentes, então como até agora, e portuguesa tem que ter obrigatoriamente zer, neste momento. Recomendamos a
divergentes entre si, a saber: a norma bra- uma norma perfeitamente definida que se leitura do AO que se divide em quatro tex-
sileira e a norma dos restantes países de aplique à totalidade da língua não poden- tos, a saber: Acordo Ortográfico de Lín-
língua oficial portuguesa. Desengane-se, do existir nela lacunas, omissões, confu- gua Portuguesa que é um tratado de 1990
porém, quem julgue que tal preocupação sões, dualidades, ou até aplicações con- composto por um preâmbulo e quatro ar-
e tais tentativas de unificação se inicia- traditórias. Vejamos, a norma portuguesa tigos; o anexo I do mesmo Acordo que é
ram apenas em 1990. De facto, após a num dos casos de hifenização indicava ri- constituído por uma lista de 21 bases or-
Implantação da República em Portugal gorosamente (como deve acontecer numa tográficas que discriminam um novo alfa-
(1911) realizou-se em Portugal uma re- norma) que quando o prefixo termina beto e características gerais de uma nova
forma ortográfica que alterou a língua es- numa das vogais a ou o, sendo este se- ortografia, dando exemplos; o anexo II que
crita aproximando-a da actual e afastan- guido de palavra iniciada com as mesmas sendo um texto explicativo e
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argumentativo se refere a antecedentes e pronúncia) e as excepções. Define, além prefixação, recomposição e sufixação; os
que justifica opções tidas no próprio AO das excepções, casos de dupla acentua- casos em que inequivocamente não se
e, por último, uma rectificação que corri- ção referentes às várias pronúncias do emprega e aponta o seu uso em pala-
ge algumas inexactidões do AO. português de acordo com a variante; vras de origem tupi-guarani (origem de
Passemos a uma breve análise, por Ponto 9- define as palavras paroxítonas étimos provenientes de povos originári-
isso nada pormenorizada, devido também (graves) que na acentuação gráfica vão os do Brasil);
à sua extensão, do segundo texto receber o acento agudo e circunflexo e Ponto 17- coloca o emprego do hífen
supramencionado, o anexo I, que se divi- as que não serão acentuadas graficamen- na ênclise (colocação dos pronomes áto-
de em 21 tópicos, apelidados de bases, te. Prevêem-se usos facultativos e casos nos depois do verbo) e na tmese (figura
assim: de dupla acentuação; que divide o verbo para lhe intercalar o
Ponto 1- introduz no alfabeto as letras Ponto 10- refere os casos em que as pronome – exemplo: dir-se-ia), bem
W, K e Y; palavras levam e não levam acentuação como nas ligações da preposição de com
Ponto 2- determina o uso do h no início gráfica nas vogais tónicas grafadas i ou u formas monossilábicas do presente do
e no final da palavra com a lacuna de não das palavras oxítonas e paroxítonas; indicativo do verbo haver;
referir a palavra húmido que determinaria Ponto 11- indica os casos em que nas Ponto 18- regra os casos em que o
a impossibilidade do uso do h (aguarda- palavras proparoxítonas (esdrúxulas), re- apóstrofo é indicado e os casos cujo uso
mos esclarecimento pelo Vocabulário Or- ais ou aparentes, se aplica o acento agu- é inadmissível;
