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Contato: ateliersilvanaborges@hotmail.com
Conteúdo da aula: Oficina:
A representação do Menino Deus.
Expressões
A natividade. O presépio. na Arte Sacra
Menino Jesus de Praga.
A iconografia do Menino Jesus do
Monte do Recolhimento dos
Humildes na Bahia e seu
simbolismo.
Atividade plástica:
O Menino dos
Meninos: a
Pintura em tempera-cola com
pigmentos sobre imagem de
iconografia do
gesso do Menino Jesus já
preparada com douração.
Menino Deus
O Menino Deus
A designação MENINO JESUS remete para a
imagem de Cristo na sua infância, aos seus doze
primeiros anos de vida, sobre os quais pouco se
sabe.
Esse ciclo que tem início no Natal e encerra com
o episódio do Menino Jesus entre os Doutores é
uma forma de transição para a sua “vida
pública”, que se inicia apenas aos 30 anos, com o
Batismo. No Novo Testamento, dos quatro
evangelistas, apenas Lucas e Mateus incluem nos
seus relatos passagens relativas à infância divina,
numa perspectiva mais simbólica que
histórica.(Alcoforado, 2007)
Natividade
A infância de Jesus corresponde ao ciclo litúrgico
do Natal. Os temas deste ciclo podem dividir-se
nos quatro episódios narrados em passagens dos
evangelhos: a Natividade, a Fuga para o Egito, a
Apresentação do Menino no Templo, e o Menino
Jesus entre os Doutores. O dia 25 de Dezembro
não corresponde a qualquer informação
histórica, tendo sido adotado em meados do séc.
IV, coincidindo com a celebração do solstício de
Inverno — Dies natalis solis invicti — e as
festividades do Sol Invictus cuja última referência
data de 387 d.C.
A festividade do Natal não é apenas uma
solenidade litúrgica, mas essencialmente uma
festa popular e universal.
NATIVIDADE - SÉCULO IV
As representações
iconográficas de Jesus ainda
criança surgem a partir das
primeiras cenas da
Natividade em relevos e
pinturas murais destinados
exclusivamente a espaços
religiosos, sendo do século IV
(325 d.C.) a mais antiga e
conservada representação
do nascimento do Senhor,
localizada em um sarcófago
na Basílica de Sant'Ambrogio
em Milão (em detalhe na
foto). É nesse período que a
solenidade do Natal começa
a ser celebrada na data da
festa romana do deus-sol.
O PRESÉPIO
Em 1223, São Francisco de Assis
protagoniza um importante
acontecimento, que assinala uma
grande mudança no conceito
associado à representação da
natividade.
Os festejos da noite do
nascimento do Menino Jesus
devem-se a São Francisco que
com o objetivo de tornar a liturgia
do Natal mais acessível e
portanto mais próxima dos fiéis,
criou a encenação do presépio,
transpondo a representação do
espaço religioso para a natureza
nos bosques montanhosos de
Greccio; o costume espalhou-se
por entre as principais Catedrais,
Igrejas e Mosteiros da Europa
durante a Idade Média,
começando a ser montado
também nas casas de Reis e
Presépio de cerca de 500 peças feitas no
Nobres já durante
século XVIII, Quito - Equador
o Renascimento.
O PRESÉPIO
A verdadeira história do Presépio
inicia-se, contudo, no séc. XVI,
quando as figuras da Noite Santa
ganham autonomia, libertando-
se gradualmente das paredes
dos altares e retábulos. Em 1567,
a Duquesa de Amalfi (Itália)
mandou montar um presépio
que tinha 116 figuras para
representar o nascimento de
Jesus. Foi já no Século XVIII que o
costume de montar o presépio
nas casas comuns se disseminou
pela Europa e depois pelo
mundo. Gradualmente evoluem
para a forma que hoje
reconhecemos como a principal
característica dos presépios, e
que os distingue de outras formas
de representação do tema: o
fato de ser modificável.
Considerado um dos maiores do A palavra presépio deriva do
mundo, o presépio napolitano, latim — proesepium, estábulo ou
do Museu de Arte Sacra de São proesoepe, manjedoura;
Paulo reúne 1.600 peças. designando o local onde se
recolhe o gado ou animais.
Jesus recém - nascido
O elemento central do
presépio é o Menino-infante
que, por influência
franciscana, é quase sempre
representado como recém-
nascido, nú, irradiando luz,
sobre palhas ou em cima do
véu ou manto de Nossa
Senhora.
Na simbologia da infância de
Jesus está presente nos dois tipos
de representação: Menino Bom-
Pastor ou Salvador do Mundo,
entre outros relativos ao início da
vida, e com os instrumentos da
paixão, relativos à premonição do
seu sacrifício. O Menino,
apresentando a Sua mão direita
levantada, em gesto de pregar,
comumente entendido como a
abençoar, com o dedo médio e o
indicador juntos, segura na
esquerda ora os Evangelhos, ora
uma ave ou pomba, ora ainda um
cacho de uvas, ou, mais
frequentemente, um globo ou
esfera do mundo, símbolo da sua
soberania no Universo. Esta última
representação tornou-se muito
Menino Jesus da Paixão popular no séc. XVII, por influência
Portugal, século XVIII
Madeira encarnada e policromada das irmãs carmelitas, que criaram
Museu de Arte Sacra e Etnologia - Fátima a “Associação do Menino Jesus”.
(Missionários da Consolata)
VESTES PRECIOSAS
Característico é igualmente o
hábito, que se difundiu a partir dos
conventos de freiras, de costurar
vestes preciosas e fazer jóias e
objetos de mobiliário para as figuras
do Menino Jesus.
Esta tradição, que surge no final do
séc. XIX e se prolonga pelo séc. XX,
testemunha o desejo de manter
uma relação de intimidade com o
Salvador.
