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1ª. Edição
Carlos Barbosa – RS
2017

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MARCOS XAVIER DE ANDRADE

FUTSAL - DA FORMAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO


Métodos e Processos do Treinamento

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FICHA BIBLIOGRÁFICA
Dados Internacionais de Publicação

A553f Andrade, Marcos Xavier de. 1974-

Futsal – Da Formação ao Alto Rendimento: Métodos e Processos do Treinamento.


– Carlos Barbosa/RS: Ed. do Autor, 2017.

132 páginas.

ISBN 978-85- 922713-0-5

1. Esporte. 2. Esporte - Futsal. I. Andrade, Marcos Xavier de. II. Título.

CDD 796.4622
CDD 796.33422

Índice para Catálogo Sistemático:


1. Esporte CDD 796
2. Esporte – Futsal CDD 796.334

Copyright © 2017
Marcos Xavier de Andrade

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de


qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização, por escrito, do editor e
do autor.

Impresso no Brasil
Printed in Brazil

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Capa:
Felipe Napoli
Diagramação: Impresso por:
Cristiane Carla Johan www.impressaolivros.com.br
Revisão:
Barbara Cabral Parente

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Dedicatória

Aos meus filhos Leonardo e Pedro, que renovam minhas motivações pela vida, pelo
meu trabalho e pelos meus sonhos. Por eles, tudo vale muito a pena.

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Agradecimentos

Agradeço a Deus pelas oportunidades, pelas dificuldades profissionais que me fazem


buscar respostas e encontrar soluções aqui divididas nesta obra.

A minha esposa, Daniana, que me presenteou com a vinda do Pedro e aumentou


ainda mais a minha vontade de vencer. Obrigado também pela compreensão e
cumplicidade nos momentos de dificuldades a que a profissão me submete, pelo
amor e o carinho com que cuida da nossa família.

Aos meus pais, Pedro Miguel e Rosemarie, pela vida e amor incondicional.

Aos meus irmãos Fábio, Marcelo e Pedro, que tanto tenho orgulho.

Aos meus companheiros de Comissão Técnica, que me auxiliam tanto na busca de


melhores resultados e em especial pela amizade.

Aos meus atletas, que me auxiliam na compreensão dos processos de treino.

Aos apoiadores desta obra, que acreditam na minha proposta de continuar


produzindo conteúdos para o Futsal.

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Apresentação

Apesar de o Futsal ser uma modalidade muito difundida e praticada em


nosso país, ainda possuímos ampla necessidade de investigação teórica acerca das
variáveis do jogo, dos entendimentos táticos e, principalmente, dos conceitos que
norteiam nossas metodologias de trabalho.

Constata-se no presente a ausência de literaturas especializadas e com


aprofundamento técnico/tático de nossa modalidade, o que, em minha opinião, atrasa
nosso crescimento e não cria padrões metodológicos para o ensino/desenvolvimento
seguro.

Considerada uma modalidade dinâmica e de elevado grau de


imprevisibilidade, o Futsal possui características próprias e uma vasta combinação de
valências físicas e motoras, é rico em gestuais específicos e visa principalmente sua
aplicação em grande velocidade, além, é claro, da necessidade de desenvolvimento
individual para atuar em mais de uma posição em jogo.

Com dificuldade para pesquisas e fundamentações, nosso esporte repousa


em técnicas mecanicistas e que não visam explorar o que possuímos de melhor, o
gestual técnico, a habilidade no controle da bola, a criatividade e o elevado poder de
inovação nas ações individuais exigidas pelo jogo.

O Futsal possui um espaço próprio, um terreno de jogo específico e com


possibilidades de ações imprevisíveis sob o ponto de vista cognitivo, não estamos
limitados a regras blindadas e que nos impedem de nos desenvolver, pois nossos
atletas possuem características multifuncionais.

O que ocorre é que precisamos recorrer a um passado recente sem impedir


o crescimento e o avanço das técnicas modernas, resgatar o poder criativo e decisivo
de nossos atletas e apresentar um desenvolvimento tático que complemente sua
formação e não o torne refém dele.

Esta obra visa expandir nossos conhecimentos sem provocar alucinações


teóricas e, tampouco, rotular o desenvolvimento individual, necessário para todo
esporte.

Devemos resgatar o simples ato de jogar com criatividade e melhorar a


cognição visual, ativando a mente de nossos atletas e preparando-os para atuarem
nas mudanças frequentes de sistemas agindo de forma rápida e eficiente.

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Precisamos de um melhor entendimento sobre o Futsal, apesar de estarmos
integrados num cenário esportivo, em que nossa visibilidade vem crescendo muito,
temos que nos preocupar com a evolução da modalidade.

Elaborar, a partir do já existente, conceitos próprios e que já são de


conhecimento de muitos, porém, estão guardados em gavetas ou em seus ricos
acervos de trabalho, anotações e manuscritos.

Sou crítico quando observo que nossas heranças parecem não existir e que
não possuímos uma metodologia unificada capaz de dar um sentido ao
desenvolvimento do Futsal.

É preciso vir à tona todas as informações que possuímos e confrontar


nossas visões técnicas relacionadas ao jogo.

Oferecer ao universo acadêmico, e também aos iniciantes, estudiosos e


profissionais, a oportunidade de analisar tais experiências e acrescentar ainda mais
nesse conjunto de ideias que construirão caminhos para o conhecimento e
aprofundamento dos métodos de jogo, princípios, sistemas e processos.

Muitos estão sedentos para saborear tais conhecimentos. Aqui deixo minha
pequena, mas importante, contribuição, pois na tentativa de dividir o pouco que sei
tenho aprendido muito mais.

Todo esporte possui características essencialmente técnicas e táticas,


posso dizer inclusive que ambos estão inteiramente ligados e não vejo possibilidade
de estarem desassociados por uma única razão: um necessita intimamente do outro e
se complementam no ato de competir e vencer as dificuldades impostas pelas regras
específicas.

A técnica caracterizada pelo gestual funciona como uma espécie de suporte


ao plano tático, que, por sua vez, é o conjunto de estratégias para resolução da
problemática do jogo.

De forma simples, pode-se dizer que utilizamos o gestual técnico para


resolver problemas táticos, um está a serviço do outro e é esta interação dinâmica que
oferece ao técnico a oportunidade de orientação, correção e de ajustes. Constituindo
assim os componentes do processo de treinamento.

A visão é global e nos leva ao entendimento de que o conjunto é complexo,


pois apresentará sempre uma característica própria para cada equipe em razão óbvia,
que é a forma com que cada um analisa e entende o jogo. Embora o seu
desenvolvimento possa atender a metodologias comuns, cada uma possuirá uma
identidade, pois, muito bem, o que se pretende é possuir uma linguagem tática comum
e a compreensão dos conceitos, fases e momentos do jogo.

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E a partir desse ponto deixar livre a possibilidade de estabelecer os padrões
táticos para cada equipe, respeitando principalmente a visão de quem a comanda.

A tática é o elemento operacional do jogo, e possuir capacidade para


compreender sua funcionalidade dentro do sistema é de fundamental importância, pois
a oposição do jogo é lógica; enquanto um defende, o outro ataca, e por essa razão
não podemos possuir tal limitação visual em relação ao que é lógico, ou então
estaremos enfrentando um abismo dentro desse processo.

É necessário consolidar o desenvolvimento tático e o entendimento das


ações do jogo de forma integradora e condicionadora, mas não limitar o
desenvolvimento técnico individual, apenas dar suporte para resolução das
problemáticas.

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Prefácio I

Volto a prefaciar este novo trabalho do nosso querido amigo e treinador


Marquinhos Xavier.
Dupla responsabilidade, pois pude testemunhar o enorme sucesso do
primeiro livro, prova da capacidade do autor.
Agora, neste segundo livro, Marquinhos Xavier vai ao ponto mais sensível,
para os que buscam aprimorar-se na montagem e adequação das formas de
treinamento e do modelo de jogo, que é a identidade tática de uma equipe.
Desde já, contaremos todos com uma ferramenta inestimável para consultar
e orientar nossas práticas.
O Futsal, em todas as suas variantes táticas, é estudado em detalhes,
jogando-se luz na organização dos treinos, que visam preparar de forma efetiva, as
equipes para competir e vencer.
Marquinhos Xavier, do alto de sua competência para discorrer sobre o tema,
o faz de forma clara e objetiva tornando simples o que para muitos é complexo.
Assim, vamos desfrutar do seu imenso conhecimento e descobrir, pelo
menos em parte, porque suas equipes apresentam um Futsal tão vistoso e, sobretudo
competitivo.
Aprendamos todos então!

Prof. Fernando Ferretti


Técnico de Futsal

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Prefácio II

Não é possível, num espaço razoável, descrever adequadamente a


participação indireta de tantas pessoas que contribuíram para a evolução e o
esclarecimento das ideias contidas neste livro, que com sua efetiva peculiaridade
mantém o propósito de um debate consistente e público.

A obra caminha para desvendar os enigmas do treinamento no Futsal,


abordando os processos e as metodologias específicas da modalidade, além de
conceituar temas importantes sem a pretensão de formar novos paradigmas.

Marquinhos Xavier escreve sua história não somente citando suas


conquistas, mas mostra com argumentos muito bem fundamentados sua experiência
prática e estudo.

O autor, em mais uma obra, partilha seu conhecimento, instigando novos


caminhos, utilizando seu método, sempre questionando o contexto do esporte,
sutilmente e, às vezes, indicando caminhos de modo contundente.
Com sua inquietação e preocupação com o Futsal, Marquinhos Xavier nos
brinda com mais uma obra sólida.

Prof. Paulinho Cardoso


Técnico de Futsal

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Introdução

Futsal: O Jogo e Seus Momentos

Caracterizado pelas oposições de ataque e defesa, durante muito tempo o


principal objetivo foi desenvolver estes sistemas para obter sucesso nas ações do jogo.
Um bom ataque ou uma ação individual poderia ser a solução para a problemática do
jogo, e isso resolveria a questão, não muito distante se apostou na recuperação desta
posse ou na destruição das formações ofensivas para garantir segurança e relação
com o resultado.

Ambos continuam muito presentes no jogo, porém tornaram-se óbvios, a


luta constante por manter a posse de bola ou recuperá-la criou um despertar para que
os momentos fossem mais bem elaborados e, por consequência, divididos dentro da
metodologia de desenvolvimento do jogo e das sessões de treinamento.

Tal qual o conceito sobre as linhas de marcação, definida por alguns a


existência de duas linhas e por outros, de três linhas defensivas, os momentos do jogo
também sofrem tais interferências, por alguns elaborados em quatro momentos.

Por razão clara, gostaria de dividir em cinco os momentos do jogo,


conceituando cada um deles e fracionando sua organização metodológica para uma
melhor adaptação e desenvolvimento destes.

Acredito que desta forma poderemos melhorar a compreensão descritiva


dos momentos do jogo, apresentando uma organização ordenada e que poderá
contribuir significativamente para a elaboração das dinâmicas apropriadas para cada
elemento.

Momentos do Jogo:

Sistema de Ataque, Sistema de Defesa, Transições Ataque/Defesa e


Defesa/Ataque, Contra-ataque e Bolas Paradas (Jogadas Ensaiadas).

Quando nos deparamos com todos estes momentos do jogo, parece que
estamos falando de coisas completamente diferentes. Ledo engano, pois tudo está
interligado e é justamente por isso que recomento seu fracionamento, para que todos
obtenham atenção e orientação específicas.

Talvez o grande segredo de sucesso de uma equipe seja a interligação de


todos esses momentos, na velocidade de resposta e recomposição para cada um
deles.

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Um número ilimitado de ações que exigem pronto reestabelecimento dos
sistemas exigirá uma organização posicional e uma linguagem tática avançada para
superar as adversidades do jogo.

Apesar de integrado, cada momento do jogo apresenta relevante


característica específica para a realização de suas funções, sejam elas de ataque ou
de defesa.

Definir adequadamente cada momento do jogo para que possamos elaborar


estratégias táticas, desenvolvimento do gestual técnico específico e a formação das
estruturas de ataque e defesa.

Sistema ofensivo

• Determinado pela posse de bola, ação positiva do jogo que visa


especificamente a obtenção do gol.

Sistema defensivo

• Determinado pela luta para obtenção da bola, ação negativa do


jogo que visa a anulação da iniciativa do adversário.

Transição Defesa/Ataque – Ataque/Defesa

• Determinado pelas ações ofensivas imediatas pós-recuperação


da posse da bola (Defesa/Ataque) e pelas ações de recomposição
defensiva pós-perda da posse de bola (Ataque/Defesa). Momento
chave do jogo.

Contra-ataque

• Determinado pelas ações ofensivas pós-recuperação da posse


de bola, alta exigência de formações dos desenhos ofensivos,
posicionamentos orientados e rápida conclusão da ação valendo-se
do desequilíbrio do adversário e sua inferioridade numérica
defensiva.

Bolas paradas – Jogadas Ensaiadas

• Determinada pelas ações específicas de recomposição de bola


(tiro de meta), faltas, laterais e tiro de canto. Momento com elevado
grau de concentração, movimentos específicos e sincronia de
movimentos. (Ataque/Defesa).

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Considerando-se que os momentos do jogo são definidos separadamente
e que cada um receberá atenção especial dentro do processo de treinamento, deve-
se lembrar que eles surgem aleatoriamente e que o grande desafio será recompor-se
rapidamente e com eficiência às mudanças. Sempre após a “destruição” de um
sistema eleva-se a necessidade de “construção” do momento seguinte.

Todos os momentos do jogo elevam a capacidade de concentração e


intensidade, posicionamentos específicos, ocupação de espaço e tempo, formação de
linhas e cobertura do espaço de jogo.

A ideia central deste livro é justamente essa, tratar todos esses aspectos de
maneira didática, sem criar novos paradigmas, mas organizar os conteúdos facilitando
a elaboração dos métodos de treinamento para o Futsal.

Esta é mais uma pequena contribuição que deixo ao Futsal, em forma de


agradecimento por tudo que esse apaixonante esporte me proporciona todos os dias.

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Capítulo I
Processos e Modelos de Construção do Treinamento

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Construção Metodológica do Treinamento
Conceituação e Importância das Sessões de Treinamento

Penso que uma das grandes preocupações que todos nós temos
diante de uma equipe é saber como administrar e planejar nossas sessões de
treinamento, dar às sessões um caráter de proximidade técnica e legitimidade
ao jogo que se desenvolverá.
A teoria tradicional do treinamento evidencia inúmeras lacunas sobre
a melhor metodologia a se adotar, e torna-se fundamental buscar
esclarecimentos relacionados à problemática, aos conceitos, ao planejamento,
e às questões relativas à Periodização Tática.
O treinamento não é apenas repetição de atividades técnicas e
táticas, vão muito além disso. É preciso averiguar a especificidade e o modelo
de jogo proposto, atendendo a contemplação dos princípios e subprincípios
desse modelo.
O treinamento deve assemelhar-se ao jogo proposto pelo modelo
técnico da equipe e suas características individuais/coletivas.
As dúvidas de como treinar e de que forma maximizar os benefícios
do treinamento criam uma grande lacuna, despertando ainda mais interesse
pelos modelos de treinamento de equipes que obtêm sucesso.
Com o surgimento dessa problemática, identificamos alguns fatores
importantes para o esclarecimento dessas dúvidas, observando que a
dimensão tática é quem irá gerir o processo do treinamento associando fatores
físicos, técnicos individuais/coletivos e também fatores emocionais. Desta
forma, devemos procurar um modelo que oriente toda essa especificidade e
que leve em consideração todos esses fatores importantes.
O foco de observação deve ser em pontos determinantes para o
sucesso das ações, tais como:
• De que forma estamos treinando e se realmente estamos
aplicando nas sessões os conceitos do nosso modelo de jogo;
• Se as sessões de treino contemplam características técnicas,
táticas e físicas;
• E se existe uma concepção de jogo integrado com o processo
de treinamento.

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A identificação desses aspectos auxilia em nossas conclusões por
relacionarem objetivamente em que caminho estamos e em qual direção
iremos seguir.
Com informações claras, poderemos traçar a forma ideal que
pretendemos para que nossa equipe treine em função da forma que irá jogar.
Os treinamentos são momentos importantes para que os recursos
técnicos sejam aprimorados, mas o mais importante é utilizar o treinamento
para transmitir aos atletas sua forma de pensar e sua filosofia de jogo.
Se você conseguir transmitir essa informação, com certeza o seu
planejamento de treino está no caminho certo.
Embora a periodização seja fundamental para que haja um caminho
a ser percorrido, é apenas parte desse processo e não o todo.
O treinamento alcança dimensões que vão além da quantidade de
exercícios e da repetição deles, que quase sempre objetivam o ganho de
condição física, técnica e tática; será o modo de treinar que irá influenciar o
modo de jogar.
Ficamos muitas vezes preocupados em saber o que vamos trabalhar
e qual a intensidade e o volume das sessões. Assim, deixamos de pensar no
ponto fundamental, que é entender se conseguiremos transmitir a mensagem
principal e se nossos atletas compreenderão uniformemente essas mensagens.
Precisamos então implementar uma metodologia que se preocupe
com o processo como um todo, observando de maneira global a dimensão
física, técnica, tática e psicológica.
Lembrando que, de forma geral, tudo está edificado na obtenção de
resultados.

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Metodologia do Treinamento no Esporte

Precisamos assegurar que o treinamento


possua uma íntima ligação com o jogo,
que transmita segurança e que
mantenha relação com o resultado.

As metodologias tradicionais do treinamento ainda nos trazem


inúmeras dúvidas acerca do modelo ideal para se desenvolver uma equipe,
melhorar seu rendimento e estabelecer um modelo que se ajuste a sua forma
de jogar.
Desenvolver e elaborar sessões de treinamentos que possam
contemplar as necessidades físicas/técnicas e táticas sem desassociar-se da
problemática que o treinamento exige, utilizando-se de conceitos claros e
objetivos para sua completa obtenção.
Ainda distantes de encontrar a “fórmula mágica”, caminhamos ao
encontro dessas metodologias, e o que posso assegurar é que o modelo do
jogo é a base fundamental para o planejamento do treino.
Se conhecermos a verdadeira essência do jogo, teremos a
possibilidade de montar uma metodologia segura e capaz de suprir nossas
necessidades.
As metodologias do treinamento no Futsal ainda priorizam muito a
aquisição da performance física/técnica e tática, mas muito pouco o
desenvolvimento do poder criativo do atleta.
O jogo é momento rico em incertezas, e estas produzem riscos e
benefícios para nossas equipes, por este motivo justifica-se a elaboração de
modelos de treinamentos com grau elevado de problemáticas.
Este caminho poderá assegurar equilíbrio emocional para decidir
sob pressão e encontrar a melhor decisão em situações adversas.
Com o objetivo de encontrar essas respostas, desenvolvemos ainda
conteúdos para uma formatação dos modelos e metodologias do treinamento
para o Futsal.

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Não podemos esquecer que nosso esporte possui especificidades
físicas/técnicas e especialmente táticas. Relacionar o treino à forma de jogar é
imprescindível para o sucesso de uma equipe.
Então o que pretendo não é elaborar a receita infalível, mas
organizar a sessão de treinamento baseando-se no modelo/padrão do jogo.
Os conteúdos aqui relacionados são baseados na minha experiência
profissional e no conjunto de informações teórico-práticas adquiridos através do
estudo no Futsal, cujo objetivo é mostrar uma visão abrangente e não somente
relacionada às aquisições da técnica e da tática da modalidade.
Trago para o conhecimento de todos minha metodologia de trabalho,
que não privilegia a robotização do atleta, mas sim o desenvolvimento de seu
potencial cognitivo, dando a ele uma autonomia em suas decisões.
Baseando-me em inúmeras interrogativas, sigo desenvolvendo
metodologias que possam auxiliar novos treinadores e despertar o excitante
ambiente da incerteza que o jogo nos proporciona.
A operacionalização do treinamento passa por organizar nossas
sessões de maneira integrada com os problemas do jogo, suas “armadilhas”,
aspectos importantes da evolução e em especial a formatação de uma linha de
trabalho que objetiva a velocidade entre o pensamento e a ação,
proporcionando avanço no desenvolvimento do atleta.
Todo esse desenvolvimento se dá em razão de implementar novas
ações e criar referências para conceitualização do jogo como algo muito mais
amplo do que apenas aquisição de fatores físicos/técnicos e táticos, e também
um ganho emocional e seguro para decidir as partidas, pois acredito que o
Futsal é norteado por uma grande complexidade e elevado grau de
dificuldades.