tográfico da Língua Portuguesa); do; os casos em que se aplica o acento Ponto 19- indica quando devem ser
Ponto 3- aponta a homofonia de alguns circunflexo e os casos em que as pala- utilizadas as minúsculas e as maiúscu-
grafemas consonânticos (ch/x; g; j; s/ss/ vras tanto podem levar o acento agudo las iniciais e ressalva a possibilidade de
c/ç e x; s colocados no final de sílaba (nas como o circunflexo; que obras especializadas possam obser-
várias posições na palavra – início, interi- Ponto 12- refere os casos em que deve var outras regras, provindas de códigos
or e fim de palavra); x e z com valor foné- ser utilizado o acento grave; ou normalizações específicas, provindas
tico semelhante; letras interiores s, x e z. Ponto 13- informa da supressão de de entidades científicas ou
Não se prevêem as divergências entre o acentos em palavras derivadas e aponta normalizadoras que sejam reconhecidas
uso do português de Portugal e o do Bra- o caso dos advérbios terminados em internacionalmente;
sil (exemplos: champô/xampu, chichi/xixi); _mente, derivados dos adjectivos com Ponto 20- refere, na divisão silábica,
uso do g/j (exemplos: alforge/alforje, acento agudo ou circunflexo e das pala- os casos em que as sucessões de duas
beringela/berinjela); uso do ss/ç (exem- vras derivadas que contêm sufixos inicia- consoantes podem ou não ser divididas;
plos: missanga/miçanga) e em elementos dos por z com formas de base que pos- a divisão de vogais e dos digramas (con-
toponímicos (exemplos: Singapura/ suem vogal tónica com acento agudo ou juntos de duas letras que representam
Cingapura, Sintra/Cintra). circunflexo; um único som) e
Ponto 4- indica o uso de consoantes Ponto 14- suprime o trema, excepto em Ponto 21- afirma a garantia da possi-
em sequência com supressão das conso- palavras derivadas de nomes próprios es- bilidade de (na área das assinaturas e
antes mudas, isto é, o uso do c em cç e ct trangeiros que o possuam; firmas) pessoas, firmas comerciais, no-
e o uso do p em pt, pç e pt, que ora se Ponto 15- refere o emprego do hífen mes de sociedades, marcas e títulos com
podem conservar, ora se podem eliminar; em compostos, locuções e encadeamen- registo público poderem manter a escri-
o b torna-se facultativo em bd e em bt; tos vocabulares – nas palavras compos- ta actual.
igualmente de uso facultativo é o g em gd tas por justaposição; na toponímia com- Podemos, com estes 21 pontos que
(ex: amígdala ou amídala); bem como o posta; nas palavras compostas quando constituem pouco mais do que tópicos
uso do m em mn (ex: amnistia ou anistia, designam espécies botânicas e zoológi- das mudanças a efectuar, ajuizar da ex-
omnipotente ou onipotente) e do t na se- cas; nas palavras compostas com bem, tensão e da complexidade da reforma
quência tm (aritmética ou arimética). mal, além, aquém, recém e sem; nas lo- implementada pelo Acordo Ortográfico.
Ponto 5- regula as vogais átonas e, i, o cuções; na ligação de duas ou mais pala-
e u com razões etimológicas e histórico- vras que ocasionalmente se possam com- O presente artigo será concluído no
fonéticos (evolução pela pronúncia); binar, formando assim os chamados en- próximo número.