Nenhuma mensagem se mantém
hoje tão universalmente presente,
para crentes e não crentes, como a
imagem simples de um Deus feito
criança, símbolo da infância dos
homens e sinônimo de fé no futuro
da humanidade. Um Menino que é,
na força do pensamento de
Marguerite Yourcenar, “como todos
A estátua em cêra (trabalho espanhol deveriam ser… uma criança
do séc. XVI) do Menino Jesus de esperada com amor e respeito,
Praga, na igreja de Nossa Senhora da trazendo em si a esperança do
Vitória, Bairro de Lesser da Cidade de mundo”. (Alcoforado,2007)
Praga – República Tcheca.
Menino Jesus de Praga
SANTA PARENTELA
Menino Jesus
Madeira
Séc. XVIII
Atribuído a Manuel da Rocha
Proveniência desconhecida
O Menino dos Meninos
Menino Jesus
Madeira
Séc. XVIII
Convento de Santa Clara
Meninos Deus
Por
nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus Menino (Manuel Bandeira)
Anjos correspondem ao
próprio Deus enquanto
mensageiros Dele, são seres
alados, pois chegam do Alto, e
na hierarquia se apresentam
como Arcanjos, Serafins e
Querubins. Os Arcanjos são os
anjos das principais mensagens
da fé (Gabriel, Miguel, Rafael).
Os Serafins estão junto ao trono
de Deus e correspondem à luz,
fogo e poder espiritual. Os
Querubins simbolizam a
onipresença e onisciência.
(PASTRO, 2010)
Nuvem
A gruta aparece em
representações da Igreja
Oriental do nascimento de
Cristo que, como era normal
na Palestina, servia de
estábulo. A representação da
gruta como fissura da terra faz
lembrar de propósito um seio
materno para concretizar em
sua antiqüíssima simbologia, a
fertilização da terra aí
realizada.(HEINZ-
MOHR apud SILVA, 2007)
Pedra
As calcinhas compridas,
camisolas e ceroulas por baixo,
de pura cambraia enfeitada
com renda francesa, sandálias
de prata ou de ouro, coroas e
resplendores adornados com
crisólitas, diamantes e
brilhantes, nas mãos cajados
com berloques de ouro,
correntes com balagandãs,
com figas e contas coloridas,
de rubis e corais, todas essas
tetéias são de puro sincretismo
baiano. (ARAUJO, 2006)
Osmundo Teixeira
Representação do Menino
Jesus Majestoso, ostentando
com a mão esquerda o globo
do mundo e com a direita
fazendo o gesto de abençoar.
Iconografia do
Menino Jesus do Monte
A representação denominada “Menino Jesus no
Monte” apresenta sempre a figura do Menino sobre
um monte escarpado ou lapinha, que geralmente
encontra-se extremamente decorado com objetos em
miniatura apresentando elementos da fauna e flora,
especialmente carneirinhos, tendo em sua base a
representação de uma gruta espelhada que dá a
idéia de água. Jesus aparece como criança, de pé,
braços levemente flexionados à frente, com uma das
mãos faz o gesto de abençoar e com a outra, segura
vara crucífera, buquê de flores ou cajado. Este
geralmente vem acompanhado de penca de
amuletos também chamados de tetéias. Suas vestes,
na maioria das vezes são ornadas com delicados fios
de ouro e aparece às vezes com sandálias de metal
precioso. (SILVA, p.169,2007)
Simbologia
A iconografia do Menino Jesus nos conduz ao
tema Natividade. As representações da cena do
nascimento do Senhor foram pesquisadas e
constatamos que muitos elementos utilizados na
produção dessas imagens correspondem à
mensagem cristã encontrada nos Evangelhos.
Entretanto, muitos outros elementos foram
acrescentados digamos, “a gosto popular”, ou
seja, foram sendo incorporados com o passar do
tempo de acordo com as características da
região, como crenças, materiais disponíveis, dando
a elas uma característica muito particular. (SILVA,
p.174,2007)
Considerações Finais
A devoção ao Menino Jesus foi entrando em declínio
no início do século XX, sobretudo, pelas circunstâncias
da vida moderna, quando o papel da mulher
“prendada” e dedicada apenas à criação dos filhos
começa a mudar. Outro fator significativo foram as
mudanças simbólicas representativas do Natal.
Segundo o professor Cândido da Costa e Silva,
especialista em religiosidade, “há uma relação direta
entre o desaparecimento do Menino Jesus e o declínio
do presépio”. Com o tempo, a tradição de montagem
do presépio, que destaca a Natividade como tema
principal, foi sendo cada vez mais esquecida,
especialmente com a chegada de representações
simbólicas natalinas de outros países. Além disso, a
sociedade cada vez mais consumista vem
esquecendo a verdadeira mensagem presente na
festa de Natal, sobrepondo o material ao divino. (SILVA,
p.179,2007)
Após a imersão sobre a
iconografia e simbologia na
representação do Menino
Jesus cada participante
realizará a sua expressão na
atividade prática.
Lembrando que as
metodologias descritas
seguem um roteiro didático e
não são uma fórmula rígida
de planejamento de uma
imagem sacra, a evolução
das técnicas e materiais
ATIVIDADE
possibilitam atualmente uma
infinidade de resultados e PRÁTICA
aplicações na arte.
O objetivo principal é a
compreensão do sentido da
atividade, quando o fazer
artístico carrega um
SIGNIFICADO.
Passo a Passo
Pigmentos em pó
Para “abrir os sentidos” depois dos detalhes dos olhos e boca que
podem ser feitos até em aquarela ou guache, se aplica uma mistura
sêca de gesso cré e pigmento dando o aspecto “corado” das faces
Estofamento