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Desenvolvimento do Treino – Aplicação no Jogo

O objetivo principal do jogo, com toda certeza, é buscar a


superioridade técnica e física sobre o adversário. É para isso que trabalhamos
todos os dias. Sob o risco de conseguir ou não tal feito.
Muitas vezes o domínio técnico e físico é evidente, o que nem
sempre na prática se traduz em vantagem no resultado. Quem de nós nunca
presenciou o domínio de uma equipe acabar em um resultado desfavorável?
Infelizmente a explicação se torna muito difícil quando isso ocorre.
Difícil de explicar e difícil de compreender; o que é seguro dizer é que isso
acontece.
Por isso, além de produzir uma história, o jogo também produz
enigmas a respeito do que acontece e de que forma aconteceu.
Outro fator relevante é interpretar a sensação que isso provocará na
cabeça de cada atleta da sua equipe, como eles analisarão tal acontecimento e
como irão reagir frente a essa incapacidade de aceitar o jogo como ele se
apresenta.
Neste momento, entra em cena a presença do técnico/psicólogo
com um grau de conhecimento restrito, muitas vezes.
Desconhecer tais fatores pode provocar um agravamento dessas
sensações e elevar o grau de insegurança e impotência para a necessária
reação.
É preciso conhecer o comportamento de cada atleta e sair em busca
do auxílio para não pôr a perder parte importante de seu trabalho técnico e a
autoconfiança dos seus atletas.
Primeiro passo: está descartada a possibilidade de achar culpados.
Entende-se neste momento que o mais importante é a restauração da equipe e
dar seguimento ao caminho em busca de soluções.
Segundo passo: se não retirarmos as armaduras que usamos na
última batalha correremos o risco de esquecer que por baixo delas existem
seres humanos.
Terceiro passo: cada um está com um tipo de ferimento, então o
remédio não pode ser igual para todos.

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Quarto passo: senhor técnico, trate de ser forte e estar preparado
para ajudar cada um deles a se recuperar, ouvir e principalmente ter sua
própria análise bem resolvida.
Para muitas pessoas, somos vistos como máquinas perfeitas que
não podem falhar, muitos são incapazes de nos enxergar por baixo de nossas
armaduras, de perceberem que sempre nos ferimos em nossos combates
(jogos) e que muitas vezes não nos recuperamos desses ferimentos e já
estamos lutando novamente.
Cada jogo exige e provoca uma elevada gama de sentimentos e
sensações, e é muito perigoso lidar com tudo isso sem conhecer suas
consequências. O perigo se inicia inclusive quando dizemos “preciso motivar
meus atletas”. De que forma faremos isso sem desencadear sensações de
medo, desconfiança ou de coragem excessiva e bravura?
Cada dia acredito ainda mais que é necessário conhecer-se a si
próprio e a seus atletas, entender suas reações e comportamentos para auxiliá-
los nesta dura tarefa de competir.
O princípio da individualidade precisa estar sempre presente e claro
em nossas ações, não podemos usar a mesma receita; o que para uns é cura,
para outros é fatal.
Após uma derrota, os questionamentos e a impotência tomam conta
de nossos pensamentos, mas também restauram nosso comportamento e nos
deixam mais atentos ao que nos é dito. Somos capazes de absorver melhor as
informações que nos serão passadas.
Certamente se tivéssemos vencido poderíamos estar movidos
também por certa arrogância e orgulho. Então é ruim vencer? Não! Não é ruim
vencer; a questão é que perder faz parte desse contexto. Saiba lidar com as
duas sensações e busque explicações sensatas para a reconstrução.

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POT – Programa de Orientação Tática
Planejamento teórico das ações que envolvem o treinamento

O programa de orientação tática nada mais é do que um


planejamento teórico das ações que envolvem o treinamento.
O processo consiste em orientar-se por meio dos conceitos do jogo,
objetivando a elaboração do conteúdo teórico a ser desenvolvido. Muitos
trabalhos são realizados sem a necessidade de fundamentar os seus
conceitos, outros tantos necessitam dessa orientação para um entendimento
eficiente.
Basta então que, após elaborarmos uma sessão de treinamento ou
um programa, possamos pensar em sua fundamentação, estabelecendo
pontos importantes de observação, correção e ajustes.
As sessões de treinamento cujo objetivo é desenvolver a capacidade
do atleta na busca por soluções e que em sua totalidade priorize sua
criatividade devem receber atenção nesses processos, mas não são sessões
que tenham uma evolução significativa se interrompidas frequentemente.
Já as sessões cujo objetivo é fixar movimentos, ajustar correções de
tempo e o desenvolvimento de manobras de ataque, coberturas de marcação,
entre outros aspectos, merecem uma fundamentação, e por esta razão um
programa de orientação tática.
Dividir os processos do jogo, elaborar as funções de cada posição,
determinar as variações e as possibilidades de ajuste e correção de
movimentos são algumas das atividades que apresentam evolução significativa
quando bem elaboradas e fundamentadas.
O programa de orientação tática não segue padrão didático, apenas
desperta a importância da elaboração desse importante processo.
A elaboração de planilhas de controle e avaliação do desempenho
individual/coletivo é importante para a análise do avanço, tanto das sessões de
treinamento, como também da aplicabilidade dos treinamentos durante os
jogos.
Ressalto também a importância da estatística como base de
fundamentação das ações, assim como a utilização dos scouts técnicos em
jogos e treinamentos.

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As Fases da Construção do Treinamento
Fragmentação das Sessões de Treinamento – Etapas e Processos

Elaboramos as fases de construção do treinamento com o objetivo


de cumprir as etapas e os processos de evolução, garantindo assim uma
relação direta entre o que treinamos e o que realmente será útil para o
planejamento de jogo.
Desta maneira, entendo que a fragmentação das sessões auxilia-
nos a identificar os processos, interromper ou avançar as etapas à medida que
observamos sua viabilidade e aplicação.

Fases do Treino
• Elaboração da Atividade;
• Exposição da Atividade;
• Fixação da Atividade (Ajustes/Correções);
• Aplicação da Atividade (Com e Sem Resistência/Marcação);
• Introdução Competitiva (Jogos de Aprimoramento);
• Realinhamento da Atividade.

As etapas metodológicas do treino, quando bem realizadas,


garantem segurança e relação direta com os resultados.

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Processos Conceituais do Treino
Elaboração da Atividade Técnico-Tática nas sessões

É impossível falar em planejamento sem falar em organização. Para


se planejar algo é necessário organizar as estruturas do trabalho que iremos
realizar, qual a intenção, quais caminhos iremos percorrer para alcançarmos
aquilo que desejamos.
Desta forma, o processo de elaboração da atividade é o primeiro
passo para a montagem do planejamento das sessões de treino. Tudo que
será realizado posteriormente deve ser antes analisado com critérios bem
definidos, com base na estrutura da equipe, do potencial técnico, dos objetivos
e, é claro, do tempo disponível para a realização do trabalho.
Esta fase do trabalho é uma fase de estudos, em que buscamos
entender e compreender as dinâmicas e as adaptações que serão necessárias
até alcançarmos o objetivo proposto.
Quando elaboramos nossas atividades práticas estamos fazendo-a
baseando-se no conhecimento que temos sobre a equipe, do seu potencial
individual e de sua capacidade para reproduzir estes ensaios.
A necessidade de fundamentar teoricamente esse processo poderá
auxiliar-nos no entendimento e principalmente no plano de exposição da
atividade, momento em que esta é informada ao atleta.
Por meio desse processo teórico, elaboramos as regras específicas
da atividade. São elas que irão limitar ou incentivar alguma ação de acordo
com o propósito da atividade.
É preciso ter muito cuidado quando elaborarmos uma atividade e
simplesmente a reproduzirmos em nossa equipe sem atender esses critérios,
pois poderemos incentivar movimentos e situações que prejudicarão nossos
atletas; chamamos isso de vícios de movimento. Eles são extremamente
nocivos ao desenvolvimento motor e cognitivo do atleta.
Depois de memorizados e mecanizados pelo atleta, torna-se um
padrão motor/mental e sua reinterpretação é algo bem mais complicado de se
mudar.

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Analise qual é o seu objetivo com a atividade sugerida, qual sua
aplicabilidade e quais serão os pontos de observação, estude a atividade e
promova sempre que necessário as adaptações e correções.
Dessa maneira, você irá treinar de forma correta e os benefícios do
treinamento serão alcançados, lembrando que todo esse processo é contínuo e
evolutivo. Parta sempre do simples até os pontos complexos das atividades,
evite iniciar com atividades com alto grau de complexidade, pois isso poderá
frustrar e inibir a participação do atleta, e assim inviabilizar todo o processo de
construção de uma atividade ou movimento.

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Processos Conceituais do Treino
Exposição da Atividade Técnico-Tática nas sessões

O processo de exposição da atividade é um momento importante.


Como todos nós sabemos, vendemos sonhos através de movimentos e nossos
atletas são influenciados pela nossa convicção, pela forma com que
conduzimos nossos trabalhos e pelos objetivos que lançamos como desafio.
Quando possuímos o conhecimento daquilo que propomos e
demonstramos confiança no que estamos fazendo, com certeza isso irá se
reproduzir fidedignamente em nosso trabalho, do contrário, se não
acreditarmos ou não fundamentarmos nossas metas e objetivos, ou se não
possuirmos o conhecimento daquilo que estamos realizando, instala-se o clima
de desconfiança, tornando tudo mais difícil.
Após a elaboração da atividade, em que montamos as regras
específicas da atividade prática, identificamos possíveis mudanças e
previamente analisamos o desfecho da atividade. Em seguida, faremos a
exposição, processo na qual iremos explicar os objetivos, demonstrar as
possibilidades, os benefícios e também teremos a clara evidência do que
poderá não dar certo, prevendo então possíveis problemas. Desta forma,
prepararemos as estratégias.
Preocupo-me muito quando recebo pedidos de profissionais por
atividades práticas, trabalhos de quadra, pois percebo que isso poderá, em vez
de ajudar, prejudicar e muito tanto o desempenho de sua equipe quanto o
relacionamento com os seus atletas.
Não existe atividade de sucesso, o que existe são atividades que
atendem a necessidade de sua equipe, que respeite e auxilie a característica
dela e que seja exclusiva para aquele grupo.
A diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem. Pensando
assim, posso afirmar que o que serve para minha equipe poderá prejudicar a
sua. Surge então a necessidade de nos empenharmos e estudarmos as nossas
características técnicas para então elaborar nossas próprias atividades
baseando-nos nesses processos de elaboração.
Demonstre confiança no que faz, transmita com segurança e seu
atleta irá confiar em seu trabalho.

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Processos Conceituais do Treino
Execução das Ações Técnico-Táticas nas sessões

Desenvolvimento de uma linguagem técnico/tática comum a todos,


facilitando os movimentos e tornando-a claro para sua aplicação real.
Importante observar as execuções das ações técnico-táticas sob o
ponto de vista teórico e prático. Não podemos pensar em movimentos
sincronizados sem prévia conceituação teórica desses movimentos, observar
sua aplicabilidade, sua importância e em especial a flexibilidade de adaptações
e correções.
Destaco alguns pontos de observação importantes dentro desse
contexto:
• Habilidade Técnica
• Domínio da Posse de Bola
• Velocidade/Qualidade de execução dos movimentos
• Compreensão/Reprodução dos gestos técnico-táticos.

Essas observações podem elucidar as dúvidas e proporcionar


mudanças importantes nos modelos.
Nos treinamentos técnico-táticos, o atleta não deve limitar-se a
repetir somente os exercícios, mas enxergar possibilidades e integrar essas
ações ao modelo de jogo.
O treinamento de ações técnico-táticas consiste em organização
sistemática dos movimentos do jogo e promove interligação dinâmica entre
execução/correção do padrão proposto e, por fim, a análise de sua aplicação.
Todo trabalho apresentado deve ser criteriosamente avaliado para
que sua real aplicação seja garantida.
Para determinados treinamentos, a necessidade de informações
teóricas é de suma importância para conceituar os trabalhos antes de propor
sua apresentação. A boa explicação e compreensão teórica da atividade
realizada resultarão em fixação técnico-tática, e esse processo poderá garantir
a aplicação prática da atividade no jogo.
Deve-se ter em mente que a execução de movimento cria padrões e
gestos técnico-táticos, motivo pelo qual é preciso ter cuidado nas orientações.

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Processos Conceituais do Treino
Aplicação das Ações Técnico-Táticas nas sessões

A aplicação das ações técnico-táticas nas sessões de treinamento


podem ocorrer sob diversas vias.
As mais importantes e que destaco neste tema são:
• Aplicação da atividade sem resistência (mecanização das ações,
sem imposição do sistema de defesa, facilitando a memorização da atividade);
• Aplicação da atividade com resistência (mecanização das ações,
com imposição do sistema de defesa, criando dificuldade e promovendo a
correção dos movimentos através dos deslocamentos do ataque e defesa).
Após a elaboração da atividade, necessitamos aplicá-la de forma
prática para que, desta forma, possamos analisar sua viabilidade direta, se o
exercício poderá possuir efeito sobre o plano de jogo.
Na aplicação sem resistência, a memorização é sempre mais
simples, permitindo ao atleta como única preocupação fixar mentalmente seus
movimentos específicos e os demais movimentos que integrar a ação.
Na aplicação com resistência, a memorização necessita estar em
processo avançado. O atleta executa sem a preocupação de ter que se
recordar dos movimentos. Neste processo, ele irá executar com foco nas
possibilidades de futuras criações dentro da estrutura inicial, fará contribuições
individuais com o objetivo de enriquecer os movimentos e aumentar a gama de
possibilidades técnico-táticas.
A presença da marcação na aplicação com resistência irá promover
um claro conhecimento dos trajetos da movimentação, deslocamentos do
ataque e defesa. Desta forma, poderemos promover na medida necessária os
ajustes e correções desses trajetos, movimentos individuais simples e com
complexidade de deslocamento, proximidade dos atletas de defesa, linhas de
passe, ajuste de tempo, configurações coletivas, entre outros aspectos
inerentes aos movimentos.
A aplicação da atividade requer um grande nível de concentração e
contribuição dos atletas. Em face das dificuldades que surgirão, poderemos

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construir movimentos bem elaborados e com aplicabilidade comprovada em
nossos jogos, motivo pelo qual o treinamento exerce grande função.
Se construirmos bem nossos movimentos, com certeza eles terão
relação direta com nosso plano estratégico de jogo. Do contrário, iremos perder
tempo executando movimentos sem aplicação no jogo.
O treinamento é o protótipo fiel das ações do jogo e deve ser sempre
a missão de todo técnico: tornar o treinamento uma cópia fiel do
desenvolvimento do jogo.

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Processos Conceituais do Treino
Introdução Competitiva – Jogos de Aprimoramento

Este é o processo mais dinâmico dentro das fases de construção do


treinamento. O processo de introdução competitiva se aproxima da realidade
do jogo, cria situações diferentes e até mesmo inusitadas, pois as respostas
dependem muito da imposição que o sistema de defesa ou as condições de
regras são impostas para a realização da atividade.
Como se pode observar, estamos evoluindo a cada processo e, à
medida que vamos evoluindo, colocamos imposições para adaptar os
processos até atingir um elevado nível de compreensão e eficiência da
atividade.
O processo de introdução competitiva exige resistência, e a
metodologia para esse processo passa por incentivar quem sofre a ação a ter a
vantagem de contra-atacar, de recuperar a posse de bola e obter o mesmo
direito. Essas regras são apenas alguns exemplos de como incentivar e motivar
o treinamento.
Deve-se elaborar um jogo de aprimoramento, também chamado por
alguns profissionais de “jogos de sustentação”, que atenda as necessidades
daquela atividade específica, com regras e controle de tempo específicos para
sua realização.
Nesse processo, estamos “jogando” e executando a atividade de
forma competitiva; essa é a realidade do nosso trabalho.
Jogar é o último processo do treinamento. Muitos iniciam pelo fim e
então possuem mais dificuldades na fixação, memorização e adaptação da
atividade, pois o jogo é o processo mais complexo que possuímos. Por esse
motivo, sempre iniciamos do processo mais simples para o mais complexo, e
não o contrário.
À medida que a atividade vai se adaptando, colocamos outros
desafios, outras regras para que nossos atletas estejam constantemente
buscando respostas e exercendo autonomia nas estratégias, isso os ajudará
muito na formação de seu aperfeiçoamento motor e cognitivo.
Sugiro que no primeiro momento desse processo, dediquemos
esforços na observação do desenvolvimento da atividade, que nossas

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interferências sejam restritas, pois precisamos analisar o desempenho dos
nossos atletas frente às dificuldades do jogo e da atividade.
Essas observações é que formarão uma análise de desempenho
técnico-tático individual e coletivo.
A partir desse processo, poderemos melhorar nossa atividade e criar
ainda mais dificuldade, sempre na medida em que percebermos a
compreensão do jogo competitivo.
Devemos controlar nossa ansiedade por criar novos jogos a cada
semana ou a cada sessão de treinamento, pois o princípio do treinamento é a
repetição, e para que uma atividade possa se consolidar precisamos repetir a
atividade várias vezes e formar uma análise criteriosa dessas etapas.
Como se pode observar, o treinamento é algo muito íntimo e
particular. Procure sempre formar seu próprio estilo de trabalho, respeitando as
características dos seus atletas, e de forma a atender, além de sua expectativa,
o seu modelo de jogo.

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Processos Conceituais do Treino
Realinhamento da Atividade – Processo de Reconstrução

Como em qualquer processo, ou em qualquer situação de nossas


vidas, chega o momento de reavaliar nossas atividades, identificar a
necessidade de mudá-la, alterar suas regras, ou até mesmo deixar de executá-
la.
No tema anterior, comentei sobre nossa ansiedade em realizar toda
semana novas atividades, ou de elaborar a cada sessão um novo treinamento.
Isso pode não ser benéfico, pois a repetição é um dos princípios do
treinamento.
Mas é importante observar em que momento devemos modificar ou
alterar nossa atividade. Esse processo de realinhamento consiste em identificar
o que pode e o que deve ser alterado, o que é viável manter ou o que não
atende mais a expectativa de evolução.
O realinhamento surge da necessidade de promover estímulos e
manter o grau de dificuldade, processo pelo qual nos desenvolvemos e
continuamos crescendo.
Existem atividades que formam a estrutura do nosso jogo, aquelas
que semanalmente repetimos para manter uma ou mais características da
equipe, outras são atividades que formam a base de sustentação do
desenvolvimento individual dos nossos atletas, há aquelas que incentivam sua
criatividade e autonomia para tomar decisões, e temos ainda as que estruturam
nosso jogo tático, as de repetição, que são as bolas paradas e manobras
ensaiadas, entre tantas outras que formam o nosso programa de trabalho.
Mas existem aquelas que se adaptam rapidamente às
características, que deixam de estimular o atleta e que já não atendem mais a
nossa expectativa, daí a necessidade de se realinhar a atividade, ou de excluí-
la de nosso plano de trabalho.
A sensibilidade será sempre o melhor conselheiro, pois não há um
tempo certo e um prazo determinado para essa ou aquela atividade, é
importante estar atento e perceber em que momento ela deixa de ser
realmente importante para nós e ter o desprendimento de não insistir em algo
que já não possui o mesmo resultado.