Ponto 6- refere as vogais nasais, a sua cadeamentos vocabulares;
ortografia nos vários casos (com til, m ou Ponto 16- refere os casos em que se Professora Anabela Ferreira
n); emprega o hífen nas formações por
Ponto 7- aponta os ditongos orais e
distribui-os em dois grupos principais
dependendo do segundo elemento do
ditongo ser i ou u; refere ditongos re-
presentados por vogal e semivogal e
ditongos representados por vogal com
a consoante nasal m;
Ponto 8- regula o uso do acento
agudo e do circunflexo e os casos em
que não é obrigatório o acento gráfico
para distinguir as palavras oxítonas
homógrafas (isto é, palavras agudas
com a mesma grafia), mas
heterofónicas (com outras fonias –
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Perfeição (i)mortal
Na actualidade, a acarreta problemas psicológicos. As pes- Para finalizar, coloco a seguinte ques-
preocupação da soci- soas interessadas na cirurgia estética de- tão/reflexão: “Será que vale a pena reali-
edade para com o seu pró- vem informar-se, antes de tomarem uma zar a cirurgia que, apesar da “imortalida-
prio corpo é muito fre- decisão, principalmente na escolha da clí- de” dos resultados, pode ser mortal, ape-
quente. A ambição pelo nica/médico onde a cirurgia se irá realizar nas pela busca de perfeição?” Na minha
corpo perfeito levou a para não correr riscos. opinião existem alternativas mais viáveis
que cada vez mais pes- Riscos? Aqui está o ponto crucial da que já referi, mas para quem, mesmo as-
soas procurem a cirur- questão, pois os riscos só se correm em sim, opta pelo método cirúrgico, aqui fica
gia estética para a casos de falta de higiene e segurança do um conselho, não se deixem enganar pela
cura do seu “mal”. local ou de experiência do médico/cirur- perfeição e procurem especialistas (é pos-
Cerca de 88% são mulheres e dentro do gião. “Se todos os critérios técnicos de se- sível aceder a todas as informações dos
grupo das mulheres, 63% têm idades gurança forem respeitados, os riscos são médicos), para não correrem riscos e não
compreendidas entre os 21 e os 50 anos. mínimos”, refere um cirurgião plástico. darem aos falsos médicos o que eles pre-
A cirurgia estética a que me refiro é a Mas, infelizmente, há cada vez mais mé- tendem.
lipoaspiração, que, ao contrário do que a dicos falsos, impostores que, sabendo da Liliana Lopes nº10 11ºA
maioria das pessoas que a procuram falta de informação ou da “ce-
pensam, não serve para uma eventual gueira” pelo perfeito, se fazem
perda de peso, mas sim para modelar passar por especialistas e rea-
certas zonas do corpo. Porém, já nos de- lizam as cirurgias estéticas. Por
mos conta de notícias de jovens que fa- vezes chegamos ao cúmulo de
leceram devido a cirurgias como a os supostos consultórios/clíni-
lipoaspiração, e agora o caso mais re- cas se localizarem em andares
cente e nacional do treinador de futebol sem condições algumas para a
Manuel Machado. E porque será que prática médica de cirurgia. O
acontecem complicações numa cirurgia preço exerce, na escolha da clí-
tão segura como referem os médicos? nica/médico, um papel funda-
A lipoaspiração é um tratamento cirúr- mental, visto que os utentes vão
gico que remove depósitos de gordura, optar pelo valor monetário mais
através , tal como o sugere o nome, da baixo, principalmente da classe
aspiração da mesma. Os resultados des- média baixa o que pode levar a
ta cirurgia têm grande longevidade. Como que depois paguem juros, falo
da própria vida.
Há que ter em conta que é im-
portante a realização da
lipoaspiração em ambiente lim-
po e com todas as condições
técnicas e de higiene, atenden-
do a que há risco de infecções generaliza-
das, embolias gordurosas, tromboflebites
ou trombose venosa e edemas, que, como
noticiado, já provocaram a morte a jovens Sou alguém muito…
ambiciosas e desejosas da perfeição.
É muito importante que as pessoas que Honesto
pretendam realizar cirurgias deste tipo pen- Egoísta não sou, mas sim
sem em todas as probabilidades e este- Leal, como um cardeal
já referido, o objectivo é puramente o da jam conscientes do perigo. Inteligência não me falta
perfeição estética e nunca deve ser usa- Este tipo de cirurgia não é uma neces- Orgulhoso sou com a malta.
da como forma de emagrecimento, visto sidade médica e existem alternativas para
que nem sequer é adequada a pessoas nos sentirmos mais satisfeitos com nosso Feliz e
que sofram de obesidade. corpo, tais com a prática de exercício físi- Infeliz
Claro que o facto de os resultados se- co em detrimento do sedentarismo e uma Generoso e muito poderoso!
