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Adultos: Fundamentos
e Práticas
Material Teórico
Políticas, Programas, Experiências e Práticas Pedagógicas na EJA
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
Políticas, Programas, Experiências
e Práticas Pedagógicas na EJA
• Introdução
• Conclusão
Durante a leitura, aproveite para destacar e registrar os aspectos que achar mais importantes
bem como as dúvidas que surgirem.
Para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo possível, na pasta de
atividades, você também encontrará a atividade de sistematização, o fórum de discussão
e a videoaula.
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Unidade: Políticas, Programas, Experiências e Práticas Pedagógicas na EJA
Contextualização
Atenção
Importante reforçar que a atuação das Universidades é ainda muito tímida e restrita ao Curso de
Licenciatura de Pedagogia e que necessita ser ampliada contemplando as especificidades dos diferentes
programas dirigidos à Educação de Jovens e Adultos, seja em nível nacional ou local. Neste sentido,
é relevante tratar dos programas e expor sua dimensão pedagógica, os depoimentos dos educadores
e educandos sobre o programa e seu impacto no processo de produção de conhecimento.
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Introdução
Esta Unidade tem como finalidade apresentar políticas, programas e ações que se propõem
à educação e escolarização de jovens e adultos no Brasil, desenvolvidos no contexto do atual
governo federal, estadual e municipal. Apresentamos o material didático, os educadores e as
práticas que visam a alfabetização e letramento dos jovens e adultos.
Embora compreendamos a educação de jovens e adultos como uma diversidade de processos
e práticas que ocorrem formal e informalmente, fora do espaço escolar e sistematicamente no
espaço escolar, na educação básica - ensino fundamental e médio-, estaremos dando ênfase,
nesta unidade, à análise que situa as práticas nas etapas iniciais do ensino fundamental.
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As legislações vigentes destacam a necessidade das ações destinadas aos jovens e adultos
em situação de privação de liberdade e atendem a tratados firmados pelo Brasil em âmbito
internacional. Esta resolução prevê, ainda, a publicização das ações pelas diferentes instâncias
de governo e a promoção, pela gestão da educação no contexto prisional, de parcerias
[...] com diferentes esferas e áreas de governo, bem como com universidades,
instituições de Educação Profissional e organizações da sociedade civil, com
vistas à formulação, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas
de Educação de Jovens e Adultos em situação de privação de liberdade.
(BRASIL, CNE-CEB, 2010, p. 3)
Para a juventude temos o Projovem Urbano que se propõe a elevar a escolaridade de jovens
com idade entre 18 e 29 anos, que saibam ler e escrever e ainda não concluíram o ensino
fundamental. Conforme previsto no artigo 81, da Lei de Diretrizes e Bases n. 9.394/96, é um
programa que busca a conclusão do ensino fundamental, por meio da Educação de Jovens e
Adultos, integrando-o à qualificação profissional atrelando-o ao exercício da cidadania. Suas
ações destinam-se a apoio técnica e financeiramente Estados, Municípios e Distrito Federal para
a oferta e desenvolvimento de cursos do Projovem Urbano, a concessão de auxílio financeiro
mensal aos jovens atendidos, durante 18 meses do curso, no valor de R$ 100,00.
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A Secretaria de Educação do Município de São Paulo tem se destacado desde a década de
1990 na elaboração e implementação de políticas públicas voltadas para a educação de jovens
e adultos. Para a gestão dos programas e ações de EJA a Secretaria Municipal de Educação
conta com a Divisão de Orientação Técnica da Educação de Jovens e Adultos – DOT/EJA que
oferece alternativas diferenciadas de atendimento à população, mantendo cursos em diferentes
modalidades de ensino, incluindo a capacitação para o trabalho.
Dentre as suas iniciativas destacamos apenas duas: EJA (Educação de Jovens e Adultos) e
MOVA (Movimento de Alfabetização).
A EJA oferece o ensino fundamental no período noturno em quatro anos. Passa por uma
reorganização em 2007. Conforme a Portaria 4917/07
Verifica-se a valorização dos conhecimentos que os jovens e adultos trazem dos contextos
sociais, de trabalho e vida cotidiana; a promoção da aprendizagem percorrendo trajetórias
escolares distintas e ao longo da vida; a promoção uma educação sem hierarquização, sem
preconceitos ou discriminação com vistas à inclusão e respeito à diversidade. O MOVA foi
institucionalizado pelo Decreto 44.270, de 22 de dezembro de 2003, no governo de Marta
Suplicy. É um Programa desenvolvido em parcerias entre Secretaria Municipal de Educação
e entidades sociais que estabelecem salas de alfabetização. O seu artigo 3º dispõe sobre sua
organização na relação parceira.
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Para saber mais sobre Projovem Urbano, escute os depoimentos dos alunos:
• http://youtu.be/zqntpNP-2lw.
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Vejamos abaixo depoimentos dos educadores e educandos do PBA
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Abaixo caracterizamos o seu público, formado por jovens entre 18 e 29 anos, resultado de
uma pesquisa1 realizada junto a 72 mil jovens matriculados nas primeiras turmas do ProJovem
Urbano, iniciadas em 2008.
É um público que tem como maioria as mulheres, 64,4%, e 35,6% são do sexo masculino.