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O treinamento é o laboratório mais perfeito que existe. Nele
experimentamos sensações e experiências que nos fazem evoluir juntamente
com nossos atletas. É a grande oportunidade de conhecer a dificuldade de
cada um e auxiliar no seu crescimento.
Por meio do treinamento, alcançamos nossos objetivos no jogo,
encontramos equilíbrio para competir e identificamos a relação direta que ele
tem com nossos resultados.
A partir do momento que seu treino se torna a base dos seus
resultados, verá que dedicar-se mais a ele e elaborar os processos para sua
construção trará, além do prazer, uma relação íntima com o trabalho e os
resultados que ele proporcionará.
Busque o equilíbrio para que suas sessões de treino atendam em
especial às expectativas de seus atletas. Nesse processo, somos facilitadores
e precisamos oferecer ferramentas para tornar o trabalho de nossos atletas
melhor. Coloque-se sempre à disposição para ajudá-lo, pois esta relação irá
refletir diretamente em seu ambiente de trabalho e, por consequência, nos
resultados de todos.

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Os Princípios das Sessões de Treinamento
Os princípios e as características das sessões de treinamento

As sessões de treinamento costumam trazer elementos pessoais.


Cada técnico possui sua metodologia de treinamento, e traz consigo o seu
próprio estilo de trabalho.
Todos buscam a mesma coisa: o rendimento coletivo e individual de
seus atletas. Mas a excelência dependerá sempre do nível em que ele estimula
as aptidões técnicas dos atletas.
Encontramos então a nossa verdadeira missão: buscar e identificar
os limites, propor ao treinamento as dificuldades necessárias, colocar
problemas, dificuldades e obstáculos para testar a evolução.
Repetir várias vezes alguns exercícios poderá evidenciar a busca do
seu limite máximo, imprescindível nos jogos e em especial nos finais das
partidas, em que o limite é colocado à prova.
O princípio básico do treinamento é buscar uma evolução técnica,
tática e física coletiva/individual, nunca esquecendo que a individualidade deve
ser observada para que o efeito seja sempre uniforme.
Apenas executar movimentos não garante evolução, pois o princípio
secundário das sessões é o de proporcionar autonomia nas decisões, o que
propiciará ao atleta alterações do padrão do movimento proposto para um
ajuste necessário para tal situação. Vale ressaltar que essa autonomia advém
do próprio ambiente de treino, das características de liberdade que nós,
técnicos, garantimos aos nossos atletas e da forma criativa que desenvolvemos
nossos trabalhos.
Não estou lançando novos conceitos para o desenvolvimento das
sessões, estou apenas resgatando o verdadeiro princípio do treino, que é de se
aproximar sempre da realidade do jogo, e por meio deste tornar eficiente a
atuação de nossa equipe.
As características técnicas individuais de nosso trabalho também
precisa estar presente nesse processo. Diz o ditado que: “A equipe é a cara de
seu técnico”. Isso é verdadeiro e facilmente percebido quando enfrentamos
equipes com estilo de jogo próprio e que traz a ideia principal da partida
conforme seu treinador a enxerga.

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Implantar sua característica de trabalho ao princípios do treinamento
é a chave para a identificação desses conceitos, tornando este um caminho
seguro ao desenvolvimento coletivo. Uma equipe que atua somente na
“motivação” do confronto trilha caminhos incertos, pois a motivação é parte
desse processo e não deve ser a parte principal, ou então o treinamento passa
a não ter legitimidade.
Equipes desconfiguradas taticamente revelam o modelo de treino
desenvolvido todos os dias, além de produzir internamente inseguranças
quanto a sua eficiência. Quando isso ocorre algo está errado e precisa ser
revisto, pois facilmente reconhecemos quando não estamos no caminho certo,
e o resultado passa a ser apenas a confirmação disso.
Outro princípio importante no treinamento é a mobilização. Quando
deixamos de nos mobilizar e buscamos a evolução constante, nossos
adversários nos ultrapassam, e assim iniciamos um declínio técnico perigoso.
Cabe ao técnico a tarefa de monitorar se sua equipe está realmente
mobilizada para a realização das tarefas e, consequentemente, das
metas/objetivos propostos coletivamente. Exigir mobilização em torno desses
pontos resulta em disciplina e intensidade que, aliados ao trabalho, formam os
pilares do sucesso de uma equipe.
“Se você não estiver com vontade de
treinar, reduza a duração, e não a
intensidade”. (André Agassi).

Este será sempre o ponto chave para alcançar sucesso, e nós,


treinadores, teremos sempre a grande responsabilidade de monitorar e
conduzir nossos trabalhos desta maneira. Lembre-se que, muito antes de
colocar táticas ao jogo, precisamos incutir a filosofia de sermos sempre
intensos naquilo que fazemos. Essa é a característica principal que podemos
deixar em nossa equipe, a marca registrada aliada aos princípios do
treinamento.

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Princípio da Progressão Tática
Avaliações e análises da aplicabilidade tática

A ideia central do tema é direcionar importância ao processo de


progressão das táticas aplicadas no jogo. O tema não está intimamente ligado
às evoluções táticas no treinamento, mas a sua real aplicação no jogo.
Existe, sim, uma ligação ao que se desenvolve nas sessões de
treinamento, porém, a avaliação do que foi treinado e do que foi aplicado indica
ou não uma progressão.
Desta maneira, podemos dividir esse princípio de progressão em três
partes, assim nominadas neste conteúdo:
• Avaliação pós-ciclo de treino;
• Análise pré-jogo;
• Análise pós-jogo.

Avaliação pós-ciclo de treino – Destina-se a uma avaliação de


todo o conteúdo de trabalho elaborado para a montagem tática, tais como:
▪ Situações de jogo e sistemas;
▪ Elaboração das variações táticas;
▪ Estratégias emergenciais.
Além de outras necessidades que possam garantir legitimidade ao
trabalho.
Desta maneira, tudo que for elaborado neste ciclo pode e deve ser
discutido entre todos os envolvidos, a fim de identificar as possibilidades de
aplicá-las ou não no jogo. Mesmo que neste momento seja um tanto quanto
subjetivo analisar.
De comum acordo e tendo estabelecido os critérios e ajustes, todos
trabalham para o seu cumprimento, criando assim uma relação de confiança no
que foi proposto e estabelecido.
Análise pré-jogo – Relacionado ao estudo tático do adversário e à
aplicação da tática e estratégias estabelecidas.
▪ Análise de riscos;
▪ Definição dos sistemas (marcação e ataque);
▪ Ações emergenciais (contenção/exposição).

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Outras situações também poderão ser relacionadas, mas o foco
principal será elaborar planos táticos baseando-se nas características do
adversário, diria Plano Específico de Confronto.
Neste processo, é extremamente importante analisar fatores
externos, estatística e ambiente do confronto.
 Os fatores externos são as análises comparativas entre as duas
equipes, pontuação, posição de classificação e custo da partida.
 Fatores estatísticos estão relacionados ao aproveitamento técnico
e outras variáveis de controle.
 Fatores ambientais dizem respeito ao local do confronto, em quais
condições ele ocorre, expectativas emocionais em que ele se
desenvolverá etc.
A união desses processos cria Padrões de Análises
Recomendáveis (PAR Tático).
Chego, então, ao ponto principal desse tema e que considero o mais
relevante.
Análise pós-jogo – Justifico os motivos pelo qual considero este o
ponto relevante deste conteúdo: a análise pós-jogo garante evolução ao
conjunto desenvolvido anteriormente.
Com a desintegração dos princípios aqui elaborados, conseguimos
monitorar e avaliar melhor as etapas do nosso trabalho. Desta maneira, os
pontos passam a receber atenção à medida que vamos vivenciando
separadamente cada um deles.
A análise pós-jogo retrata a forma com que os conteúdos táticos
foram elaborados e aplicados, bem como a avaliação de forma objetiva de seus
resultados.
Lógico que necessitamos de bom senso para, neste contexto,
analisar o resultado obtido.
Tudo deve ser avaliado separadamente da seguinte forma:
▪ O desenvolvimento do jogo;
▪ O resultado do jogo;
▪ O benefício ou prejuízo alcançado com o resultado.

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Em muitos casos, vencer uma partida não significa que houve
progressão tática. Assim como perder uma partida também não significa que
houve atraso ou que não obtivemos crescimento.
Trabalhamos para vencer jogos, mas é importante não se desligar
do trabalho realizado, pois em determinado momento será ele que garantirá
sucesso nos momentos decisivos.
Costumo dizer que existem equipes que “vencem jogos, mas não
vencem competições”.
Um resultado isolado é apenas um resultado isolado, um trabalho
bem realizado é um caminho para o sucesso.
Finalizando o tema, saliento ainda a importância de administrar bem
os resultados que são obtidos, sem pânico nas derrotas e tampouco euforia
demasiada em vitórias. É importante entender que a progressão tática se
constrói por meio de conceitos definidos e muita disciplina.

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Método de Treinamento
Os alicerces da construção dos métodos do treinamento no Futsal

Passou-se o tempo em que nossas preocupações em relação ao


treinamento eram apenas ministrar exercícios e atividades práticas.
Com o surgimento das ferramentas de informação e a busca por
novos “recordes”, a velocidade de tudo ganhou dimensões quase
incontroláveis. Com isso, as dúvidas e as incertezas vêm aumentando na
mesma proporção.
Anteriormente, tudo que fazíamos ficava restrito ao próprio espaço
onde realizávamos a atividade. Hoje, tudo é compartilhado, inclusive em tempo
real, e tudo também se torna parte do passado muito rapidamente.
É preciso avançar e desenvolver-se de forma constante para a
inovação e a adaptação às inúmeras mudanças exigidas, o que, em minha
opinião, desencadeou um processo de modismo a tudo que se faz e em
relação a tudo que se propõe.
No esporte, especificamente, as mudanças não acompanharam a
maturidade emocional, o desenvolvimento físico e a aprendizagem cognitiva.
Vários fatores são determinantes para a aceleração de um ciclo que
não se completa mais, o ciclo do desenvolvimento natural do próprio atleta.
Influenciado pela exposição e visibilidade da mídia, busca o sucesso
sem se preocupar com o trabalho, avança processos importantes e, no
momento que é realmente exigido, acaba falhando e, como pena, frustrando-
se.
Sem o aporte emocional, tem dificuldades para retomar sua carreira,
encontrar equilíbrio e suportar as pressões.
Uma edificação construída sem base sólida.
Face ao exposto, justifico a necessidade de estabelecer um método
de trabalho que preconize o desenvolvimento global do atleta e não apenas
suas qualidades técnicas individuais.
No meu entender, o trabalho deverá respeitar a formação do atleta
de forma geral, seu estado físico/mental.
Acredito que uma mente equilibrada e resistente poderá suportar
momentos difíceis e de alta pressão, comuns na vida profissional de um atleta.

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Resistir às adversidades e encontrar soluções criativas aos
problemas enfrentados são aspectos que diferenciam atletas profissionais.
Preparados, reagem bem aos momentos críticos e mantêm sua
performance em níveis aceitáveis que garantem seu bom desempenho.
Um método de treinamento não consiste apenas em atividades
práticas e técnicas, ele deverá ir além dessas questões. Deve compor uma
base sólida e bem estruturada que envolve também a preparação mental do
atleta.
Face ao exposto, apresento meu método de treinamento global e de
forma detalhada justifico e abordo os itens para um melhor entendimento.
Lembrando que os métodos de trabalho devem conter em seu plano
principal a filosofia e característica de quem o aplica. Não existem métodos
infalíveis, tampouco soluções milagrosas para se obter resultados. O método é
um espelho que reflete com exatidão os processos de trabalho, características
técnicas/táticas e formas comportamentais de atuação de todos os membros
envolvidos na equipe, respeitando sempre suas individualidades, relação
pessoal/profissional e o ambiente de trabalho.

Método de Treinamento Global


• Segmentação das Estruturas do Jogo;
• Estrutura do Processo de Treinamento/Jogo;
• Fração do Treinamento;
• Complexidade do Jogo – Elaboração das Formas;
• Diminuição do Tempo de Reação (Pensamento/Ação);
• Velocidade das Transições (Ataque/Defesa – Defesa/Ataque);
• Evolução da Capacidade de Antecipação, Leitura e Interpretação do
Jogo;
• Exigência Comportamental.

O método de treinamento é composto por seis itens relacionados ao


desenvolvimento do trabalho, avanço técnico, tático, físico e mental.
Os processos são elaborados e desenvolvidos de forma integrada, com
objetivos estabelecidos para cada sessão de treinamento, respeitando sua

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característica principal e mantendo sempre a proposta de evolução e correção
contínua.
Desta maneira, o atleta se desenvolve de maneira global, competindo
dentro da estrutura de treino, com regras específicas para cada atividade, em
velocidade e dinâmica comparadas ao jogo, criando aspectos realísticos nas
sessões de treinamento diário.
Para cada item relacionado ao método de treinamento, são elaboradas
atividades específicas que complementam o grau de exigência, sua
característica de aplicação e, por sua vez, garantem fidelidade ao processo de
trabalho.
Possuem adaptações dinâmicas nas estruturas práticas com
possibilidade de intervenção e autonomia dos atletas na busca pela resolução
dos problemas que o treino/jogo apresenta.
Ativam sua capacidade cognitiva e de inovação em função das regras
específicas determinadas e constantemente alteradas dentro da estrutura.
Proporcionam segurança nas decisões tomadas e elevado nível de
competitividade aos atletas.
Sendo assim, é possível avaliar o comportamento técnico/tático e
emocional de cada atleta, criando padrões de avaliações individuais, e
identificando qual o nível de resposta e velocidade de cada um, auxiliando
inclusive na composição das formações, garantindo segurança e relação com
os resultados da equipe.
O método de treinamento possui flexibilidade e preza pela criatividade
do atleta. Quanto maior sua capacidade de antecipação, leitura de jogo e
qualidade técnica individual, mais ilimitada será sua capacidade de
improvisação e tomada de decisão.
O método ainda auxilia o atleta na formação de banco de respostas
práticas, em função das inúmeras possibilidades vivenciadas no treinamento.
Na sequência, irei detalhar todos os processos, explicar suas
características e de que forma desenvolvo este método de trabalho.

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Método de Treinamento
• Segmentação das Estruturas do Jogo:

 Estrutura de Ataque
 Estrutura de Defesa
 Transições
 Ataque/Defesa
 Defesa/Ataque
 Contra-Ataque
 Manobras Ensaiadas

A Segmentação das Estruturas refere-se às fases do jogo. Dentro de


cada fase específica, estabelecemos pontos de aprimoramento técnico/tático,
em que as atividades práticas são desenvolvidas.
Os processos de jogo são interligados, mas as atividades são
segmentadas para uma melhor avaliação e desenvolvimento. Com isso,
aumentamos a eficiência nas execuções com foco direto no trabalho específico
proposto. Por exemplo: se o objetivo do treinamento for desenvolver e trabalhar
a estrutura de Ataque, a estrutura de Marcação não será o foco de observação
e correção, todos os esforços são no sentido de unificar o entendimento e
aperfeiçoamento do Ataque.
Concentramos a atenção e a correção da Estrutura de Ataque
promovendo atividades e jogos que priorizem as conclusões. Desta maneira, a
equipe passa a elaborar ações de ataque independente da marcação que
recebe.
Da mesma forma, quando o foco de observação e correção é a estrutura
de Marcação, este receberá total atenção para unificar o entendimento e o
aperfeiçoamento da Defesa.
As demais estruturas recebem todas a mesma importância e atenção, é
natural que em função da pré-disposição individual e característica da equipe
uma estrutura possa receber maior atenção, em função da própria
característica do adversário, do tempo das sessões, entre outros fatores que
mereçam a nossa atenção.

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▪ Composição das Estruturas Segmentadas:

 Estrutura de Ataque
– Evoluções do Jogo (saída de pressão, organização e conclusão de
ataque).
– Movimentações orientadas (passes, passagens e ultrapassagens).
– Conceitos de Ataque (linhas de avanço, posicionamentos e funções
específicas individuais/coletivas).
– Formas de Ataque (complexidade, superioridade, inferioridade
numérica).
– Ações de Ataque (jogo individual/jogo coletivo).

 Estrutura de Defesa
– Comportamento da Defesa (individual, zona ou mista).
– Defesa orientada (ponto de fuga, indução, técnica de abordagem).
– Posicional (linhas, espaços, pontos e ângulos desfavoráveis).
– Postura (agressiva, passiva).
– Recomposições (dobras, coberturas e inferioridade numérica).

 Transições – Ataque/Defesa, Defesa/Ataque


– Leitura da Ação (velocidade/temporização).
– Potencialização da Ação (aberturas, condução e conclusão).
– Redução da Transição (reação e decisão).
– Identificação da Ação (espaço de ocupação, posse de bola,
inferioridade/superioridade).

 Contra-Ataque
– Leitura da Ação (velocidade/temporização)
– Orientação (vantagem numérica)
– Potencialização da Ação (aberturas, condução e/ou conclusão).

 Manobras Ensaiadas
– Movimento (saída de pressão, manobras de ataque e conclusão).
– Bolas paradas (faltas, saída de centro, canto e laterais).

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Método de Treinamento
• Estrutura dos Processos do Treinamento/Jogo:

▪ Técnica Individual
▪ Ações Coletivas Ofensivas
▪ Ações Coletivas Defensivas
▪ Ações Especiais do Jogo
▪ Jogo

 Técnica Individual – Desenvolvimento das técnicas individuais que


compõem o acervo gestual do atleta de Futsal, permitindo que os
componentes técnicos melhorem sua performance e o auxilie na sua
forma de jogar.

- Passe/Recepção
- Com posse de bola
- Controle/Condução/Proteção
- Velocidade/Temporização
- Sem posse de bola
- Marcação/Desarme/Antecipação da Ação
- Agrupar/Dispersar
- Situações Individuais
- Drible/Finta/Finalização

 Ações Coletivas Ofensivas – Desenvolvimento das ações que


compõem o sistema ofensivo e que potencializam as movimentações
de ataque.

- Interligação dos Pares (Simples, Complexa e Avançada)


- Desenvolvimento dos Princípios e Subprincípios do Sistema
- Ataque Organizado
- Ataque Rápido

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 Ações Coletivas Defensivas – Desenvolvimento das ações que
compõem o sistema defensivo e que potencializam as estruturas da
defesa.

- Representação das estruturas de defesa (Filosofia de marcação)


- Sincronismo estre os pares (Simples, Complexo e Avançado)
- Desenvolvimento dos Princípios e Subprincípios do sistema
- Pontos de equilíbrio – Elementos da Marcação Individual (Formação
do Conjunto Coletivo)

 Ações Especiais do Jogo – Desenvolvimento das estruturas especiais


do jogo, em vantagem e desvantagem númerica.

- Ataque 5x4 / Marcação 4x5


- Ataque 4x3 / Marcação 3x4

 Jogo – Transferência das técnicas e táticas desenvolvidas no


treinamento para o modelo de jogo proposto.

- Identidade da forma de jogar


- Transferência do treinamento
- Adaptação do modelo e a Flexibilização/Ajuste do modelo
- Competitividade

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Método de Treinamento
• Fração do Treinamento

A Fração do Treinamento (FT) surge em função da complexidade do


jogo. Os movimentos são realizados em pontos de ação inicial e seguem o
seguinte desenvolvimento.

• Ponto/Base Inicial – De onde parte a Ação.


• Deslocamento – Realizados os movimentos
específicos.
• Ação Final – Ponto de destino da Ação.
Após as bases fracionadas, o início do processo de montagem e CONEXÃO
DO JOGO INDIVIDUAL

A Fração de Treinamento produz evolução técnico/tática de forma


significativa, pois as atividades coletivas de grande complexidade são
fracionadas e elaboradas didaticamente com o objetivo de estabelecer
movimentos específicos e deslocamentos orientados, facilitando o
entendimento de todos em relação às bases determinadas.