rem de longa duração abona a favor da alimentação equilibrada. Util e inútil
cirurgia, seduzindo as pessoas ambicio- Então quero deixar bem clara a minha Estúpido não me parece que seja
sas e que não estão satisfeitas com o seu crítica pelo facto de existirem falsos médi- Irónico quando ela me beija
corpo. Mas, para além deste “conto de cos com falsas clínicas, que podem pôr em Responsável e até
fadas”, existem os pontos fracos. Entre risco a vida dos utentes, que cegos pela Amável sou!
eles, encontram-se o preço elevado que perfeição, caem nas garras dos imposto- Hélio Figueira
varia entre os 2000 e os 4000 euros e o res ambiciosos pelo poder. Algo terá de ser 10.ºC , n.º5
facto de os resultados não feito, pois não é admissível que as pesso-
corresponderem às expectativas, o que as sejam prejudicadas.
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Segurança Informática
A segurança é uma das principais pre- Os Cavalos de Tróia são um tipo de ví- todos os dias aparecem novos vírus, pelo
ocupações da sociedade actual, mas em rus. Tal como na lenda (se não conhecem que o programa anti-vírus precisa ser ac-
relação à informática a maioria dos podem pesquisar na Biblioteca e/ou na tualizado com regularidade.
utilizadores continua a exibir autênticos internet sobre a “Lenda do Cavalo de Mesmo assim, há algo mais que nos
comportamentos de risco. Tróia”), um vírus do tipo “cavalo de Tróia” pode proteger de vírus de forma ainda
A área da segurança informática é bas- apresenta-se disfarçado como se fosse um mais eficiente que um anti-vírus actuali-
tante vasta, mas pode ser classificada em jogo ou uma animação engraçada, mas por zado: usar a cabeça.
três categorias principais: a segurança trás desse jogo ou animação instala um Devemos sempre desconfiar de men-
das máquinas, a segurança dos dados e vírus. sagens que nos chegam através do
a segurança das pessoas. Apesar de es- Uma ameaça muito séria é também o Messenger ou do e-mail e que nos pe-
tas três categorias estarem obviamente Spyware. O Spyware não é exactamente dem para clicar num certo endereço de
interligadas, podem até certo ponto ser internet. Mesmo que seja uma mensa-
tratadas de forma independente. gem de alguém que conhecemos bem!
A segurança das pessoas tem a ver Porque estas mensagens podem ser
com comportamentos que se supõem falsificadas e ter sido enviadas por ou-
do senso comum, mas que muitas ve- tra pessoa qualquer.
zes são ignorados, como o não reve- Devemos também evitar usar e ins-
lar informação pessoal online, ter cui- talar programas de origem “duvidosa”
dado com as fotos e vídeos que são (podem trazer os tais Cavalos de
publicados, não marcar encontros Tróia).
com pessoas que se conheceram Há muitas outras regras e técnicas
através da internet, etc. de proteger um computador contra ví-
A segurança dos dados tem a ver, rus, mas estas são as mais simples e
com algo que os utilizadores raramen- possíveis de ser utilizadas mesmo sem
te fazem e muitas vezes se arrepen- grandes conhecimentos técnicos.
dem: cópias de segurança. Para quem é um utilizador mais “avan-
Mas vamos focar-nos hoje na seguran- um vírus, porque não tenta “infectar” as çado” outra regra importante é não usar
ça das máquinas, o que implica falar de pens nem se envia para os nossos ami- a conta de administrador do Windows
coisas como vírus, Cavalos de Tróia, gos, mas, como o próprio nome diz, fica a para trabalhar no dia-a-dia.
