Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Referencial Teórico:
O Brasil, entre 1964 e 1985, viveu um período conhecido como "Anos de Chumbo",
marcado pelo Regime Militar, momento no qual os militares exerceram o poder no nosso país,
a partir de um golpe de Estado que derrubou o então presidente João Goulart no ano de 1964.
O período em que os militares estiveram no poder foi marcado por um autoritarismo
muito forte, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política policial, prisão e
tortura aos opositores do regime e censura prévia aos meios de comunicações e expressões
artísticas.
Nesse ambiente de opressão, o controle do Estado acabaria se estendendo para outros
setores da sociedade, como o meio educacional, fator que será analisado neste estudo, tendo
como objeto principal de investigação a introdução da disciplina “Educação Moral e Cívica”.
O golpe de 1964 foi motivado politicamente por grupos políticos e sociais que viam no
então governo do presidente João Goulart uma ameaça direcionada por tendências políticas
socialistas, razão que, para esses grupos, torna-se mais evidente quando o governo coloca em
pauta suas propostas para as chamadas Reformas de Base1, que, se implantadas, iriam alterar
definitivamente a estrutura social e econômica do país.
A respeito das Reformas de Base e o golpe de 1964, Delgado (2009) declara:
O projeto de reformas de base, inclusive os da reforma agrária e do controle da
remessa de lucros, ensejou nos setores conservadores o temor de uma revolução
social. Essa convicção e temor de que o Brasil poderia adotar um modelo
distributivo ou até mesmo, de acordo com Florestan Fernandes, caminhar em
1
Conjunto de propostas que visavam promover alterações nas estruturas econômicas, sociais e políticas que
garantissem a superação do subdesenvolvimento e permitissem uma diminuição das desigualdades sociais no
Brasil. Tais propostas estavam reunidas em iniciativas como: as reformas bancária, fiscal, urbana, administrativa,
agrária e universitária. Sustentava-se ainda a necessidade de estender o direito de voto aos analfabetos e às
patentes subalternas das forças armadas, como marinheiros e os sargentos, e defendia-se medidas nacionalistas
prevendo uma intervenção mais ampla do Estado na vida econômica.