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Se possuirmos uma movimentação ou uma manobra ensaiada e que
requer repetição, nada melhor do que tirarmos inicialmente a complexidade
dessa ação, determinando pontos de ação isolados e trabalhando cada ponto
separadamente até adquirir o entendimento e o aperfeiçoamento das bases e,
aos poucos, vamos interligando os pontos e criando dinâmica ao movimento.
Por exemplo:
Uma jogada de Lateral
▪ Ponto Base/Inicial – De onde parte o passe (Base 1).
▪ Deslocamento – As bases de posicionamento e seus movimentos.
(Base 2 e/ou 3).
▪ Ação Final – Local onde se conclui a ação final (Base 3 e/ou 4).
Após identificarmos os pontos base e determinarmos o que cada
base deverá realizar, iniciamos o processo de dinâmica, em que cada base
executará seu movimento e função, podemos realizar essa atividade com
movimentação integrada e incluindo a dinâmica progressiva ao movimento.
Utilizando apenas 3 bases de início, e na medida em que o
movimento vai se formando, incluímos a quarta base. Desta maneira, todos vão
se adaptando aos movimentos de cada base.

As correções ficam simplificadas e se ajustam melhor ao tempo,


espaço e velocidade proposta para o trabalho.

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Podemos ainda potencializar e integrar todos os movimentos,
aproveitando cada um deles em outras ações tanto de bolas paradas como em
manobras de movimentação ofensiva.
Cada base terá sempre movimentos específicos, é importante
identificá-los e, após, promover a conexão entre eles.

Abaixo verificamos três pontos importantes que devem se repetir


dentro das etapas dos processos de evolução das FT. Eles garantem uma
análise segura e proporcionam a possibilidade de modificações sempre que
necessário.
• Repetições e ajustes de tempo e sincronia;
• Correções frequentes ou sempre que necessárias;
• Utilização de jogos de sustentação técnico/tático.

No próximo tema, veremos a importância da Fração de Treinamento,


abordando a complexidade do jogo, pontos negativos para enfrentar essa
complexidade e os riscos de não formular estratégias que potencializem o
ataque; a ideia de fracionar o treinamento se sustenta sobre a ideia de se
diminuir o enfrentamento do jogo complexo.

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Método de Treinamento
• Complexidade do Jogo – Elaboração das Formas

Entender o jogo é imprescindível para se trabalhar o treinamento e,


através das informações teóricas, podemos demonstrar a importância de
diminuir a complexidade do jogo.
Veja a organização no esquema abaixo:

Elaboração das Formas


1. Início de Jogo – Estrutura inicial 5 x 5
2. Desenvolvimento do jogo (quase que na totalidade) – 4 x 4
3. Jogo Especial – 5 x 4 / 4 x 3 (Ataque e Marcação)
4. Elaboração das estratégias – 4 x 3 / 3 x 2 (Criar Superioridades).
5. Potencialização das estratégias – 2 x 1 / 1 x 1 (Sucesso da Ação).

O jogo deve desenvolver-se para ser o menos complexo possível,


atuando como elemento de prioridade e objetividade de finalizar a ação
ofensiva (Ponto principal – Ataque/Gol).

As configurações do jogo são apenas um cumprimento da regra, não


necessariamente se desenvolve na formatação habitual. Penso que nossos
esforços são em quebrar esses paradigmas e elaborar estratégias mais
eficazes para diminuir a complexidade. Nesse processo, o treinamento é
fundamental para o sucesso dessas ações.
O enfrentamento complexo proporciona riscos defensivos, e como já
abordado neste livro os sistemas são interligados. Pensando dessa maneira
imaginamos que ao elaborar o jogo ofensivo precisamos também nos
estruturarmos para o jogo defensivo.
Podemos fundamentar melhor os riscos do enfrentamento complexo
através dos pontos abaixo relacionados.

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As desvantagens do Jogo Complexo

Manifestações de inúmeras ações imprevisíveis, tornando o jogo


inseguro mesmo que muitas dessas ações tenham sido previamente previstas
ou antecipadas, tais como:

1. Não identifica com exatidão as probabilidades;


2. Ações involuntárias do adversário;
3. Riscos na elaboração de estratégias;
4. Elevada exposição do jogo ofensivo.

Ciente das dificuldades, surge a necessidade de construir elementos


técnico/táticos para potencializar as ações de ataque ao adversário.
Veremos a seguir a conceitualização das formas do jogo, detalhando
melhor as teorias aqui levantadas e pontuando essas informações.

• Início de Jogo – Estrutura 5 x 5


A configuração inicial do jogo é no formato 5x5. Essa configuração
atende o limite de confronto previsto na regra, portanto, trata-se de uma
questão apenas formal. O que quero é tentar quebrar esse paradigma, já que
entendo que não necessitamos enfrentar o jogo com essa formatação, e que
podemos desmistificar este conceito estrutural.
• Desenvolvimento do Jogo – 4 x 4
Mesmo com participação dos goleiros em funções avançadas, o que
ocorre na sua totalidade é um enfrentamento 4x4, salvo em algumas equipes
em que se utiliza o goleiro de forma até abusiva ao meu ver para obter
“vantagem” 5 x 4. O jogo tem em sua grande maioria uma formação de jogo de
igualdade, e é nesse ponto que gostaria de colaborar com minha visão a
respeito do assunto, já que quanto mais atletas envolvidos na ação, maior será
sua complexidade e maior o grau de dificuldade.
A questão não é eliminar esse conceito de enfrentamento, mas
potencializar o jogo fracionado, executando movimentos onde ocorrem
logicamente a participação de todos os atletas, mas que em determinado

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momento ocorre o desprendimento dessas configurações utilizando-se de
buscas e aproximações que permitam a superioridade fracionada,
intensificando assim as ações.
• Jogo Especial – 5 x 4 / 4 x 3 (Ataque e Marcação)
O jogo especial é caracterizado pelo momento especial de uma
partida, ou seja, momento da utilização do Gol linha, da necessidade de atacar
ou marcar com tal estratégia, assim como momentos em que uma das equipes
perde um atleta no caso de expulsão e precisa marcar ou se beneficiar
atacando com vantagem numérica durante o período determinado. Para esse
período do jogo, é preciso desenvolver uma metodologia própria, por isso
denominado Jogo Especial.
• Elaboração de Estratégia – 4 x 3 / 3 x 2
A elaboração de nossas estratégias ofensivas está relacionada às
configurações de vantagens numéricas 4 x 3 e 3 x 2, que permitem certa
vantagem para a realização de um ataque efetivo que possam realmente surtir
efeito. As estratégias quebram o conceito de enfrentamento tradicional. Desta
forma, o sucesso da equipe dependerá sempre da maneira com que estas são
realizadas e, logicamente, quanto mais eficientes mais eficazes serão.
• Potencialização do Ataque – 2 x 1 / 1 x 1
Quando nossos movimentos ofensivos conseguem criar situações 2
x 1 ou 1 x 1, posso assegurar que nossas ações obtêm sucesso.
Independentemente da configuração inicial, da utilização de um número maior
de atletas envolvidos no jogo, criar uma vantagem sobre o adversário é o ponto
principal do jogo; a formação de triângulos ofensivos é uma tentativa de obter
essa vantagem. Quando isso ocorre, mantemos nosso sistema de defesa
preparado para as coberturas e também para o pronto restabelecimento da
estrutura de jogo.
Muitas vezes, partimos desorganizadamente ao ataque, lançando-
nos sem nos preocupar com a recomposição da defesa. Claro que se estamos
atacando, o nosso principal objetivo é realmente se impor sobre o adversário.
Ocorre que ao não se organizar para isso o nível de exposição é muito maior e,
por consequência, o prejuízo também. Já abordei aqui neste livro a
necessidade de potencializar nosso ataque concentrando-o em mais de um
ponto ofensivo. Desta maneira, todos os envolvidos são efetivamente atacantes

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em potencial, mas a função dos deslocamentos sem a posse de bola é que irá
fazer a diferença. São eles que percebem os espaços e seus deslocamentos
para que a ação tenha um ponto base, um espaço vazio a ser explorado e o
apoio para essa transição.
Costumo dizer que, quanto mais triângulos ofensivos nossa
movimentação proporcionar, maior o número de possibilidades de sucesso
ofensivo. Veja na figura abaixo um desenho que retrata bem essa situação:

Triângulo Ofensivo – Formação 2 x 1

Quadro 1 - Formação L 3x1 Quadro 2 - Sequência

Na figura acima, representada pelos posicionamentos ofensivos, o


primeiro quadro apresenta um posicionamento ofensivo em L com formação 3 x
1; no segundo quadro, há a sequência do movimento, onde o atleta da terceira
base (X3) se desloca para o apoio ofensivo (Busca/Aproximação) em direção
ao atleta da segunda base (X2). O espaço em vermelho representa o espaço
vazio nas costas do marcador adversário, aqui representado pelo quadrado em
amarelo. Desta forma, obtemos uma formação em triângulo ofensivo onde o
ponto base é (X2) com a posse de bola, o ponto de apoio é o (X3) e fecha
com o ponto destino (círculo verde).
Desta maneira, vamos elaborando situações ofensivas que possam
conter variações de movimento com o objetivo de reduzir a complexidade,
tornando o jogo mais eficaz e seguro.

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Método de Treinamento
• Diminuição do tempo de reação – Pensamento/Ação:

Em se tratando de um jogo extremamente dinâmico e com grau


elevado de ações integradas, o Futsal se caracteriza pela sua necessidade de
pensar e agir em curtíssimo espaço e tempo.
A missão de reduzir o tempo entre o pensamento e a ação é o
grande desafio do treinamento. Precisamos elaborar trabalhos em que o ato
motor esteja em sincronia com o ato mental, pensar e agir com velocidade
compatível ao jogo.

Os fatores ambientais influenciam diretamente no rendimento de


nossa equipe, criando um ambiente de trabalho onde as atividades práticas
exijam do atleta um raciocínio, uma leitura interpretativa do jogo e respostas
rápidas e seguras.
O Futsal é um esporte com grande exigência motora e mental, e
assim deve ser nossas atividades. Existe ainda uma grande preocupação com
o volume e a intensidade dos nossos treinamentos, eles ainda continuarão
sendo importantes, mas o despertar para os aspectos cognitivos já há um bom
tempo é a nossa realidade.
Possuímos um ambiente imprevisível e extremamente instável, e
não podemos fugir dessas questões, de maneira que, cada vez mais,

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precisamos estimular nossos atletas com um ambiente semelhante ao que
encontramos no jogo.
Promover a adaptação dos atletas ao enfrentamento de decisões
necessárias durante a realização de um jogo é responsabilidade nossa; não
podemos cobrar dele que tome decisões acertadas se não oferecermos
recursos para desenvolver essa importante situação.
Muitas vezes queremos tirar do nosso treinamento a problemática
que nele ocorre, dizendo a todo momento qual é a decisão que nosso atleta
deve tomar, viciando-o a depender exclusivamente de nossas intervenções.
Não é assim que iremos contribuir para seu crescimento.
O ambiente em constante movimento faz com que tudo se modifique
muito rápido e é impossível conseguirmos prever e auxiliar nas decisões
constantemente. O atleta precisa possuir autonomia suficiente para fazer suas
escolhas e, em função delas, obter o sucesso esperado.
Para tanto, necessitamos trabalhar com o objetivo de integrar o
pensamento e a ação, obtendo resultados seguros, pois somos os
responsáveis nesta promoção.

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Análises dos fatores ambientais:
Treinamento e evolução Técnico/Tático/Emocional

Sob o ponto de vista técnico/tático:


• Problemático – Quanto mais problemático o ambiente, mais flexíveis as
mudanças e a possibilidade de resolução de problemas do jogo.
• Incerto – Quanto mais incerto, mais seguras serão as decisões,
auxiliando o atleta a buscar respostas neuromotoras.
• Imprevisível – A imprevisibilidade torna o ambiente adaptativo,
promovendo segurança, boas decisões e muita concentração.

Velocidade das Transições – Ataque/Defesa – Defesa/Ataque

Outro aspecto importante refere-se às transições entre as mudanças


de sistema. Essas mudanças estão diretamente ligadas à situação
PENSAMENTO X AÇÃO, adaptação às rápidas mudanças e ao pronto
restabelecimento do sistema oponente, tornando-se vital para as estratégias da
equipe. Quando uma equipe demora demasiadamente para mudar sua
estrutura Ataque/Defesa ou vice-versa, esse período de tempo pode resultar
prejuízos, pois não há uma recomposição do sistema oponente, neste caso a
defesa.
Se durante uma ação de ataque sua equipe perde a posse de bola,
o sistema de defesa deverá se recompor rapidamente, evitando prejuízos.
O que acontece é que muitas equipes demoram a se recompor, e
respondem apressadamente à perda da posse e, de forma desequilibrada,
ficam vulneráveis aos contra-ataques.

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Velocidade das Transições

1. Ações que restabelecem de forma rápida as mudanças


dos sistemas; ATAQUE/DEFESA – DEFESA/ATAQUE

• As transições referem-se aos momentos do jogo; por este motivo é


necessária uma elaboração de jogo posicional, linhas de passe e
formação de triângulos de ataque e defesa.

2. Transformar a ação negativa do jogo (Ato de Marcar) em


vantagem própria.

• Caracterizada pelo ato de estar sem a posse da bola; a ação negativa,


quando bem executada, poderá oferecer oportunidades para uma
transição bem elaborada e, por consequência, uma ação de sucesso.

3. Minimizar a Ação Positiva mal sucedida (Ato de Atacar)


sem risco ao sistema de defesa.

• Significa evitar que a ação positiva caracterizada pelo ato de estar com a
posse da bola, quando mal executada, não provoque riscos ao sistema
de defesa, fazendo com que este se restabeleça de forma muito rápida e
organizada, obtendo equilíbrio defensivo.

Quando conseguimos acelerar esse processo de transição de um


sistema para o outro, normalmente evitamos prejuízos e obtemos benefícios.
Pois, da mesma forma, quando defendemos e conseguimos recuperar a posse
de bola, a transição rápida ao ataque poderá encontrar o sistema de defesa
adversário em ponto de desequilíbrio, desajustado completamente, e então o
ponto seguinte poderá garantir sucesso ofensivo.
Num controle estatístico de incidências de gols, pude observar que
muitas equipes sofrem gols não por falha de seu sistema defensivo, mas em
função da demora na recomposição da transição de ataque adversário.
Por esse motivo, precisamos ter atenção nessa questão importante
e destinar parte significativa aos trabalhos que aumentem o tempo de
concentração e diminuam a reestruturação.
Muitas vezes, a defesa postada sofre poucos gols, e a incidência
decorre sobre a desorganização defensiva.
Assim, podemos observar que as equipes estão se aproveitando da
perda da posse de bola do adversário para obter sucesso em seus contra-

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ataques, pois também existe uma grande incidência dessa ação, contrariando a
lógica que é de envolver o adversário e obter sucesso através das
transposições de suas linhas de defesa.
Desta forma, sugiro muita atenção em seus treinamentos e para este
aspecto que vem ganhando muita força na dinâmica do jogo.

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Evolução da Capacidade de Antecipação, Leitura e Interpretação do jogo

Desenvolver a capacidade de antecipação, leitura e interpretação do


jogo é algo extremamente importante. Esta é a habilidade que se pode treinar,
assim como treinamos as habilidades técnicas/táticas.
O auxílio aos nossos atletas na leitura deve ser sempre incentivado
através de exercícios técnicos que façam com que eles adotem estratégias
com o propósito de facilitar e encontrar os caminhos para a problemática da
atividade.
O processo é evolutivo na medida em que é incentivado, e contribui
para as previsões e antecipações táticas.

Antecipação é uma das habilidades mais difíceis


Ler o jogo significa: Ter a capacidade de identificar “Tendências”. Esta é uma
habilidade que se pode treinar.

Principais pontos de observação Técnica

As análises colaborativas geram sucesso nas previsões e nas


antecipações técnicas/táticas, e podem identificar padrões táticos e
características técnicas. Apesar de não ser matemático, o jogo prevê
tendências lógicas e que se repetem à medida que enfrentamos nossos
adversários com certa frequência.
Analisamos sempre o perfil do técnico, dos atletas adversários, as
suas características predominantes individuais e coletivas.

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Como sabemos, toda previsão contém margem de erro e acerto, as
antecipações servem para nortear nossos caminhos e, a partir disso,
deveremos estabelecer esses critérios com prudência recomendável.

Margem de Erro e Acerto


• Unir senso comum a fundamentos teóricos;
• Responsabilidade das tentativas individuais;
• Tomada de decisão;
• Busca por apelos desesperados (Aumento do Risco).

Além das observações aqui mencionadas anteriormente,


destacamos também os recursos visuais que auxiliam na leitura e no
desenvolvimento da capacidade de antecipar tendências, interpretações pré-
jogo e pós-jogo, que consistem em discussão ampla e aberta com a comissão
técnica e os atletas a fim de identificar pontos positivos e negativos, resultados
obtidos e importância da disputa, análise estatística que funcionará como um
raio-X demonstrando pontos de sucesso e pontos falhos e correlacionando
sempre os dados ao resultado/desempenho da equipe.
Desta forma, deveremos sempre compartilhar as ideias e encorajar
nossos atletas a participarem dessas observações, evoluindo conjuntamente
não somente no aspecto técnico/tático, mas na responsabilidade das decisões.

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• Exigência Comportamental

Não menos importante é o nível de exigência comportamental, que


está cada vez maior e justifica-se, pois o Futsal se tornou um jogo com extrema
necessidade emocional; assim, o comportamento e as atitudes interferem e
muito no resultado do jogo.
Estamos falando em métodos de treinamento, e pode parecer
estranho falar de aspectos comportamentais, mas afirmo que não podem estar
desassociados dos nossos treinamentos as habilidades comportamentais, a
administração do ambiente de trabalho e os aspectos que interferem no
desempenho da equipe.
Tudo que faz parte do jogo deverá fazer parte das sessões do
treinamento e podem ser treinadas, sim. Não treinamos apenas movimentos.
Um planejamento de treino poderá ir além do que habitualmente estamos
acostumados.
Se em outras profissões o equilíbrio emocional é importante, no
esporte ele é fundamental. O grau de dificuldade para se manter em equilíbrio
diante de situações que mudam constantemente caracterizam o esporte como
uma profissão de grande exigência emocional.
Os atletas que apresentam um bom equilíbrio emocional se
caracterizam pela capacidade de administrar as adversidades do jogo e do seu
dia a dia de trabalho com certa tranquilidade, entendendo que aquilo faz parte
do seu cotidiano e que é possível aprender muito com esses momentos. São
prudentes e mantêm o controle do jogo, arriscam-se se for absolutamente
necessário, do contrário procuram orientar seus companheiros a seguir o plano
tático e monitorar para que não abandonem seus “postos” de trabalho sem a
devida necessidade. Lutam pelos seus objetivos, mas com cautela para não
comprometer o objetivo principal. Têm noção do conjunto de suas metas e
sabem que “um” jogo é apenas uma parte desse todo. São o contraponto
daqueles que pensam em vencer a qualquer preço e de qualquer jeito.
Uma equação muito simples pode fazer toda a diferença num
planejamento de trabalho. Entender que aspectos comportamentais juntos
asseguram qualidade nos resultados. Por esse motivo, é importante lembrar
que: EQUILÍBRIO + DESEMPENHO = ÊXITO/SUCESSO.