Essa representação mostra a necessidade de se ter uma organização pedagógica que contemple
questões específicas para um público com significativo número de mulheres.
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Como podemos observar o item qualificar-se para o mercado de trabalho apresenta-se como
o principal motivo de inscrição no Programa, com 40,8% das respostas, reafirmando a dimensão
do programa como inserção no mercado de trabalho e estratégia de vida para a população jovem.
É seguido pelo interesse de conclusão do ensino fundamental, com 27,5%, e pelo aprendizado
de outra profissão, com 13,3%. Como vemos a questão do trabalho e a inserção do jovem no
mercado é um dos objetivos mais urgentes da agenda da juventude brasileira.
O ProJovem tem como propósito definir estratégias de atuação na sala de aula com o intuito
de integrar as três dimensões do currículo: Educação, Qualificação e Ação Comunitária. A
tradução do currículo em situações de ensino e de aprendizagem foi garantida pela organização
de quatro guias multidisciplinares que norteiam o percurso dos alunos, orientando os trabalhos
individuais ou coletivos, bem como por meio do apoio às atividades desenvolvidas à distância.
Os eixos são divididos em seis unidades formativas:
• Unidade Formativa I – Juventude e Cultura
• Unidade Formativa II – Juventude e Cidade
• Unidade Formativa III – Juventude e Trabalho
• Unidade Formativa IV – Juventude e Comunicação
• Unidade Formativa V – Juventude e Tecnologia
• Unidade Formativa VI – Juventude e Cidadania
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[...] um Programa que vinha incluir os excluídos desse sistema regular de ensino
porque enquanto professora temporária a gente percebia o quanto esses alunos
eles são excluídos, eles são excluídos porque eles são estigmatizados, porque
eles não prestam, porque eles bagunçam, porque eles são isso, porque eles
são aquilo. Enquanto que muitas vezes a gente percebe que um aluno daquele
precisa que a gente escute, que a gente conquiste e aí a gente vai ter um olhar
diferenciado, e o Programa veio proporcionar isso (educadora da participação
cidadã em grupo focal, agosto de 2011).
Este depoimento demonstra a mudança da visão da educadora sobre os jovens que frequentam
o Programa que inicialmente são considerados como “excluídos” do sistema escolar, que não
prestam, bagunçam etc. Entende que o Programa proporciona uma mudança neste olhar, passa
a ter um olhar diferenciado, includente e compreensivo.
Seguem, abaixo, depoimentos dos educadores do ProJovem:
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Para saber mais sobre a Educação nas Prisões, assista ao debate promovido pelo Salto para o Futuro
• https://youtu.be/O8JUbdaHiQs
Para finalizar, Portugues (2009) nos aponta para o fato de que a atuação do educador
prescinde de [...]
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Conclusão
Esta unidade propôs-se apresentar políticas, programas e ações que se propõem à
educação e escolarização de jovens e adultos no Brasil, desenvolvidos no contexto do atual
governo federal, estadual e municipal. Caracterizamos os Programas, apresentamos olhares e
depoimentos dos educadores, suas experiências e práticas educativas com vistas à alfabetização
e letramento dos jovens e adultos.
Consideramos importante destacar que os desafios ainda são muitos e diferenciados para
efetivarmos a EJA em uma política pública de Estado, para além de campanhas e ações
pontuais de governos. Por este motivo, em todas as unidades propomo-nos a explicitar os
desafios para que a reflexão do ponto de vista das políticas de educação seja permanente e
comprometa-se com mudanças que possam ampliar o acesso a essa modalidade e melhores
condições de trabalho ao educador.
Finalmente, os Programas apresentados e os educadores neles envolvidos tem materializado
a EJA como um problema de política pública e que a dimensão pedagógica, muitas vezes
conhecida por meio das sua Proposta Curricular Nacional para a Educação de Jovens e Adultos,
seja extensiva a todos, à juventude que se matricula no ProJovem a fim de finalizar o ensino
fundamental e preparar-se para o mercado de trabalho e aos jovens e adultos em cárcere privado.
O sistema educacional brasileiro está sendo repensado, inscrevendo-se no cenário social como
espaço inclusivo, admitindo a diversidade e a necessidade de criar bases política e pedagógica
que atuam numa perspectiva emancipadora e libertadora do ser humano.
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Material Complementar
Neste espaço, você terá acesso a conteúdos complementares ao material da unidade IV.
Aproveite para aprofundar e sistematizar os conhecimentos acerca das políticas e programas de
EJA: ações, experiências e práticas.
Bom estudo e até a próxima unidade!
Por meio do site Domínio Público você poderá ampliar seus conhecimentos assistindo
a vídeos que tratam de educação de forma geral e de educação de jovens e adultos,
mais especificamente. Sobre a Juventude, Ensino Médio e expectativas do seu futuro,
além de explorar a realidade do sistema educacional brasileiro, público e privado,
indico o documentário Pro dia nascer feliz.
https://youtu.be/nvsbb6XHu_I
Confira a Coleção Educação para Todos, v. 27, por meio da leitura de Juventudes:
outros olhares sobre a diversidade, de ABRAMOVAY, M.; ANDRADE, E. R.;
ESTEVES, L. C. Gil, acessando o link:
https://goo.gl/UepeZH
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Referências
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Anotações
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www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000