spyware, entre outros. espiar tudo o que fazemos no computa- Um facto que a maior parte dos
Vamos tentar explicar primeiro o que é dor. Quais os sites que visitamos, quais os utilizadores ignora é que o Windows re-
um vírus informático. Um vírus é um pro- programas que usamos, que música ouvi- conhece dois tipos de utilizadores, os
grama de computador, tal como um mos, etc. Pode parecer que não tem muita “Administradores”, que podem fazer tudo
processador de texto, ou um jogo ou um importância (mas na verdade tem), mas no computador (até estragá-lo) e os
leitor de música. A diferença é o objecti- ninguém gosta que nos estejam a espiar. “Utilizadores limitados”, que não podem,
vo desse programa. Enquanto que um Muito menos o nosso próprio computador! por exemplo, instalar programas. Um
processador de texto é feito para ajudar Então o que podemos fazer para nos utilizador inteligente tem uma conta de
os utilizadores (nós) a criar textos, um proteger dos vírus e spyware? Bem, pri- administrador para realizar as tarefas de
jogo é feito para que o utilizador passe meiro que tudo há que compreender que manutenção do sistema (instalar ou re-
alguns momentos agradáveis a jogar e os vírus e spyware apenas afectam o mover programas e hardware) e uma
um leitor de música é feito para que o Windows, em qualquer das suas versões outra conta limitada que utiliza para tra-
utilizador ouça música através do com- XP, Vista ou 7. O balhar (ir à internet, escrever e imprimir
putador, um vírus é feito para se escon- Windows é um tipo de programa de documentos, etc). Esta simples técnica
der do utilizador e para realizar acções computador chamado “sistema operativo”, elimina o risco de vírus quase por com-
às escondidas. Como por exemplo, envi- que serve para pôr o computador a funcio- pleto.
ar cópias do vírus para todos os contac- nar. Existem outros sistemas operativos, Bem, o artigo já vai longo. Se estive-
tos de Messenger do utilizador ou copi- como por exemplo o MacoS ou o Linux, rem interessados, continuamos no pró-
ar-se para todas as pen que sejam que não têm vírus. A primeira regra para ximo número.
inseridas no computador. Tudo isto de quem precisa de usar um computador em Este artigo foi escrito num computa-
forma completamente escondida. E es- segurança é: não usar Windows! Mas a dor com Linux.
tes são os vírus mais “simpáticos”, por- verdade é que mais de 90% dos computa-
que há alguns que, além de fazerem isto dores vendidos actualmente vêm com o Ilídio Vicente
começam a tentar descobrir passwords Windows instalado e a maioria dos Certificado Cisco Network Security
dos utilizadores, como por exemplo a utilizadores não sabe (ou prefere não sa-
password de acesso ao e-mail ou, pior ber) utilizar outros sistemas. Para os
ainda, a password de acesso à conta ban- utilizadores de Windows a única salvação
cária ou o número de um cartão de crédi- é a utilização de um programa anti-vírus e/
to. Depois de descobrir esta informação, ou anti-spyware. Actualmente, a maioria
os vírus são ainda capazes de a transmi- dos anti-vírus tem também funções de anti-
tir ao seu criador através da internet. spyware, mas nem todos... No entanto,
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Critérios de selecção:
- Criatividade;
- Espírito de síntese;
- Correcção linguística e organização
textual.
Júri:
O júri terá um número ímpar de mem-
bros e será presidido pelo Sr. Director do
Agrupamento. Os restantes elementos se-
rão professores do agrupamento e um re-
Tendo presente a sensibilização para Prazos: presentante dos pais. Estes serão convi-
o tema indicado e a necessidade de pro- Envio de trabalhos: entre os dias 13 e dados pela organização. As suas deci-
moção da escrita, o Núcleo de Educação 30 de Abril, para o Agrupamento de esco- sões serão soberanas e definitivas, não
Especial do Agrupamento de Escolas Ver- las verde Horizonte ao cuidado do Núcleo podendo ficar sujeitas a qualquer tipo de
de Horizonte irá promover um concurso, de Educação Especial. recurso ou reclamação.
de âmbito concelhio, destinado a premi- Selecção dos premiados: Durante o mês Os elementos do júri estão impedidos
ar os melhores trabalhos apresentados. de Maio de participar no concurso.