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• Método Global

É evidente que quando nos referimos ao treinamento, estamos


conscientes de que nosso grande desafio será identificar a melhor forma de
atuar em relação à estrutura que possuímos e, acima de tudo, à capacidade
que nossos atletas/alunos possuem para o desenvolvimento. Diria que é um
grande laboratório onde iremos trocar experiências e também vivenciar
inúmeras situações imprevisíveis, típicas do nosso esporte.
Essa natureza complexa e imprevisível no qual o Futsal se enquadra
nos possibilitará evidenciar diversos componentes técnicos e ambientais, tais
como: o atleta em si, o companheiro de equipe, o adversário, o espaço
destinado ao jogo, o espaço de jogo do adversário e, é claro, as próprias regras
que servem para organizar o jogo.
Tudo isso eleva a condição que o atleta de Futsal deverá possuir,
justificando a necessidade de elevarmos o número de vivências dentro do
próprio treino.
Penso que encorajar nossos atletas ao jogo criativo e ao ato de
pensar durante a partida é apropriado e recomendável. O jogo se desenvolve
na medida em que o atleta se vê dentro dele e de como enxerga os demais. As
análises situacionais e a escolha da melhor decisão estão intimamente ligadas
à memória esportiva desse atleta. Como técnicos/professores, teremos a
missão de municiar esse banco de informações e experiências.
O número quase infinito de respostas aos problemas do jogo eleva a
importância do técnico no papel de formador desse atleta.
Sugiro então que possamos pensar no modelo de treinamento
global, que desenvolva uma cultura organizacional comum a todos e que estes
possam desenvolver-se dentro dessa estrutura com liberdade de criar novas
respostas, sentindo-se encorajados pelo desafio de vencer a oposição dos
adversários e que possam seguir um roteiro seguro, mas não blindado, de
ações cognitivas e motoras, ampliando seu repertório de decisões e ações.

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Desenvolvimento Global

Assim, seguimos um roteiro, entendendo que o jogo se inicia e se


desenvolve primeiro na observação do que está acontecendo (Situação/Análise
do Jogo). Após essa análise, surge a identificação das ações a serem
utilizadas para então prever e antecipar-se às ações. A tomada de decisão
surge após as análises elaboradas e seguem o roteiro baseando-se no que
“pode ser” a melhor decisão. O ato motor (um drible, um passe, uma
finalização...) é fruto da escolha, porém surge apenas no momento em que
todo o restante do processo foi concluído. O realinhamento significa ajustar,
modificar ou até mesmo se adequar à necessidade do momento, promovendo
um recomeço do processo.
Acho interessantíssimo esta análise, pois quem de nós não se
preocupou sempre com os fundamentos (passe, recepção e finalização) muito
antes de proporcionar ao nosso atleta a possibilidade de LER o jogo e entendê-
lo? Pois bem, obviamente que os fundamentos serão sempre muito
importantes, mas, para aplicá-los, é preciso auxiliar na construção do modelo
de desenvolvimento global, elevando as experiências e vivências, formando
assim um banco de informaçães e memória.

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Processos Conceituais do Treino
O papel do técnico dentro dos processos de treinamento

Finalizando nosso capítulo, que certamente poderia ter muitos outros


assuntos, já que a riqueza de informações acerca do treinamento é fonte quase
inesgotável, vou falar um pouco sobre o papel do técnico dentro de todo esse
processo importante, que, além da formação técnica/tática, é fundamental na
formação intelectual global do atleta.
Para o bom desenvolvimento técnico, precisamos elaborar nosso
trabalho com prioridade na melhora da capacidade de autonomia e decisões de
nossos atletas. Esse desenvolvimento pode garantir segurança e boas
respostas, muitas delas não programadas, análises sistemáticas que garantam
um bom percentual de controle de erros, pois, como é de conhecimento de
todos, o Futsal possui exigências dinâmicas e apresenta elevado percentual de
erros nas decisões.
Para desenvolver essa capacidade de decisões confiáveis e que
conduzem a equipe e o atleta ao sucesso, um caminho deverá ser percorrido, o
caminho do incentivo, da criatividade e da inovação.
Por meio de trabalhos desenvolvidos diariamente, é possível
melhorar e muito o poder de decidir com a qualidade que se deseja.
Os trabalhos mecânicos limitam o potencial cognitivo do atleta e
impedem que ele responda de acordo com o problema apresentado, tornando-
o previsível em suas ações, contrariando o propósito principal do jogo que é o
de reagir às ações inesperadas. São elas que muitas vezes garantem sucesso
ao resultado do jogo.
As decisões programadas formam um conjunto de ações que
auxiliam na solução dos problemas cotidianos, mas eles precisam ter
flexibilidade para as adaptações emergenciais e também um controle do índice
de erro/acerto para um monitoramento confiável e seguro.
O poder para reagir sob pressão e as mudanças frequentes no
estado emocional de uma partida obriga o técnico a ler, interpretar e dar
solução imediata às ações. Ao desenvolver um padrão coletivo e incentivar
seus atletas a auxiliá-lo nesse processo, ele ganha colaboradores efetivos e

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que o ajudarão monitorar todo o território de jogo, os movimentos e também o
comportamento dos adversários.
Esses conjuntos de ações geram consistência no trabalho realizado,
segurança para obtenção de resultados e, em especial, equilíbrio
emocional/técnico/tático.
Desta forma, destaco a grande importância do técnico em todo esse
processo, uma missão realmente desafiadora e que requer um controle
emocional e conhecimento multidisciplinar para administrar todo esse
envoltório técnico.
Precisamos recorer a nossa sensibilidade e contar com o auxílio
daqueles que nos cercam, dividindo responsabilidades e o sucesso das nossas
conquistas.

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Capítulo II
Conceitos, Fases e Momentos do jogo

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O Futsal
Jogo dinâmico de elevada exigência técnica e com características próprias

A falta de literaturas e de uma clara definição sobre os conceitos


técnicos do Futsal ainda proporcionam comparações com o Futebol, atrasando
o processo de evolução da modalidade, cuja característica é própria e com
elementos específicos.
O Futsal não é um esporte parecido com o Futebol. Sob meu ponto
de vista, possuímos independência técnica e tática e diferenças físicas visíveis
e predominantes.
Talvez o fato de ser praticado em um terreno de jogo onde se
desenvolve um confronto entre duas equipes, com objetivos e regras idênticos,
que é vencer a imposição de uma defesa a fim de concretizar um lance de
ataque com sucesso, e que este represente o grande momento do jogo – o gol.
Posso assegurar que o Futsal é diferente, talvez acabe aqui as
semelhanças.
Semelhanças que às vezes confundem e impedem que o Futsal
possua sua própria identidade e, por consequência, tenhamos nossos
conceitos e características indefinidos sob o ponto de vista e a análise de quem
não conhece a fundo nossas particularidades.
O objetivo desta obra é identificar essas particularidades, oportunizar
o senso crítico criterioso e conceituar nossa modalidade.
Posso rapidamente elencar nossas particularidades e, de forma
resumida, justificar a necessidade desses conceitos.
Convivemos em um “terreno” de jogo incerto, com problemática e
altamente imprevisível. Antes que alguém possa me dizer que essas
características também estão presentes no Futebol, antecipo-me dizendo que a
grande diferença está exatamente no tempo de ação/reação para a resolução
dessas situações. O Futsal possui elevado grau de dificuldade e o atleta, por
sua vez, necessita de uma velocidade psicomotora integrada para agir em
frações de segundos. Esta é a nossa característica principal: sermos velozes
na ação mental e no ato motor; nossas respostas são imediatas e isso nos
torna diferentes.

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Outro ponto determinante para justificar meu ponto de vista são as
características multifuncionais dos atletas de Futsal, que, por obrigação,
precisam atacar e defender com o mesmo grau de exigência, habituar-se a
jogar em posições de defesa e ataque e cumprir as tarefas predominantes
nessas posições. Não se pode ter liberdade para somente atacar ou rótulo para
somente defender. No Futsal, os sistemas são interligados e, portanto, as
funções executadas precisam também estar interligadas.
O atleta de Futsal participa da partida durante períodos/ciclos do
jogo, sai e retorna diversas vezes, e essa possibilidade eleva a dinâmica e a
exigência física do jogo, tornando-a contínua e muito intensa.
O desenvolvimento do jogo permite ainda com extrema frequência a
superação numérica das equipes em ações que podem ser preestabelecidas,
como no caso da utilização do Gol Linha, ou nas ações de transição
Defesa/Ataque ou Ataque/Defesa.
As transições caracterizam o Futsal especificamente como o
momento de maior necessidade técnica, inteligência tática e velocidade de
raciocínio. É neste período do jogo que o tempo entre pensamento e ação
torna-se o diferencial do jogo.
Mas nem tudo é velocidade. O jogo exige inteligência e leitura
antecipada das ações e dos movimentos realizados, não somente pela própria
equipe, mas especialmente pelo adversário, pois em inúmeras situações ser
veloz se torna inviável. Surge então a necessidade de temporizar as ações e
restabelecer a organização do jogo.
Como podemos observar, a complexidade do jogo é extremamente
grande e não podemos nos prender ao velho conceito das “jogadas ensaiadas”
sem antes desenvolver uma leitura do ambiente onde competimos. As
movimentações orientadas são importantes e nos auxiliam à medida que
conseguimos ler os espaços e também prever antecipadamente as ações de
nosso adversário.
Ao longo deste livro, vou explorar esses conceitos e fundamentar
meu ponto de vista. O objetivo é desviar o foco do jogo burocrático e que se
desenvolve através de análises previsíveis e estáticas, e por sua vez
engessam nossos atletas e impedem sua evolução cognitiva.

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De forma geral e objetiva, conceituo as fases/momentos do jogo para
um melhor entendimento das estruturas de montagem do treinamento
técnico/tático.

O Futsal é um jogo característico de ataque, defesa e transições. São


momentos distintos, mas que se complementam à medida que as ações se
desenvolvem e interferem umas nas outras. Apesar dessa oposição lógica
decorrente dos enfrentamentos defesa/ataque, podemos dizer que a solução
tem se concentrado nos períodos transitórios, em que ocorre uma maior
incidência de ações.
A atenção justifica-se em razão do desequilíbrio que ocorre nas
mudanças desses sistemas; quase sempre um obtém sucesso em detrimento
ao outro, em função da demora em se recompor no sistema oposto.
Finalizada a tarefa de atacar, a equipe deverá estar preparada para a
tarefa de defender e vice-versa. A demora nessa recomposição poderá
provocar “danos” ao sistema e, por consequência, diferenças no resultado do
jogo.

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Conceito - Atacar
PROCESSO OFENSIVO:
O processo ofensivo representa uma das fases do jogo, sendo
objetivamente determinado pela equipe que se encontra com a posse de
bola, com vista à obtenção do gol, sem cometer infrações às leis do jogo.
Teodorescu (1984).

• A existência de um conceito amplamente massificado nos remete ao


pensamento de que atacar significa impor-se contra o adversário,
independentemente do número de defensores e da sua postura de defesa,
porém, a ação de ataque precisa levar em consideração fatores como
espaço, tempo e equilíbrio do sistema defensivo para garantir êxito nas
ações ofensivas.

O processo ofensivo vai muito além de apenas manter a posse de


bola. É preciso levar em consideração aspectos técnicos e táticos, como a
velocidade das ações para aproximar-se do espaço ofensivo, a manutenção da
posse de bola sem a perda da objetividade, a necessidade de alternância entre
velocidade e temporização e a clara evidência de ações individuais, tais como:
conduzir, passar, finalizar, avançar ou recuar na ação. Esses são fatores
determinantes para o sucesso do processo.
O fato de estar com a posse de bola caracteriza uma ação positiva
do jogo, pois todos sabem que o objeto “a bola” é o que todos desejam possuir;
mantê-la em controle proporcionará chances reais de efetivação da ação
ofensiva.
Podemos, assim, conceituar o ataque levando-se em consideração
todos esses aspectos particulares. Vejamos alguns pontos de observação
importantes dentro do sistema ofensivo:

1. Desenvolvimento de mecanismos e estratégias que envolvam o


adversário proporcionando vantagem numérica e desequilíbrio entre as
linhas de defesa.

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2. Desenvolvimento de pontos de ação ofensiva em diversos espaços da
quadra, manipulando o sistema de defesa.
3. Vencer a resistência defensiva imposta pela marcação sem prejuízos ao
próprio sistema de defesa.
4. Criar mobilidade das bases de ataque com pontos de aproximação, fuga
e conclusões de longa, média e curta distância.
5. Potencializar o ataque utilizando todos os atletas de modo que todos
efetivamente possam concluir o desfecho da ação.

Configurações relacionadas ao Ataque (Situações frequentes):


• Início e Reinício de Jogo – Saída de Meta, Saída de Centro, Lateral,
Falta e Tiro de Canto (Movimentações Orientadas).
• Posse de Bola – Retomadas de posse, Contra-Ataque, Padrões de
Jogo, Movimentações (Manobras ofensivas).

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Conceito - Defender
PROCESSO DEFENSIVO:
O processo defensivo representa a fase do jogo na qual uma equipe luta
pela posse de bola, com vista à realização de ações ofensivas, sem cometer
infrações e sem permitir que a equipe adversária obtenha o gol.
Teodorescu (1984).

• A exemplo do ataque, o ato de defender possui significado amplamente


massificado e nos remete ao pensamento de proteção do seu próprio
espaço, mas o que me chama atenção, e onde procuro concentrar as
minhas ações de defesa, é o poder de auxílio e a resistência para suportar
as pressões do ataque individual/coletivo de nossos adversários.

O processo defensivo desempenha papel fundamental dentro do


jogo. Posso dizer que é o grande responsável por nutrir as ações ofensivas,
não há ataque sem uma defesa. O primeiro passo para se obter sucesso no
processo de transição é recuperar a posse de bola de forma eficaz,
proporcionando oportunidade de se valer ainda da desorganização do
adversário. Por esse importante motivo é que precisamos trabalhar nosso
sistema defensivo para a anulação dos espaços livres, ajustando coberturas e
diminuindo a iniciativa do adversário.
Devo lembrar que para um bom sistema defensivo coletivo no Futsal
necessitaremos sempre do conjunto de ações individuais, ou seja, cada
unidade/atleta precisa estar sincronizado e consciente de sua importância
dentro do sistema, independentemente do sistema escolhido.
O ato de defender é caracterizado pela ação negativa, fato de estar
sem o objeto do jogo – “a bola”.
Defender e recuperar a posse de bola para utilizar o grande recurso
do jogo, que é o período transitório.
Podemos, assim, conceituar a defesa levando-se em consideração
aspectos particulares e que garantem sucesso ao sistema defensivo. Vejamos
alguns pontos de observação importantes dentro do sistema defensivo:

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1. Desenvolvimento de mecanismos e estratégias que promovam o
desarme das ações ofensivas ou a recuperação da posse de bola de
forma segura, afastando os riscos ao seu sistema defensivo.
2. Desenvolvimento das ações de indução da marcação, objetivando
conduzir o ataque para pontos negativos e desfavoráveis para passes e
finalizações.
3. Características de agressividade, equilíbrio, desarme e imposição da
defesa sobre o sistema de ataque adversário, provocando falhas e
logrando êxito.
4. Desenvolvimento da postura e abordagem, correção de tempo, sincronia
e definição das linhas de defesa, auxílio nas coberturas e preenchimento
dos espaços de ataque.
5. Aproximação da defesa ao movimento ofensivo individual/coletivo
aumentando a velocidade de ataque e reduzindo a qualidade para
passes e finalizações.

Configurações relacionadas à defesa (situações frequentes):


• Início e Reinício de Jogo – Saída de Meta, Saída de Centro, Lateral,
Falta e Tiro de Canto (Posicionamentos Orientados).
• Sem Posse de Bola – Ajustes de Tempo, Espaço, Linhas, Coberturas e
Auxílio.

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Conceito – Contra-Atacar
CONTRA-ATAQUE
O contra-ataque é o processo subsequente à recuperação da posse de bola,
ação interligada ao ato de defender com precisão.

• Através do êxito de desarmar o sistema de ataque adversário, o contra-


ataque responde de imediato com o aumento progressivo da velocidade, da
temporização ou demarcações, formando assim os desenhos ofensivos e
objetivando vantagem sobre o sistema de defesa ainda desorganizado.

Quero justificar por qual motivo separei o momento do contra-ataque


do processo de transição. Não quero quebrar paradigmas e criar um novo a
partir dessa separação, até porque acredito que muitos já o façam.
Entendo que quando falamos de contra-ataque falamos de um
momento do jogo predominantemente ofensivo, ao contrário da transição, que
pode ser também defensiva.
Embora logicamente eles se assemelhem dentro do processo
Defesa/Ataque, os elementos são os mesmos e as características também.
Ambos necessitam da formação dos desenhos de ataque (Ex.: 4 x 3,
4 x 2, 3 x 2, 3 x 1, etc.). Ambos também atuam em velocidade e/ou
temporização para as formações.
No período de transição, precisamos também conceituar o processo
de retorno Ataque/Defesa. Desta forma, acredito ser prudente separá-los para
um melhor entendimento e aperfeiçoamento, pois quando trabalho em minha
equipe o contra-ataque, minha única preocupação é o momento ofensivo, ao
contrário de quando trabalho transições.
Podemos, assim, conceituar o contra-ataque levando-se em
consideração aspectos particulares e que garantem sucesso ao sistema, tais
como:

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1. Desenvolvimento de mecanismos e estratégias que promovam a
interligação do sistema de defesa com as respostas rápidas para
formação do desenho adequado (tempo, espaço, velocidade ou
temporização).
2. Construir estruturas e organização para os avanços, superando as linhas
desequilibradas defensivamente.
3. Desenvolvimento das formações do contra-ataque em vários pontos
diferentes da defesa, promovendo a organização eficiente do sistema.
Encontrar organização através da desorganização posicional.
4. Diferenciar a necessidade de impor velocidade ao sistema ou temporizá-
lo para aquisição de vantagem ofensiva.
5. Elaboração e correção das formações de contra-ataque (4 x 3, 4 x 2, 3 x
2, 3 x 1, 2 x 1, 2 x 0 e contra direto 1 x 0 goleiro).

Configurações relacionadas ao contra-ataque:


• Preparar defesa ativa que promova desarme, pois através dessa ação
se encontrará um retorno desequilibrado.
• Preparar a defesa para o passe seguinte, ganhando espaço;
desenvolvimento das formações e objetividade.

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Conceito - Transições
PROCESSO DE TRANSIÇÃO:
As equipes terríveis são as que diminuem o tempo entre o ganhar a bola e
atacar, e entre perder a bola e defender. É esse o segredo do jogo.
Ferreira (2003)

• As transições dividem fases complexas do jogo. Diria que uma fase


importantíssima que define o sucesso nas ações. No meu ponto de vista, o
grande segredo de uma equipe está intimamente relacionado às transições
de fase (Ataque/Defesa e Defesa/Ataque). Sem dúvida alguma é nesse
processo que o pensamento/ação ato mental e ato motor deverá ser
trabalhado para estar integrado ao ato de responder imediatamente à
necessidade de mudança de estado.
A ideia de transição é resumida pela velocidade de se recompor
rapidamente, esse é o ponto central.
Muitos autores e profissionais têm direcionado seus trabalhos
objetivando melhorar o tempo de resposta e a mudança do sistema. A ação de
defender/atacar ou de atacar/defender surge em muitos momentos do jogo e
com grande frequência. Criando inclusive rallys entre os períodos de execução.
Diria que é um momento extremamente posicional e que exige uma
grande capacidade coordenativa por parte de nossos atletas, pois estes
necessitam efetuar escolhas, alternar entre velocidade e temporização, adotar
posições e ocupações de espaços futuros, criar linhas de passe e
demarcações, rotações e balanços defensivos, coberturas e ajustes de
marcação, entre outras necessidades.
Percebam que aqui falamos de ataque e defesa ao mesmo tempo.
Por esse motivo que entendo que transição deve estar separada de contra-
ataque, recebendo assim uma atenção especial dentro da metodologia do
treinamento e, é óbvio, no jogo.
A principal característica dos processos transitórios é o equilíbrio,
tanto para o ato de atacar como para o ato de defender. A busca pelo equilíbrio
nas mudanças de sistemas proporcionará ações seguras e eficazes.

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Podemos, assim, conceituar as transições levando-se em
consideração aspectos particulares e que garantem sucesso ao sistema, tais
como:

1. Desenvolvimento de mecanismos e estratégias que promovam


respostas rápidas e eficientes aos processos de transição. Por vezes, é
possível estabelecer critérios específicos para cada fase do jogo
identificando em que momento e quais ações serão necessárias e
eficientes.
2. As fases de transição são caracterizadas pela instabilidade, podendo
ocorrer mudanças de uma fase diretamente para outra em frações de
segundos. Por esse motivo, a elaboração do processo de atacar nunca
estará desassociada ao ato de defender e vice-versa.
3. Transformar a ação negativa do jogo (ato de defender) em ação positiva
(ato de atacar) em velocidade, organização e eficiência torna a transição
uma ação de surpresa.
4. Minimizar a ação positiva (ato de atacar) mal sucedida sem provocar
prejuízos ao sistema de defesa, e com interferência direta no resultado
do jogo.
5. A transição é a ação que restabelece de forma rápida e eficiente as
fases e as mudanças dos sistemas Ataque/Defesa e Defesa/Ataque.

Configurações relacionadas às Transições:


• Preparar a equipe para realizar em menor tempo possível as transições
Defesa/Ataque e Ataque/Defesa; será este o ponto mais importante para
o sucesso das ações.
• Ajustar os desenhos de ataque e defesa para o pronto restabelecimento
e evolução dos sistemas.

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Importância dos Conceitos do Jogo

Conceituar as ações do jogo possibilita ao técnico uma segurança no


desenvolvimento do seu planejamento, sessões de treinamento com equilíbrio
entre os sistemas e os momentos do jogo, cada um recebendo a devida
importância e o tempo adequado para sua adaptação.
A seguir, um rápido esboço sobre esses pontos:

Ao planejar nossos trabalhos, criamos paramentos comparativos de


estruturação e avaliação, o que torna o trabalho mais seguro, pois desta
maneira teremos futuramente a possibilidade de reajustar a sessão.
Garantimos a evolução e o desempenho técnico/tático formando
padrões de movimentos orientados e com ampla possibilidade de
reestruturação.
Correlação dos movimentos realizados no treino e as ações de jogo,
criando identidade segura para a equipe; faz no jogo o que se treina.

A importância dos conceitos surge da necessidade de aliar


prática/teoria com o objetivo de tornar o treinamento sistematizado e
compreendido por todos os envolvidos, bem como fundamenta os elementos
básicos do jogo.

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Elaboração e Aplicação dos Conceitos do Jogo dentro das Estruturas

Sistemas de Evolução – Ataque

• Evolução I – Início – Setor de saída de pressão (Organização).


• Evolução II – Meio – Setor de organização do ataque (Criação).
• Evolução III – Finalidade – Setor de definição do ataque (Objetividade).

Sistemas de Recuperação – Defesa

• Recuperação I – Coberturas – Setor de Alto Risco


• Recuperação II – Ajustes – Setor de Risco Médio
• Recuperação III – Pressão – Setor de Baixo Risco

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Divisão dos pontos de evolução e progressão tática

As fases de evolução do jogo:


• Início – Setor de saída de pressão (Organização).
• Meio – Setor de organização do ataque (Criação).
• Finalidade – Setor de definição do Ataque (Objetividade).

Dividimos as fases do jogo em três processos de Evolução,


denominados de Início, Meio e Finalidade.
Cada fase de jogo possui características próprias, e a sua divisão
facilita o trabalho, pois desta forma conseguiremos fracionar os movimentos e
potencializar cada um deles em função do seu objetivo principal.
Em se tratando de um trabalho integrado, as mesmas ações que
proporcionam evoluções ao ataque também são determinantes para a
recomposição do sistema de defesa.
Verificaremos adiante as montagens dos processos de evolução
determinados por especificidade nas fases do jogo.

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Transposição das Linhas de Marcação

Transpor as linhas de marcação é, sem dúvida, a missão e o


objetivo de toda equipe; para tanto, faz-se necessário orientar-se por meio dos
espaços ocupados na quadra e identificar as linhas de marcação.
Em um primeiro momento, determinamos em qual processo de
“Evolução” o ataque está, e a partir disso quais as funções a serem
executadas.
• Evolução I
• Evolução II
• Evolução III
Os três processos são definidos e potencializados através das
orientações táticas (POT), definindo especialmente suas especificidades e
tornando os processos eficazes na medida em que ocorrem o cumprimento das
tarefas básicas:
1. Saída de pressão
2. Organização
3. Conclusão
Todos os setores responsabilizam muito mais os passadores do que
os receptores, pois o jogo adquire conceito de jogo individual para formação do
conjunto coletivo. O que seria isso?
Necessidade da leitura amplificada do espaço de jogo, análise e
seleção das decisões, interpretação das ações ofensivas, defensivas ou de
reinterpretação.
Os passadores não transferem responsabilidades, dão ao jogo o
caráter de evolução progressiva, se comprometendo com a movimentação da
equipe.
Os jogadores de ataque se responsabilizam pela defesa assim como
os de defesa auxiliam na transposição ao ataque.
Outro componente importante a ser destacado é que este modelo de
jogo exige alto índice de concentração nas sessões de treinamento, o que
garante ao atleta uma boa performance.

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Primeira Fase do Jogo – Início

Consiste em organizar a saída de pressão, proporcionando


mobilidade aos atletas e posicionamento adequado para um avanço rápido e
eficiente.

O setor de Evolução denominado de Início exige da equipe uma


organização inicial para o avanço das linhas de ataque. Neste processo, nossa
atenção estará voltada na elaboração de ações ofensivas organizadas, tais
como:
• Quebra direta de pressão – Movimentos organizados com
objetivo de fazer a bola (Reposição de meta) ir diretamente ao setor de ataque.
• Quebra indireta de pressão – Movimentos organizados com
objetivo de sair em progressão de sua quadra de defesa ao ataque com o
domínio da bola.

Orientações para eficiência dos movimentos:


 Mover todos os atletas em ações sincronizadas.
 Avanço para o domínio do centro da quadra.
 Dificultar o encaixe da marcação adversária.
 Reposição de bola em mais de um ponto de saída.
 Evitar saídas centrais.

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• Posicionamento e Organização – Consistem em orientar os
posicionamentos de saída de forma organizada dando mobilidade a todas as
bases (atletas), criando assim pontos de aberturas diferentes, proporcionando
dificuldades no encaixe da marcação adversária.
• Manobras de Ataque – As chamadas manobras de ataque
referem-se às “jogadas” de ataque, em que todas as bases executam
movimentos orientados proporcionando sincronia na evolução.
• Mobilidade para saída – Através dos posicionamentos e das
manobras, todas as bases deverão possuir mobilidade para atacar e receber a
bola na reposição inicial.
• Determinar linha de avanço – Uma linha imaginária é definida
para que todos os atletas possam transpô-la, evitando assim o atraso no
avanço ao setor de criação (Evolução denominada Meio). Geralmente definida
a 15 metros da linha de fundo para o ataque.
• Todos devem movimentar-se – Determinada a linha de avanço,
utilizando-se do mínimo de toques e posse, todos deverão avançar essa linha e
posicionar-se ofensivamente com o objetivo de desenvolver o jogo de ataque.
• Passar centro da quadra – Ao transpor o centro da quadra,
significa que a marcação está em posicionamento defensivo de meio e que a
equipe terá oportunidade de criar situação de ataque com espaço e tempo
satisfatório.

Atenção – Setor de Alto Risco

É fundamental dizer que este setor é um setor de alto risco, pois


qualquer erro na saída de bola poderá proporcionar ao adversário o contra
direto, que são aqueles contra-ataques em que existe desequilíbrio do sistema
de defesa e o adversário segue diretamente contra o goleiro, sem necessidade
de apoio de passe (1 x 0 – Atacante contra o Goleiro).

Importante analisar também a qualidade de passe e movimentação


da equipe e o sistema de marcação do adversário para então definir qual a
melhor estratégia: quebra direta de pressão ou quebra indireta de pressão.

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Segunda Fase do Jogo – Meio

Consiste em organizar o jogo de ataque, evitando que a ação possa


sobrecarregar o sistema defensivo após sua conclusão.

O setor de Evolução denominado de Meio é o setor responsável pela


criação ofensiva objetivando o avanço seguro para as definições do ataque,
setor com grande necessidade de criatividade coletiva/individual e organização.
• Criatividade
• Ousadia
• Objetividade

A organização do jogo é o ponto principal para a eficiência das


ações de ataque. Quando conseguimos nos organizar de forma segura
também organizamos nosso adversário em sua estrutura de defesa. Desta
forma, evitamos correr na contramão dos movimentos e preparamos também
nosso sistema de defesa no exato momento em que perdemos a posse de
bola.

• Domínio da área central da quadra – Consiste em avançar as


linhas e compactar a área central da quadra, permitindo assim a criação de
espaço e domínio das ações de meio; a partir desse ponto, as movimentações
orientadas serão realizadas com o objetivo de promover um novo avanço.

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• Manobras de Ataque – Orientação do jogo ofensivo através das
movimentações preestabelecidas (Jogadas de movimentação).
• Busca e Aproximações – As buscas e aproximações diminuem a
complexidade do jogo, proporcionando a formação de ataques eficazes 3 x 2 e
2 x 1, além do avanço rápido e seguro.
• Linhas de Passes e Demarcações – As linhas de passes e as
demarcações facilitam a formação do jogo coletivo e de duplas, proporcionando
ao ataque maior funcionalidade; as demarcações são importantíssimas para o
sucesso das movimentações.
• Posicionamento de Ataque – Os posicionamentos ofensivos são
específicos e precisam constantemente de correção; os posicionamentos
ofensivos mantêm o sistema de defesa adversário em desequilíbrio.
• Evitar passes para trás – Não podemos trocar passes ofensivos
e definições do ataque por passes para reinício de jogo; esta ação de
realinhamento de ataque somente deverá acontecer caso o adversário
encontre equilíbrio defensivo, do contrário, deveremos sempre pensar em
concluir o ataque.

A segunda fase do jogo é a fase de criação, momento em que a


criatividade do atleta ganha grande importância e destaque; incentivar o atleta
e prepará-lo para uma leitura de espaço e tempo adequado irá proporcionar ao
jogo individual/coletivo uma grande eficácia. É o setor vital da equipe, onde as
ações se construirão objetivando as conclusões do ataque sem comprometer o
sistema de defesa.
Encontrar o tempo para as investidas do ataque e concentrar em
mais de um atleta os pontos de finalização e o jogo individual.
Ao elaborar os trabalhos setorizados, deveremos sempre nos
preocupar com os movimentos específicos desse setor, imprimir velocidade e
organização aos movimentos, buscar equilíbrio e posicionamento que privilegie
as conclusões.

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Terceira Fase do Jogo – Finalidade

Consiste em finalizar o ataque com o gol, dando característica


objetiva de conclusão.

O setor de Evolução denominado de Finalidade é o responsável pela


definição ofensiva, a conclusão do ataque em sua área de finalização. Setor de
objetividade onde as ações individuais ganham maior importância e eficácia.
Todas as ações e esforços são voltados para que a equipe chegue
nesse setor de evolução com o maior equilíbrio possível, velocidade e lucidez
para as conclusões.
Os processos de evolução são definidos pelos espaços delimitados
previamente na quadra e trabalhados separadamente até sua plena
compreensão; após isso, trabalhado de forma integrada para tornar os
processos eficientes sob o ponto de vista técnico/tático.
É necessário que todos os atletas compreendam os três processos e
qual a importância de cada um, além de identificar quais os movimentos
específicos para cada setor e a necessidade de avançar as linhas o mais
rápido possível, chegando ao setor de ataque com equilíbrio para finalizar as
ações.
• Finalidade de Ataque – Todo o ataque necessita de uma
conclusão, seja por meio de ações individuais ou coletivas.

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• Ações agressivas de finalizações – Através do jogo coletivo,
buscamos o equilíbrio para as finalizações “limpas”, aquelas em que o atleta
receberá a bola com espaço suficiente para uma conclusão eficiente e eficaz.
• Busca do jogo ofensivo – Todos os esforços são para que as
ações dentro desse setor de evolução possam ser concluídas a gol, no menor
tempo e com a maior perfeição possível.
• Objetividade nos lances – Não trocar passes para trás ou
movimentos desnecessários por lances ofensivos, lances que possam garantir
as conclusões de ataque.
• Ações individuais – Por esta via apostamos nas habilidades
individuais, em que o jogo individual fica ainda mais incentivado.
• Dribles e assistências – Incentivamos os nossos atletas aos
dribles, às ações individuais de aberturas e finalizações, ganhando espaço
para finalizações e assistências (passes para conclusões) em vantagem.
O importante neste setor é conscientizar os atletas de que o principal
motivo de todo o trabalho que desenvolvemos é de chegar ao setor de
finalização, avançar as linhas de ataque com velocidade e equilíbrio, para as
conclusões. Utilizar-se de ações agressivas de ataque, promovendo o
desequilíbrio defensivo do adversário, situação que dificulta a formação do
contra-ataque e a montagem das ações ofensivas por parte da defesa.
Desta maneira, além de nos tornarmos eficientes e eficazes no
ataque, não comprometemos demasiadamente nossa defesa, evitando que ela
fique vulnerável às ações do adversário. Quando atacamos organizadamente
nos organizamos também para o pronto restabelecimento da estrutura
defensiva.
LEMBRE-SE:
 Não atrasar o ataque.
 Não responder apressadamente aos ataques do adversário.
 Concentrar as ações ofensivas em mais de um atleta.
 Ler a marcação defensiva.

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Análise de Progressão – Montagem e Correção
Construção dos ciclos de montagem e correção dos padrões táticos

Se nosso objetivo com o treinamento é de melhorar e evoluir


constantemente, o Princípio de Progressão Tática será sempre o melhor
parâmetro para isso, pois através dele será elaborada uma análise sistemática
com o objetivo principal de identificar as estruturas treinadas e posteriormente
aplicadas nos jogos.
Afirmo também ser verdadeiro o fato de que sempre existe certa
resistência às grandes mudanças, e esse talvez seja o ponto de maior
dificuldade de todos os treinadores, cito Goleman et al. (2002), “é necessário
criar um espaço onde os velhos hábitos possam ser evitados e possam ensaiar
o novo comportamento”.
Baseio-me na citação para dizer que não é simples o ato de
modificar padrões de comportamento tático, que no meu entender são os que
mais dificultam a evolução de nossos trabalhos. É comum verificarmos que
carregamos parte significativa da responsabilidade de nossas equipes, mas
que necessitamos do entendimento e da compreensão para que nosso trabalho
possa realmente ter bons resultados.
Balizo-me na experiência e afirmo que os métodos de resistência e
imposição para o “quem pode manda e quem tem juízo obedece” não cabe
mais em nosso esporte.
Dito isso, há muito tempo dedico parte relevante do meu tempo para
criar atividades que possam conduzir meus atletas a executarem suas tarefas
sem que percebam que através delas modificam seus padrões táticos.
Entendo que os sistemas de jogo são integrados, e que atacar e
defender forma uma só estrutura. Assim sendo, a velocidade e a adaptação da
mudança é imprescindível.
Trabalhamos com ótica global em relação ao jogo, analisando-o
sempre com interação dinâmica. Desta maneira, separamos as fases do jogo
com os momentos do jogo que no meu ponto de vista necessitam de atenções
especiais.
Com esta visão global, alteramos nossa visão sobre o que é tática e
de que maneira trabalhamos com ela, pois tática não representa apenas a

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configuração organizada do jogo, mas o entendimento e a leitura de tudo que
acontece ao seu redor.
Para que um atleta possa ser considerado “inteligente” taticamente,
ele precisa não apenas reproduzir os ensaios do treinamento, mas ter ampla
visão das infinitas ocorrências das situações do jogo.
Assim sendo, cabe ao treinador as orientações e o desenvolvimento
do modelo de treino que privilegie a construção de respostas à problemática do
jogo, desenvolvendo capacidade de decisões, proporcionando ao atleta uma
capacidade tática ilimitada.
Todos devem entender as ações do jogo coletivo, criando identidade
própria para a equipe, uma cultura de organização específica e linguagem
tática global.
Em resumo, o treinamento não pode ser um campo previsível.
Nossos atletas não podem responder mecanicamente às ações; devem pensar
e agir conforme o ambiente que encontram e nós treinadores somos os
responsáveis pela criação desses ambientes de incerteza, e assim produzimos
efeitos práticos nos jogos.
Por fim, a Análise de Progressão se faz necessária para avaliar os
estágios da evolução tática coletiva, a adaptação do atleta/equipe dentro do
envoltório tático, as necessidades de correção e avanço das dificuldades para
tornar o atleta ainda mais preparado para um jogo incerto e com problemática
frequente.

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As Conexões do Jogo Individual
Combinações do jogo individual – Do simples ao complexo

Durante alguns anos, venho estudando o comportamento de meus


atletas, analisando tudo que ocorre ao seu redor e, por sua vez, buscando
estabelecer uma relação entre o desempenho individual e sua aplicação
coletiva.
Acredito que deve ser a dúvida de todos, e um importante
questionamento. Por que uns se adaptam fácil ao modelo de jogo proposto
enquanto outros não possuem a mesma adaptação?
As respostas desta e de outras perguntas podem elucidar muitas
questões e estabelecer uma maneira segura de obter o melhor desempenho
individual associado ao rendimento coletivo de nossas equipes.
Como a direção que escolhemos sempre nos abre outras inúmeras
portas, fui conduzido a investigar e analisar, claro que muitas vezes
subjetivamente, tudo o que estava acontecendo.
Encontrar respostas claras e seguras não é, não foi e nunca será
algo fácil, pois as respostas sempre dependerão de quem está envolvido no
contexto.
Foi pensando assim que tratei logo de organizar as ideias e não abrir
muito o horizonte que em minha frente se desenhava.
Este capítulo trata de um assunto específico, e por este motivo
recebeu toda a minha atenção.
Venho falando muito sobre o tema em Cursos de Formação de
Treinadores, e juntamente com estes desenvolvendo um melhor entendimento;
a cada encontro e a cada exposição surgem novos caminhos, e tenho
percorrido todos eles a fim de encontrar conteúdo e embasamento para
oferecer ao Futsal.
A busca se tornou algo excitante, um verdadeiro desafio, mas, ao
olhar para trás e para o passado recente, percebo que já percorri um bom
caminho e encontrei algumas respostas que me intrigavam e me traziam certo
desconforto.
Sendo assim, vamos partir logo para o ponto principal e falar um
pouco do que tenho chamado de Conexões do Jogo Individual.