Entrega de prémios: Mês de Junho, em
Objectivos: data a designar. Trabalhos premiados e prémios:
- Sensibilizar os alunos e a comunida- 1. Os textos que obtiverem melhor clas-
de envolvente para a problemática enun- Escalões: sificação serão divulgados, a par dos res-
ciada; 1º - crianças entre os 7 e os 10 anos pectivos autores, através da Internet, na
- Promover o gosto pela escrita e pela 2º - Crianças entre os 11 e os 14 anos página do Agrupamento e no Jornal Hori-
leitura; 3º - Jovens entre os 15 e os 18 anos zontes.
- Reforçar as potencialidades criativas; 4º - Adultos com idade superior a 18 2. Será atribuído um prémio por cada
- Promover a divulgação de textos iné- anos. escalão a concurso.
ditos. 3. Os prémios serão constituídos por
( Relativamente aos primeiros 3 esca- livros e/ou Cds, de acordo com o escalão
Destinatários: lões aceita-se a participação de concorren- etário a que se destinem.
Podem concorrer crianças, jovens e tes não-residentes no concelho, desde que
adultos, residentes/ trabalhadores no con- frequentem este agrupamento de escolas). Núcleo de Educação Especial
celho de Mação.
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A Herança Muçulmana
Os alunos do 5.º Ano deram largas à pedrinhas. total de trinta, aquele que teve mais su-
imaginação na disciplina de História e Ge- Alguns alunos fizeram cartazes e expli- cesso foi a picota!
ografia de Portugal! caram a utilidade de cada um dos meca- Com esta exposição viajámos na His-
Foi-lhes proposto que fizessem répli- nismos utilizados pelos Muçulmanos. tória!
cas dos mecanismos trazidos para a Pe- Os trabalhos foram expostos no átrio da Bruna Santos , n.º3
nínsula Ibérica pelos Muçulmanos e que escola desde o dia dezoito de Fevereiro e Dalila Marques, n.º4
eram utilizados para captar, elevar e dis- o dia 2 de Março para que pudessem ser Daniela Lopes, n.º 6
tribuir a água (nora, picota, tanque, açu- observados e apreciados. Lamentamos Inês Maia, n.º8
de e levada). que alguns alunos não demonstrassem Joana carvalho, n.º9
Os alunos utilizaram diversos materi- respeito pelos autores dos trabalhos e te- Leonor Castanho, n.º14
ais, tais como madeira, barro, plasticina, nham retirado peças expostas. Mónica Giblote, n.º 17
cartolina, esferovite, cortiça e algumas De todos os mecanismos expostos, no
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GESTEMPRE
Vimos, mais uma vez, trazer internacional, através da plataforma do No que respeita às actividades a
aos leitores do jornal projecto que, tal como nós, são estudantes desenvolver na escola, estamos a preparar
Horizontes notícias da do nível secundário, da região das Astúrias, o Segundo Evento promovido pela
Gestempre que, para quem Espanha. Temos estabelecido com o nosso Gestempre, que consistirá num stand de
ainda não conhece, é a vendas de produtos alusivos à época
empresa criada pelos alunos Pascal e que terá lugar no átrio da
do 12ºB do Curso Profissional Secretaria da nossa escola, na última
de Gestão, no âmbito do semana de aulas do 2º Período.
Projecto EMPRE da Devido à necessidade de fechar a
TagusValley, em parceria com edição deste jornal, não podemos anunciar
a Santa Casa da Misericórdia o resultado daquele evento. No entanto,
de Mação-Projecto aproveitamos a ocasião para publicitar a
“AproxiMação”, no âmbito do parceiro contactos via e-mail, numa base nossa participação na Semana Cultural do
Contrato Local de semanal e efectuámos, também, o nosso Agrupamento, entre os dias 12 e 16
Desenvolvimento Social. respectivo Estudo de Mercado. Estamos de Abril, onde contamos com a presença
Desde a última edição deste ainda a elaborar o nosso catálogo, que de todos os leitores deste jornal.
jornal, a empresa tem iremos, oportunamente, apresentar ao
desenvolvido diversas nosso parceiro internacional para A Gestempre deseja, desde já, a todos
actividades. Importa referir que posteriores encomendas e divulgação dos os leitores do Horizontes, bem como a
nos foi atribuído um parceiro nossos produtos. todos os amigos e clientes da empresa,
uma Páscoa Feliz.