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As Conexões do Jogo Individual
Predominância Coletiva – Exigência Individual

Antes de discorrer sobre o tema, gostaria de iniciá-lo a partir de um


questionamento:
Como podemos definir o Futsal, um jogo COLETIVO ou um jogo
INDIVIDUAL?
Apesar da pequena polêmica estabelecida com a pergunta, lanço-me
em velocidade para dizer que obviamente o Futsal está inserido nos Jogos
Coletivos, porém minha tentativa é aprofundar a análise e olhar com visão
amplificada a respeito do tema.
Gostaria de contribuir com a minha resposta já que a questão foi
formulada por mim, dar a ela um caráter de envolvimento através do meu ponto
de vista.
O Futsal é um esporte coletivo, mas, com elevada exigência,
individual.
É assim que enxergo o Futsal, um esporte predominantemente
COLETIVO, mas com elevado grau de exigência INDIVIDUAL.
Cada atleta representa dentro do jogo uma unidade de pensamento,
uma unidade motora e tudo deverá estar intimamente ligado através das
conexões do jogo, sob pena de perda no rendimento. Se assim pensarmos
estaremos elevando a nossa preocupação no desenvolvimento individual e,
posteriormente, de que maneira vamos interligar todos eles.
Ao propor uma estrutura tática ou um movimento coletivo, precisamos
entender que essa sincronização dependerá de ajustes de espaço, tempo e de
deslocamentos específicos para cada posição/função.
As bases são representadas por posicionamentos específicos que
cada atleta desenvolve no jogo. Já vimos essa estrutura em FT – Fração de
Treinamento. Mas, para ficar claro, o que pretendo é identificar as funções de
cada base e interligá-las para obter sucesso coletivo.
Sabemos também que no Futebol conseguimos administrar um ou
dois atletas com desempenho abaixo dos demais. Logicamente, isso também
provocará problemas no rendimento coletivo, porém, no Futsal, é quase
determinante a falência das ações se pelo menos um atleta não estiver bem

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em quadra. Não conseguimos suportar por muito tempo, dentro de uma
formação com cinco atletas, que um deles esteja abaixo dos demais. As
penalizações pelo excesso de permanência de tempo deste podem ser
desastrosas. No Futebol, observamos que as alterações ocorrem quase que na
totalidade apenas no segundo tempo do jogo, o que significa que é possível
alongar a permanência de um ou dois jogadores em campo com baixo
rendimento.
Somente nas substituições aqui citadas como exemplo, acredito que
já consigo justificar o tema, pois no Futsal elas ocorrem na velocidade do jogo
e sempre buscando equilibrar as combinações e seus pares.
Bem, vejam que administrar essas unidades nem sempre é simples,
pois precisamos dispor de recursos técnicos, “atletas com qualidade”, e nem
sempre temos em grande proporção. O que fazer? Buscar equilibrar as
formações de jogo e entender as combinações partindo das simples até as
mais avançadas.
Com essa proposta, poderemos equacionar algumas fragilidades
mesmo sem possuir grandes recursos individuais.
A proposta deste capítulo é trazer esses elementos, despertar
interesse frente a essa preocupação e encontrar algumas respostas que nos
guie dentro de nosso trabalho.

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Predominância Coletiva – Exigência Individual
As características que unem os processos coletivo/individual

A conexão entre os envolvidos nas ações do jogo deverão estar em


sincronia, sob a pena de queda no rendimento caso isso não ocorra.
Portanto, as formações precisam de equilíbrio e as respectivas
conexões se fazem necessárias. Sendo assim, defino desta forma:

Predominância Coletiva: Desenvolvimento das dinâmicas do


jogo objetivando superar numericamente seu adversário. A
coletividade está relacionada ao nível de
adaptação/entrosamento dos envolvidos, buscando ajustes e
eficácia em suas ações de Defesa e Ataque.

Referindo-me ao processo denominado Exigência Individual, defino


desta forma:
Exigência Individual: A exigência do processo individual torna o
jogo complexo e eleva o grau de dificuldades, uma vez que,
para desenvolver-se, necessita do auxílio de seus “pares” e do
bom desempenho individual destes para efetivar e lograr êxito
em suas ações de Defesa e Ataque.

No Capítulo I deste livro, abordamos a complexidade do jogo. Nele


falamos sobre a elaboração das formas, isso significa que a estrutura de jogo
inicial é representada por um enfrentamento 5 x 5, porém o seu
desenvolvimento quase que na totalidade se configura num enfrentamento 4 x
4 e com as ações do jogo especial, quando utilizamos o Goleiro Linha.
Pois bem, o que quero abordar neste tópico é justamente a
importância do desenvolvimento individual de nossos atletas, uma vez que eles
irão compor uma grande engrenagem coletiva, e desta maneira dar dinâmica e
equilíbrio ao jogo.

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Vou aqui representar cada atleta por uma unidade, utilizando as
vogais apenas para exemplificar melhor a abordagem.

Podemos observar, então, que cada posição está representada por


uma vogal, isso caracteriza uma unidade individual. Ao iniciarmos um jogo ou
uma sessão de treinamento, elas irão se transformar em combinações que vão
de simples às complexas. O que isso significa? Significa que haverá uma
interligação das estruturas individuais e, aí sim, um desenvolvimento coletivo.
Porém, se não trabalharmos as unidades individuais para que se
interliguem coletivamente, não teremos uma coletividade satisfatória.
Outro ponto importante é compreender que no Futsal todos
dependem um dos outros, não temos como produzir bom rendimento se uma
unidade (atleta) estiver totalmente desconectada dos demais. No futebol, onde
a estrutura é formada por 11 atletas, se um ou dois deles estiverem com
rendimentos abaixo dos demais, ainda é possível controlar a partida. Isso não
significa que se poderá vencer o jogo, mas é possível, através das estruturas
táticas, evitarem um prejuízo maior. No Futsal, isso é impossível. Se em nossa
estrutura de 5 atletas, um estiver muito abaixo do seu rendimento, isso com
certeza irá comprometer todo o jogo coletivo. Mesmo que tenhamos estruturas
táticas variadas e que possam minimizar os prejuízos, inevitavelmente ele irá
durar muito tempo.
Posso afirmar então que A, B, C, e D são diretamente dependentes
do desempenho do E. Por esta razão, faz-se necessário interligarmos as
unidades criando um padrão coletivo seguro, que poderá acontecer inclusive
na composição das formações do jogo.

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Outro ponto relevante é com relação à consciência e à disposição das
estruturas táticas; se elas se interligam criando coletividade cada vez que um
atleta estiver com a posse de bola, ele deverá ter pelo menos 3 opções de
passe para produzir movimento coletivo, podendo ter 4 opções quando ainda
existir a possibilidade de acionar o goleiro na ação do jogo.
Desta forma, criamos uma consciência coletiva, que produzirá um
jogo envolvente com possibilidades de tomadas de decisões, uma vez que o
atleta com posse de bola terá opções para eleger a continuidade da ação
ofensiva.
Abaixo segue um exemplo dentro de uma configuração tática de jogo:

Estruturas de Passes e Apoios – Formações Coletivas

UNIDADES

E – Posse de Bola
B – Apoio Lateral
C – Busca/Apoio e Aproximação
D – Apoio de Fundo – Ataque Progressão
A – Realinhamento/Reinício (Goleiro)

As opções fornecem subsídios para as famosas TD (Tomada de


Decisão). Elevando o número de opções nas progressões, se o atleta com a
posse de bola tiver apenas uma opção de passe, o que ocorre com muita
frequência em grande parte das equipes, não existe uma tomada de decisão
visto que não se pode optar para quem irá o passe.
Essa falta de opções de passes impede a formação do jogo coletivo.
Por esse motivo, é importante que todos os atletas que estão sem a posse de
bola se posicionem e se desloquem em linhas de passe para oferecer esse
apoio ao portador da bola.
Se isso não ocorrer, estarão interrompendo o processo coletivo,
diminuindo as opções de progresso ofensivo.

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Análises do Processo Individual
Estratégias que potencializam os processos individuais

Uma grande preocupação de todos os técnicos de Futsal é com


relação às suas formações, ou seja, qual a equipe ideal? Quais os atletas que
se complementam dentro de suas características?
Mais uma vez, estamos despertando a necessidade de um trabalho
voltado ao desenvolvimento individual para que os atletas produzam
rendimentos coletivos.
É comum observar que existem atletas que não conseguem seu
melhor desempenho ao lado de determinados companheiros de equipe, isso
pode ocorrer em razão da falta de associação das características individuais.
Costumo dizer que existem atletas que atrapalham o rendimento do
outro, e é preciso estar atento a isso.
Nem sempre um atleta cujo potencial é conhecido consegue se
desenvolver em qualquer formação. Por exemplo: um atleta que possui boa
condição de condução de bola roda muitas vezes em quadra e não consegue
encontrar seus companheiros em linha de passe, assim acaba forçando passes
para dar sequência às ações ofensivas e eleva seu erro na ação; é preciso
observar esses detalhes, nem sempre ele é o responsável por isso.
Precisamos dedicar boa parte do nosso tempo na identificação das
formações. Quem combina com quem dentro da estrutura e desenvolvê-las
adequadamente em função das suas características.
Já tive formações em que um atleta não era tão brilhante
individualmente aos olhos do público, não se destacava por lances geniais,
mas era essencial na coletividade, pois elevava o nível de desempenho de
seus companheiros. Por qual motivo? Simplesmente porque estava sempre em
opção de passe para os demais, porque compartilhava constantemente a
posse de bola, oxigenava o jogo e atuava com perfeição nas transições.
Estas são razões suficientes para buscar equilíbrio dentro das
formações do jogo. O primeiro aspecto é identificar as capacidades individuais,
testá-las coletivamente e verificar seu melhor encaixe.

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Abaixo listo três tipos de configurações para as trocas de formações
no jogo. Nem todas as equipes podem se dar o luxo de trocar formações 4 x 4,
pois o risco é muito grande e esse “modismo” é para poucos.
TROCA NAS FORMAÇÕES:

Configurações 4 x 4 (Análises de Risco) – Possui duas ou mais


trocas efetivamente equilibradas, podendo desmontá-las para
criar características mais ofensivas ou defensivas, de acordo
com a exigência do adversário. Atenção, pois podem estar
ajustadas entre si, mas desajustadas ao modelo e exigência
imposta pelo adversário ou jogo.

Configurações 2 x 2 (Troca de Duplas) – Oferecem mais


segurança nas trocas, pois se ajustam mais facilmente à
realidade do jogo, não modifica radicalmente a estrutura da
equipe, mantendo sua característica principal sempre
preservada e adaptando melhor as mudanças ao jogo corrente.

Configurações 1 x 1 (Trocas Simples) – Esse é o modelo mais


utilizado, uma vez que muitas equipes não possuem a
realidade de grandes investimentos para um plantel qualificado
e de quantidade; desta forma, as mudanças são individuais,
uma espécie de rodízio, vai se trocando e descansando os
atletas até o retorno de todos os atletas da primeira formação.

Não existe um padrão nas trocas, cada equipe deve se adaptar a sua
realidade, tampouco existe um tempo determinado para as mudanças; elas
devem ocorrer conforme a dinâmica de cada equipe respeitando suas
características. O mais importante e fundamental é despertar com esse tema a
preocupação para as estruturas individuais e verificar como é importante
pensar em avanço individual dentro de um esporte coletivo.

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Gestual Técnico Individual
Utilização e Reutilização dos Padrões de Movimento

Para finalizar este importante capítulo, quero abordar um assunto


essencial: a reutilização dos padrões de movimento.
O que isso significa? Significa que poderemos utilizar movimentos
específicos para mais de uma função ou ação do jogo. Os gestuais técnicos
estão a serviço da tática e da coletividade, porém, não é tarefa simples adaptar
os gestos específicos para cada ação. Na prática, quero dizer que na maioria
dos casos nós técnicos queremos ter inúmeras movimentações (jogadas
ensaiadas) para todos os pontos da quadra. Ocorre que muitas vezes essas
movimentações apresentam sinais (gestos) técnicos específicos para cada
ação, e isso dificulta muito a perfeição da conclusão.
Um exemplo: uma escola de dança ensaia durante semanas ou
meses uma coreografia para apresentá-la; esses ensaios são exaustivos até
que se obtenha sincronia e harmonia nos movimentos.
Nossas movimentações (jogadas) também necessitam de tempo,
ajustes, sincronias e muita harmonia na hora da execução, então por que não
utilizá-las para mais de uma função? Será que uma movimentação de saída de
pressão não poderá ser utilizada como um lateral ofensivo, ou até mesmo uma
manobra de ataque? Todas elas necessitam de movimentos de ajuste e tempo
para que sua eficácia seja satisfatória, então por que não aproveitar
movimentos específicos para mais de uma função no jogo?
Esse é meu questionamento, e afirmo que ao utilizarmos os
processos de movimentos específicos individuais para mais funções e
movimentações, estes potencializam e melhoram o desempenho tático/coletivo.
As movimentações possuem padrões e exigências particulares, o que
por sua vez acarreta e resulta algo complexo.
Aproveitar e reutilizar esses movimentos auxilia na fixação das
manobras de jogo.
Nossas equipes são dependentes diretamente das ações individuais
de nossos atletas; por esta razão, precisamos investir na melhoria do gestual
técnico específico e aliar as tarefas táticas, pois sem esse grau de maturidade
será difícil obter êxito.

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Havia um tempo em que o jogo se definia basicamente em ações
individuais, lances geniais e ações de pura habilidade técnica. Eles continuam
sendo muito eficientes, porém, acorrem com frequência muito menor.
Atualmente o jogo depende muito mais das interligações individuais,
da velocidade em que ela ocorre e de como cada envolvido se movimenta em
função do movimento anterior.
Precisamos elevar o nível de gestos técnicos para melhor
cumprimento das tarefas táticas, oportunizando a criação de movimentos
envolventes.
Preparar nossos atletas para se movimentarem a partir do movimento
de seus companheiros, desenvolvendo uma cognição visual para entender o
que está fazendo e por que está fazendo determinada tarefa.
O que caracteriza um jogo de movimentação inteligente não é o
número de atletas envolvidos na tarefa, mas sim o número de possibilidades
que criam entre si com o objetivo de manipular o sistema de defesa do seu
adversário.

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Capítulo IIIModelação e Estruturas do Jogo

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Matriz de Planejamento de Treinamento

Seguindo passos didaticamente estruturados para montagem da


Matriz de Planejamento do Treinamento Técnico/Tático no Futsal.

Etapas da Matriz:

Montagem do plano de jogo


1 – Examinar a Situação
• Da sua equipe.
• Do adversário.

2 – Criar a Estratégia
• Baseando-se nas possibilidades previsíveis.
• Baseando-se nas possibilidades imprevisíveis.

3 – Avaliar as Estratégias
• Chances de ser conclusa.
• Chances de sucesso e insucesso.

4 – Implementar e Monitorar
• Seguir a estratégia.
• Ajustar a estratégia.
• Abortar a estratégia.

Dentro da montagem desse plano de jogo, desenvolvemos o trabalho


técnico e de preparação emocional, ajustando as expectativas e
proporcionando maior segurança para redimensionar a estratégia de trabalho
logo após o jogo, se necessário.

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Modelo de Jogo e a Forma de Jogar
Elementos, princípios e subprincípios do modelo de jogo

A ideia central da conceitualização dos processos, sistemas,


momentos e fases do jogo é facilitar o entendimento proporcionando assim
uma transparência na elaboração dos princípios e subprincípios do modelo de
jogo.
É extremamente importante ter em mente que não há um modelo
padrão e uma forma “correta” de se utilizar tudo isso, tudo está invariavelmente
sujeito a mudanças, em função da qualidade, do tempo, da estrutura técnica
oferecida e de outros elementos fundamentais para o desenvolvimento de
nossa equipe.
É importante deixar claro também que o modelo de jogo eficaz é
aquele que compreende o jogo, que, apesar de manifestar inúmeros
comportamentos imprevisíveis, se adapta à estrutura e se molda ao modelo
exigido, que está preparado para as ações pré-determinadas, mas também as
que surgem com o desenvolvimento do jogo.
Que possa revelar a inteligência tática do atleta com o objetivo de
solucionar problemas, bem como manifestar comportamentos e identificar
probabilidades das ocorrências táticas.
Construir um modelo de jogo é o desejo de todos nós, porém, é
preciso estar atento às estruturas de desenvolvimento do treinamento para
saber se estamos, com isso, incentivando essa construção, se o modelo de
trabalho facilita a leitura de padrões táticos e comportamentais dos nossos
adversários, e, por sua vez, analisar se nossos atletas se utilizam de espaços
adequados e movimentos específicos para cada um deles, se elaboram ações
táticas adequadas e de forma organizada.
Inadequado propor um modelo de jogo sem levar em consideração a
concepção tática de cada treinador, pois é natural que cada um de nós possua
o seu entendimento e a sua visão de como é a forma ideal para nossa equipe
jogar; isso precisa ser levado em consideração, pois é determinante para o
sucesso da equipe.

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Não posso ver uma equipe jogar e querer transportar para minha
realidade aquele modelo de jogo, mas posso utilizar-me de princípios e
subprincípios da estrutura para elevar a qualidade da minha equipe.
Se a forma de jogar (modelo de jogo) é “determinada” pelo seu
treinador, o que este precisa fazer é transmitir aos seus atletas esta mensagem
e que ela seja de conhecimento de todos e que todos possam representá-las
bem, independentemente de quem estará em quadra para executar o proposto.
Um modelo de jogo está intimamente ligado à filosofia de jogo, aos
padrões e sistemas táticos ao qual acreditamos ser o ideal. A partir disso, unir
as qualidades existentes no grupo para representá-las de forma prática e
eficiente durante uma partida.
A estrutura coletiva depende muito da conexão individual. Todos os
jogadores devem, além de conhecer a forma de jogar, buscar o ajuste
necessário para que as ações coletivas sejam bem-sucedidas.
Ao longo de nossa vivência esportiva, veremos várias formas de jogar
e vários modelos de jogo, todos eles atendendo a especificidade de cada
equipe. O interessante nisso tudo é que possamos analisar cada um deles e
encontrar o nosso modelo.
Para uma melhor compreensão, vamos definir melhor o significado de
Princípio de Jogo:
• Significa a causa primária estabelecida pela forma de
atuar/jogar, levando-se em consideração o momento, o local, o
percurso onde algo ou uma ação tem sua origem determinada.

Obviamente, todo princípio pode e deve ser questionado, pois como


disse inicialmente o princípio de jogo leva em consideração a forma que cada
um enxerga o jogo e o entende.
Quando falamos em subprincípios do jogo estamos tratando das
subdivisões das estruturas do jogo, são fragmentos do conjunto geral.
Ambos estabelecem com propriedade as referências necessárias para
a forma de atuar da equipe, evidencia as características principais utilizadas na
maneira de jogar, sejam elas ofensivas ou defensivas.
A aquisição de princípios bem estabelecidos e bem compreendidos
pelos nossos atletas eleva a maturidade tática da equipe delineando um

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caminho seguro para as tomadas de decisão, uma vez que mantém uma
organização padrão dentro da forma de jogar.
Assim como determinamos metas para alcançarmos objetivos,
também estabelecemos subprincípios para determinar os princípios do jogo.
Para exemplificar meu discurso, vou utilizar-me deste exemplo abaixo:

Sistema de Marcação Pressão


• Princípios da Marcação Pressão:
– Marcação de Pressão utilizando-se ou não de trocas na
marcação.
– Pressionar a primeira linha de ataque.
– Abordagem de tempo no atleta com posse de bola.
– Bloquear linhas de passe e acompanhar as
buscas/aproximações.
– Ajustar dobras de marcação e trocas individuais nas saídas pelo
centro da quadra.
• Subprincípios da Marcação Pressão:
– Ações individuais e equilíbrio defensivo.
– Ajuste e correções de tempo de abordagem.
– Noções de ocupação de espaços e coberturas.
– Velocidade de abordagem e nos retornos de marcação.
Esses são alguns exemplos para facilitar o entendimento. Poderia
listar ainda mais itens, mas o objetivo principal é demonstrar a importância de
estabelecer os princípios do sistema a ser trabalhado e identificar os
subprincípios que irão proporcionar a melhora no processo de desenvolvimento
do trabalho, lembrando que ainda podemos estabelecer subprincípios dos
subprincípios e, desta forma, ter ainda mais fragmentado o conjunto principal
da estrutura.
O objetivo de toda essa estruturação é buscar por meio desses
processos teóricos, atividades e exercícios específicos para cada sistema de
jogo, analisando o nível de complexidade de cada atividade, a adaptação, o
nível de ajuste e aplicabilidade no jogo, as características individuais
necessárias para a representação prática de determinado modelo proposto, a

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necessidade de gestual técnico/motor/físico, bem como o nível de estimulação
e motivação que precisará ser empregado para que este obtenha eficácia.
Desta maneira, potencializaremos nosso modelo de jogo proposto
estabelecendo critérios de monitoramento, avaliação e ajustes/correções e
adequação destes. Operacionalizando os processos de treinamento e a forma
de jogar, obedecendo seus critérios e características, criando assim um guia
processual das etapas de trabalho.

“Não é o treino que torna as coisas perfeitas, mas antes o ‘perfeito’


treino é que permite obter a perfeição.” – Frade (2001).