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A Matemática é uma disciplina com ca- implementou-se na escola EB 2 e 3/S de se ultrapassar as dificuldades evidencia-
racterísticas muito próprias, sendo utiliza- Mação o Plano da Matemática I (PMI). Ao das pelos alunos. Tal tarefa revela-se bas-
da em praticamente todas as áreas do co- longo dos três anos do projecto, na escola tante difícil, no entanto, aproveitando al-
nhecimento científico e, principalmente no realizaram-se correcções ao plano inicial, guma da experiência já adquirida no an-
quotidiano da sociedade. É uma das dis- em função das reflexões que se efectua- terior PMI, foram desenvolvidas activida-
ciplinas mais importantes na solução de ram. Do trabalho realizado, destaca-se a des tais como o Atelier da Matemática,
problemas do dia-a-dia, no entanto, sem- formação de pares pedagógicos; o traba- Concurso de Calculo Mental,
pre foi considerada pelos alunos como lho colaborativo dos professores e o tra- SuperTmatic, Olimpíadas da Matemática,
sendo uma disciplina bastante difícil e com balho entre as escolas. Passados os três tentando implementar-se uma Matemáti-
pouca relevância para a sua vida diária. anos é possível reconhecer nos alunos ca mais dinâmica. Pretende-se que os
A Matemática, quando comparada a ou- uma evolução positiva na atitude e moti- alunos “descubram” a Matemática através
tras disciplinas destaca-se por possuir vação face à Matemática e no domínio de de desafios e problemas/tarefas de inves-
uma linguagem própria, que a torna uma alguns conceitos e procedimentos. tigação levando a que exista uma mate-
disciplina “diferente”, seja pelo misticismo Neste ano lectivo de 2009/2010, iniciou- mática experimental. Ou seja, pretende-
do mundo dos números, ou das formas se uma nova etapa com a implementação se que o aluno adquira novas perspecti-
geométricas. do Plano da Matemática II (PMII), onde vas sobre a disciplina de Matemática,
Com a finalidade de melhorar a rela- para além do 2º e 3º ciclos, também o 1º onde não basta fazer contas, mas sim
ção existente entre os alunos e a escola ciclo está a ser abrangido. Novos desafios descobrir as coisas e compreendê-las.
em si e abordar sobre uma perspectiva se colocam todos os anos, sempre dife-
ou ângulo diferente a Matemática, rentes, implicando novas estratégias para Professor João Gonçalves
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Sudoku
Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica.
Apesar de ser bastante simples, é divertido
e viciante. Basta completar cada linha, colu-
na e quadrado 3x3 com números de 1 a 9.
Qual a operação?
Objectivo deste jogo é aprender a re-
solver sozinhos os problemas, deste
modo calcula aplicando as operações ma-
temáticas que quiseres, de forma que o
resultado obtido seja 6. Verás que é mui-
to fácil.
Soluções “HORIZONTES” Nº 1
- Bolas numeradas (26);
- Quadrado mágico ;
- Folhas ao vento ;
- Dominós 6/2;
- Triângulos ;
- Tinta para o tecto (8 litros); ORTIGA, ABOBOBEIRA, MACÃO, ENVENDOS, CARDIGOS, CAPELA, CERRO,
- Carta escondida (Ás de ouros); LADEIRA , CORGA, RODA, PENHASCOSO, CARVOEIRO, CASTELO, PEREIRO,
- Sequência de figuras (A). SANTOS, AMENDOA, GALEGA, SERRA, CABO, MOITA
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