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Elementos do Treinamento – Aquisição do Modelo de Jogo
Elementos e exigências do treinamento para aquisição do desempenho

“A estrutura da semana de treino e do que fazer em cada dia não está


apenas relacionado com os objetivos táticos, mas também com o regime físico
a privilegiar, na medida em que tenho que ter em conta, por exemplo, os
aspectos da recuperação...”
– Mourinho (2006)

Neste tópico, trago algumas informações que acredito serem


importantes para compreendermos a real importância sobre o tema. Entendo
ser importante e recomendável adotar tais conceitos e ter clarividência de que
no esporte, assim como na vida, tudo está em constante transformação e que
aqui não finalizaremos nosso assunto, pois este ainda possui espaço para
inúmeras descobertas e evolução.
O treinamento é a base de tudo. Manter uma estrutura semanal
equilibrada e que contemple nossos ideais táticos respeitando o processo da
individualidade, mas que busque o equilíbrio coletivo será sempre nosso maior
desafio.
Gosto muito de treinamentos dinâmicos com aplicações intensas por
acreditar que, desta maneira, produzirão resultados positivos. Por este motivo,
sempre aconselho que as metodologias de treino preconizem a intensidade, a
velocidade dos movimentos com o objetivo de superarmos e vencermos as
dificuldades do jogo.
É importante salientar que a recuperação e a administração do
volume/intensidade são parte fundamental, resultante de uma melhora de
performance técnica/tática e física, agindo no processo individual/coletivo.
Outro elemento de grande relevância é o nível de concentração com o
qual trabalhamos no nosso dia a dia. É imprescindível estar constantemente
concentrado para treinar, ignorando estímulos externos que atrapalhem o
desenvolvimento da condição mental/emocional.
Não estar concentrado impede que nosso corpo como um todo se
adapte à exigência que o jogo provocará, que é de estar em constante atenção
e vigilante aos movimentos e ações decorrentes do enfrentamento; se não nos

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prepararmos para isso, teremos distante a ideia de reproduzir algo treinado
com a perfeição exigida pelo ambiente de jogo, pois é de conhecimento de
todos que o jogo se desenvolve com elevada exigência motora/mental.

Identificar aspectos inerentes à disputa, tais como:


• Funções específicas necessárias.
• Posicionamentos e deslocamentos específicos.
• Movimentos específicos (seus e de seus adversários).
• Estratégias de jogo (de sua equipe e do adversário).
• Pressão do jogo e a rede de interesses.
• Capacidade de agir em função das ações do jogo.

Esses e outros aspectos justificam a necessidade comportamental


que nossos atletas precisam; por sua vez, é importante saber que o tempo de
concentração irá proporcionar um desgaste ainda maior, então precisamos
compreender que a recuperação será tão importante quanto treinar.
Finalizando nosso assunto, destaco a necessidade de treinarmos com
eficácia e com muita prudência, buscando sempre a realidade do jogo,
identificando seus elementos para reproduzi-los fidedignamente, criando
padrões recomendáveis de avaliação e monitoramento. Entender que o Futsal
é exigente sob o ponto de vista motor, mas muito exigente também sob o ponto
de vista mental, e isso poderá ser determinante para o sucesso.
A repetição dos exercícios irá condicionar a forma como iremos fazer,
mas a condição mental/emocional irá determinar quando, onde e como iremos
fazer.

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Método de Treinamento
Falta de compreensão ou aplicação sem princípios?

Súbito ao início do tema gostaria de apresentar o significado de


“Método” segundo sua definição:
1) Maneira de ordenar a ação de acordo com certos princípios.
2) Ordem que se segue na procura da verdade, no estudo da ciência, para
procurar um fim determinado.
3) Técnica, processo de ensino.
4) Maneira de proceder. Fonte: www.dicionarioinformal.com.br

Ter um método de trabalho é muito mais do que apenas coordenar


as atividades e realizar exercícios durante uma sessão de treinamento.
O método está intimamente ligado aos princípios do jogo, de sua
construção e deve contemplar especialmente as adaptações ao ambiente onde
as disputas ocorrem.
Repetir atividades, exercícios técnicos e táticos com a intenção de
que estes se produzam eficazes no jogo é um ledo engano.
Os métodos precisam estar acompanhados de conceitos e
principalmente da filosófica (característica) de quem os aplica.
Em se tratando o esporte de uma prática não exata e de difícil
avaliação sob a ótica científica, sabemos que não existe fim aos procedimentos
e à evolução dos métodos, tampouco a existência de uma fórmula “mágica”
para se obter sucesso.

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Modelação das Estruturas
Importância da Modelação e Estruturas do Jogo

Determinante para realizar um bom trabalho é o conhecimento da


modelação e das estruturas do jogo, do espaço, do tempo e dos
posicionamentos adequados para a ocupação organizada no terreno de jogo.
Acredito que o início de um bom planejamento depende muito do
entendimento desses aspectos que muitas vezes são ignorados e ocultados
dentro da metodologia do treinamento.
A modelação representa o modelo padronizado de desenvolvimento
para uma melhor adaptação das estruturas do jogo.
Pode-se dizer que em cima da modelação de jogo se funde as
estruturas táticas objetivando reproduzir com exatidão a sua forma de jogar,
servindo de controle e parâmetro para avaliar as evoluções.
As estruturas representam a disposição, organização e constituição
dos processos táticos que permitem a sustentabilidade, ajustes e a ordem dos
sistemas. Dentro das estruturas, é possível monitorar as correções e os
avanços de todos os sistemas utilizados pela equipe, produzindo dinâmica e
consequentemente obtendo melhores rendimentos da equipe.
A modelação propõe ao jogo e a suas sessões de treinamentos
algumas propostas concretas, uma delas é a organização a partir da posse da
bola construindo evoluções em função do espaço/ocupação. A outra ocorre a
partir da perda da posse da bola, reagindo à exigência de reorganização e
ocupação dos espaços evitando as evoluções do adversário, tais informações
por si só já fundamentam a necessidade de conhecer melhor o “terreno de
jogo”.
A seguir, vou demonstrar as principais estruturas dentro da
modelação do jogo fazendo um breve relato sobre elas e falar um pouco sobre
a importância de cada uma para a montagem dos sistemas que utilizamos em
nosso modelo de jogo.
É importante lembrar que uma equipe bem organizada se guia em
função da modelação e das suas estruturas, por se tornar este um caminho
seguro e eficaz na busca de bons resultados.

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Modelação das Estruturas
Estruturas de Ataque – Desenhos ofensivos e espaços da quadra

O primeiro passo dentro da Modelação das Estruturas é conhecer o


“terreno de jogo” onde tudo se desenvolve. Desta forma, apresento um
esquema de divisão utilizado para melhorar o entendimento, partindo do
princípio de que a quadra se divide em vários quadrantes oportunizando o
conhecimento de cada espaço e a função de cada um deles dentro dos
sistemas de ataque e defesa.

Os desenhos ofensivos

Abaixo, a demonstração de alguns dos desenhos ofensivos mais


utilizados e as estruturas do espaço de jogo com modelações específicas para
o alinhamento das movimentações.

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Desenho ofensivo – 2 x 2

O desenho ofensivo mais conhecido é o 2 x 2, caracterizado pela


ocupação de dois atletas na quadra de defesa e os outros dois na quadra de
ataque. Poderia dizer que quase todas as formas de jogo se desenvolveram a
partir dessa estrutura; muitos movimentos, padrões de jogo e até mesmo
manobras ensaiadas tiveram o desenho ofensivo 2 x 2 como protótipo.
Atualmente, a forma se demonstra pouco eficaz em razão de vários
aspectos; um deles, que julgo o mais determinante, é o espaçamento entre as
linhas de armação e apoio.
O desenho ainda é muito utilizado em categorias de formação e
base, servindo de método de adaptação às funções táticas e introdução de
movimentos adaptados a cada faixa etária.

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Desenho ofensivo – 4 x 0

O desenho ofensivo 4 x 0 vem sendo uma das configurações de


ataque mais utilizadas, pela capacidade de envolver o sistema de defesa do
adversário quando efetuada com competência, sistema de ataque que de certa
forma abre mão da utilização de uma referência fixa no ataque. Diríamos que o
sistema 4 x 0 é a quebra do sistema 3 x 1 quando o atleta denominado pivô
abre mão de seu posicionamento ofensivo para juntar-se aos demais nas
organizações do jogo.
O sistema é caracterizado por duas linhas, uma linha curta
(denominada linha de armação) e uma linha mais alongada (denominada de
linha de apoio/busca e aproximação).
Muito utilizado pelas equipes, o sistema utiliza manobras para
envolver a defesa do adversário, priorizando os espaços vazios nas costas da
marcação.

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Desenho ofensivo – 3 x 1

Talvez o mais utilizado e tradicional desenho de ataque, o 3 x 1 atua


com três linhas de formação, sendo uma delas a linha 4 ocupada pelo pivô de
referência, como nominalmente é conhecido.
O desenho 3 x 1 distribui as linhas da seguinte forma: a primeira
linha é ocupada por um atleta na função de armador.
Muitas vezes, o Fixo é o responsável por essa posição, porém, não
é privilégio dele a ocupação, alas também ocupam a posição com frequência. A
segunda linha composta por dois atletas é denominada linha de apoio, linha
responsável pelas buscas e aproximações que tende a facilitar a mobilidade da
equipe e assegurar o processo de posse de bola eficaz, ocupada normalmente
pelos alas. A terceira linha é denominada linha de sustentação ofensiva. Por
sua importância, posso afirmar que é uma das posições mais específicas em
razão de atuar de costas para o gol adversário; esta posição não é uma
posição simples por sua especificidade no jogo ofensivo.
Muitos dos avanços táticos no Futsal se utilizaram deste desenho
para o seu desenvolvimento, versatilidade e eficácia.

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Desenho ofensivo – 3 x 1 (sustentação de ala)

Do tradicional desenho 3 x 1 surge o desenho 3 x 1 com sustentação


ofensiva nas laterais, formando uma espécie de braço alongado para o ataque;
este desenho tem movimentos orientados funcionando como um espiral,
possibilitando as mais diversas formas de evolução ofensiva.
O modelo também trouxe a possibilidade de sua utilização nas
ações do jogo especial 5 x 4, uma vez que, ao avançar uma das bases, o braço
se alonga para os dois lados, formando uma espécie de pirâmide, assim
denominada por alguns técnicos e literaturas.
Acredito que ainda temos um bom espaço para evoluirmos em cima
desta estrutura, que não é novidade, mas aparece cada vez mais nas
formações ofensivas das equipes.

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Desenho ofensivo – 2 x 1 x 1 (em L)

Uma das configurações mais utilizadas, ousadas e que permitiram


inúmeras mudanças de conceitos do sistema ofensivo caracteriza o sistema em
“L”, um sistema versátil e com grande aplicabilidade nas ações do jogo.
Particularmente, já utilizei este desenho de ataque inclusive para
formações do jogo especial (Goleiro Linha), em função das possibilidades que
a configuração oferece.
Uma linha de armação, uma linha de aproximação e busca e uma
linha de fundo que potencializa a profundidade do jogo ofensivo.
Em cima deste desenho, muitos treinadores têm se debruçado e
estudado a melhor maneira de desenvolver seus esquemas ofensivos.
Para alguns, um sistema arriscado em função das distâncias
preestabelecidas pela linha de armação; para outros, uma grande oportunidade
de manipular o sistema de defesa em razão do afastamento da linha de
marcação, proporcionando infiltrações.
A exemplo dos sistemas 4 x 0 e 3 x 1, o sistema em “L” nos garante
uma descoberta de novas movimentações, poderemos crescer muito mais
através do conhecimento deste importante desenho ofensivo.

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Modelação das Estruturas
Processo de Jogo

A estrutura sugere uma visão organizada e bem distribuída dos


atletas no espaço de jogo. As unidades (A, B, C, D) representam a ocupação
destes numa distribuição aleatória dentro da quadra.
O que o esquema quer evidenciar é a necessidade de ocupação
organizada dos espaços, a linguagem “toca e sai”, o modelo de
“movimentação” de décadas atrás já não mais se sustenta, é preciso saber
para “onde” sair.
Ao ocupar um espaço, alguém precisa estar disposto a liberá-lo, e
assim sucessivamente, criando uma harmonia nos movimentos coletivos da
equipe.

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Mecânica de Movimentação

O entendimento do Processo do Jogo exige um passo seguinte, e


esse avanço se denomina Mecânica de Movimentação, que na verdade nada
mais é do que alinhar as movimentações de maneira sincronizada promovendo
um ajuste de tempo entre as saídas, entradas e retomadas.
No esquema acima, verificamos uma formação 4 x 0 com
distribuição lateral, ou seja, dois atletas (A e C) de um lado da quadra e dois
atletas (B e D) do outro lado. Dentro da mecânica de movimento, o quadro
determina um avanço pelo centro e um apoio lateral (A e C), e do outro lado,
uma busca e aproximação e uma fugida (B e D), a utilização não segue regra
determinada, poderíamos utilizar a mesma mecânica nos dois lados assim
como aleatoriamente as duas mecânicas.
No desenho abaixo, a ideia central do tema:

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Através da mecânica proposta, a ocupação dos espaços segue a
harmonia desejada, cada um ocupando seu espaço e função formando um
processo de jogo conforme o modelo abaixo:

Como podemos observar, com o ajuste das Mecânicas de


Movimentação proporcionamos a formação do triângulo ofensivo contemplando
um processo de opções de saída e avanço organizados.

Processos de Evolução

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Os processos de evolução, eu diria que é o início de tudo dentro da
modelação das estruturas. O tema já foi abordado dentro deste livro e justifica
sua importância uma vez que estamos falando da organização de três
processos que considero fundamentais: as saídas de pressão, a organização
ofensiva e as aberturas/finalizações.
Com relação ao processo de defesa, denominamos de processo de
recuperação, também atendendo o mesmo modelo: recuperação I (pressão),
recuperação II (de equilíbrio) e recuperação III (de compactação).
Em cima deste modelo, desenvolveremos todos os conjuntos, de
forma separada e também de forma agrupada para criar estruturas sólidas e
eficazes.

Espaço de Jogo

Conhecer o espaço de jogo e saber explorar com máxima eficiência


poderá potencializar as ações do jogo.
Como podemos observar, existe uma divisão apenas didática dos
espaços. Obviamente, elas não estão desenhadas na sua quadra, mas de
forma imaginária poderemos criar essas referências e auxiliar nossos atletas a
compreender que a ocupação desses espaços anarquicamente geram
inúmeros prejuízos à forma de atuar.
Os espaços estão divididos por dois corredores laterais, aqui
denominados de corredores de apoios; ocupar estas “canaletas” proporcionará
aos movimentos um alongamento do ataque e, por consequência, das linhas

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de marcação adversária, postura ideal para as buscas e aproximações entre
linhas defensivas.
A região central aqui denominada armação do jogo é o espaço para
os inícios de processos de ataque, retomadas de movimentos e também da
própria organização das manobras.
Na região de ataque está a área de sustentação do jogo. Podendo
ser ocupada também nas regiões laterais ou na região central, o setor visa
especialmente a manutenção da posse ofensiva.
Linhas de Marcação e Avanço

Na teoria, todo o caminho que nos leva a algum lugar também nos
trará de volta, e assim funcionam as linhas de marcação e avanço. Linhas
imaginárias que determinam os posicionamentos, seja ela em qual função
estiver (Ataque/Defesa).
Em razão das dimensões diversas que temos em nossas quadras de
Futsal, nem sempre é preciso e necessário estabelecer 4 linhas. Podemos
utilizar 3 linhas neste caso, ou seja, isso apenas nos auxilia na aplicação dos
nossos métodos de trabalho, nas nossas sessões de treinos e na compreensão
decorrente do jogo.
Seguramente é importante ter esse entendimento e utilizar cada
linha de maneira correta e potencializar as ações.

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Desenvolvimento parcial do jogo

O conhecimento dos dois tópicos acima evita a ocupação parcial do


nosso espaço de jogo.
Como exemplo, uma quadra poderá ter a dimensão de 40m de
comprimento por 20 de largura, porém, a má distribuição em quadra não nos
permitirá essa utilização. O que vemos são equipes limitando sua ocupação,
criando zonas de choque com a defesa. Para exemplificar melhor, no desenho
acima o posicionamento dos atletas ocupam um espaço de 20 x 18, limitando a
área de atuação da equipe. Essa abordagem é importante para criarmos uma
visão de ocupação consciente e melhorar a performance da equipe.
Uma das grandes missões do jogo de Futsal é criar espaços onde
não existem espaços.

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Profundidade e Ocupações

Complementando o assunto, o que realmente desejamos é utilizar


melhor os espaços da quadra, pensar e desenvolver atividades com ocupação
dos extremos a fim de melhorar a capacidade da equipe de otimizar suas
ações. A ocupação de todo o terreno de jogo favorece as movimentações
ofensivas e dificulta a aproximação do sistema de defesa dos adversários.
Desta forma, conseguiremos melhorar os nossos movimentos e criar
importantes ações.

Dinâmica do Jogo

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Finalizando a abordagem desses temas, a proposta é a de
construção de um jogo sincronizado e harmônico, utilizando todos os atletas
nas movimentações.
O quadro acima exemplifica a dinâmica do jogo coletivo com opções
de passes determinadas pelas seguintes ações:
• Passe de apoio lateral – Utilizado para o recomeço ou
realinhamento das movimentações, um apoio importante para
a manutenção do processo de posse de bola.
• Busca e Aproximação – Uma opção de passe de busca
configurando a formação de um triângulo de ataque (presença
do pivô na ala) ou de um apoio 2 x 1 (presença do pivô no
meio).
• Sustentação ofensiva – Opção de passe ao ataque para fixar
as bases de marcação adversária, obrigando o oponente ao
retorno de marcação e facilitando a criação de espaços para
os movimentos.

É fundamental compreender a necessidade de opções de passes,


como já mencionado. O Futsal é um esporte predominantemente coletivo, mas
com grande exigência individual. Isso significa que o atleta com posse de bola
precisará ter sempre três opções de passe, para que desta forma tenha a
oportunidade da Tomada de Decisão ao desfecho da ação.
Não existe Tomada de Decisão sem opções para escolher. O jogo
necessita desse componente, ou seja, uma equipe necessita compartilhar a
posse de bola para a efetividade coletiva.

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Considerações Finais

A ideia de jogo organizado nos leva muitas vezes a inúmeros erros,


principalmente ao de que para sermos organizados precisamos mecanizar
todos os nossos movimentos.
A repetição sistematizada é necessária para que possamos obter uma
sincronia entre os nossos atletas, mas é preciso estar atento ao avançar por
esse caminho.

Compreendo e acredito que ainda precisamos avançar muito para


entendermos todo o processo de construção do treinamento específico no
Futsal.

Perdemos muito tempo, guiando-nos como cegos sem bengalas atrás


de encontrar respostas, conteúdos e explicações que pudessem nortear
nossos caminhos.
A proposta desta obra não é criar o novo, tampouco regras sobre
metodologias e procedimentos no Futsal, mas buscar algumas respostas que
possam auxiliar nossos estudos e melhorar nossos trabalhos técnicos, táticos,
físicos e emocionais.
Existe um longo caminho, e eu resolvi compartilhar tudo que nele
encontrar, penso que desta forma estarei sempre mais próximo de
compreender as grandes reflexões que ele me trará.
Reforço dizendo que minhas observações se referem ao meu ponto
de vista, de como enxergo essa grande engrenagem e, sobretudo, o que tenho
vivenciado dentro e fora da quadra.
Agradeço mais uma vez pelas oportunidades que tenho tido de falar
sobre o Futsal e aprender com ele, essa experiência tem traduzido o que penso
e o que falo em métodos, oferecendo uma oportunidade de evolução para
minha vida profissional.
Espero contribuir para a evolução deste esporte de forma simples e
objetiva e que esta obra possa fazer a diferença na vida profissional daqueles
que desejam buscar o algo mais.
Muito sucesso a todos!

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